Projeto - Clinica de Oncologia Infantil

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CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – FELIPE RAMOS DE OLIVEIRA


UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES FELIPE RAMOS DE OLIVEIRA RGM 11151102401

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II CLÍNICA DE ONCOLOGIA INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para avaliação da banca.

Professor orientador: Celso Ledo Martins


UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES FELIPE RAMOS DE OLIVEIRA RGM 11151102401 CLÍNICA DE ONCOLOGIA INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para avaliação da banca.

Aprovado em: ______________ BANCA EXAMINADORA

________________________________________________

Professor orientador Arquiteto Celso Ledo Martins ________________________ Professor convidado ________________________ Arquiteto convidado


AGRADECIMENTOS

Agradeรงo Aos meus pais, familiares, professores, amigos e todos aqueles que acreditaram no meu potencial.


“A arquitetura é um estado de espirito, não uma profissão” (Le Corbusier)


RESUMO

ABSTRACT

A implantação do Centro de Oncologia Infantil na cidade de Mogi das Cruzes, busca o amparo e atendimento das crianças e adolescentes com câncer. O número de crianças e adolescentes tem crescido e com isso se torna necessários centros de tratamentos específicos para atender essa parcela da população. O projeto destaca a questão da humanização e do lúdico neste tipo de tratamento, para tentar minimizar ao máximo o desconforto causado pelo tratamento que na maioria das vezes é bem doloroso. Por meio dos estudos de caso e das visitas técnicas, foi possível nortear esse estudo visando melhorar o atendimento a esse tipo de paciente da melhor forma possível, projetando espaços específicos para que o corpo clinico tenha uma melhor eficiência e o tratamento se torne menos traumático aos pacientes e familiares. Palavras-chave: Oncologia; Mogi das Cruzes; Humanização; Lúdico; Tratamento.

The implantation of the Children's Oncology Center in the city of Mogi das Cruzes, seeks the support and care of children and adolescents with cancer. The number of children and adolescents has grown and therefore specific treatment centers are needed to serve this portion of the population. The project highlights the issue of humanization and playfulness in this type of treatment, to try to minimize as much as possible the discomfort caused by the treatment, which in most cases is very painful. Through the case studies and technical visits, it was possible to guide this study in order to improve care for this type of patient in the best possible way, designing specific spaces so that the clinical body has a better efficiency and the treatment becomes less traumatic to the patients. patients and family members. Keywords: Oncology; Mogi das Cruzes; Humanization; Ludic; Treatment.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS COMPHAP – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultual, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes GRAAC – Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INCA – Instituto Nacional de Câncer LEED – Leadership in Energy and Environmental Design – Liderança em Energia e Design Ambiental NBR – Norma Brasileira PNH – Politica Nacional de Humanização PNHAH – Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar SOMASUS – Sistema de Apoio a Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde SUS – Sistema Único de Saúde


SUMÁRIO 1.

REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA

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2.

EXPLORAÇÃO TEÓRICA DO TEMA

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3.

ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE UM HOSPITAL

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4.

LEGISLAÇÃO

21

5.

ESTUDOS DE CASO

36

6.

VISITAS TÉCNICAS

45

7.

LOCAL DE INTERVENÇÃO

49

8.

PERFIL DOS USUÁRIOS

53

9.

ESQUEMAS ESTRUTURANTES

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10. ESTUDO ESPECÍFICO

65

11. TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

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12. MATERIAIS E ACABAMENTOS

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13. PLANTAS HUMANIZADAS

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14. RENDERIZAÇÕES

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO A arquitetura hospitalar ao longo dos anos vem passando por um processo de transformação em virtude da preocupação emergente com o bem-estar dos pacientes. Fato que culminou em mudanças nas instalações e nos tratamentos de saúde. Atualmente a evidência está na qualidade do ambiente hospitalar e na inquietação em apartar o aspecto hostil e institucional que sempre prevaleceu neste tipo de edificação, principalmente quando se trata de crianças em situação de desvio de saúde. A hospitalização pode afetar o desenvolvimento normal da criança com câncer, devido ao rompimento de sua rotina anterior e ao processo de ajustamento à nova realidade (rotina hospitalar: exames, procedimentos dolorosos, horários, visitas, etc.), podendo ocasionar alterações físicas e mentais.(VOLPINI, 2007) Observa-se que, além dos problemas que a própria doença traz, as condições de hospitalização podem afetar a totalidade da criança, de forma que o seu desenvolvimento físico, emocional e intelectual fique comprometido.(IBIDEM) O câncer pediátrico atribui à criança aflição e expectativas variadas que transformam sua vida, gerando expressões de pena e de pesar decorrentes do medo e mitos da doença. Desta forma, surge a vertente da humanização dos ambientes hospitalares, em que se prepondera essencial o bem-estar físico e psicológico do paciente. A humanização é capaz de aproximar o ambiente físico dos valores humanos, visando o homem como foco principal do projeto. O uso de cores adequadas, o domínio da iluminação, o contato com a natureza, a condição de orientação e personalização dos espaços, faz com que o ambiente hospitalar apanhe um valor mais humano, aproximando-se da vida do paciente e distanciando-se da vertente exclusivamente institucional. (CHAGAS E SAMPAIO, 2010) A integração interior/exterior apresenta-se com peça fundamental para a humanização do espaço arquitetônico por agrupar uma imensa variedade de estímulos provenientes do ambiente externo que provocam reações no corpo humano, como por exemplo, sons, aromas, texturas, ventilação e intensidade luminosa diferenciada, além de cores e formas diversas. (IBIDEM) Evidencias cientificas revelam que projetos arquitetônicos sem nenhuma propriedade ambiental excitante para o corpo humano, atuam contra o bem-estar dos pacientes e têm efeitos negativos nos indicativos fisiológicos. (IBIDEM) Neste contexto este estudo justifica-se na medida em que ao verificar o cenário atual, a cidade de Mogi das Cruzes encontra-se em crescente desenvolvimento em diversos setores, tornando-se um polo para toda a região do Alto Tiete principalmente no quesito saúde. A cidade além de atender a sua população auxilia no atendimento das cidades vizinhas. Percebe-se em Mogi das Cruzes uma carência de serviços de atenção a criança com câncer, na especialidade de oncologia infantil, temos somente o CECAN que atende um número pequenos de crianças, ocasionando um déficit no atendimento dos mesmos. Sendo assim as crianças são encaminhadas para a capital São Paulo. A fim de contribuir para o preenchimento desta lacuna, propõe-se a elaboração de projeto arquitetônico de uma clínica pediátrica especializada em oncologia infantil para a cidade de Mogi das Cruzes tendo como foco a desconstrução do ambiente hospitalar, propondo um ambiente voltado para o público de crianças de 0 a 17 anos, lúdico, agradável e confortável. Este estudo apresenta a criação de um espaço humanizado e projetado com base em um conceito lúdico e confortável, através de estudo de cores, iluminação, ventilação e acessibilidade, isso melhoraria o atendimento o atendimento da área de oncologia pediátrica na cidade de Mogi das Cruzes e região, acelerando o processo de cura dos pacientes e evitando o deslocamento dos mesmos para outros municípios. Para a elaboração desse estudo foram analisados os projetos Neumors Children’s Hospital, Centro de Oncologia Princess Máxima e o Hospital A.C. Camargo, além das visitas ao Hospital Santana, Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes e o Centro Médico Sepaco. 8


CAPÍTULO 1 REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA


1.1 História dos hospitais A palavra hospital vem do latim hospitalis. Deriva de hospes, que significa hóspedes, já que, antigamente, as casas de assistência recebiam peregrinos, pobres e enfermos. (REVISTA ARCO, 2015) O primeiro “sistema hospitalar” que se tem registros ocorreu na Grécia antiga entre 1.200-400 a.C., com clinicas chamadas de Esculápio que prestavam atendimento individuais aos cidadãos, o tratamento era feito por meio de ervas, repouso, rituais religiosos e banhos térmicos, nessas construções haviam locais chamados de Iatreion (lugar dos médicos), geralmente ficavam nos centros das cidades, e possuíam ambientes com camas e banheiros que tinham boa iluminação e ventilação, para os enfermos.(IBIDEM)

Na época de 160 a.C. na China que era dominada pela dinastia Han, já se tinha nessa a ideia do hospital ser um serviço público, haviam alguns hospitais e os médicos que atendiam a corte também realizavam atendimentos e exames nos moradores do palácio. (IBIDEM) Entre 27 a.C. a 476 d.C. em Roma existiam os valetudinarium que significa boa saúde, era um tipo de hospital militar onde os feridos das guerras travadas na época eram atendidos, tinham normalmente forma retangular com um pátio no centro. Na cidade de Pompéia que foi totalmente destruída por uma erupção do Vulcão Vesúvio, foi descoberto por arqueólogos um local chamado de Casa dos Cirurgiões, onde foram encontrados cerca de 40 instrumentos de uso cirúrgico. (IBIDEM)

Fonte: www. arachne.uni-koeln.de Fonte: www.timetoast.com

Com o início da era cristã, surge Jesus Cristo que era conhecido na época como um tipo de curandeiro por conta de seus milagres, assim a população

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da época ficava na expectativa de serem curados através da fé, nessa época também há um grande crescente de atendimentos médicos por conta de novos princípios éticos de caridade. Em 370 d.C. depois da proclamação do Édito de Milão que foi um documento que dizia que o Império Romano ficaria neutro quanto ao credo religioso, isso acabou oficialmente com as perseguições religiosas. Foi fundado o primeiro hospital na cidade de Cesareia em Israel. (IBIDEM) Já no século XV o edifício do hospital medieval foi separado em duas partes, uma parte foi destinada para cuidas dos enfermos e outra parte para acolhimento de órfãos e abrigo pra os mais pobres e viajantes.(IBIDEM) Na época do Quattrocento Italiano que se refere a eventos artísticos e culturais que eram analisados em conjunto, nessa época houve o fim da Idade Média e o começo do Renascimento e com isso um novo tipo de arquitetura surge e com isso também surge um novo conceito de hospital. (IBIDEM) Em 1498 em Portugal foi criada a Primeira Santa Casa de Misericórdia, e pouco tempo depois da colonização, já no Brasil surge a primeira Santa Casa de Misericórdia no ano de 1543 em Santos, mesmo com esse edifício não tinham muitos médicos dispostos a vir para o Brasil e então o atendimento e cuidados aos enfermos eram feitos pelos religiosos da Igreja Católica. (IBIDEM). No século XIX a emergência pré-hospitalar surge para atender e recuperar os combatentes das guerras que aconteciam na época, Dominique-Jean Larrey (1766-1842) usa o termo “triagem” para classificar os soldados feridos nas guerras, nessa época também surge o transporte dos enfermos por veículos denominados Ambulância. (IBIDEM)

Fonte: http://www.novomilenio.inf.bR

1.2 O hospital moderno O edifício hospitalar sofreu várias transformações durantes os séculos, nessas transformações, deixaram de ser um lugar onde os enfermos eram confinados e passou a ser um ambiente feito para curar os doentes. Temos hoje em dia o SOMASUS que auxilia os arquitetos ao projetarem edifícios voltados a saúde. Tendo a recuperação dos pacientes como um foco, percebe-se que quanto mais humanizado os ambientes melhores são os resultados dos tratamentos ministrados. Indo ao encontro com o tema deste trabalho segundo o site Radiologia RJ (2012) o Hospital Municipal Jesus – RJ que é exclusivamente para atendimento infantil, inaugurou em 2012 um tomógrafo todo pensado na humanização do ambiente, como podemos observar na figura abaixo.

Fonte - http://www.radiologiarj.com.br

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1.3 Doutores da Alegria Segundo o site próprio dos Doutores da Alegria, tiveram início no ano de 1991, fundado por Wellington Nogueira. Já realizaram quase dois milhões de visitas a crianças internadas, seus familiares e profissionais de saúde, essas visitas são feitas geralmente semanalmente. Essas visitas não têm custo nenhum as unidades de saúde, é mantido através de doações de pessoas e empresas. Hoje os Doutores da Alegria contam com 65 profissionais que atuam de forma permanente além de alguns artistas voluntários que ajudam de vez em quando.

Fonte: www.doutoresdaalegria.org.br

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CAPÍTULO 2 EXPLORAÇÃO TEÓRICA DO TEMA


2.1 O câncer no contexto infantil

2.2 Tipos de câncer infantil

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA -, o câncer infantil corresponde a um grupo de várias patologias que tem em comum a proliferação desordenada de células anormais que podem vir a aparecer em qualquer local do organismo, compreende-se ainda que, do ponto de vista clínico, os tumores pediátricos exibem menores períodos de latência, em geral se desenvolvem rapidamente e são mais invasivos, entretanto respondem melhor ao tratamento e são considerados de prognóstico favorável. De tal modo, os tumores pediátricos diferem acentuadamente das enfermidades malignas dos adultos em relação ao prognóstico, aos aspectos histológicos e a localização do tumor, ou seja, a Leucemia linfoblástica aguda, tumores cerebrais, linfomas, sarcomas de partes moles e ósseas preponderam nas crianças e nos adolescentes, contradizendo os padrões daqueles encontrados nos adultos, onde as taxas de câncer que por habitual alargam rápido com o aumento da idade, existe uma variabilidade ampla de idade no transcorrer do desenvolvimento, com dois picos, no início da infância e na adolescência.(IBIDEM) Os cânceres na criança e no adolescente são considerados relevantes, embora possuam menores incidências quando correlacionados com neoplasias malignas dos adultos. O câncer infantil corresponde de 2% a 3% de todos os tumores no Brasil e, na América Latina, representam de 0,5% a 3% do total de todas as neoplasias malignas. No período entre 2012 e 2013, as avaliações de incidências perspectivadas pelo INCA apontavam a ocorrência de 11.530 novos casos de câncer em crianças e adolescentes no país, em ressalva dos tumores de pele não melanoma.

Segundo o GRAAC, os tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes são os listados abaixo: Leucemia – É uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Tumor no sistema nervoso central - O cérebro e a medula espinhal formam o Sistema Nervoso Central (SNC). Os tumores do SNC devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos dessas localizações. O câncer do SNC representa de 1,4 a 1,8% de todos tumores malignos no mundo. Cerca de 88% dos tumores de SNC são no cérebro. Linfoma não Hodgkin - O linfoma não Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. Existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Neuroblastoma - Surge em geral nas glândulas adrenais, localizadas na parte superior do rim e leva normalmente ao aumento do tamanho do abdome. Pode surgir em outras localizações, como por exemplo, na região para vertebral podendo causar fraquezas em membros. Tumor de Wilms - O Tumor de Wilms (também conhecido como Nefroblastoma) é um tumor maligno originado no rim. É o tipo de tumor renal mais comum na infância e pode acometer um ou ambos os rins. Sarcomas de partes moles – São tumores que podem ocorrer em músculos, gordura e articulações, existe inchaço no local do tumor, e em geral, há dor e a pele pode ficar avermelhada.

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Tumores ósseos – Esses tumores são mais comuns em adolescentes, geralmente se descobre quando há uma batida no local e a dor não passa, o local mais comum é logo acima ou abaixo do joelho, a pele pode ficar vermelha e quente, a medida que o tumor cresce é possível ver um inchaço no local. Retinoblastoma - O retinoblastoma é um tumor maligno originário das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão, afetando um ou ambos os olhos. Geralmente ocorre antes dos 5 anos de idade. Doença de Hodgkin – É um tumor que acomete gânglios e baço, é mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos começa com adenomegalias “ínguas” que vão crescendo no pescoço, nas axilas ou na região inguinal, podendo dar febre e provocar perda de peso. Tumores germinativos – São tumores no ovário ou testículos. Além desses tipos de câncer, temos a Histiocitose, que apesar de não ser câncer é uma doença tratada por oncologistas, pois muitas vezes é preciso o uso de quimioterapia para ser curada. (INCA)

2.3 Tipos de tratamento Segundo o Instituto Oncoguia após o diagnóstico da doença, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento, que dependerão do tipo e estágio do câncer, localização (no caso de tumores), estado de saúde geral do paciente e dos possíveis efeitos colaterais. Cirurgia – É o tipo de tratamento mais antigo contra o câncer, é o principal tratamento contra vários tipos de câncer e pode curar o paciente caso a doença seja diagnosticada em estágio inicial, hoje em dia existem tipos de bisturi a laser que são capazes de “queimar” apenas as células cancerosas.

Quimioterapia – Este tratamento utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais, por ser um tratamento sistêmico, não atinge somente as células cancerosas mas também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns medicamentos quimioterápicos possam ser administrados via oral e pode ser feita aplicando um ou mais tipos do medicamento. O ponto negativo deste tipo de tratamento são os efeitos colaterais que são na maioria das vezes fortes. Radioterapia – É o uso das radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerosas, existem vários tipos de radiação, as mais utilizadas são as eletromagnéticas (raios gama ou x) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). Neste tipo de tratamento as células sadias também são afetadas pela radiação, porém essas células geralmente conseguem se reparar, o que não acontece com as células cancerosas. Hormonioterapia - Modalidade terapêutica que tem como objetivo impedir a ação dos hormônios nas células, algumas células tumorais possuem receptores específicos para hormônios, e em alguns tipos de câncer como os de mama e próstata, esses hormônios são responsáveis pelo crescimento e proliferação das células malignas. Terapia Alvo – É um tratamento sistêmico que utiliza medicamentos alvo moleculares que atacam especificamente determinados elementos encontrados na superfície ou interior das células cancerosas, cada tipo de terapia alvo funciona de maneira diferente dependendo do tipo de câncer. Imunoterapia – É um tratamento biológico, seu objetivo é potencializar o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pelo próprio paciente ou em laboratório.

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Transplante de medula óssea – A medula óssea é encontrada no interior dos ossos, e contêm as células tronco, responsáveis pela formação dos componentes do sangue. O transplante é a coleta da medula óssea do próprio paciente ou de um doador compatível, para o tratamento de alguns tipos de câncer como a Leucemia. É usado após o paciente receber altas doses de quimioterapia, associada ou não a radioterapia, o paciente recebe a medula por meio de uma transfusão.

2.4 O ambiente hospitalar pediátrico O ambiente voltado para o cuidado de crianças e adolescentes deve atender às demandas dos mesmos, da família, bem como dos trabalhadores de saúde. Portanto, é função do arquiteto conceber um ambiente que minimize o desconforto, promova o bem-estar e auxilie no processo de cura do paciente. De acordo com Chagas e Sampaio (2010), vários estudos tem mostrado a relação direta do ambiente hospitalar com os resultados dos pacientes, uma vez que ambientes agradáveis diminuem a ansiedade e a dor, interferindo positivamente na cura. Além de proporcionar bem-estar aos pacientes, também é necessário que o ambiente hospitalar possa estimular a equipe de trabalhadores, melhorando as relações interpessoais e consequentemente disseminando um atendimento de boa qualidade. Para Carmo (2008), o brincar transforma o ambiente hospitalar e preenche uma lacuna entre a criança, sua família e a equipe médica, aliviando o estresse e a ansiedade do paciente, e apresentando-se como uma forma de superar sentimentos dolorosos. Essa preocupação com a individualidade do paciente, no caso criança ou adolescente, causa uma transformação na atenção à saúde, pois o paciente passa a ser enxergado por completo, havendo um cuidado não só com o físico, mas também do mental, social dentre outros.

A criança hospitalizada tem necessidades que vão além daquelas de um paciente adulto, muitas vezes ultrapassando questões médicas, porém de igual relevância. Quando uma criança é hospitalizada ela se distancia de tudo o que lhe é familiar, como sua casa, amigos, escola. De acordo com Carmo (2008), ela se depara, então, com um ambiente hospitalar asséptico, que se apresenta como sendo estranho e ameaçador. Sendo assim, é importante que o arquiteto use de instrumentos para aliviar essa tensão causada pelo ambiente hospitalar, como cores, forma e espaços que atraiam os olhares dos pacientes infantis, tornando o espaço lúdico e agradável. Além disso, a família é uma importante ferramenta no processo de humanização da assistência à saúde infantil, pois ela é responsável pelo suporte para o enfrentamento da hospitalização, por isso, a permanência dos pais foi assegurada como direito no Estatuto da Criança e do Adolescente.

2.5 Humanização hospitalar

Com a revolução industrial, e toda a sua corrida por eficiência, praticidade e produção em série, o ambiente hospitalar foi caracterizado como um espaço de racionalização e centralização de funções, cercado de frieza e impessoalidade. A humanização surge como uma resposta à essa objetividade advinda do avanço cientifico e tecnológico. O arquiteto deve estar atento a esse contexto e ser mediador entre funcionalidade e conforto. (IBIDEM) A assistência direcionada ao paciente, bem como a criação de ambientes humanizados que sejam acolhedores e atores no processo de recuperação do paciente, surge como resposta à crise da saúde percebida nos últimos anos. Em 2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), que propõe traduzir princípios e modos de operar no conjunto das relações entre profissionais e usuários, entre os diferentes profissionais, entre as diversas unidades e serviços de saúde e entre as instâncias que constituem o SUS. Já 16


em 2004 o PNHAH foi convertido na Política Nacional de Humanização (PNH), também conhecido como humaniza SUS (Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS), desde então o Ministério da Saúde vem inserindo a humanização como política pública do SUS. O principal foco do PNH é promover a requalificação do setor de saúde, valorizando a questão subjetiva humana durante todo o atendimento. O manual do Ministério da Saúde além de sugerir parâmetros para o atendimento, para as relações interpessoais, para as condições de tratamento e relação ao paciente, aponta também questões relacionadas à arquitetura quando trata do espaço no qual todas essas relações ocorrem. Na arquitetura podemos entender a humanização como um aspecto que está diretamente ligado ao conforto ambiental, integrando a valorização do ambiente, uma das diretrizes do PNH. (IBIDEM)

2.6 Conforto Ambiental

Os arquitetos buscam continuamente em seus projetos, o conforto, seja ele estético, acústico, luminoso, dentre outros. Porém para melhor entender todos esses ramos é necessário, uma compreensão mais aprofundada do conceito de conforto. O conceito de conforto ambiental relaciona-se com o projeto a partir da seleção de efeitos quanto a percepção das consequências das variáveis do meio ambiente sobre a edificação, obtendo assim para a obtenção de espaços adequados ao ser humano na temperatura, luminosidade e acústica. Podemos então subdividir o conceito de conforto em: térmico, relacionado temperatura, ventilação e umidade, luminoso englobando iluminação natural e artificial, acústico que é referente ao controle de ruídos no ambiente. Como este projeto destina-se ao público infantil, para a clínica pediátrica de oncologia acrescentaremos a esta divisão o lúdico e o estudo das cores, elementos contribuintes para o bem-estar e recuperação da criança. (IBIDEM)

2.6.1 Conforto térmico

Os eventos relacionados ao clima devem ser cuidadosamente analisados pelo arquiteto na elaboração de um projeto, pois fatores inerentes ao loco da implantação do projeto como clima, incidência de ventos e insolação podem resultar em diferentes propostas de projeto, visando sempre o conforto de seus usuários. Em lugares com clima quente, o projeto deve contribuir par minimizar a diferença entre as temperaturas externas e internas do ar, a ventilação natural deve ser priorizada, e em particular nas edificações hospitalares, pois esta contribui para o combate de infecções, por evitar espaços ou ambientes enclausurados. Entretanto, existem alguns ambientes hospitalares em que a ventilação artificial através do uso de ar-condicionado, torna-se essencial, em espaços nos quais não seja possível, apenas com ventilação natural, proporcionar conforto térmico aos pacientes. Mesmo assim, o arquiteto deve lançar propostas que auxiliem na redução da utilização de equipamentos de refrigeração o menos no que se refere a potência dos mesmos, favorecendo a edificação no consumo racional de energia. (IBIDEM)

2.6.2 Conforto luminoso

A incidência de luz natural, além de reduzir o consumo de energia, contribui para diminuir a impressão de confinamento do paciente. A iluminação adequada se dá com soluções projetuais que aumentem a área de superfícies transparentes, como janelas, aberturas zenitais ou pele de vidro. Vale salientar que quando essa solução não é viável, busca-se uma iluminação artificial que seja semelhante a luz natural. Assim todos poderão ser beneficiados, gerando uma sensação de bem-estar tanto para pacientes como para trabalhadores de saúde. A luz solar pode ser usada como terapêutica para pacientes internados, funcionando como parte do processo de recuperação do mesmo. Logo, antes de conferir a um projeto arquitetônico hospitalar, espaços ou elementos construtivos integrados com o meio exterior, é necessário

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conhecer a incidência solar local para que estes não interfiram negativamente no conforto ambiental, e que, por conseguinte interajam com a humanização do ambiente hospitalar. (IBIDEM)

2.6.3 Conforto acustico O conforto acústico relaciona-se com a qualidade do som disposto no ambiente, ou seja, avalia-se a relação entre o interlocutor e o receptor é satisfatória e a mensagem é entendida ou não, e se existem ruídos que atrapalhem ou perturbem os indivíduos presentes no local. O conforto acústico está atrelado à compreensão dos ruídos e seus impactos na saúde e bem-estar do paciente. Os ambientes hospitalares têm buscado resguardar a privacidade de seus pacientes, impedindo que os ruídos consequentes das atividades laborais da assistência à saúde não interfiram no tratamento dos usuários e nem gere desconforto aos mesmos. Também deve ser considerado no projeto abertura de porta e janelas para ventilação e iluminação naturais e sua relação com a propagação de ruídos. Alguns aspectos devem ser seguidos na concepção de projetos destinados ao setor de saúde no que se refere a acústica como a considerações do entorno e fontes geradoras de ruído, ordenação do espaço quanto as suas funções silenciosas ou não, dispor de recursos e materiais que possam reduzir a transmissão de ruídos e melhorar a qualidade acústica do ambiente. (IBIDEM)

2.6.4 O uso das cores no ambiente hospitalar As cores causam uma grande influência no espaço, pode transforma-lo, causando sensações distintas nos indivíduos. A todo momento estamos em contato com as cores e suas sensações, a força da influência da harmonia entre as cores e

consequente equilíbrio visual levam o paciente a exprimir sentimentos, comportamentos à sua percepção do ambiente. O uso das cores funciona como elemento compositivo no ambiente, incorporando as sensações e sentimentos. O projeto deve associar aspectos de iluminação e posicionamento da edificação ao uso de cores e texturas, pois estes fatores estão diretamente ligados e influenciam no tratamento e processo de cura do paciente. Também temos a cromoterapia que pode ser usada como uma técnica paliativa no tratamento do câncer infantil, pois essa técnica pode reduzir a ansiedade, medo e proporcionar bem-estar ao paciente. (IBIDEM)

2.6.5 O lúdico no hospital Hospitalizar uma criança é diferente do que um adulto, pois as crianças tem necessidades diferentes, portanto os ambientes projetados também devem seguir essa diferenciação. A utilização de recursos lúdicos na arquitetura surge como um instrumento de intervenção no tratamento e processo de cura do paciente, o lúdico dá suporte à criança para a mesma enfrentar a doença, fortalecendo-a e reduzindo suas angustias. Para o tratamento de crianças com câncer essa percepção proporcionada pelo lúdico torna-se fundamental no enfrentamento da doença, pois a criança tem necessidades que precisam ser supridas, e priorizadas com relevância frente à doença. A visão geral do paciente infantil contribui para seu tratamento, englobando a multidisciplinaridade de profissionais, dentre eles o arquiteto, que é responsável por criar ambientes que sejam atraentes, divertidos e confortáveis através do uso de cores, forma e volumes. (IBIDEM)

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CAPÍTULO 3 ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE UM HOSPITAL


3.1 Organização, estrutura e funcionamento de um hospital O atendimento de um hospital começa pela recepção, onde o paciente se identifica e da entrada em sua ficha de atendimento, após isso o paciente é levado a triagem, onde são feitos alguns exames básicos como aferição da pressão arterial e de temperatura, geralmente após isso os pacientes são classificados de acordo com o grau de sua enfermidade, conforme imagem abaixo.

Após essa triagem os pacientes são direcionados aos consultórios médicos, sendo atendidos de acordo com os resultados da triagem, geralmente são identificados por pulseiras da cor referente ao seu grau de enfermidade.

Fonte: BEZERRA (2018)

Fonte: http://www.hospitalstacruz.com.br

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CAPÍTULO 4 LEGISLAÇÃO


4.1 NBR 9050 4.2 Pessoas em cadeira de rodas (P.C.R.) 4.2.1 Cadeira de rodas A figura abaixo apresenta dimensões referenciais para cadeiras de rodas manuais ou motorizadas, sem scooter (reboque). A largura mínima frontal das cadeiras esportivas ou cambadas é de 1,00 m.

Fonte: NBR 9050 (2015)

4.3 Área de circulação e manobra Os parâmetros apresentados nesta subseção também se aplicam às crianças em cadeiras de rodas infantis.

4.3.1 Largura para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeira de rodas

Fonte: NBR 9050 (2015)

A figura ao lado mostra dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas.

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4.3.2 Área para manobra de cadeiras de rodas sem deslocamento As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, conforme a figura abaixo são:

4.3.3 Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento A figura abaixo exemplifica condições para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento.

– para rotação de 90º = 1,20m x 1,20m; – para rotação de 180º = 1,50m x 1,50m; – para rotação de 360º = círculo com diâmetro de 1,50m.

Fonte: NBR 9050 (2015)

Fonte: NBR 9050 (2015)

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4.4 Símbolo internacional de acesso – SIA

4.5 Sinalização de vaga reservada para veículo

A indicação de acessibilidade nas edificações, no mobiliário, nos espaços e nos equipamentos urbanos deve ser feita por meio do símbolo internacional de acesso - SIA. A representação do símbolo internacional de acesso consiste em um pictograma branco sobre fundo azul (referência Munsell 10B5/10 ou Pantone 2925 C). Este símbolo pode, opcionalmente, ser representado em branco e preto (pictograma branco sobre fundo preto ou pictograma preto sobre fundo branco), e deve estar sempre voltado para o lado direito, conforme figuras abaixo. Nenhuma modificação, estilização ou adição deve ser feita a estes símbolos. Este símbolo é destinado a sinalizar os locais acessíveis.

As vagas reservadas para veículo no estacionamento devem ser sinalizadas e demarcadas com o símbolo internacional de acesso ou a descrição de idoso, aplicado na vertical e horizontal.

Fonte: NBR 9050 (2015)

As vagas reservadas para idosos ou para pessoas com deficiência em vias e logradouros públicos devem ser sinalizadas. Nas vagas reservadas para pessoas com deficiência que não estejam localizadas em vias e logradouros públicos, a sinalização vertical deve ser conforme a figura abaixo. O símbolo internacional de acesso (SIA) que está na sinalização pode ser trocado pelo SIA . A borda inferior das placas instaladas deve ficar a uma altura livre entre 2,10 m e 2,50 m em relação ao solo. Em estacionamentos com pé-direito baixo, é permitida sinalização à altura de 1,50 m.

Fonte: NBR 9050 (2015)

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4.2 Somasus - Layout dos ambientes 4.2.1 Enfermaria para crianças Segundo o Somasus as enfermarias para crianças devem ter no mínimo 5m² por leito, com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza e com portas revestidas com materiais laváveis com medidas mínimas de 1,10 x 2,10m com visor.

Fonte: Somasus volume 2,2019. Org. pelo autor

4.2.2 Enfermaria para adolescentes As enfermarias para adolescentes devem ter no mínimo 6m² por leito, com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza e com portas revestidas com materiais laváveis e com medidas mínimas de 1,10 x 2,10m. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 2,2019. Org. pelo autor

25


4.2.3 Área de serviços de enfermagem

4.2.4 Posto de enfermagem e prescrição médica

As áreas de serviços de enfermagem necessitam de uma área mínima de 6m², com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza, nesse ambiente é necessária uma pia de lavagem das mãos. (IBIDEM)

Os postos de enfermagem e prescrição médica necessitam de uma área mínima de 6m², com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza, nesse ambiente também é necessária uma pia de lavagem das mãos. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 2,2019. Org. pelo autor

Fonte: Somasus volume 2,2019. Org. pelo autor

26


4.2.5 Sala de Aula

4.2.6 Sala de comando de tomografia

As salas de aula necessitam de 0,80m² por aluno, em média são 20 alunos que resulta numa área de 25,20m², os pisos, paredes, tetos e porta devem ser lisos e revestidos com materiais laváveis. (IBIDEM)

Esses ambientes necessitam de no mínimo 6m², com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza, essa área necessita de sistema de ventilação e exaustão artificiais pois a temperatura ideal é de 21 a 24ºC. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 2,2019. Org. pelo autor

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

27


4.2.7 Sala de tomografia

4.2.8 Sala de exames e curativos

As salas de tomografia têm em média 43,20m² dependendo do equipamento utilizado, com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza. Essas salas necessitam de blindagem que faça a proteção radiológica dos ambientes próximos, caso seja usado chumbo nessa proteção o mesmo deve ser coberto. (IBIDEM)

Esse ambiente necessita de no mínimo 7,50m² com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza. As portas devem ter o vão mínimo de 0,80 x 2,10m. Esta sala também necessita de uma pia para lavagem das mãos. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

Fonte: Somasus volume 2,2019. Org. pelo autor

28


4.2.9 Sala de indução anestésica e recuperação de exames Esses ambientes necessitam de que as distancias entre os leitos e parede sejam de 0,80m, exceto a cabeceira que necessita de 0,60m com pisos, paredes, bancadas e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

4.2.10 Sala de ultrassonografia Esta sala necessita de no mínimo 4m² com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza. A porta precisa de um vão mínimo de 1,20 x 2,10m a depender do equipamento utilizado, esse ambiente também necessita de uma pia para lavagem das mãos. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

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4.6.11 Sala de exames odontológicos

4.6.12 Sala de preparação de quimioterápicos

Esse ambiente necessita de no mínimo 4m² com dimensão mínima de 2m com pisos, paredes e tetos lisos e resistente aos processos de limpeza. Essa área necessita de sistema de ventilação e exaustão artificiais pois a temperatura ideal é de 21 a 24ºC. (IBIDEM)

Esse ambiente necessita de no mínimo 5m² com piso liso sem frestas e o material usado no revestimento não pode ter absorção de água superior a 4%, as paredes devem ser lisas e resistente aos processos de limpeza, o teto deve ser liso e continuo e resistente aos processos de limpeza, nesse ambiente é proibido o uso de forros removíveis. Também necessita de uma pia para lavagem das mãos. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

30


4.2.13 Sala de aplicação de quimioterápicos

4.2.14 Sala de comando da radioterapia

Esse ambiente necessita de uma área média de 30,25m² com piso liso sem frestas e o material usado no revestimento não pode ter absorção de água superior a 4%, as paredes devem ser lisas e resistente aos processos de limpeza, o teto deve ser liso e continuo e resistente aos processos de limpeza, nesse ambiente é proibido o uso de forros removíveis. Também necessita de uma pia para lavagem das mãos. (IBIDEM)

Esse ambiente necessita de uma área mínima de 6m² com pisos, paredes e tetos lisos resistentes e de fácil higienização. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

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4.2.15 Sala de radioterapia – Acelerador linear A área desse ambiente depende do equipamento utilizado, em média tem 72m², o piso deve ser liso resistente e de fácil higienização, as paredes são especiais de concreto com características e densidade para proteção radiológica, o teto devera ser rebaixado para embutir as instalações abaixo da laje de concreto, a porta deve ser de preferencia motorizada com blindagem radiológica e com dimensões mínimas de 1,20 x 2,10m. Necessita também de uma bancada com pia de lavagem. (IBIDEM)

4.2.16 Sala de radioterapia – Braquiterapia de média taxa de dose A área desse ambiente depende do equipamento a ser utilizado, tem em média 32,40m², o piso deve ser liso e de fácil higienização, as paredes precisam ser lisas de fácil higienização, não é permitido o uso de divisórias, necessita de blindagem especial calculada de acordo com o equipamento instalado. O teto deve ser continuo e de fácil higienização, não pode ser utilizado forros removíveis. As portas devem ter medidas mínimas de 1,20 x 2,10m revestidas de material lavável e com blindagem adequada. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

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4.2.17 Sala de comando da Ressonância Essa sala necessita de área mínima de 6m² o piso, paredes e tetos devem ser lisos e resistentes aos processos de higienização. Necessita de climatização artificial e exaustão mecânica. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

4.2.18 Sala de Ressonância A área desse ambiente depende do equipamento a ser utilizado, em média é de 35,10m², os pisos, paredes e tetos devem ser resistentes aos processos de limpeza. A porta deve ter dimensão mínima de 1,20 x 2,10m. Necessita de climatização artificial e exaustão mecânica. (IBIDEM)

Fonte: Somasus volume 3,2019. Org. pelo autor

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4.3 Estatuto da Criança e do adolescente

4.4 Código de obras e edificações de Mogi das Cruzes

Segundo o artigo 12 do estatuto da Criança e do adolescente toda criança e adolescente tem o direito de ter os seus acompanhantes, e os estabelecimentos de saúde devem proporcionar as condições para que isso aconteça.

Seção V – Das Edificações Especiais e Socioinstitucionais

[...] Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.[...]

Art. 480. As edificações destinadas para uso de saúde e outros estabelecimentos afins deverão atender as normas do Ministério da Saúde, com base na legislação federal vigente, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, além das Normas Técnicas Oficiais, demais exigências desta lei complementar e disposições estabelecidas pela Vigilância Sanitária estadual e municipal, no que for pertinente.

Subseção I – Das edificações para Usos de Saúde Art.479. Consideram-se edificações para usos de saúde as destinadas à prestação de serviços de assistência à saúde em geral, inclusive veterinária, com ou sem internação.

Art. 481. Os hospitais, casas de saúde, maternidades, prontossocorros e similares que realizem procedimentos e atividades onde seja necessário o fornecimento contínuo de energia elétrica (cirurgias, unidade de terapia intensiva, etc.) deverão ser dotados de instalações de energia elétrica autônoma, gerador ou equivalente, com iluminação de emergência. Art. 482. As portas gerais de acesso ao público deverão estar de acordo com a legislação e Normas Técnicas Oficiais relativas às saídas de emergência e acessibilidade. Art. 483. As instalações prediais hidros sanitárias deverão estar em acordo com as exigências do órgão responsável pelo serviço de abastecimento de água, devendo também observar o disposto pelas Normas Técnicas Oficiais e pela Vigilância Sanitária estadual e municipal. Art. 484. OS sanitários deverão respeitar as proporções mínimas contidas no Anexo 04, que integra esta lei complementar, sem prejuízo das demais exigências pertinentes.

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4.5 Legislação de Uso e Ocupação do Solo Conforme o mapa de Uso e Ocupação do solo da cidade de Mogi das Cruzes o terreno se encontra na Zona Central – ZC.

Conforme tabelas do anexo 6 e 8 da Lei de Uso e Ocupação do Solo – Louos da cidade de Mogi das Cruzes, o projeto poderá ocupar 70% da área do terreno, com coeficiente de aproveitamento em 3 e área de permeabilidade em 20% da área do terreno. Os recuos mínimos estabelecidos estão definidos em 5,00 metros de frente, e recuo de 2,00 metros de fundo, sem a exigência de recuo lateral. Área do terreno - 1.680,63m² TO 70% - fator 0,7 - 1.176,44m² CA 3 - 5.041,89m² T.P. 20% - fator de 0,2 - 336,13m²

Fonte: http://www.pmmc.com.br, 2019. Org. pelo autor

Fonte: http://www.pmmc.com.br,2019. Org. pelo autor

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CAPÍTULO 5 ESTUDOS DE CASO


5.1 Nemours Children’s Hospital Arquitetos Localização Área total Ano do projeto Construtora Consultoria operacional Paisagismo Engenharia civil Engenharia estrutural

Stanley Beaman & Sears Orlando, Flórida – EUA 192000m² 2012 Shildan Bowen & Briggs AECOM Harris Civil Engineering Simpsom Gumpertz & Heger

Fonte: https://www.archdaily.com.br

O Nemours Children’s Hospital é especializado no tratamento infantil, construído em Orlando, Flórida, mostra um novo conceito de projeto, funcionando como um “ambiente de cura”. Para Rebelo (2015) a edificação conta com uma estética moderna e simples, com ambientes animados pelo colorido e pela luz. O hospital possui 95 leitos e 76 salas de exame, emergência, uma central de energia e estacionamento. Os arquitetos do escritório Stanley Beaman & Sears, criaram no projeto um ambiente que confortasse os pais e extasiasse as crianças. O público alvo do hospital são crianças de todas as idades, algumas com problemas crônicos ou doenças em fase terminal. Portanto o maior enfoque do hospital, além de oferecer tratamento de qualidade, é de propiciar diversão e tranquilidade. A instituição Nemours (2016) afirma que os espaços internos do hospital são ricos em iluminação natural, com grandes vistas para o paisagismo exterior, retrata uma arquitetura madura, mas cheia de vida, que valoriza o papel da natureza no processo de cura do paciente. (ARCHDAILY, 2013)

Fonte: Jonathan Hillyer (2012)

Fonte: Jonathan Hillyer (2012)

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Por conta do clima subtropical de Orlando, o Sol intenso e a umidade foram uma grande preocupação no projeto, tiveram estudos solares intensos que resultaram em espaços externos sombreados, e também ajudaram onde serem instalados os painéis solares. Nas fachadas foram utilizados sistemas pré-moldados de metal e painéis de vidro. A cor da iluminação dos quartos pode ser escolhida pelo paciente, criando um efeito muito bonito na fachada (figura47). Além disso os quartos contam acomodações para os pais dos enfermos e lavanderia para os mesmos, cada andar conta com um balcão de atendimento para guiar os pais pelo hospital. O Nemours e apenas mais dois hospitais que conseguiram o LEED Gold Certification, que é uma certificação para construções sustentáveis. (IBIDEM)

Fonte: https://www.archdaily.com.br

Analisando o primeiro pavimento se encontram as áreas administrativas, um auditório e uma capela. Nesse pavimento não tem nenhuma área médica.

38


Fonte: https://www.archdaily.com.br

No quarto pavimento são encontradas as áreas de alergologia, pneumologia, reumatologia e endocrinologia. No quinto pavimento estão as áreas de neurologia, neurocirurgia, ortopedia e uma área para o tratamento de doenças infecciosas.(IBIDEM)

39


Implantação do Nemours Children’s Hospital

Fonte: https://www.archdaily.com.br

Analise SWOT Aspectos positivos

Aspectos negativos

Aplicação do lúdico

Iluminação em alguns pontos

Sustentabilidade Aspectos ameaças

Aspectos oportunidades

Manutenção jardins

Iluminação natural Ventilação natural

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5.2 Centro de Oncologia Infantil Princess Máxima Arquitetos Arquitetos responsáveis

Localização Área total Ano do projeto Construtora Paisagismo Engenharia técnica Engenharia estrutural

LIAG Architecys Arie Aalbers, Thomas Bögl, Erik Schotte, Maja Frakowiack, Meagan Kerr, Jordy Aarts, Tjarda Roeloffs-Valk, Martha de Geus , Harmen Landman, Nick Schat, Thomas Witteman and Erik Brummelhaus, Ifigenia Riga Heidelberglaan, Utrecht - Holanda 448330m² 2018 Pro Liberis Bureau B+B RHDHV / Halmos Zonnerveld ingenieurs

O Centro Princess Máxima está localizado junto ao Hospital de crianças Wilherlmina, no centro médico universitário de Utrecht, a conexão com o hospital dá-se através de uma ponte colorida que também foi projetada pelo mesmo escritório.

Fonte: https://www.archdaily.com.br

Fonte: Ronald Tilleman (2018)

No desenvolvimento do projeto os arquitetos prestaram atenção a aspectos como a luz do dia, o ar e o layout geral, a fim de facilitar o processo de cura dos pacientes. Cada faixa etária dos pacientes tem seu espaço próprio, projetado de acordo com suas necessidades, estimulando assim o desenvolvimento social e emocional da melhor forma possível. Fonte : Ronald Tilleman (2018)

41


Fonte: Ronald Tilleman (2018)

Fonte: Ronald Tilleman (2018)

O espaço acima foi criado a fim de de que os pacientes e familiares tivessem a sensação de estar em casa nesse espaço se reúnem para conversar, além de sentir um contato mais direto com o clima local como sentir o clima e o ritmo da noite e do dia. Analise SWOT Aspectos positivos

Aspectos negativos

Humanização

Alguns quartos não recebem sol

Sustentabilidade Aspectos ameaças

Aspectos oportunidades

Manutenção jardins

Iluminação natural

Manutenção revestimento madeira Fonte: Do autor, 2019

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5.3 Hospital A.C. Camargo Arquiteto

Rino Levi

Localização Área total Ano do projeto

Liberdade, SP 12000m² 1953

A ala infantil abriga o que há de mais moderno para o diagnóstico e tratamento do câncer infantil, com ambientes funcionais e bem distribuídos, no entanto peca um pouco nos setores de quimioterapia e atendimento de urgência infantis pois o setor em si é um pouco “frio” não passando o lado lúdico que no caso seria muito interessante.

Fonte: https://www.accamargo.org.br

Fonte: https://www.accamargo.org.br

Fonte: https://www.accamargo.org.br

A rede A.C. Camargo, é referência internacional no quesito de combate ao câncer, de acordo com a instituição, trata-se de um centro integrado de diagnostico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer. O hospital oferece assistência de alta complexidade, integrada, humanizada e centrada nas necessidades e segurança dos pacientes, advindos tanto do Sistema Único de Saúde (SUS), como da rede privada. Projetado pelo arquiteto modernista Rino Levi, filho de italianos formado em Roma e Milão. Desenhou a estrutura com o amplo mezanino, sobre o qual se apoiam 13 andares. Levi projetos janelas que afastassem o Sol e o ruído excessivo.

Analise SWOT Aspectos positivos

Aspectos negativos

Localização

Ventilação natural Iluminação natural

Aspectos ameaças

Aspectos oportunidades

Manutenção vegetação da fachada

Ventilação natural

Fonte: Do autor, 2019

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TABELA SINTESE DE ANÁLISE SWOT

PROJETOS NEMOURS CHILDREN`S HOSPITAL

ASPECTOS NEGATIVOS

ASPECTOS AMEAÇAS

Iluminação em alguns pontos

Manutenção jardins

ASPECTOS POSITIVOS Aplicação do lúdico Sustentabilidade Humanização

PRINCESS MÁXIMA

Sustentabilidade Localização

Ventilação natural

Ventilação natural

Manutenção revestimento madeira Manutenção vegetação

Iluminação natural Ventilação natural

Iluminação natural Aplicação do lúdico

SÍNTESE

Iluminação natural

Manutenção jardins

Iluminação natural HOSPITAL A.C CAMARGO

ASPECTOS OPORTUNIDADES

Iluminação natural

Manutenção jardins

Iluminação natural

Ventilação natural

Manutenção revestimento madeira

Ventilação natural

Sustentabilidade Humanização

Localização

Fonte: Do autor, 2019

44


CAPÍTULO 6 VISITAS TÉCNICAS


6.1 Hospital Santana (Ala pediátrica) Localização Ano do projeto Numero de pavimentos

Mogi das Cruzes - SP 1957 2 pavimentos

Fonte: www.hospitalsantana.com.br

O Hospital Santana teve início em 1957 na cidade de Mogi das Cruzes-SP, é um dos principais hospitais da cidade e realiza vários tipos de procedimento de baixa até alta complexidade.

Fonte: Do autor, 2019

Fonte: Do autor, 2019

Na visita fui ao setor de pediatria onde tive acesso a algumas salas de atendimento e recepção, e pude entender melhor como é o funcionamento do local. No setor pediátrico é muito bem usado a questão das cores e do lúdico para “entreter” as crianças antes, durante e depois do atendimento. A sala de espera conta com cadeiras coloridas, além de todas as portas terem os batentes coloridos e com adesivos com temas infantis nas portas dos consultórios.

Já no interior das salas de atendimento essa parte lúdica não é tão bem elaborada, na verdade é adaptada com adesivos colados nas pareces a fim de ter a mesma função. As salas são bem equipadas, aparentemente tudo dentro das normas, com pia para o médico realizar a higienização das mão entre os pacientes, as lixeiras são bem identificadas por cores e adesivos nas tampas, para que o lixo comum e o contaminado não se misturem.

Enfim o Hospital Santana tem uma boa funcionalidade, com alguns quesitos que poderiam ser melhores pensados como a parte interna dos consultórios, mas por se tratar de um prédio da década de 50 Fonte: Do autor, 2019 foi bem planejado, levando em conta de que da década de 50 até hoje alguns aspectos de atendimento e até mesmo algumas doenças mudaram.

46


6.2 Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes (ala pediátrica) Localização Ano do projeto Número de pavimentos Número de leitos Atendimentos por dia

Mogi das Cruzes - SP 1.874 3 pavimentos 182 leitos (atualmente) 1.100 pacientes (aproximadamente)

Fonte: http://www.santacasamc.com.br

A Santa Casa de Mogi das Cruzes tem 145 anos de existência, atualmente tem 182 leitos, seu corpo clinico tem 150 médicos e é referência da região do Alto Tietê em Ortopedia, Maternidade de alto risco, Oftalmologia e Neurologia. O atendimento do setor pediátrico vai desde o nascimento até o início da fase adulta. Diferentemente do estudo anterior a ala pediátrica não conta com nenhuma parte que tenha um espaço lúdico ou colorido para entreter os pacientes, o ambiente é frio com cores neutras e pouca iluminação natural e a iluminação artificial é feita com lâmpadas de cor fria, o que também ajuda a deixar o ambiente mais desestimulante. As salas de atendimento também são da mesma forma fria com cores neutras e com alguns equipamentos com um estado de conservação não muito bom. No dia da visita a Santa Casa estava com muitos pacientes então só fui autorizado a tirar foto de uma sala de atendimento pediátrico que estava vazia na hora. Diferentemente do estudo anterior a ala pediátrica não conta com nenhuma parte que tenha um espaço lúdico ou colorido para entreter os pacientes, o ambiente é frio com cores neutras e pouca iluminação natural e a iluminação artificial é feita com lâmpadas de cor fria, o que também ajuda a deixar o ambiente mais desestimulante.

Fonte: http://www.santacasamc.com.br/sobre-o-hospital/nossa-historia

As salas de atendimento também são da mesma forma fria com cores neutras e com alguns equipamentos com um estado de conservação não muito bom. No dia da visita a Santa Casa estava com muitos pacientes então só fui autorizado a tirar foto de uma sala de atendimento pediátrico que estava vazia na hora.

Fonte: Do autor, 2019

47


6.3 Sepaco (Ala Pediátrica) Essa unidade visitada da Sepaco começou a dar atendimento em Fevereiro de 2018, no mesmo ano iniciou o atendimento 24hrs de pronto atendimento incluindo o atendimento pediátrico.

No interior da sala de atendimento o problema é o mesmo da recepção, sem cores nas paredes, tudo muito “frio” apenas com algumas adaptações, conforme imagem abaixo.

Fonte: Do autor, 2019

6.4 Conclusão das visitas

Fonte: Do autor, 2019

Na visita tive acesso a recepção e a uma sala de atendimento pediátrico, porém estando no hospital num dia movimentado pude perceber o fluxo dos pacientes e como é o funcionamento na prática. Na sala de espera da pediatria não tem paredes coloridas e também nada que “distraia” os pacientes antes do atendimento, conforme imagem abaixo, tem apenas um quadro na parede dando uma pequena “identidade” ao setor.

Após as visitas realizadas pude constatar que com certeza o uso das cores e do lúdico em hospitais faz muita diferença, pois no Hospital Santana por exemplo, por todo o tempo que passei lá foi um ambiente mais leve, por ter o uso das cores e a iluminação na temperatura de cor correta. Já na Sepaco e na Santa Casa já não tive a mesma sensação pois os ambientes são muitos frios, sem cor e com a iluminação com uma temperatura de cor muito branca. Tudo isso servirá como um grande aprendizado para dar andamento neste projeto pois pude constatar pessoalmente a diferença que o uso das cores no ambiente hospitalar faz diferença e cria sensações diferentes nas pessoas.

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CAPÍTULO 7 LOCAL DE INTERVENÇÃO


7.1 Mogi das Cruzes Segundo o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes – COMPHAP -, antes da fundação do povoado de Mogi das Cruzes, Braz Cubas em 1560, havia adentrado as matas da região as margens do hoje Rio Tietê, à procura de ouro. O primeiro caminho de acesso da capital São Paulo foi aberto por Gaspar Vaz, daí deu-se início ao povoado que foi elevado a vila 17 de agosto de 1611, chamado na época de vila de Sant’Anna de Mogi Mirim, a oficialização aconteceu no dia 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade. O nome Mogi vem de M’Boigy, o que significa “Rio das Cobras”, como era chamado o trecho do Tietê que passa pela região pelos índios. Mogi é uma das cidades históricas do Brasil, por ainda ter um grande acervo de construções tombadas em boas condições. Segundo a prefeitura municipal, atualmente Mogi das Cruzes tem mais de 400 mil habitantes que é caracterizado em sua maioria por uma classe jovem.

Fonte: Google, 2019. Org. pelo autor

Segundo o IBGE, seguem os dados populacionais e de saúde do município de Mogi das Cruzes. População estimada (2018) 440.769 pessoas População no último senso (2010) 387.779 pessoas Densidade demográfica (2010) 544,12 hab/km² Mortalidade infantil (2014) 14,18 óbitos a cada mil nascidos Estabelecimentos de saúde SUS (2009) 43 estabelecimentos

7.1.1 Clima O clima em Mogi das Cruzes é quente e temperado, ao longo do ano a precipitação é elevada mesmo nos meses mais secos, a temperatura média é de 17,5ºC e a média das precipitações é de 1.582mm. O mês historicamente mais quente é fevereiro com média de 20,8ºC e Julho é o mês mais frio com média de 14,1ºC. O mês mais seco do ano é Julho com precipitações de 43mm e o mais úmido é Janeiro com precipitação em média de 239mm. (CLIMATE-DATA, online)

Fonte: https://pt.climate-data.org

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Segundo o site Meteoblue os ventos com maior incidência de Mogi das Cruzes são os Sudestes, com velocidades que chegam normalmente até 28 km/h , conforme imagem abaixo:

Onde o terreno escolhido se encontra é na Rua Santana, que é conhecida entre os moradores por ter vários tipos de clinicas e consultórios, por isso a escolha dessa área para implantação do projeto.

Fonte: Google Maps. Org. pelo autor.

Fonte: https://www.meteoblue.com

7.2 Local de implantação O bairro Jardim Santista é localizado próximo ao centro da cidade de Mogi das Cruzes, tem fácil acesso por meio de transporte público, por ficar bem próximo do terminal central rodoviário e de uma das estações de Trem da cidade. O bairro tem poucos moradores, por se tratar de um local com muitos comércios e clínicas.

Fonte: Google Maps. Org. pelo autor.

51


O terreno se localiza na Rua Santana no bairro do Jardim Santista em Mogi das Cruzes, possui 37,50m de frente e área total de 1.680,63m², é um terreno plano com pouca vegetação. Esse local foi escolhido pois essa área da cidade é conhecida por ter várias clinicas, consultórios e um hospital próximo. Além de ficar em um local privilegiado na questão de transporte público, por ficar entre duas grandes avenidas da cidade a Av. Voluntário Fernando Pinheiro Franco, também conhecida como Av dos Bancos, e da Rua Ipiranga por onde passam as principais linhas de ônibus. O terreno também fica bem próximo do terminal central rodoviário e da estação de trem de Mogi.

Fonte: Google Maps. Org. pelo autor.

Fonte: Google Maps. Org. pelo autor.

Fonte: Google Maps. Org. pelo autor.

52


CAPÍTULO 8 PERFIL DOS USUÁRIOS


8.1 Perfil dos funcionários Os funcionários serão em sua maioria médicos e enfermeiros, além de seguranças e recepcionistas. Para médicos e enfermeiros será feito um setor especifico para descanso pois esses tipos de profissionais costumam trabalhar por várias horas direto. Para os seguranças e recepção será feito um setor para alimentação e descanso, além de vestiários.

8.2 Perfil dos pacientes Os pacientes para essa clínica são em sua maioria crianças e adolescentes entre 0 a 17 anos, com algumas exceções de adultos, nesse caso quando se inicia o tratamento ainda quando criança e o conclui depois de adulto já que alguns tipos de tratamento podem levar vários anos. Esses pacientes necessitam de uma edificação totalmente acessível pois muitos deles acabam perdendo algum membro ou algum sentido em função do tratamento. Além disso necessitam em sua maioria de atendimento psicológico e um acompanhamento médico muito próximo. Para diminuir esse desgaste do tratamento toda a clínica será voltada para o lado lúdico e colorido.

8.3 Perfil dos familiares dos pacientes Os familiares dos pacientes são os que irão acompanhar os mesmos nas consultas ou nos procedimentos, não tem um perfil especifico pois qualquer pessoa pode desenvolver essa doença, mas com certeza todas essas pessoas estarão na maior parte das vezes nervosas com o tratamento de seu ente querido, para tentar amenizar isso, será elaborada uma área de descanso e alimentação, além de cadeiras confortáveis para os acompanhamentos, pois nesse tipo de tratamento o período de permanência na clínica é grande, podendo chegar a um dia inteiro.

54


CAPÍTULO 9 ESQUEMAS ESTRUTURANTES


9.1 Conceito do projeto O projeto será explorado através do conceito lúdico, partindo da utilização de cores, formas e volumes com criação de espaços divertidos e confortáveis. Sabe-se que o lúdico dá suporte ao paciente com câncer, podendo colaborar com o processo de cura da doença. Outro conceito que será adotado é o da humanização, que enfatiza a importância de projetar espaços que sejam acolhedores e confortáveis. O conceito lúdico permite aos pacientes infantis ao entrarem num ambiente colorido, com decorações com temas infantis vivenciem um ambiente de fantasia e por sua vez “esquecer” um pouco do seu problema de saúde.

9.2 Partido Arquitetônico O partido arquitetônico da clínica se caracteriza pelo uso de linhas retas, no desafio de conciliar um estabelecimento de saúde com a humanização e sustentabilidade. A sustentabilidade dá-se a instalação de painéis de vidro eletrocrômicos que diminuem o consumo de iluminação artificial. Para atender o conceito do lúdico será usada muita cor nesse projeto, uma parte delas virão dos vidros eletrocrômicos que mudam de cor e outra por conta do paisagismo que se dará por vegetações coloridas.

9.3 Organograma

Fonte : Do autor, 2019

56


9.4 Fluxograma

Fonte: Do autor, 2019

57


9.5 Agenciamento

Setor

Recepção

Administração

Farmácia

Consultórios

Quimioterapia

Atividade Recepção Sala de espera Sanitários Brinquedoteca Triagem Sala de aula Secretaria Direção Sala de Reuniões Arquivo Copa Sanitários Atendimento Estoque Sanitários Oncologista Nutricionista Psicólogo Dentista Assistente social Sanitários Sala de aplicação curta Sala de aplicação longa Sala de aplicação individual Farmácia Posto de enfermagem Sanitários

Setor

Diagnóstico

Radioterapia

Quimioterapia

Geral - serviços

Atividade Raio-X Tomografia Ressonância Ultrassonografia Sala de laudos Posto de enfermagem Sala de coleta Sala de indução anestésica Sala de recuperação Sala de espera Assepsia Sanitários Acelerador linear Braquiterapia Antecâmara Sala de comando Sala de curativos Sala de repouso Sanitários Sala de aplicação curta Sala de aplicação longa Sala de aplicação individual Farmácia Posto de enfermagem Sanitários Vestiários DML Lixo Gases Ar-condicionado Gerador

Fonte: Do autor, 2019

58


9.6 Programa de necessidades

Recepção

Setor

Atividade

População Fixa

Var.

Recepção

3

20

Sala de espera

-

20

Sanitários

-

5

Brinquedoteca

-

20

Triagem

2

10

Sala de aula

-

20

Descrição Atendimento ao público Área de espera prolongada Necessidades fisiológicas Área reservada para as crianças Primeiro atendimento da equipe médica ao paciente Explicação de tratamentos e cuidados com o paciente

Requerimentos

Qtde

Área min. m²

1

25

1

20

2

10

Jogos, brinquedos e mesas para desenho

1

35

Macas, biombos, lavatório e bancada

1

6

Cadeiras e mesas

1

25,2

Balcão de atendimento, cadeiras Cadeiras, sofás e poltronas Lavatórios e sanitários

Administração

Área total da recepção

121,2

Secretaria

4

10

Local adjacente à recepção, tesouraria, Mesas e cadeiras coordenação

1

32

Direção

1

2

Administração da Clínica de Oncologia Infantil

1

12

Mesas e cadeiras

59


Administração

Sala de Reunioes

-

10

Arquivo

-

1

Copa

-

5

Sanitários

-

2

Sala para reuniões entre o corpo médico e a direção Depósito de históricos médicos dos pacientes Área de preparo de lanches e apoio as reuniões Necessidades fisiológicas

Mesas e cadeiras

1

20

Prateleiras e armários

1

10

1

6

2

6

Geladeira, pia, mesa, armário e micro-ondas Lavatórios e sanitários

Farmácia

Área total da administração

86

Atendimento

2

4

Balcão de atendimento e controle de medicamentos

Estoque

-

2

Armazenagem de medicamentos

Sanitários

-

1

Necessidades fisiológicas

Balcão e cadeiras Prateleiras, armário e geladeira Lavatórios e sanitários

1

4

1

6

2

6

Consultórios

Área total da farmácia

16

Oncologista

1

3

Nutricionista

1

3

Psicólogo

1

3

Consultório de atendimento de oncologia Consultório de atendimento de nutricionista Consultório de atendimento de Psicologia

Mesa, poltronas, mesa de exames, armários Mesa, poltronas, mesa de exames, armários Mesa, poltronas, mesa de exames, armários

3

7,5

1

7,5

1

7,5

60


Consultórios

Dentista

1

3

Assistente social

1

3

Sanitários

-

1

Consultório de atendimento odontológico

Mesa, poltronas, cadeira de exames, armários

Consultório para acompanhamento familiar Necessidades fisiológicas

Mesa, poltronas, mesa de exames, armários Lavatórios e sanitários

1

7,5

1

7,5

2

6

Diagnóstico

Área total dos consultórios

43,5 Sala para exames de Equipamentos Raio-X específicos

Raio-X

1

2

1

30

Tomografia

1

2

Equipamentos específicos

1

44

Ressonância

1

2

Equipamentos específicos

1

35

Ultrassonografi a

1

2

Equipamentos específicos

1

4

Sala de laudos

1

2

Sala para análise de exames

Mesa e cadeira

1

6

Posto de enfermagem

1

4

Espaço para a equipe médica, coordenação Mesas e cadeiras da equipe

1

6

Sala de coleta

1

4

Sala para coleta de sangue e liquor

Mesas, cadeiras e banquetas

1

15

Sala de indução anestésica

1

2

Sala de aplicação de anestesia

Macas e camas

1

10

Sala para exames tomográficos Sala para exame de ressonância magnética Sala para exames de ultrasson

61


Diagnóstico

Sala de recuperação

1

Sala de espera

-

2

Sala de recuperação após exames e anestesia

Camas

1

10

6

Área de espera para os acompanhantes

Poltronas e cadeiras

1

30

1

4

2

6

Assepsia

-

2

Sanitários

-

2

Chuveiro, Área de higienização lavatório e armários Necessidades Lavatórios e fisiológicas sanitários

Radioterapia

Área total do setor de diagnósticos

200

Acelerador linear

1

1

Sala de aplicação de radioterapia

Paredes blindadas, e equipamento especifico

1

72

Braquiterapia

1

1

Sala de aplicação de radioterapia

Paredes blindadas, e equipamento especifico

1

33

Antecâmara

-

-

Área de isolamento

Portas duplas

2

4

Sala de comando

1

2

Mesa, cadeiras e computadores

2

6

Sala de curativos

1

4

Macas, armários e lavatório

1

30

Sala de repouso

1

4

Macas e armários

1

20

Sanitários

-

2

Lavatórios e sanitários

2

6

Área total do setor de radioterapia

Controle do equipamento de radioterapia Atendimento após os procedimentos Sala de recuperação após os procedimentos Necessidades fisiológicas

171

62


Quimioterapia

Sala de aplicação curta

1

4

Sala de aplicação longa

1

4

Sala de aplicação individual

1

2

Farmácia

-

1

Posto de enfermagem

1

4

Sanitários

-

2

Sala para aplicação de quimioterapia de curta duração, coletiva Sala para aplicação de quimioterapia de longa duração, coletiva Sala de aplicação de quimioterapia individual, para pacientes especiais Depósito e preparação dos medicamentos quimioterápicos Espaço para a equipe médica, coordenação da equipe Necessidades fisiológicas

Poltronas de reclinar

1

30

Macas (leito) e poltronas

1

30

Macas (leito)

2

6

Armários e mesas de preparo

1

5

Mesas e cadeiras

1

6

Lavatórios e sanitários

2

6

Geral - serviços

Área total do setor de quimoterapia

Vestiários

DML

-

-

83

20

Para uso exclusivo dos funcionários

Chuveiro, banco, armários, lavatórios e sanitários

1

Depósito de materiais e equipamentos de limpeza

Armários e prateleiras

2

30

1

6

63


Geral - serviços

Lixo

-

1

Depósito e descarga de lixo

Acesso externo e ventilação

1

4

Equipamentos específicos, acesso externo e ventilação

1

10

Gases

-

1

Armazenamento de botijões e centrais de gases

Arcondicionado

-

1

Instalações de Equipamentos climatização artificial específicos

1

6

1

Equipamentos específicos e ventilação

1

6

Gerador

-

Instalações elétricas

Área total do setor se serviços

62

ÁREA TOTAL DA CLINICA

782,70 m²

Fonte: Do autor, 2019

64


CAPÍTULO 10 ESTUDO ESPECÍFICO


Cromoterapia ou Terapia da Cor

A cromoterapia é um tipo de tratamento que consiste na utilização das cores para curar doenças e restaurar o equilíbrio físico e emocional do paciente. A palavra tem origem no grego "khrôma" que significa "cor".

66


Preto A cor preta está relacionada com a morte e com o luto. Por esta razão, esta é a cor utilizada para ajudar a tratar a depressão e as energias negativas, ajudando a diminuir o cansaço físico e mental. Vermelho O vermelho é, talvez, a mais poderosa entre as cores. É uma cor intensa e estimulante que aumenta a energia, a vitalidade e a adrenalina. Na cromoterapia, o vermelho é usado para restabelecer a vitalidade, melhorar o funcionamento do coração (tem a capacidade de acelerar os batimentos cardíacos) e aumentar a pressão sanguínea, ativando a circulação. Laranja O laranja é o resultado de duas cores: vermelho e amarelo, e possui um pouco das características dessas duas cores. É uma cor vibrante que estimula os sentidos. Associado à alegria e ao sucesso, o laranja é uma cor que representa a restauração e a regeneração de energias, auxiliando na recuperação emocional. É a cor da reconstrução, da coragem e da melhora. Amarelo O amarelo representa a nobreza e a luz do sol, é uma cor viva e estimulante. Essa cor atrai pensamentos bons de autossatisfação. Por ser uma cor que representa dias quentes e agradáveis, o amarelo auxilia na concentração e ajuda em atividades que exigem concentração. Na cromoterapia, esta cor contribui para melhorar a criatividade e o humor, reduzindo a depressão, melancolia, letargia, tristeza, desânimo, sonolência, mau humor, etc.

67


Verde O verde é uma cor calmante, que ajuda a promover o equilíbrio interno e a diminuir o estresse. Na cromoterapia, o verde possui uma ação refrescante e calmante, ajudando a promover o bem-estar físico e mental. Efeitos Emocionais: tranquiliza o paciente perturbado e melhora o equilíbrio. É uma cor ótima para regular a pressão arterial, indicada para pessoas deprimidas ou com imunidade baixa. É uma cor que energiza o corpo e a alma. Azul Tranquilidade e seriedade são as características dessa cor. A cor azul possui propriedades calmantes e tranquilizantes que atuam no sistema nervoso e em todo o sistema muscular. Por isso, o azul é usado para o tratamento de problemas de sono e insônia ou problemas relacionados com o estresse, ajudando a trazer calma e harmonia ao organismo. Além disso, o azul também é indicado para o tratamento de problemas de comunicação. Em tons mais fortes, o azul tem propriedades analgésicas e antissépticas, sendo úteis para aliviar problemas de garganta e febre em geral. Violeta Violeta é a cor da espiritualidade e do misticismo. É indicada para quem está desequilibrado emocionalmente ou descrente, e pode ter propriedades anti-inflamatórias. Nos EUA, é usada em banhos de luz contra a psoríase e dermatite. É usada, também, para o mau funcionamento da tireoide. Como efeitos fisiológicos, podemos citar: antisséptico, regenerador do sistema nervoso esgotado e estressado com fadiga prolongada e auxilia nos processos tumorais.

68


CAPÍTULO 11 TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE


Vidros Eletrocrômicos

Vantagens:

Vidros eletrocrômicos possuem a propriedade de alterar sua cor a partir da incidência de uma corrente elétrica. Assim, ao modificar a tensão aplicada sobre eles, é possível controlar seu grau de transparência e, consequentemente, a transmissão de determinadas radiações. Somente com o apertar de um botão, conseguimos controlar as intensidades de luz e radiações como ultravioleta e infravermelho transmitidasai interior so ambiente, garantindo inúmeros benefícios a seus usuários. Janelas com vidros eletrocrômicos, permitem um aumento no conforto visual, uma vez que a transmissão de luz pode ser diminuída nos períodos em que há luminosidade excessiva que vem do ambiente externo ou maximizada que visa o aproveitamento da luminosidade externa quando ela não for mais incômoda. Outra vantagem é a economia de energia, no verão a passagem elevada de ondas de infravermelho através dos vidros de janela causa um aumento da temperatura do ambiente interno, diminuindo a intensidade dessas ondas, diminui também a energia utilizada por ares-condicionados para manter amena a temperatura da sala, da mesma forma no inverno é possível maximizar o aproveitamento da radiação solar para o aquecimento do ambiente.

Aumento no conforto visual, já que a transmissão de luz pode ser diminuída nos períodos quando há luminosidade excessiva externa ou aproveitar a luminosidade quando ela não for mais incômoda.

Economia de energia, no verão a grande passagem de ondas de infravermelho através dos vidros de janela causa aumento da temperatura do ambiente interno. Se a passagem dessas ondas forem diminuídas, consequentemente a energia utilizada por arescondicionados irá ser em menor quantidade

Não necessita de alimentação constante de energia. Muda-se a cor com a aplicação de um a cinco volts e para descolorir o vidro basta inverter a polaridade dos eletrodos com uma nova aplicação de voltagem.

No inverno é possível maximizar o aproveitamento da radiação solar para o aquecimento do ambiente.

Aplicação em retrovisores veiculares, pois pode proteger o motorista da incidência de luz alta.

Desvantagens: 

Fonte: http://engenheirodemateriais.com.br/2015/07/01/vidros-eletrocromicos

A mudança de cor ocorre gradualmente e pode levar até 20 minutos.

70


Telhas ecológicas – Tetrapak A telha ecológica é composta por alumínio, Pet, Polietileno e Polinylon, esses materiais são encontrados em embalagens Tetrapak que geralmente são descartadas no lixo, usando essas embalagens o impacto ambiental e reduzido. Contudo, de acordo com pesquisas, estima-se que dos 6 bilhões de embalagens longa-vida produzidas por anos no país. Em contrapartida, menos de 14% são plástico (20% da composição) e alumínio (5%). Dessa forma, esses materiais deixam de serem descartados no meio ambiente e além disso são utilizados na produção das telhas e chapas ecológicas. São ideais para coberturas de residências e galpões e também para barracões e canteiros de obra, a telha ecológica é com certeza muito mais resistente que as telhas convencionais de fibrocimento por exemplo. Elas, podem receber cargas de até 150 kg/m² , além de poderem ser derrubadas por acidente sem quebrar. Além disso, ela reduz de 50% a 90% a temperatura ambiente, isto é, dependendo do tipo da telha, as com uma camada de alumínio por exemplo reduz em ate 90% a temperatura ambiente. A telha ecológica é composta por alumínio, Pet, Polietileno e Polinylon, esses materiais são encontrados em embalagens Tetrapak que geralmente são descartadas no lixo, usando essas embalagens o impacto ambiental reduzido. Contudo, de acordo com pesquisas, estima-se que dos 6 bilhões de embalagens longa-vida produzidas por anos no país. Em contrapartida, menos de 14% são plástico (20% da composição) e alumínio (5%). Dessa forma, esses materiais deixam de serem descartados no meio ambiente e além disso são utilizados na produção das telhas e chapas ecológicas. Vantagens

Fonte: Google

• Alta resistência a flexão. Não quebra, dispensa maiores cuidados no transporte, manuseio e estocagem; • Não danifica com chuvas de granizo; • Eficiente isolamento térmico (50% a 60% menos calor que telhas de fibrocimento); • Material leve (metade do peso das telhas de fibrocimento) que resulta na economia na estrutura da cobertura; • Material sem risco a saúde, limpo e sem odor; • Material impermeável; • Resistente a produtos químicos; • Alta resistência ao fogo, não propaga chamas; • Fácil fixação, permite o uso de pregos, parafusos e rebites; • Pode receber pintura acrílica.

71


CAPÍTULO 12 MATERIAIS E ACABAMENTOS


Piso vinílico hospitalar O Piso vinílico para hospital precisam atender as normas da vigilância sanitária vigente, considerando que dentro do ambiente hospitalar encontram-se diversas áreas com características e necessidades distintas, que vão desde a recepção, áreas administrativas, corredores, salas de atendimento e centros clínicos, salas de recuperação, até unidades de terapias intensivas, para cada área existe um piso vinílico especifico. Para a limpeza do vinílico hospitalar não propaga fungos e bactérias e é antialérgico, além de ter sua manutenção facilitada, gerando economia de material e produtos usados, geralmente sua limpeza é feita com água e detergente neutro.

Vantagens   

Diminui a reverberação das ondas sonoras, deixando o ambiente com aspecto mais agradável. Conta com uma linha ampla, com opções de cores e texturas que reproduzem fielmente materiais nobres como madeira e granito. É totalmente impermeável e resistente a água, já que as emendas das mantas são soldadas a cerca de 600°graus, fundindo as peças e tornando o material “monolítico”, que junto ao rodapé integrado, fazendo subir na parede o mesmo material do solo, não deixando formar juntas vivas nos cantos.

Fonte: Google

73


Piso Intertravado O piso intertravado é um tipo de pavimento formado por blocos de concreto com intertravamento por areia de selagem. É usado para obras viárias, calçadas, passeios, praças, pisos industriais e até mesmo pátios de aeroportos, é um moderno substituto dos paralelepípedos. Apresenta fissuras entre as peças, que permitem que a água escoe e seja absorvida pela terra com maior facilidade desta forma, garantese uma drenagem mais efetiva, diminuindo os riscos de enchentes e alagamentos por exemplo.

Fonte: Google Fonte: Google

Vantagens 

 

Fonte: Google

Eficiência energética, com coloração mais clara e acabamento fino, reflete cerca de 30% a mais de luz do que outros tipos de pavimentos, desta maneira, é possível economizar até 60% da iluminação pública. Diminuição da temperatura, como reflete mais luz do que absorve, reduz a temperatura do ambiente, seja uma praça, seja na calçada ou pátio. Segurança, possui superfície antiderrapante, que garante maior segurança seja para pedestres, ciclistas e para deficientes físicos, promovendo maior integração e acessibilidade.

74


Tinta acrílica hospitalar A tinta hospitalar é um produto especial para ambientes que necessitam de higienização criteriosa com a finalidade de evitar contaminações em hospitais, centros cirúrgicos, cozinhas industriais, hotéis, restaurantes, entre outros. Este tipo de tinta impede a proliferação de microrganismos por causa da tecnologia que desnatura a parede e a membrana celular das bactérias, impedindo sua divisão celular. É um produto que não tem odor forte, é hidrossolúvel e nao contaminante.

Fonte: Google

Vantagens     Fonte: Google

Sem odor forte, permite pequenos reparos mesmo com o ambiente em uso. Anti-bactericida, não prolífera fungos e bactérias. Secagem ao toque em apenas 30 minutos. Quimicamente resistente, permite a limpeza com produtos específicos como o hipoclorito de Sódio Resistente a ataques químicos provenientes da frequente limpeza em ambientes hospitalares

75


CAPÍTULO 13 PLANTAS HUMANIZADAS


PLANTA HUMANIZADA DO TÉRREO

77


PLANTA HUMANIZADA DO PAV. SUPERIOR

78


CAPÍTULO 14 RENDERIZAÇÕES


IMPLANTAÇÃO

80


VISTA SUPERIOR

81


VISTA ENTRADA DE PACIENTES

82


FACHADA OESTE: FRONTAL

83


SALA DE ESPERA: PAV. SUPERIOR

84


BRINQUEDOTECA

85


SALA DE RESSONÂNCIA

86


SALA DO ACELERADOR LINEAR

87


CONSIDERAÇÕES FINAIS Temos um grande déficit em clinicas especializadas no tratamento de câncer infantil, na cidade de Mogi das Cruzes onde esse projeto está sendo proposto, temos apenas uma pequena clínica o CECAN que atende essa população, para uma cidade com mais de 400 mil habitantes é muito pouco, com isso os pacientes necessitam procurar esse tipo de clínica em outras cidades. Temos algumas outras clinicas na cidade mas não focada em tratamento infantil, e como dito neste estudo as clinicas voltadas aos pacientes infantis com seu conceito trabalhado no lúdico e no uso das cores acabam não sendo somente um projeto arquitetônico mas sim uma parte muito importante do tratamento dessas crianças. Acredito que devemos começar a pensar mais no projeto arquitetônico não somente como um prédio mas sim como sendo uma extensão do que se passa dentro dele, como neste caso que acaba sendo uma extensão no tratamento dos pacientes, que aumentam as chances de cura dos mesmos.

88


REFERENCIAS

ABNT. Abnt catalogo. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/>. Acesso em: 21 mar. 2019. A.C. CAMARGO. Institucional. Disponível em: <www.accamargo.org.br>. Acesso em: 06 abr. 2019. ADERLE, Cristiano Rafael Rodrigues. Nemours Children's Hospital. Estudos de Caso, [S.L], jun. 2017. Disponível em: <https://issuu.com/cristiano_anderle/docs/estudos_20de_20caso>. Acesso em: 03 mai. 2019. ARCHIDAILY. Hospital infantil nemours / stanley beaman & sears. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br>. Acesso em: 01 abr. 2019. CARAM, Rosana; SICHIERI, Eduvaldo; PAWLICKA, Agnieszka. Vidros eletrocrômicos. Arco, [S.L], v. 35, jan. 2012. Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/finestra/tecnologia/vidros-eletrocromicos-01-12-2003>. Acesso em: 18 abr. 2019. CARMO, A. A Brinquedoteca hospitalar: Uma Intervenção Positiva para Criança Hospitalizada. 2008. 51 f. Monografia - Departamento de Educação do Centro de Referência em Distúrbios de Aprendizagem. Disponível em < http://www.crda.com.br/tccdoc/3.pdf>Acessado em 23 mar. 2019. CLIMATE DATA. Clima mogi das cruzes. Disponível em: <https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao-paulo/mogi-das-cruzes4112/>. Acesso em: 13 abr. 2019. COMPHAP. Comphap. Disponível em: <http://www.comphap.pmmc.com.br/>. Acesso em: 18 mar. 2019. GRAACC. Tipos de câncer. Disponível em: <https://graacc.org.br/>. Acesso em: 20 mar. 2019. INCA. Tipos de cancer e tratamentos. Disponível em: <https://www.inca.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2019. HOSPITAL SANTANA. Nossa história. Disponível em: <www.hospitalsantana.com.br>. Acesso em: 06 abr. 2019. IBGE. Cidades. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/mogi-das-cruzes>. Acesso em: 12 abr. 2019. METEROBLUE. Tempo mogi das cruzes. Disponível em: <https://www.meteoblue.com/pt/tempo/previsao/semana/mogi-dascruzes_brasil_3457001>. Acesso em: 15 abr. 2019.

89


ONCOGUIA. Tratamentos do câncer. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamentos/77/50/>. Acesso em: 24 mar. 2019. ORTIZ, Andrea. Hospitais. Revista Arco, [S.L], out. 2015. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/arco/sitenovo/?p=1729>. Acesso em: 22 mar. 2019. PMMC. Secretaria de planejamento e urbanismo. Disponível em: <http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/>. Acesso em: 19 mar. 2019. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Código de obras e edificações. Disponível em: <www.prefeitura.sp.gov.br>. Acesso em: 19 mar. 2019. REBELO, Grazzielle Cristhine Araujo. IACAC Instituto de apoio a criança e ao adolescente com câncer. TFG, [S.L], jun. 2015. Disponível em: <https://issuu.com/senacbau_201101/docs/pdfjoiner>. Acesso em: 31 mar. 2019. SAMPAIO, Ana Virgínia C. F.; CHAGAS, Suzana Sousa. AVALIAÇÃO DE CONFORTO E QUALIDADE DE AMBIENTES HOSPITALARES. Revista USP, [S.L], v. 50990, n. 55063, nov. 2010. SANTA CASA DE MOGI DAS CRUZES. Nossa história. Disponível em: <http://www.santacasamc.com.br/>. Acesso em: 07 abr. 2019. SEPACO. Institucional. Disponível em: <http://www.sepaco.org.br/>. Acesso em: 10 abr. 2019. SOMASUS. Pesquisa por tipologia. Disponível em: <http://somasus.saude.gov.br/somasus/redirect!tamanhotela.action>. Acesso em: 22 mar. 2019. VOLPINI, Fernanda Siebert. O adolescente frente ao câncer: Hospitalização e processos psicológicos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, [S.L], mar. 2007.

90



ENTRADA SERVIÇO

RUA SANTANA

TELHA METALICA TRAPEZOIDAL i =15%

TELHA METALICA TRAPEZOIDAL i =15%

TELHA METALICA TRAPEZOIDAL i =15%

LOMBOFAIXA TELHA METALICA TRAPEZOIDAL i =15%

TELHA METALICA TRAPEZOIDAL i =15%

N

TELHA METALICA TRAPEZOIDAL i =15%

ENTRADA PACIENTES

TELHA METALICA TRAPEZOIDAL i =15%

IMPLANTAÇÃO ESC. 1/200

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 1 - Implantação

Folha 1/10 Esc. 1/200


B 20,80 1,98 1,33

2,00

1,33

1,33

2,05

2,10

2,00

1,97

2,64

4,15

2,91 2,00

4,05

COMPRESSOR E GERADOR 13,30m²

2,00 3,00 3,85

VESTIÁRIO FEMININO 17,95m²

+0,10

+0,10

DML 6m²

6,65

+0,10

2,35

2,35 1,33

+0,05

REFEITÓRIO 15,35m²

3,70

VESTIÁRIO MASCULINO 17,95m²

2,20

2,20

4,20

1,40

1,33

3,10

+0,05

4,85

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA 7,87m² +0,10

CONSULTÓRIO DENTISTA 7,87m² +0,10

A

7,70

3,15

2,58

1,10

3,35

4,85

1,00

3,10

3,35

N

,95

A

2,06

7,00

SALA DE ULTRASSON 5,35m² +0,10

1,00

3,50

2,65 +0,10

1,00

3,50

CONSULTÓRIO PSICÓLOGO 8,22m²

0,82

4,00

+0,10

3,50

0,83

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA 8,22m²

1,50

4,00

2,00

4,85 2,35

4,15

+0,10

1,70

18,15

3,15

3,70

CIRCULAÇÃO

4,85

SALA DE ESPERA 44,45m²

+0,10

+0,10

+0,10

3,50

2,85

4,70

SALA DE TOMOGRAFIA 39,50m²

5,53

2,10

+0,10

CONSULTÓRIO NUTRICIONISTA 8,22m²

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA 8,22m²

POSTO DE ENFERMAGEM 8,98m²

4,15

26,95

+0,10

+0,10

2,18

FARMACIA 16,47m² 11,15

+0,10

SANITÁRIO FEMININO 19,5m²

2,00

2,45

1,38

0,73

2,10

1,00

5,78

2,85

2,44

CIRCULAÇÃO

3,43

6,00

7,68

1,00

SALA ASSISTENTE SOCIAL 7,17m²

5,85

SALA DE RAIO X 28,37m²

+0,10

3,05

3,05

SALA DE RESSONÂNCIA 38,39m² 5,85

2,10

ELEVADOR

3,63

3,85

1,90

1,10

1,28

+0,10

3,50

3,20

2,53

1,58

SANITÁRIO MASCULINO 19,5m² +0,05 6,50 6,50

ARQUIVO 14m²

4,00

+0,10

SALA DE ESPERA 17,92m²

RECEPÇÃO 13,20m²

4,01

+0,10

BRINQUEDOTECA 29,53m²

+0,10

+0,10

+0,10

6,85

16,00

2,70

SECRETARIA 18,50m² +0,10

3,80

6,85

SALA DE REUNIOES 26,37m²

1,00

1,53

4,75

1,00

2,64

1,00

5,75

16,15 6,25

2,64

2,25

11,15

PLANTA BAIXA - TÉRREO ESC. 1/150

B

7,15

+0,10

6,35 7,78

4,65

DIRETORIA 12,8m²

4,05

SALA DE AULA 17,60m²

2,10

+0,10

4,85

1,30

1,35

2,10

TRIAGEM 7m²

CIRCULAÇÃO

0,68 4,63

1,12

11,00

1,35

1,35

2,20

3,50

4,63

2,10

+0,05

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha - Planta baixa do térreo

Folha 2/10 Esc. 1/150


B N

27,45 4,10

2,55

2,10

2,05

2,10

3,00

5,70

8,00

2,10

6,55

SALA DE COLETA 22,8m²

+3,35

+3,35

7,80

4,00

SALA DE REPOUSO 28,50m²

SALA DE ANESTESIA 17,10m²

SALA DE CURATIVOS 45,60m²

2,55

5,00

1,15

2,10

SALA DE QUIMIOTERAPIA 2 37,34m²

+3,35

+3,35

+3,35

6,65

4,00

CIRCULAÇÃO

3,00

SALA DE BRAQUITERAPIA 34,60m²

A

10,15

12,15

0,02

A

4,50

18,15

6,00

+3,35

4,20

SALA DE QUIMIOTERAPIA 1 41,27m²

2,65

2,85

2,85

2,85

+3,35

3,50

2,50

3,00 1,53

6,55 8,35

CIRCULAÇÃO

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 1 8,92m2

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 2 9,32m2

+3,35

+3,35

1,50

3,70

+3,35

2,85

2,20

ELEVADOR

5,85

SALA - ACELERADOR LINEAR 58,65m²

3,27

3,13

2,10

1,98

24,79

2,00

FARMÁCIA 7,13m²

+3,35

+3,35

2,50

2,65

POSTO DE ENFERMAGEM 9,98m²

4,00

2,15

SALA DE COMANDO 10m²

4,00

+3,35

ANTECÂMARA 11,97m²

6,70

11,00

0,73

11,15

6,50

9,87

SANITÁRIO FEMININO 19,5m²

50,52m² 1,35

2,20

1,35

+3,35

1,30

SANITÁRIO MASCULINO 19,5m² +3,30

1,55

0,54 2,10

1,35

6,64

1,17

SALA DE ESPERA E TV

7,54

2,08

+3,30

9,35

6,50 7,80

7,35

1,15

PLANTA BAIXA - PAV. SUPERIOR ESC. 1/150

B

16,30

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 3 - Planta baixa pav. superior Folha 3/10 Esc. 1/150


2,00

4,05

COMPRESSOR E GERADOR 13,30m²

1,40

REFEITÓRIO 15,35m²

2,00

3,85

VESTIÁRIO MASCULINO 17,95m²

DML 6m²

3,00

1,33

3,70

N

1,33

VESTIÁRIO FEMININO 17,95m²

2,35

1,50

4,85

3,35

4,15

3,35

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA 7,87m² 4,85

CONSULTÓRIO DENTISTA 7,87m²

2,35 3,15

SALA DE TOMOGRAFIA 39,50m²

2,35

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA 8,22m² CONSULTÓRIO NUTRICIONISTA 8,22m²

1,70

3,15

SALA DE ULTRASSON 5,35m²

2,35 2,35

3,70

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA 8,22m²

SALA DE ESPERA 44,45m²

3,50

CONSULTÓRIO PSICÓLOGO 8,22m²

1,50

4,00

SALA DE RESSONÂNCIA 38,39m²

3,50

5,53

CIRCULAÇÃO

4,70

3,50

2,85

POSTO DE ENFERMAGEM 8,98m²

3,50

7,70

4,85 1,98

2,00

SALA DE RAIO X 28,37m²

2,35

SALA ASSISTENTE SOCIAL 7,17m²

3,43

5,78

2,85

FARMACIA 16,47m²

6,00

SANITÁRIO FEMININO 19,5m²

2,00

3,63

CIRCULAÇÃO

3,50

SALA DE AULA 17,60m²

1,35

2,20

TRIAGEM 7m²

4,85

3,40

CIRCULAÇÃO

5,85

5,85

6,67

3,05

2,20

2,35

ELEVADOR

1,35 3,85

3,50

3,20

SANITÁRIO MASCULINO 19,5m² 6,50

6,35

4,00

4,65

6,85

DIRETORIA 12,8m²

7,78 2,00

4,00

4,00

2,85

ARQUIVO 14m²

BRINQUEDOTECA 29,53m²

SALA DE REUNIOES 26,37m²

2,70

6,85

SECRETARIA 18,50m²

RECEPÇÃO 13,20m²

SALA DE ESPERA 17,92m²

16,00

PLANTA LAYOUT - TÉRREO ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 4 - Planta layout térreo

Folha 4/10 Esc. 1/150


8,00

3,00

4,00

6,55

5,70

N

5,00

SALA DE REPOUSO 28,50m²

SALA DE ANESTESIA 17,10m²

SALA DE COLETA 22,8m²

SALA DE QUIMIOTERAPIA 2 37,34m²

0,02

SALA DE CURATIVOS 45,60m²

12,15

4,50

6,65

SALA DE BRAQUITERAPIA 34,60m²

6,00

6,30

4,00

3,00

CIRCULAÇÃO

POSTO DE ENFERMAGEM 9,98m²

4,20

4,00

2,85

2,85

2,85

ANTECÂMARA 11,97m²

FARMÁCIA 7,13m²

2,50

3,50

8,35 1,98

SALA - ACELERADOR LINEAR 58,65m²

3,13

ELEVADOR 2,85

2,20

2,15

SALA DE COMANDO 10m²

4,00

SALA DE QUIMIOTERAPIA 1 41,27m²

+3,35

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 1 8,92m2

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 2 9,32m2

1,50

3,70

5,85

CIRCULAÇÃO

2,50

3,27

6,70

11,00

SALA DE ESPERA E TV

7,54

SANITÁRIO FEMININO 19,5m²

50,52m² 2,20

1,35

SANITÁRIO MASCULINO 19,5m² 6,50 9,35

PLANTA LAYOUT - PAV. SUPERIOR ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 5 - Planta layout pav. superior Folha 5/10 Esc. 1/150


2,01

3,85 2,01

CIRCULAÇÃO

SALA DE QUIMIOTERAPIA 1

0,50

+ 3,35

1,60

3,20

SALA DE BRAQUITERAPIA 2,10

3,20

1,10

LINHA DE FORRO

+ 3,35

+ 3,35 7,70

SALA DE TOMOGRAFIA

CIRCULAÇÃO

SALA DE ESPERA

CONSULTÓRIO NUTRICIONISTA

CONSULTÓRIO NUTRICIONISTA

CIRCULAÇÃO

0,9

2,10

POSTO DE ENFERMAGEM

3,2

3,2

3,2

1,10

1,2

LINHA DE FORRO

+ 0,10

0,00

+ 0,10

+ 0,10

+ 0,10

0,00

CORTE A-A ESC. 1/150

RESERVATÓRIO 7.000L

LINHA DE FORRO

CIRCULAÇÃO

SALA DE ESPERA E TV

+ 3,35

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

SALA DE COLETA + 3,35

+ 3,35

+ 3,35

SALA DE ESPERA

DML 1,00

CIRCULAÇÃO

0,90

0,00

3,20

3,20 2,10

2,10

CIRCULAÇÃO

1,10

SALA DE ESPERA 2,10

1,10

1,20

LINHA DE FORRO

+ 0,10

+ 0,10

+ 0,10

+ 0,10

0,00

CORTE B-B ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 6 - Cortes A-A / B-B

Folha 6/10 Esc. 1/150


s

COMPRESSOR E GERADOR

N

DML REFEITÓRIO VESTIÁRIO MASCULINO

s

VESTIÁRIO FEMININO

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA

s

s

s s

s

CONSULTÓRIO DENTISTA

SALA DE TOMOGRAFIA CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA

POSTO DE ENFERMAGEM

CONSULTÓRIO NUTRICIONISTA

s s

s

SALA DE ULTRASSON

s

s

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA

SALA DE ESPERA

CONSULTÓRIO PSICÓLOGO

s

s

s s

s

SALA DE RESSONÂNCIA ELEVADOR

SALA DE RAIO X

SALA ASSISTENTE SOCIAL

s

s

s

FARMACIA SANITÁRIO FEMININO

s

SALA DE AULA

s

TRIAGEM

s

DIRETORIA

ARQUIVO SANITÁRIO MASCULINO

s

s

s s

s

BRINQUEDOTECA s

SALA DE REUNIOES SECRETARIA

s

RECEPÇÃO

SALA DE ESPERA s

s

PLANTA ELÉTRICA - TÉRREO ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 7 - Planta elétrica térreo

Folha 7/10 Esc. 1/150


N

SALA DE CURATIVOS

SALA DE REPOUSO

SALA DE ANESTESIA

s

s

SALA DE COLETA

SALA DE QUIMIOTERAPIA 2

s

s

s

s

SALA DE BRAQUITERAPIA

s

s

s

s

SALA DE QUIMIOTERAPIA 1

SALA DE COMANDO

s

ANTECÂMARA

POSTO DE ENFERMAGEM

FARMÁCIA

s

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 1

SALA - ACELERADOR LINEAR ELEVADOR

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 2

s

s

s

s

s

SANITÁRIO FEMININO

s

SALA DE ESPERA E TV

SANITÁRIO MASCULINO

s

PLANTA ELÉTRICA - PAV. SUPERIOR ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 8 - Planta elétrica pav. superior Folha 8/10 Esc. 1/150


C.I.

C.I.

C.I.

C.I.

2,00

VESTIÁRIO FEMININO

COMPRESSOR E GERADOR

DML 6,65

3,85

VESTIÁRIO MASCULINO

3,00

REFEITÓRIO

2,00 3,70

1,33

1,33

2,00

N

1,40

4,05

2,35

1,50

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA

4,15

C.I.

3,35

4,85

3,35

4,85

CONSULTÓRIO DENTISTA

2,35 3,15

7,70

2,35

SALA DE TOMOGRAFIA CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA

2,85

POSTO DE ENFERMAGEM

3,50

5,53

4,70

3,50

CONSULTÓRIO NUTRICIONISTA

3,15

2,35

3,70

CONSULTÓRIO ONCOLOGISTA

SALA DE ESPERA

3,50

CONSULTÓRIO PSICÓLOGO

1,50

4,00

3,50

1,70

2,35

SALA DE ULTRASSON

4,85

SALA DE RESSONÂNCIA

1,98

2,00

2,35

2,20

2,35

ELEVADOR

SALA ASSISTENTE SOCIAL

5,85

5,85

6,67

3,05

SALA DE RAIO X

3,43

2,85

3,40

5,78

FARMACIA

6,00

2,00

SANITÁRIO FEMININO

3,63

C.I.

TRIAGEM

C.I.

1,35

2,20

4,85

3,50

SALA DE AULA

1,35 3,85

3,50

3,20

SANITÁRIO MASCULINO 6,50

6,35

7,78 2,00

4,00

4,00

2,85

ARQUIVO

4,00

4,65

6,85

DIRETORIA

BRINQUEDOTECA

6,85

2,70

SALA DE REUNIOES RECEPÇÃO

SALA DE ESPERA 16,00

PLANTA HIDRÁULICA - TÉRREO ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 9 - Planta hidráulica térreo

Folha 9/10 Esc. 1/150


0,5,00

4,00

TQ

6,55

5,70

N

8,00

SALA DE REPOUSO

SALA DE ANESTESIA

SALA DE COLETA

SALA DE QUIMIOTERAPIA 2

SALA DE CURATIVOS

12,15

4,50 6,65

6,00

6,30

4,00

3,00

SALA DE BRAQUITERAPIA

4,00

2,85

2,85

2,85

ANTECÂMARA

POSTO DE ENFERMAGEM

2,50

3,50

4,20

FARMÁCIA

8,35 1,98

SALA - ACELERADOR LINEAR

3,13

ELEVADOR 2,85

2,20

2,15

SALA DE COMANDO

4,00

SALA DE QUIMIOTERAPIA 1

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 1

SALA DE QUIMIO INDIVIDUAL 2

1,50

3,70

5,85

2,50

3,27

6,70

11,00

SALA DE ESPERA E TV

TQ

7,54

SANITÁRIO FEMININO

SANITÁRIO MASCULINO 6,50 1,05

PLANTA HIDRÁULICA - PAV. SUPERIOR ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 10 - Planta hidráulica pav. superior Folha 10/10 Esc. 1/150


ACABAMENTO CIMENTO QUEIMADO CAIXILHO MOLDURA VIDRO FIXO

PLATIBANDA h=0,80m

ACESSO PRINCIPAL

ACESSO SECRETARIA

FACHADA OESTE - FRONTAL ESC. 1/150

ACABAMENTO CIMENTO QUEIMADO

PLATIBANDA h=0,80m

CAIXILHO MOLDURA VIDRO FIXO

ÁREA DOS GASES

FACHADA SUL ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 11 - Fachadas oeste e sul

Esc. 1/150


ACABAMENTO CIMENTO QUEIMADO

PLATIBANDA h=0,80m

CAIXILHO MOLDURA VIDRO FIXO

ACESSO FUNCIONÁRIOS

FACHADA LESTE ESC. 1/150

ACABAMENTO CIMENTO QUEIMADO

PLATIBANDA h=0,80m

CAIXILHO MOLDURA VIDRO FIXO

FACHADA NORTE ESC. 1/150

Felipe Ramos de Oliveira

RGM 11151102401

TCC 2 - CLINICA DE ONCOLOGIA INFANTIL Folha 12 - Fachadas leste e norte

Esc. 1/150


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