PROJETO PARQUE DA FONTE VILA PIRAJUSSARA - MORRO DO QUEROSENE - BUTANTÃ - SÃO PAULO - SP - BRASIL
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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PARQUE DA FONTE FELLIPE DE PAIVA BRANDT
Trabalho final de graduação apresentado à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, sob a orientação do Professor Antônio Cláudio Fonseca, para a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.
São Paulo 2015
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Aos atuais e futuros moradores do Butantã.
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AGRADECIMENTOS Aos grandes e queridos professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie em especial ao professor orientador Antônio Cláudio Fonseca pelo incentivo e aporte notável para o desenvolvimento deste trabalho. E ao professor Marcos Carrilho que iniciou o ciclo da disciplina de projeto e neste último semestre como orientador, coadjuvou não somente na realização do projeto, como também para o amadurecimento e postura do ofício pretendido. Às amigas arquitetas Adriana Levisky e Renata Gomes que também colaboraram coorientando no desenvolvimento do TFG e certamente foram muito compreensivas durante o ultimo ano. À Cecília Pellegrini e Dinho Nascimento, representantes da Associação Cultural do Morro do Querosene, pela contribuição histórica e cultural do Morro. E como cidadão agradeço também por todos estes anos de luta e dedicação para a implantação do Parque da Fonte no Butantã.
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E ainda no Bairro, não poderia deixar de citar o “Rei da Pororoca” professor Rigomar Barbosa (Manaus) que a mais de três décadas mantém o Bloco da Bantantã Folia levando alegria e civilidade para as ruas do Butantã.
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Agradeço aos meus pais, Alfredo e Sandra Caldeira Brandt por todos estes anos de dedicação à formação do meu caráter e educação. Às minhas irmãs Desirée, Daniele, e primas-irmãs Débora e Beatriz pela inspiração para seguir em frente na vida acadêmica. Aos meus padrinhos Fernando e Célia Satie Yoshihara pela influência e total apoio para cursar a graduação.
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E ao primo Eduardo Caldeira Brandt Almeida, primeiro arquiteto que conheci e que informalmente tomei grandes aulas de arquitetura entre outros aprendizados da vida. À minha namorada Juliana que com muito amor e dedicação acompanhou e ajudou na execução de diversos trabalhos, e aos meus queridos filhos por trazer uma razão maior em se dedicar aos estudos. Às amigas arquitetas Maria Christina Pereira, Jacquelina Dankfort, Maíra Gravasseca e Pricila Brittes por total apoio e incentivo no inicio do curso. À todos os queridos amigos, cada qual ao seu modo, intensidade e distância; trouxe luz, enviou “Good Vibrations”, e até mesmo atrapalhou um pouco este longo caminho. Aos que se foram aos que estão por aqui. “lado a lado é nós e vamos juntos até o final!” E finalmente às escalas humanas; amigos e familiares que colaboraram com suas imagens e trouxe a representação da diversidade que se pretende abrigar em um parque público.
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RESUMO. O objetivo deste trabalho é fundamentar a criação de um Parque Público com um auditório multiuso na Vila Pirajussara, bairro do subdistrito do Butantã, na zona Oeste da Cidade de São Paulo. Dentre as diversas motivações que um trabalho acadêmico pode ter, as principais do texto desenvolvido são contextualizar historicamente o Butantã dentro da cidade de São Paulo e o seu desenvolvimento urbano, assim como a sua cultura popular/ espontânea, uma peculiaridade como as que os bairros de uma grande metrópole adquirem ao longo do tempo, e que certamente despertam o sentimento de pertencimento dos seus habitantes. Neste caso, a minha profunda identificação e curiosidade sobre este pedaço de terra dura – dura. (Butantã em tupi significa terra dura dura) Na pesquisa foram levantados dados físicos, legais e históricos a respeito da Chácara da Fonte (terreno particular a ser desapropriado pela prefeitura de São Paulo para a criação de um parque público), que foram determinantes para o desenvolvimento do projeto.
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ABSTRACT. The present study is aimed support the establishment of a public park with a versatile auditorium in Vila Pirajussara, sub district from the neighborhood of Butantã, in the western area of the city of São Paulo. Among the several reasons that may have an academic paper, this paper aims to historically contextualize the Butantã inside the city of São Paulo and its urban development, as well as popular / spontaneous culture. A peculiarity of the districts of a major metropolis acquires over time, and that certainly awake the feeling of belonging of its inhabitants. In this case, my deep identification and curiosity about this piece of hard ground (Butantã in Tupi language means hard ground). In this research were raised legal and historical data about the Chácara da Fonte (private land to be expropriated by the city of São Paulo to the establishment of a public park), which has determined the development of the project.
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 - O BUTANTÃ 02.01. DA PONTE PRA CÁ... 02.02. O INSTITUTO BUTANTAN 02.03. A CIDADE UNIVERSITÁRIA 02.04. DA PONTE PRA LÁ... 02.05. LOTEAMENTOS 02.06. CONTEXTO ATUAL CAPÍTULO 2 - EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE LAZER 01.01 PARQUES NA CIDADE DE SÃO PAULO 01.02 PERSPECTIVAS 01.03 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS NO BUTANTÃ. 01.04 AÇÕES CULTURAIS ESPONTÂNEAS
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CAPÍTULO 3 - VILA PIRAJUSSARA – MORRO DO QUEROSENE 3.1. HISTÓRICO 3.2. CONTEXTO URBANO CAPÍTULO 4 – PROJETO PARQUE DA FONTE 05.01. O PARQUE 05.02. TERRAIN VAGUE 05.03. ESTRATÉGIA PARA OCUPAÇÃO 05.04. PROGRAMA 05.05. PARTIDO 05.06. TEATRO ABUJAMRA LISTA DE IMAGENS BIBLIOGRAFIA SITES CONSULTADOS
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INTRODUÇÃO. O Bairro do Butantã na zona Oeste da cidade de São Paulo completa oficialmente 116 anos em 16 de dezembro de 2015, data da fundação do Instituto Butantã, contudo as suas origens remontam à época dos bandeirantes que em meados do século XVII estabelecem paradas e casas de apoio para as incursões em direção ao sul. Dentro do subdistrito do Butantã temos a Vila Pirajussara, bairro popularmente conhecido como Morro do Querosene, certamente um dos mais antigos povoados e posterior loteamento que se tem registro na região. A proposta do trabalho é desenvolver fundamentos para o projeto do Parque da Fonte. O terreno conhecido como chácara da fonte é composto por três lotes desmembrados somando 4 hectares de a área verde remanescentes, entre o loteamento do Inocoop Butantã e Vila Pirajussara. Na mesma área encontram-se dois afloramentos de água mineral.
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No primeiro capitulo será abordada a história do Butantã, suas origens e elementos que conformaram o território em paralelo com o crescimento da cidade de São Paulo, sobretudo o vetor Sudoeste. O estudo teve como base a cartografia oficial da cidade que registra graficamente o crescimento da cidade “de encontro” ao Butantã nas margens do rio Pinheiros. A partir da leitura da formação do território é analisado o contexto atual referente ao crescimento populacional e potencial de adensamento. O segundo capítulo trata a questão de parques urbanos e suas funções dentro de uma metrópole. Mais especificamente da cidade de São Paulo, onde foi realizado levantamento quantitativo dos parques para contextualizar a disponibilidade e demanda dos parques como equipamentos de uso público. E ainda um breve mapeamento que inclui parques implantados e previstos na região da subprefeitura do Butantã e a disponibilidade de equipamentos públicos de lazer no sub - distrito do Butantã.
Dentro deste panorama dos equipamentos públicos de lazer, são citados alguns eventos culturais que se apropriam do espaço das ruas e vielas do bairro. Já o terceiro capítulo faz o recorte da Vila Pirajussara - Morro do Querosene – seu contexto urbano, histórico e cultural. E a história da reivindicação do Parque da Fonte. Por fim o quarto capítulo aborda o estudo para implantação do Parque da Fonte, levando em conta os aspectos naturais do território, formação do programa e desenvolvimento do partido. Além de uma breve descrição da arquitetura e espectos relevantes dos euipamentos que compoem o parque. E finaliza com o registro do desenvolvimento do projeto para o principal equipamento do parque, o Teatro Antônio Abujamra. Incluindo além de decisões projetuais, modelos e experimentos que foram fundamentais para a consolidação do projeto.
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O BUTANTÃ. Ybytatá. O termo é tupi e significa “terra dura e socada”. Ao longo do tempo, ganhou variantes: Ybytantan, Ybytantã, Ubatatá, Ubutanta, Uyutantan, Uyatantan, Ubutatá, Botantan,Butantan e finalmente Butantã.
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CAPÍTULO:
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02.01 - DA PONTE PRA CÁ... Origens e formação do Bairro do Butantã.
A região da subprefeitura do Butantã localizada na zona sudoeste da cidade de São Paulo, à margem esquerda do rio Pinheiros é composta por seis distritos, que fazem fronteira com as cidades de Taboão da Serra, Cotia e Osasco. As origens do Butantã como toda a cidade de São Paulo, é ligada aos bandeirantes que utilizando trilhas indígenas e cursos d’água desbravaram as terras até então desconhecidas para os portugueses. Em meados do século XVII às margens do ainda sinuoso rio Pinheiros foi construída utilizando a técnica de taipa de pilão, a casa Bandeirista do Butantã, que servia como ponto de parada e logística para as incursões dos bandeirantes, pelo rio ou por terra. “A história desse pedaço do mundo, nascido às margens do rio Pinheiros, vem
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do século XVII. Foi quando os portugueses doaram a área que abriga hoje o bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo, a Afonso Sardinha, o Velho, português de nascimento e bandeirante minerador,” (01 - Butantã Um Bairro em M0vimento)
(foto 01: Casa Bandeirista do Butantã.
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02.01 - DA PONTE PRA CÁ... Origens e formação do Bairro do Butantã.
O bairro com características rurais se estruturou por trilhas e tropas de burro, que se desenvolveram ao longo dos vales e encostas no sentido sudoeste, fatos que marcaram o bairro como “local de passagem”. Historicamente ao atravessar o Rio Pinheiros, no cruzamento da Av. Vital Brasil com a av. Eusébio Matoso está o principal acesso ao bairro, onde até a década de 70 havia uma grande Paineira que serviu de referencia aos viajantes e tropas de burro na época das estradas de terra. Posteriormente funcionou como ponto de referência para encontros de pessoas e parada de ônibus.
(foto 02) Acima a paineira do Butantã. (desenho 01) A direita mapa esquemático destacando as principais vias e áreas verdes do Butantã.
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02.02 - O INSTITUTO BUTANTÃ: A fundação do Instituto como o inicio de uma nova centralidade da cidade.
Algumas instituições foram vitais para a fundação do bairro e a sua morfologia urbana. Tratam - se não apenas de loteamentos como os da Cia City e BNH, mas também o poder público que em geral determinavam o parcelamento do solo, assim como a malha viária e infraestruturas urbanas. A implantação do instituto Butantan (que proporcionou a fundação de um bairro distante da capital no século XX) e a Cidade Universitária (que reforça essa nova centralidade na década de 50), contribuíram de forma significativa para a definição da espacialidade do território. Além das trilhas e estradas preexistentes. Em 16 de dezembro de 1899 em decorrência do surto de peste bubônica em Santos, foi solicitado por meio do Ofício Nº185 do médico e cientista brasileiro Adolfo Lutz para o então diretor de Serviço Sanitário Paulista a instalação do Laboratório Serumtherápico na estrada de Itu (atual
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Corifeu de Azevedo Marques). Essa é a data oficial de aniversário do bairro desde a lei nº 8.337 de 16 de dezembro de 1975. Embora somente em fevereiro de 1901, o instituto foi reconhecido como instituição autônoma sob a denominação de Instituto Serumtherápico, sendo designado como seu primeiro diretor o médico Vital Brazil Mineiro da Campanha, estudioso dos problemas de saúde pública Tal fato histórico insere o Butantã na cartografia oficial da Cidade de São Paulo em 1905, como zona Rural. Anterior à este, o Mapa de 1895 se extendia até o Cemitério Municipal (Cemitério da Consolação). “O Instituto Butantan foi responsável por estimular a ocorrência de transformações, num ritmo ainda lento, à dinâmica da região. Persistiram nestas bandas, os sítios e chácaras” (texto 02)
(foto 03) Edifício Vital Brazil no instituto Butantan. (foto 04) Dr. Vital Brazil Diretor do Instituto. (documento 01) Projeto de lei (PL0160-1975) para instituição do dia do Butantã. (foto 05) A jardineira, ônibus adaptado em um chassi de caminhão Ford que fazia a travessia do Rio Pinheiros levando os funcionários do Instituto.
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02.03 - A CIDADE UNIVERSITÁRIA: O campus como um dos fatores que determinaram o desenho do território.
Na década de vinte iniciaram- se os estudos para implantação da cidade Universitária contíguo ao Instituto Butantan e ao longo da estrada de Itú. Segue um trecho do relatório apresentado ao governo do Estado de São Paulo, pela comissão de localização da Cidade Universitária da Universidade de São Paulo. “ A Universidade de São Paulo, estabelecida pelo decreto nº.6.283, de 25 de janeiro de 1934(...) O plano não se limitou exclusivamente aos terrenos do Butantã, não só porque a área atual do Instituto não seria suficiente para todo o conjunto universitário(...) De fato quem examinar os atuais limites do Butantã para o lado sul verá que as suas divisas correm pelo espigão e por vezes na meia encosta. Tais condições não só determinam más divisas naturais, inconvenientes para o traçado de uma avenida de contorno, como condicionam a possibilidade de se construírem propriedades estranhas na zona alta, com graves desvantagens para o núcleo universitário destarte inteiramente devassado.
Seguindo-se, porém, o limite adotado pelo plano, as divisas se farão ao longo do vale onde se estende a estrada de Itú(...)” (texto 03) O relatório deixa claro as preocupações da comissão, talvez conservadoras pros dias atuais, em relação aos limites e futuros vizinhos da cidade Universitária, que poderiam ser inconvenientes para a implantação do projeto Modernista. Com o plano já consolidado e alguns edifícios prontos ocorreram cerimônias oficiais de inauguração da Cidade Universitária que foram registradas e publicadas no livro “História da Cidade Universitária” (...)”oração pronunciada pelo professor Ernesto de Souza Campos, Presidente da Comissão da Cidade Universitária, no dia 17 de Abril de 1952(...)
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“Nossos limites são bem determinados: ao Norte, ou melhor Nordeste, o Pinheiros; ao sul e oeste a Estrada de Itú; as duas outras faces são margiadas pelos arroios Pirajussara e Jaguaré.
Tem a gleba de um lado, um grande e renomado instituto científico Instituto Butantã- categorizado entre as organizações complementares da universidade (...)” (texto 04)
(foto 06) Praça do Relógio e Habitação estudantil. Cidade Universitária na dácada de 70.
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02.04 - DA PONTE PRA LÁ... A expansão territorial da cidade de São Paulo - Vetor-Sudoeste.
Os mapas a seguir demonstram graficamente como se deu o crescimento da cidade no período de 1810 à 1924, época em que começam ser retificados os rios Anhangabaú, Tamanduateí, Pinheiros e Tietê.
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A cidade que até então estava adensada em torno das linhas de trem e bonde (quase que simultaneamente à retificação dos rios) começa a se estender para as áreas de várzea. O Bairro do Butantã ainda distante da capital, foi ao poucos se integrando
(mapa - 01)Planta da Imperial da Cidade de São Paulo levantada em 1810
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No mapa de1810 a cidade mais adensada está estabelecida entre os vales dos rios Tamanduateí e Anhangabaú. No canto inferior esquerdo está o Jardim Botânico que em 1825 é aberto como Jardim da Luz, o primeiro parque da Cidade, mais ao norte o limite do mapa é a Casa de Correção, na quadra da atual estação Tiradentes do Metrô. Em ambos os mapas as vias destacadas em amarelo correspondem ao inicio da expansão do vetor sudoeste. Abaixo um destaque do mapa de 1881, que mostra a rua da Consolação que segue sentido oeste até os reservatórios de água, atual reservatório da Sabesp.
(mapa - 02) 01-Planta da Cidade de São Paulo levantada pela Companhia Cantareira de Esgotos em 1881.
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A esquerda o mapa de 1895 com outras vias que avançam sentido sudoeste e a rua da Consolação indo além do Cemitério Municipal. No mapa de 1905 à direita a Rua da Consolação, continua na Av. Rebouças, onde podemos localizar o Hospital de Isolamento, atual Hospital das Clinicas, e o traçado da Av. Paulista e arredores mais consolidado graficamente em relação ao mapa anterior. Seguindo em direção ao Rio Pinheiros o mapa termina com uma indicação sobre a ponte que atravessa o rio “estrada para Inst. Serumtherápico” que é o instituto Butantan.
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No mapa de 1913 na página 26 aparece como um adendo a região do Butantã ainda com poucas quadras próximas ao rio Pinheiros e a estrada para Itu - atual Corifeu de Azevedo Marques - que leva ao instituto Butantan. E mais ao sul a estrada para Itapecirica - atual Av. Prof. Francisco Morato. Neste mesmo mapa é importante notar que ao norte aparece, ainda em projeto, a proposta de retificação do rio Tietê e no mapa de 1924 da página 27 , temos o registro do canal parcialmente pronto e o rio ainda em meandros. Os dois mapas mostram o crescimento da cidade em 13 anos no sentido sudoeste. Paralelamente à Av. Paulista os loteamentos dos Jardins sentido a calha do Rio Pinheiros e entre a brigadeiro Luís Antônio e a linha de trem Santos Jundiaí o crescimento da Vila Mariana, Vila Clementina e o surgimento de Indianópolis.
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02.05 - LOTEAMENTOS Parcelamento do solo a partir da dec. de 40
Até os anos 30 apesar de aparecer nos mapas oficias da cidade, a região do Butantã ainda era desprovida de infraestruturas urbanas como as linhas de bonde que era o único meio de transporte público da cidade. Com a retificação dos rios foi possível a ocupação das várzeas que teoricamente não alagariam mais, foi nesse período que os loteamentos da Cia City começaram a ser implantados à margem esquerda do rio Pinheiros. “...pela primeira vez, a enchente atingia propriedades “nobres” - como uma área pertencente à Companhia City, às margens do rio Pinheiros: a Cidade Jardim. Naquele momento, a expansão em direção sudoeste já ultrapassava o rio, atingindo o Butantã e o Morumbi.’ (texto 05)
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O mapa de 1943 é o primeiro a registrar traçados e loteamentos do Butantã. Loteamentos da época como os da Cia City e traçados mais antigos como a vila Caxinguí e Vila Pirajussara. O Jockey Club. Em 25 de janeiro de 1941 foi inaugurado às margens do rio Pinheiros entre os loteamentos Cidade Jardim e City Butantã o Hipódromo de Cidade Jardim, concebido por Fábio Prado, então Prefeito de São Paulo e Presidente do Jockey Club. A área de 600 mil metros quadrados foram doados pela Cia. City, visando a valorização dos loteamentos da várzea que pode ser ocupada após a retificação do rio.
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A Vila Pirajussara - Morro do querosene - passa a ser identificada no mapa de 1951. No Mapa de 1943 consta apenas o traçado das vias que acompanham o perfil topográfico. Abaixo um trecho das ortofotos de 1958 mostra os lotes do Morro do Querosene densamente ocupados o que é um contra - censo quando o loteamento não era reconhecido oficialmente apesar da ocupação que remonta à meados do século XVII. Os próximos três registros do bairro são o mapa de 1951 à direita e nas páginas 34 -35 ortofotos de 1958 e nas páginas 36 -37 imagens de satélite, comparando as imagens é possível identificar como o bairro se desenvolveu nos últimos sessenta anos, os loteamentos e outras ocupações, como o campus da Cidade Universitária que começa a se delinear no mapa de 1951. O atual desfecho desse histórico de ocupação foi analisado no próximo sub - item relacionando dados demográficos com a inauguração da estação de metrô. Que contemporaneamente era o item que faltava para completar a interação do bairro Butantã com o restante da cidade.
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02.06 - CONTEXTO ATUAL Transformações Urbanas e dados demográficos. “Se pensarmos no futuro do Butantã, nos frutos que dará, creio que tudo lá vai frutificar como um lugar estratégico. O desejo maior é que isso tudo deixe de ser problema para ser horizonte de projetos para a nossa vida florescer.” Paulo Mendes da Rocha Atualmente o panorama do bairro é de transformação, no que se refere ao adensamento mais do acelerado. Por conta das deficiências de mobilidade da cidade, existe a tendência de valorização e adensamento nos Bairros que tem variedade de modal para transporte público. Com a construção da linha amarela implantando as estações Butantã (inaugurada em 2008), Morumbi e Vila Sônia (ainda em construção). O perfil do bairro já esta sofrendo alterações quanto a verticalização. Analisando números absolutos relativos à população do Bairro ainda não é facilmente perceptível o crescimento populacional da região.
População da sub prefeitura do Butantã; 1980 - 285.031 habitantes 1991 - 366.737 habitantes 2000 - 377.576 habitantes 2010 - 428.217 habitantes Contudo, ao analisar as taxas de crescimento fica perceptível o salto entre 2000 e 2010 quando a taxa de crescimento quadriplica, década em que iniciaram as obras do metrô. Taxas de crescimento; 1980/1991 - 2,32 1991/2000 - 0,32 2000/2010 - 1,27
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Comparando os números das outras subprefeituras a única região que tem crescimento semelhante no mesmo período é a subprefeitura do Ipiranga, que aumenta sua taxa de crescimento de 0,16 para 0,78. Enquanto todas as outras subprefeituras diminuíram. É importante acrescentar que período ocorre as obras de extensão da linha verde do metrô inaugurando a estação Ipiranga em 2007. E que a um decréscimo da mesma taxa relativo ao município e região metropolitana de São Paulo, descrito no quadro abaixo. Este fenômeno e potencial de crescimento da população no bairro, significa adensar a região o que reflete na necessidade de melhorias na infraestrutura urbana e aumento da disponibilidade de equipamentos públicos básicos e de lazer. Este último com a urgência de se reservar áreas verdes frente a especulação imobiliária que atua nessas condições de crescimento. Taxas Anuais de Crescimento Populacional Brasil, Estado de São Paulo, Região Metropolitana e Município de São Paulo 1980/1991, 1991/2000 e 2000/2010
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“prever as instalações necessárias à boa utilização das horas livres, tornando-as benéficas e fecundas” (Carta de Atenas, JEANNERET, 1933)
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CAPÍTULO:
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01.01 - PARQUES NA CIDADE DE SÃO PAULO Panorama geral e mapeamento. A cidade de São Paulo possui 105 parques municipais( segundo Guia dos Parques Municipais de São Paulo - 4ª Edição), 15 parques estaduais e 4 reservatórios da Sabesp que também funcionam como parques, para uma população de 11.253.503 de habitantes (segundo os dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE). Ao tentar quantificar os parques urbanos e relacionar com a população total da cidade, um primeiro impasse surgiu quanto a classificação e tipologia, dada a grande diversidade e poucos dados compilados. O Estudo de Parques realizado pelo Sinaeco* classificou os 41 parques em 2008 conforme a vocação, sendo: 1 reserva de biosfera, 3 hortos, 4 florestais, 11 multiuso e 22 urbanos. Este estudo considerou tanto os parques municipais como os estaduais inseridos na cidade de São Paulo. Além de estarem inseridos no meio urbano, os parques urbanos tem vocação dupla compreendendo não apenas em reserva ambiental e ecológica como também espaços de cultura e lazer.
Até o período deste estudo mais da metade dos parques da cidade de São Paulo são urbanos contribuindo para o equilíbrio ambiental da cidade regulando microclimas (umidade e temperatura) equilíbrio social, amortizando o déficit de espaços públicos de lazer e cultura. Posterior à este estudo o numero de parques dobrou em um curto espaço de tempo, não existindo até o momento um estudo que compile e classifique todos os parques da cidade de São Paulo. Este crescimento certamente contribui para uma melhor distribuição e disponibilidade de áreas verdes e de lazer na cidade. Então foi considerado pertinente entender como que a rede de parques se desenvolveu ao longo do tempo desde a abertura do parque da Luz em 1798 até presente ano de 2015. O gráfico a seguir foi elaborado a partir do levantamento das datas de inauguração de parques municipais. Relacionando a quantidade de parques abertos por ano ao longo do tempo.
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O primeiro grande salto no gráfico se da no ano de 1979 durante a gestão do então prefeito Olavo Setubal, o segundo é em 1992 com a inauguração de 5 parques, durante a gestão da Luiza Erundina, mesmo ano da conferência ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro). Já o período entre os anos de 2007 e 2012, se destaca graficamente. Foi durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab e Eduardo Jorge responsável pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, quando propõem o programa “100 Parques” com a meta de dobrar o numero de parques municipais. Inaugurando a somatória de 49 parques públicos no período. “Quando ampliamos as áreas verdes, aumentamos a quantidade de áreas permeáveis, o que se traduz em menos enchentes e melhor qualidade de vida” ( Texto 001 - Eduardo Jorge)
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A seguir temos o mesmo levantamento relacionando a quantidade de áreas destinadas para parques ao longo do tempo.
Em 1979 os parques; Morumbi, Previdência, Vila dos Remédios, e Raposo Tavares foram inaugurados na região centro-oeste somam a área total de 41 hectares e o Anhanguera na região Norte com 950 hectares. Remanescente de uma antiga fazenda de reflorestamento é o maior parque da cidade de São Paulo.
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A sobreposição dos dois gráficos demonstra duas situações antagônicas referentes às áreas x quantidade de parques, a implantação do parque Anhanguera é muito positiva para o caráter ecológico e ambiental no sentido da preservação de grandes áreas verdes e biodiversidade. Contudo poucos e grandes parques na cidade não atendem a função social de espaços disponíveis para o lazer. Por exemplo o parque do Ibirapuera com grandes áreas verdes e diversos equipamentos de lazer e cultura mas com problemas de acessibilidade urbana. São poucas as linhas de ônibus urbanos que atendem a região e a estação de metrô mais próxima fica a mais de dois quilômetros na Avenida Paulista. Entretanto o estudo de parques do Sinaenco de 2008 aponta o Ibirapuera em primeiro lugar na estimativa de frequência mensal com média de 600 mil pessoas por mês. Então, apesar da dificuldade e acesso, a falta de opões faz com que os usuários se desloquem por grandes distâncias em busca de momentos de lazer, cultura e interação com o meio ambiente natural.
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01.02 - PERSPECTIVAS O Jardim da Luz é o parque mais antigo da cidade de São Paulo. Criado como Horto Botânico foi aberto ao público em 1825 como Jardim Público da Luz. Pode se dizer então que em 190 anos foram implantados 50 parques públicos na cidade, e nos últimos sete anos foram implantados mais 55 parques. A perspectiva do novo Plano Diretor Estrátegico do Municipio é de criar mais 62 e classificar todas essas áreas de parque como ZEPAM (zona Especial de Preservação Ambiental) Além de estarem inseridos no meio urbano, estas áreas livres tem vocação dupla compreendendo não apenas em reserva ambiental e ecológica como também espaços de cultura e lazer. Mais da metade dos parques da cidade de São Paulo são urbanos contribuindo para o equilíbrio ambiental da cidade regulando microclimas (umidade e temperatura) equilíbrio social, amortizando o déficit de espaços públicos de lazer e cultura. Dentro dessa perspectiva ocorreu no Butantã a desapropriação da Chacara do Joquey, por meio
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depagamento da divida em favor da municipalidade. Ainda em obras o parque deve ser aberto no ano de 2015. Atendendo a reivindicação da população local sobre o terreno que chegou a ser cogitado para implantação de empreendimento imobiliário. Outra frente de luta por espaços públicos de lazer e preservação do meio ambiente, está em curso desde 2001 na Vila Pirajussara - Bairro do Butantã, popularmente conhecido como Morro do Querosene - pela desapropriação de 49 hectares para implantação do Parque da Fonte. O processo está em curso na Secretária do Verde e Meio Ambiente. À esquerda temos a imagem de satélite do Google Earth com a demarcação dos subdistritos da prefeitura de São Paulo, parques municipais existentes em verde e futuros parques em vermelho. A imagem sobreposta destaca o Subdistrito do Butantã e em vermelho sólido a gleba onde está previsto o Parque da Fonte.
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01.03 - EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DO BUTANTÃ Mapeamento dos esquipamentos públicos.
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Lista dos Equipamentos Mapeados. Butantã e arredores Museus e casas de cultura 01 - Casa dos Bandeirista do Butantã Exposições e eventos diversos. Endereço: Praça Monteiro Lobato, s/nº Butantã - São Paulo - SP Telefone: (11) 3031-0920 02 - Casa da Cultura do Butantã Endereço: Rua Junta Mizumoto, 13 Jardim Peri-Peri - Butantã - São Paulo - SP Telefone: (11) 3744-4369 / 3742-6218 03 - Casa da Cultura Japonesa no Butantã Endereço: Avenida Professor Lineu Prestes 159 - Cidade Universitária - São Paulo – SP 04 - Casa do Sertanista no Butantã Endereço: Praça. Doutor Enio Barbato, s/ nº - Caxingui, São Paulo, SP Telefone: (11) 3726 6348 Visitação suspensa temporariamente para obras de restauro. 05 - Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros no Butantã Endereço: Avenida Professor Mello Morais, 140 - Bairro Butantã - São Paulo - SP CEP: 05508-030 Telefone: (11) 3091-3247 05 - Coleção Mario de Andrade no Butantã Endereço: Avenida Professor Mello Morais, 140 - Cidade Universitária - Bairro Butantã
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- São Paulo – SP 06 - Galeria Leme no Butantã Endereço: Rua Agostinho Cantu, 88 Butantã - São Paulo, SP Telefone: (11) 3814-8184 07 - Instituto Butantã - Av. Vital Brasil, 1500 Butantã, Zona Oeste - SP Fone: (11) 2627-9300 08 - Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC) Endereço: Rua da Reitoria, 160 - Cidade Universitária - Bairro Butantã - São Paulo SP Telefone: (11) 3818.3028 09 - Museu de Arqueologia e Etnologia da USP no Butantã Endereço: Av. Professor Almeida Prado, 1466 – Cidade Universitária - Bairro Butantã - São Paulo - SP Telefone: (11) 3091-4223 10 - Paço das Artes no Butantã Endereço: Avenida da Universidade 1 - Bairro Butantã - São Paulo - SP - CEP: 05508-040 Telefone: (11) 3814-4832 11 - Museu da Policia Civil de São Paulo no Butantã Endereço: Praça Professor Reinaldo Porchat, 219 – Cidade Universitária - Bairro Butantã - São Paulo - SP CEP: 05507-000 Telefone: (11) 3039-3460 12 - Museu Oceanográfico no Butantã Endereço: Praça do Oceanógrafo, 191
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- Bairro Butantã - São Paulo - SP - CEP: 05508-120 Telefone: (11) 3091-6587 FONTE: http://www.guiabutanta.com/ ACESSADO EM 09/04/2015 ÀS 16:20 h Centros desportivos comunitários
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13 - CDC UNIDOS VENCEREMOS Rua Francisco Mont`Alverne, 20 14 - CDC ANTONIO RODRIGUES FILHO Av. Lucas de Leyde, 16 15 - CDC JOSÉ PIRES DO RIO Rua Magnólia Delfin da Silva, 67 16 - CDC OTAVIO ALVES DA SILVA NETO Av. Rio Pequeno, 1850 17 - CDC AMIGOS DA NOVE DE JULHO Av. Professor Gióia Martins, 305 18 - CDC FRANCISCO PRESTES MAIA Rua José Capobianco, 232 18 - CDC PEQUENINOS DO JOCKEY Rua Frei Bonifácio Dux, nº 150 19 - CDC VICTOR MARQUES DOS SANTOS Av. Pirajussara, 5000 20 - CDC FRANCISCO MACHADO DE CAMPOS Rua Bernardo Buontalenti, 63 21 - CDC JARDIM DAS VERTENTES Rua João Corrêa da Silva, 100 FONTE: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/ secretarias/esportes/cdcs/index. php?p=47251 ACESSADO EM 09/04/2015 18:00 h
Teatros e cinemas - Teatro Carlos Zara Av. Eng. Heitor Antônio Eiras García, 1871 Jardim Esmeralda SP (CEU) - Espaço Cultural Caldeirão Rua Dona Layr Costa Rego, 85 - Butantã São Paulo - SP 05537-010 22 - TEATRO DO QUEROSENE R. Padre Justino - Conj. Res. Butanta São Paulo - SP 05580-100 23 - PlayArte Cinemas av Prof Francisco Morato 2718 Piso G2 São Paulo - SP Parques 24 – RAPOSO TAVARES Rua Telmo Coelho Filho, 200 - Vila Albano - Butantã Telefone: 11 3735-1372 25 – Previdência Rua Pedro Peccinini, 88 - Jardim Ademar Telefone: 11 3721-8951 26 - Alfredo Volpi Rua Engenheiro Oscar Americano, 480 Morumbi Telefone: 11 3031-7052 27 - Luís Carlos Prestes
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Rua João Della Manna, 665 - Jd. Rolinópolis Telefone: 11 3721-4965 28 - Villa-Lobos Av. Professor Fonseca Rodrigues, 1655 Alto de Pinheiros Telefone: 11 3023-0316 29 – SABESP Butantã Rua Coronel Ferreira Leal, 365 Vila Gomes FONTE: Parques Paulistanos Estudo sobre uso e manutenção out/dez de 2008 Sinaenco Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva Coordenação: eng. João Alberto de Manaus Correa; arqs. Cesar Bergstron e Pedro Taddei Pesquisa: Ilka Ferraz e Lauro Rocha
40 – Victor Civita R. Sumidouro, 580 – Pinheiros Centros de cultura, lazer e poliesportivos 41 - SESC Pinheiros Rua Pais Leme, 195 – Pinheiros 42 - Centro Comunitário José Ximenes R. Alberto Tanganelli Neto, 598 Bibliotecas 43 - Biblioteca Pública Camila Cerqueira César Endereço: R. Waldemar Sanches, 41 Butantã - São Paulo - SP -Cep 05589-050 Tel.: 3731-5210
Centralidades culturais 35 - PRAÇA ELIS REGINA 36 - VALDEMAR FERREIRA, 29 Butantã 37 - MORRO DO QUEROSENE Vila Pirajussara Rua Padre Camilo, 17 38 - CEU BUTANTÃ Av. Eng. Heitor Antônio Eiras García, 1870 Jardim Esmeralda 39 - Viela do Amorim Lima Rua Iquiririm, 634 Jardim Rizzo
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01.03 - EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DO BUTANTÃ E ações comunitárias nos espaços públicos. De acordo com o levantamento de espaços e equipamentos públicos municipais e estaduais na região do Butantã. Além de parques importantes como o parque da previdência e Luís Carlos prestes, que são reservas da Mata Atlântica, a maioria dos equipamentos públicos são voltados para o esporte. Neste levantamento dos equipamentos da USP (museus, teatro, auditório, anfiteatro e praças) foram considerados apenas aqueles que apesar da dificuldade de acesso ainda servem a população como um todo. A cidade Universitária está inserida no distrito do Butantã, contudo apesar da ambiência semelhante a de um bom parque com áreas livres para prática de esportes, paisagismo e vegetação, o campus tem acesso restrito ao público. E mesmo quando aberto apesar das características agradáveis que a implantação modernista gerou o programa não contempla, por exemplo, sanitários públicos e bebedouros, itens básicos de apoio dentro de um parque aberto ao publico para prática de esportes e eventos culturais. O estudo foi realizado a partir de dados levantados no site da prefeitura da cidade de São Paulo e Sub Prefeitura do Butantã e mídias especializadas. Além dos equipamentos mapeados é importante para o bairro as ações independentes da gestão
governamental que ocupam os espaços públicos com eventos e ações culturais, fortalecendo as caracteristicas locais e criando interações entre as pessoas da cidade que moram tão perto e ao mesmo tempo não tem convivência. A rua além da função viária dentro de uma malha, motivo primeiro de sua existência para mobilidade; Caminhar, sentar nas calçadas, varrer a frente de casa, são ações estas além do carro que consagra a rua como o espaço de encontro e até de lazer. Por exemplo as festas regionais como, carnaval de rua, quermesses e enfeites produzidos pelos populares durante o período das copas do mundo.
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Ações como o bloco de Carnaval Bantantã. Fundado por alunos, professores e funcionários da USP, funcionários do Instituto Butantã, Moradores e comerciantes locais a mais de 30 anos leva para as ruas a tradição dos velhos carnavais e junto com isso a noção de cidadania e posse do espaço píblico pela sociedade apesar de acontecer uma vez por ano. “Estamos num papo “cabeça arretado“. em cima dos nossos pressupostos , que há anos acreditamos, que a transformação de uma sociedade atômica em comunitária , depende de criar novamente a oportunidade para se cantar , dançar e caminhar juntos, e não apenas beber e comer juntos : somos uns visionários mas revolucionários ....Vamos invadir os espaços públicos, a partir da cidadania cultural, . Salve os Velhos Carnavais de outrora . É na Bantantã ...meu Povo !” Texto do professor de Filosofia e fundador da Bantantã Rigomar Barbosa, mais conhecido como Manaus.
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Contemporânea à Bantantã, entretanto com raízes em São Luis do Maranhão, acontece anualmente no Morro do Querosenene as três festas do Bumba - Meu - Boi, Resurreição Batizado e Morte. Uma das mais tradicionais festas de rua de São Paulo é promovida por Tião Carvalho, morador do Morro do Querosene, e o grupo Cupuaçu de Danças afro-brasileiras. A festa se assemelha às quermeces urbanas em tempos de festa junina, ocupa as ruas com barracas de comidas tipicas e além da apresentação do Boi, são apresentadas outras danças tipicas e grupos musicais como a Orquestra de Berimbaus do Dinho Nascimento, também morador do bairro.
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Mais atuais, e quase que desdobramentos hereditários da Bantantã e festa do Bumba - Meu - Boi, ações culturais acontecem em outros pontos do bairro; - como o Beira em Festa. Uma vez por ano ela é promovida por artistas do grafite e musicos da região que ocupam a viela Beira Rio na Vila Gomes.
- o Iquiririm Jazz Festival, que mensalmente ocupa uma viela na Vila Indiana, que virou noticia no portal G1 e no tele jornal SPTV da rede Globo por conta do grande número de assaltos. Organizado pelo grupo Jazz na Kombi no local se presentam grupos de Jazz nacionais e internacionais gratuitamente. Após diversos eventos outros grupos da região tem promovido eventos no mesmo local, como o “Samba no Beco” e pequenas reuniões para churrasco.
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- sistema de som High Public Sound. Inspirados no movimento dos sound system’s que nasceu na Jamaica nos anos 50 e se popularisou nos anos 70. Assim como as “radiolas” de São Luis do Maranhão que surgiram na década de 70. A equipe promove eventos de reggae com toca discos e grandes caixas de som, construídas especialmente para potencializar o som mais grave, dando continuidade e celebrando a cultura Reggae na ruas do Bairro e de São Paulo.
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Foram citados alguns exemplos de um universo de eventos e ações, como outros blocos de carnaval, festas de rua. E espetáculos produzidos no bairro sediados no CEU Butantã e Casa de Cultura. Há de se destacar também a rádio comunitária Cidadã fm 87,5 MHz, que apoia, divulga e até mesmo promove muitos destes eventos como o festival de reggae “Já Regou Suas Plantas?”. Dentro da perspectiva da municipalidade aumentar a rede de parques urbanos, que além do caráter de reserva natural, tem a função de abrigar atividades públicas voltadas ao lazer, seja esporte ou cultural. O levantamento das caracteristicas regionais e equipamentos públicos existentes, tem grande relevância para se determinar o programa e a implantação dos serviços públicos que serão oferecidos. No caso do Butantã, é necessário considerar os Centros desportivos comunitários que apesar do grande numero na reguião da sub-prefeitura, a infraestrtura é precária e voltada apenas para o futebol. Diferente do Centro Educacional e Esportivo do Butantã,
localizado no Inocoop Butantã (na região do sub-distrito), além dos esportes de campo, oferece atividades para terceira idade, artes marciais e natação. Em relação aos equipamentos para o uso cultural foram mapeados na região da sub-prefeirtura a Casa de Cultura do Butantã e o Céu Butantã. Contudo, apesar de não estarem tão distantes do sub-distrito do Butantã e terem uma boa infraestrutura, a concentração de fenomenos culturais na região do sub-distrito indica a vocação cultural que um parque a ser implantado na região deva ter. Tomando as devidas precauções para que não ocorra a centralização destas atividades de forma a esvaziar as produções locais e independentes. O que seria desastroso para a vida das ruas e vielas do bairro.
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Morro do Querosene ou Vila Pirajussara... “Estamos a trinta minutos da [avenida] Paulista e, no entanto, parece que estamos em outro mundo, que não essa cidade cheia de prédios e carros. O Morro do Querosene tem uma característica meio mágica” (...) “Aqui é muito presente essa coisa de ocupar a rua, das pessoas se cumprimentarem e sentarem na calçada”. Cecília Pellegrini, diretora da Associação.
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CAPÍTULO:
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03.01 - Histórico do Morro do Querosene Origens da Vila e características culturais Popularmente conhecido como Morro do Querosene, a Vila Pirajussara é um dos bairros mais antigos do Butantã. Há registros históricos da Vila Pirajussara que antecedem a fundação do Instituto Butantã, conforme o senso de 1767 (imagem da página 61) que registra uma população, vivendo no “Bayrro Pirayussara”, que se equipara a bairros mais próximos do centro da cidade na mesma época. A Vila Pirajussara foi loteada pela Cia Melhoramentos para abrigar funcionários do Joquey Club, o que ocorreu junto com outros como Jd. Bonfiglioli, Inocoop Butantantã e City Butantã. Por conta de irregularidades no registro junto à prefeitura, foi o último loteamento da região a receber infraestrutura de energia elétrica. Daí que vem o nome popular Morro do Querosene, pois usavam lamparinas de querosene para iluminação das ruas e casas. E mesmo na era da televisão, as pessoas da vila tinham como entretenimento as brincadeiras, musicas e danças folclóricas / regionais na rua.
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Cultura no Morro do Querosene Até a atualidade, o Morro do Querosene é certamente a centralidade cultural mais expressiva do bairro. Os grupos que produzem diversas festas e ações culturais se organizam em pequenas sedes nas garagens e fundos de lote e ou mesmo na rua. A produção é interna da vila, porém as referências em geral são da cultura popular brasileira e afro-brasileira.
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A partir da década de 70 a região foi sendo ocupado por estudantes da USP e artistas que viam essa peculiaridade de uma vila de artistas e com uma vida comunitária e cultural muito intensas.
“A vida comunitária é intensa. Ao longo do ano acontecem muitas festas como o “futebol da libertação dos escravos”, passeios ciclísticos, Festas Juninas, Festa do Cosme e Damião, Lavagem do Morro e as famosas, de expressão metropolitana, festas de “Bumba-Meu Boi”. (texto)
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PROJETO PARQUE DA FONTE Eu conheço bem a fonte Que desce daquele monte Ainda que seja de noite Nessa fonte tá escondida O segredo dessa vida Ainda que seja de noite “Êta” fonte mais estranha Que desce pela montanha Ainda que seja de noite Sei que não podia ser mais bela Que os céus e a terra bebem dela Ainda que seja de noite Sei que são caudalosas as correntes Que regam céus, infernos, regam gentes Ainda que seja de noite Aqui se está chamando as criaturas Que desta água se fartam mesmo às escuras Ainda que seja de noite Ainda que seja de noite... Eu conheço bem a fonte Que desce daquele monte Ainda que seja de noite Porque ainda é de noite No dia claro dessa noite! Porque ainda é de noite No dia claro dessa noite! Raul Seixas e Paulo Coelho.
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CAPĂ?TULO:
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04.01 - O PARQUE Desejos e inspirações. O Parque da Fonte, além da função de preservar as nascentes de água e a matriz ecológica existentes no terreno, também vai corresponder às vocações locais. O projeto deve ser um local de encontro e expressão dos diversos grupos e indivíduos que produzem arte, no sentido mais amplo que pode existir do termo (musica, dança, poesia, artes plásticas). Contudo, a proposta é que além da produção local, este equipamento urbano de uso público seja uma plataforma de convivência e compartilhamento da produção de outras regiões da cidade, se estendendo até mesmo a outros estados e países da América latina, assim como os caminhos do Peaberu que outrora por ali passavam e faziam a comunicação entre os povos Indígenas, posteriormente servindo aos bandeiristas, tropas de Burro e mais recentemente a vias de automóveis. O sopé do morro do querosene era um local de parada e encontro destes caminhos.
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Desenhos do autor para desenvolvimento do projeto.
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04.02 - TERRAIN VAGUE Contexto Urbano da Gleba. A área composta por 3 lotes que somam 39 000m², em 2011 foi declarada pelo então prefeito Gilberto Kassab, como imóvel de utilidade pública para desapropriação (DECRETO Nº 52.575, DE 19 DE AGOSTO DE 2011), e em 2012 foi tombada pela resolução 07 do CONPRESP. Considerando valores históricos e paisagísticos, tais decretos e resoluções são frutos de anos de luta da mobilização civil que se formou no Morro do Querosene em torno da preservação e criação do Parque da Fonte.
Na cota mais baixa da quadra, tem dois outros lotes com potencial construtivo e gabarito de altura determinados pela lei de zoneamento local, permitindo construções de maior porte. Que para este exercício de projeto foram remembrados à gleba. Um deles não edificado e com a morfologia natural do terreno mais preservada, e o segundo com um posto de gasolina. Para construção do posto foi feito um corte do terreno com grande movimentação de terra, gerando um
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talude de aproximadamente 15 metros de altura, e por conta das atividades de armazenamento de combustíveis e manutenção automotiva há uma grande chance de contaminação do solo. Entretanto as fontes de água estão a montante deste lote, portanto as águas não correm o risco de serem contaminadas. Os dois lotes fazem frente para Av. Corifeu de Azevedo Marques, (continuação da Av. Vital Brasil) um dos eixos viários estruturadores do bairro. Com corredor de ônibus coletivos e caminho
para a estação Butantã do metro que fica a 1km de distância do parque. A avenida também caminho para Osasco, uma das três cidades que fazem fronteira com a subprefeitura do Butantã (Cotia e Taboão da Serra).
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04.03 - ESTRATÉGIA PARA OCUPAÇÃO Implantação e Acessos. A área total do Parque com todos os lotes remembrados é de 41.930,89m². A Rua Santanésia (via coletora) que se desenvolve no flanco oeste da gleba da cota mais baixa (730) à mais alta (760), e Rua Padre Camilo(via local) darão conta dos acessos secundários e de menor fluxo do parque. A leste da Gleba na cota (740) temos a emblemática Travessa da Fonte; caminho original que dava acesso aos moradores da Vila Pirajussara à uma das fontes de água, (edificada com assentamento de rochas). E seguindo em frente, uma trilha levava ao lado oeste do bairro, atual conjunto residencial Inocoop Butantã, onde havia um lago formado por uma pedreira. A Travessa da Fonte trata-se de uma via local sem saída, perpendicular à uma das divisas da gleba. O acesso à fonte está restrito desde 2001 o que motivou os moradores se organizarem para reivindicarem junto aos órgãos públicos o tombamento da gleba e construção do parque. Atualmente alguns dos cortejos e festas do Morro do Querosene acontecem ou terminam na travessa da fonte. E os atos se voltam principalmente aos cursos
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d’água que vertem em uma “boca de lobo” (capitação de águas pluviais) no final da rua. Considerando os aspectos históricos e culturais destes caminhos o acesso pela Travessa da Fonte não poderia ser secundário. Contudo, levando em consideração a rede de transporte publico e o de veículos particulares (modal amplamente utilizado em São Paulo), este acesso não tem vocação urbana (referente a grandes fluxos) para ser o principal, por se tratar de uma via local do bairro. Então, este será um acesso mais monumental, para receber pedestres e grandes cortejos das atividades do Morro, que terminarão em uma arena aberta, centro geométrico do parque, que se viabiliza em um trecho de inclinação menos acentuada do terreno. Por conta das questões de mobilidade urbana e interface com a cidade a frente para Av. Corifeu de Azevedo Marques (N3 - via arterial) será o acesso principal do parque, contudo impõe o desafio de se vencer o desnível de 15 m. Seguindo as restrições determinadas pelo CONPRESP, e da APP que visam preservar as nascentes, os equipamentos
do programa com menor área e volume edificados ficarão distribuídos no parque interligados por percursos temáticos, acomodados nas curvas de nível do terreno.
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04.04 - PROGRAMA Demandas da comunidade e adaptações. O programa foi desenvolvido para atender as demandas locais do Morro do Querosene tomando como base as solicitações da Associação Cultural da Comunidade do Morro do Querosene, que lideram formalmente a frente de luta para transformação da chácara da fonte em um parque público. Assim como a Manutenção da massa arbórea aprox. 18.798,67 m². Além destas, foi realizado um mapeamento de parques públicos, e equipamentos culturais no distrito do Butantã, a fim de que não houvesse duplicidade de equipamentos dentro do distrito levando em conta o acesso pela rede de pública de transportes metropolitanos. O projeto preverá seu programa que foi distribuído conforme os fluxos do parque, restrições da APP e condições topográficas.
Acesso Travessa da Fonte - Arena do Bumba Meu Boi (espaço para eventos) aprox. 1500m² com arquibancadas permeáveis que acompanham a topografia do terreno. - Casa da nascente (nascente 1) Readequação da construção existente como espaço expositivo da história do Peabiru.
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- Acesso Rua Santanésia - Pista de skate - Equipamentos de ginástica de baixo impacto - Espaço contemplativo (vistas para centro expandido e inst. Butantã) - Centro comunitário. O edifício foi desenvolvido para abrigar um restaurante, onde a comunidade possa organizar jantares e almoços com pratos populares e regionais. E que o espaço do salão possa ser usado para outras atividades da comunidade. dispõe de aproximadamente aprox. 400m². - cozinha industrial - salão multiuso para oficinas e festas. (Com capacidade para 150 lugares no formato restaurante.) - balcão para bar ou lanches. - sanitários feminino e masculino com mesa para troca de fraudas - sanitários acessíveis feminino e masculino. - Plataforma para empinar pipas; Cobertura acessível por uma escada externa para contemplação do parque e vistas para o Instituto Butantã e centro da cidade.
- Acesso Rua Padre Camilo - Sede da Associação Cultural da Comunidade do Morro do Querosene e Administração do parque aprox. 200m² - Playground - Mesas para piquenique - Sanitários Públicos - Acesso Av. Corifeu - Auditório Antônio Abujamra. Auditório com 432 lugares - Estacionamento 200 vagas - Bicicletário - Praça
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04.05 - PARTIDO Condicionantes e diretrizes. As intervenções para a implantação do parque foram concebidas de modo a causar o menor impacto possível a matriz ecológica existente. Logo foram propostas poucas edificações, e destas surgiu a busca de uma solução estrutural com poucos apoios no solo, de tal forma que se garanta a permeabilidade do solo, o que contribui para manutenção das nascentes e diminuição do risco de enchentes. Garantindo também a continuidade da matriz da flora existente, e paisagismo, sob as edificações e circulações do parque.
INTERVENÇÕES
1,0
762,95
25 m
TEATRO/GARAGEM/PRAÇA PLAYGROUND LAGOA CASA DA FONTE RESTAURANTE SANITÁRIO PISTA DE SKATE SEDE SANITÁRIO
13.954,62 SOB CONSULTA
13.954,62
SOB CONSULTA
ÁREA II
7.523,28
70%
5266,2988
ÁREA III
11.814,46
30%
3544,3365 SOB CONSULTA
7m
ÁREA COMPUTÁVEL
ALTURA MÁXIMA
0,15 %
PROJEÇÃO
ÁREA PERMEAVEL
ÁREA I
C.A. BÁSICO
L 01 + L 02 5.086,36
TAXA DE PERM.
ÁREA TOTAL
LOTE/CONPRESP
RESTRIÇÕES DO TERRENO E EDIFICAÇÕES PROPOSTAS
ALTURA DO PROJETO
O partido do projeto foi consolidado considerando os aspectos legais de uso e ocupação do solo, tombamentos da área e o programa que foi determinado pelas características culturais do território. Assim como as características naturais do terreno como a massa arbórea cursos d’água e topografia que varia da cota 730 na av. Corifeu se elevando ao longo da rua Santanésia até a cota 760 na rua Padre Camilo. A natureza do terreno, superposta às proposições do programa, foi a grande protagonista na definição do partido.
4166,787 2140,86 20,7
94,797 734,44 52,245 210,737 305,117 52,245
94,797 3,5 734,44 4,5 52,245 3,35 210,737 0 305,117 4,25 52,245 3,35
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ZM-2
COMPRESP
APP. NASCENTE
APP. FIO D’ÁGUA APP. NASCENTE COMPRESP
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RESTRIÇÕES DO TERRENO.
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“ Vamos Passear no parque” A circulação será composta por percursos com pouca declividade para que a maior parte dos ambientes e equipamentos do parque sejam acessíveis. Contudo serão locadas escadas interligando equipamentos e percursos com grande declividade e nos casos mais extremos elevadores. Serão dois percursos estruturadores, um deles é o “Caminho das Fontes” que percorre toda a extensão do parque partindo da caixa de elevadores do auditório, passando pelas praças de atividades esportivas e contemplativas (skate e ginastica de baixo impacto), por entre os pilotis e escada do restaurante chegando ao deck da primeira nascente e playground. A partir do playgorund e sanitário público localizados em uma clareira da massa arbórea existente inicia o percurso até a casa da fonte, passando por um pequeno vale formado pelo curso d’água da primeira nascente.
A partir de então inicia o outro percurso que é o “Caminho do Boi” que passa pela ultima arquibancada da arena. Segue então passando por mais um sanitário público e termina na caixa de elevadores do teatro. A arena faz parte deste percurso interligando, por meio de escadas da arquibancada, outros equipamentos do parque ao acesso da “Travessa da Fonte”.
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Retomando conexões perdidas. Os dois percursos são interligados para que o passeio dos visitantes seja um percurso continuo, e ainda se comunique com todos os equipamentos e acessos do parque, o que de certa forma retoma a conexão do loteamento mais antigo ao mais recente, perdida quando o acesso à fonte foi impedido. Outrora o destino era o lago formado pela pedreira, no mesmo local, agora aterrado, funciona um clube poliesportivo da prefeitura.
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Viabilizando mais espaços de encontros X características do terreno. O enfrentamento principal do partido é tocar o solo com respeito à preservação natural e cultural da terra. Entretanto, na divisa dos lotes originais da gleba e os lotes que fazem frente av. Corifeu, a um corte brusco no terreno com desnível de 15 metros de altura. Onde atualmente funciona um posto de gasolina e provavelmente o solo foi contaminado. Então a frente mais apropriada para consolidar a interface entre a cidade e o parque, é um grande problema ecológico e de acessibilidade. Contudo são os lotes menos restritivos do ponto de vista legal. O que foi decisivo para a construção do auditório e estacionamento de veículos. A melhor opção de ocupação é o auditório, por ser o equipamento do programa com maior volume a ser construído e maior intensidade de fluxo de pessoas. Para que os usuários possam usufruir do espaço sem riscos a saúde seja será removido o volume de terra contaminado, do lote que
corresponde ao estacionamento de veículos motorizados e bicicletas. O térreo será uma grande praça pública para promover encontros casuais da população, e acesso para o estacionamento e bicicletário que fica sob a praça. Criando novas conexões. Com acessos pelo parque e pela rua Santanésia o teatro será elevado deixando a praça na cota 730 com espaço livre e continuo por entre seus apoios que podem abrigar pequenas reuniões, eventos e até mesmo exposições temporárias. A caixa de elevadores do teatro serve aos acessos do auditório como também aos acessos do parque. Liga o 1º SS até a cota 744 do parque (Caminho da Fonte) e entre estas a cota 730 da praça do Peaberu (av. Corifeu de Azevedo Marques), 734 do palco (técnicos e artistas) e 737 do foyer e parque (Caminho da Arena).
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A água como protagonista do paisagismo: O desenho da Praça do Peaberu é composto por bancos e espelhos d’água lúdicos contidos por uma inclinação suave do piso sobre a laje. Tal inclinação aliada ao piso elevado drenante e trechos impermeabilizados em diversas profundidades, formará poças de água propositais. O conjunto destas poças compõem o desenho da circulação na praça, para que os usuários sejam incentivados a ter contato interativo com a água e não apenas contemplativo. Além da função lúdica, os espelhos d’água e pisos drenantes formarão um sistema de capitação das águas pluviais para reuso. Inclusive as águas da cobertura do teatro que serão capitadas e lançadas por gárgulas nos espelhos d’água. Contudo, devido aos cortejos e acessos de demandas variadas, a travessa da fonte agrega a água ao desenho com maior controle da forma. Os espelhos d’água se desenvolvem em platôs que acompanham os níveis da escada e rampa acessível, até atingir o nível do pequeno represamento que é atravessado pela passarela que da acesso ao parque e arena.
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04.06 - TEATRO ANTÔNIO ABUJAMRA Ante projeto. Elevado em relação à praça do Ainda no pavimento do foyer Peaberu na cota 737 está o pavimento estão os sanitários públicos, um pequeno do foyer e plateia. Nessa cota o acesso balcão para bomboniere e os acessos à do público é em nível com a rua sala de espetáculos e plateia. Foi adotada a forma de semi – Santanésia e por elevadores. arena para plateia e palco redondo na O público após passar pela bilheteria cota mais baixa. Paralela a tangente circula sob a marquise do teatro até do palco a “boca de cena” encerra o foyer que tem sua face externa envidraçada voltada para o norte. o espaço cênico. Tal desenho é foi proposto para que o auditório atenda Apesar de ser uma solução ruim em termos do conforto térmico, o foyer é um diversos tipos de espetáculos além das artes dramáticas, como música, dança e vazio entre a sala de espetáculos e a av. Corifeu de Azevedo Marques, que atenua ensaios. Permitindo por sua vez uma maior o ruído dos veículos. proximidade e interação do público com o espetáculo. O fato de estar sete metros acima da avenida possibilita a contemplação do Instituto Butantã. Levando o usuário a se desligar da paisagem urbana, sem necessariamente deixar de estar nela. Cotidianamente ao usar a avenida não é possível ver tal paisagem por conta das edificações que mesmo com pouca altura ocultam uma das reservas de mata Atlântica da cidade. Tal vista está garantida, pois a altura das edificações a serem construídas, tem o gabarito determinado pelo tombamento da área envoltória do Instituto.
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Forma – Estrutura – Função Em principio a forma cilíndrica sobre um tronco de cone do edifício decorre da intenção de ser um marco do parque e preservar o máximo de área livre na cota da praça do Peabiru. E a forma circular como representação do encontro de pessoas para troca de experiências e informações, como nas rodas de conversa ou de músicos onde todos se vem e se ouvem. Além de minimizar o impacto visual de um grande volume construído na composição do parque, para quem observa da cota mais baixa na avenida Corifeu de Azevedo Marques. A altura do volume construído ficou abaixo do gabarito para que o topo não ultrapassasse a cota do parque, preservando as visuais do horizonte para quem está no parque. A estrutura foi inspirada nos pórticos do Eduardo Afonso Reidy para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No caso do teatro, são 8 pórticos que sustentam dois pavimentos mais a cobertura dispostos radialmente em torno do mesmo eixo.
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Para evitar acúmulo de elementos estruturais de concreto armado que se cruzariam no eixo de rotação, e para absorver as solicitações horizontais da estrutura adotou-se anéis que trabalham sob tração na cobertura, e a compressão na base. Para as extremidades a solução dos anéis se repetem como vigas e contraventamento da estrutura.
Após a confecção de alguns modelos em papél e diversas versões de desenho do pórtico, foi observado a relevância arquitetônica e estética que o conjunto estrutural pórtico e anéis adquiriu. Portanto as vedações que nos primeiros desenhos cobriam a estrutura foram redesenhadas solucionando questões estéticas e funcionais;
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As vedações foram deslocadas para dentro do conjunto estrutural, deixando em evidencia os pórticos e organizando a circulação interna e externa. O que viabilizou o posicionamento da bilheteria sob a marquise da circulação externa fora do foyer. E redistribuiu as rotas de fuga em nível com o parque descartando a necessidade de escadas de emergência anexas ao edifício. A estratégia refletiu também na composição da praça, as barras inclinadas dos pórticos marcam a espacialidade sem impedir a fruição, como pilotis, e o espaço de exposição e encontros é apenas coberto e não mais fechado para acidade.
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CORTE PERSPECTIVADO DO TEATRO.
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PLANTA DO SUB-SOLO
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PLANTA DA PRAÇA DO PEABIRU
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CORTE COM PROJETO ESQUEMATICO DAS INSTALAÇÕES
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CORTE - BB E VISTA
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PLANTA DA PLATEIA E ACESSO TÉCNICO
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PLANTA DA PLATEIA, ACESSOS E FOYER
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PASSARELAS TÉCNICAS E CENOGRAFIA
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PLANTA DE COBERTURA
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CORTE AA E DETALHE DA CUPULA RETRÁTIL
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DETALHE DO SISTEMA DA FACHADA.
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EXPERIMENTO DE AUDIOMETRIA DO TEATRO PELO MÉTODO GEOMÉTRICO
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Bibliografia ROLNIK, Raquel. 3 ed.- São Paulo Publifolha, 2014-( Folha Explica) CAMPOS, Ernesto de Souza, História da Universidade de São Paulo- 2 ed. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2004. VERSAL, Editores. Butantã;Um bairro em Movimento- 1 ed. São Paulo, 2013. JUNIOR, Heitor Frugoli, Centralidade em São Paulo- 1 ed. São Paulo, Editora Edusp, 2006. SÃO PAULO.Lei n° 13.430, de 13 de dezembro de 2002. SÃO PAULO ,Lei nº 10.032, de 27 de dezembro de 1985- (RESOLUÇÃO 07 / CONPRESP / 2012). SÃO PAULO , Decreto Nº 52.575, de 19 de agosto de 2011. Arquitetura de Lele - Invenção e fábrica: editora, imprensa oficial do estado... autor: Imprensa Oficial e M.C.B, São Paulo, 2012 SERRONI, J. C. - Editora SENAC, São Paulo, 2010 Teatros: uma memória do espaço cênico no Brasil - autor: FRUGOLI JUNIOR, Editora EDUSP, São Paulo, 2008 - Centralidade em são paulo:
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trajetórias, conflitos e negociações na metrópole. Theater Design Publisher: Yale University Press; 2 Sub edition (March 25, 1997) MOREIRA, Fernanda Accioly (FAUUSP) HISTóRIA DO SUBúRBIO VILA PIRAJUSSARA: PRODUçãO E REPRODUçãO DO ESPAçO URBANO. Pesquisa de Pós Graduação. Sites consultados: http://www.secovi.com.br/noticias/secretario-eduardo-jorge-fala-sobredesenvolvimento-sustentavel-no-secovi-sp/3447/ http://www.jockeysp.com.br/historia.asp http://noticias.r7.com/sao-paulo/morro-do-querosene-tera-festival-em-prol-daconstrucao-de-parque-neste-fim-de-semana-29082015 http://omundovariavel.blogspot.com.br/2015/06/peabiru-estrada-inca-quecortava-o.html http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/historico_demografico/
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CAP_00_MONOGRAFIA_INTRODUÇÃO_REV.01.indd 2
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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE FELLIPE DE PAIVA BRANDT CAPA WIRE-O.indd 2
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