Boletim Indicadores Assistenciais - 4ª Edição

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Boletim da SaĂşde Suplementar ed. 04 julho 2013



Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Apresentação A FenaSaúde – Federação Nacional de Saúde Suplementar publica a quarta edição, em novo formato, do Boletim da Saúde Suplementar – Indicadores assistenciais. As informações contidas nesta publicação demonstram a importância de suas afiliadas no setor, pois são responsáveis pela assistência de 24,3 milhões de beneficiários, que representam 36,5% da saúde suplementar, considerando os planos médicos e odontológicos. A fonte primária são os dados enviados pelas operadoras, periodicamente, à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), via Sistema de Informações de Produtos (SIP), Sistema de Informações de Beneficiários (SIB) e Documento de Informações Periódicas das Operadoras (DIOPS). Nesta edição são apresentados dados assistenciais dos planos médicos das associadas à FenaSaúde em 2012, comparados com o mercado de saúde suplementar, além de dados internacionais. Apresentamos, também, os resultados de 2011 atualizados e, portanto, diferentes daqueles exibidos na última edição. As atualizações ocorrem porque os dados são registros administrativos, que são ajustados até o fechamento completo do exercício.

Ênfase especial é dada ao aumento das despesas com assistência à saúde. Com uma variação muito acima dos índices de inflação, os custos assistenciais ameaçam a sustentabilidade dos sistemas de saúde e sobrecarregam financeiramente as pessoas e empresas contratantes de planos e seguros de saúde. Nos últimos cinco anos, as despesas assistenciais das associadas à FenaSaúde cresceram 133,8%. Neste período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 31,9%, mostrando um preocupante descompasso no aumento dos custos médicos para a sociedade. Outro destaque são as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), responsáveis por afetarem um número crescente de pessoas no Brasil e no mundo. A maior parte dessas doenças pode ser evitada com a adoção de hábitos de vida saudáveis, com medidas de detecção precoce e tratamento logo após os primeiros sintomas das doenças. Boa leitura. Marcio Coriolano – Presidente José Cechin – Diretor-executivo Rio de Janeiro | Julho de 2013

03


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Sumário

04

05

Sumário executivo

06

Cap.1 – Indicadores assistenciais

08

Consultas e sessões

12

Exames complementares

16

Internações

20

Cap. 2 – Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT)

22

Doenças Cardiovasculares (DCV)

24

Neoplasias

25

Diabetes Mellitus

26

Doenças Respiratórias Crônicas

28

Cap. 3 – Rede assistencial

29

Infraestrutura

34

Médicos

38

Cap. 4 – Fontes e usos

40

Resultados da FenaSaúde

41

Resultados do Mercado

42

Custo médio dos eventos assistenciais

43

Despesas assistenciais na internação

45

Referências

46

Sobre a FenaSaúde

Esta publicação está disponível para consulta e download no site da FenaSaúde: www.fenasaude.org.br/publicacao


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Sumário executivo

O

s indicadores assistenciais mostram que, em 2012, nas associadas à FenaSaúde, foram realizadas mais de 117,7 milhões de consultas ou sessões com profissionais de saúde, 194,8 milhões de exames complementares e 1,9 milhão de internações médicas. Nota-se que os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada totalizaram 3,6 milhões, ambos com crescimento de 28,4% em relação a 2011, e correspondem a 41,9% e 39,5%, respectivamente, do total realizado pela saúde suplementar no mesmo período. As Doenças Crônicas não Transmissíveis são responsáveis pela maioria das doenças e mortes em muitos países e constituem um grave problema mundial para todos os sistemas de saúde, públicos ou privados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2008 ocorreram mais de 36 milhões de mortes por DCNT no mundo, equivalente a 63% de todos os óbitos. A rede assistencial mostra uma maior disponibilidade de leitos hospitalares para o setor privado. Em dezembro de 2012, havia pouco mais de 150 mil leitos, tendo aumentado 21,7% em sete anos. No mesmo período, o número de beneficiários em planos e seguros de saúde com cobertura para internações cresceu 36,4%. Nota-se que a quantidade de leitos não cresceu no mesmo ritmo que o número de beneficiários, o que é compensado pela tendência à desospitalização, em razão de os procedimentos serem cada vez menos invasivos, reduzindo o tempo de internação. O número de médicos alcançou 388,0 mil em outubro de 2012, com uma taxa de 3,6 por mil beneficiários na saúde

1

Inclui todas as operadoras associadas à FenaSaúde

suplementar, superior ao observado no sistema público de saúde brasileiro, com 1,5 médico por mil habitantes, e nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com 3,1 por mil habitantes. A sociedade e as operadoras de planos e seguros de saúde devem experimentar um considerável aumento nas despesas com assistência médica no curto prazo, contribuindo para o aumento da inflação. As despesas com assistência à saúde dos beneficiários das associadas à Federação ampliam-se a cada ano. Em 2012, cresceram 18,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 30,5 bilhões1 correspondentes a 38,2% do total na saúde suplementar. Registrou-se um aumento que variou entre 17,3% e 26,4% no custo médio dos eventos assistenciais por beneficiário. Com relação à quantidade, a comparação com 2011 revelou um aumento de 22,8% nas internações, 13,1% nos exames complementares e 10,7% nas terapias. Com isso, conclui-se que o aumento das despesas assistenciais foi consequência tanto de reajustes nos valores dos procedimentos quanto de aumentos da frequência de utilização dos serviços de saúde. No mesmo período, o número de beneficiários das associadas à FenaSaúde cresceu 2,5%. No entanto, vale ressaltar que nos planos médicos houve retração de 2,9% e, nos planos exclusivamente odontológicos, expansão de 10,7%.

05


INDICADORES ASSISTENCIAIS


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E

m dezembro de 2012, as operadoras associadas à FenaSaúde possuíam 24,3 milhões de beneficiários em planos de assistência médica e odontológica, com aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. A assistência médica contabilizou 13,8 milhões de beneficiários e a assistência exclusivamente odontológica 10,5 milhões, representando 28,8% e 56,3%, respectivamente, dos beneficiários da saúde suplementar. As carteiras de beneficiários de planos médicos das associadas tiveram retração

de 2,9% e, nos planos exclusivamente odontológicos, expansão de 10,7%. Em 2012, foram realizados 371,3 milhões de eventos assistenciais pelos beneficiários das associadas à Federação, com acréscimo de 10,5% em comparação ao ano anterior, mesmo diante da retração de 2,9% no número de beneficiários. Na assistência médica, os aumentos mais expressivos foram em internações, 22,8%; exames complementares, 13,1%; e terapias, 10,7%. Os procedimentos odontológicos aumentaram 10,3% (tabela 1).

Tabela 1 – Quantidade de eventos na assistência médica e odontológica – FenaSaúde e Mercado valores por mil

Eventos Total Consultas médicas Exames complementares

FenaSaúde 2011

2012

336.139

371.330

69.206

73.136

Mercado ∆%1

2011

2012

∆%1

10,5

1.236.639

996.605

-19,4

5,7

266.866

243.961

-8,6

172.272

194.797

13,1

798.837

582.490

-27,1

Terapias

13.871

15.353

10,7

51.042

50.677

-0,7

Outros atendimentos ambulatoriais2

41.549

44.550

7,2

112.578

112.053

-0,5

1.544

1.897

22,8

7.316

7.423

1,5

37.696

41.597

10,3

...

...

...

Internações Procedimentos odontológicos3

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Notas: 1Variação entre 2011 e 2012. 2 Atendimentos realizados em regime ambulatorial de caráter eletivo, urgência ou emergência. Inclui atendimentos com profissionais de nível superior. 3Total de atendimentos com fins de diagnóstico e orientação terapêutica em saúde bucal, em regime ambulatorial, de caráter eletivo, urgência ou emergência. (...) Dado numérico não disponível.

07


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Por se tratarem de registros administrativos, os números apresentados nesta publicação estão sujeitos a alterações posteriores. Por exemplo, os dados do 1º semestre, extraídos em 25/9/12 e divulgados na 3ª edição deste boletim (novembro 2012), comparados com os dados obtidos em 5/4/13, diferem entre 1% e 8% para consultas e terapias; 1% e 5% para exames complementares; e 1% e 30% para internações.

Os beneficiários dos planos médicos das associadas à FenaSaúde representam 28,8% dos vínculos desta segmentação no setor e realizaram 33,1% do total dos eventos assistenciais na saúde suplementar.

Consultas e sessões

08

Foram realizadas mais de 117,7 milhões de consultas ou sessões com profissionais de saúde pelos beneficiários das associadas à Federação em 2012, com acréscimo de 6,3% em relação ao ano anterior, e correspondentes a 33,1% do total da saúde suplementar. Notar que o crescimento do número de consultas se deu mesmo diante da retração no número de beneficiários, tendo aumentado, portanto, a frequência de consultas. Em consultas médicas, observam-se reduções na maioria das 23 especialidades

listadas (tabela 3) e aumento de 32,4% na quantidade de consultas realizadas em outras especialidades, dentre as quais se incluem as cirúrgicas (cardiovascular, mão, cabeça e pescoço, aparelho digestivo, pediátrica, plástica, torácica, vascular), e as de nutrologia, acupuntura, homeopatia e genética médica. No total de consultas e sessões realizadas com outros profissionais de saúde observa-se um aumento de 7,2%, o que demonstra maior adesão ao tratamento multidisciplinar.

Consultas médicas Em 2012, nas associadas à FenaSaúde, foram contabilizadas mais de 73,1 milhões de consultas médicas, com elevação de 5,7% em relação ao ano anterior. A taxa de consultas médicas per capita2 foi de 5,4, similar a do Canadá e países do Reino Unido, cujas taxas3 foram de 5,5 e 5,0, respectivamente. No SUS4, a taxa foi de 3,6, superior a do México, 2,9; Chile, 3,2; e inferior a dos EUA 3,9 (tabela 2).

A taxa de consultas médicas per capita nas associadas à FenaSaúde foi de 5,4 em 2012, ante 5,1 em 2011, taxa esta similar a de países desenvolvidos, membros da OCDE.

Dentre as especialidades listadas (tabela 3), as mais demandadas pelos beneficiários das afiliadas à FenaSaúde foram: clínica médica, 10,1%; ginecologia e Para acompanhar a metodologia adotada no Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS, a taxa de consultas per capita foi o total de consultas ou sessões realizadas no período, dividido pelo número de beneficiários na posição de dezembro. 3 OECD Health Data 2012. 4 MS/DATASUS, 2012. A taxa do SUS não considerou os beneficiários da saúde suplementar. 2


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Consultas médicas realizadas em pronto-socorro, equivalentes a 15,2 milhões de atendimentos em 2012.

20,8%

obstetrícia, 5,7%; pediatria, 4,4%; oftalmologia, 3,3%; traumato-ortopedia, 2,8%; dermatologia, 2,7%; e cardiologia, 2,3%. As demais relacionadas representaram, individualmente, menos de 2% do total realizado no período.

Os números demonstram elevação na frequência de utilização em algumas especialidades médicas, em especial, aquelas não listadas (outras especialidades), que cresceram 32,4%. Com relação às consultas em pronto-socorro, observa-se uma retração de 2,6% (tabela 3), proporcional à diminuição do número de beneficiários nos planos de assistência médica, de 2,9%.

Ainda com relação às associadas, a comparação com o resultado de 2011 demonstra aumento da demanda para oncologia, 24,0%; cirurgia geral, 12,8%; e nefrologia, 10,1%. Na saúde suplementar a demanda por essas especialidades aumentou em ritmo mais lento, de 7,2%, 5,1% e 2,7%, respectivamente.

O Ministério da Saúde5 define como parâmetro para cálculo de cobertura assistencial ambulatorial a realização de 2 a 3 consultas médicas por ano, per capita.

Tabela 2 - Taxa de consultas médicas per capita ano em diversos países

País

2008

2009

2010

2011

2012

2012 (ou ano mais recente)

Brasil Sistema Público (SUS)¹

3,3

3,5

3,6

...

...

3,6

Saúde Suplementar²

5,4

5,5

5,4

5,7

5,1

5,1

FenaSaúde²

...

...

...

5,1

5,4

5,4

Média OCDE

6,7

6,7

6,4

...

...

6,4

Alemanha

7,9

8,4

8,9

...

...

8,9

Austrália

6,4

6,5

6,5

6,7

...

6,7

Canadá

5,5

5,5

...

...

...

5,5

Estados Unidos

3,9

...

...

...

...

3,9

França

6,7

6,7

6,7

...

...

6,7

Reino Unido

5,9

5,0

...

...

...

5,0

Fontes: Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) Health Data 2012. Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Notas: 1 Não inclui a população beneficiária da saúde suplementar. 2 Considerados todos os beneficiários das segmentações ambulatorial, hospitalar + ambulatorial, referência e não informada. (...) Dado numérico não disponível.

5

Portaria/GM nº 1.101/2002.

09


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Tabela 3 – Quantidade de consultas médicas FenaSaúde e Mercado valores por mil

Consultas

MarketShare (%)

Mercado

2011

2012

∆%1

∆%1

2011

2012

Consultas médicas

69.206

73.136

5,7

266.866 243.961

-8,6

25,9

30,0

Consultas médicas ambulatoriais2

53.612

57.946

8,1

197.527 194.102

-1,7

27,1

29,9

Alergia e imunologia

345

266

-22,9

1.645

1.567

-4,8

21,0

17,0

Angiologia

279

254

-9,1

1.734

1.663

-4,1

16,1

15,3

1.599

1.361

346

390

-14,9

10.769

10.594

-1,6

14,8

12,8

12,8

3.783

3.977

5,1

9,1

9,8

Clínica médica

7.465

Dermatologia

1.829

5.842

-21,7

26.227

22.821

-13,0

28,5

25,6

1.580

-13,6

9.436

9.086

-3,7

19,4

17,4

Endocrinologia

1.085

926

-14,6

5.560

5.308

-4,5

19,5

17,4

72

56

-22,9

1.033

837

-19,0

7,0

6,7

3.672

3.311

-9,8

18.012

17.556

-2,5

20,4

18,9

Mastologia

115

112

-3,0

802

809

0,8

14,3

13,8

Nefrologia

170

187

10,1

745

765

2,7

22,8

24,4

Neurocirurgia

150

119

-20,7

1.136

1.072

-5,6

13,2

11,1

Neurologia

479

410

-14,4

2.893

2.794

-3,4

16,6

14,7

2.294

1.892

-17,5

12.324

11.980

-2,8

18,6

15,8

253

314

24,0

918

984

7,2

27,6

31,9

Cardiologia Cirurgia geral

Geriatria Ginecologia e obstetrícia

10

FenaSaúde

Oftalmologia Oncologia

2011

2012

Otorrinolaringologia

1.132

959

-15,3

6.750

6.592

-2,3

16,8

14,5

Pediatria

2.958

2.546

-14,0

15.099

14.406

-4,6

19,6

17,7

Proctologia

118

109

-7,3

736

728

-1,1

16,0

15,0

Psiquiatria

422

377

-10,6

3.016

2.905

-3,7

14,0

13,0

Reumatologia

203

174

-14,5

1.448

1.393

-3,8

14,0

12,5

1.849

1.623

-12,2

11.290

11.284

-0,1

16,4

14,4

740

677

-8,4

4.243

4.172

-1,7

17,4

16,2

Outras especialidades

26.037

34.461

32,4

57.929

60.809

5,0

44,9

56,7

Consultas médicas em pronto-socorro

15.594

15.190

-2,6

69.338

49.859

-28,1

22,5

30,5

Traumatologia-ortopedia Urologia

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Notas: 1Variação entre 2011 e 2012. 2 Os dados referentes à consulta médica em pronto-socorro no 1º semestre de 2011 do mercado estão sendo analisados pela ANS.


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Estatisticamente, espera-se que 15,0% das consultas médicas ocorram em situações de urgência ou emergência.

Nas associadas à FenaSaúde, mesmo com retração de 2,9% no número de beneficiários dos planos médicos, o número de consultas médicas aumentou, resultando em uma alta na taxa de consultas per capita de 5,1 para 5,4, sendo que 20,8% ocorreram em situações de urgência e emergência. Nos últimos anos, a taxa de consultas médicas per capita na saúde suplementar oscilou entre 5,1 e 5,5. No SUS, tem variado entre 3,3 e 3,6, em grande contraste ao acesso a consultas dos beneficiários da saúde suplementar.

Na saúde suplementar, as consultas médicas totalizaram 244,0 milhões de atendimentos, com retração de 8,6%, apesar do crescimento de 2,1% no número de beneficiários no período. Do total de consultas, 194,1 milhões foram eletivas, representando 79,6% das consultas médicas. No pronto-socorro, as consultas totalizaram 49,9 milhões.

Consultas e sessões com outros profissionais de saúde As consultas e sessões realizadas por outros profissionais de saúde nas associadas à FenaSaúde somaram mais de 44,6 milhões, com aumento de 7,2% em 2012 na comparação com 2011, correspondente a 39,8% do total realizado na saúde suplementar.

É provável que este crescimento esteja relacionado à ampliação da quantidade mínima de sessões estipulada no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, cuja atualização entrou em vigor em 1º de janeiro de 2012. Na saúde suplementar, o crescimento mais expressivo foi observado em consultas com nutricionistas, 23,5%; fonoaudiólogos, 17,5% e psicólogos, 14,1%.

A quantidade de consultas e sessões com psicólogos, nutricionistas e fonoaudiólogos aumentou 33,2%, 31,0% e 22,4%, respectivamente, em 2012 (tabela 4).

Tabela 4 – Quantidade de consultas e sessões com outros profissionais de saúde – FenaSaúde e Mercado valores por mil

Consultas e sessões

FenaSaúde 2011

2012

∆%1

2011

2012

41.549

44.550

7,2

112.578

112.053

Fisioterapeutas

9.652

9.579

-0,8

38.492

Fonoaudiólogos

1.206

1.477

22,4

268

351

31,0

2.062

2.746

107 28.253

Outros profissionais de saúde

Nutricionistas Psicólogos Terapeutas ocupacionais Outras2

MarketShare (%)

Mercado ∆%1

2011

2012

-0,5

36,9

39,8

38.864

1,0

25,1

24,6

3.112

3.658

17,5

38,8

40,4

1.178

1.455

23,5

22,8

24,1

33,2

7.120

8.125

14,1

29,0

33,8

112

4,3

648

715

10,3

16,5

15,6

30.286

7,2

62.029

59.236

-4,5

45,5

51,1

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Notas: 1Variação entre 2011 e 2012. 2 Outras Consultas/sessões/atendimentos ambulatoriais (atendimento pediátrico a gestantes, aconselhamentos e atividades educativas para o planejamento familiar, acompanhamento pós-transplantes etc.).

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Exames complementares As incorporações de novas tecnologias na saúde6 nas últimas décadas contribuíram para melhorar a saúde da população e reduzir as taxas de mortalidade. No entanto, alguns novos procedimentos e técnicas de tratamento têm sido incorporados sem evidências suficientes que comprovem sua segurança, eficácia e efetividade. Além dos benefícios, ao se disponibilizar uma nova tecnologia no sistema de saúde devem ser avaliados os riscos e custos de forma que se promova o uso racional, uma vez que a sociedade sempre é onera-

da quando são realizados procedimentos desnecessários. O ciclo de desenvolvimento de uma nova tecnologia geralmente é dispendioso e, por isso, ingressa no mercado com custo elevado. É evidente que as tecnologias custo-efetivas elevam a precisão dos diagnósticos, permitem detectar precocemente doenças graves e reduzem a invasividade dos procedimentos.

Medicamentos, produtos e procedimentos por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde devam ser prestados à população, tais como vacinas, produtos para diagnóstico de uso in vitro, equipamentos, procedimentos técnicos, sistemas organizacionais, informacionais, educacionais e de suporte, programas e protocolos assistenciais. 6


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Segundo estudo da McKinsey & Company, quanto maior a quantidade de aparelhos de ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada disponível no mercado, mais exames serão realizados. Em 1997, havia menos de três mil equipamentos disponíveis nos Estados Unidos, que realizavam, em média, 3.800 exames por ano. Em 2006, havia mais de 10 mil em uso, que efetuavam, em média, 6.100 exames por ano. Em outro estudo publicado na revista Annals of Emergency Medicine, o uso de equipamentos de tomografia computadorizada em salas de emergência dos Estados Unidos mais que quadruplicou nas últimas décadas.7 Em 2012, em torno de 194,8 milhões de exames complementares foram realizados pelos beneficiários das associadas à FenaSaúde, 13,1% a mais que 2011 (tabela 5). Nota-se que a demanda por alguns exames, atualmente considerados de alta complexidade, como a ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada e cintilografia, continua aumentando, em descompasso com o crescimento do número de beneficiários. Essa mesma tendência de crescimento também é observada em outros países. Nos Estados Unidos, o número de pacientes submetidos a

3,6

exames de raios-X em pronto-socorro, manteve-se praticamente estável, passando de 34,6% em 2000, para 35,0% em 2010. Neste período, a utilização de exames de ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada aumentou 3,1 vezes, passando de 5,4% para 16,7%.8 Em 2012, as associadas à Federação realizaram 1,1 milhão de mamografias, aumento de 4,7% em relação ao ano anterior (tabela 5). Entre as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos foram 395,6 mil exames.9 O exame é de grande relevância, pois permite a detecção precoce do câncer por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial. O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Também é expressivo o crescimento da quantidade de exames relacionados à cardiologia, tais como: holter de 24 horas, cintilografia miocárdica e teste ergométrico, com aumentos de 24,0%, 24,2% e 31,8%, respectivamente, em 2012. Destaca-se a expressiva participação das associadas nos exames de ultrassonografia obstétrica morfológica, com 53,7% do total realizado pela saúde suplementar em 2012 (tabela 5).

40,7%

milhões Exames de ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada e cintilografia miocárdica e renal dinâmica, em 2012.

Percentual da FenaSaúde no total desses exames realizados na saúde suplementar. O crescimento foi de 28,4% em relação a 2011.

Artigo: Bitter Pill: Why Medical Bills Are Killing Us. National Center for Health Statistics - Health, United States, 2012: With Special Feature on Emergency Care. Hyattsville, MD. 2013. Entre 2011 e 2012, a variação do número de beneficiárias nesta faixa etária foi de 1,9.

7 8 9

13


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Tabela 5 – Quantidade de exames selecionados FenaSaúde e Mercado valores por mil

Exames

FenaSaúde 2011

Exames complementares

172.272 194.797

∆%1 13,1

2011

2012

∆%1

2011

2012

798.837 582.490 -27,1

21,6

33,4

Ressonância nuclear magnética

1.413

1.815

28,4

3.594

4.328

20,4

39,3

41,9

Tomografia computadorizada

1.406

1.805

28,4

4.012

4.569

13,9

35,0

39,5

Citopatologia cérvico-vaginal oncótica em mulheres de 25 a 59 anos

1.827

2.014

10,2

6.478

6.335

-2,2

28,2

31,8

508

529

4,0

1.793

1.822

1,6

28,4

29,0

Ecodopplercardiograma transto1.005 rácico

1.179

17,3

3.603

3.952

9,7

27,9

29,8

5

6

10,0

85

91

7,9

6,1

6,2

Endoscopia digestiva alta

938

1.128

20,3

3.158

3.098

-1,9

29,7

36,4

Colonoscopia

251

305

21,3

744

849

14,1

33,8

35,9

Densitometria óssea

Broncoscopia com ou sem biopsia

Holter de 24 horas Mamografia

14

2012

MarketShare (%)

Mercado

Mulheres de 50-69 anos Cintilografia miocárdica Cintilografia renal dinâmica Hemoglobina glicada Pesquisa de sangue oculto nas fezes Radiografia Teste ergométrico Ultrassonografia diagnóstica de abdome inferior Ultrassonografia obstétrica morfológica

196

243

24,0

750

847

13,0

26,1

28,6

1.090

1.141

4,7

4.509

4.497

-0,3

24,2

25,4

428

396

-7,6

1.983

1.900

-4,2

21,6

20,8

136

168

24,2

408

451

10,6

33,3

37,4

11

13

21,4

34

33

-1,0

31,9

39,1

1.665

1.928

15,8

5.227

6.038

15,5

31,8

31,9

142

165

15,8

640

673

5,1

22,2

24,5

8.615

8.889

3,2

73.738 32.471

-56,0

11,7

27,4

767

1.010

31,8

3.014

3.142

4,3

25,4

32,2

2.700

2.910

7,8

7.554

7.817

3,5

35,7

37,2

503

553

9,9

983

1.029

4,6

51,2

53,7

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Nota: 1Variação entre 2011 e 2012.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

A taxa de tomografia computadorizada por 1.000 habitantes passou de 99,0 em 2011 para 130,8 em 2012, superior a de países como Israel, Canadá e Dinamarca. A taxa de ressonância nuclear magnética por 1.000 habitantes aumentou consideravelmente nas associadas à FenaSaúde, passando de 99,5 em 2011, para 131,5 em 2012, superior à observada em diversos países membros da OCDE10 (tabela 6).

dade. O custo médio aumentou em torno de 26,4%. As despesas com os exames complementares cresceram 143,3% nos últimos 5 anos. Esses dados, além de revelarem um amplo acesso aos meios diagnósticos mais especializados, podem indicar um desperdício no uso desses exames. É de vital importância que os recursos em saúde sejam utilizados na medida certa da necessidade dos pacientes. Nem mais, nem menos. Apenas o necessário.

Nas associadas à FenaSaúde, apesar da retração de 2,9% da carteira de planos médicos, o ano de 2012 foi marcado por aumentos expressivos, de até 31,8%, na quantidade de exames realizados, principalmente aqueles de maior complexi-

Tabela 6 – Taxa de ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada e consultas – Brasil e países selecionados OCDE Ressonância nuclear magnética por 1.000 hab.

País

Tomografia computadorizada por 1.000 hab.

Consultas per capita

Brasil Sistema Público (SUS)

1

Saúde Suplementar2

4,9

20,6

3,6

89,1

94,1

5,1

FenaSaúde²

131,5

130,8

5,4

Média OCDE

46,3

123,8

6,4

Alemanha

95,2

117,1

8,9

Austrália

23,9

90,6

6,7

Canadá

46,7

126,9

5,5

Estados Unidos

97,7

265,0

3,9

França

60,2

145,4

6,7

Reino Unido

40,8

76,4

5,0

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). OECD Health Data 2012 - Extraído em 4/4/13. Notas: 1 Não inclui a população beneficiária da saúde suplementar. 2 Para fins de comparação com os dados do Mapa assistencial da saúde suplementar foi considerada a quantidade total de beneficiários e não apenas os expostos. Nas edições anteriores do Boletim da Saúde Suplementar - Indicadores Assistenciais da FenaSaúde foi considerada a quantidade de “beneficiários expostos”, ou seja, aqueles que já cumpriram o período de carência.

Boletim da saúde suplementar - Indicadores Assistenciais da FenaSaúde, 3ª edição, novembro de 2012, páginas 10 e 19. Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS, abril de 2013, páginas 21 a 25. 10

15


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Internações As novas tecnologias, com frequência, são complementares ou cumulativas, ou seja, nem sempre substituem aquelas já existentes. Isso ocasiona um aumento de despesas diretamente proporcional ao aperfeiçoamento dos conhecimentos e equipamentos utilizados na detecção

Em 2012, as internações realizadas por beneficiários de afiliadas à FenaSaúde contabilizaram 1,9 milhão de eventos e custaram, aproximadamente, R$ 15,8 bilhões. 16

A despesa com internações representou 52,5% do total das despesas assistenciais. Foram 879,4 mil internações cirúrgicas, correspondentes a 46,4% do total; 647,2 mil clínicas, 34,1%; 237,4 mil obstétricas, 12,5%; 98,5 mil pediátricas, 5,2%; e 34,5 mil psiquiátricas, 1,8% (tabela 7). Em relação ao ano anterior, houve crescimento em todos os tipos de internação, à exceção da pediátrica. O maior deles observa-se nas internações psiquiátricas, 41,7%; seguido pelas internações obstétricas, 40,4%; cirúrgicas, 31,2%; e clínicas, 11,9%. A diminuição do número de internações pediátricas pode ser explicada pela

e cura das doenças. O maior problema é que o processo de decisão para guiar a escolha das intervenções que oferecem maiores benefícios para a população é, muitas vezes, inadequado e sujeito a pressões de diversas partes interessadas.

52,5% Percentual das despesas assistenciais com internações. retração de 6,2% na quantidade de beneficiários na faixa etária de 0 a 19 anos, entre 2011 e 2012. Nas associadas à Federação, o maior percentual das internações foi para fins cirúrgicos, enquanto que no mercado foi para tratamento clínico. Nas 237,4 mil internações obstétricas realizadas pelas beneficiárias das associadas à FenaSaúde, 183,8 mil, equivalente a 77,4% dos eventos, foram destinadas à realização de partos. A preferência ainda é pelas cesarianas, quase 58,9%. Entretanto, vale destacar que 56,2% dos partos normais realizados na saúde suplementar foram realizados por essas beneficiárias.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Tabela 7 – Quantidade de internações – FenaSaúde e Mercado valores por mil

FenaSaúde

Eventos Internações Clínica2 Cirúrgica

MarketShare (%)

Mercado

2011

2012

∆%1

2011

2012

∆%1

2011

2012

1.544,4

1.897,1

22,8

7.315,7

578,5

647,2

11,9

3.540,6

7.423,3

1,5

21,1

25,6

3.300,0

-6,8

16,3

19,6

670,5

879,4

31,2

2.700,7

3.018,0

11,7

24,8

29,1

Cirurgia bariátrica

4,6

5,3

15,4

27,6

32,5

17,6

16,6

16,3

Laqueadura tubária

1,6

2,2

38,2

10,1

12,7

25,6

16,0

17,6

0,8

1,1

39,3

10,1

10,9

8,1

7,5

9,7

169,1

237,4

40,4

626,7

624,2

-0,4

27,0

38,0

3

Vasectomia Obstétrica4 Parto normal

24,2

43,9

81,5

78,2

78,0

-0,2

30,9

56,2

Cesarianas

96,7

139,9

44,7

383,8

413,4

7,7

25,2

33,8

48,2

53,7

...

...

...

...

...

...

101,9

98,5

-3,3

362,5

381,6

5,3

28,1

25,8

Intercorrências Pediátrica UTI neonatal Psiquiátrica

4,4

4,7

5,3

18,7

18,7

0,0

23,7

24,9

24,4

34,5

41,7

85,2

99,5

16,8

28,6

34,7

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Notas: ¹Variação entre 2011 e 2012. ²As internações clínicas destinam-se à realização de acompanhamento clínico ou diagnóstico em ambiente hospitalar. Por exemplo: tratamento de pneumonia, pressão alta, diagnóstico de dor abdominal etc. ³As internações cirúrgicas destinam-se à realização de ato cirúrgico em ambiente hospitalar. Por exemplo: cirurgia para apendicite, cirurgia cardíaca etc. 4As internações obstétricas ocorrem tanto para a realização do parto, como para diagnosticar, acompanhar ou tratar as intercorrências do processo gestacional. Por exemplo: pressão alta na gravidez, enjoos, ameaça de parto prematuro, diabetes na gravidez etc.

Crescimento do número de partos por tipo – FenaSaúde

Parto normal

81,5% Cesarianas

44,7%

17


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Tabela 8 – Distribuição das internações por tipo FenaSaúde e Mercado valores por mil

Eventos

FenaSaúde

Mercado

2011

%

2012

%

2011

%

2012

%

1.544,4

100,0

1.897,1

100,0

7.315,7

100,0

7.423,3

100,0

578,5

37,1

647,2

34,1

3.540,6

48,4

3.300,0

44,5

2

Cirúrgica

670,5

43,4

879,4

46,4

2.700,7

36,9

3.018,0

40,7

Pediátrica

101,9

6,6

98,5

5,2

362,5

5,0

381,6

5,1

24,4

1,6

34,5

1,8

85,2

1,2

99,5

1,3

169,1

10,9

237,4

12,5

626,7

8,6

624,2

8,4

Internações Clínica1

Psiquiátrica Obstétrica Obstétrica3

169,1

100,0

237,4

100,0

626,7

100,0

624,2

100,0

Parto normal

24,2

14,3

43,9

18,5

78,2

12,5

78,0

12,5

Cesarianas

96,7

57,2

139,9

58,9

383,8

61,2

413,4

66,2

Intercorrências

48,2

28,5

53,7

22,6

164,7

26,3

132,8

21,3

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Notas: ¹As internações clínicas destinam-se à realização de acompanhamento clínico ou diagnóstico em ambiente hospitalar. Por exemplo: tratamento de pneumonia, pressão alta, diagnóstico de dor abdominal, etc. ²As internações cirúrgicas destinam-se à realização de ato cirúrgico em ambiente hospitalar. Por exemplo: cirurgia para apendicite, cirurgia cardíaca, etc. ³As internações obstétricas ocorrem tanto para a realização do parto, como para diagnosticar, acompanhar ou tratar as intercorrências do processo gestacional. Por exemplo: pressão alta na gravidez, enjoos, ameaça de parto prematuro, diabetes na gravidez, etc.

18

Na saúde suplementar foram 7,4 milhões de internações em 2012, com aumento de 1,5% em relação a 2011. O maior crescimento foi das internações psiquiátricas 16,8%; seguido das cirúrgicas, 11,7% e pediátricas, 5,3%. Quanto às internações clínicas e obstétricas, nota-se redução neste

período, de 6,8% e 0,4%, respectivamente. Nas internações obstétricas foram 491,4 mil partos, que responderam por 78,7% do total dessas internações. As cesarianas totalizaram 413,4 mil eventos, equivalente a 84,1% dos partos realizados.

Tabela 9 – Taxa de internação hospitalar – FenaSaúde e Mercado

Eventos Internações

FenaSaúde

Mercado1

2011

2012

2011

2012

10,9

13,8

16,3

16,2

Clínica

4,1

4,7

7,9

7,2

Cirúrgica

4,7

6,4

6,0

6,6

Psiquiátrica

0,2

0,3

0,2

0,2

23

Fontes: Caderno de Informação da Saúde Suplementar/ANS - março 2012. SIB - Extraído em 12/2012. SIP - Extraído em 5/4/2013. Notas: 1Os dados do setor divergem daqueles apresentados no Caderno de Informação da Saúde Suplementar. 2 Número médio de internações hospitalares para cada 100 beneficiários da operadora, no período considerado. 3 Para fins de cálculo do indicador foram considerados todos os beneficiários das segmentações hospitalar, ambulatorial + hospitalar, referência e não informados na posição de dezembro. Não inclui a segmentação ambulatorial.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

O Ministério da Saúde11 considera que entre 7% e 9% da população necessitam de internações hospitalares a cada ano. Na saúde suplementar a taxa de internação no mesmo período foi 16,2% (tabela 9).

Síntese Os beneficiários das associadas à FenaSaúde realizaram mais de 371,3 milhões de eventos assistenciais em 2012. Foram mais de 117,7 milhões de consultas médicas ou sessões com profissionais de saúde; 194,8 milhões de exames complementares, dos quais, 3,6 milhões de exames de ressonância nuclear

A taxa dos beneficiários das associadas menor que a do mercado pode indicar um melhor resultado nas ações de prevenção de riscos e doenças.

magnética, tomografia computadorizada e cintilografia miocárdica e renal dinâmica. As internações contabilizaram 1,9 milhão de eventos. A quantidade total de internações cresceu 22,8%. As internações cirúrgicas, que aumentaram 31,2% em relação a 2011, contribuíram para os patamares alcançados por esses indicadores.

Cirurgias desnecessárias – A importância da segunda opinião Recentemente, estudo apresentado em Londres1, envolvendo pacientes particulares e de planos de saúde, analisou 419 casos com indicações cirúrgicas, encaminhados pelas fontes pagadoras a um centro especializado de tratamento com aquiescência dos pacientes.

multidisciplinar e isso foi respeitado.

Nesse Programa, o paciente é avaliado por uma equipe multiprofissional, composta por um fisiatra, um ortopedista e, se necessário, um cirurgião de coluna. Isto permite uma segunda opinião imparcial. A opção pela adesão ao tratamento oferecido é de livre escolha do paciente.

O número crescente de indicações de cirurgias de coluna motivou as associadas à FenaSaúde a convidar seus beneficiários a realizarem uma reavaliação para obter a segunda opinião médica, sempre preservando o seu direito de escolha. O principal objetivo dessa avaliação é evitar que os pacientes sejam submetidos a intervenções cirúrgicas complexas, de elevado risco e com possibilidades de deixarem consequências irreversíveis, antes de se esgotarem as alternativas terapêuticas menos invasivas.

Dos 419 pacientes com indicação cirúrgica inicial, 399 compareceram à consulta para segunda opinião. As avaliações pelas equipes multidisciplinares concluíram pela indicação cirúrgica de 103 das 399 indicações iniciais submetidas à segunda opinião. Nem todos os avaliados aceitaram o tratamento proposto pela equipe

A segunda opinião médica é um recurso valioso, principalmente nos casos em que existe mais de uma opção de tratamento. Além disso, é um direito incontestável do paciente, pois o protege de intervenções ou tratamentos que nem sempre estão alinhados com as melhores práticas e evidências científicas.

“Redução do custo em cirurgia de coluna em um centro especializado de tratamento”. Fórum Internacional de Qualidade e Segurança do Paciente, abril 2013. 1

11

Portaria/GM nº1.101/2002.

19


DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT)


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

N

as operadoras associadas, nota- se um aumento do número de internações em 2012 para tratamento do diabetes, 17,7%; das doenças do aparelho circulatório, 21,9%; da doença pulmonar obstrutiva crônica, 29,4%; e das neoplasias, 34,2%, em relação ao ano anterior (tabela 10).

Comparadas ao mercado de saúde suplementar, as associadas têm grande participação nas internações. Isso deixa claro que os beneficiários destas operadoras não estão encontrando dificuldade de acesso aos serviços de internação hospitalar, principalmente para o tratamento de doenças de alta complexidade.

Tabela 10 – Causas selecionadas de internação FenaSaúde e Mercado valores por mil

Eventos

FenaSaúde

MarketShare (%)

Mercado

2011

2012

∆%1

2011

2012

1.544,4

1.897,1

22,8

7.315,7

7.423,3

8,2

9,6

17,7

37,8

37,3

Doenças do aparelho circulatório

65,8

80,3

21,9

539,6

529,9

Infarto agudo do miocárdio

11,5

14,8

28,5

40,3

45,8

Doença hipertensiva

10,0

11,1

11,4

55,5

Doença cerebrovascular

17,9

20,2

13,2

106,0

Acidente vascular cerebral

11,7

11,4

-2,0

108,4

112,6

2,1

∆%1

2011

2012

1,5

21,1

25,6

-1,2

21,7

25,8

-1,8

12,2

15,2

13,9

28,6

32,3

53,0

-4,4

18,0

21,0

87,6

-17,3

16,9

23,1

72,9

47,8

-34,5

16,0

23,9

3,9

846,9

882,6

4,2

12,8

12,8

2,7

29,4

55,0

53,9

-2,1

3,9

5,1

72,1

96,7

34,2

296,0

313,2

5,8

24,4

30,9

5,1

6,4

25,4

30,5

34,2

12,0

16,8

18,8

Cirurgias de câncer de mama feminino

2,3

2,3

0,7

13,5

15,5

14,2

16,9

14,9

Câncer de colo de útero

9,6

15,5

61,4

23,4

24,7

5,2

41,1

63,0

Cirurgias de câncer de colo de útero

7,8

9,3

18,0

15,5

16,1

3,8

50,7

57,6

8,5

11,7

37,7

29,4

30,6

4,2

28,8

38,1

1,3

1,6

17,6

9,7

8,2

-16,1

13,8

19,3

2,1

2,4

9,8

14,6

15,5

5,8

14,7

15,2

1,6

1,7

5,0

8,3

8,9

7,9

19,9

19,4

1.289,9

1.597,8

23,9

5.595,5

5.660,3

1,2

23,1

28,2

Internações Diabetes mellitus

Doenças do aparelho respiratório Doença pulmonar obstrutiva crônica Neoplasias Câncer de mama feminino

Câncer de cólon e reto Cirurgias de câncer de cólon e reto Câncer de próstata Cirurgias de câncer de próstata Outras doenças/eventos

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Nota: 1Variação entre 2011 e 2012.

21


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Para diminuir a incidência de DCNT é muito importante investir em ações de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças. As ações preventivas baseiam-se no conhecimento epidemiológico de doenças e agravos específicos. São intervenções orientadas por uma ação oportuna, com vistas à detecção, controle e enfraquecimento dos fatores de risco e vulnerabilidades, reduzindo a incidência e prevalência das doenças nas populações.12 As DCNT são responsáveis pela maioria das doenças e mortes em muitos países e constituem um grave problema mundial para todos os sistemas de saúde, públicos ou privados. Em 2008, dados da OMS revelaram 36 milhões de mortes por DCNT no mundo, o equivalente a 63% do total global de óbitos.

22

Em todos os países, os fatores de risco se assemelham: alimentação inadequada (alimentos gordurosos, sal e açúcar em excesso), consumo excessivo de álcool, tabagismo e sedentarismo. Embora o consumo de tabaco tenha diminuído

nos países ricos, está aumentando nos países pobres, principalmente entre os adolescentes. Investir na atenção primária é essencial para promover a saúde e prevenir as DCNT, considerando, principalmente, que a redução e o controle dos fatores de risco evitáveis (sobrepeso e obesidade, consumo de tabaco e consumo excessivo de álcool) têm grande impacto na redução das mortes prematuras e das incapacidades decorrentes dessas doenças.

Apesar das ações de incentivo da ANS, as avaliações epidemiológicas que possibilitam o planejamento das ações preventivas por parte das operadoras de planos e seguros de saúde esbarram na dificuldade de obtenção de informações a respeito do estado de saúde dos beneficiários.

Doenças Cardiovasculares (DCV) Nas associadas à FenaSaúde, as internações por doenças do aparelho circulatório representaram 4,2% do total, somando mais de 80,3 mil eventos em 2012, com crescimento de 21,9% em relação ao ano anterior (tabela 11). Na saúde suplementar, as DCV representaram 7,1% do total das internações ocorridas. As doenças cerebrovasculares que acometeram os beneficiários das operadoras da FenaSaúde responderam por 25,2%

12

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

das internações no grupo das doenças do aparelho circulatório, seguidas do infarto agudo do miocárdio, 18,4%; acidente vascular cerebral, 14,3% e doença hipertensiva, 13,9%. Na saúde suplementar, as proporções das internações por essas causas foram menores do que nas associadas: a doença cerebrovascular respondeu por 16,5% dessas internações, a doença hipertensiva por 10,0% e o acidente vascular cerebral por 9,0% (tabela 11).


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Tabela 11 – Quantidade de internações por doenças do aparelho circulatório – FenaSaúde e Mercado valores por mil

Eventos

FenaSaúde 2011

Internações

2012

1.544,4 1.897,1

∆%1 22,8

MarketShare (%)

Mercado 2011

2012

7.315,7 7.423,3

∆%1

2011

2012

1,5

21,1

25,6

Doenças do aparelho circulatório

65,8

80,3

21,9

539,6

529,9

-1,8

12,2

15,2

Infarto agudo do miocárdio

11,5

14,8

28,5

40,3

45,8

13,9

28,6

32,3

Doença hipertensiva

10,0

11,1

11,4

55,5

53,0

-4,4

18,0

21,0

Doença cerebrovascular

17,9

20,2

13,2

106,0

87,6 -17,3

16,9

23,1

11,7

11,4

-2,0

72,9

47,8 -34,5

16,0

23,9

26,5

34,1

28,9

337,8

7,8

9,9

Acidente vascular cerebral Outras doenças

343,3

1,6

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Nota: ¹Variação entre 2011 e 2012.

23


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Neoplasias As internações por neoplasias benignas ou malignas cresceram 34,2% em 2012 e representaram 5,1% do total de internações nas associadas à FenaSaúde, sendo responsáveis por 30,9% de todos os eventos deste tipo na saúde suplementar (tabela 10 e 12).

anterior, houve um aumento considerável, 61,4%, na quantidade de internações para tratamento desse tipo de câncer. A participação no setor de saúde suplementar também foi alta, 63,0% das internações em 2012, dentre as quais 57,6% foram cirúrgicas (tabela 10).

Ainda nas associadas à Federação, o câncer de colo de útero teve maior incidência, 16,1% das internações para tratamento de neoplasias, resultando em mais de 15,5 mil eventos, dos quais 9,3 mil foram cirúrgicos (tabela 12). Com relação ao ano

O segundo tipo de câncer de maior incidência entre os beneficiários das associadas foi o de cólon e reto, 12,0% dos casos, com 11,7 mil internações, das quais 1,6 mil foram submetidos à cirurgia (tabela 12).

Tabela 12 – Quantidade de internações por neoplasias selecionadas valores por mil

Eventos 24

FenaSaúde 2011

%

Internações

1.544,4

100,0

Neoplasias

72,1

4,7

96,7

5,1

296,0

4,0

313,2

4,2

5,1

7,1

6,4

6,6

30,5

10,3

34,2

10,9

Cirurgias de câncer de mama feminino

2,3

3,2

2,3

2,4

13,5

4,6

15,5

4,9

Câncer de colo de útero

9,6

13,4

15,5

16,1

23,4

7,9

24,7

7,9

Cirurgias de câncer de colo de útero

7,8

10,9

9,3

9,6

15,5

5,2

16,1

5,1

Câncer de cólon e reto

8,5

11,7

11,4

12,0

29,4

9,9

30,6

9,8

1,3

1,9

1,6

1,6

9,7

3,3

8,2

2,6

2,1

3,0

2,4

2,4

14,6

4,9

15,5

4,9

1,6

2,3

1,7

1,8

8,3

2,8

8,9

2,8

Câncer de mama feminino

Cirurgias de câncer de cólon e reto Câncer de próstata Cirurgias de câncer de próstata

2012

Mercado %

1.897,1 100,0

2011

%

7.315,7 100,0

2012

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS - 2013. SIP/ANS - Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Nota: C00 a D48 do Capítulo II da CID-10 (inclui neoplasias benignas, malignas e de comportamento incerto).

%

7.423,3 100,0


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

As neoplasias, em geral, constituem a segunda causa de morte no mundo, sendo responsáveis por 7,6 milhões de óbitos, cerca de 13% do total em 200813. A maioria dessas mortes ocorreu em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, aproximadamente 70%14. Em 2030, estima-se mais de 13,1 milhões de óbitos.

Diabetes Mellitus Em 2102, nas associadas à FenaSaúde, foram 9,6 mil internações para tratamento do diabetes mellitus, aumento de 17,7% em relação ao ano anterior. Respondeu por um quarto das internações contabilizadas no mercado de saúde suplementar, que registrou 37,3 mil casos de diabéticos que necessitaram de ambiente hospitalar para tratamento da doença, com redução de 1,2% em 2012 (tabela 10).

O diabetes vem aumentando sua importância pela crescente prevalência na população mundial. Quase a metade dos casos está na China e Índia, e o Brasil ocupa a quarta posição em número de casos de diabetes entre pessoas de 20 a 79 anos15, com 13,3 milhões de registros em 2012. Em termos de prevalência comparada16, o Brasil ocupa a segunda, depois do México, na relação de países da tabela 13.

25

Globocan 2008, IARC, 2010. WHO 2013. Por mil habitantes. 16 Normalizada para eliminar diferenças de estrutura etária das populações. 13 14

15


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Tabela 13 – Estimativas da diabetes em diversos países – 2012

País

Prevalência comparativa - OMS (%)¹

Óbitos (20-79 anos)

Óbitos por 100.000 (20-79 anos)2

Despesa média per capita (USD)

Casos não diagnosticados por 1.000 (2079 anos

Alemanha

5.249

5,5

45.222

72,2

5.080

2.182

Argentina

1.570

5,6

15.416

58,0

966

722

13.358

10,5

129.226

99,4

1.031

6.145

Brasil Canadá

26

Casos por 1.000 (20-79 anos)

2.671

8,1

17.334

68,2

5.144

740

China

92.285

8,8

1.168.240

119,4

194

54.227

França

3.493

5,6

24.126

54,2

5.601

1.452

Grécia

639

5,2

5.266

61,4

3.400

266

Índia

63.014

9,0

1.013.057

134,7

68

32.184

Japão

7.108

5,1

62.949

66,3

3.322

3.511

México

10.603

15,6

73.347

103,6

816

3.452

Turquia

3.613

7,9

32.842

68,2

934

1.296

Reino Unido

3.336

5,6

27.169

60,3

4.237

1.387

Estados Unidos

24.113

9,4

183.633

83,9

8.478

6.682

Mundo

371.329

8,3

4.802.747

2.193

1.270

187.087

Fonte: Federação Internacional de Diabetes – Atlas da diabetes – 5ª edição. Estimativas para 2012. Notas: 1A prevalência comparativa com o padrão da OMS foi calculada assumindo que cada país tem o mesmo perfil etário. Por exemplo, nos países listados apenas os mexicanos (15,6%) são mais propensos ao diabetes do que os brasileiros (10,5%). A prevalência comparativa não deve ser utilizada para avaliar a proporção de pessoas com diabetes dentro de um país ou região. 2 Cálculo FenaSaúde.

Doenças Respiratórias Crônicas Nas associadas à Federação, as doenças do aparelho respiratório representam 5,9% do total de internações em 2012, aumentando 3,9% em relação ao ano anterior. Na saúde suplementar, constituem 11,9% do total, com crescimento de 4,2% em 2012 (tabela 10). As doenças respiratórias crônicas mais comuns são: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), alergias, hipertensão pulmonar e algumas doenças relacionadas ao trabalho. Representam cerca de 7% da mortalidade global, causando 4,2 milhões de óbitos anuais. 17

International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC).

A rinite alérgica é a doença de maior prevalência neste grupo e afeta cerca de 20% a 25% da população. Apesar de subnotificada, a rinite está entre as dez razões mais frequentes de atendimento na atenção primária. Interfere no período produtivo e leva ao absenteísmo escolar e no trabalho. No Brasil, segundo o International Study on Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), atinge cerca de 29,6% dos adolescentes. Cerca de 80% dos pacientes asmáticos possuem rinite alérgica.17


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

27

Síntese Nas operadoras associadas à FenaSaúde, nota-se um aumento nas internações para tratamento do diabetes, 17,7%; das doenças do aparelho circulatório, 21,9%; da doença pulmonar obstrutiva crônica, 29,4%; e das neoplasias, 34,2%, em 2012, ante o ano anterior. As internações por doenças do aparelho circulatório totalizaram mais de 80,3 mil, as doenças cerebrovasculares responde-

ram por 25,2% dessas internações, seguidas do infarto agudo do miocárdio, 18,4%; acidente vascular cerebral, 14,3%; e doença hipertensiva, 13,9%. As internações por neoplasias benignas ou malignas cresceram 34,2% em 2012 e representaram 5,1% do total. Foram 9,6 mil internações para tratamento do diabetes mellitus, aumento de 17,7% em relação ao ano anterior. As doenças do aparelho respiratório representam 5,9% do total de internações em 2012, aumentando 3,9% em relação ao ano anterior.


REDE ASSISTENCIAL


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

A

s redes de atenção à saúde são definidas pelo Ministério da Saúde como “arranjos organizativos de unidades e ações de saúde de diferentes densidades tecnológicas que, integradas através de sistemas logísticos, de apoio e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado e devem estar distribuídas espacialmente, em

territórios definidos, buscando efetividade e qualidade dos serviços. Os serviços de maior densidade tecnológica devem ser ofertados de forma concentrada, respeitando a lógica de economia de escala. Já os serviços de menor densidade tecnológica devem ser ofertados de forma dispersa, respeitando as especificidades locais”.

Infraestrutura As informações sobre as atuais condições de infraestrutura e funcionamento dos estabelecimentos de saúde em todas as esferas de governo no Brasil são fornecidas pelo Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES). O cadastramento no CNES é um dos requisitos exigidos

pela Agência Nacional de Saúde (ANS) para qualificação dos novos instrumentos jurídicos a serem firmados entre as operadoras de planos e seguros de saúde e os estabelecimentos e profissionais prestadores de serviços na área.

Leitos hospitalares O número de leitos hospitalares para internação e complementares disponíveis para pessoas que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde totalizou 352,9 mil em 2012, com redução

18

Não inclui beneficiários da saúde suplementar.

de 6,1% em relação a 2005 (tabela 14). A proporção de leitos para cada mil habitantes que dependem exclusivamente do SUS18, caiu de 2,53, em 2005, para 2,42 em 2012.

29


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 04

Tabela 14 – Leitos de internação e leitos complementares (UTI/UI) valores por mil

Tipo de Prestador

Dez/05

Dez/12

∆%1

Internação2 UTI/UI3 Internação2 UTI/UI3 Internação2 UTI/UI3

Total

466,1

33,4

455,7

47,8

-2,3

43,1

Público

150,7

11,5

169,2

17,9

12,3

55,1

Filantrópico

139,4

9,6

141,3

13,3

1,3

38,7

Privado

175,8

12,3

145,1

16,6

-17,4

35,4

SUS

354,7

21,1

326,1

26,8

-8,1

27,0

Público

145,6

11,0

162,6

14,8

11,6

35,1

Filantrópico

105,1

6,9

102,2

8,8

-2,8

27,4

Privado

103,7

3,2

61,3

3,2

-41,0

-1,2

Não SUS

111,5

12,4

129,6

21,1

16,2

70,6

5,1

0,6

6,6

3,1

29,8

427,2

Filantrópico

34,3

2,7

39,1

4,6

13,9

67,4

Privado

72,0

9,0

83,8

13,4

16,4

48,5

Público

Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil CNES - Extraído em 1/4/13.

30

Notas: 1Variação entre dez/05 e dez/12. 2 HOSPITALAR - LEITOS DE INTERNAÇÃO - Quantitativo de leitos em ambientes hospitalares, nas categorias de leitos cirúrgicos, clínicos, obstétricos, pediátricos, hospital dia e outras especialidades, na quantidade existente e na disponibilizada para atendimento pelo SUS e atendimento Não SUS. São as camas destinadas à internação de um paciente no hospital. Não considera como leito hospitalar os leitos de observação. Não são inclusos os leitos complementares (UTI e Unidade Intermediária). 3 HOSPITALAR - LEITOS COMPLEMENTARES - Quantitativo de leitos em ambientes hospitalares, nas categorias de leitos complementares (UTI e Unidade Intermediária), na quantidade existente e na disponibilizada para atendimento pelo SUS e atendimento Não SUS.

Nesse período, a quantidade de leitos disponíveis para quem tem plano de saúde aumentou 21,7%, enquanto o número de beneficiários de assistência médica com cobertura hospitalar cresceu 36,4% no mesmo período. A incorporação tecnológica e as políticas de incentivo à desospitalização contribuíram para reduzir o tempo de permanência hospitalar e para aumentar a rotatividade dos leitos. O crescimento dos leitos privados foi mais acelerado nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, com aumento de 50,4% e 28,2%, respectivamente (mapa 1).

50,4% Aumento de leitos Não SUS na Região Norte.

28,2% Crescimento de leitos Não SUS na Região Centro-Oeste.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Mapa 1 – Distribuição de leitos por grandes regiões (dezembro/2005 – dezembro/2012) SUS

11,8%

1,8

NÃO SUS

50,4%

4,8

SUS

-6,2%

2,2

NÃO SUS

10,0%

3,5

31

SUS

-4,3%

2,3

NÃO SUS

28,2%

5,0

SUS NÃO SUS

SUS

-4,3%

2,7

NÃO SUS

18,1%

3,7

Fonte: DATASUS – Tabnet/ANS – Extraído em 3/4/13

SUS – leitos disponíveis ao Sistema Único de Saúde NÃO SUS – leitos disponíveis ao Setor Privado O primeiro número refere-se à taxa de crescimento. O segundo, à taxa de leitos por 1.000 habitantes em dezembro/12.

-9,28%

2,7

23,0%

2,7


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Estabelecimentos de saúde O Caderno de Informação da Saúde Suplementar (ANS) de março de 2012 trouxe um gráfico com o número de estabelecimentos de saúde por tipo, com o percentual de cada tipo que está disponível para beneficiários de planos de saúde. Em sete dos oito tipos de estabelecimentos, o percentual disponível aos benefi-

ciários da saúde suplementar é superior ao percentual da população coberta por planos de saúde, 24,7%. Esse é apenas mais um indicador da desigualdade de acesso aos estabelecimentos e serviços de saúde entre beneficiários de planos de saúde e a população que depende exclusivamente do SUS.

Gráfico 1 – Estabelecimentos de saúde por atendimento a planos privados de saúde, segundo tipo (Brasil – novembro/2012) 32.006

124.648

1.092

5.023

5.855

142

470

18.997

100% 90% 80% 70% 32

60%

59%

50% 49%

40% 30%

43%

42%

40%

39% 32%

20% 10%

Taxa de cobertura da população por planos privado de saúde, 24,7%

12%

0% Clínica ou ambulatório

Consultório isolado

Hospital especializado

Hospital geral

Policlínica

Disponível a planos de saúde

Pronto-socorro Pronto-socorro especializado geral

Unidade de SADT

SUS

Fonte: Caderno de informação da saúde suplementar/ANS – Março/2013 (gráfico baseado no periódico Foco da saúde suplementar/ANS, março/2012).


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Equipamentos de saúde Em dezembro de 2012, havia 897 aparelhos de ressonância nuclear magnética (RNM) disponíveis em uso para o setor privado e 516 para o SUS (tabela 15). A Região Sudeste concentra o maior número desses equipamentos, seguida pela Região Sul.

Com relação aos tomógrafos, o setor privado tem disponibilidade de 1.710 aparelhos, quantidade superior a do SUS, que dispõe de 1.469. Nos setores privado e público, a Região Sudeste detém a maior quantidade, seguida pelas regiões Nordeste e Sul.

No Brasil, a quantidade de aparelhos de RNM é superior à França, Itália e Holanda. Embora a população do Brasil seja maior, em 2011, estes países possuíam mais que o dobro de pessoas com idade acima dos 60 anos.

Os beneficiários dos planos e seguros de saúde têm disponíveis, proporcionalmente, uma quantidade muito maior de aparelhos de RNM e tomógrafos – mais um indicador da desigualdade de acesso.

Tabela 15 – Equipamentos de ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada, por região brasileira

Região

Em uso (SUS+Privado) Dez/05

Dez/12

∆%2

Disponível ao SUS Dez/05

Dez/12

∆%2

Disponível ao setor privado¹ Dez/05

Dez/12

∆%2

Ressonância nuclear magnética Brasil

499

1.413

183,2

189

Norte Nordeste Sudeste

516

173,0

15

77

413,3

67

212

216,4

14

39

178,6

39

109

179,5

301

752

149,8

78

204

161,5

Sul

76

Centro-Oeste

40

255

235,5

46

132

117

192,5

12

32

1.839

3.179

72,9

310

897

189,4

1

38

3700,0

28

103

267,9

223

548

145,7

187,0

30

123

310,0

166,7

28

85

203,6

930

1.710

83,9

Tomografia computadorizada Brasil Norte

909

1.469

61,6

57

171

200,0

40

88

120,0

17

83

388,2

Nordeste

311

547

75,9

164

300

82,9

147

247

68,0

Sudeste

998

1.627

63,0

435

631

45,1

563

996

76,9

Sul

319

555

74,0

202

334

65,3

117

221

88,9

Centro-Oeste

154

279

81,2

68

116

70,6

86

163

89,5

Fonte: DATASUS/MS - Extraído em 1/4/13. Notas: 1 Para identificação dos equipamentos do setor privado considerou-se que os equipamentos disponíveis ao SUS não estão disponíveis para o setor privado. 2 Variação entre dez/05 e dez/12.

33


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

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Médicos Segundo o estudo do CFM Pesquisa Demográfica Médica no Brasil - 2013, havia 388,0 mil médicos no pais em outubro de 2012, dos quais 215,6 mil prestavam serviços ao SUS, o que resulta em uma taxa de 1,5 médico por mil habitantes dependentes do sistema público. Assumindo que quem presta serviços ao SUS não atenda beneficiários da saúde suplementar (o que subestima a quantidade de médicos por pessoa com plano de saúde), o resultado é uma taxa de 3,6 médicos por mil beneficiários na saúde suplementar, superior ao observado no sistema público brasileiro, e superior à média dos países membros da OCDE, com 3,1 por mil habitantes.19 19

OECD Health Data 2012.

Para efeito de comparação, o número de médicos por mil habitantes era de 4,1 na Espanha; 2,8 no Reino Unido; e 3,0 em Israel, em 2011. Entre 2000 e 2010, o número de médicos aumentou 24,9%, passando de 292,0 mil para 364,8 mil, enquanto a população do país cresceu 12,5% e o número de beneficiários de assistência médica 46,4%. Este crescimento acelerado do número de beneficiários da saúde suplementar busca suprir as demandas crescentes em saúde, as alterações no perfil de morbidade e mortalidade, incorporação tecnológica e a transição demográfica (tabela 16).


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Tabela 16 – Distribuição de médicos e beneficiários por Regiões e Unidades Federativas valores por mil

População¹ Região e Estado Brasil

36

Taxa por 1.000 hab.

Médicos

Brasil

SS²

Brasil

SUS

Privado³

SUS

Privado

193.754,0

47.943,1

388,0

215,6

172,4

1,5

3,6

Região Sudeste

81.566,0

30.520,5

217,5

110,1

107,4

2,2

3,5

São Paulo

41.901,2

18.261,8

110,5

56,1

54,3

2,4

3,0

Rio de Janeiro

16.231,4

5.942,6

58,8

25,7

33,1

2,5

5,6

Minas Gerais

19.855,3

5.151,2

40,4

23,9

16,5

1,6

3,2

Espírito Santo

3.578,1

1.164,9

7,8

4,4

3,4

1,8

2,9

Região Nordeste

53.907,1

6.509,6

66,5

44,9

21,6

0,9

3,3

Bahia

14.175,3

1.531,0

17,7

11,5

6,3

0,9

4,1

Pernambuco

8.931,0

1.544,0

14,0

9,0

5,0

1,2

3,2

Ceará

8.606,0

1.151,5

10,0

6,5

3,5

0,9

3,0

Paraíba

3.815,2

395,5

5,3

3,8

1,5

1,1

3,8

Maranhão

6.714,3

441,2

4,8

3,5

1,3

0,6

2,9

Rio Grande do Norte

3.228,2

514,5

4,6

3,2

1,4

1,2

2,7

Alagoas

3.165,5

410,6

3,9

2,8

1,1

1,0

2,6

Piauí

3.160,7

234,6

3,3

2,5

0,8

0,9

3,4

Sergipe

2.110,9

286,5

3,0

2,2

0,8

1,2

2,7

Região Sul

27.538,8

6.490,8

57,9

33,5

24,4

1,6

3,8

Rio Grande do Sul

10.577,8

2.527,7

25,5

15,1

10,5

1,9

4,1

Paraná

10.577,8

2.584,2

19,8

11,3

8,6

1,4

3,3

6.383,3

1.378,8

12,5

7,2

5,3

1,4

3,9

Santa Catarina Região Norte

16.318,2

1.767,0

16,5

10,8

5,7

0,7

3,2

Pará

7.792,6

768,1

6,6

3,9

2,7

0,6

3,5

Amazonas

3.591,0

545,6

4,0

2,8

1,2

0,9

2,2

Rondônia

1.590,0

209,1

1,9

1,2

0,7

0,9

3,4

Tocantins

1.417,7

99,0

1,9

1,3

0,7

1,0

6,8

Acre

758,8

42,6

0,8

0,7

0,2

0,9

3,9

Amapá

698,6

71,8

0,7

0,6

0,1

0,9

1,3

Roraima

469,5

30,8

0,6

0,5

0,2

1,1

5,9

Região Centro-Oeste

14.424,0

2.645,6

29,6

16,3

13,3

1,4

5,0

Distrito Federal

2.648,5

775,4

10,8

4,6

6,3

2,4

8,1

Goiás

6.155,0

966,8

10,7

6,7

4,0

1,3

4,1

Mato Grosso do Sul

2.505,1

461,7

4,2

2,7

1,5

1,3

3,3

Mato Grosso

3.115,3

441,7

3,9

2,3

1,6

0,9

3,6

Fontes: Pesquisa Demográfica Médica no Brasil, 2013. IBGE - Estimativa da população e Tabnet/ANS. Extraído em 3/4/13. Notas: 1 População de 2012. 2 SS - Saúde Suplementar. 3 Para identificação dos médicos que atendem o setor privado foram considerados que os médicos do SUS não atendem o setor privado. 4 Para o cálculo da taxa de médicos sobre a população estimada foi retirada os beneficiários de planos médicos.


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Em países da Europa, o crescimento do número de médicos é moderado. Na Inglaterra, o número de médicos totalizou 109,8 mil em outubro de 2012, com crescimento de 1,4% em relação a outubro de 2011 e 2,07 médicos por mil habitantes.20 Na Alemanha, o número de médicos somou 449,4 mil, com 5,48 médicos por mil habitantes em 2011, aumento de 2,4% em relação a 2010. Os maiores crescimentos ocorreram nas especialidades de Neurologia e Medicina Nuclear com crescimento de 5,3% e 4,5% respectivamente.21 Do total de médicos em atividade no Brasil, 46,4% são generalistas, ou seja, não possuem título de especialista emitido por sociedade de especialidade ou obtido após conclusão da Residência Médica. Os outros 54,6% são especialistas, com títulos registrados emitidos oficialmente por sociedade de especialidade médica reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB) ou obtidos após conclusão de programa de Residência Médica, credenciado e reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

Síntese A quantidade de leitos disponíveis para quem possui plano de saúde aumentou 21,7%, enquanto o número de beneficiários de assistência médica com cobertura hospitalar cresceu 36,4%, entre 2005 e 2012. A proporção de leitos para cada mil habitantes que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde23 caiu de 2,53 em 2005 para 2,42 em 2012. Em dezembro de 2012, havia 897 aparelhos de ressonância nuclear magnética

A proporção de médicos generalistas em alguns países desenvolvidos é semelhante à observada no Brasil; na França 47,0% e Canadá 50,7%. Nos Estados Unidos, essa proporção é de apenas 12,3%.22 O número de médicos no país cresceu 24,9% entre 2000 e 2010. Nota-se que na saúde suplementar a taxa foi de 3,6 médicos por mil habitantes, superior ao SUS e à média dos países membros da OCDE. A questão da suficiência de médicos no Brasil está muito mais relacionada com a distribuição nas diversas regiões do país do que com a quantidade de profissionais disponíveis. O número de médicos por mil habitantes usuários do SUS varia de 0,6 no Pará e Maranhão até 2,4 no Distrito Federal. Na saúde suplementar, varia de 1,3 no Amapá até 8,1 no Distrito Federal.

37

(RNM) disponíveis em uso para o setor privado e 516 para o SUS. Os beneficiários dos planos de saúde têm disponíveis, proporcionalmente, uma quantidade muito maior de aparelhos de RNM e tomógrafos. Em outubro de 2012 o Brasil possuía 388,0 mil médicos, dos quais 215,6 mil prestavam serviços ao SUS, o que resulta em uma taxa de 1,5 médico por mil habitantes dependentes do sistema público, ante uma taxa de 3,6 médicos por mil beneficiários na saúde suplementar.

Health and Social Care Information Centre, Provisional NHS Hospital & Community Health Service (HCHS) monthly workforce statistics. Associação Médica Alemã. França 2012 - Drees ; Insee. Canadá 2011 – Canadian Institute for Health Information. Estados Unidos 2008 - OCDE. 23 Não inclui beneficiários da saúde suplementar. 20 21

22


FONTES E USOS


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A

s despesas assistenciais24 das associadas à FenaSaúde somaram R$ 30,5 bilhões25 em 2012, com aumento de 18,5% em relação ao ano anterior. Essas despesas cresceram de forma mais acentuada do que as receitas das contraprestações26 que totalizaram R$ 37,7 bilhões27 e cresceram 16,5%.

Tendência semelhante é observada na saúde suplementar. As despesas assistenciais cresceram 15,9%, somando R$ 79,9 bilhões, enquanto as receitas de contraprestações aumentaram 14,0%, totalizando R$ 97,2 bilhões em 2012.

Tabela 17 – Fontes e usos da receita – FenaSaúde e Mercado valores R$ bilhões

FenaSaúde

%

Mercado

%

Receita

Fontes e usos

37,2

100,0

97,2

100,0

Despesa total

36,1

97,2

98,5

101,3

Resultado operacional

1,0

2,8

-1,3

-1,3

30,1

83,4

79,9

81,1

Despesa com administração1

5,4

15,0

16,7

17,0

Impostos

0,6

1,6

1,9

1,9

Despesa assistencial

Margem operacional

2,8

-1,3

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 18/4/13. Nota: ¹Considera as despesas com pessoal próprio, serviços de terceiros, despesas com localização e funcionamento, publicidade e propaganda institucional, além das despesas com comercialização. Consideradas 27 das 29 operadoras associadas para as quais existiam informações contábeis nas bases da ANS.

O incremento das despesas assistenciais no setor deve ser objeto de preocupação, por diversos motivos. Este crescimento acelerado é repassado sistematicamente aos contratos coletivos, o que, a médio e longo prazos, contribuirá para diminuição dos vínculos em vista das evidentes restrições orçamentárias de empresas e seus colaboradores, além de importante impacto na inflação, dada a relevância dos aumentos dos custos médico-hospitalares. Nota-se que no caso dos contratos individuais e familiares, a ANS define o reajuste anual que poderá ser aplicado. O valor definido nos últimos anos foi insuficiente para cobrir a variação dos custos. Com isso, será inevitável uma recomposição adequada dos preços para manter a solvabilidade das operadoras, especialmente aquelas que têm elevada

proporção de planos individuais. Nos EUA, as mensalidades dos planos e seguros de saúde cresceram em linha com os aumentos das despesas per capita com saúde.28 Na saúde suplementar as despesas com os insumos hospitalares vêm aumentando nos últimos anos, constituindo a principal fonte de receita dos hospitais privados e de despesa à sociedade. Esse constante crescimento pode ser explicado pelo grande aumento das margens de rentabilidade dos prestadores de serviços médico-hospitalares na intermediação de materiais, medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME). Outra fonte de receita importante são os Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapia (SADT), que representaram 16,4% em 2012 e cresceram 2,3 p.p em relação ao ano anterior.

Despesas assistenciais são as resultantes de toda e qualquer utilização, pelos beneficiários, das coberturas contratadas tais como as consultas, os exames, os tratamentos, os atendimentos hospitalares (internações e outros), etc. Inclui todas as operadoras associadas à FenaSaúde. 26 Receitas obtidas por meio das mensalidades – Prêmio Emitido Líquido. 27 Inclui todas as operadoras associadas à FenaSaúde. 28 McKinsey, 2011. 24

25

39


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Os insumos hospitalares representaram 47,9% do total das receitas hospitalares em 201229, com redução de 3,6 p.p em relação ao ano anterior. Na distribuição das despesas totais, corresponderam a 25,2% do total, com redução de 2,4 p.p no mesmo período.

de saúde se destinam à formação de um fundo de reserva financeira usada para custear a assistência à saúde daqueles beneficiários que, eventualmente, necessitarem dos profissionais e serviços de saúde. Este sistema, baseado em regras contratuais e estatísticas, o mutualismo.

Outro aspecto relevante que contribui para o aumento nas despesas assistenciais está relacionado ao uso indiscriminado dos recursos médico-hospitalares. Estes recursos devem ser utilizados de maneira responsável, sem adiar a assistência à saúde e nem utilizá-la de forma desnecessária. As mensalidades pagas pelos contratantes dos planos e seguros

Desta forma, todos os beneficiários devem preocupar-se com os seus hábitos de vida e com as consequências que suas escolhas provocam em si mesmos e em todos aqueles que coletivamente incorrem no custo da reparação e da recuperação da saúde. Quando isto não ocorre e há desperdício na utilização e realização de eventos desnecessários, a sociedade é onerada.

Resultados da FenaSaúde

40

As associadas à Federação custearam mais de R$ 30,1 bilhões30 em eventos assistenciais realizados por seus beneficiários em 2012. Foram gastos R$ 15,8 bilhões com internações, R$ 7,0 bilhões em exames e R$ 6,1 bilhões em consultas médicas e terapias; com crescimento de 8,0%, 16,5% e 11,9%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Nos últimos cinco anos, as despesas assistenciais aumentaram 133,8%, bem acima do crescimento das receitas. Em sua composição, as que mais cresceram foram as despesas com internações, crescimento vertiginoso de 223,3%.31 Mas também cresceram mais rapidamente que o total as despesas com terapias, 150,8%, e exames, 143,3% (tabela 18). Como consequência, houve uma alteração significativa na composição das despesas assistenciais. Em 2007, a participação das despesas com internações no total das despesas assistenciais era de 38,0%, passando para 52,5% em 2012, um incremento de 14,5 pontos percentuais.

Observatório Anahp – 5ª edição (Associação Brasileira de Hospitais Privados). Consideradas 27 das 29 operadoras associadas que encaminharam regularmente à ANS as demonstrações contábeis no período selecionado. Por essa razão, esse número é diferente dos R$ 30,5 bilhões citado no terceiro parágrafo do sumário executivo. 31 Pesquisa Nacional Unidas 2011 demonstra que o custo médio de internação por beneficiário na modalidade autogestão apresenta crescimento de 214,5% nos últimos dez anos terminados em 2011. 29

30


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Tabela 18 – Despesas assistenciais – FenaSaúde valores R$ bilhões

Contas

2007

2008

2009

2010

2011

2012

∆%1

Despesa assistencial

12,9

15,4

17,6

19,8

25,2

30,1

133,8

Consultas

2,6

2,7

2,6

3,0

4,1

4,7

81,6

Exames

2,9

3,2

3,8

4,1

6,0

7,0

143,3

Terapias

0,5

0,8

0,8

1,0

1,3

1,4

150,8

Internações

4,9

6,9

8,1

9,0

14,6

15,8

223,3

Outros

2,0

1,9

2,2

2,7

-0,9

1,21

-38,4

IPCA %

5,9

4,3

5,9

6,5

5,8

31,9

Reajuste ANS %

5,5

6,8

6,7

7,7

7,9

39,7

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 18/4/13. Nota: ¹Crescimento entre 2007 e 2012. Consideradas 27 das 29 operadoras associadas para as quais existiam informações contábeis nas bases da ANS.

Resultados do Mercado Para examinar os principais itens de despesa nas despesas assistenciais foi selecionado um subconjunto de 731 operadoras para as quais havia informações contábeis suficientes. As despesas assistenciais desse subconjunto somaram R$ 69,7 bilhões em 2012, equivalentes

a 87,2% das despesas de todas as operadoras. Entre 2007 e 2012, as despesas assistenciais desse subconjunto cresceram 111,6%. O crescimento dos principais itens da despesa assistencial foi de 179,8% com internações, 150,9% com terapias e 84,8% com exames e consultas (tabela 19).

Tabela 19 – Despesas assistenciais – Amostra Mercado valores R$ bilhões

Contas

2007

2008

2009

2010

2011

2012

∆%1

Total do mercado Despesa assistencial²

41,2

47,8

53,5

59,2

67,9

78,8

91,2

Beneficiários (milhões)³

40,8

43,2

44,8

47,7

50,0

51,7

26,7

IPCA %

5,9

4,3

5,9

6,5

5,8

31,9

Reajuste ANS%

5,5

6,8

6,7

7,7

7,9

39,7

Amostra do mercado4 32,9

39,0

44,1

49,7

59,7

69,7

111,6

Consultas

Despesa assistencial

8,5

8,9

9,4

10,4

12,8

14,3

67,2

Exames

7,7

8,8

10,0

10,8

13,7

15,7

104,2

Terapias

1,3

1,9

2,1

2,4

3,0

3,3

150,9

10,7

14,2

16,6

19,0

26,9

29,8

179,8

4,7

5,3

6,0

7,0

3,2

6,6

39,4

Internações Outros

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 18/4/13. Notas: 1Variação entre 2007 e 2012. 2 Exclui despesas das modalidades odontologia de grupo e cooperativa odontológica. 3 Exclui os beneficiários das modalidades odontologia de grupo e cooperativa odontológica. 4Utilizada amostra de 731 operadoras, que representam 86,9% dos beneficiários do mercado.

41


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42

Custo médio dos eventos assistenciais Nas associadas à FenaSaúde, observase um aumento dos valores médios em todos os eventos assistenciais em 2012. As consultas médicas e internações cresceram 20,9%, os exames complementares 26,4% e as terapias 22,4% (tabela 20). Isto é, provavelmente, resultado do aumento da frequência de utilização e da retração do número de beneficiários, além de eventuais reajustes ocorridos em alguns procedimentos. Nas internações, o custo médio elevado pode ser justificado pela participação das seguradoras especializadas em saúde, que historicamente, por atuarem com livre escolha, tem um custo médio superior às outras modalidades.32 32

Caderno de Informação da Saúde Suplementar/ANS.

Na saúde suplementar, também houve crescimento dos valores médios dos eventos, não tão evidentes em termos percentuais por conta do crescimento do número de beneficiários e pela redução na frequência de utilização dos serviços médicos. O maior aumento foi no custo médio das terapias, 15,5%; seguidas dos exames complementares, 12,2%; e das internações, 10,8% (tabela 20). Proporcionalmente, a quantidade de eventos realizados revela uma menor frequência de utilização no mercado, quando comparado às associadas à FenaSaúde, conforme demonstrado no Capítulo 1 (tabelas 3 a 8).


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Tabela 20 – Custo médio dos eventos assistenciais por beneficiário valores em R$

Evento

FenaSaúde

Mercado

2011

2012

∆%1

2011

2012

∆%1

Consultas médicas

261,53

316,31

20,9

258,88

261,08

0,9

Outros atendimentos ambulatoriais

149,08

174,90

17,3

105,90

108,53

2,5

Exames complementares

349,95

442,48

26,4

313,72

351,91

12,2

58,78

71,94

22,4

65,69

76,05

15,8

815,30

985,48

20,9

731,50

810,53

10,8

Terapias Internações

Fontes: Mapa assistencial da saúde suplementar/ANS – 2013. SIP/ANS – Extraído em 25/4/12 (2011) e 5/4/13 (2012). Nota: ¹Variação entre 2011 e 2012. Outros atendimentos ambulatoriais (fisioterapia, fonoaudiologia, nutricionista, terapeutas ocupacionais, atendimento pediátrico a gestantes, aconselhamentos e atividades educativas para o planejamento familiar, acompanhamento pós-transplantes, etc.). Custo médio dos eventos assistenciais obtido pelo valor dos eventos assistenciais e o número de beneficiários no período.

Despesas assistenciais na internação Nas associadas à FenaSaúde e na saúde suplementar, as despesas com materiais médicos e medicamentos correspondem a 34,8% e 27,6%, respectivamente, do total gasto nas internações em 2012 (tabela 21). Se considerados os gastos com outras despesas, que incluem OPME, essa participação alcança 66,4% das despesas nas associadas à Federação e 55,1% na saúde suplementar. A produção e a prescrição de medicamentos devem enquadrar-se em um conjunto de leis e regulamentos legais com objetivo de garantir a eficácia, a segurança e a qualidade dos produtos oferecidos aos consumidores. Essa necessidade tornase ainda mais significativa considerando que o mercado farmacêutico brasileiro ocupou a 8ª posição no mercado mundial, com vendas que alcançaram quase US$ 22 bilhões em 2010.33

33

IMS Market Prognosys 2010-2014.

Os dados assistenciais mostram que os beneficiários da saúde suplementar têm acesso a todos os recursos que desejam, sejam consultas, exames ou internações. Esses dados mostram tendências de aumento de custo muitas vezes superiores à inflação, dando evidências de utilização e preços abusivos. Pela relevância dos gastos e pelo grande impacto nas contas das operadoras de planos e seguros de saúde e da sociedade, mostram o crescimento de um vetor no aumento da inflação no país.

Com 28,8% dos beneficiários dos planos de assistência médica, as associadas à FenaSaúde respondem por 75,1% das despesas com terapias em internações em 2012.

43


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Tabela 21 – Despesas com eventos realizados na internação – 2012 valores R$ bilhões

Evento

FenaSaúde¹

Mercado

R$

%

R$

%

15,8

100,0

34,5

100,0

Honorário médico

2,9

18,4

5,3

15,4

Exames

0,6

3,8

1,4

4,1

Terapias

1,7

10,8

2,1

6,1

Materiais médicos

3,9

24,7

6,1

17,7

Medicamentos

1,6

10,1

3,4

9,9

Procedimentos com preço fixo

0,1

0,6

0,1

0,3

Outras despesas

5,0

31,6

9,5

27,5

Total

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 18/4/13. Nota: Consideradas 27 das 29 operadoras associadas para as quais existiam informações contábeis nas bases da ANS.

Síntese 44

Em 2012, as despesas assistenciais nas associadas à Federação somaram R$ 30,5 bilhões e cresceram 18,5% em relação ao ano anterior. Foram gastos R$ 15,8 bilhões com internações, R$ 7,0 bilhões em exames e R$ 6,1 bilhões em consultas médicas e terapias, além de outras despesas assistenciais. Nos últimos cinco anos, estas despesas aumentaram 133,8%, com destaque para os gastos com internações, 223,3%, terapias, 150,8%; e exames, 143,3%. Observa-se um aumento dos valores médios em todos os eventos assistenciais em

2012. As consultas médicas e internações cresceram 20,9%, os exames complementares 26,4% e as terapias 22,4%. Nas associadas à FenaSaúde e na saúde suplementar, as despesas com materiais médicos e medicamentos correspondem a 34,8% e 27,6%, respectivamente, do total gasto nas internações em 2012. Se considerados os gastos com outras despesas que incluem OPME, essa participação alcança 66,4% das despesas nas associadas à Federação e 55,1% na saúde suplementar.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Referências 1. AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS). Caderno de Informação da Saúde Suplementar. Março 2013. Rio de Janeiro. Disponível em: www.ans.gov.br 2. _______ Cartilha para a modelagem de programas para promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças. Rio de Janeiro: 2011. 80 p. Disponível em: www.ans.gov.br 3. _______ Mapa assistencial da saúde suplementar. Abril 2013. Rio de Janeiro. Disponível em: www.ans.gov.br 4. Boletim da Saúde Suplementar - Indicadores Assistenciais – FenaSaúde, 3ª edição, novembro de 2012, páginas 10 e 19. Disponível em: www.fenasaude.org.br/publicacao 5. GLOBOCAN 2008 v.2.0, Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC CancerBase No. 10. Disponível em: www.iarc.fr 6. McKinsey Center for U.S. Health System Reform. Accounting for the cost of U.S. health care. Dec. 2011. 7. Solé D, Wandalsen GF, Camelo-Nunes IC, Naspitz CK; ISAAC - Brazilian Group. Prevalence of symptoms of asthma, rhinitis, and atopic eczema among Brazilian children and adolescents identified by the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) - Phase 3. J Pediatr (Rio J). 2006; 82(5):341-6 8. WHO 2010. Global estimate of the burden of disease from second-hand smoke. Geneva: World Health Organization, 2010. 9. WHO 2009. Global health risks: mortality and burden of disease attributable to selected major risks. Geneva: World Health Organization, 2009.

Disclaimer 2013 Federação Nacional de Saúde Suplementar – FenaSaúde. Esta publicação foi desenvolvida pela FenaSaúde com objetivo de fornecer informações sobre o mercado de saúde suplementar. A distribuição é gratuita. Os dados apresentados foram cedidos gentilmente pela ANS, a partir das informações fornecidas pelas associadas da FenaSaúde à ANS. Esta publicação não deve ser reproduzida, total ou parcialmente, sem a citação da fonte. Todas as publicações da FenaSaúde podem ser acessadas, na íntegra, na área de publicações do site da FenaSaúde: http://fenasaude.org.br/publicacao.

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Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

Sobre a FenaSaúde

C

onstituída em fevereiro de 2007, a Federação Nacional de Saúde Suplementar, FenaSaúde, representa 15 grupos de operadoras de planos privados de assistência à saúde e seguros saúde, totalizando 29 empresas dentre 1.320 operadoras em atividade com beneficiários. Em abril de 2013, foram admitidas como associadas mais duas seguradoras: Caixa Seguros Saúde e Salutar Saúde, que juntas somam 49 mil beneficiários. A FenaSaúde tem como missão contribuir para a consolidação

da saúde suplementar no país por meio da troca de experiências e elaboração de propostas para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do setor.

Allianz Saúde Grupo Amil Saúde

Grupo técnico da diretoria executiva da FenaSaúde:

Grupo Bradesco Saúde

Sandro Leal Alves

Caixa Seguros Saúde

Vera Queiroz Sampaio de Souza

Care Plus Medicina Assistencial 46

A Federação é presidida por Marcio Serôa de Araujo Coriolano, diretor-presidente da Bradesco Saúde, e tem como diretorexecutivo o economista e ex-ministro da Previdência Social, José Cechin. A atual diretoria da FenaSaúde é composta por 14 membros e foi eleita em março de 2013 para um mandato de 3 anos.

Mônica Figueiredo Costa

Golden Cross Grupo Intermédica

Karla Pérez de Souza

Itauseg Saúde

Sandro Reis Diniz

Marítima Saúde Seguros

Paula Gonçalves

Metlife Planos Odontológicos OdontoPrev Omint Serviços de Saúde Porto Seguro - Seguro Saúde

Consultor técnico Álvaro de Almeida

Salutar Saúde Grupo Sul América Saúde

Assessoria de comunicação:

Grupo Tempo Saúde

Approach Comunicação Integrada

Unimed Seguros Saúde



Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Assistenciais • edição 04

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Rua Senador Dantas 74, Centro, 8º andar, Rio de Janeiro - RJ CEP 20031-205 / Tel. (21) 2510-7905 www.fenasaude.org.br


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