Boletim Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiário - 7ª Edição

Page 1

Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

01

INDICADORES ECONÔMICOFINANCEIROS E DE BENEFICIÁRIOS Boletim da Saúde Suplementar ed. 07 setembro 2014


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

02


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Apresentação

A

FenaSaúde - Federação Nacional de Saúde Suplementar apresenta a sétima edição do Boletim da Saúde Suplementar – Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários. Esta publicação reúne um conjunto de indicadores das associadas à FenaSaúde e do mercado de saúde suplementar. A fonte primária são os dados extraídos dos sistemas de informação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS) e Sistema de Informações de Beneficiários (SIB). Este ano, a ANS limitou em até 9,65% os reajustes de planos individuais. Trata-se de uma média ponderada dos reajustes de planos coletivos aplicados no Brasil para os contratos com mais de 30 beneficiários. Nos planos coletivos, a ANS não estabelece o percentual de reajuste, que é negociado diretamente entre as operadoras de planos e seguros de saúde e as empresas contratantes. Esse reajuste, para muitas operadoras, é insuficiente para cobrir os aumentos das despesas médico-hospitalares per capita de seus beneficiários. A variação da despesa médico-hospitalar per capita, inadequadamente chamada de inflação médica, é, em média, duas vezes1 superior à inflação que mede os demais preços da economia, ocasionada, pelos aumentos dos preços unitários, da frequência de utilização, da incorporação de novas tecnologias, algumas vezes sem a comprovação da evidência clínica, de estudos de custo-efetividade e pela substituição de materiais e medicamentos menos dispendiosos por outros mais caros. Boa leitura!

Marcio Coriolano – Presidente José Cechin – Diretor-executivo

Rio de Janeiro | Setembro de 2014

Considera a variação dos custos médico-hospitalares (VCMH) – IESS e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – IBGE, entre dez/12 e dez/10. 1

03


Sumário 03

Apresentação

05

Sumário executivo

06

Cap.1 – Estrutura da saúde suplementar

10

Receita e despesa por modalidade

10

Resultado operacional

12

Cap.2 – Operadoras e indicadores econômico-financeiros

13

Operadoras

13

Planos e seguros de saúde

14

Provisões técnicas

15

Sinistralidade

16

Índices econômico-financeiros

18

Cap.3 – Beneficiários

19

Mercado

20

Época de contratação

21

Tipo de contratação

22

Segmentação assistencial

22

Faixa etária

26

Cap.4 – Distribuição geográfica

27

Grandes regiões

28

Capital e interior

29

Taxa de cobertura - Grandes regiões

30

Referências

30

Sobre a FenaSaúde Esta publicação está disponível para consulta e download no site da FenaSaúde: http://www.fenasaude.org.br/fenasaude/publicacoes/


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Sumário executivo

A

s operadoras de planos e seguros de saúde associadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) custearam aproximadamente R$ 36,9 bilhões em procedimentos e eventos em saúde de seus beneficiários de planos privados de assistência à saúde, nos últimos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2014. A receita com mensalidades totalizou R$ 45,6 bilhões, e a taxa de sinistralidade2 foi de 82,3% nos planos médicos e de 40,9% na odontologia de grupo. No mercado de saúde suplementar, a despesa assistencial totalizou R$ 94,6 bilhões e a receita R$ 116,4 bilhões, com uma taxa de sinistralidade de 82,8% nos planos médicos e de 44,2% nos exclusivamente odontológicos. Conforme observado em períodos anteriores, a despesa assistencial cresceu de forma mais acentuada do que a receita de contraprestações, comprimindo o resultado operacional do setor. Em relação ao número de beneficiários, o ritmo de crescimento do setor mostrou-se favorável em relação aos últimos doze meses terminados em março de 2014. Neste período, aumentou 5,7%, totalizando 71,7 milhões de beneficiários vinculados a planos e seguros de saúde. Nos planos médicos, aumentou 4,7%, somando 50,7 milhões de beneficiários, cerca de 70,8% do total. Nos planos exclusivamente odontológicos, avançou 8,4%, com 21,0 milhões de beneficiários, representando aproximadamente 29,2% do total. Apesar da evolução positiva na comparação anual, acima da média nos últimos cinco anos, a variação observada para o setor no trimestre foi a menor desde março de 2009, com 0,3% de crescimento.

2

Razão entre as despesas das operadoras com a assistência prestada aos beneficiários e a receita com mensalidades.

05


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

ESTRUTURA DA SAÚDE SUPLEMENTAR

06


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

A

s operadoras de planos e seguros de saúde vêm enfrentando uma escalada de crescimento das despesas assistenciais nos últimos anos, que comprimem as margens operacionais e oneram em última instância os contratantes, tanto os beneficiários individuais quanto as empresas contratantes de planos de saúde coletivos para seus colaboradores. Nas associadas à FenaSaúde, a despesa assistencial cresceu de forma mais acentuada do que a receita de contraprestações3 nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014, e avançou 16,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, totalizando R$ 36,9 bilhões. A receita de contraprestações aumentou 16,7%, na mesma base de comparação, e somou R$ 45,6 bilhões. O crescimento mais acelerado das despesas assistenciais tem seu reflexo nas altas taxas de sinistralidade. Nas associadas à Federação, foi de 82,3%

3

nos planos de assistência médica nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014, com crescimento de 0,1 p.p. em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esse crescimento está associado, principalmente, aos aumentos dos preços unitários, da frequência de utilização, da incorporação de novas tecnologias, e pela substituição de materiais e medicamentos menos dispendiosos por outros mais caros. Nos planos exclusivamente odontológicos, a taxa de sinistralidade foi de 40,9% no mesmo período. As operadoras de planos e seguros de saúde devem custear, além da despesa assistencial, a administrativa, com comercialização e os impostos. Nas associadas à FenaSaúde, a despesa total foi de R$ 43,7 bilhões nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014, com elevação de 14,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Dessa forma, o resultado operacional foi de R$ 1,9 bilhão no período (tabelas 1 e 2).

Receita obtida por meio das mensalidades – Contraprestações Efetivas / Prêmios Ganhos de Planos de Assist. à Saúde.

07


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Tabela 1 - Estrutura da saúde suplementar - FenaSaúde e Mercado Últimos quatro trimestres terminados no 1º trimestre de 2014

Março/14 Modalidade Operadoras1 Beneficiários2 FenaSaúde6

(R$ bilhões)3

Despesa total

Sinistralidade5

(R$ bilhões)4

(%)

26

27,2

45,6

43,7

81,0

20

14,9

44,2

42,7

82,3

Medicina de grupo

9

10,6

18,9

18,9

83,1

Seguradora especializada em saúde

11

7,8

25,3

23,8

81,6

6

8,9

1,4

1,0

40,9

1.250

71,7

116,4

116,0

81,3

Assistência médica9

904

50,7

112,8

113,3

82,8

Medicina de grupo

314

22,0

33,0

32,9

80,9

Cooperativa médica

316

19,2

39,9

39,6

82,1

12

7,8

25,3

23,8

81,6

Autogestão

188

5,5

12,4

13,5

92,9

Filantropia

74

1,4

2,3

3,6

81,8

Exclusivamente odontológico

346

21,0

2,6

2,1

44,2

Odontologia de grupo

231

12,9

2,0

1,6

40,1

Cooperativa odontológica

115

3,0

Assistência médica7

Odontologia de grupo Mercado8

08

Receita

Seguradora especializada em saúde

0,5

0,5

59,3

Fontes: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14 - 2014 e 11/4/14 - 2013. Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS - Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: ¹Quantidade de operadoras com registro ativo e com beneficiários. ²Quantidade em milhões. 3Considera o resultado das operadoras que divulgaram o resultado de receita de contraprestações. 4Considera o resultado das operadoras que divulgaram os resultados de despesa assistencial, despesa administrativa, despesa com comercialização e impostos. 5Relação entre despesa assistencial e receita de contraprestações. 6Inclui todas as operadoras associadas à FenaSaúde em mar/14. 7A redução de operadoras nas associadas à FenaSaúde deve-se à incorporação de operadoras por empresas do mesmo grupo empresarial. 8 Considera 1.260 operadoras com beneficiários em março de 2014. Inclui dez operadoras que estavam ativas ao final de março de 2014 e tiveram seus registros cancelados posteriormente. Considera os resultados das administradora de benefícios. A taxa de sinistralidade para o Mercado considera todas as modalidades. 9Considera apenas os beneficiários de planos médicos. A taxa de sinistralidade nos planos de assistência médica não considera os resultados das administradoras de benefícios.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

No mercado de saúde suplementar, com crescimento de 15,4% na comparação com os quatro trimestres imediatamente anteriores, as operadoras em atividade e com beneficiários empregaram R$ 94,6 bilhões no custeio da assistência médica de seus beneficiários nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014.

A receita de contraprestações aumentou 14,8% na mesma base de comparação e totalizou R$ 116,4 bilhões no mesmo período. (tabelas 1 e 2). A despesa total do mercado expandiu 13,9%, na mesma base de comparação, totalizando R$ 116,0 bilhões no mesmo período.

Tabela 2 – Receita e despesa – FenaSaúde e Mercado R$ bilhões

(a) 4 últimos trimestres até 1T14

(b) 4 trimestres imediatamente anteriores até 1T13

∆ (%) a/b

1T14

1T13

∆ (%) 1T14/ 1T13

11,6

10,3

12,8

45,6

39,1

16,7

0,5

0,6

(9,0)

1,9

1,1

-

11,0

9,7

14,2

43,7

38,0

15,0

Despesa assistencial

9,4

8,1

15,6

36,9

31,6

16,9

Despesa administrativa1

1,5

1,4

6,6

6,1

5,8

5,9

Impostos

0,2

0,2

9,7

0,7

0,6

6,8

FenaSaúde

Receita Resultado operacional Despesa total

09

R$ bilhões

(a) 4 últimos trimestres até 1T14

(b) 4 trimestres imediatamente anteriores até 1T13

∆ (%) a/b

1T14

1T13

∆ (%) 1T14/ 1T13

30,0

26,4

13,6

116,4

101,4

14,8

1,1

0,8

37,8

0,4

(0,4)

-

Despesa total

28,8

25,6

12,8

116,0

101,8

13,9

Despesa assistencial

23,5

20,6

14,6

94,6

82,0

15,4

Despesa administrativa1

4,7

4,4

4,7

19,0

17,8

6,7

Impostos

0,6

0,58

11,1

2,4

2,0

16,1

Mercado

Receita Resultado operacional

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14 2014 e 11/4/14 - 2013. Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS - Tabnet - Extraído em 17/7/14. Nota: ¹Considera as despesas com comercialização.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Receita e despesa por modalidade Nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014, a despesa assistencial cresceu de forma mais acentuada do que a receita de contraprestações nas modalidades de assistência médica com maior número de beneficiários. Nessas modalidades, aumentou 16,3%

na comparação com os quatro trimestres imediatamente anteriores, totalizando R$ 80,1 bilhões. A receita de contraprestações cresceu 15,3% e totalizou R$ 98,1 bilhões, na mesma base de comparação. No mercado, o aumento foi de 15,6% e 14,8%, respectivamente (tabela 3).

Tabela 3 – Receita e despesa por modalidade - Mercado R$ bilhões

Despesa assistencial

Receita

10

Sinistralidade

Modalidade

1T141

∆ (%) 12M14/ 12M132

12M141

∆ (%) 12M14/ 12M132

12T141

∆ (p.p.) 12M14/ 12M132

Mercado

116,4

14,8

94,6

15,6

81,3

0,5

Medicina de grupo

33,0

13,9

26,7

16,1

80,9

1,5

Cooperativa médica

39,9

13,1

32,8

15,2

82,1

1,5

Seguradora especializada em saúde

25,3

21,2

20,6

18,5

81,6

(1,8)

Odontologia de grupo

2,0

9,3

0,8

4,2

40,1

(1,9)

Cooperativa odontológica

0,5

1,9

0,3

(3,1)

59,3

(3,1)

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14 2014 e 11/4/14 - 2013. Notas: Resultado nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014. Variação nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014 em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Considera os resultados da modalidade administradora de benefícios.

Resultado operacional O resultado operacional das operadoras que atuam no mercado de saúde suplementar não deve ser obtido simplesmente subtraindo a despesa assistencial da receita de contraprestações. Isto é uma avaliação equivocada. As operadoras de planos e seguros de saúde devem custear, além da despesa assistencial, a administrativa, com comercialização e os impostos.

As associadas à Federação comprometeram, em média, 95,8% da receita de contraprestações com a despesa total, equivalente a R$ 43,7 bilhões, nos últimos quatro trimestres terminados em março de 2014 (gráfico 1). No mercado de saúde suplementar, a despesa total representou 99,6% da receita e totalizou R$ 116 bilhões no mesmo período (tabela 4 – gráfico 2).


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Tabela 4 – Resultado operacional consolidado – FenaSaúde e Mercado R$ bilhões

Fenasaúde

Participação (%)

45,6

100,0

116,4

100,0

1,9

4,2

0,4

0,4

43,7

95,8

116,0

99,6

36,9

84,5

94,6

81,6

Despesa administrativa1

6,1

14,0

19,0

16,4

Impostos

0,7

1,5

2,4

2,1

1.0852 Receita Resultado operacional Despesa total Despesa assistencial

Mercado

Participação (%)

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14. Notas: 1Considera as despesas com comercialização.

Gráfico 1 – Receita e despesa – FenaSaúde 45,6

36,9

6,1

0,7

R$ bilhões

1,9

11

Receita

Despesa assistencial

Despesa administrativa

Impostos

Resultado operacional

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14.

Gráfico 2 – Receita e despesa – Mercado

R$ bilhões

116,4

94,6

19,0

2,4

0,4

Receita

Despesa assistencial

Despesa administrativa

Impostos

Resultado operacional

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

OPERADORAS E INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

12


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Operadoras

N

o primeiro trimestre de 2014, foram cancelados 34 registros de operadoras de planos privados de saúde, ante 33 no mesmo período do ano anterior. Ao final de março de 2014, atuavam no mercado de saúde suplementar 904 operadoras médico-hospitalares com beneficiários, distribuídas nas cooperativas médicas, nas cooperativas médicas (35,0%),

medicinas de grupo (34,7%), autogestões (20,8%), filantropias (8,2%), seguradoras especializadas em saúde (1,3%), e 346 exclusivamente odontológicas (tabela 5). Embora representem 1,3% das operadoras do mercado, as seguradoras especializadas em saúde possuíam 7,5 milhões de beneficiários de planos de assistência médica e exclusivamente odontológica, o que representa 10,6% do total do setor.

Tabela 5 - Evolução do registro de operadoras – Mercado dez/11 Registros cancelados

dez/12

dez/13

mar/14

74

100

116

34

Liquidação extrajudicial¹

12

21

24

3

Registros novos

56

37

50

10

1.598

1.535

1.469

1.445

1.368

1.323

1.267

1.250

1.005

963

921

904

363

360

346

346

230

212

202

195

Operadoras em atividade Operadoras com beneficiários Médico-hospitalares Exclusivamente odontológicas Operadoras sem beneficiários

Fontes: Caderno de Informação da Saúde Suplementar/ANS - junho/2014. Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS Tabnet - Extraído em 17/7/14. Resoluções Operacionais - http://www.ans.gov.br/legislacao/busca-de-legislacao. Extraído em 17/7/14. Nota: ¹Foram desconsideradas as Resoluções Operacionais revogadas.

Planos e seguros de saúde4 O número de registros de planos de saúde totalizou 32.523 em março de 2014 e permaneceu estável, na comparação com igual período em 2013. A quantidade de planos com abrangência nacional foi a que mais cresceu, com

variação de 1,4% entre março de 2014 e março de 2013 (tabela 6). Em relação à participação, os planos com abrangência municipal6 representam 47,6% dos planos à disposição para comercialização no mercado, em março de 2014.

É o produto oferecido pelas operadoras de saúde, que se materializa por meio de um contrato e garante a cobertura dos serviços de assistência à saúde, na forma estabelecida pela legislação dos planos e seguros de saúde. 6 Grupo de Municípios: em mais de um e até 50% dos municípios do Estado. Admite-se o agrupamento de município de Estados limítrofes, desde que observado o limite de 50% dos municípios em cada um deles. 4

13


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Tabela 6 – Planos privados de assistência médica, com beneficiários, por abrangência geográfica – Mercado Assistência médica

Abrangência geográfica

Mar/14

Mar/13

32.532

32.491

0,1

Nacional

9.631

9.496

1,4

Grupo de Estados

1.293

1.288

0,4

Estadual

2.718

2.752

-1,2

15.474

15.439

0,2

3.416

3.516

-2,8

Total

Grupo de Municípios Municipal

∆1 (%)

Fontes: Caderno de Informação da Saúde Suplementar/ANS - junho/2013. Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/ MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Nota: 1Variação entre mar/14 e mar/13.

Provisões técnicas No decorrer dos últimos anos, as associadas à FenaSaúde constituíram mais de R$ 11,8 bilhões em provisões técnicas, o que representa 49,2% do total do mercado. O dado se refere à posição de março de 2014. Foram provisionados R$ 6,2 bilhões nos últimos cinco anos terminados no primeiro trimestre de 2014, com crescimento de 109,8% no

14

período. As provisões técnicas constituem o montante a ser contabilizado no balanço patrimonial da operadora de plano de saúde, proporcional aos riscos que assume contratualmente. O objetivo é proteger os consumidores e garantir o cumprimento das obrigações futuras quanto ao pagamento da despesa assistencial.

Gráfico 3 – Provisões técnicas – FenaSaúde e Mercado 30 25

23,9

22,5

R$ bilhões

20 15,5

15

13,1

6,7 5

11,6

10,7

10 4,6

7,6 5,0

5,6

6,8

11,8

7,6

0

2008.1

2009.1

2010.1

2011.1 FenaSaúde

2012.1

2013.1

2014.1

Mercado

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 17/7/14.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Sinistralidade Nas últimas edições do boletim, as taxas de sinistralidade7 foram apresentadas de forma consolidada, agrupando os resultados de todas as operadoras médico-hospitalares e exclusivamente odontológicas, tanto nas associadas à FenaSaúde quanto no mercado. A partir desta edição, a taxa de sinistralidade será calculada segundo a segmentação assistencial (Planos de assistência médica com ou sem odontologia e Planos exclusivamente odontológicos), por modalidade da operadora, e levará em conta apenas aquelas que divulgaram seus resultados de receita e despesa.

No primeiro trimestre de 2014, nas associadas à FenaSaúde, a sinistralidade nos planos de assistência médica foi de 82,3%, aumento de 1,9 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2013. Na odontologia de grupo, a taxa foi de 37,6%, crescimento de 2,5 p.p. em relação a igual período de 2013 (tabela 7). No mesmo período, no mercado de saúde suplementar, nos planos médicos a taxa de sinistralidade foi de 79,0%, e nos planos odontológicos foi de 40,4%, com aumento de 0,7 p.p. e 1,1 p.p., respectivamente, na mesma base de comparação.

Tabela 7 – Sinistralidade por modalidade – FenaSaúde e Mercado valores em %

2014.1

2013.1

2012.1

2011.1

2010.1

82,3

80,5

80,6

79,0

80,0

79,1

76,4

77,0

76,0

75,2

84,8

83,7

83,7

81,7

83,8

37,6

35,1

36,1

40,0

31,0

2014.1

2013.1

2012.1

2011.1

2010.1

79,0

78,4

79,4

77,4

76,3

Medicina de grupo

76,8

76,3

76,6

75,5

74,9

Seguradora especializada em saúde

84,8

83,7

83,7

81,7

83,3

Cooperativa médica

77,4

76,9

79,1

76,6

74,0

40,4

39,3

40,9

42,6

38,3

Odontologia de grupo

37,2

35,4

35,8

38,3

31,4

Cooperativa odontológica

55,6

56,6

62,1

61,9

56,4

FenaSaúde Assistência médica Medicina de grupo Seguradora especializada em saúde Exclusivamente odontológico

1

Mercado de Saúde Suplementar Assistência médica2

Exclusivamente odontológico

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14. Notas: 1Considera as operadoras associadas à FenaSaúde na modalidade odontologia de grupo. 2Não contempla os resultados das modalidades Administradora de Benefícios, Autogestão e Filantropia.

7

Razão entre as despesas das operadoras com a assistência prestada aos beneficiários e a receita com mensalidades.

15


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Índices econômico-financeiros A partir desta edição, os índices econômico-financeiros serão calculados considerando apenas as operadoras que divulgaram os resultados de receita de contraprestações e despesa assistencial. Esses índices, com resultados consolidados por modalidade, auxiliam a análise da situação econômico-financeira das operadoras ativas e com beneficiários de planos de assistência médica e exclusivamente odontológico (tabela 8).

uma visão ampla da situação do mercado. Dessa forma, caso o objeto de interesse seja diferente do proposto neste boletim, recomenda-se uma análise detalhada de cada operadora. Os dados foram extraídos das demonstrações contábeis das operadoras por modalidade e não foram tratados estatisticamente, no sentido de excluir possíveis dados discrepantes (outliers). Por este motivo, podem divergir das informações divulgadas pela ANS nos seguintes periódicos: Anuário Estatístico da Saúde Suplementar e Prisma EconômicoFinanceiro da Saúde Suplementar.

Os resultados apresentados nesta seção refletem a situação econômico-financeira de um conjunto de operadoras agrupadas por modalidade, e objetivam fornecer

Tabela 8 – Índices operacionais 1T14 – FenaSaúde e Mercado 16

valores em %

FenaSaúde

SIN¹

DA²

DC³

COMB4

COMBA5

Assistência médica

82,3

7,7

4,7

94,7

91,4

Medicina de grupo

79,1

10,4

3,7

93,2

92,6

Seguradora especializada em saúde

84,8

5,7

5,5

95,9

90,5

Exclusivamente odontológico6

37,6

17,1

9,8

64,5

65,1

Mercado

SIN¹

DA²

DC³

COMB4

COMBA5

Assistência médica

79,0

10,4

3,5

92,9

91,0

Medicina de grupo

76,8

12,3

3,7

92,8

92,2

Seguradora especializada em saúde

84,8

5,7

5,5

95,9

90,5

Cooperativa médica

77,4

11,7

2,2

91,3

90,4

40,4

22,8

8,5

71,8

72,2

Odontologia de grupo

37,2

21,3

9,7

68,3

68,8

Cooperativa odontológica

55,6

30,1

2,8

88,6

88,5

Exclusivamente odontológico

Fonte: Documento de informações periódicas das operadoras de planos de assistência à saúde - DIOPS/ANS - Extraído em 7/7/14. Notas: ¹Sinistralidade (SIN). ²Índice de despesas administrativas (DA) ³Índice de despesas de comercialização (DC) - 4Índice combinado (COMB). 5Índice combinado ampliado (COMBA). Dados agregados excetuando-se as modalidades: administradora de benefícios, autogestão e filantropia. 6Considera as operadoras associadas à FenaSaúde na modalidade odontologia de grupo.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Sinistralidade – SIN Nas associadas à FenaSaúde, a sinistralidade foi de 82,3% nos planos médicos e 37,6% nos planos exclusivamente odon-

tológicos no primeiro trimestre de 2014. No mercado de saúde suplementar, foi de 79,0% e 40,4%, respectivamente (tabela 8).

Despesa administrativa – DA Nos planos de assistência médica, a despesa administrativa7 correspondeu a 7,7% da receita, nas associadas à FenaSaúde, no primeiro trimestre de 2014. No mercado de saúde suplementar, foi de 10,4%. Essas despesas não possuem

relação direta com a prestação dos serviços de assistência médica ou odontológica (tabela 8). No segmento odontológico, corresponde a 17,1% nas associadas à Federação e a 22,8% da receita, em média, no mercado.

Despesa de comercialização – DC Nas associadas à FenaSaúde, a despesa com comercialização8 correspondeu 4,7% da receita nos planos médicos e 9,8% na

odontologia de grupo. No mercado de saúde suplementar o índice foi de 3,5%, nos planos médicos e 8,5% no segmento odontológico.

Índice combinado – COMB O índice combinado9 representa a relação entre o total das despesas (assistencial, administrativa e comercialização) da operadora e o total da receita de contraprestações. Nas associadas à Federação, o índice foi de 94,7%, em

média, nos planos médicos e 64,5% na odontologia de grupo (tabela 8). No mercado de saúde suplementar, o índice combinado foi de 92,9% nos planos médicos e 71,8% no segmento odontológico.

Índice combinado ampliado – COMBA O índice combinado ampliado10 adiciona em seu cálculo o resultado financeiro líquido, por este motivo, em geral, é inferior ao índice combinado (COMB). Nas associadas à Federação, o índice foi

de 91,4% nos planos médicos e 65,1% no segmento odontológico no primeiro trimestre de 2014 (tabela 8). No mercado, foi de 91,0% nos planos médicos e 72,2%, no segmento odontológico.

Relação entre a despesa administrativa e o total da receita com operação de planos de saúde (contraprestações efetivas). Relação entre a despesa de comercialização e o total da receita com operação de planos de saúde (contraprestações efetivas). Relação entre a despesa operacional (administrativa, comercialização e assistencial) e a receita de contraprestações. 10 Similar ao índice combinado, mas considera também o resultado financeiro. 7 8 9

17


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

BENEFICIÁRIOS

18


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Mercado

E

m março de 2014, o mercado de saúde suplementar totalizou 71,7 milhões de beneficiários e cresceu 5,7% em relação a igual mês de 2013. Os planos de assistência médica contabilizaram cerca de 50,7 milhões, com 70,8% do mercado, e cresceram 4,7%. Os exclusivamente odontológicos, com 21,0 milhões, cerca de 29,2% do mercado, com aumento de 8,4% (tabela 9). O setor de saúde suplementar absorveu 3,9

milhões de beneficiários, 2,3 milhões nos planos de assistência médica e 1,6 milhão nos exclusivamente odontológicos, nos últimos doze meses terminados em março de 2014. Esse foi o maior resultado desde março de 2011. Por se tratarem de registros administrativos, a ANS ressalta que os dados publicados são preliminares, sujeitos a alteração em razão das atualizações dos cadastros das operadoras.

Tabela 9 – Beneficiários por cobertura assistencial, segundo a modalidade da operadora – FenaSaúde e Mercado valores por mil

Modalidade da operadora

Mar/14

Mar/13

∆ (%) 1

Mar/12

∆² (%)

Assistência médica com ou sem odontologia FenaSaúde³

14.862

13.826

7,5

13.458

10,4

Medicina de grupo

7.706

7.185

7,3

7.358

4,7

Seguradora especializada em saúde

7.156

6.641

7,8

6.100

17,3

50.723

48.466

4,7

46.825

8,3

Mercado

Exclusivamente odontológico FenaSaúde³

12.316

11.358

8,4

10.104

21,9

Medicina de grupo

2.858

2.216

29,0

1.795

59,3

Odontologia de grupo

8.859

8.668

2,2

7.866

12,6

599

474

26,5

444

35,0

20.970

19.337

8,4

17.520

19,7

Seguradora especializada em saúde Mercado

Total FenaSaúde³

27.178

25.183

7,9

23.563

15,3

Medicina de grupo

10.564

9.400

12,4

9.153

15,4

Odontologia de grupo

8.859

8.668

2,2

7.866

12,6

Seguradora especializada em saúde

7.755

7.115

9,0

6.544

18,5

71.692

67.803

5,7

64.345

11,4

Mercado

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: ¹Variação entre mar/14 e mar/13. ²Variação entre mar/14 e mar/12. ³Os números de beneficiários contabilizados nesta edição diferem daqueles informados nas edições anteriores do boletim. Nesta edição foi possível atualizar os dados de competências anteriores. Os dados de 2012 a 2014 abrangem os beneficiários das operadoras associadas à FenaSaúde em mar/14.

19


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

FenaSaúde As 27 operadoras associadas à FenaSaúde foram responsáveis pela cobertura de 27,2 milhões de beneficiários de planos de assistência médica e exclusivamente odontológica, em março de 2014, com aumento de 7,9% na comparação com março de 2013. As associadas representavam 37,9% dos vínculos do mercado de saúde suplementar em março de 2014. Nos planos de assistência médica, o número de beneficiários cresceu 7,5% em

doze meses, totalizando 14,9 milhões, e nos planos exclusivamente odontológicos, 8,4%, com 12,3 milhões. Nas seguradoras especializadas em saúde, o número de beneficiários nos planos de assistência médica aumentou 7,8%, passando de 6,6 milhões de beneficiários em março de 2013 para 7,2 milhões em março de 2014. Nas medicinas de grupo, o crescimento foi de 7,3%, na mesma base de comparação, totalizando 7,7 milhões de beneficiários.

Época de contratação

20

No mercado de saúde suplementar, 65,2 milhões de beneficiários (91,0% do total) possuíam planos novos, com as coberturas garantidas pela Lei 9.656/98, em março de 2014. Nos planos de assistência médica, mais de 44,7 milhões de beneficiários possuíam estes planos (88,2% do total), nos planos exclusivamente odontológicos, 20,5 milhões de beneficiários (97,8% do total). O crescimento foi de 4,7% e

8,9%, respectivamente, nos doze meses terminados em março de 2014 (tabela 10). Com a entrada em vigor da Lei 9.656/98, passaram a ser chamados de “planos novos” aqueles cujos contratos foram comercializados após a vigência da lei, a partir de 2 de janeiro de 1999. Esses produtos possuem coberturas assistenciais amplas, além de outras proteções regulamentadas pela ANS.

Tabela 10 – Beneficiários por época de contratação (mar/14) – Mercado valores por mil

Época de contratação¹ Total Antigo Novo

Época de contratação¹ Total Antigo Novo

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆2 (%)

Mar/09

∆3 (%)

50.723

48.466

4,7

41.490

22,3

5.976

6.433

(7,1)

9.524

(37,3)

44.747

42.033

6,5

31.965

40,0

Exclusivamente odontológico Mar/14

Mar/13

∆2 (%)

Mar/09

∆3 (%)

20.970

19.337

8,4

11.314

85,3

471

512

(8,1)

767

(38,6)

20.499

18.824

8,9

10.547

94,4

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Nota: ¹Antigo: plano de saúde contratado antes da vigência da Lei nº 9.656/98. Novo: plano de saúde contratado a partir de 2 de janeiro de 1999, ou seja, na vigência da Lei nº 9.656/98. 2Variação entre mar/14 e mar/13. 3Variação entre mar/14 e mar/09.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Nos “planos antigos” ou não regulamentados, contratados antes da nova Lei, prevalecem os termos firmados em contrato. Estes planos não podem ser comercializados, mas

permanecem válidos para quem não optou pela adaptação às novas regras. O beneficiário pode, a seu critério, adaptar seu contrato as regras de regulamentação dos planos novos.

Tipo de contratação No mercado de saúde suplementar, considerando os planos de assistência médica, 33,4 milhões de beneficiários possuíam vínculo com planos coletivos empresariais, o que corresponde a 65,8% do setor, com aumento de 6,3%, nos últimos doze meses terminados em março de 2014. Nos últimos cinco anos, o crescimento foi de 41,8%. (tabela 11).

Nos planos exclusivamente odontológicos, são 15,2 milhões de beneficiários vinculados aos planos coletivos empresariais em março de 2014, cerca de 72,3% dos vínculos, com expansão de 11,3%, na comparação com março de 2013 e crescimento de 127,3%, nos últimos cinco anos.

Tabela 11 – Beneficiários por cobertura assistencial segundo o tipo de contratação (mar/14) – Mercado valores por mil

Tipo de contratação

21

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆2 (%)

Mar/09

∆3 (%)

Total1

50.723

48.466

4,7

41.490

22,3

Coletivo

40.100

37.887

5,8

30.672

30,7

33.371

31.389

6,3

23.538

41,8

6.729

6.498

3,6

7.133

(5,7)

10.070

9.929

1,4

8.965

12,3

Empresarial Por adesão Individual

Tipo de contratação

Exclusivamente odontológico Mar/14

Mar/13

∆2 (%)

Mar/09

∆3 (%)

Total1

20.970

19.337

8,4

11.314

85,3

Coletivo

17.039

15.598

9,2

9.255

84,1

15.166

13.627

11,3

6.671

127,3

1.873

1.970

(5,0)

2.584

(27,5)

3.744

3.486

7,4

1.591

135,3

Empresarial Por adesão Individual

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Nota: 1Inclui os beneficiários identificados como “Coletivo não identificado” e “Não informado”. 2Variação entre mar/14 e mar/13. Variação entre mar/14 e mar/09.

3


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Segmentação assistencial No mercado de saúde suplementar, 41,9 milhões de beneficiários possuem planos de assistência médica completos, ou seja, com a segmentação ambulatorial e hospitalar, associada ou não à cobertura obstétrica, o que corresponde a 94,9% do mercado, com crescimento de 6,2%, ante

março de 2013 e aumento de 31,5% nos últimos cinco anos. Os planos de referência contemplam 5,6 milhões de beneficiários e representa 11,0% do mercado em março de 2014 (tabela 12).

Tabela 12 – Beneficiários por segmentação assistencial (mar/14) – Mercado valores por mil

Segmentação assistencia Total¹ Ambulatorial Hospitalar²

22

Hospitalar² e ambulatorial Referência

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆3 (%)

Mar/09

∆4 (%)

50.723

48.466

4,7

41.490

22,3

2.084

2.059

1,2

1.901

9,7

664

674

(1,5)

687

(3,4)

41.886

39.428

6,2

31.527

32,9

5.561

5.681

(2,1)

5.580

(0,3)

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: ¹Inclui beneficiários, cuja segmentação assistencial não foi informada. ²Planos hospitalares com ou sem obstetrícia. 3 Variação entre mar/14 e mar/13. 4Variação entre mar/14 e mar/09.

Faixa etária Em março de 2014, no mercado de saúde suplementar, 32,0 milhões de beneficiários possuíam entre 20 e 59 anos, o que corresponde a 63,0% do total nos planos médicos, com crescimento de 4,9% na comparação com março de 2013, e 23,7% nos últimos cinco anos (tabela 13).

O crescimento deste grupo é impulsionado principalmente pelo avanço de beneficiários de planos coletivos, com 26,6 milhões, o que representa 84,1% do total, com aumento de 6,2%, nos doze meses terminados em março de 2014, e 33,4% nos últimos cinco anos.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Tabela 13 – Beneficiários de planos médicos por faixa etária e tipo de contratação (mar/14) – Mercado valores por mil

Faixa etária

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆3 (%)

Mar/09

∆4 (%)

Total¹

50.723

48.466

4,7

41.490

22,3

0-19 anos

13.000

12.516

3,9

10.953

18,7

20-59 anos

31.951

30.460

4,9

25.829

23,7

≥ 60 anos

5.775

5.486

5,3

4.699

22,9

Coletivo²

40.100

37.887

5,8

30.672

30,7

0-19 anos

9.898

9.437

4,9

7.961

24,3

20-59 anos

26.589

25.041

6,2

19.926

33,4

3.610

3.407

6,0

2.778

29,9

10.070

9.929

1,4

8.965

12,3

0-19 anos

3.009

2.969

1,3

2.596

15,9

20-59 anos

5.028

5.029

(0,0)

4.762

5,6

≥ 60 anos

2.033

1.930

5,4

1.606

26,6

≥ 60 anos Individual²

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: ¹Inclui os beneficiários com tipo de contratação “Não identificado” e “Não informado”. ²Inclui os beneficiários informados com “Idade inconsistente”. 3Variação entre mar/14 e mar/13. 4Variação entre mar/14 e mar/09.

Com relação à taxa de cobertura, destaca-se que 33,1% da população com 80 anos ou mais, possuíam planos de assistência médica em março de 2014, com

aumento de 1,8 p.p. na comparação com março de 2013. No mesmo período, notase o crescimento mais acelerado na faixa entre 30 e 39 anos, com 2,2 p.p. (tabela 14a).

33,1% população com 80 anos ou mais que possuía planos de assistência médica em março de 2014

23


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Tabela 14a – Taxa de cobertura por segmentação assistencial e faixa etária – Mercado valores em %

Faixa etária

24

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆1 (p.p.)

Mar/05

∆2 (p.p.)

TOTAL

26,1

25,0

1,1

18,4

7,7

Até 1 ano

22,1

22,1

-

13,0

9,1

1 a 4 anos

26,0

25,1

0,9

13,8

12,2

5 a 9 anos

21,9

20,8

1,1

14,4

7,5

10 a 14 anos

17,0

16,6

0,4

12,0

5,0

15 a 19 anos

18,2

17,4

0,8

12,4

5,8

20 a 29 anos

26,3

25,5

0,8

19,1

7,2

30 a 39 anos

34,0

31,8

2,2

20,6

13,4

40 a 49 anos

28,2

27,2

1,0

23,9

4,3

50 a 59 anos

28,6

27,3

1,3

25,5

3,1

60 a 69 anos

26,7

25,3

1,4

23,0

3,7

70 a 79 anos

26,7

25,7

1,0

25,9

0,8

80 anos ou mais

33,1

31,3

1,8

27,1

6,0

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: 1Variação entre mar/14 e mar/13. 2Variação entre mar/14 e mar/05.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Tabela 14b – Taxa de cobertura por segmentação assistencial e faixa etária – Mercado valores em %

Faixa etária

Exclusivamente odontológico Mar/14

Mar/13

∆1 (p.p.)

Mar/05

∆2 (p.p.)

10,8

10,0

0,8

3,0

8,3

Até 1 ano

3,0

3,0

0,1

0,7

2,3

1 a 4 anos

6,2

5,9

0,2

1,4

4,6

5 a 9 anos

8,0

7,3

0,6

2,2

6,0

10 a 14 anos

7,4

7,0

0,4

2,1

5,6

15 a 19 anos

8,2

7,6

0,6

2,3

6,3

20 a 29 anos

14,0

13,1

0,8

4,6

10,4

30 a 39 anos

17,8

16,1

1,7

4,5

13,9

40 a 49 anos

12,8

11,8

1,0

3,9

9,6

50 a 59 anos

9,7

8,8

0,9

2,6

7,6

60 a 69 anos

5,7

5,1

0,6

1,3

4,6

70 a 79 anos

3,2

2,9

0,2

0,8

2,4

80 anos ou mais

2,9

2,8

0,0

1,9

0,8

TOTAL

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: 1Variação entre mar/14 e mar/13. 2Variação entre mar/14 e mar/05.

Nos planos exclusivamente odontológicos, 17,8% dos beneficiários cobertos possuem entre 30 e 39 anos,

com crescimento de 1,7% em março de 2014 na comparação com igual período em 2013 (tabela 14b).

17,8% beneficiários nos planos exclusivamente odontológicos entre 0 e 39 anos

25


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

26


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Grandes regiões

O

Sudeste concentra o maior número de beneficiários na saúde suplementar em março de 2014. São 32,1 milhões de beneficiários nos planos médicos, cerca de 63,3% do mercado, e 12,3 milhões no planos odontológicos, 58,8% do total. Neste período foram contabilizados cerca de 2,3 milhões de novos beneficiários na

região, com aumento de 4,6% nos planos médicos e 7,6% nos planos odontológicos, na comparação com março de 2013 (tabela 15). Na mesma base de comparação, nos planos médicos, a região CentroOeste apresentou o maior crescimento em termos relativos, com 7,7%.Nos exclusivamente odontológicos, destaca-se a região Norte, com expansão de 12,7%.

Tabela 15 - Beneficiários por cobertura assistencial e região – Mercado valores por mil

Faixa etária

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆1 (%)

Mar/09

∆² (%)

50.723

48.466

4,7

41.490

22,3

Centro-Oeste

2.936

2.727

7,7

1.972

48,9

Nordeste

6.813

6.548

4,0

5.114

33,2

Norte

1.902

1.799

5,7

1.338

42,2

32.132

30.709

4,6

27.228

18,0

6.929

6.673

3,8

5.828

18,9

Brasil3

Sudeste Sul

valores por mil

Faixa etária

Exclusivamente odontológico Mar/14

Mar/13

∆1 (%)

20.970

19.337

8,4

11.314

85,3

Centro-Oeste

1.546

1.420

8,8

599

157,9

Nordeste

4.093

3.753

9,1

1.961

108,7

930

825

12,7

400

132,8

12.330

11.460

7,6

7.212

71,0

2.070

1.879

10,2

1.142

81,3

Brasil3

Norte Sudeste Sul

Mar/09

∆² (%)

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: 1Variação entre mar/14 e mar/13. 2Variação entre mar/14 e mar/09. 3Inclui os beneficiários classificados como “Exterior” e “UF não identificada”.

27


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Capital e interior Concentravam-se no interior mais de 29,5 milhões de beneficiários de planos médicos, o que corresponde a 58,2% do total em março de 2014. O crescimento foi de 4,5% na comparação com março de 2013, e de 24,2% nos últimos cinco anos. Na capital, estavam 21,2 milhões de beneficiários, com aumento de

4,9% e 19,6%, respectivamente, na mesma base de comparação. Nos planos exclusivamente odontológicos, são 10,9 milhões de beneficiários no interior e 10,1 milhões na capital, com aumento de 9,4% e 7,4%, respectivamente, entre março de 2014 e março de 2013 (tabela 16).

Tabela 16 – Beneficiários por cobertura assistencial e localidade – Mercado valores por mil

Faixa etária

28

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆1 (%)

Mar/09

∆² (%)

Total

50.723

48.466

4,7

41.490

22,3

Capital

21.200

20.211

4,9

17.721

19,6

Interior

29.523

28.255

4,5

23.768

24,2

Faixa etária

Exclusivamente odontológico Mar/14

Mar/13

∆1 (%)

Mar/09

∆² (%)

Total

20.970

19.337

8,4

11.314

85,3

Capital

10.063

9.366

7,4

5.326

89,0

Interior

10.906

9.970

9,4

5.988

82,1

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: 1Variação entre mar/14 e mar/13. 2Variação entre mar/14 e mar/09.

Em março de 2014, o estado do Maranhão liderou o crescimento do número de beneficiários de planos médicos, com crescimento de 14,3% na capital e 15,6% no interior, na comparação com março de 2013.


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Taxa de cobertura - Grandes regiões A taxa de cobertura11 dos planos de assistência médica alcançou 26,1%, e nos planos exclusivamente odontológicos, 10,8% da população em março de 2014. O crescimento foi de 1,1 p.p. e 0,8 p.p., respectivamente, na comparação com igual período do ano anterior. Considerando os últimos cinco anos, o crescimento foi de 4,4 p.p. e 4,9 p.p, respectivamente (tabela 17).

O Sudeste possui a maior taxa de cobertura, nos planos de assistência médica e exclusivamente odontológicos, com 39,4% e 15,1%, respectivamente, em março de 2014. O crescimento foi 1,8 p.p. e 1,1 p.p., respectivamente, em relação a março do ano anterior.

Tabela 17 – Taxa de cobertura por segmentação assistencial segundo região – Mercado valores em %

Região

Assistência médica com ou sem odontologia Mar/14

Mar/13

∆1 (p.p.)

Mar/09

∆2 (p.p.)

Brasil

26,1

25,0

1,1

21,7

4,4

Centro-Oeste

20,4

18,9

1,5

14,2

6,2

Nordeste

12,6

12,1

0,5

9,5

3,1

Norte

11,6

11,0

0,6

8,7

2,9

Sudeste

39,4

37,6

1,8

33,6

5,8

Sul

25,0

24,1

0,9

21,0

4,0

Região

Exclusivamente odontológico Mar/14

Mar/13

∆1 (p.p.)

Mar/09

Brasil

10,8

10,0

0,8

5,9

4,9

Centro-Oeste

10,7

9,8

0,9

4,3

6,4

Nordeste

7,6

7,0

0,6

3,7

3,9

Norte

5,7

5,0

0,7

2,6

3,1

Sudeste

15,1

14,0

1,1

8,9

6,2

Sul

7,5

6,8

0,7

4,1

3,4

Fonte: Sistema de informações de beneficiários - SIB/ANS/MS -Tabnet - Extraído em 17/7/14. Notas: 1Variação entre mar/14 e mar/13. 2Variação entre mar/14 e mar/09, em pontos percentuais.

11

Razão, expressa em porcentagem, entre o número de beneficiários e a população em uma área específica.

∆2 (p.p.)

29


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Referências 1. AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS). Caderno de Informação da Saúde Suplementar. Junho 2013 - Março e Junho 2014. Rio de Janeiro. Disponível em: www.ans.gov.br 2. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Sistema Nacional de Índices de Preço ao Consumidor – IPCA INPC. Rio de Janeiro. Disponível em: www.ibge.gov.br

Disclaimer 2014 - Federação Nacional de Saúde Suplementar – FenaSaúde. Esta publicação foi desenvolvida pela FenaSaúde com objetivo de fornecer informações sobre o mercado de saúde suplementar. A distribuição é gratuita. Esta publicação não deve ser reproduzida, total ou parcialmente, sem a citação da fonte. Todas as publicações da FenaSaúde podem ser acessadas, na íntegra, na área de publicações do site da FenaSaúde: http://www.fenasaude.org.br/fenasaude/publicacoes.

Sobre a FenaSaúde 30

C

onstituída em fevereiro de 2007, a Federação Nacional de Saúde Suplementar, FenaSaúde, representa 16 grupos de operadoras de planos privados de assistência à saúde, totalizando 26 empresas dentre 1.250 operadoras em atividade com beneficiários. A FenaSaúde tem como missão contribuir para a consolidação da saúde suplementar no país por meio Allianz Saúde Grupo Amil Saúde Grupo Bradesco Saúde Caixa Seguros Saúde Care Plus Medicina Assistencial Golden Cross Grupo Intermédica Itauseg Saúde Marítima Saúde Seguros Metlife Planos Odontológicos OdontoPrev Omint Serviços de Saúde Porto Seguro - Seguro Saúde Grupo SulAmérica Saúde Grupo Tempo Saúde Unimed Seguros Saúde

da troca de experiências e elaboração de propostas para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do setor. A Federação é presidida por Marcio Serôa de Araujo Coriolano, diretor presidente da Bradesco Saúde, e tem como diretorexecutivo o economista e ex-ministro da Previdência Social, José Cechin. A atual diretoria da FenaSaúde é composta por 14 membros e foi eleita em março de 2013 para um mandato de três anos.

Grupo técnico da diretoria executiva da FenaSaúde: Sandro Leal Alves Vera Queiroz Sampaio de Souza Álvaro de Almeida Karla Pérez de Souza Mônica Figueiredo Costa Sandro Reis Diniz

Assessoria de comunicação: Approach Comunicação Integrada


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

Editor: José Cechin Conselho editorial: Marcio Serôa de Araujo Coriolano e Newton José Eugênio Pizzoti Redação: Álvaro de Almeida, José Cechin, Sandro Leal Alves, Vera Queiroz Sampaio de Souza Colaboração: Mario Henrique Chaves de Almeida - Estagiário Diagramação: Approach Comunicação Integrada Fotos: Thinkstock

31


Boletim da Saúde Suplementar • Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários • edição 07

32

Rua Senador Dantas, 74, 8º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ CEP 20031-205 / Tel. (21) 2510-7905 www.fenasaude.org.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.