Revista Young

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YOUNG

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ARTE: A arte milenar de tatuar o corpo MODA: Floral e Urbano é a nova tendência

SOM NACIONAL Black Drawing Chalks e sua nova fase.

Lana Del Rey A queridinha ?



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e dito rial A revista YOUNG propoe para voces jovens leitores informaçôes sobre design, moda, cinema, música e todo um conteúdo cultural muito interessante e atual. Nesta primeira ediçâo temos um especial da cantora pop Lana Del Rey que se tornou um viral na internet após seu clipe “Video Games”. Também os filmes dessa temporada e a algumas tendências da moda desta temporada. Visite o nosso conteúdo online @revistayoung facebook.com/revistayoung

Diagramação geral: Ananda Oliveira Fernanda Freitas Lara Endlich Murilo Maifredi

Direção: Ricardo Esteves


Moda e Estilo

Se tem um desejo que tomou conta do nosso guardaroupa, e deixou a gente feliz da vida, foi o tênis. Confortável, lindo e com aquela pegada despojada que a gente ama, são mil produções pra colocar o pé no chão e sair com o acessório por aí!

Urbano e

Floral

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A fluidez da pantalona também pede uma pegada urbana no look. Pra completar, tênis no pé com um detalhe bem delicado – tem como resistir a flores?

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Fotografia: XXXX

Mas, nem sempre as flores são romance. O ar mexicano da estampa do All Star transforma ele no acessório mais descolado na hora de pegar o skate e descer rampas por aí.

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JAQUETA DE COURO O Rebelde Sempre na Moda

A jaqueta de couro é uma peça de roupa intemporal que está na moda desde sempre… Um casaco de cabedal dá um ar de rebelde e de irreverência a qualquer homem. Apesar disso há muito espaço para errar ao escolher esta peça de roupa masculina… tudo se resume ao talhe e ao encaixe. Uma jaqueta de couro deve estar relativamente justa e encaixar no corpo de forma a criar linhas direitas e uma sensação justa. Hoje em dia as jaquetas de couro são muito diferentes das versões da década de 1950 e são feitas de couro de vitelo ou de cabra em vez do cabedal de antigamente que era difícil de amansar e que fazia barulhos cada vez que o homem se mexia… Maus tempos. O Mais Importante É a Medida Uma sugestão é tentar um tamanho mais pequeno que costuma escolher normalmente. Veja como fica e como se adapta à forma do seu corpo. Nos ombros a jaqueta deve estar mais justa do que larga. A jaqueta deve acabar na sua cintura e não nas pernas. Verifique também se as mangas não estão demasiado grandes porque o alfaiate não consegue fazer ajustes nisso!

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Estilos de Jaquetas de Couro No que toca a estilos dos casacos de couro só existem três estilos que interessam. O estilo Fatigue que tem dois bolsos no peito e às vezes tem um enchimento nos ombros. O estilo Motocross também chamado de jaqueta de motociclista tem o mínimo de detalhes, somente com dois bolsos na cintura. O estilo Bomber que tem uma linha nas mangas e um forro de lã. Cores de Jaquetas de Couro A cor também uma escolha importante. Preto é a escolha mais popular mas existem outras hipóteses a ser consideradas. Claro que uma jaqueta preta é uma boa escolha para um visual mais clássico e dá sempre uma onde de cool e de irreverência. Mas com os tons de castanho chocolate e os castanhos mais claros disponíveis em todo o lado, porque não experimentar? O castanho sempre foi uma escolha com mais estilo comparada com o preto formal, sendo versátil quando combinado com quase qualquer cor e ajuda a diferenciar dos imitadores do James Dean.


Outra coisa a ter em mente é que uma jaqueta de couro não é só para vestir quando está ao ar livre. Como você vai escolher um corte mais justo pode manter o casaco vestido em restaurantes, bares e discotecas – é como se fosse um blazer. Formas de Vestir uma Jaqueta de Couro Como sempre existem algumas formas de vestir uma jaqueta de couro que ficam sempre bem: Pegue nas suas calças jeans preferidas (desde que tenham um tom mais escuro), junte uma camisa branca e uma gravata preta fina. Junte com um casaco preto e o seu par preferido de ténis brancos você fica com um visual entre o forma e o casual perfeito. Com um casaco de cabedal castanho junte umas calças jeans mais largas, uma t-shirt com estampa que tenha uma base branca ou preta e meta uns ténis da converse ou uns ténis vintage. Junte uns óculos Wayfarer e um gorro cinzento para um conjunto descontraído de fim-de-semana. Experimente uma camisa de uma cor ou às riscas. Vestir umas calças mais formais e uma camiseta mais casual também pode ser uma combinação boa. Aquelas calças azuis escuras ou cinzentas que você só usa para as entrevistas de emprego com uma t-shirt simples e uns sapatos formais podem ficar bem numa jaqueta de cabedal castanha. Uma jaqueta de couro é um elemento essencial no guarda-roupa de um homem. Esta peça de roupa masculina combina com quase tudo e é intemporal e nunca vai sair de moda. É uma daquelas peças de roupa que você pode utilizar para combinar com peças mais efémeras que saem de moda na próxima estação. Os casacos de cabedal vieram para ficar… por isso arranje um!



Especial

Lana Del Rey

A nova queridinha Indie? “ Del Rey não apenas nasceu, como está pronta para morrer desde já. ”

Há tempos a indústria da música não fabricava um ícone de maneira tão descarada e, consequentemente, falha quanto Lan Del Rey. Do rostinho sem expressão aos vocais protegidos por doses imoderadas de Auto-Tune, tudo no trabalho da norte-americana ecoa de maneira falaciosa e vergonhosamente irreal. Até o nome da cantora – um misto de atriz Lana Turner e do clássico Ford sedan Del Rey – não é verdadeiro. Entretanto, talvez por enquanto fosse difícil perceber a estrutura estabelecida ao redor de Lana, que através dos singles Video Games e Blue Jeans cresceu ampla e misteriosamente ao longo de todo o ano de 2011, apenas nos preparando para a chegada do aguardado Born To Die, “primeiro” trabalho da jovem e disco em que finalmente somos apresentados de maneira nada discreta à farsa dela – e de quem mais estiver em seu entorno. Não há qualquer problema na maneira como a artista é matematicamente construída, afinal, ao longo de décadas de produção musical não são poucos os artistas de sucesso que cresceram por conta disso. Os próprios Beatles tiveram os primeiros discos intensa

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mente controlados pela gravadora, isso sem mencionar no cardápio de vozes femininas – indo de Madonna à Britney Spears – que quase diariamente se revelam protegidas por incontáveis recursos, sejam eles musicais ou financeiros. Lana, porém, parece estar exageradamente acima disso. Um rostinho bonito pré-fabricado que vem contando com o apoio ativo de sua gravadora, ou você vai dizer que em 2010 parou para ouvir o primeiro álbum da cantora, um registro tão banal que foi sumariamente descartado. O problema de Del Rey, entretanto, está além das artificialidades que a cercam, mas sim no vasto número de caminhos que a artista tenta percorrer ao longo do disco. Nem Lana, nem os executivos que a cercam parecem saber para onde a cantora vai. Ao longo do registro é possível observar uma boneca fragmentada em diversas personagens, ora soando uma cópia intragável de Beyoncé (Born To Die e Diet Mtn Dew), ora parecendo uma Robyn menos criativa (Off to the Races) ou ainda sugando o pop orquestral de Florence Welch (Summertime Sadness). Nada no interior do disco pertence a ela, tudo é arquitetado de maneira que apenas a voz (robótica) de Lana é acrescentada no desenrolar da faixa, tornando o álbum um projeto desnorteado. A forma arrastada e pouco inventiva do disco vai lentamente tornando o álbum um registro sonolento e cansativo, sendo que passados os vislumbres mais “enérgicos” do disco (ao final da faixa National Anthem), o trabalho parece

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“Do rostinho sem expressão aos vocais protegidos por doses imoderadas de Auto-Tune, tudo no trabalho da norte-americana ecoa de maneira falaciosa e vergonhosamente irreal.” simplesmente morrer, revelando uma sessão de músicas comprometedoramente próximas e irrelevantes. Talvez até exista uma Lana Del Rey ao fundo deste álbum, entretanto, os artifícios que a envolvem são tantos que é simplesmente impossível perceber qualquer fundo de realidade. Del Rey não apenas nasceu, como está pronta para morrer desde já.



Som Nacional

B LAC K dRAWING CHALKS Foi em 2009 com o disco ‘Life Is a Big Holiday For Us’ , o segundo registro em estúdio que a banda goiana Black Drawing Chalks conseguiu definir bem o que seria encontrado dentro da acelerada obra. Rápido, sujwo e em alguns instantes capaz de brincar com a sensualidade dos acordes, o trabalho trouxe em curtos minutos um concentrado de experiências que passavam pela década de 1970 e afins. Referências sempre ricas e capazes de alimentar conceitualmente todos os limites do rasteiro álbum, até então, o registro mais inventivo da banda Agora com a chegada de No dust Stuck on You (2012, Crânio), terceiro e mais novo disco de estúdio do quarteto goiano, somos imersos em um tratado de sonorizações quase opositivas e nada próximas ao que fora despejado há três anos. Esqueça a celebração, o toque festivo e as danças, da capa soturna aos acordes conduzidos pelo peso e a pressão, o novo disco surge dentro de um planejamento distinto, mais denso e em alguma medida capaz de soar como uma tenebrosa ressaca. Ao lançar o terceiro álbum o BDC aposta no novo, ainda que ele venha temperado com um gostinho de passado. Fruto de mais uma coerente produção de Gustavo Vasquez e Fabrício Nobre, além, claro, de uma maior participação do próprio quarteto, o novo álbum abre espaço para o que a banda deve promover em um futuro próximo. Ainda que dono de qualidades incontestáveis e um percurso próprio, o terceiro disco parece arar o solo (agora mais pedregoso e quase intransponível) para o que o grupo pode apresentar em um futuro próximo.

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Black Dralwin

“A VIDA É U

FERIADO PAR


ng chalks durante perfomance no Lollapalooza 2012.

UM GRANDE RA NÓS” -BDC

Procurando por um espaço particular dentro desse novo ambiente de ruídos intransponíveis e distorções marcadas pelo peso, não é difícil nos depararmos com criações que parecem imensas rochas de berros e poluição instrumental, feito que as guitarras rasgadas de Walking By e a densidade de Swallow traduzem de maneira pontual. Mesmo denso, o trabalho permanece rodeado por composições mais “fáceis” e de atitude dançante, delineamento que comanda a pulsos firmes (e pernas dançantes) a ferocidade de No Anchor e Disco Ghosts, um garage rock comercial que se aproxima de forma quase intencional do que servia como marca nos trabalhos passados. No Dust Stuck on You é um passo maduro e cada vez mais autoral dentro da trajetória do BDC. Se antes o grupo goiano parecia manifestar uma desconfortável relação de intimidade com o rock alternativo estabelecido, hoje é possível assumir sem medo que tudo aquilo que a banda promove no decorrer do novo disco é tão próprio quanto aquilo que Josh Homme e tantos outros ícones do Stoner Rock alavancaram em seus trabalhos. A vida continua como um grande feriado para o Black Drawing Chalks, agora com um toque extra de seriedade.

Matéria: miojoindie.com Fotos: Multi Show, blackdralwingchaks.com

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Arte

call me maybe Quem nunca usou um orelhão pra fazer aquela ligação de emergência, ou até passar um trote? Hihihi brincadeiras à parte, o Call Parade é um projeto de arte com o apoio da Vivo, onde 100 orelhões foram enfeitados por 100 artistas diferentes, em SP. Eles transformaram os aparelhos em arte – uns modernos, outros tradicionais, uns inusitados, outros que imitam a natureza! Esse dessa cidade com luzes acesas à noite foi feito pelo Maramgoní, e fica ao lado do MASP. Também na Avenida Paulista, 2 outros orelhões bem diferentes, um intitulado de “Vivo Conectado” feito por Juarez Fagundes, e outro “Hello Disco”, todo trabalhado no brilho, pela artista Emili Akemi! Os que a gente mais gostou foram esses floridos (claro!), o primeiro fica na Praça da Luz e foi feito pelo Quim Alcantara. Já o segundo fica em frente ao Instituto Tomie Otake, e foi feito pela Mi Castelani.

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Arte

Tatuagem, a milenar arte de marcar o corpo 18


Apesar de geralmente associada à juventude, a tatuagem é uma forma de expressão bastante antiga. Ao longo de sua existência, ela representou a arte e o modo de vida de diversas sociedades ao simbolizar ritos de passagem e importantes momentos históricos. Em indivíduos, retrata momentos particulares da vida ou simplesmente serve como ornamento. É difícil definir datas precisas para o surgimento da tatuagem. Sabe-se que ela foi usada por diversos povos antigos em diferentes tempos e lugares, como Polinésia, América, Europa, Japão e China. Os primeiros registros de pigmentação com tintas sob a pele remetem a pelo menos 5 mil anos. É dessa idade a múmia congelada do caçador da Idade do Bronze encontrada em 1991, entre a Itália e a Áustria, que acredita-se ser o mais antigo corpo tatuado do mundo. “Ötzi, o homem do gelo”, foi encontrado em um glaciar e estava tão bem conservado que foi possível contabilizar suas tatuagens, 57 no total. No Egito também foram encontradas múmias tatuadas, que datam do período entre 4000 e 2000 a.C. Entre os povos da Ásia, especialmente os polinésios, a tatuagem é presente há pelo menos 4 mil anos. Na América, no século 15, havia índios tatuados quando Cristóvão Colombo chegou ao continente.

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Arte

No

Shape A gente sempre apoia projetos descolados e do bem. E hoje descobrimos um que junta três coisas que a gente curte demais: skate, decoração e sustentabilidade! É a Deckstool, marca americana que recicla shapes de skates quebrados. O projeto surgiu entre dois irmãos que customizaram suas pranchas e viram nisso um projeto promissor, que acabou crescendo e virando um programa de reciclagem super bacana.

“A ideia é recolher shapes em lojas independentes e parques de skate de skate pelos

EUA e Canadá e

transformar em peças de mobilia.”

A ideia é recolher shapes em lojas independentes e parques de skate pelos EUA e Canadá e transformar em peças de mobília. O dinheiro arrecadado pela venda dos produtos é revertido de volta pra essas lojas, pra revitalização dos parques ou outros projetos e causas que envolvam o skate. Qualquer um pode mandar seu shape, comprar os móveis ou indicar uma causa pra ser apoiada pelo programa. E se você tem um pequeno negócio e quer arrecadar uma grana, é um ótima opção! Além disso, é tudo lindo! Os adesivos e graffitis formam estampas bonitas e o design é moderno e bem acabado. Como a marca é americana as entregas são feitas por lá. Mas no site eles disponibilizam um email caso alguém queira receber os produtos internacionalmente. Então se alguém encomendar e der certo, conta pra gente!


Cinema

Maratona de Cinema

Downtown 8 Os amantes de arte não podem perder “Downtown 8”, que mostra um dia na vida de Jean-Michel Basquiat, então aos 19 anos, perambulando e curtindo a efervescência das ruas de Nova York no começo da década de 80.

Moonrise Kingdom A lista de queridinhos começa com “Moonrise Kingdom” de Wes Anderson, quwe conta com um senhor elenco (Bruce Willis, Edward Norton, Tilda Swinton, Bill Murray!) e direção de arte deliciosa.

Ruby Sparks Na sessão fofura outro imperdível é “Ruby Sparks – A Namorada Perfeita”, dos diretores de “Pequena Miss Sunshine”. O filme tem tintas de conto de fadas e é protagonizado por um casal super fofo também na vida real!

Já está rolando o Festival do rio, e olha, se tem uma coisa que a gente curte por aqui é um bom filminho. Por isso resolvemos fazer uma lista com alguns dos nossos imperdíveis, quer conferir? Caderno na mão!

Tuwixt Quem leva a vida sobre quatro rodinhas não pode perder “dalua downhill”, sobre a busca de um skatista pela ladeira perfeita. E ainda tem “O Nós e o Eu”, de Michel Gondry e a lindinha Elle Fanning assustando em “Twixt”, terror de Francis Ford Coppola.

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