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Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2013 ANO II . edição nº 2
NOTÍCIAS ON-LINE DO CENTRO DE ESTUDOS THEREZINHA GONZAGA FERREIRA
educação em movimento Em entrevista exclusiva, Angel Vianna fala sobre dança, arte e amor
poética: palavras, contos e afins Dois alunos do Ensino Fundamental brincam com as palavras e mostram que sabem escrever poesias
eu & o CEAT O funcionário Wilson Santiago e o ex-aluno Jonas Godinho contam a importância da vivência na escola em suas vidas
na corda bamba Alunos experimentam aula interdisciplinar de física e educação física
sumário
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editorial
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aconteceu por aqui...
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poética: brincadeira de verso em verso
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na ponta do lápis _ por Márcia Feijó, Pedro Soares e Antônio Pereira
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educar através do corpo _ entrevista com Angel Vianna
* pág 14
eu e o CEAT: depoimentos
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opinião _ por Ângela Dias e Mercedes Carneiro
* pág 18
saúde _ por Suzete Marcolan
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resenha _ por Ninfa Parreiras
editorial A revista digital do Centro de Estudos chega à segunda edição com mais confiança para prosseguir na discussão sobre quais são as perspectivas e os desafios para a educação, a cultura, a ciência e a vida do novo milênio. A revista busca se afirmar como espaço de reflexão e estímulo aos educadores, dirigindo-se principalmente àqueles que buscam na sua prática profissional a construção de novos paradigmas, num tempo em que reverter a tendência do individualismo parece se impor como tarefa urgente. É uma tentativa de divulgar um rico trabalho humanístico que estimule atitudes de compromisso e responsabilidade social para o coletivo. A entrevista dessa edição é com Angel Vianna, figura pioneira da dança contemporânea que sempre esteve à frente do seu tempo. Angel foi idealizadora de uma nova concepção corporal, revelada através de seu trabalho com a dança. Numa entrevista gravada, registramos fragmentos da narrativa admirável de quem soube construir um edifício social de muitas almas, levando em conta não apenas o corpo, mas também a subjetividade e o afeto. Com Angel, as necessidades especiais e as diferenças entre as pessoas se tornaram instrumentos de expressividade. Vamos contar um pouco de sua vida e se inspirar nas suas palavras. Em “Poética: palavras, contos e afins”, duas crianças brincam com as palavras e revelam o talento para os versos. Inaugurando a nova sessão de opinião, Ângela Dias e Mercedes Carneiro tratam de um dilema típico dos pais: qual a melhor escola para o meu filho? Na ponta do lápis, dois artigos de professores relatam as suas experiências no campo da interdisciplinaridade e do corpo na educação. Afeto e memória marcam os depoimentos em “Eu e o Ceat”: Wilson e Jonas Godinho falam de sua vivência profissional e pessoal na escola. Por fim, em “Saúde”, a nutricionista Suzete discorre sobre a importância de se estar atento à deficiência de vitamina A na alimentação das crianças. E Ninfa Parreiras, em Resenhas, abre caminho para a leitura de dois livros da nossa atual presidente da ABL, Ana Maria Machado.
FÁTIMA SERRA, diretora do Centro de Estudos Therezinha Gonzaga Ferreira
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aconteceu por aqui...
aconteceu por aqui...
No dia 2 de agosto de 2012, o sociólogo Marco Silva esteve no CEAT para dar a palestra “Cibercultura: agenda comunicacional do professor”. Silva é mestre e doutor em educação, professor da UERJ, autor de livros como “Sala de aula interativa” (São Paulo: Edições Loyola, 2010) e artigos sobre educação interativa presencial e online. Em outubro do ano passado, iniciamos o curso para professores interessados em conhecer e implementar uma inovadora proposta de trabalho. O objetivo era superar “o paradigma unidirecional da pedagogia de transmissão, garantindo aos alunos autoria, compartilhamento, conectividade e colaboração na construção do conhecimento”. Atualmente, esse tema configura na escola um instigante desafio, pois exige de nós, educadores, uma ampla discussão sobre qual é o lugar da escola frente ao mundo da comunicação digital, que circula na cultura, nas artes, na política e no estar no mundo hoje.
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poética
*brincadeira de verso em verso palavras, contos e afins
Francisco Azar teve seu primeiro contato com a poesia aos dois anos de idade, em sua antiga escola. Mais tarde, no CEAT, com o projeto “Poesia”( 2º ano, profª. Arilene), Francisco reencontrou aos sete anos o tema que tanto o fascina. “Gosto de poesia porque está muito ligada à música e eu gosto muito de cantar e dançar”. Dois alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental jogam com as palavras e revelam o gosto por escrever poesias.
Já Mariana Lira descobriu seu gosto pela poesia no 1º ano do CEAT (profªs. Marília e Beth), através das parlendas. Em seguida, no 2º ano (profª. Arilene), gostava de ilustrar o livro de poesias da turma e de ler algumas antes de dormir. Com o projeto “Cartas”, do 3º ano (profª. Rosane), dedicou algumas poesias aos amigos aniversariantes.
AS TEIAS DAS ARANHAS Por que as aranhas fazem teias? Pra lembrar disso é muito fácil A aranha precisa se proteger E quem resolve isso? A teia, a teia. A aranha que rima com arranha Precisa se abrigar E quem resolve isso? A teia, a teia. A aranha precisa caçar Sem se machucar E quem resolve isso? A teia, a teia. A aranha precisa guardar seus ovos E quem resolve isso? A teia, a teia. Será que um dia a aranha vai ficar em extinção? Isso dobra meu coração! Francisco Azar . 3º A
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BRINCAR DE POESIA Poesia é como brincar com pipa, bola, carrinho e balão. Se a bola rola e me enrola, eu ainda tenho o balão que alegra meu coração E se ele estourar? Ainda tem o carrinho pra me consolar E se ele fugir? Acabou a brincadeira e lá vai a poesia ligeira Mariana Lira . 3º A
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na ponta do lápis na ponta do lápis
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A linguagem corporal através da arte por Márcia Feijó
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A cultura é uma das formas que o homem encontrou para organizar os textos inscritos por ele no espaço e no tempo.
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Durante muito tempo a ciência, a filosofia e a arte preocuparam-se em definir a origem e a evolução das linguagens do homem. Séculos de discussão e de definições concluíram que a linguagem, como capacidade de expressão dos seres humanos, é uma conquista natural e evolutiva. Isto é, os humanos nascem com uma aparelhagem física, anatômica, nervosa e cerebral, que lhes permite expressar-se amplamente através dos gestos, das palavras e das expressões de todo o seu corpo
frente às diversidades impostas por seu contexto ambiental e social. A linguagem verbal nasce através do corpo, por imitação dos gestos, como pantomima ou encenação, na qual o gesto indica um sentido. Nasce das necessidades físicas como fome, sede e abrigo. Nasce, também, da expressão das emoções trazendo o grito, o choro, o riso aos gestos cotidianos. Representações sonoras imitativas dos sons da natureza, como dos animais, rios,
dançarino, coreografia, música, luz, cenário, figurino, etc. Cada um desses textos exige uma organização interna coerente com o todo e um vocabulário especial para se fazer essa leitura.
mares, trovão ou vento. Ou seja, a linguagem nasce através dos impulsos humanos fisiológicos e emocionais, como uma onomatopéia de suas necessidades, em relação constante com o seu meio, até dar lugar às palavras, que se compõem com os gestos. Desta forma o homem assinala sua evolução e seu domínio em expressar-se, relacionando-se com seu próprio corpo, com outros seres vivos e com o mundo em que ele está inserido. Tomando como foco o conhecimento dessa nova linguagem, podemos observar vários textos nas ações do corpo vivo do homem. A cultura é uma das formas que o homem encontrou de organizar os textos inscritos por ele mesmo em seu espaço e em seu tempo. Muitas informações emanam desse corpo vivo, como os gestos, as danças, as vestimentas, a expressão corporal individual entre muitas outras. A opção educativa de se realizar um trabalho de corpo, através da arte, se justifica
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A opção educativa de se realizar um trabalho de corpo, através da arte, se justifica na possibilidade de intersemiose, em que o fazer artístico, a mensagem e a experiência são uma ação do coletivo partilhado, da história evolutiva da cultura e sua complexidade.
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na possibilidade de intersemiose, em que o fazer artístico, a mensagem e a experiência são uma ação do coletivo partilhado, da história evolutiva da cultura e sua complexidade. A diversidade de textos na composição das manifestações artísticas ou mesmo da obra de arte é bastante comum e eficaz. Por exemplo: uma apresentação de dança envolve o sistema formado pelo
Nossa prática educacional visa contemplar em sua metodologia, através de experiências variadas do fazer artístico, essa possibilidade de leitura e a condição de criar novos textos em suas mais variadas expressões. Assim, é importante analisar a linguagem corporal em seu contexto cultural, histórico, geográfico e político e desse ângulo, analisarmos também o campo social e nele, por sua vez, os indivíduos que sofrem com a discriminação por serem diferentes de um certo padrão imposto pela sociedade. A identidade cultural do indivíduo está inscrita em seu corpo. Mas não podemos sucumbir aos modismos impostos como padrão da “normalidade”. Educar pela arte é ter consciência de si e do outro, é aproveitar as diferenças para aprofundar na natureza humana e reescrever as regras do jogo social, contribuindo sempre para a construção de uma sociedade mais justa. Márcia Feijó, Licenciada em Dança pela Faculdade Angel Vianna, mestranda em Educação pela UFRJ, coordenadora da Pós-Graduação em Corpo, Diferenças e Educação da Faculdade Angel Vianna RJ e professora de Expressão Corporal/ Dança do CEAT.
na ponta na pontadodolápis lápis Na corda bamba
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Uma aula interdisciplinar de Educação Física e Física.
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por Pedro Soares e Antônio Pereira
As afinidades entre essas disciplinas não se limitam ao nome com o qual são conhecidas. Os movimentos do corpo humano, sejam esportivos ou não, estão diretamente relacionados com os estudos da Física, e os conceitos dessas áreas trabalhados na escola. Dessa forma, foi natural o surgimento de uma aula conjunta entre essas duas disciplinas.
No ano de 2011, tivemos a ideia de usar a Slack Line (uma prática similar à corda bamba circense) para uma aula interdisciplinar, proporcionando aos alunos do 2° e 3° anos do Ensino Médio a oportunidade de entender, na prática, os conceitos da Física aprendidos em sala de aula, utilizando o seu próprio corpo, numa atividade física que tem se popularizado muito entre os jovens.
Mais do que ver, foi possível aos alunos viver o sistema de roldanas, sentir as leis de Newton, perceber seu centro de gravidade na busca pelo equilíbrio e até ter medo de que o coeficiente elástico os derrubassem. Tudo isso de forma lúdica e coletiva. Ao mesmo tempo em que desenvolvemos concentração, propriocepção, respiração e equilíbrio, permitimo-nos negociar os limites entre medos e vontades e exercer a autonomia para determinar o momento de parar. No fundo, com a prática da Slack Line, desenvolve-se a consciência corporal e, consequentemente, o autoconhecimento. O desafio de caminhar sobre uma fita elástica de 2,5 centímetros estimula e instiga. O exercício faz reviver as nossas lembranças infantis, nossos desejos de vencer desafios. Porém, é necessário reconhecer as limitações físicas e mentais, respeitando o medo, que muitas vezes pode nos paralisar. O grande desafio que nós, professores de Física e de Educação Física, tivemos não foi ensinar, mas permitir que os alunos aprendessem, construindo, com a ajuda deles, um ambiente seguro, não apenas por conta das instalações
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Os movimentos do corpo humano, sejam esportivos ou não, estão diretamente relacionados com os estudos da Física, e os conceitos dessas áreas trabalhados na escola.
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físicas, mas pelo clima de tranquilidade emocional experimentado, quando todos se sentiram à vontade para ousar, sem constrangimento. Por fim, mudar o local onde tradicionalmente as aulas dessas disciplinas ocorrem, permitiu um outro olhar sobre elas e nos trouxe as certezas de que é possível trabalhar conceitos teóricos em Educação Física, mesmo em aulas práticas, e que a vida é um ótimo laboratório de Física.
Pedro Soares de Andrade da Costa, professor de Educação Física do CEAT Antônio Cesar Pereira, professor de Física do CEAT
EDUCAR ATRAVÉS DO CORPO entrevista com Angel Vianna
AOS 84 ANOS, A COREÓGRAFA E BAILARINA ANGEL VIANNA FORMOU CENTENAS DE ALUNOS. EM ENTREVISTA EXCLUSIVA, ELA CONTA COMO A DANÇA MUDOU A VIDA DELA E A DE OUTRAS PESSOAS.
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por Fátima Serra
Angel Vianna é mineira de nascimento e carioca de coração. Filha de árabes-libaneses, ela tem múltiplas influências. O nome de batismo, escolhido pela mãe, é Maria Ângela. Com os amigos do Rio de Janeiro veio o apelido carinhoso de Angel, como tanto quis seu pai, e que acabou virando nome artístico. O encanto pela arte ela herdou de casa. A avó materna, uma das pioneiras na cidade de Belo Horizonte, costumava fazer saraus. O pai, contador de histórias, manteve as tradições árabes na família e foi uma referência de toda a vida. A bailarina e coreógrafa, hoje com 84 anos, é unanimidade quando o assunto é dança, educação e movimento. Apaixonada por gente, Angel transformou a forma como bailarinos se relacionam com o corpo. Mais tarde, ampliou seus estudos sobre o movimento, fundou uma escola que, além da formação para profissionais da dança, oferece cursos para qualquer pessoa que pretender fortificar a sua individualidade no mundo.
Ainda pequena comecei a entender que eu estava em um mundo de gente e a me perguntar quem sou eu, de onde vim, porque vim e o que queres de mim. Esta pergunta eu me faço até hoje. Com o amadurecimento, descobri sou múltipla até pelos nomes, que são dois: Angel e Maria Ângela. Eu nasci no signo de Gêmeos com o astro em Mercúrio e ascendente em Virgem, que também é de Mercúrio – o planeta do movimento. Felizmente descobri que a minha profissão seria relacionada ao movimento. Um nome muito marcante e forte É. Eu gosto e sempre achei que ele estaria associado a alguma descoberta. Eu era muito curiosa desde pequena.Tinha um primo que eu gostava muito e a gente sempre passeava por um mesmo local no sítio do meu pai. Um dia ele me perguntou: “O que você tanto procura nesse caminho?”. Eu respondi, “Se Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, por que eu também não descubro alguma coisa?” Como foi sua infância em Belo Horizonte? A cada Natal que minha avó fazia, tinha de 300 a 400 pessoas. Nunca deixamos de ter visitas, dar hospedagem aos amigos que eram tantos, então, fui educada
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numa vida mais aberta, de receber pessoas. Era uma coisa muito respeitada por minha família e por mim. Desde criança eu tinha muita atenção com as pessoas. É interessante que naquela época eu já cuidava das pessoas. Gostava de receber em casa, cuidar de quem se machucava. Hoje eu trabalho com um número enorme de pessoas também com certos problemas. Nada foi de supetão, foi uma conquista. Eu acho que a vida é uma conquista quando você deseja conquistá-la. Então, sempre muito curiosa, fiquei pensando no que iria descobrir quando fosse adulta.
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Eu achava aquilo terrível, e era a única coisa que eu era bem contra, queria ter liberdade de ação.
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Como você retrataria sua história?
Como o balé entrou na sua vida? Eu fazia teatro universitário, dirigido pela Hulda Bittencourt e comecei em uma escola de dança fundada pelo Carlos Leite. Meu pai só sabia do teatro e da música. O árabe, naquela época, não permitia que a mulher estudasse dança. Engraçado, porque tem a dança do ventre e tantas danças importantes lá
no Líbano que são lindíssimas e sensuais. Mas é por issomesmo a restrição, a sensualidade. A filha, em geral, nascia para casar, para ter filhos, para ter uma educação, para viver o lar. Esse negócio de filha ter uma profissão, trabalhar fora, não era de costume. Eu achava aquilo terrível, e era a única coisa que eu era bem contra, queria ter liberdade de ação. E não é que eu fosse, vamos dizer, muito hábil no balé ou ponta. Eu gostava de criar, era engraçado, criar na forma de dançar. Mais tarde, eu e Klauss casamos e fundamos uma escola de dança em casa, a Escola Klauss Vianna. Aí começou a formação como educadora? A gente começou com o balé, mas um balé diferente, tirando sapatilha, tirando a ponta, trabalhando a coluna, que até então não era trabalhada. E para fazer isso nós começamos a estudar anatomia na Universidade de Odontologia, único lugar que tinha esse curso em Belo Horizonte. E foi conhecendo a estrutura óssea que a gente começou a desenvolver um trabalho nessa escola. Desenvolvemos essa escola para fazer formação mesmo. A escola Klauss Vianna teve seu auge em Belo Horizonte. Em 1961, fomos convidados pelo maestro e compositor Hans Joachim Koellreutter para lecionar na Universidade Federal da Bahia, única universidade no
país com curso de dança oficial. Resolvemos fazer as malas porque a Bahia era um polo de cultura da época. Fechamos a escola de Belo Horizonte e ficamos dois anos em Salvador. Depois disso, partimos para o Rio de Janeiro. Por que o Rio de Janeiro? Uma grande amiga nossa escrevia que no Rio de Janeiro tinha muita dança, muitas possibilidades, e eu achei que deveria vir. Meu pai uma vez disse que o Rio de Janeiro era de depravação, e eu pensei: “Ah, eu quero conhecer essa depravação”. Queria ver o que era isso, senão jamais iria perceber o que era uma coisa e o que era outra. Eu acho que valeu, o Rio de Janeiro me abraçou. Eu tenho um carinho muito especial pelo Rio, porque ele me acolheu de braços abertos e é onde eu realmente fui bem recebida logo de cara, em todos os sentidos. E como começou sua escola aqui no Rio? Eu nasci para ter uma escola em que eu pudesse trabalhar o meu pensamento e o do Klauss sobre o movimento. Eu resolvi abrir então a primeira escola – eu, a Tereza D’Aquino e o Klauss - lá em Botafogo. A formalização saiu em 1985, mas eu já estava com a escola, já tinha feito o primeiro e o segundo ano, e na primeira turma eram 40
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pessoas, dentre essas terminaram somente 12. Quando meu pai morreu, veio uma herança. Comprei sozinha uma casa, fiz uma reforma grande. Acho bom porque a casa é antiga, eu adoro antiguidade, essa coisa da memória, da história. Por aqui já passou tudo, e agora eu estou esperando para fazer para cadeirante aqui. Você enfrentou alguma dificuldade durante esses anos como educadora? Várias. Até porque muitas dificuldades que hoje são encaradas com mais tranquilidade em outros tempos eram mais difíceis de lidar por conta da falta de informação e do preconceito. Há muitos anos, tive uma aluna com Síndrome de Down. A primeira vez que a vi de costas, achei-a belíssima e com um corpo perfeito. Mas quando ela virou, eu realmente me assustei. Eu, então, resolvi trabalhar individualmente com ela, comecei a me aproximar dela como ser humano. Nós saíamos para ela ver o mundo que não conhecia, para poder se sentir gente. Eu comecei assim dando aula, dando conhecimento corporal. Mesmo sem saber como lidar, vamos dizer, cientificamente, no corpo dela, eu trabalhei com meu sentimento. Eu comecei a observar e pensei: “Eu vou descobrir como lidar com quem tem Síndrome de Down”.
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Eu acho que valeu, o Rio de Janeiro me abraçou. Eu tenho um carinho muito especial pelo Rio porque ele me acolheu de braços abertos e é onde eu realmente fui bem recebida logo de cara, em todos os sentidos.
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Você já tinha uma intuição corporal, intelectual, espiritual... Espiritual, principalmente. E aí eu comecei a trabalhar e aceitar qualquer aluno, com suas diferenças - surdos, mudos e cegos. Isso foi muito importante para mim, eu tive coragem de trabalhar com diversos problemas. Foi daí que os terapeutas começaram a me indicar. Eu tive alunos com nanismo, com doenças mentais e com outros problemas. Então, eu trabalhei muito, mas não me pergunte por quê, não há resposta. Você encontra o caminho quando você deseja. É claro que eu não encontrei à toa o caminho, é claro que eu estudei muito sobre o corpo, anatomicamente, cientificamente e descobri que gente tem que ser respeitada,trabalhada e ajudada.
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Hoje eu tenho também a faculdade. Todos que vêm, recebo com amor, com carinho. Eu acredito nos meus alunos, eles aprendem a cuidar de si, cuidando do outro também. O bonito da vida e do próprio ser que você trabalha é descobrir, ajudar a descobrir. Cada pessoa é única , especial, tem individualidade. E o nosso instrumento de vida é o corpo, ele é uma máquina. Esse instrumento-corpo pensa, sente, então, tem que ser cuidado. Ele é cheio de fiação também. Esses fios se completam internamente, se entrelaçam, são fios que sentem. Então, quando você trabalha com o corpo, você tem que saber que o movimento é de dentro para fora, mas também pode ser de fora para dentro. Essa consciência vem com o tempo.
Você sente que essas pessoas que foram formadas por você levam um pouco da sua essência em sua trajetória profissional? Reconheço o trabalho em todos os alunos que estudaram aqui em seus trabalhos. Eu não formei gente para ficar me glorificando, eu realmente não faço isso para mim. Eu sempre digo para os alunos: “Trabalha seu corpo que ele te mostra o caminho”. Eles passam brincando, porque são bons, não é porque passaram aqui, é porque seguiram o caminho que o corpo mostrou. Gente é como nuvem: sempre se transforma.
. . T A E ho C o & u e odin . G s . a n . o . . to de J . n e . m i o . p . de o]
[ex-alun
As Relações Fico muito feliz em falar dessa escola, tive tantas alegrias estudando lá. Foi no CEAT que descobri que o mundo era injusto. Ao mesmo tempo, era protegido em uma relação pura com os amigos que encontrava e com os professores e funcionários que pareciam ser preparados para lidar com a pluralidade do indivíduo. Boa parte dos grandes amigos, aqueles que chamamos de irmão e que cultivo até então, conheci no CEAT. Hoje, aos 30 anos, arquiteto urbanista, sei exatamente os pontos da minha personalidade profissional que o CEAT ajudou a construir. Destaco, sem dúvidas, a relação que crio com as pessoas que trabalham comigo, tanto dentro do escritório como fora dele. Esta é uma relação que não passa pela disputa nem competição, o que a rege é o respeito
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pelo indivíduo e desta forma a exaltação do predicado do ser. Quero sempre que as pessoas ao meu redor estejam muito confortáveis, pois assim chegamos a um objetivo comum. Esta relação aprendi no CEAT e tento passá-la adiante esperando que consigamos preservar a pluralidade e a troca neste mundo digital em que vivemos. Agradeço aos meus pais por terem escolhido esta escola para mim e gostaria de fazer o mesmo para os meus futuros filhos.
. . T A E C o & u e . . . tiago . n a . S . n o . .. de Wils o t n e m depoi o CEAT]
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[porte
O exemplo Comecei a trabalhar em agosto de 1993. Tenho um bom relacionamento com os funcionários e as pessoas no CEAT, e isso facilita o diálogo , as discussões sobre as conquistas e melhorias na escola. Observo que é necessário respeitar para ser respeitado. Nós, educadores, temos que ser exemplo para nossos alunos. Me sinto privilegiado e, ao mesmo tempo, com uma grande responsabilidade em atuar nas seguintes áreas: portaria e pátio do colégio tanto no controle de entrada e saída de pessoas na escola, quanto no controle de manter a ordem no pátio e dependências da escola. É uma missão árdua e às vezes gratificante poder fazer parte da educação e formação das crianças e jovens que são o futuro do país e do mundo. Sempre gostei de discutir, ouvir e falar em prol de melhorias nos ambientes de trabalho, em casa,
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nos cursos, nas peladas de futebol, ou em qualquer lugar em que eu esteja envolvido. Aqui no CEAT eu tenho credibilidade, respeito e confiança tanto da parte da direção e de todos os coordenadores pedagógicos, como da equipe do setor administrativo. Sobre solidariedade e amizade, me sinto bem à vontade e seguro para falar sobre esse assunto. Já fui contemplado várias vezes com a solidariedade dessa equipe CEATIANA (alunos, professores, transportadores, direção, coordenadores e administração). Dezenove anos se passaram, nos quais pude fazer grandes amizades. Termino meu depoimento com muita emoção e alegria em poder contar um pouco sobre mim e o CEAT, colégio que faz parte da minha história de vida, e onde tive a oportunidade de formar as minhas duas filhas.
coordenadoras pedagógicas do Ensino Fundamental II do CEAT
por Ângela Dias e Mercedes Carneiro
Qual é a melhor escola para meu filho?
opinião
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* Proposta pedagógica deve estar afinada
com valores que os pais consideram fundamentais para a educação Uma das questões que hoje mais preocupam os pais diz respeito à escolha da melhor escola para seus filhos. Atualmente, presencia-se um quadro bastante singular, uma vez que um bom número de escolas particulares oferecem propostas educacionais liberais, acenando com projetos pedagógicos muito semelhantes. Propõem-se a formar alunos críticos, solidários, atuantes, competentes e antenados com a realidade política e com as questões ambientais. Prometem cuidar da formação de cidadãos que farão a diferença em futuro próximo. Esse discurso, comum a tantas instituições educacionais, nem sempre se mostra eficaz na prática e se revela muitas vezes como um jargão politicamente correto, confundindo os pais, porque se tratam,
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É fundamental tomar contato com a filosofia explicitada na proposta pedagógica, o currículo oferecido e as formas de avaliação, informações reveladoras dos valores da instituição.
Nas redes sociais são frequentes as considerações sobre a forma de escolher a melhor escola. Sabe-se que muitos prezam mais a “escola perto de casa”, independentemente de oferecer um ensino mais tradicional ou liberal. Outros fazem a opção por aquela onde os amigos próximos puseram seus filhos. Outros ainda valorizam mais o espaço físico. Alguns apontam a necessidade de a escola garantir a verticalidade, desde a Educação Infantil até o vestibular, e outros consideram o desejo e a expectativa dos próprios filhos.
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na verdade, de clichês. Isso porque a concretização de uma proposta de tal amplitude exige um cotidiano escolar afinado com valores e práticas, equipes de professores em permanente formação e dispostos a fazer constantes autocríticas. É preciso ter um olhar sobre os alunos, capaz de ajudá-los a desenvolver o que têm de melhor, incluindo o respeito pelas diferenças, pelo coletivo e a aceitação de limites importantes para a sua formação. É preciso conhecer com mais propriedade as diferentes escolas, procurando informações com famílias de ex-alunos, visitando os espaços físicos, observando a movimentação e a comunicação entre os que lá convivem. É fundamental, também, tomar contato com a filosofia explicitada na proposta pedagógica, o currículo oferecido e as formas de avaliação, informações reveladoras dos valores da instituição.
O fato é que a escolaridade das crianças e jovens é algo de extrema importância, base da sua formação acadêmica, ética e cultural. A escola é o lugar onde as primeiras relações com diferentes grupos se dão. É também o espaço de estabelecimento de acordos, de confrontos, de mediações e consequente amadurecimento, na construção da moral coletiva. O CEAT – Centro Educacional Anísio Teixeira – escola particular do Rio de Janeiro, gerida por professores e funcionários, considera que as perguntas essenciais a serem feitas nesse momento de tomada de decisão devem estar relacionadas aos valores que os pais consideram fundamentais na educação de seus filhos. Talvez a resposta à difícil indagação: “que tipo de pessoa e profissional gostaria que meu filho se tornasse?” possa também orientar a família nessa escolha. Uma coisa é certa: o papel da escola é diferente do papel dos pais. No entanto, ambos precisam definir claramente os seus códigos de conduta e trabalhar conjuntamente para que sejam interiorizados pelos educandos. Mesmo não havendo escola que dê conta de todos os anseios dos pais e dos alunos, é preciso buscar um lugar que garanta uma educação equilibrada e competente, priorizando um diálogo sincero entre todos os envolvidos na tarefa de ensinar e aprender.
Promoção da saúde na escola por Suzete Marcolan, nutricionista do CEAT
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A JÁ É CONSIDERADA PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostrou que muitas crianças, entre seis meses e cinco anos de idade, têm consumo inadequado de vitamina A. A proporção é maior na região sudeste, onde 21,6% delas apresentam deficiência da vitamina. Nos estados do nordeste, o número é de 19%. Morar na zona urbana foi uma variável associada à prevalência de níveis deficientes nestas regiões quando comparada à zona rural. Outra justificativa é a idade materna. Mulheres que engravidam depois dos 35 anos constituem um grupo em que ocorre maior incidência de crianças com níveis elevados de deficiência. A Deficiência de Vitamina A (DVA) é a principal causa de cegueira entre as crianças, e também contribui significativamente para o aumento das taxas de morbi-mortalidade associadas a processos infecciosos que são comuns na infância e na gestação. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a DVA é considerada um problema de Saúde Pública, devendo ser combatido com suplementação. Um dos papéis da escola é promover a saúde e a alimentação saudável. Portanto, é preciso pensar em alguns cuidados sobre a alimentação infantil e a da gestante: a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança, e a alimentação complementar saudável a partir desta idade e para todos os indivíduos nos diferentes ciclos de vida. É preciso também reforçar a necessidade diária de compor a dieta com alimentos ricos em vitamina A. A vitamina A faz parte do grupo de vitaminas lipossolúveis, ou seja, que são solúveis em gorduras. Sua principal função é promover o crescimento ósseo, proteger a pele e as mucosas, aumentar a resistência às infecções, propiciar a boa visão, auxiliar na cicatrização rápida dos ferimentos e combater os radicais livres.
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saúde
Família e escola devem estar atentos à alimentação equilibrada e rica no nutriente
A oferta de alimentos fontes de vitamina A diariamente para toda a família diminui a rejeição por parte das crianças. Cabe também à escola promover uma alimentação saudável, oferecendo e estimulando o consumo desses alimentos.
Confira abaixo sugestões para compor cardápios equilibrados e ricos em vitamina A para atender as necessidades nutricionais de crianças, adolescentes e adultos.
* Café da manhã ou lanche > Suco de laranja com cenoura e pão com queijo > Leite integral achocolatado, pão com manteiga e mini cenoura > Pão integral com pasta de ricota com cenoura e suco de manga > Mamão com mel, bolo de cenoura e leite > Manga, queijo, suco de frutas e biscoito integral
* Almoço ou jantar > Risoto (frango desfiado, cenoura ralada, milho, cebola, tomate, cheiro-verde) e feijão > Carne picadinha, purê de batata com espinafre, arroz e feijão com abóbora. > Peixe assado com batatas, arroz de brócolis e feijão > Omelete(gema) de espinafre, macarrão ao molho de tomate com manjericão, feijão > Iscas de fígado acebolada, purê de batata com abóbora, arroz e feijão FONTE: Boletim Carências Nutricionais –
Deficiência de vitamina A (DVA) / MS – 2009
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Abrindo caminho para a leitura
por Ninfa Parreiras, escritora e professora do CEAT
resenha
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Ana Maria Machado é uma das consagradas autoras da literatura brasileira, com livros para crianças, jovens e adultos Ana Maria Machado é uma das consagradas autoras da literatura brasileira, com livros para crianças, jovens e adultos, em prosa, poesia, ensaios, teatro, não ficção, além de inúmeras traduções impecáveis. Ela será homenageada pelo CEAT na 5ª Festa Literária de Santa Teresa, nos dias 18 e 19 de maio de 2013. Sua obra ultrapassa os 100 títulos publicados e abrange um universo amplo de assuntos e de gêneros. Os números fazem parte da carreira desta brilhante escritora, Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), e premiada diversas vezes no Brasil e no exterior. Com ampla experiência na área de literatura infantil e juvenil, Ana Maria foi livreira, editora, jornalista, crítica literária e professora. Conhece a cadeia do livro e da leitura, e atualmente é a presidente da ABL. Tudo isso tem repercutido no seu fazer literário, na sua forma de pensar a cultura, em especial, a leitura e a literatura. Dentre seus tantos livros de ensaios, em torno de dez, destacamos “Contracorrente: conversas sobre leitura e política”, da década de 1990. São 11 textos que refletem sobre o direito de ler, a ideologia da leitura, as novas tecnologias e a leitura e o acesso aos livros no Brasil hoje - temas atuais e necessários para serem debatidos entre educadores e adultos que lidam com as crianças, os jovens e a cultura. Em “Ideologia e livro infantil”, a autora nos mostra como a ideologia faz parte das expressões literárias e que não há literatura neutra. Ler
São Paulo: Ática, 1999
Ana Maria foi livreira, editora, jornalista, crítica literária e professora. Conhece a cadeia do livro e da leitura, e atualmente é a presidente da ABL.
São Paulo: LeYa, 2008
esses ensaios nos nutre de informação e de questionamentos sobre a função da literatura e da leitura e sobre a importância que exercem na vida contemporânea de crianças, adolescentes e adultos. Quando falamos em Ana Maria Machado, sabemos que é leitora voraz, como ela mesma diz. Conhece a literatura clássica, brasileira, e popular. Ela entende muito bem de livros, de criação literária e transita nesse meio com segurança. Além de escritora, Ana Maria é tradutora de contos, novelas e romances. A mensagem que criou em 2003, para o Dia Internacional do Livro Infantil, nos mostra seus caminhos como leitora curiosa desde a sua infância. Suas palavras instigam um desejo de também conhecer e ler. Na obra “Como e por que ler os clássicos universais desde cedo”, a autora nos presenteia com um passeio variado e rico pela literatura de todo o mundo. Diferentes obras, de diferentes épocas são comentadas, como se fosse um bate papo. Já em “Leituras de escritor”, Ana Maria selecionou e comentou 14 contos de autores estrangeiros e nacionais. De Edgar Allan Poe a Francis Scott Fitzgerald; de Machado de Assis a Clarice Lispector; de Julio Cortázar a Gabriel García Márquez. São narrativas surpreendentes. Após cada conto, há uma apresentação para cada autor e preciosos comentários sobre os textos. Imperdível seleta de contos!
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