Centro de Convivência Para Idosos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ARQUITETURA E URBANISMO

CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS

Fernanda Ceneviva Abdou Orientador: Onésimo Carvalho de Lima RIBEIRÃO PRETO 2017



Dedicado a minha família, Marisa, Yacoub e Tais que sempre me apoiaram ao longo de minha vida. A meu avô Edmond que me despertou um olhar curioso pela relação entre os idosos e os espaços. Por fim ao professor Francisco Gimenes que me inspirou admiração e fascínio pela Arquitetura.



Resumo Abstract

O número crescente de pessoas que atingem os 60 anos no Brasil evidencia a necessidade de repensar o papel do idoso e sua relação com a sociedade e os espaços existentes. O anteprojeto desenvolvido propõe um Centro de Convívio para a Terceira Idade que apesar de considerar suas limitações tem como principal objetivo a reintegração deste indivíduo com a vizinhança e a sociedade. Um edifício que juntamente com os equipamentos e serviços existentes na rede pública possa integrar gerações diversas, oferecer serviços, oficinas e atividades contribuindo para o bem estar dos usuários.

The increasing number of people turning 60 in Brazil highlights the need to rethink the role of the elderly, their relationship with our society and its existing spaces. The pre project proposes an Elderly Conviviality Center that in spite of considering the public's limitations has as it’s main objective the reintegration of these individuals with their neighborhood and the society. A building that along with the equipment and services present in the public network can integrate several generations, offer services, workshops and activities, contributing to the well being of the users.



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Metodologias

02

1.

Teoria

1.1 . 1.2 .

O Idoso e a Sociedade

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O Idoso e os Espaços de Convivência

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2.

Referências

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3.

Definições Gerais

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4.

Levantamento da Área

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5.

Anteprojeto Arquitetônico

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Bibliografia

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Anexo

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Considerações Finais

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Sumário

Introdução



Uma Sociedade para todas as idades possui metas para dar aos idosos a oportunidade de continuar contribuindo com a sociedade. Para trabalhar neste sentido é necessário remover tudo que representa exclusão e discriminação contra eles. (Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento, 2002.)

Sendo assim, a maior longevidade evidencia a necessidade de envelhecer com qualidade de vida. Espaços e atividades que garantam ao idoso se sentir incluso a um grupo e participante na sociedade ativa surgem como ferramentas de inserção da terceira idade em uma estrutura social ainda defasada para recebê-los. O interesse pelo tema surgiu de uma experiência pessoal do convívio com um idoso que possui independência, apesar de alguns problemas de saúde. Porém, observa-se através desta convivência que são quase inexistentes ambientes que proporcionem convívio com outras pessoas, possibilitando criar novos laços entre gerações, criando espaço para os idosos como atuantes na sociedade ou até mesmo como mão de obra ativa. Neste sentido busca-se, com o desenvolvimento deste trabalho construir um panorama geral do idoso no Brasil e quais são as possibilidades quanto ao acesso a convivência social. O assunto é tratado com mais frequência por áreas da saúde como educação física e geriatria, por isso,

torna-se interessante a discussão do papel da Arquitetura no que diz respeito aos idosos. O objetivo geral deste trabalho de Final de Graduação em Arquitetura visa desenvolver um Anteprojeto Arquitetônico de um Centro de Convívio para Idosos na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. Este equipamento, pensado na escala da vizinhança, pode integrar a rede pública de edifícios e serviços voltados ao bem estar da terceira idade. Propõe-se através de seu desenvolvimento atender as necessidades e suprir algumas falhas levantadas nos espaços de convívio existentes, com a criação de uma estrutura física que garanta ao idoso, dignidade ao desenvolver atividades sociais e incentive maior integração dos idosos com a comunidade. O projeto arquitetônico também busca promover à sociabilidade, a integração, as atividades físicas, culturais e de lazer que são indispensáveis, pois proveem ao idoso não apenas sobreviver, mas viver. Implantar espaços nos quais atividades em grupo ou individuais possam ser desenvolvidas simultaneamente, manter o contato com a cidade ao seu redor e principalmente criar locais acessíveis e irrestritos a seus usuários, visando o bem estar, são ações importantes para os idosos se manterem ativos e participantes.

Introdução

Estudos e projeções, segundo ONU – Organização das Nações Unidas (2016), apontam que o crescimento da população idosa mundial vem avançando e alterando consideravelmente o quadro demográfico. Novas tecnologias e desenvolvimentos no âmbito da medicina, farmacêutica e psicologia podem ser consideradas aliadas a este quadro, além de estarem se moldando para acompanhar esta demanda crescente. Dados como o avanço do saneamento básico, melhorias nas condições de moradia, nutrição e trabalho devem ser considerados quando analisamos a maior longevidade da população.

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Metodologias 02

As metodologias aplicadas ao desenvolvimento deste TFC tornam possível sua constituição de maneira fidedigna ao panorama atual. Através de pesquisas bibliográficas, iconográficas e recolhimento das informações históricas que permitam o aprofundamento teórico, maior conhecimento da realidade dos idosos e suas necessidades específicas. O conhecimento e leitura de referências projetuais para que o tema se concretize. Visitas técnicas que explicitam a realidade dos espaços de convívio atual e suas carências. Levantamentos de dados que reunidos representam o panorama da área a ser implantado o projeto, suas problemáticas e potencialidades. Levantamento da legislação vigente, que estabelecerá regras e normas a serem seguidas pelo projeto. A coleta de dados será específica e precisa, pois além da observação de dados coletados através de visitas à centros de moradia e convívio de idosos e observação de pesquisas acadêmicas, há proximidade com um idoso o que garante a observação direta de suas atividades diárias e dificuldades. A partir do material teórico reunido, o TFC se estrutura com base na divisão de capítulos em quatro temas de maior relevância, que englobam conteúdos estabelecendo uma linha de pensamento que justifique a implantação do projeto e suas potencialidades. Sendo esses: 1. Teoria 2. Referências 3. Definições Gerais 4. Levantamento da Área 5. Anteprojeto Há uma subdivisão interna no primeiro capítulo pois a organização do conteúdo teórico se dá em duas partes. O primeiro trata da relação do idoso com a sociedade, este visa justificar a escolha do tema por meio de dados sociológicos e suas análises, que levaram ao surgimento e justificativa do projeto. Mostrando um panorama do idoso no Brasil e especificamente em Ribeirão Preto.

O segundo aborda a relação do idoso com os espaços de convivência, neste capítulo expomos espaços de convivência, eventos e cursos disponíveis aos idosos atualmente na cidade de Ribeirão Preto. Já no segundo capítulo, as Referências, serão expostas referências projetuais, estruturais ou conceituais que serão analisadas e consideradas na proposta. O capítulo terceiro, das Definições Gerais, irá expor como o projeto será financiado (público ou privado), a definição de um público alvo, as atividades a serem desenvolvidas, o programa completo, as áreas estimadas, suas porcentagens de distribuição no projeto e suas condicionantes legais, que irão expor as normas e legislações vigentes no código de obras, bombeiros e plano diretor para a área a ser implantada. No quarto capítulo, Levantamento da Área, serão apresentados os levantamentos morfológicos pertinentes ao desenvolvimento do projeto. O Anteprojeto, quinto capítulo conterá todos os desenhos técnicos, maquetes, imagens e textos que forem pertinentes garantindo o máximo entendimento do projeto final proposto. A Bibliografia trará as fontes e referências utilizadas no desenvolvimento do TFG. Por fim o Anexo contém imagens, informações e experiência pessoal adquiridas na visita técnica a uma moradia de idosos, Vila Dignidade, em Ribeirão Preto.


As histórias dos personagens de Bosi mostram que a função social exercida durante a vida ocupa parte significativa da memória dos velhos, e isso não ocorre por acaso. A memória, na velhice, é uma construção de pessoas agora envelhecidas que já trabalharam. Assim, é uma narrativa de homens e mulheres que já não são mais membros ativos da sociedade, mas que já foram. Isso significa que os velhos, apesar de não serem mais propulsores da vida presente de seu grupo social, têm uma nova função social: lembrar e contar para os mais jovens a sua história, de onde eles vieram, o que fizeram e aprenderam. Na velhice, as pessoas tornam-se a memória da família, do grupo, da sociedade. (SCHOBER, 2003.)

Devemos considerar também, de acordo com Censo realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que esta faixa etária da sociedade vem aumentando consideravelmente com o passar dos anos. Em 2000, 5.61% da sociedade brasileira era representado pela população de idosos, em 2016, 8.07% e em 2030 com previsão de alcançar 13.44%. Segundo Felix (2007), “A França levou 115 anos para dobrar de 7% para 14% a proporção de idosos na população. O Brasil vai fazer o mesmo em 19 anos. Uma geração. Eles levaram seis”. A busca por seu lugar na constituição de seu grupo social, familiar e pessoal se torna diária. A experiência adquirida em anos de contribuição e vivência deve ser transmitida aos jovens e adultos, que poderão fazer proveito desses conhecimentos. Segundo Beauvoir (1990, p. 265),

“é a classe dominante que impõe às pessoas idosas seu estatuto; mas o conjunto da população ativa se faz cúmplice dela”.

1.1 O Idoso e a Sociedade

O idoso, pessoas a cima de 60 anos, pode ser considerado fruto de uma vida doada e atuante em uma sociedade, o que muitas vezes não se constitui da mesma forma quando este indivíduo atinge a terceira idade. Segundo Petroni (2008), as fases da vida pelas quais o ser humano passa, carregam em si os encargos e cobranças que são específicos da etapa em que este se encontra. Produtividade, rapidez e atualização são esperadas de pessoas ativas na sociedade, mas e quando estes pré-requisitos deixam de ser cobrados, qual se torna o papel que o ser humano passa a assumir perante a sociedade?

FIGURA 1: Evolução dos grupos etários no Brasil, 2000-2030. FONTE: IBGE, 2016.

Porém muitas vezes a dependência de terceiros para executar as tarefas mais simples e triviais, assim como a falta de opções do que fazer no tempo livre que fora finalmente conquistado, se tornam o maior empecilho na vida dos que atingem a terceira idade e podem tornar a velhice triste e sem sentido para uma porcentagem considerável dos idosos. De acordo com Oliveira (2003), a urbanização e a industrialização acentuaram as desigualdades que, associadas aos preconceitos e estigmas, vêm demonstrando que as experiências acumuladas durante a vida em sua maioria não são aceitas pelos mais jovens. Entre as principais doenças que atingem os idosos está a depressão. É uma doença frequente em todas as fases da vida, estimando-se que cerca de 15% dos idosos apresentem alguns sintomas depressivos e cerca de 2% tenham depressão grave. Esses números são ainda maiores entre os idosos internados em asilos ou hospitais. (LOUZÃ, 2010.)

Quando contrastamos tais dados, notamos que esta faixa da sociedade necessita de atenção especial quanto as suas necessidades e atividades diárias básicas, sociais, físicas e mentais.

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Residir na cidade pode beneficiar o idoso, especialmente por causa da proximidade com seus filhos, dos serviços especializados de saúde e de outros facilitadores do cotidiano. Assim, o grau de urbanização da população idosa também acompanha a tendência da população total, ficando em torno de 81% em 2000. A proporção de idosos residentes nas áreas rurais caiu de 23,3%, em 1991, para 18,6%, em 2000. (IBGE, 2002)

O crescimento do número de idosos a procura por centros urbanos deve-se a infraestrutura urbana disponível na área da saúde e das atividades cotidianas. A variedade de serviços de abastecimento, de lazer e convívio, e a possibilidade de relações sociais que geram novas oportunidades são pontos de grande relevância na melhora da qualidade de vida. De acordo com Rodrigues (2002), a substituição do velho pelo novo na sociedade atual nasce da construção de uma imagem errônea sobre o idoso, baseada em estereótipos, mitos e preconceitos. A falsa ideia de que o idoso é incapaz de desenvolver qualquer atividade faz com que este seja encarado como um peso e risco social. Devemos prover meios que permitam a esta experiente faixa social desenvolver com dignidade atividades sociais e econômicas. Locais que permitam aos idosos desenvolver suas atividades com dignidade e independência trarão uma solução viável ao questionamento de seu lugar na sociedade, assim como aos dados de aumento na porcentagem de idosos na sociedade, segundo IBGE (2002), ultrapassando 30 milhões em 2022. Devemos então ressaltar a análise das necessidades em específico dos idosos em relação aos espaços públicos e privados. Em sua maioria, os espaços destinados a idosos no Brasil encontram-se em edifícios adaptados ao novo uso, sendo assim não proporcionam em sua potencialidade máxima o desenvolvimento de atividades benéficas ao usuário da terceira idade. Como o edifício destina-se a atender as necessidades de idosos, o

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“design universal” foi aplicado garantir a acessibilidade de indivíduos dos potenciais usuários, atendendo às restrições de mobilidade, por exemplo, aqueles que utilizam cadeiras de roda, bengalas ou andadores param se locomover. (ROMANI, 2007.) A relação idoso X sociedade é regulamentada através de legislações existentes previstas desde na Constituição Federal, quando se é colocada a dignidade humana como foco principal do ordenamento jurídico brasileiro, instiga-se a população a buscar direitos fundamentais que configuram como essenciais para a garantia do fundamento constitucional e para a busca dessa dignidade. O valor da dignidade humana atinge todos os setores da ordem jurídica-político brasileira, sendo dever do Estado editar leis e implementar políticas públicas visando à satisfação das necessidade vitais básicas de seus cidadãos, garantindo o seu bem estar. A Lei nº 8.842 (Política Nacional do Idoso) e a Lei nº 10.741 (Estatuto do Idoso) reafirmam a necessidade da construção de políticas Inter setoriais capazes de contemplar as necessidades da pessoa idosa e prover o seu bem estar em plenitude, garantindo não somente o acesso as políticas, mas sobretudo favorecendo sua participação ativa em seu contexto social. Trata-se de possibilitar as pessoas idosas condições e recursos para que vivam o envelhecer da forma que desejarem e com dignidade. Desde de 1994, a Lei nº 8.842 implantou no Brasil a Política Nacional do Idoso, que prevê, dentre os inúmeros serviços, o atendimento em Centros de cuidados diurnos, Centro de Convivência, Casa Lar, Atendimento Integral Institucional e a Assistência Domiciliar, os quais são mantidos e reafirmados no Estatuto do Idoso como linhas de ação da política de atendimento. Porém, tais conquistas não se concretizaram de forma satisfatória, demandando o desenvolvimento de políticas


Considerada uma das cidades mais desenvolvidas da região, a cidade de Ribeirão Preto - SP possui seu PIB – Produto Interno Bruto, baseado em Serviços, correspondente a R$ 19.575.908, e seguido

pela Indústria que movimenta R$ 2.755.353. A cidade de Ribeirão Preto conta com 674.450

moradores atualmente sendo que 20.917 moradores possuem mais de 65 anos, portanto considerados idosos. (IBGE, 2016.) Índice de Envelhecimento (2011 a 2017) Localidade

Período

Índice de Envelhecimento (%)

Ribeirão Preto

2011

67.55

Ribeirão Preto

2012

70.18

Ribeirão Preto

2013

72.88

Ribeirão Preto

2014

75.67

Ribeirão Preto

2015

78.56

Ribeirão Preto

2016

81.39

Ribeirão Preto

2017

84.31

1.1 O Idoso e a Sociedade

públicas e ações que possam tornar efetiva a previsão da norma legal. O Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que sistematizou ordenamento jurídico e as políticas setoriais relativas aos idosos. Apesar de organizar uma série de direitos, sua aplicação é um desafio principalmente do ponto de vista da implementação de políticas públicas para pessoa idosa. Segundo o promotor de justiça Oswaldo Peregrina Rodrigues, o Estatuto do Idoso cuida dos direitos e interesses fundamentais da pessoa idosa, assegurando a observância, prioritária, absoluta e integral, por parte de sua família, da sociedade e do próprio Poder Estatal dos seus direitos à vida, saúde, alimentos, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, respeito e à convivência familiar e comunitária. Essa Lei estatutária protege os direitos fundamentas da pessoa idosa de modo igualitário, garantindo-lhe especial e diferenciada proteção quanto o fator etário por motivo de peculiar proteção. Como toda normatização, seu aprimoramento e amoldamento social faz ser necessário com o passar dos tempos, sobretudo para acompanhar a transformação da sociedade. O idoso requer proteção especial, pela sua peculiar condição. Nem todos os idosos, é verdade, se encontram em situação de fragilidade, tendo em vista que o envelhecer, atualmente, ocorre com muito mais qualidade, principalmente para os que têm condições econômicofinanceiras para isso. Entretanto em razão do próprio processo do envelhecer, o Direito lhes conferiu posição de prioridade, para que possam ter a garantia de uma vida digna, completa. Tudo está contemplado no Estatuto: a saúde, a educação, a habitação, a ação do Ministério Público para acelerar processos em defesa do idoso. Quando analisamos o idoso em Ribeirão Preto, cidade localizada na região Nordeste do estado de São Paulo, devemos considerar os dados levantados sobre esta população específica que vem crescendo em todo pais.

TABELA 1: Índice de Envelhecimento, 1980-2017. FONTE: IMP, 2017.

O envelhecimento da população subiu consideravelmente nos últimos sete anos. Estes novos idosos buscam seu lugar na sociedade, principalmente nos bairros onde esta classe se concentra. BAIRRO

POPULAÇÃO DE IDOSOS

Campos Elísios

5862

Alto do Ipiranga

3817

Centro

3492

Jardim Paulista

3145

Vila Tibério

3013

Ipiranga

2311

Jardim República

2296

TABELA 2: Bairros com mais Idosos, 2010. FONTE: POPULACAO.NET, 2010.

A partir desta estatística podemos afirmar que as regiões dos bairros Campos Elísios e Jardim Mosteiro possuem maior número de idosos na cidade, seguidos por Ipiranga, Centro, Jardim Paulista e Vila Tibério, sendo estas algumas das áreas mais antigas da cidade. Conforme a tabela é possível aferir que estas áreas se mostram mais propícias e carentes à implantação de um espaço de convivência específico para idosos.

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1.2 O Idoso e o Espaço de Convivência 06

A relação do idoso com o espaço e a sociedade ao seu redor vem se transformando através do tempo, permitindo que este não mas fique de fora de suas atividades como mero espectador e tornando-se agente transformador e atuante. Prova disto é o conjunto de ações do Governo que de acordo com artigo publicado pelo Portal Brasil (2016), propõe um conjunto de ações que podem contribuir de maneira considerável para o bem-estar da população de idosos no Brasil, considerando que o país possui a quinta maior população idosa no mundo e que de acordo com as estimativas, em 2030, o número de brasileiros com 60 anos ou mais ultrapassará o de crianças de zero a 14 anos de idade. Os espaços de convivência são fundamentais para garantir a saúde mental e física da terceira idade. Permitem que estes conheçam novas pessoas, discutam assuntos da atualidade, ensinem e aprendam com o próximo. Além de praças, parques e igrejas há diversas atividades e programas voltados ao idoso. No caso de Ribeirão Preto o levantamento mostra, dentre as outras existentes, atividades oferecidas pela Prefeitura Municipal e Estadual e associações como SESI e SESC, de maneira gratuita ou que possuam valores reduzidos. Sendo estas: • Olimpíada do Programa de Integração Comunitária – desenvolvida desde 1996, com iniciativa do Fundo Social de Solidariedade, promove o exercício físico para todas as idades, envolvendo participantes de vários bairros, reúne cerca de 1.000 idosos atletas por ano. • Jogos Regionais do Idoso – a delegação de Ribeirão Preto é participante desde 1998, este evento é promovido pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, e é realizado uma vez por ano chegando a reunir 3.000 atletas. O grupo da cidade é formado por 70 idosos e participam de 11 modalidades. • Programa Municipal do Idoso - propicia a uma classe específica de idosos carentes atendimento oferecendo

atividades ocupacionais, de lazer, físicas, culturais e artísticas tendo em vista a sua inclusão, autonomia e independência, desenvolvido pelo núcleo da Terceira Idade em grupo localizados em diferentes bairros. • SESC – o Serviço Social do Comércio oferece em Ribeirão Preto 13 atividades atualmente, em sua maioria cursos culturais e artesanato, apenas duas atividades esportivas. Além de eventos com datas distintas. Sua sede se localiza na Rua Tibiriçá, n50, e são gratuitos. • SESI – Serviço Social da Indústria, possui o Programa Terceira Idade oferecido a mais de 30 anos e desenvolve atividades nas áreas culturais, socioeducativas, esportivas, físicas e informativas além de cursos e oficinas de artesanato e costura com objetivo de socialização e interação com outras idades. Tais atividades e eventos devem ser considerados como serviços de apoio ao idoso na cidade. A proximidade com o local em que estes serviços são oferecidos trás independência ao usuário que pode se locomover a pé e promove maior interação do usuário com os espaços públicos. Este dado é relevante quando consideramos a escolha do local a ser implantado um convívio específico para a terceira idade.

SESI SESC Centro de Convivência de Idosos FIRURA 2: Localização SESI e SESC em Ribeirão Preto, 2017. FONTE: Google Maps, 2017.


2. Referências

Foram realizadas três leituras de projetos de referência distintos, com a intenção de buscar soluções e informações que colaborem para o desenvolvimento final do projeto do Centro de Convivência Para Idosos. Dentre os vários projetos encontrados pertinentes ao tema desenvolvido neste Trabalho de Finalização de Curso, três despertaram maior interesse, sendo eles o Centro Comunitário do Cidadão Idoso, a Residência e Centro Dia Para Problemas Psiquiátricos e o Centro de Repouso Para Idosos em Burlada. Cada um destes projetos trás diversas maneiras de atender especificamente as necessidades de um espaço pensado para a terceira idade, apesar de em locais diferentes e escalas diversas é possível observar as soluções espaciais, arquitetônicas e estruturais que nortearão o projeto a ser desenvolvido. Centro Comunitário do Cidadão Idoso •

Ficha Técnica

Arquitetos: F451 Arquitectura. Ano: 2005 Tipo de projeto: Institucional. Características Especiais: Sustentável. Localização: Cardedeu, Barcelona. •

Sobre o Projeto

Esta proposta baseia-se na redefinição de componentes triviais e sua montagem para tentar otimizar o desempenho ambiental do edifício, bem como a possibilidade de reciclagem de elementos usados. A construção foi baseada na obra seca, exceto no chão e formalmente exibida de modo tal que aumenta a sua capacidade para interagir com o ambiente, arquitetonicamente e ambientalmente. (Archdaily, 2017.)

FIRURA 3: Centro Comunitário do Cidadão Idoso, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

FIRURA 4: Imagens Fachadas Centro Comunitário do Cidadão Idoso, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

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Serviços

FIRURA 6: Circulação e Iluminação Centro Comunitário do Cidadão Idoso, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

Acesso

Convívio Circulação FIRURA 5: Planta Baixa Centro Comunitário do Cidadão Idoso, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

O Centro possui apenas um pavimento, que consiste em um espaço de convivência do idoso. Conforme a leitura da planta, os espaços são interligados fazendo com que este socialize e interaja com os demais usuários e através das amplas aberturas convida-o a entrar e proporciona uma visão ampla do exterior do edifício. Quanto a materialidade o edifício faz uso de estruturas metálicas, com laje de concreto e fechamentos em madeira e vidro. Sua materialidade marcante trás conforto térmico ao Centro. Os brises, assim como o pergolado apoiado ao painel de tijolos vazados nas imagens a cima, controlam a insolação mantendo o interior iluminado. A eficiência em conforto ambiental no projeto se reflete também em sua cobertura verde, que permite maior conforto térmico e isolamento acústico. Em suas aberturas em fita próximas a cobertura que permitem a circulação do ar e iluminação em todas as fases do ano. Residência e Centro de dia para Problemas Psiquiátricos •

Ficha Técnica

Arquitetos: Aldayjover Arquitectura y Paisaje. Localização: Gran Vía 970, Barcelona. Área: 2.098 m² Ano do Projeto: 2010

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Sobre o Projeto

Sem poder competir nem dar continuidade aos volumes laterais, devido ao terreno apertado em relação ao programa, optou-se por um edifício vertical disposto ao redor de um pátio interno ajardinado em diferentes níveis. Com a maior longitude possível, o pátio vai se escalonando e se ampliando nos andares superiores. Este também separa longitudinalmente o edifício em dois volumes diferentes nos primeiros níveis, articulando os diferentes usos e se convertendo na referência fundamental para a orientação dos usuários dentro do Centro. Neste caso, um pátio único e amplo se tornou preferível à opção de dois pátios até as empenas, prevista no planejamento inicial. (ARCHDAILY, 2017.)

2. Referências

Os usos do edifício, centro de dia e residência, foram separados por níveis e não por volumes, visando diminuir os deslocamentos verticais: • Subsolo: serviços gerais, estacionamento, instalações, cozinha e espaço para os funcionários. • Térreo: ginásio voltado para a rua principal, refeitório voltado para pátio e escritórios voltados para o volume interior da quadra. Ginásio e escritórios ampliam sua altura até a fachada, introduzindo assim mais luz e ganhando espaço. • Mezanino: com todos os espaços voltados para o pátio, no volume da rua principal e as dependências de tamanho menor e uso ocasional do centro de dia (médico, psicólogo e salas de visita) no volume posterior. • Primeiro Andar: duas residências nas laterais do pátio, com um terraço comum que abraça a sala de estar e de jantar de ambos. • Segundo Andar: a terceira residência está em um volume posterior e o jardim sobre a cobertura do volume da rua principal. • Terceiro Andar: área para instalações, acessível do jardim do segundo andar por uma escada externa. Serviços Oficinas Refeitório Ginásio Administração Convívio Moradia Pomar / Jardim Jardim / Pátio FIRURA 7: Usos Distribuídos Residência e Centro de dia para Problemas Psiquiátricos, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

O edifício dispõe as áreas do programa conforme seus usos em diferentes níveis, tornando-o funcional e adaptando o interior do edifício conforme a necessidade dos usos, posicionando os espaços voltados para o pátio interno ou o exterior do edifício. Fazendo uso de diferentes pés-direitos a fim de proporcionar maior conforto ambiental, iluminação e ventilação em seu interior.

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O edifício dispõe as áreas do programa conforme seus usos em diferentes níveis, tornando-o funcional e adaptando o interior do edifício conforme a necessidade dos usos, posicionando os espaços voltados para o pátio interno ou o exterior do edifício. Fazendo uso de diferentes pés-direitos a fim de proporcionar maior conforto ambiental, iluminação e ventilação em seu interior.

FIRURA 8: Distribuição Interna Residência e Centro de dia para Problemas Psiquiátricos, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

Centro de Repouso Para Idosos de Burlada •

Ficha Técnica

Arquitetos: MAGMA ARQUITECTURA, Jokine Crespo. Ano: 2011 Tipo de Projeto: Institucional. Materialidade: Tijolo e Madeira. Estrutura: Concreto e Madeira. Localização: Burlada, Navarra, Espanha.

Sobre o Projeto

FIRURA 9: Fachada Centro de Repouso Para Idosos de Burlada, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

O Centro de Repouso invade a praça com um deck de madeira. A intenção do projeto é fundamentada na busca da intercomunicação dos idosos presentes no centro e sua relação com o entorno e seus vizinhos. Para isso, todo o Centro é organizado através de uma parede sinuosa de madeira, que absorver os pilares e as instalações existentes, e separa os espaços servidores (banheiros, armazéns, instalações, etc.), que ficam no interior do local, dos espaços de encontro do Centro, que ocupam toda a fachada. Todas as grandes aberturas existentes na fachada são tratadas da mesma maneira, construindo marcos que marcam as vistas cruzadas entre o interior e o exterior, que inter-relacionam os usuários, no interior, com os passantes do exterior. (ARCHDAILY, 2017.)

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2. Referências 1 - Acesso Principal 2 - Salas Multifuncionais 2.4 - Escritório 3 - Escada e Elevador 4 - Recepção 5 - Oficina 6 - Sala de Reuniões 7 - WCS 8 - Depósito

9 - Sala de TV 10 - Sala de Leitura e Jogos 11 - Bar e Cafeteria 12 - Bar 13 - Cozinha 14 - Bar do Terraço 15 - Acesso ao Subsolo 16 - Salas de Aula

Convivência Serviço Atividades Circulação

FIRURA 10: Programa Centro de Repouso Para Idosos de Burlada, 2005. FONTE: Archdaily, 2017.

O Centro Comunitário do Cidadão Idoso, localizado em Barcelona – Espanha, espacializa áreas de convívio e à serviço da terceira idade de maneira funcional e principalmente utilizando materiais e soluções em termos de conforto ambiental que geram resultado favorável a seus usuários, servindo de referência ao projeto a ser desenvolvido. A Residência e Centro Dia Para Problemas Psiquiátricos, localizada também em Barcelona – Espanha, procura distribuir seu programa de maneira a gerar menos fluxo vertical no interior de seu edifício, além de adaptar seu interior (pé-direito) as atividades que serão desenvolvidas no espaço, propiciando iluminação e ventilação adequadas. Por fim o Centro de Repouso Para Idosos de Burlada, localizado em Navarra – Espanha, possui programa abrangente voltado para pessoas da terceira idade em relação atividades a serem desenvolvidas, convívio, serviço e circulação e funcional. Sendo assim uma forte referência no desenvolvimento do programa do Centro de Convívio. 11


Tendo em vista o panorama geral de idosos no Brasil e na cidade de Ribeirão Preto, devemos ressaltar que a faixa etária de idosos abrange todas as pessoas a cima de 60 anos, sendo esta fatia muito diversa e variada. Segundo Jardim (2006), envelhecimento é um processo natural e gradual, pois é parte integrante do ciclo de vida biológico. Ele é inerente a todos os seres vivos: começa com o nascimento, prossegue com o desenrolar da vida e termina com a morte. A velhice, por sua vez, possui um caráter social, pois pode ser vivida diferentemente de acordo os valores, costumes e culturas de cada sociedade, dentro um determinado contexto histórico. Tendo consciência dos diversos parâmetros existentes usados para definir o processo do envelhecimento, optamos então por identificar os idosos em classes segundo sua capacidade funcional. De acordo com o estudo populacional publicado pela UNIFESP (2012), Universidade Federal de São Paulo, a avaliação da capacidade funcional é pautada pela capacidade de desenvolvimento das atividades básicas da vida diária, ABVD, como tomar banho, alimentar-se, deitar e levantar da cama, ir ao banheiro, vestir-se e controlar esfíncteres, assim como a de desenvolver as atividades instrumentais da vida diária, AIVD, como preparar uma refeição quente, cuidar do próprio dinheiro, ir a lugares sozinho, fazer compras, telefonar, fazer tarefas domésticas leves, fazer tarefas domésticas pesadas e tomar medicamento. Os idosos são então classificados como independentes, quando não possuem dificuldade para realizar nenhuma ABVD e AIVD e dependentes quando possuem dificuldade para realizar pelo menos uma das atividades que englobem as ABVD e AIVD. Há também a escala de incapacidade funcional hierárquica, que distingue três categorias: independentes, dependentes nas AIVD e dependentes nas ABVD e AIVD. O trabalho a ser desenvolvido visa atender as necessidades dos idosos classificados como independentes. 12

Sendo assim a escolha do local para a implantação do espaço de convivência de idosos, deve levar em consideração a facilidade de mobilidade, assim como a poluição do ar, poluição acústica, metragem mínima, necessárias para desenvolvimento de atividades físicas, culturais e de integração de seus usuários. O programa, desenvolvido considerando projetos existentes de espaços de convívio como referência e respeitando as normas e legislações vigentes, inicialmente inclui as atividades: • Socializar • Exercitar • Integrar • Ensinar / Aprender • Relaxar Atividades Administração Convivência Exercício Saúde Serviço

GRÁFICO 1: Atividades, 2017.

O projeto também considera que de acordo com a Lei nº 2157 de Ribeirão Preto, a Lei de Parcelamento do Solo, a área a ser implantada o projeto é considerada uma ZUP – Zona de Urbanização Preferencial. Sendo assim composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permitidas densidades demográficas médias e altas.


Gabarito

Pode Ultrapassar 10m de altura

Seção II

Taxa de Ocupação

80% p/ fins comerciais

Seção II

Coeficiente de Aproveitamento

5x a área do terreno

Seção III

Densidade Populacional Líquida

0,2 para fins não residenciais

Seção IV

Solo Natural

10%

Seção V

Recuos das Edificações

Lateral igual ou maior que 4m em uma face e 1,5m na outra

TABELA 3: Legislação Arquitetônica e Urbanística Pertinente ao Lote, 2017. FONTE: Lei Nº2157, 2017.

Os espaços previstos no Programa serão: • Área de Atividades Físicas: esta área incluirá uma piscina para realização de hidroginástica e natação com capacidade de 3 raias, que terá um profissional específico para a realização destas atividades. Sala de esporte indoor onde poderão ser lecionadas aulas de alongamento, dança, yoga, etc., em horários prédeterminados por profissionais especializados. Sala de musculação, local onde os usuários farão uso de aparelhos de musculação com a supervisão de dois profissionais, em horário livre. Espaços de apoio às atividades físicas: recepção, sala de avaliação (por profissional da área de educação física, em horários previamente agendados) e vestiários. • Área de Espaço de Eventos: local onde poderão ser realizadas atividades como bailes, aniversários e confraternizações dos usuários e da vizinhança, sendo estes eventos previamente agendados. Cozinha de apoio com geladeira, cooktop, exaustor, pia dupla, armários com louças básicas e churrasqueira; mesas, cadeiras e televisores assim como sistema de som estão previstos para o espaço, que poderá se integrar ao refeitório em eventos de maior porte.

Área Multifuncional: espaço onde os usuários poderão fazer uso em horário livre, com a supervisão de um funcionário. Onde haverá mesas de xadrez, sinuca e cartas e área com sofá, poltronas e televisão para assistir em grupo. Área Café: local disponibilizado para a locação e implantação de um café particular, que atenderá não apenas os usuários, mas a vizinhança também, gerando a integração do espaço com seu entorno. A área possui cozinha de apoio, balcão de atendimento, mesas e cadeiras, internas e externas ao edifício. Área Refeitório: espaço de uso exclusivo de idosos, onde a refeição do almoço é servida de forma gratuita aos usuários cadastrados. O local possui cozinha industrial separada das demais áreas, com: fogão industrial, coifa, forno industrial, refrigeradores, pia dupla, armário com panelas e louças básicas; balcão para atendimento dos usuários e refrigeradores para bebidas, réchauds para que os usuários se sirvam, mesas e cadeiras para que as refeições sejam realizadas em grupos. Uma nutricionista integrará o grupo de cozinheiros e assistentes do refeitório. O espaço poderá se integrar a Área de Eventos, em eventos de maior porte. Horta: local onde os usuários farão uso em horário livre, criando laços entre a comunidade e o edifício, gerando alimentos para o refeitório. Será elevada do chão para garantir maior ergonomia em seu manuseio. Área Oficina: duas salas onde serão realizadas oficinas com horários e datas pré-determinados. Atividades como costura, leitura e marcenaria serão realizadas no local, com a supervisão de professores e buscando a integração de idosos com outras faixas etárias, assim como ensinar e praticar um ofício. O local deve prover os materiais para a realização das oficinas, como tecidos, tábuas etc. que serão armazenados no espaço, assim como os equipamentos necessários como máquinas de costura, caixa de ferramentas etc. e por fim mesas e bancos de apoio.

3. Definições Gerais

Seção I

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3. Definições Gerais

• •

• •

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Área Biblioteca: este espaço possuirá um acervo de livros, revistas e jornais de livre acesso para leitura no local a todos os usuários, controlado por um funcionário. Estantes, mesas, cadeiras e poltronas permitem aos leitores utilizar o local durante qualquer horário. Área Psicóloga: sala de atendimento de idosos que venham a buscar o serviço de apoio psicológico oferecido por um psicólogo. Com mesa, cadeira e sofá. Área de Descanso: espaço oferecido aos usuários que durante o dia queiram descansar no Centro de Convivência. Com poltronas e acompanhados por funcionários, possuirá também local onde os medicamentos de cada idoso será armazenado para controle. Área Administrativa: local de permanência do assistente social, administrador e seguranças, com recepção para cadastro dos usuários, possuirá computadores, telefone, mesas e cadeiras para eventuais atendimentos aos usuários e monitoramento do espaço. Área Serviço: área de copa, DML, espaço de descanso e vestiários dos profissionais que vierem a prestar serviços no Centro de Convivência, ao qual terão acesso livre. Armários individuais, cozinha de apoio com geladeira, fogão, armários com louças básicas, mesas, cadeiras, sofá, vestiários e registradora de pontos servirão a todos aos funcionários do local. Sanitários: localizados em pontos estratégicos do edifício os sanitários masculino, feminino e acessível servirão a todos os usuários. Circulação: seguindo os padrões de acessibilidade a circulação representa em média de 20% a 25% a metragem quadrada do edifício. Foi adotada a porcentagem de 25% neste projeto.

Áreas estimadas: ÁREA TOTAL TERRENO ÁREA TOTAL EDIFÍCIO ÁREA ATIVIDADES FÍSICAS ÁREA CONVÍVIO ÁREA SAÚDE ÁREA ADMINISTRAÇÃO ÁREA SERVIÇO CIRCULAÇÃO

612M² 800M² 84M² 391M² 19M² 14M² 121M² 171M²

TABELA 4: Áreas Estimadas por Atividade, 2017.

A inserção do Centro De Convivência para Idosos no interior da Vila Tibério, busca a aproximação do equipamento á escala da vizinhança, proporcionando ao usuário maior integração e apropriação na implantação do novo edifício. Sendo assim, o projeto propõe não apenas um day care de idosos, mas sim desenvolver um edifício que provenha meios para que a terceira idade possa voltar a ser parte atuante na sociedade, a qual fez parte durante toda sua trajetória, trabalhando seu potencial perante a comunidade, com independência e estrutura física adequadas.


FIGURA 11: Estado de São Paulo, Ribeirão Preto e Vila Tibério. Respectivamente. FONTE: Google, 2017.

De acordo com Inventário de Referências Culturais de Ribeirão Preto, publicado pela Prefeitura Municipal, a Vila Tibério foi o primeiro loteamento urbano de Ribeirão Preto, loteado em 1894 por Tibério Augusto Garcia de Senna, um agrimensor que loteou as terras herdadas por sua esposa. As terras da Vila Tibério eram muito acessíveis à classe trabalhadora, motivo pelo qual foi ocupada rapidamente, recebendo em seguida os primeiros serviços de infraestrutura urbana. Além disso, a Vila Tibério localizavase praticamente junto à área central, atrás da Estação e abrigava, no início, em sua maior parte, funcionários da Mogiana. Podendo ser considerado um bairro tipicamente operário. Em 1911 foi inaugurada a Cervejaria Antarctica bem no início da área da Vila Tibério, que viria posteriormente em 1914 abrigar também a Companhia Cervejaria Paulista. Desde a sua inauguração as fabricas geraram muitos empregos e contribuíram para a formação de mão de obra especializada, operariado este, composto inicialmente por imigrantes. A construção das duas fábricas colaborou, também, para os investimentos em melhorias na área de abastecimento de

água e energia daquela região da cidade, impulsionando o crescimento da Vila Tibério e da região central da cidade. Em 1914 foi criada a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, pois com o loteamento da Vila ganhando cada vez mais habitantes se manifestou o interesse da edificação de uma igreja no bairro. Sua construção teve início em 1918 e sua inauguração se deu em 1919. Localizada de frente à Praça Coração de Maria, ao lado da Escola Sinhá Junqueira, esta paisagem do bairro representa a localidade. Também a partir da manifestação da comunidade foi edificada em 1921 a primeira escola do bairro, a Escola Dona Sinhá Junqueira. A Avenida do Café, avenida histórica, que se consolidou como corredor comercial e o Botafogo, time ribeirão pretano fundado na Vila são dois marcos para a cidade de Ribeirão Preto que se localizam e se localizaram, respectivamente, na Vila Tibério. Foram analisados os diversos aspectos da Morfologia Urbana, através de levantamentos desde Topografia, Hidrografia, Hierarquia Viária Física, Hierarquia Viária Funcional, Uso do Solo, Gabarito, Figura Fundo, Vegetação, Mobiliário Urbano a Equipamentos, a fim de compilar dados sobre o Bairro Vila Tibério para maior aproximação e compreensão da dinâmica da área, que compreende um total de 40 quadras e faz limite com os bairros Campos Elísios e Centro. O clima típico da cidade de Ribeirão Preto é tropical úmido, caracterizado pelo verão chuvoso e pelo inverno seco. Quanto ao solo as ruas da área de estudo são asfaltadas, com poucas áreas em paralelepípedo. Somente nas áreas arborizadas das praças existe solo totalmente permeável. A massa de asfalto é antiga, com recapeamento em péssimo estado e os paralelepípedos estão soltos em vários pontos. As formas e dimensões das quadras existentes mostram que há predominância de quadras fechadas com formato quadrado, de dimensão média 100m X 100m, em algumas quadras existem vielas, utilizadas para dar acesso aos lotes internos as quadras, porém estas se encontram fechadas por portões que limitam o acesso.

4. Levantamento da Área

A área localizada na cidade de Ribeirão Preto – SP, no Bairro da Vila Tibério que está classificado dentre um dos cinco bairros com maior número de idosos.

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DECLIVIDADE HIDROGRAFIA LOTE DE INTERVENÇÃO ESC 1:10000 • Topográfico/ Hidrográfico O mapa hidrográfico mostra o encontro do Ribeirão Preto com o Córrego Laureano e o Córrego Retiro do Saudoso, que acontece próximo a área de intervenção.

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As indicações no mapa topográfico indicam o declive existente. Entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo do Bairro Vila Tibério, existe um desnível de aproximadamente 25 metros, porém como este declive acontece em um raio que compreende 1000 metros de distância, se torna imperceptível ao se andar no bairro.


4. Levantamento da Área VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL HIDROGRAFIA LOTE DE INTERVENÇÃO ESC 1:6000

• Hierarquia Viária Física As vias foram classificas dentre Vias Arteriais, Vias Coletoras e Vias Locais de acordo com suas características físicas. Sendo assim a mobilidade no interior do bairro se torna mais clara para análise.

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FLUXO INTENSO FLUXO MÉDIO FLUXO BAIXO HIDROGRAFIA LOTE DE INTERVENÇÃO ESC 1:6000

• Hierarquia Viária Funcional O levantamento foi feito de acordo com a observação do fluxo de automóveis nas vias no Bairro Vila Tibério.

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4. Levantamento da Área LOTE DE INTERVENÇÃO HABITAÇÃO COMÉRCIO PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS INSTITUCIONAL VAZIO VEGETAÇÃO / LAZER ESC 1:4000 • Uso do Solo A classificação dos lotes na área foi feita de acordo com o respectivo uso de cada um. Podemos dizer que na área há predominância de lotes comerciais, sendo estes desde a escala da vizinhança atingindo até a escala da cidade.

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LOTE DE INTERVENÇÃO 0 A 1 PAVIMENTOS 2 PAVIMENTOS 3 A 4 PAVIMENTOS 10 A MAIS PAVIMENTOS ESC 1:4000 • Gabarito O mapa foi produzido com base nos gabaritos existentes na área, criando-se uma média de 0 a 1 pavimentos, 2 pavimentos, 3 a 4 pavimentos e 10 a mais pavimentos.

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Sendo assim nota-se que na extensão do Bairro Vila Tibério a maioria dos edifícios possui gabarito baixo, 0 a 2 pavimentos e que há poucos edifícios que ultrapassam 4 pavimentos, totalizando 2 edifícios de mais de 10 pavimentos.


4. Levantamento da Área LOTE DE INTERVENÇÃO OCUPAÇÃO DOS LOTES ESC 1:4000

• Figura Fundo O mapa foi produzido com base na ocupação dos edifícios nos lotes existentes na área de estudo. Nota-se que não há grandes áreas permeáveis no interior dos lotes, devido a ocupação antiga do Bairro Vila Tibério, as leis de recuo e permeabilidade não eram vigentes.

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LOTE DE INTERVENÇÃO ÁRVORE CONCENTRAÇÃO DE ÁRVORES ESC 1:4000

• Vegetação O levantamento considerou as áreas verdes e árvores existentes na vizinhança imediata a área de intervenção.

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A partir da leitura do mapa afirma-se que a vegetação é escassa na extensão de todo o quarteirão onde o lote está localizado, com exceção à Praça Coração de Maria, localizada em frente ao lote, que concentra grande número de árvores e área permeável.


4. Levantamento da Área LOTE DE INTERVENÇÃO PONTO DE ÔNIBUS PONTO DE TAXI MAPA TURÍSTICO TELEFONE PÚBLICO BANCA DE JORNAL ESC 1:4000 • Mobiliário Urbano Está indicado o mobiliário urbano encontrado na área de intervenção, sendo insuficiente para atender a população local em suas necessidades cotidianas.

Na vizinhança do lote de intervenção devemos destacar os postes de iluminação e bancos antigos existentes na Praça Coração de Maria, área considerada histórica no bairro juntamente a Paróquia Nossa Senhora do Rosário e a Escola Dona Sinhá Junqueira.

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4. Levantamento da Área

Posto Policial Educação Saúde Lazer Cultura Casas de Repouso Rodoviária Lote de Intervenção ESC 1:10000 • Equipamentos O levantamento considerou equipamentos públicos de prestação de serviços a sociedade, desde segurança, saúde, educação a lazer e culturais. Podemos afirmar que a área por estar próxima ao Centro da cidade possui grande variedade equipamentos em sua proximidade. 24

Sendo assim o Centro de Convívio juntamente aos outros equipamentos como os de saúde, promovendo ações de conscientização e controle de doenças, educação, através de oficinas de integração com outras gerações, etc. virá a integrar uma rede de apoio ao idoso, proporcionando maior qualidade de vida a seus usuários.


O edifício se posiciona no lote de modo a não criar uma barreira visual ou física dos usuários com a calçada. As fachadas 1 e 2, posicionadas em frente a Rua Rodrigues Alves e Rua Martinico Prado, respectivamente, possuem insolação direta do sol da tarde, já que estão posicionadas a Oeste. Tendo considerado o conforto térmico brises estão posicionados nas duas fachadas, aumentando a ventilação e barrando a insolação direta. Estruturado utilizando pilares, vigas e lajes em concreto armado o edifício não possui grandes vãos livres e utiliza uma técnica muito popular e de rápida execução. Os fechamentos em paredes externas de alvenaria e internas em drywall, de menor espessura, tornam a carga da estrutura menor. Quanto a circulação interna, fora considerada as normas e legislação vigentes assim como a dificuldade de mobilidade de alguns idosos, sendo assim o uso de escadas foi associado a rampas e elevadores. A topografia do lote é considerada uma potencialidade na implantação deste equipamento já que possuía desnível de 1metro inicialmente e através da movimentação de terra para construção da piscina fora planificado. O programa definido, é atendido através de espaços que comtemplem a necessidade específica de cada atividade a ser desenvolvida no Centro de Convívio.

5. Anteprojeto Arquitetônico

O Anteprojeto do Centro de Convivência para Idosos se desenvolve a partir do Estudo Preliminar e do Programa de Necessidades. Segundo a AsBEA - Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, deve levar em consideração o conforto ambiental, os aspectos tecnológicos e os econômicos e tem como objetivo final proporcionar um conjunto de informações técnicas da edificação necessárias ao interrelacionamento dos projetos complementares ao projeto. Tendo definidos tais parâmetros o Centro de Convivência leva em consideração todas as informações levantadas no Estudo Preliminar do Bairro Vila Tibério e suas especificidades. A implantação do Centro de Convivência Pata Idosos em um lote de esquina de 612m², busca a integração do equipamento com a vizinhança. A Praça Coração de Maria localizada em frente ao lote, onde uma quantidade considerável de idosos se concentra em diversos horários do dia, principalmente nos horários das missas na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, implantada em uma das faces da praça, assim como a proximidade com a Escola Estadual Sinhá Junqueira, localizada em outra face da praça, é positiva pois busca-se a integração dos idosos do edifício com outras faixas etárias a partir de atividades e oficinas oferecidas pelo equipamento.

FIGURA 12: Relação Lote e Entorno. FONTE: Arquivo Pessoal, 2017.

FIGURA 13: Paróquia Nossa Senhora do Rosário e Escola Dona Sinhá Junqueira. FONTE: Arquivo Pessoal, 2017.

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O lote de esquina possui relação direta com a Praça Coração de Maria e seu entorno. As atividades previstas no programa se distribuem no lote visando manter esta relação direta de maneira funcional e propondo serviços e atividades que venham a agregar nesta relação.

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Subsolo

Térreo

Primeiro Pavimento

Segundo Pavimento

Administração Saúde Convivência Serviço Exercício Circulação


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5. Anteprojeto ArquitetĂ´nico


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5. Anteprojeto ArquitetĂ´nico


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5. Anteprojeto ArquitetĂ´nico


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Bibliografia

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Condomínio Vila Dignidade Dejair Gonçalves de Andrade

Condomínio Vila Dignidade Dejair Gonçalves de Andrade de Ribeirão Preto, é fruto de um programa do Governo do Estado de São Paulo, entregue em 2012. Ele atende a idosos que preencham os pré-requisitos do programa e que sejam independentes para exercer suas atividades diárias. Tem como objetivo proteger seus usuários, preservando sua independência e autonomia, promovendo o restabelecimento de vínculos comunitários, familiares e sociais. Abriga 18 idosos, cada um em suas habitações independentes. As habitações incluem em seu programa sala, cozinha, área de serviço, quarto, banheiro e quintal, todos os ambientes são preparados para o uso de cadeirantes. As habitações apesar de possuírem a mesma metragem, distribuição de área e cômodos notamos a característica pessoal de cada usuário pela divisão dos espaços com móveis ou não, e a sua individualidade que se mostra evidente na decoração. Seguindo os objetivos do projeto a Vila Dignidade conta com área de convívio, além das 18 habitações. Seu programa inclui praça com bancos e mesas de xadrez, mesas e cadeiras, academia ao ar livre e salão com cozinha comunitária, banheiros feminino e masculino e área para horta.

Anexo

O conhecimento de projetos existentes que atendem de diversas maneiras as funções que este projeto almeja executar, também mostram soluções variadas aos problemas levantados e assim trazem à tona as deficiências a serem trabalhadas.

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Anexo 50

A Vila se localiza na Rua Rubem Úbida, 670, Jardim Botânico. Uma área da cidade na qual a escala de vizinhança, que provem do entorno e pequenos serviços e comércios oferecidos, não existe devido a distância física, topografia acidentada e transporte público insuficiente, pois funciona apenas até as 19h. As habitações se encontram em bom estado e são amplas, atendendo com satisfação os moradores, se houver necessidade de reparos o custo é de responsabilidade pública. A área de convívio se encontra levemente degradada, necessitando de manutenção como pintura e jardinagem. Os idosos são livres para ir e vir e possuem rotina agitada durante o dia, quando saem da Vila utilizando do transporte público ou taxi e exercitam suas atividades. São oferecidas aulas de Yoga e dança no salão para os moradores. A partir de entrevistas com os moradores, vemos o quanto eles são gratos pela moradia e prezam pelo convívio e amizade entre eles e principalmente pelo bom funcionamento do local. O que mais os preocupa é o descaso da prefeitura que devido ao atraso de pagamentos deixou a Vila sem o segurança que era contratado e a assistente social que prestava serviços a eles. Contudo, no que puderem eles se ajudam mostrando que o senso de comunidade existe e é preservado com o passar do tempo.


Considerações Finais O Centro de Convívio Para Idosos foi desenvolvido para um público específico, indivíduos de mais de 60 anos, faixa etária que de acordo com projeções tende a crescer significativamente nas próximas décadas. Considerando as necessidades específicas de seu público e as deficiências encontradas nos serviços e equipamentos de apoio ao idoso existentes, o Centro foi desenvolvido para integrar esta rede agregando qualidade de vida e bem estar a seus usuários. Edifício que integra, saúde, convívio, oficinas, apoio psicológico e exercícios físicos em uma vizinhança com marcos históricos no bairro com quinto maior número de idosos de Ribeirão Preto. O Centro propõe uma estrutura de apoio e reintegração do idoso em relação a sociedade, com a qual tem tanto a contribuir.

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