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Proposta
A proposta busca integrar e harmonizar o entorno do Parque com seu interior, sem alterar a essência e a hierarquia de funções já consolidadas, permitindo usar, conviver, desfrutar e apropriar de espaços atualmente ociosos.
A distribuição das atividades nas interfaces foi pensada de acordo com suas particularidas, de forma a garantir a diversidade de usos e o aproveitamento cotidiano. Para isso, uma intervenção comum a todas as interfaces foi a implantação de infraestruturas de apoio às atividades ao ar livre, dado que estas são necessárias para se permanecer por longos períodos em um espaço. Estabeleceu-se o critério de inserção de sanitários nos pontos onde a distância até os banheiros existentes no percurso interno de caminhada do parque fosse maior que 500 metros. Outro critério previsto foi a concentração de quiosques em pontos onde o fuxo de pessoas é mais intenso, como na proximidade de paradas de ônibus.
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Outros critérios foram defnidos pontualmente para cada interface, consideradas as características do público mais frequente e as potencialidades e vulnerabilidades diagnosticadas para cada uma delas.
Desta forma, na interface da Asa Sul foram pensados espaços voltados para o usufruto dos habitantes da região e do público que frequenta diariamente o Setor de Grandes Áreas. Assim, o intuito principal desta interface é a oferta de atividades em diferentes horários do dia. Por se tratar da única interface em que ainda existem acessos propriamente ditos ao parque - já que a sugestão da retirada da cerca faz com que agora seja possível a entrada de pedestres em todo o perímetro permeável - a legibilidade e diferenciação aos acessos a pedestres, ciclistas e veículos são conferidas através da concentração de atividades nestes locais.
Na interface do Eixo Monumental, buscou-se manter os princípios que garantem a esta interface sua particularidade de escala Monumental, utilizando-se do seu potencial turístico e de visitação. Desse modo, foram propostos elementos que promovam uma forte identidade visual, tornandose mais um ponto atrativo da cidade e exercendo também conexões com os equipamentos culturais em sua proximidade.
Já na interface do Sig, a intenção é promover espaços de permanência, relaxamento e descontração para as pessoas que trabalham nas redondezas. Desta forma, são ofertadas atividades tipicamente diurnas, que estimulem a utilização coletiva e mobiliários fxos, a fm de dinamizar os espaços e proporcionar uma melhor experiência aos usuários.
Na interface do Sudoeste a proposta é feita de forma a manter o aspecto de transição entre a área residencial e o parque, através da inserção de espaços de convivência e atividades lúdicas ancorados aos percursos e infraestruturas existentes, fomentando sua utilização pelos residentes da área.
Na interface do Cemitério, a linha de transmissão de energia é uma importante restrição no que tange ao aproveitamento da interface. Neste caso, atentou-se a aumentar a infraestrutura da área passível de utilização absorvendo os espaços vazios em excesso e explorando os potenciais diagnosticados.
Em toda a área de intervenção a ocupação foi prevista de forma a privilegiar a vegetação existente no parque, que além do potencial paisagístico, garante sombra a uma boa parte dos espaços livres e serve como indutor de ocupação a curto prazo.