Vila dos Pescadores I TFG 2021I Fernanda Farche

Page 1

vila dos pescadores


FERNANDA DE ALMEIDA FARCHE trabalho final de graduação

prof. orientador:

fÁbio boretti netto de araújo pontifícia universidade católica de campinas centro de ciências exatas e de tecnologia faculdade de arquitetura e urbanismo campinas, dezembro de 2021




ainda vão me matar numa rua. quando descobrirem, principalmente, que faço parte dessa gente que pensa que a rua é a parte principal da cidade ”

Leminski; toda poesia


agradeço: à minha família em primeiro lugar, pois sem todo apoio eu não chegaria até aqui. à lara, vanessinha, henry, analu, bia e todos os amigos que fiz nos últimos cinco anos. vocês também se tornaram família. ao fábio boretti, por todo o aprendizado e apoio ao longo desse percurso. prometo nunca esquecer que: “desenho faz milagres!!!” continuaremos desenhando sempre. ao meu grupo de tfg: ana, carol, giu, helê e ju. que bom que nos encontramos nesse último ano e conseguimos compartilhar tanto, mesmo à distância.

aos mestres baianos luiz augusto costa e adriana bahia, por nos presentearem com uma rica visão e vivência sobre o território baiano. à todos que fizeram parte das discussões coletivas nas quartas-feiras, em especial aos professores orientadores: caio ferreira e leandro schenk. obrigada pela troca. aos professores dênio e caracol, pela primeira oportunidade dada de estudar a fundo a complexidade do desenvolvimento urbano das cidades brasileiras através do projeto de iniciação científica. devo a vocês meu interesse em seguir estudando e trabalhando com o urbano.


ao thiago amin e à todos do escritório alameda urbanismo, por todo o aprendizado nos últimos dois anos e pela possibilidade de continuar aprendendo. à tantos outros docentes e funcionários de extrema importância para minha formação, não só como arquiteta e urbanista, mas como pessoa. à todos os soteropolitanos que dedicaram um pouco do seu tempo para nos ensinar sobre salvador e sobre a vida tambem.

que possamos sempre desenhar projetos para, e com, as pessoas.





ÍNDICE 1- introdução 2- São João do Cabrito 3- diretrizes urbanas 4- a VIELA 5- a vila dos pescadores 6- o processo 7- o acesso 8- o constructo 9- o morar 10- considerações finais 11- bibliografia


1- INTRODUÇÃo

BRASIL Bahia salvador subúrbio ferroviário enseada do cabrito


Este memorial compreende a proposta de programa que se desenvolve a partir do Projeto Rede, plano urbano realizado no primeiro semestre de 2021, em São João do Cabrito, pedaço de terra que toca o mar dentro da Baía de Todos os Santos, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, Bahia. O plano fundamenta o trabalho final de graduação e é oriundo de um projeto realizado em equipe na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Sob orientação do professor Fábio Boretti Netto de Araújo, o grupo é integrado por Ana Luisa Rodrigues Guimarães, Carolina Mescollotto Moretti, Fernanda de Almeida Farche, Giulia Fioravanti Padovani, Helena Bonfante dal Bianco e Julhia Bernardo Araújo. O projeto do Vila dos Pescadores origina-se de diretrizes urbanas que, com respeito à toda pré-existêcia, visam revitalizar a Enseada do Cabrito por meio de intervenções pontuais, trazendo usos essenciais e infraestruturas reoganizadoras do sistema urbano que, através de eixos de mudanças interligados, geram uma rede de transformação em todo o território.

Em cada laço dessa rede, existem nós conectores, que miram na Orla do Cabrito, com o intuito de desenvolvê-la e potencializá-la, gerando uma nova centralidade ao território, pedaço que hoje é quase que renegado pelos habitantes. Por isso, na rede se recorta à temática e se costura com os projetos, através da economia pesqueira e mariscagem, do bem-estar dos moradores, lar, saúde e educação, e meio ambiente. Fazendo com que, os moradores, pescadores e marisqueiras possam usufruir da potencialidade existente nesse território e ter um pouco mais de dignidade em seu lugar, e que a rede, além do mar, esteja também na terra.




2- são joão do cabrito


São João do Cabrito se insere na região do Subúrbio Ferroviário, na cidade de Salvador-Bahia, fazendo fronteira com o Parque São Bartolomeu (uma das principais reservas naturais e remanescentes de mata atlântica em área urbana do país, um lugar de forte importância ambiental, histórica e religiosa), e com um trecho da Av. Afrânio Peixoto, popularmente conhecida como Suburbana.

As ocupações começaram como uma alternativa acessível à população marginalizada, que se organizaram em comunidade e construíram sobre a água suas moradias, amarrados uns aos outros, como um esforço coletivo de construção do próprio território, conhecido como Novos Alagados.

O bairro possui uma forte conexão com o mar, já que possui um importante apelo cultural e socioeconômico pela intensa presença de pescadores e marisqueiras que extraem sua renda desse território. Vale ressaltar que a Enseada do Cabrito se posiciona em uma área privilegiada levando em conta a abundância de recursos naturais e a constante presença do mar no visual do bairro, devido a extensão da orla. Por isso, conforma uma paisagem singular e muito característica.

Apenas em 1979 a Secretaria de Desenvolvimento Urbano instalou um projeto de regularização fundiária e de mobilidade urbana para erradicação das palafitas da orla. O projeto só funcionou, pois, ele teve uma grande participação e apoio dos moradores, diferente do ocorrido no bairro dos Alagados que fica localizado na margem oposta a Enseada do Cabrito. Os moradores de Alagados não tiveram o sentimento de pertencimento sob a intervenção estabelecida na área e por isso acabaram retomando com as palafitas em um curto período de tempo.

Ainda assim, bairro apresenta um alto índice de vulnerabilidade socioambiental. De acordo com Cardoso (2009) e em estudos publicados ao longo dos anos, documenta-se que o bairro teve, no decorrer de sua história, um desenvolvimento precário com ocupações em palafitas à margem da enseada. Sua população sempre teve como subsistência a pesca e a mariscagem, obrigadas a trabalharem em situações insalubres que permanecem iguais até os dias de hoje.

Isso não aconteceu na Enseada do Cabrito e foi justamente nesse período que também foi criada a associação dos moradores oficial do bairro que acompanhou de perto todos os processos da intervenção. No entanto, a comunidade de São João do Cabrito segue enfrentando evidentes hiatos socioeconômicos, de acesso a serviços, e possui uma infraestrutura precária de esgotamento sanitário, alagamentos, deslizamentos de terra e problemas habitacionais.


2.1- diagnóstico

rua dos ferroviários

vielas acessíveis vielas não acessíveis alta precariedade risco de desabamento de imóveis risco de deslizamento de terra risco de alagamento vazios urbanos vazios ociosos espaços públicos regularizados espaços públicos não regularizados via da orla rua dos ferroviários ciclovia ponto de ônibus escolas municipais

10 20

30


Aproximando para o recorte dois do plano urbano para a orla da Enseada do Cabrito, fica evidente a sua divisão ao meio por um modal de extrema importância para o contexto do bairro, a Rua dos Ferroviários. Ela é o principal conector desta porção do território com a Avenida Suburbana (Av. Afrânio Peixoto) que faz ligação com toda a extensão do Subúrbio Ferroviário e demais áreas de Salvador. Nela que estão localizados os principais fluxos, infraestruturas básicas como escolas que atendem variadas faixas etárias e pontos de ônibus que conformam o principal sistema de mobilidade existente dos moradores. A Rua dos Ferroviários é marcada por ser, além de um eixo modal, um divisor topográfico do território. Ao longo de toda sua extensão territorial, é uma característica da cidade de Salvador as grandes variações hipsométricas, que neste caso agravam a segregação espacial e originam a separação denominada pelo grupo entre Alto e Baixo dos Ferroviários.

O levantamento para o projeto urbano foi o balizador para o entendimento deste território, caracterizado por conter grandes áreas de alta precariedade associada áreas de risco de desabamento de imóveis, deslizamento de terra e risco de alagamento. Na área “Baixo dos Ferroviários” a precariedade se da não somente pelas condições construtivas dos imóveis e sim pela forma como eles estão implantados no território. A alta densidade construtiva e populacional associada a falta de recuos e respiros cria um ambiente insalubre, acessado apenas por fragmentos de vielas construídos pela demanda de mobilidade da população.


ALTO ferroviário

3- diretrizes urbanas

baixo ferroviário

viela primária (viela plataforma) vielas secundárias reestruturação urbana e assistência técnica remoção para tratamento das vielas adjacentes remoção e implantação de novos programas vazios urbanos vazios ociosos requalificação de espaço público espaços públicos pier via da orla rua dos ferroviários ciclovia ponto de ônibus escolas municipais

10 20

30


O projeto urbano propõe como diretriz principal traçar uma via que conecte e costure o tecido urbano fragilizado ao longo de todo o recorte. O traçado do novo eixo, denominado “Viela da Plataforma”, segue a intensão de percurso já existente das vielas insalubres que permeavam pelo tecido urbano e eram a única forma de mobilidade entre a quadra para os moradores. Com 5 metros de largura e compartilhada, a Viela da Plataforma dá início ao processo de requalificação urbana, permitindo que o espaço urbano da rua volte a ser característico na vida da população. O tratamento das vielas adjacentes também faz parte do projeto, que garante salubridade ao longo de todo o percurso peatonal, mas sem descaracterizar a forma de mobilidade pré-existente.

Para o tratamento urbano da área Baixo dos Ferroviários, será necessário a realocação de 21 domicílios ao longo da Viela da Plataforma, que serão realocados no projeto da Vila dos Pescadores. Estão dentre os demais projetos para o recorte, a implementação do Centro ATHIS (Centro de Assistência Técnica) que vai garantir que as áreas de alta precariedade tenham auxílio técnico, um píer na extensão da orla que permitirá um novo modal marítimo, uma unidade de preservação e conscientização da saúde (Centro Base elaborado por Carolina Moretti) e uma escola (Projeto Coral elaborado por Ana Luísa Guimarães).



4- a viela “ O espaço é um lugar praticado. Assim a rua geometricamente definida por um urbanismo é transformada em espaço pelos pedestres. (...) Deste ponto de vista, ‘existem tantos espaços quantas experiências espaciais distintas’ ”

CERTEAU, M.

Plural como a cidade e cada soteropolitano que ali habita. O lugar do encontro, do percurso, do acesso, do mercar, do morar e de tantas outras variáveis que configuram a dinâmica de um território vivo e feito por pessoas. Como princípio, a rua é o local mais público de uma cidade e por isso deve conter insumos necessários para que as pessoas possam se apropriar de seu caráter coletivo, tornando- se uma extensão de suas próprias casas.

“ Em uma cidade a rua deve ser suprema. É a primeira instituição da cidade. A rua é um cômodo por convenção, um ambiente comunitário, as suas paredes são dos doadores, dedicadas à cidade para o uso comum. Sua cobertura é o céu. ”

Em São João do Cabrito, os fragmentos de vielas fazem papel de veias de um território fragilizado que sangra trabalho árduo e esforço de marisqueiras e pescadores que lutam diariamente por uma vida digna e pela conquista de um espaço, em um mundo marcado por segregações socioespaciais e econômicas.

Kahn. In: Lobell, 1979, p.46

São em suma, totalmente insalubres e em áreas de alta precariedade, entretanto não são uma patologia nesse meio urbano. Elas se configuram em decorrência de uma ocupação que se acomoda no território da maneira espontânea, tem raízes em características históricas, sociais e naturais do território de Salvador, que é geograficamente desafiador.


5- a vila dos pescadores O projeto da Vila dos Pescadores tem como responsabilidade social promover a requalificação dos espaços públicos, trazer urbanidade para a Viela da Plataforma, criar áreas de permanência ao longo da conexão entre a Rua dos Ferroviários e a Via da Orla, além de regularizar o uso misto que acontece de forma precária na atualidade. A necessidade de requalificar o morar e conectar o tecido urbano fragilizado requer a realocação de vinte e um domicílios para a abertura da viela compartilhada, essa que irá dialogar com a dinâmica da cidade, gerando novos fluxos e possibilitando que a lógica organizacional da vila possa ser implantada em diversas áreas precárias de Salvador.

“qual a melhor maneira de ocupar o vazio gerado pelas remoções?”

“como projetar frente aos novos fundos?”

“como criar as novas frentes sem agredir o espaço público e permeabilidade entre a quadra?”

Entretanto, algumas questões começam a surgir quando a maior dificuldade é encontrar um desenho justo para projetar em um território denso e já previamente consolidado.

“como garantir que a rua, além de percurso, também se torne casa?”


rua dos ferroviários

via da orla


6- o processo

centro base

projeto coral

10 20

30


eixo da Viela da Plataforma, que é compartilhada 1- principal e concentra o principal fluxo direcionado desde baixo dos

das vielas peatonais, reforçando fluxos e a rela2- tratamento ção do projeto com o entorno existente.

colado nos lotes requalificando fundos e criando 3- comércio novas frentes na parte superior da Viela dos Ferroviários

da lógica na parte inferior da Viela, locando o co4- inversão mércio voltado para as vielas peatonais, que permitirão maior

ferroviários até alto dos ferroviários.

acesso de pedestres.


do comercio para viela peatonal gera área de 5- disposição apoio e espaço livre no térreo para moradores das unidades

vertical disposta ao longo da Viela de maneira a 6- circulação atender de forma fácil o acesso restrito para moradores do

das habitações possui áreas de convívio que gera 9- pavimento um hall de entrada para as habitações, aumentando a rela-

disposição das habitações na parte superior da Viela do 10- aFerroviários é simples, de apenas um pavimento com duas

habitacionais.

ção pessoal entre moradores

pavimento superior.

tipologias.


horizontal interligada e destacada na frente das 7- circulação habitações, criando além do acesso, uma rua elevada com áreas de permanência de acesso exclusivo dos moradores.

a parte inferior da viela possui habitações em 11- enquanto duplex, com duas tipologias de metragens variadas

8- disposição primeiro pavimento habitacional



7- o acesso Tipologicamente, a coabitação é o tipo mais predominante na forma de habitar da Enseada do Cabrito, como previamente apresentado no estudo urbano. Em consequência à alta densidade construtiva do bairro e falta de recursos, o segundo pavimento das habitações é, em sua maioria, destinado para uma segunda família. Essa maneira de apropriação gera uma solução característica da paisagem da Enseada, que é composta ao longo de toda a sua orla por escadas localizadas na parte externa, ou seja, na fachada das habitações. Os acessos da Vila dos Pescadores são criados com o intuito de mimetizar a paisagem e respeitar uma dinâmica previamente criada pela necessidade dos moradores locais. Além de fazer referência a pré-existência, o acesso externo e elevado também tira partido da rua e das novas relações propostas para ela, se tornando uma rua elevada. As passarelas propostas não funcionam apenas tecnicamente como uma simples circulação horizontal, elas atuam como um sistema interligado de áreas de convívio privadas para os moradores que tem acesso restrito às habitações. Expandindo assim, para além da porta de entrada, os limites da segurança e do habitar coletivo.



térreo 0

5

10

15



primeiro pavimento 0

5

10

15



implantação 0

5

10

15


8- o constructo

alvenaria estrutural em bloco cerâmico

base concreto + vedação bloco cerâmico


Ainda tratando sobre a paisagem da Enseada, é explicito e predominante como a autoconstrução se faz presente por toda a região. Marcada pelo tijolo baiano sem reboco e poucas áreas com revestimentos e acabamentos, todas as habitações existentes fazem parte de um esforço coletivo da construção de um lar em meio as mais diversas adversidades enfrentadas. O sistema construtivo do projeto da Vila dos Pescadores é misto. O térreo é executado com um sistema de concreto para os pilares e vigas e vedação com bloco cerâmico aparente. Essa base permite um térreo versátil, que garante que o pavimento superior de habitação se estruture todo em alvenaria estrutural, também com o bloco. O bloco cerâmico foi o material escolhido para as construções com o intuito de fundir o projeto com a paisagem existente e comprovar que a mesma arquitetura sem revestimento pode conter uma lógica organizacional de qualidade justa e barata, criando espaços que aproveitam da melhor forma a falta do mesmo.

O desempenho térmico entre o bloco cerâmico e o bloco de concreto também foi um fator determinante para a escolha do material, além da facilidade de transporte do material para dentro da viela, o bloco também possui a versatilidade de se tornar um elemento vazado quando assentado de forma contrária. O projeto toma partido desta possibilidade e traz como linguagem a apropriação do material nas diversas formas no qual ele pode se portar. A circulação horizontal que compõe as fachadas é de extrema importância e é destacada justamente em referência à pré existência cultural do bairro, portanto seu material se diferencia de todo o resto da Vila dos Pescadores. Em contraposição ao concreto e o bloco cerâmico, as passarelas são em estrutura metálica leve, com piso de chapa perfurada que garantem fácil montagem e relação com as áreas de permanência do térreo.


9- O morar Assim como a pluralidade dos soteropolitanos moradores da enseada, as tipologias habitacionais não poderiam deixar de tomar variadas formas e metragens, se adequando a quaisquer tipos de famílias e suas necessidades específicas. A parte inferior da Viela dos Ferroviários conta com tipologias em duplex que variam de um quarto com 40m² e 55m² e dois quartos com 65m². O intuito é possibilitar que diversos tipos de família consigam morar no mesmo bloco habitacional.

duplex 1 quarto - 55m² duplex 1 quarto - 40m² duplex 2 quartos - 65m²


primeiro pavimento

segundo pavimento


segundo pavimento

primeiro pavimento



9- O morar A parte superior da Viela dos Ferroviários conta com tipologias em apenas um pavimento, que variam de um quarto com 40m² e outra de dois quartos com 55m². O intuito é possibilitar que diversos tipos de família consigam morar no mesmo bloco habitacional.

duplex 1 quarto - 40m² duplex 1 quarto - 55m²







10- o mercar Por fim, mas não menos importante, o mercar também tem uma área de destaque além das pré-definidas nos térreos das habitações. Na porção mais estreita do território, em direção a Rua dos Ferroviários, foi implantada uma cobertura metálica leve com intuito de ser um abrigo às mais variadas formas que o mercar informal pode demandar. A estrutura garante infraestrutura hidráulica e áreas de apoio tanto para vendedores quanto para pedestres que irão passar pela viela. A cobertura simples incentiva a feira livre e a legalização dos espaços de trabalho do comerciante local, mas pode ser também apenas uma área coberta que garante diversos tipos de apropriação por parte de moradores e pedestres que estiverem de passagem pela Viela dos Ferroviários.




10- considerações finais A Vila dos Pescadores anseia por um desenho plural e dinâmico, que se adequa à inconstância do que é ser, “ser humano”, no território. É mais do que apenas um projeto de habitação, é um projeto do vazio, do percurso, do mercar, da conquista de espaço livre e salubridade em um tecido marcado pelo adensamento e falta de liberdade e segurança para com o coletivo. É sobre ressignificar a rua, a paisagem, os espaços coletivos e as relações de vizinhança de um povo muito unido apesar de tantas dificuldades, ou melhor, por causa delas.


11- bibliografia ÁLVARES, Maria Lúcia Politano; ÁLVARES, Diego; ÁLVARES, Helena Spinelli; MORAES, Luiz Roberto Santos; SANTOS, Maria Elisabete Pereira dos. Delimitação das Bacias Hidrográficas e de Drenagem Natural da Cidade de Salvador. Revista interdisciplinar de gestão social, [s. l.], 1 jan. 2012. GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013 ROLNIK, Raquel. O que é cidade? São Paulo: Brasiliense, 2004 ROLNIK, Raquel . Lar, doce lar... Blog da Raquel Rolnik. Publicado em 1985. Disponível em: https://raquelrolnik.wordpress. com/artigos-e-publicacoes/ VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto Arado. São Paulo, 2019. Ilustrações próprias.

BAHIA, Adriana Teixeira. 2.3.1. breve histórico da urbanização. In: BAHIA, Adriana Teixeira. Comunidade da Rua Monsenhor Rubens Mesquita, Salvador, BA - Um diálogo entre a cidade e saúde mental: estamos extinguindo nossos espaços saudáveis?. 2021. Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, [S. l.], 2021. p. 93-117. CARVALHO, Inaiá Maria Moreira; CORSO , Gilberto. Como anda Salvador e sua região metropolitana. In: COMO ANDA Salvador e sua região metropolitana. [S. l.: s. n.], 2008. cap. As cidades de Salvador. CERQUEIRA , Erika do Carmo. Vulnerabilidade Socioambiental na cidade de Salvador - Bahia: Análise Espacial das situações de risco e ações de resiliência. 2019. Tese (Doutorado) - Universidade Federal da Bahia, [S. l.], 2019.


Coleção - Imagens Período Colonial - Bahia | Hino, Fotos, Etc | Diversos | Prestação de Contas - Terezinha da Paulina (sudoestesp.com.br) IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Aglomerados Subnormais. 2019. Cartografia. Disponível em: https://dadosgeociencias.ibge.gov.br/portal/apps/webappviewer/index.html?id=67c70e701c624c63a6f1754a8b8bce4a. Acesso em: 08 mar. 2021. IPHAN (Estado da Bahia). IPAC - Instituto do Patrimônio Artístico da Bahia. Bens tombados e registrados na Bahia pelo Estado e pela União. 2014. Cartilha. Disponível em: http:// www.ipac.ba.gov.br/publicacoes-para-download/guias-e-folders. Acesso em: 5 mar. 2021. PINTO, Jerem ias Pereira; DE SOUZA, Tatiana Araújo. TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS DE SALVADOR E A FORMAÇÃO DO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO. XXI SEMANA DE MOBILIZAÇÃO CIENTÍFICA – SEMOC, 21ª SEMOC, p. 01-09, 26 out. 2018. Disponível em: http://ri.ucsal.br. Acesso em: 23 mar. 2021.

SIM- SISTEMA DE INFORMAÇÃO MUNICIPAL DE SALVADOR (Município de Salvador). População residente por cor ou raça - branca. [S. l.: s. n.], 2000. Cartografia. Disponível em: http://www.sim.salvador.ba.gov.br//index.php?option=com_zoom&Itemid=38&page=view&catid=2&PageNo=1&key=7&hit=1. Acesso em: 12 mar. 2021. SIM- SISTEMA DE INFORMAÇÃO MUNICIPAL DE SALVADOR (Município de Salvador). População residente por cor ou raça - parda. [S. l.: s. n.], 2000. Cartografia. Disponível em: http://www.sim.salvador.ba.gov.br//index.php?option=com_zoom&Itemid=38&page=view&catid=2&PageNo=2&key=9&hit=1. Acesso em: 12 mar. 2021. SIM- SISTEMA DE INFORMAÇÃO MUNICIPAL DE SALVADOR (Município de Salvador). População residente por cor ou raça - raça negra. [S. l.: s. n.], 2000. Cartografia. Disponível em: http://www.sim.salvador.ba.gov.br//index.php?option=com_zoom&Itemid=38&page=view&catid=2&PageNo=2&key=10&hit=1. Acesso em: 12 mar. 2021.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.