BORDAS URBANAS [RE]INTEGRAÇÃO NA CIDADE FRAGMENTADA
BORDAS URBANAS [RE] INTEGRAÇÃO NA CIDADE FRAGMENTADA
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
FERNANDA MARIA MARUSSI ORIENTADORA HEBE OLGA
SÃO PAULO
NOVEMBRO/ 2017
“O longo caminho do material através da função até ao trabalho criativo tem apenas um objetivo – criar ordem a partir da confusão desesperada do nosso tempo. Temos de ter ordem, colocando cada coisa no seu devido lugar e dando o devido a cada coisa de acordo com a sua natureza.” Ludwig Mies Van Der Rohe
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus por me proporcionar sabedoria e força para suportar esta caminhada. Agradeço à toda minha família e aos meus amigos tão queridos e amados, que fizeram parte desse sonho: Cristiane, Eliane, Marizol e Daniel, pois me deram afago e instrução nos momentos em que mais precisei durante a faculdade e na vida. Agradeço aos meus colegas de orientação e, principalmente, à minha querida orientadora Hebe Olga, por toda paciência e por acreditar no meu potencial. Agradeço a todos os mestres que fizeram parte do meu longo processo de graduação e que me agregaram muito conhecimento. Agradeço às minhas irmãs Laís e Juliene, que sempre serão minhas melhores amigas na vida. Agradeço ao meu pai Élvio por todo auxílio. Agradeço ao meu companheiro de caminhada, Thiago, por toda paciência e ajuda. E agradeço, especialmente, à minha tão amada mãe e amiga Irení, por segurar minha mão e dizer sempre que recomeçar não era ruim, era preciso para escrever uma história melhor e que bastava só um pouco mais de autoconfiança para não desistir. Este trabalho final dedico a todos vocês. Meu muito obrigada!
RESUMO
Este trabalho aqui apresentado, se desenvolve através da investigação sobre o conceito de bordas urbanas e de fragmentação espacial na cidade, mais especificamente, na região em que se localizam o bairro do Morumbi e o Complexo Paraisópolis. Ambos se distinguem tanto na formação urbana quanto na formação social, criando um distanciamento entre a cidade formal e a cidade informal. Desta forma, apresento uma proposta arquitetônica de fim educacional e cultural, capaz de estimular a conexão entre as regiões e o convívio entre os moradores. Para a realização de tal trabalho foi necessária uma busca por referências teóricas que proporcionaram maior entendimento do que se classificam como bordas urbanas e o processo de fragmentação da cidade. Também serviram como apoio para o desenvolvimento do equipamento escolhido as referências projetuais, que deram suporte para a execução de um objeto arquitetônico que se relaciona com a paisagem urbana e se concentre na borda.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1. CIDADE FRAGMENTADA
10
1.1. CIDADES FORMAIS E INFORMAIS
11
1.2. FAVELAS E SEGREGAÇÃO URBANA
13
1.3. BORDAS URBANAS: CONCEITO
16
1.4. ARQUITETURA COMO ESPAÇO DE USO
19
COMUNITÁRIO E SOCIAL
2. O LUGAR
23
2.1. CONHECENDO O MORUMBI
24
2.2. UM RELATO SOBRE PARAISÓPOLIS
26
2.3. PLANO DE URBANIZAÇÃO PARAISÓPLIS
28
2.4. UMA VISÃO SOBRE O LUGAR (FOTOS)
31
3. O TERRENO 3.1. PROCESSO DE ESCOLHA :
33 34
O TERRENO, LEGISLAÇÃO URBANA VIGENTE
E MAPA DE ZONEAMENTO
3.2. SITUAÇÃO DO TERRENO E ANÁLISE DA TOPOGRAFIA
39
4. REFERÊNCIAS
42
5. O PROJETO
51 53 57 59 61 68 69 71 72
5.1. DIRETRIZES 5.2. PROGRAMA 5.3 . TABELA DE ÁREAS 5.4. IMAGENS DO PROJETO 5.5. MATERIAIS DE REFERÊNCIA 5.6. FOTOS DA MAQUETE 5.7. DETALHAMENTOS 5.8. DESENHOS
6. BIBLIOGRAFIA
85
INTRODUÇÃO
A ideia é trabalhar com um equipamento
garantir uma pequena parcela, ao menos, de integração
urbano que seja capaz de oferecer à população
entre áreas que se fragmentam, deixando de ser parte
atividades culturais e educacionais, com isso garantindo
de um todo e se tornando definitivamente o próprio lugar.
melhorias
em
questões
sociais,
urbanas
e
de
mobilidade. E para que isso pudesse ser feito foi preciso
identificar alguns lugares que mais sofreram processo de segregação na cidade de São Paulo e que se fizessem em bordas urbanas devido a sua periferização, se dispersando, quase que totalmente, do local em que
A partir desta justificativa e através da procura por
espaços vazios ou subutilizados na cidade pude encontrar um terreno de aproximadamente 4.910,80 m² que se situa entre a avenida Giovanni Gronchi e a rua Major José Marioto Ferreira, mais precisamente entre o Complexo Paraisópolis e o bairro do Morumbi. O terreno
se inserem.
é parte do processo de contraste social e urbano que A iniciativa em desenvolver um trabalho de
aquela região vem sofrendo desde o adensamento da
pesquisa sobre a cidade fragmentada e seus espaços
favela e o crescimento de condomínios privados e de
de integração, tem como base o desenvolvimento das
alto custo, sendo a avenida Giovanni Gronchi o objeto
ocupações informais e o intuito de enfrentar questões de
divisor que delimita tal situação. Sendo assim, para que
segregação urbana e social, sem a ideia de apresentar
se contextualizasse a ideia de melhoria urbana no local e
uma solução efetiva para estas situações, mas sim para
a conexão entre os moradores, apresento a proposta de
propor uma intervenção de caráter arquitetônico que
um Centro Educativo de Cultura e Convívio, capaz de
tenha a função de colaborar com a melhoria dos
unir parte da população de ambos os lugares através da
espaços e levar visibilidade para o local, a fim de
atividades
educacionais,
culturais
e
artísticas.
7
1. CIDADE FRAGMENTADA “Cidade Fragmentada” é um tema que se tornou
âncora para que todo este trabalho se concretizasse, tendo em vista seu desenvolvimento teórico, apresentado neste caderno, criando a possibilidade de ramificar em assuntos, que foram e ainda são, totalmente importantes para o desenvolvimento da cidade. O processo de fragmentação se caracteriza como consequência do crescimento econômico, territorial e urbano,
principalmente de São Paulo; que é o local no qual este estudo se baseia; e que foi influenciado pelo mercado de consumo e por interesses político sociais. “Mas o que está cada vez marcando mais a vida urbana
na cidade mais rica do país é que nela se exibem contrastes chocantes entre a riqueza de alguns e a pobreza de muitos. “¹
O fragmento é um fenômeno de separação de espaços da cidade, que se desenvolvem independentemente
uns dos outros, mas ao mesmo tempo, um gera impacto sobre o outro. O surgimento das cidades formal e informal, a favelização
1- Metrópole Corporativa Fragmentada: O Caso De São Paulo - Coleção Milton Santos – p. 14
e segregação urbana e as bordas ou franjas urbanas explicam e justificam tal fragmentação, sendo decorrência de um regime desigual que atinge regiões de todo o país.
1.1. CIDADES FORMAIS E INFORMAIS Tem-se por cidades formais aquelas que
exercem
as
leis
urbanísticas
e
sociais
e
se
desenvolvem constantemente seguindo corretamente
desigualdades e privilégios. Para a cidade ilegal não há planos, nem ordem. Aliás ela não é conhecida em suas dimensões e características. Trata-se de um lugar fora das ideias.” ²
estes preceitos. Mas, a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), Erminia Maricato, em “As Ideias Fora do
Lugar e o Lugar Fora das ideias”, rebate esta questão apontando como fator principal que este modelo de uso e ocupação do solo considerado o correto só foi aplicado à parte da cidade ou até mesmo, parte da sociedade,
criando
assim,
uma
modernização
incompleta e excludente, pois o interesse econômico sempre falou mais alto. “[...] o urbanismo brasileiro não tem comprometimento com a realidade concreta, mas com uma ordem que diz respeito a uma
[FIG. 01]
parte da cidade, apenas. Podemos dizer que se trata de ideias fora do lugar porque, pretensamente, a ordem se refere a todos os indivíduos, de acordo com os princípios do modernismo ou da racionalidade burguesa. Mas também podemos dizer que as ideias estão no lugar por isso mesmo: porque elas se aplicam a uma
11
parcela da sociedade reafirmando e reproduzindo
2 – MARICATO, Ermínia. As Idéias Fora Do Lugar E O Lugar Fora Das Idéias: Planejamento Urbano no Brasil. São Paulo. 2000. p. 122 3 – MARICATO, Ermínia. As Idéias Fora Do Lugar E O Lugar Fora Das Idéias: Planejamento Urbano no Brasil. São Paulo. 2000. p. 124
Já a cidade informal é um processo de formação urbana que ignora
os
índices
urbanísticos e
cresce
abundantemente, com um parcelamento do solo irregular, sem qualquer limite arquitetônico e viário. Normalmente, seus edifícios são de capacidade construtiva precária, totalmente desorganizada, sem infraestrutura e saneamento. Esta é a cidade que se forma devido a necessidade de moradia barata daqueles que migram de outras cidades, em busca de oportunidade, de emprego e de
solução. Também fazem parte da cidade informal aqueles que
[FIG. 02]
são marginalizados perante a sociedade em que vivem. As áreas mais abrigadas para a formação informal são aquelas rejeitadas pelo mercado imobiliário, ou porque são áreas de preservação, ou áreas de riscos. “Estamos nos referindo a um processo político e econômico que, no caso do Brasil, construiu uma das sociedades mais desiguais do mundo, e que teve no planejamento urbano modernista funcionalista, importante instrumento de dominação ideológica: ele contribuiu para ocultar a cidade real e para a formação de um mercado imobiliário restrito e especulativo.”³ [FIG. 03]
12
1.2. FAVELAS E SEGREGAÇÃO URBANA Estes conjuntos de casas aglomeradas,
As favelas ou, segundo o IBGE, aglomerados subnormais,
são
grandes
elementos
urbanos
que
compõem a cidade irregularmente, onde, pessoas de baixa renda podem usufruir de moradia, mesmo que estas sejam
precárias.
Este
é
um
quadro
resultante
de
um
desenvolvimento social que excluiu os menos e privilegiou
Cada favela possui características diferentes e costumes que as fazem ser reconhecidas de diversas
maneiras, variando de acordo com o lugar em que se inserem, sendo ele cidade, estado ou país, porém, em sua maioria, todas precisam de atenção especial no que diz respeito a saneamento básico, policiamento, infraestrutura e regularização fundiária, entre outras questões e é isso que faz com que todas se assemelhem e sejam vistas por
é
na figura urbana e histórica do país há mais de um
século, pois narram o processo de crescimento desigual nas cidades e o desenvolvimento das cidades informais.
igual
a
outra,
o fim da Guerra de Canudos na Bahia, que durou de 1896 a 1897, em que soldados que lutaram na guerra
foram em busca de terras que lhes foram prometidas pela Marinha no Rio de Janeiro e estas se localizavam em morros, sendo assim, eles nomearam o local de “Morro da Favela”, inspirados por uma vegetação típica do Nordeste, cujo nome é Favela. A partir daí o nome se popularizou e todas as construções irregulares que cobriam os morros passaram a ser reconhecidas como
todos de uma mesma maneira. favela
área totalmente populosa possuem grande importância
Este processo, segundo dados históricos, se iniciou com
os mais favorecidos.
“Nenhuma
vielas e vias irregulares e insalubres, situados em uma
cada
uma
possui
suas
favelas.
especificidades, como os bairros, mas elas possuem também semelhanças, uma cultura própria, diferente dos bairros formais, mesmo sendo diferentes entre si.”
13
4
4 - JACQUES, Paola Berenstein. Maré, vida na favela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra. 2002. Pág. 20.
que, infelizmente, já estava sendo ocupada pelos imigrantes que possuíam maior experiência fabril adquirida em seus países de origem. Com isso, os
migrantes, seguindo o modelo das favelas cariocas, começam a povoar os locais marginalizados na cidade. Já em 1940, com a crise
de habitação, durante o
governo de Getúlio Vargas, as pessoas mais pobres buscam por moradias nos subúrbios, montando seus
barracos em áreas desocupadas. E após 1970, com o êxodo rural provocado pelo governo militar, após o início do crescimento econômico no país, os mais
pobres buscam por espaços vazios até mesmo em [FIG. 04] Representação artística do Morro da Favela na visão de Tarsila do Amaral. Quadro “Morro da Favela” – 1924.
regiões mais ricas para se instalarem. Com isso, o crescimento
demográfico
informal
tomou
uma
Por volta do século XX, São Paulo passa pelo
proporção gigantesca, perdurando até os dias atuais,
processo de imigração, recebendo, principalmente, italianos
onde qualquer construção irregular e em condições de
e japoneses para trabalhar na lavoura. Este processo fez
pobreza recebe a denominação de “favela”.
com que os ex escravos e seus descendentes perdessem moradia e oportunidade de emprego, sendo obrigados a buscar por novas oportunidades na cidade industrializada,
Tendo como base este processo de
formação da favelização no Brasil, podemos perceber
14
que é uma questão provocada pela decisão do próprio
“[…] a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes
poder público em beneficiar os interesses políticos e o
ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em
crescimento econômico de parte do país.
diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole.” 6
“Não é por falta de Planos Urbanísticos que as cidades brasileiras apresentam problemas graves. Não é também, necessariamente,
devido à má qualidade desses planos, mas porque seu crescimento se faz ao largo dos planos aprovados nas Câmaras Municipais, que seguem interesses tradicionais da política local e grupos específicos
ligados ao governo de plantão.” 5
Tal dinâmica, portanto, contribui diretamente
para o processo de segregação urbana, marginalizando grupos sociais por fatores econômicos, culturais e até mesmo,
raciais.
Está
carimbado
espacialmente
a
desigualdade social, separando as classes e levando os
[FIG. 05]
mais pobres para espaços fragmentados, que passam a se
desenvolver informalmente e independe do restante da cidade, dos grandes centros econômicos e urbanos, sendo caracterizados pela falta de infraestrutura e espaços de
5 – MARICATO, Ermínia, 2000, As Idéias Fora Do Lugar E O Lugar Fora Das Idéias: Planejamento Urbano no Brasil. p. 124.
lazer. Transformam- se em áreas tratadas pelos gestores públicos e parte da população como zonas de violência, se
15
distanciando da ideia de intervenção urbana.
6 – VILLAÇA, Flávio. Espaço Intra-Urbano. São Paulo: Nobel. 2001. p. 142.
1.3. BORDAS URBANAS: CONCEITO Muito se viu no capítulo “Cidades Formais e
Mais
a
frente,
este
estudo
se
Informais”, presente neste estudo, sobre a questão da
aprofundará no desenvolvimento e na relação
segregação urbana que ocorre em diversos lugares,
Paraisópolis e Morumbi, e exemplificará o processo
tomando
fenômeno
de bordas ocorrido em São Paulo. Mas já adianto-me
constantemente. Já neste capítulo, atrevo-me a aprofundar
a narrar aqui, neste capítulo, a forma como essas
tal ideia, tomando como preceito, as bordas urbanas,
duas realidades se apresentam e como configuram
também chamadas de franjas. Este conceito, nada mais é,
as franjas. Neste caso, a borda provoca um encontro
do que mais um dos elementos ocasionados pelo
entre Paraisópolis e Morumbi, pois torna-se um
crescimento desigual das cidades, que atingiu totalmente,
processo de transição da cidade, mesmo que parcial.
o espaço urbano.
Seria este o limite que configura o encerramento da
a
cidade
como
palco
desse
De acordo com o dicionário, borda significa a
favela e o início do bairro formal, sendo intermediado
extremidade de uma superfície ou a parte que finaliza um
pela avenida que serve de acesso para ambas as
objeto, podendo assim dizer, que, no caso das cidades, é
vertentes. A avenida Giovanni Gronchi, torna-se
uma divisão territorial, capaz de fragmentar regiões. Sendo
assim, o objeto pacificador e de ligação, provocando
assim,
o encontro.
entende-se
que
este
processo
de
instala,
principalmente, nos espaços de desenvolvimento urbano
Paraisópolis é o espaço que cria tal
crescimento
borda e se faz nela, sendo sua total homogeneidade
desenfreado da população, de maneira que se cria uma
feita na borda totalmente desfeita quando se explora
verdadeira cisão entre territórios.
seu espaço interior.
contemporâneo,
inserido
pelo
próprio
16
[FIG. 06] Complexo Paraisópolis.
[FIG. 07] Conjunto de Favelas da Maré.
17
[FIG. 08] Complexo Heliópolis.
[FIG. 09] Favela da Rocinha.
O que quero apresentar aqui, é exatamente a questão de como a borda resulta a fragmentação, ou mesmo sendo o resultado desta. Ou seja, o desenvolvimento segregado de tal local propiciou uma separação de áreas, e o crescimento do aglomerado de Paraisópolis se instalou entre o limite de Morumbi, criando determinado limite, que com o tempo passou a
ser instrumento de transição, de passagem, notoriamente interrompendo o espaço público contínuo e universal, mas se mostrando em constante transformação urbana.
[FIG. 10]
“Cada vez mais extensas, as periferias firmaram-se, ao longo da década de 1970, em detrimento do centro
7 – Trecho retirado do estudo “Urban sprawl, periferização e bordas urbanas” feito por José Augusto Ribeiro da Silveira apresentado no
principal, acompanhando as dinâmicas de deslocamento e de segregação de classes sociais no espaço da cidade.” 7
site “Vitruvius”.
18
1.4. ARQUITETURA COMO ESPAÇO DE USO COMUNITÁRIO E SOCIAL Neste capítulo venho apresentar a ideia de arquitetura como espaço de uso comunitário e
foi aprovada a Lei 9ª de Reforma Urbana da Colômbia,
social, e indago questões de como é possível a
que incentivava uma melhor administração de uso do
inclusão da sociedade por meio de equipamentos
solo. Já em 1997 cria-se a Lei 388, a fim de aprimorar e
públicos. Para isso, apresentarei planos e projetos que
adequar as normas estabelecidas pela Constituição.
deram certo e que levam a característica de objeto integrador na sociedade. Este é o caso de Medellín, na
Colômbia, que passou por um grande processo de urbanização, a fim de aliviar os problemas de segregação urbana, de fragmentação da cidade e de
Mas foi só em 2004, com a eleição do ex professor Sergio Fajardo para a prefeitura da cidade, que
se deu início ao plano de urbanização de Medellín, plano este que foi capaz de revolucionar a educação e o incentivo à cultura para a população, sem contar nas
desigualdade social.
melhorias no espaço público e o forte investimento em Medellín foi por anos, conhecida pela
segurança. Sergio fazia a seguinte afirmação: “Por que
terrível crise social e política que se alastrava pela
investir na educação contra o tráfico? Porque é a arma
Colômbia, advinda de conflitos entre as Forças
mais eficaz e importante no processo de mudança.”
Era
Estas ações mudaram completamente a
urbanamente desigual e recebia, por muitos, o título da
figura violenta e opressora que atingia a cidade, e a
cidade mais violenta do planeta. Sua situação social
transformou em um projeto promissor e exemplo para
era, de fato, de extrema deficiência, chegou a ser
muitas outras cidades seguirem.
Armadas
19
Colombianas
e
o
narcotráfico.
tomada como a cidade sem solução. Porém, em 1989
Melhorias no transporte que inclui
a
combinação de trens elevados e ônibus em sistema BRT
8
e Metrocable (teleféricos), inserção de escadas rolantes
nos percursos das favelas, acessibilidade nas ruas e calçadas e sistema de ciclovias são algumas das intervenções feitas. E é neste cenário de renovação social em Medellín que surgiu o plano “Arquitetura Inclusiva”, que construiu na periferia diversos locais de apoio e incentivo à educação e à cultura. Para que os equipamentos arquitetônicos fossem construídos foi necessário a adoção de concursos para a escolha dos
[FIG. 11]
[FIG. 12]
projetos que integrariam o plano. Em parceria com o arquiteto Camillo Restrepo, o até então prefeito Fajardo, optou pela escolha de edifícios que não estivessem focados apenas na estética, mas sim os que priorizaram a funcionalidade acima de tudo. 8- De acordo com o site “BRT Brasil”, sistema BRT (Bus Rapid Transit, ou Transporte Rápido por Ônibus) é um sistema criado pelo arquiteto, Jaime Lerner, quando foi prefeito de Curitiba em 1974. É um sistema de transporte coletivo muito mais rápido e confortável.
[FIG. 13]
20
Em meio à tantas obras promissoras desta
O projeto está localizado, segundo o 9
renovação da cidade, se destacam as bibliotecas parque,
site “Archdaily”,
que até hoje atraem a atenção dos moradores e até
foram afetadas pela violência em Medellín. São três
mesmo
capacidade
blocos imponentes na vista da cidade, que remetem à
transformadora do espaço e da sociedade e as
grandes rochas, que se dividem em biblioteca, centro
comunidades mais pobres puderam ver de perto o seu
de formação com salas de aula e o auditório. Ambos
crescimento e desenvolvimento.
são interligados por uma plataforma que garante
de
turistas,
devido
a
sua
em uma das encostas que mais
flexibilidade no acesso entre os ambientes, mesmo Uma das mais conhecidas e consagradas é
que cada volume opere independentemente.
o Parque Biblioteca Espanha, projetado em 2005. É um projeto do escritório do arquiteto Giancarlo Mazzanti, que lhe rendeu uma premiação na 6ª Bienal de Arquitetura e
Urbanismo, em Lisboa em 2008.
[FIG. 15] [FIG. 14]
21
9 - http://www.archdaily.com/2565/espana-library-giancarlomazzanti
Outro projeto que compôs estas intervenção urbana, também do escritório do arquiteto Giancarlo
Mazzanti é a Biblioteca Parque León de Grieff, projetado em 2007. A ideia do arquiteto foi a de apresentar para a cidade um local amplo, com diversas atividades de integração e mirantes para toda Medellín. Seguindo o conceito do Parque Biblioteca Espanha, esta obra é dividida por três módulos que recebem a biblioteca, área educacional e auditório, e conecta as áreas [FIG. 17]
inferiores e superiores do bairro, criando trilhas em meio ao parque esportivo.
[FIG. 16]
[FIG. 18]
22
2. O LUGAR
2.1. CONHECENDO O MORUMBI Uma fazenda de 700 alqueires que cultivava chá
Mas foi com a inauguração do Estádio Cícero
da Índia, localizada na zona Sul, afastada do Centro de
Pompeu de Toledo no início da década de 60 e com a
São Paulo e pouco povoada. Essa era a imagem, do que
mudança da sede do Governo do Estado para o Palácio
hoje é o bairro do Morumbi, em meados do século XIX.
dos Bandeirantes,
Porém, com o passar dos anos e com a evolução urbana
idealizada por todos como um ótimo lugar para viver, sendo
da cidade, a fazenda começa a ser interessante para o
assim, totalmente adensada até os anos 80 e 90. É neste
mercado imobiliário e em 1948 se inicia o processo de
período que o bairro passa a receber mais construções
povoamento do local, isso graças a iniciativa do
luxuosas.
que a região começa a ser mais
engenheiro Oscar Americano que adquire grandes glebas da fazenda para um processo de urbanização. A companhia Morumby era a responsável pelas vendas dos loteamentos que faziam parte deste processo de
urbanização, e devido a extensão destes, muitas famílias de classe alta decidem ir morar lá.
Com o crescimento populacional da cidade, o Morumbi, que até então era apenas local de morada para os ricos, dá espaço à classe pobre, que busca por terrenos vazios na região e os adensam. A Real Parque e Jardim Panorama são as principais favelas do bairro, que também
faz divisa com a Favela Paraisópolis, localizada no distrito da Vila Andrade. Já a avenida Giovanni Gronchi, que recebeu este nome graças a visita do presidente italiano
homônimo, em 1958, é um dos principais eixos de ligação [FIG.19]
Evolução
entre Morumbi, Vila Andrade e a região do Campo Limpo,
demográfica
sendo fundamental para o
desenvolvimento da região.
do distrito do
Hoje é objeto que separa Paraisópolis e Morumbi, e ao
Morumbi.
mesmo tempo interliga os dois.
24
[FIG. 20] Palácio dos Bandeirantes em 1964.
[FIG. 23] Palácio dos Bandeirantes, atual.
[FIG. 21] Estádio do Morumbi em 1960.
[FIG. 24] Estádio do Morumbi, atual.
[FIG. 25] Capela das ruinas de Taipa, atual.
Na
[FIG. 26] Casa Grande
25
[FIG. 22] Ruínas de Taipa de Pilão, em 1936.
região
se
mantém
alguns
da Fazenda Morumbi,
equipamentos históricos, como a capela da antiga
atualmente
um
fazenda Morumbi, construída pelo arquiteto Gregori
restaurante e salão de
Warchavchik a partir das ruínas de taipa, e a Casa
eventos.
Grande, que foram tombados pela CONPRESP 10 em
é
10- Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo
2005.
2.2. UM RELATO SOBRE PARAISÓPOLIS A área em que hoje se situa a segunda maior favela da cidade de São Paulo, o Complexo Paraisópolis,
em meados da década de 20 era parte integrante da
instalaram pequenas chácaras, sendo na década seguinte encontrado até mesmo criação de gado nestas chácaras.
Fazenda Morumbi, que foi parcelada em 2.200 lotes pela União Mútua Companhia Construtora e Crédito Popular
Já na década de 60, são implantados os
S.A para a construção de residências de alto padrão.
cemitérios Morumbi e Gethsemani e a avenida Giovanni
Porém, não recebeu a infraestrutura necessária para a
Gronchi com o crescimento do bairro de alto padrão
implementação dos lotes, sendo assim, nunca foi tomada
Morumbi, que tornou-se evidente, chamando a atenção do
posse efetiva por parte dos compradores, que sequer
interesse econômico, sendo então elaborado um plano de
pagaram pelos tributos necessários. A partir daí, a área,
Desenvolvimento Urbano Integrado de Santo Amaro que
que já estava com a malha viária marcada, foi abandona e
visava a desocupação do loteamento em Paraisópolis. No
esquecida. Tornou-se um grande vazio urbano, chamariz
entanto, a região já estava em grande desenvolvimento e
para aqueles que não dotavam de moradia, em sua
o plano não vingou, e na década seguinte começou o
maioria, migrantes nordestinos que vieram para São Paulo
processo de ocupação das terras vizinhas que hoje são as
em busca de novas oportunidades.
favelas Jardim Colombo e Porto Seguro.
Por volta de 1950, a área tornou-se palco para o
Nos anos 80 a região já contava com mais de 20
processo de construções informais, e neste ano pode-se
mil habitantes e no início do século XXI tornou-se a
ver os primeiros barracos de madeira se instalando. De
segunda maior favela da cidade, recebendo os migrantes
início, quem se apossou do local foram os japoneses, que
de outras favelas que foram demolidas pela prefeitura.
26
[FIG. 27] Imagem aérea de 1948.
[FIG. 28] Imagem aérea de 1968.
[FIG. 29] Imagem aérea de 1977.
[FIG. 30] Imagem aérea de 1987.
[FIG. 31] Imagem aérea de 1996.
[FIG. 32] Imagem aérea de 2000.
Hoje, 11
Paraisópolis”,
segundo
o
site
“Encontra
a favela conta com cerca de 80 a
100 mil habitantes e 20 mil domicílios, e está cercada por edifícios de alto padrão, localizados no bairro vizinho, o Morumbi. [FIG. 33] Imagem aérea de 2017.
27
11 - http://www.encontraparaisopolis.com.br/paraisopolis/
2.3. PLANO DE URBANIZAÇÃO DE PARASIÓPOLIS O plano de desenvolvimento urbano e de regularização fundiária para Paraisópolis é um projeto criado em 2009, com o
intuito de levar melhorias à região e, seguindo o modelo de
“A topografia, neste projeto, é mantida e
Medellín, valorizar a área diminuindo o quadro de pobreza que
estabilizada com o objetivo de prevenir futuras
destoa completamente do seu rico vizinho, Morumbi.
erosões, criando uma arena
Implementado em 2010, com previsão de término em 2025, a urbanização se estrutura em três pontos principais: as
natural em um
espaço público com terraço e incluindo uma área reservada para agricultura urbana.”
12
águas, a mobilidade e a habitação. A partir desses eixos, criamse, com a participação da população, os desenhos projetuais
que levam ao planejamento das intervenções. Um dos novos edifícios que fazem parte do plano, é o
que sediará a escola de música, chamada de Fábrica de
O projeto foi ganhador do Prêmio Holcim – Construção Sustentável 2010-2012
Música, tendo como escolhido o projeto do escritório Urban
12
Think Tank. Esta se localizará na área do Grotão, considerado o
concursosdeprojeto.org/2011/10/19/holcim-
coração da favela.
americalatina-2010-2012-ouro/
–
Trecho
retirado
do
endereço
28
[FIG. 34] Corte perspectivado da Fábrica de Música do Grotão.
[FIG. 35] 3D da Fábrica de Música no Grotão. [FIG. 36] 3D da Fábrica de Música no Grotão.
29
[FIG. 37] 3D da Fábrica de Música no Grotão
[FIG. 39]
[FIG. 38] 3D ilustra as áreas de vegetação, que criam um parque e áreas de plantio da
Fábrica de Música no Grotão.
[FIG. 39 E 40] Esquemas de circulação e
[FIG. 40]
acessos da Fábrica de Música no Grotão.
30
2.4. FOTOS DO LUGAR
[FIG. 42]
Vista da Giovanni Gronchi mostra Morumbi e Paraisópolis
divididos pela avenida.
[FIG. 41] Paraisópolis.
31
Entrada da rua Major José Marioto Ferreira –
[FIG. 43]
Entrada de Paraisópolis pela rua Major José Marioto Ferreira
vista da avenida Giovanni Gronchi.
[FIG. 44] Vista da favela de Paraisópolis para o Morumbi
[FIG. 45] Vista da favela de Paraisópolis para o Morumbi
[FIG. 46] Um dos projetos sociais da favela é o Ballet Paraisópolis,
[FIG. 47]
Projeto de hortas comunitárias se instala nas lajes de
que recebe crianças e adolescentes de 8 a 16 anos.
casas e comércios.
32
3. O TERRENO
3.1. PROCESSO DE ESCOLHA O processo de escolha do terreno se deu a partir de um levantamento de terrenos subutilizados
e
áreas
degradadas,
especificamente, nas bordas de Paraisópolis e que tivesse conexão direta com o bairro do Morumbi. Com isso, foi possível analisar o lote que melhor caracterizava o processo de fragmentação estudado no desenvolvimento
teórico apresentado neste caderno. O mapa ao lado mostra os terrenos
que foram levantados por mim e que tinham algum potencial para que eu pudesse fazer a proposta de intervenção arquitetônica, sendo escolhido o que está preenchido em vermelho. [MAPA 01]
TERRENOS SUBUTILIZADOS.
TERRENO ESCOLHIDO.
34
[FIG. 48]
Paraisópolis localiza-se no distrito da Vila Andrade, que pertence a subprefeitura do Campo Limpo. O distrito é conhecido pelo grande
contraste socioeconômico,
vivendo
de
ali
pessoas
variadas
rendas.
A área de intervenção faz parte da ZEIS - 1 (Zona Especial de Interesse Social) com potencial para projetos
habitacionais
e
de
melhorias
urbanísticas,
apresentado no mapa de zoneamento da cidade.
35
como
[MAPA 02]
Segundo descrito na lei nº 16.050, de 31 de
equipamentos sociais, infraestruturas, áreas verdes e
julho de 2014; Art. 44. as Zonas Especiais de
comércios e serviços locais, situadas na zona urbana.
Interesse Social (ZEIS), são porções do território
São áreas caracterizadas pela presença de favelas,
destinadas, predominantemente, à moradia digna
loteamentos
para a população da baixa renda por intermédio de
habitacionais de interesse social, e assentamentos
melhorias urbanísticas, recuperação ambiental e
habitacionais populares, habitados predominantemente
regularização fundiária de assentamentos precários e
por população de baixa renda, onde haja interesse
irregulares,
público em manter a população moradora e promover a
bem
como
à
provisão
de
novas
irregulares
fundiária
e
e
empreendimentos
Habitações de Interesse Social - HIS e Habitações
regularização
urbanística,
recuperação
de Mercado Popular - HMP a serem dotadas de
ambiental e produção de Habitação de Interesse Social.
[TABELA 01]
36
De acordo com a lei em lotes com área igual ou maior a 1000 m² é exigida a construção de 50% (no mínimo) para HIS, 30% (no mínimo) para HIS ou HMP e 20% (no máximo) para outros usos do total de área construída computável. Todavia, a exclusão da obrigatoriedade de construção de HIS na área ocorre quando o imóvel é
destinado a equipamentos sociais de educação, saúde, assistência social, cultura, esportes e lazer, bem como à infraestrutura urbana . Os índices urbanísticos são dados na tabela abaixo:
[TABELA 02]
37
O terreno 1 hoje está ocupado por um posto de gasolina. Já o terreno 2, em péssimas
condições, está em completa subutilização, servindo de estacionamento para os moradores da favela. O objetivo da minha proposta é o de integrar
os
dois
terrenos
criando
um
espaço
democrático e convidativo, tornando o acesso principal
pela rua das Goiabeiras.
[MAPA 03]
A intenção da proposta é atingir e privilegiar tanto os moradores do complexo Paraisópolis como os moradores do bairro do Morumbi, sem excluir os
visitantes que vêm de outras regiões. Assim o terreno
1
situado na margem de Paraisópolis proporciona fácil acesso
a
ambos
os
2
locais.
Como apresentado na imagem ao lado, extraída do Google Earth, o terreno se divide em dois por
uma pequena rua denominada Rua das Goiabeiras. [MAPA 04]
38
3.2. SITUAÇÃO DO TERRENO Com uma área aproximada de 4.910,80 m², o terreno para intervenção possui
uma
topografia
acidentada com um desnível de
aproximadamente
20
metros e em seu entorno o uso é predominantemente
residencial, sendo barracos situados na rua Major José Marioto
Ferreira
e
um
condomínio fechado que se situa
entre
a
avenida
Giovanni Gronchi e a rua da Goiabeiras. O gabarito no local
varia
residências)
de
2
(para
a
13
(para
VIA DE MÃO DUPLA PONTO DO ÔNIBUS
LIMITE DE QUADRA
[MAPA 05]
CURVA DE NÍVEL
edifícios) pavimentos.
E para que fosse decidido o equipamento urbano de maior necessidade na região fiz um breve levantamento de
39
equipamentos existentes na própria área de intervenção e proximidade, como apresentado no mapa a seguir.
A
avenida
Giovanni Gronchi é uma das
principais
vias
da
cidade, sendo a principal conexão Vila
entre
Andrade
Morumbi, e
Campo
Limpo. E é ela, com um trânsito
intenso,
responsável
a
pelo
funcionamento do fluxo na região, recebendo auxilio da
avenida
Hebe
Camargo,
que foi criada justamente com o intuito de ajudar a aliviar o trânsito de veículos
[MAPA 06]
na Giovanni. ÁREA DE INTERVENÇÃO VIAS ESTRUTURAIS Av. Gionvanni Gronchi (A) ; Av. Hebe Camargo (B) EQUIPAMENTO CULTURAL 1- Biblioteca Becei de Paraisópolis
EDUCAÇÃO 1-Colégio Nossa Senhora do Morumbi; 2- Creche Arquinha 3- Escola da Comunidade Visconde de Porto Seguro; 4- Associação Crescer Sempre; 5- Professor Homero dos Santos Forte; 6- E. E. Maria Zilda Gamba Natel; 7- Associação Escola Graduada de São Paulo; 8- Jardim Escola Equilíbrio
SERVIÇOS PÚBLICOS 1- Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis
LAZER 1- Play Tennis Morumbi
40
Tendo em vista que o foco da proposta é o de integração
entre as pessoas e a conexão urbana, possibilitando uma melhoria no espaço público com a inserção de um equipamento convidativo que promova educação, cultura e convívio, foi necessária a busca por projetos de referência, que de alguma forma possuem essas características e têm a
função de requalificar o espaço em que se inserem, promovendo o encontro na cidade e a promoção de atividades para a população. Foi necessário para o desenvolvimento da minha proposta o entendimento de como locais que seguem as mesmas
4. REFERÊNCIAS
premissas que idealizei para o meu projeto funcionam, como os espaços internos se articulam e qual o impacto que aquele equipamento tem na cidade e na vida dos seus usuários.
Sendo assim, faço um estudo sobre o Parque Biblioteca Fernando Botero, a Biblioteca de São Paulo, o Centro Cultural São Paulo, o Museu da Imagem e do Som, a Praça das Artes e o Centro Cultural Plassen localizado na Noruega. E para o auxílio na criação do programa do meu projeto, e
também para maior conhecimento do que está sendo proposto, realizei visitas técnicas na Biblioteca de São Paulo, no Centro Cultural São Paulo, no Museu da Casa e do Som e na Praça das Artes.
O Parque Biblioteca Fernando Botero, projeto
do escritório G Ateliers Architecture, em San Cristóbal/ Medellín, me auxiliou no entendimento da relação do espaço público com a cidade e com as pessoas. Sem contar, que
colaborou
com o
entendimento
de
atividades oferecidas às comunidades, pois o lugar em
[FIG. 49]
que está inserido se assemelha (tanto no ponto de vista topográfico e arquitetônico, como em questões sociais) com o escolhido por mim para a proposta de
tal intervenção. O projeto se ancora totalmente à topografia e cria aberturas que se conectam à paisagem do local. [FIG. 50]
[FIG. 52]
43
[FIG. 53]
[FIG. 51]
[FIG. 54]
O trabalho de iluminação provoca uma conexão visual dos ambientes, criando uma relação com os diferentes
níveis, incentivando um passeio por todo o edifício. Seu programa se estabelece através dessas conexões, interseccionando cada ambiente por corredores que ora se transformam em galerias, ora em espaços púbicos. [FIG. 55] Organização do programa: Planta nível superior.
Acervo e espaço infantil
Banheiros
Informática
Artes e exposições
Café
Acervo e leitura adultos
Escola de música
Hall
Circulação horizontal
Teatro
Recepção
Circulação vertical
Recepção escola de música
Sala virtual
[FIG. 56] Organização do programa: Planta nível térreo. [FIG. 58] Esquema de iluminação natural.
[FIG. 57] Organização do programa: Corte mostra os diferentes níveis. [FIG. 59] Esquema de ventilação natural.
44
A
Biblioteca
de
São
Paulo,
projeto do escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos, localizada no espaço que já abrigou o antigo complexo do Carandirú, faz uma grande contribuição
referencial ao meu projeto no que diz respeito a espaços de integração, pois é um local que recebe diversas pessoas oferecendo ambientes de leitura e
[FIG. 61] Espaço de leitura para adultos
convívio. Sua relação com a cidade é direta e a inserção deste equipamento na região impactou
positivamente na relação com o meio urbano. Seu programa parte da ideia da flexibilidade no layout e da farta iluminação zenital e vertical nos ambientes. Sua organização deixa o local atrativo até mesmo para aqueles que não estão habituados à leitura.
45
[FIG. 63] Fachada da biblioteca
[FIG. 60] Espaço infantil
[FIG. 64] Varanda e espaço de leitura e estudo
[FIG. 62] Vista do mezanino para o térreo
[FIG. 65] Recepção
O programa se organiza de forma que a biblioteca seja um espaço total de integração entre os usuários, oferecendo térreo com áreas para crianças e adolescentes, espaços lúdicos e auditório. Já o piso
superior garante acervo variado para adultos e varandas para performances, que servem também como área de estar. Circulação horizontal
Módulos de leitura
Circulação vertical
Acervo e leitura adultos
Recepção
Acervo e espaço infantil
Informática
Teatro
Administrativo
Banheiros
Café
Varandas
Literatura estrangeira
Hall
Balcão de informações e armários
[FIG. 66] Organização do programa. Térreo e nível superior.
[FIG. 68] Organização do programa em corte.
[FIG. 67] Esquema de iluminação natural.
[FIG. 69] Esquema de ventilação natural.
46
O Centro Cultural São Paulo, projetado pelos arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, é um local totalmente democrático, com espaços amplos que
permitem
o
usuário
a
criar
diversas
possibilidades de uso. São espaços flexíveis e que trazem total liberdade de percurso, incentivando a vivência entre as pessoas e se tornando ponto de encontro e referência. Sua relação com a cidade é
[FIG. 70] Relação do interno com o externo
[FIG. 71] Horta comunitária.
através do fechamento de vidro.
de total integração. Os ambientes também estão
sempre conectados entre interior e exterior, graças aos fechamentos de vidro. Este projeto me auxiliou em diversos aspectos, desde a ambientação até o conceito de espaço público. Também me serviu de referência a horta comunitária que se encontra na cobertura do centro cultural e todo o espaço verde que se estabelece ali.
47
[FIG. 74] Espaços e suas possibilidades de uso.
[FIG. 72] Cobertura verde.
[FIG. 75] Espaço de exposições.
[FIG. 73] Acesso para a biblioteca.
[FIG. 76] Rampas que conectam os níveis.
Já o Museu da Imagem e do Som – MIS, com projeto arquitetônico do escritório CAT Arquitetura em parceria com Álvaro Razuk, se tornou referência para o meu projeto como espaço de promoção de cultura através de eventos, mas principalmente, pelo
seu forte incentivo ao cinema. O local conta com cineteatros com telões para exibições de filmes que fazem parte da proposta de mostra de cinema idealizada no próprio MIS. Sem contar que oferece pequenos workshops sobre o tema que são abertos ao público
[FIG. 77] Cineteatro. Vista para a sala de projeções.
através de inscrição. Também oferece cursos esporádicos de edição
de filmes. Em meu projeto proponho um espaço de promoção de wokshops de cinema e fotografia e por conta disso era preciso entender o funcionamento de tal local. Infelizmente, durante a visita não foi possível a entrada em alguns ambientes, apenas em um dos
cineteatros, na curadoria, nos espaços de exposições e na midiateca.
[FIG. 79] Espaço de exposições de fotografia.
[FIG. 80] Espaço da curadoria.
[FIG. 78] Cineteatro. Vista para o palco e telão de exibições.
[FIG. 81] Entrada do espaço de exposições temporárias.
48
A Praça das Artes, projeto do escritório Brasil Arquitetura foi um grande referencial para a minha proposta de espaços de aulas de música e dança, pois o local oferece estas atividades. A visita técnica a esse complexo
cultural, me auxiliou no entendimento da acústica das salas de aula e no funcionamento de um espaço que conta com atividades educacionais e culturais, mas que também conta com um térreo livre, aberto à população e que possibilita
49
diferentes tipos de manifestações artísticas.
[FIG. 82] Terraço com vista para a R. Conselheiro Crispiniano.
[FIG. 83] Espaço administrativo.
[FIG. 84] Recepção para a escola.
[FIG. 85] Pátio para diferentes manifestações, com painéis acústicos.
[FIG. 86] Hall da Escola de Música.
Projeto
do
escritório Archtects 3XN, o Centro
Cultural Plassen, localizado em Molde na Noruega, possui uma cobertura
bastante
dinâmica,
projetada para receber diversos [FIG. 87]
tipos de eventos, principalmente,
eventos musicais. Ela abriga três anfiteatros ao ar livre, que têm capacidade
para
diversas
pessoas. Também é usada como área de convívio, sendo flexível [FIG. 88] Esquemas mostram como se dá o acesso e a permanência na laje, que também
para um café e para ser um
funciona como teatro a céu aberto.
mirante na cidade. Me baseio nesta
obra para definir como será a cobertura da minha proposta que tem
como
intuito
promover
convivência externa ao edifício. [FIG. 89] Corquí da fachada lateral. Ilustra o percurso dos usuários pela cobertura.
50
5. O PROJETO
Após o estudo feito sobre o processo de
Observando a problemática, decidi
fragmentação e bordas urbanas na cidade de São
propor um equipamento arquitetônico que pretende
Paulo, dando enfoque à favela de Paraisópolis e o
conectar as duas realidades através da oferta de
bairro do Morumbi e a partir das visitas feitas na
cultura, educação e lazer, com espaços de
região, pude notar que tais locais encontram-se
convivência e encontro. Embasada nos estudos
carentes de espaços urbanos públicos e de
feitos
integração. O processo de interação entre os
conhecendo melhor as necessidades do lugar
moradores da favela e do bairro é quase que
estudado, proponho a inserção de um Centro
inexistente, pois surge, da parte dos moradores do
Educativo de Cultura e Convívio, que tem como
Morumbi, um grande preconceito com os chamados
função
13
“favelados”,
e não menos preconceituosos, os
moradores de Paraisópolis evitam contato com os
sobre
a
a
troca
urbanização
de
de
vivência
Medellín,
entre
e
seus
frequentadores, garantindo um programa flexível e de múltiplas atividades.
ditos ricos do bairro vizinho. Todos os equipamentos
Cabe salientar aqui, que o objeto
de cultura que existem em Paraisópolis encontram-
apresentado não tem, em hipótese alguma, a
se dentro do complexo, quem vem de fora
ambição de sanar o problema de fragmentação
dificilmente tem acesso a eles. 13- Indivíduo cuja moradia se localiza numa favela; habitante
que ocorre na região, mas sim ofertar uma parcela colaborativa para as melhorias do problema.
ou morador de uma comunidade. Fonte: https://www.dicio.com.br/favelado/
52
POSSIBILIDADES DE ACESSOS
5.1. DIRETRIZES PARTIDO
O projeto proposto estimula a conexão entre Morumbi e Paraisópolis, reforçando o percurso do
pedestre e proporcionando o encontro e a permanência. O intuito é o de oferecer espaços flexíveis e que se adaptam às necessidades dos usuários.
Para isso busco o entendimento das condições do terreno,
?
focando
na
topografia
acentuada,
que
estabelece o percurso desde a Giovanni Gronchi até o limite de Paraisópolis, estimulando uma conexão. Outro aspecto relevante para o projeto é a Rua das Goiabeiras,
CONEXÃO ENTRE A CIDADE PASSEIO DE PEDESTRES
que se apresenta de uma maneira importantíssima na região, pois se torna um objeto de transição para quem acessa à favela. Em contrapartida, a Giovanni Grochi é o elemento que se faz comum entre moradores do
ARTICULAÇÃO DO EDIFÍCIO APROVEITAMENTO DA TOPOGRAFIA
Morumbi e de Paraisópolis, tendo potencial para o
estímulo à convivência entre as pessoas. Sendo assim, levo em consideração essas diretrizes e estas me direcionam para a concepção do partido da proposta.
53
[FIG. 90] Síntese do partido
Proponho, então, que existam acessos ao
CIRCULAÇÃO VERTICAL
edifício pela Avenida Giovanni Gronchi através de HALL FOYER
RECEPÇÃO
AULA DE FOTOGRAFIA EXPO.
uma
grande
cobertura
que
estimula
a
CAFÉ
permanência e a interação da população. Pela
ESCOLA DE MÚSICA ESCOLA DE DANÇA ÁREA TÉCNICA
FAB LAB
Rua das Goiabeiras, onde se localiza o acesso principal, sendo considerado o andar térreo, e a
[FIG. 91] Estudo da distribuição do programa.
partir do hall, em que se encontra a recepção, AULA DE CINEMA CAFÉ ADMINISTRATIVO BIBLIOTECA
AUDITÓRIO
direciona os usuários para o foyer e auditório,
para o espaço de exposições, para o café, para a área
[FIG. 92] Estudo da distribuição do programa.
administrativa e por
todos
os outros
pavimentos, que contam com biblioteca e espaços
de ensino de dança, música, cinema, fotografia e também para a horta comunitária, e é por esta rua que as pessoas terão acesso às escadas-rampas, que foram idealizadas para o estímulo ao convívio [1]
e que se tornam aliadas à promoção do cinema
ao ar livre. E pela Rua Major José Marioto
[2]
Ferreira, que recebe uma escadaria que conecta a borda do terreno ao limite da favela. [3]
[FIG. 93] Acessos pela Rua das Goiabeiras [1], pela Avenida
Giovanni Gronchi [2] e pela Rua Major José Marioto Ferreira [3].
54
TERRAÇOS JARDIM
COBERTURA COMO ESPAÇO DE ENCONTRO E CONVÍVIO.
PRAÇA
ESCADAS-RAMPAS [FIG. 94] Estudo de projeto.
HORTA COMUNITÁRIA
A cobertura, que se estabelece na cota 827, recebe
O projeto também recebe escadas-rampas, que
uma inclinação de 4,95%, o que ajuda no escoamento de
foram propostas, assim como a cobertura, com o intuito de
água.
que
estimular a permanência das pessoas e o encontro, e se
possibilitam atividades ao ar livre, espaço com mesas de
caracterizam como um anfiteatro servindo de apoio para o
xadrez
cinema ao ar livre.
Também
e
conta
bicicletário
com
áreas
com
ajardinadas
capacidade
para,
aproximadamente, 25 bicicletas. Já na cota 826, proponho uma praça com espelho
São Paulo e no projeto de hortas comunitárias da
d’água e ilha de descanso, sendo assombreada pelas
comunidade de Paraisópolis, proponho a inserção uma
goiabeiras já existentes no local. Esta praça possui acesso
horta na cota 813.
para a cobertura e para a Rua das Goiabeiras através de rampas, com inclinação de 6,25% e escada.
55
Com base na horta comunitário do Centro Cultural
Outro aspecto considerável do projeto são os terraços jardim, que acontecem em todos os pavimentos.
O edifício possui aberturas em todas as orientações, porém, na fachada que se encontra
na orientação Leste e na fachada que se encontra
[FIG. 95] Estudo de projeto.
na orientação Oeste foi necessária a colocação de proteção solar. Como os terraços jardim estão localizados à Leste, tomando como referência o pergolado das varandas da Biblioteca de São
Paulo, optei por inserir pergolados de madeira com uma cobertura translúcida, a fim de minimizar PERGOLADO
DE
MADEIRA
COM
a incidência solar nos ambientes internos. BRISES VERTICAIS MÓVEIS
COBERTURA TRANSLÚCIDA PARA PROTEÇÃO SOLAR NOS TERRAÇOS
Já nos ambientes que não possuem terraço, mas que estão voltados à Leste e Oeste,
proponho brises verticais móveis.
[FIG. 96] Estudo de iluminação natural e insolação.
[FIG. 97] Estudo de ventilação natural.
56
5.2. PROGRAMA
COBERTURA/ ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA BICICLETÁRIO ESPAÇO DE XADREZ WORKSHOP DE CINEMA DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS WORKSHOP DE FOTOGRAFIA
TERRAÇO JARDIM HALL
57
EXPOSIÇÕES
ATENDIMENTO
SALA DA DIRETORIA
CAFÉ/RESTAURANTE
SALA DOS PROFESSORES
FOYER
SALA DE REUNIÃO
AUDITÓRIO
SECRETARIA
SALA DE PROJEÇÕES
BILHETERIA
TERRAÇO JARDIM
DEPÓSITO DE INSTRUMENTOS ESTUDO PRÁTICO DE MÚSICA ENSAIO GERAL DE MÚSICA
BIBLIOTECA TERRAÇO JARDIM
ENSAIO GERAL DE DANÇA ESTUDO PRÁTICO DE DANÇA HORTA COMUNITÁRIA TERRAÇO JARDIM
ALMOXARIFADO
DEPÓSITO CASA DE MÁQUINAS
RESERVATÓRIO INFERIOR FAB LAB
DEPÓSITO FAB LAB
58
5.3. TABELAS DE ÁREAS COTA 821 Auditório
311,42 m²
181 lugares
Foyer
143,53 m²
357 pessoas
Bilheteria
12 m²
-----
Banheiros fem. e masc.
10 m²
3 bacias e 3 lavatórios cada
COTA 827 Cobertura e espaço de convivência
COTA 821
2.223,60
------
WORKSHOPS COTA 824 COTA – 824
59
Workshop de cinema
56 m²
+/- 14 pessoas
Workshop de cinema
41 m²
+/- 10 pessoas
Depósito equipamentos
32,70 m²
Workshop de fotografia
32 m²
2 salas – 8 pessoas cada
Banheiros fem. e masc.
10 m²
3 bacias e 3 lavatórios cada
------
Hall
148 m²
370 pessoas em pé
Área de exposições
107 m²
267 pessoas em pé
Balcão/ Café
34 m²
-----
Sala da diretoria
33 m²
-----
Sala dos professores
43 m²
-----
Secretaria
45 m²
-----
Sala de reunião
30 m²
-----
Atendimento
14 m²
1 funcionário
Banheiros fem. e masc.
10 m²
3 bacias e 3 lavatórios cada
AULAS DE MÚSICA E BIBLIOTECA – COTA 817 Estudo prático de música
31 m²
2 salas - 7 pessoas
Ensaio geral de música
52 m²
1 sala – 13 pessoas
Depósito de materiais
22 m²
-----
Biblioteca
325,70 m²
-----
Banheiros fem. e masc.
10 m²
3 bacias e 3 lavatórios cada
ÁREAS GERAIS
AULAS DE DANÇA– COTA 813 Ensaio geral de dança
62 m²
1 salas - 7 pessoas
Estudo prático de dança
52 m²
2 salas – 6 pessoas
Vestiário feminino
12 m²
2 chuveiros, 2 bacias e 3 lavatórios 2 chuveiros, 1 bacia e 3 lavatórios
Vestiário masculino
11 m²
Área do terreno
4.910,80 m²
Área ocupada (TO)
2.223,60 m² - 0,45
Área permeável
1.178,86 m² - 0,24
Área construída computável (CA)
5.407 m² - 1,10
APOIO E FAB LAB – COTA 809 Fab Lab
89 m²
-----
Vestiário funcionários/ feminino
12 m²
2 chuveiros, 2 bacias e 3 lavatórios
Vestiário funcionários/ masculino
11 m²
2 chuveiros, 1 bacia e 3 lavatórios
60
5.4. IMAGENS DO PROJETO
- Inserção do modelo na área de estudo.
- Vista oeste, da Avenida Giovanni Gronchi para o edifĂcio .
- Vista leste.
- Vista das escadas rampas para a empena do cinema ao ar livre.
- Biblioteca.
- Vista do terraço jardim, com espaço para o café. Detalhe para o pergolado de madeira com cobertura translúcida.
- Inserção do edifício na cidade e sua relação com o espaço urbano.
5.5. MATERIAIS DE REFERÊNCIA
Brise móvel.
Pergolado de madeira nos terraços com cobertura
Painel acústico para as salas de música. Referência
translúcida para proteção solar. Referência da Biblioteca
da Praça das Artes.
de São Paulo.
Piso de concreto intertravado.
Guarda corpo de aço com pintura preta +
Vidro anti ruído para as salas de
vidro temperado.
música e dança.
Caixilhos de alumínio na cor preta.
68
5.6. FOTOS DA MAQUETE
69
- Inserção do modelo na área de estudo.
70
6. BIBLIOGRAFIA
LIVROS • •
BOGÉA, Marta. Cidade errante: arquitetura em movimento. São Paulo: Editora Senac,. 2009. CAMBIAGHI, Silvana. Desenho Universal: métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas. 3. ed. São Paulo: Editora Senac,. 2012.
•
D’ARC, Rivière Hélène; MEMOLI, Maurizio. Intervenções Urbanas na América Latina: viver no centro das cidades. São Paulo: Editora Senac,. 2012.
•
JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes,. 2003. LERNER, Jaime. Acupuntura Urbana. 3. ed. Rio de Janeiro: Record,. 2005.
•
•
MARICATO, Ermínia. As idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias: Planejamento urbano no Brasil. Disponível em: http://labcs.ufsc.br/files/2011/12/07.-MARICATO-E.-Asid%C3%A9ias-fora-do-lugar-e-o-lugar-fora-dasid%C3%A9ias.pdf. Acesso em 30/04/2017.
•
SANTOS, Milton. Metrópole Corporativa Fragmentada: o caso de São Paulo. São Paulo: Nobel: Secretaria da Cultura,. 1990.
•
VARELLA, Drauzio et al. Maré Vida na Favela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,. 2002.
•
VILLAÇA, Flávio. Espaço Intra - Urbano no Brasil. 2. ed. São Paulo: Nobel: FAPESP: Lincoln Institute, 2001.
DISSERTAÇÕES •
FERREIRA, ROSA MARIA FISCHER. A favela como solução de vida: um estudo do papel dos grupos informais na participação social de classes populares em São Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo,. 1998.
•
KATZ, Dália. Configurações especiais da interface entre os habitantes e a natureza da cidade: o caso da favela de Paraisópolis. São Paulo: Universidade São Judas Tadeu,. 2008. Disponível em: http://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/057.pdf. Acesso em: 27/04/2017.
•
MACHADO, Débora. Público e comunitário: projeto arquitetônico como promotor de espaço do convivência. São Paulo: Universidade São Judas Tadeu,. 2009. Disponível em: https://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/119.pdf. Acesso em: 15/03/2017.
•
MARANHÃO, Julia de Brito Ponce. Biblioteca Parque da Rocinha: cotidiano, cultura e cidadania num equipamento cultural carioca. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,. 2015. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/13703. Acesso em 23/03/2017.
•
PIZARRO, Eduardo Pimentel. Interstícios e interfaces urbanos como oportunidades latentes: o caso da favela de Paraisópolis. São Paulo: Universidade de São Paulo,. 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde19122014-155950/pt-br.php. Acesso em 10/03/2017.
86
TESES E ARTIGOS •
ALMEIDA, Lythielle. Arte e Cidade. 2011. Disponível em: http://portalarquitetonico.com.br/arte-e-cidade/. Acesso em: 06/03/2017.
•
BARROS, Moreno. Arquitetura de bibliotecas brasileiras. 2012. Disponível em: https://bsf.org.br/2012/05/03/arquiteturade-bibliotecas-brasileiras/. Acesso em: 06/03/2017.
•
•
•
•
87
BOTEGA, Leonardo da Rocha. De Vargas a Collor: • urbanização e política habitacional no Brasil. 2007. Disponível em: http://erevista.unioeste.br/index.php/espacoplural/article/view/1619. Acesso em: 01/05/2017. • MARICATO, Ermínia. Metrópoles Desgovernadas. 2012. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2012/02/10/metropolesdesgovernadas-artigo-de-erminia-maricato/. Acesso em: 30/04/2017. • NEVES, Fernando Henrique. Planejamento de equipamentos urbanos comunitários de educação: algumas reflexões. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cm/v17n34/2236-9996-cm-17-34• 0503.pdf. Acesso em: 08/03/2017.
RUSSO, Mariza; SILVA, Solange de Souza Alves da. Biblioteca pública em ação: o estudo de caso da Biblioteca Parque Manguinhos. 2013. Disponível em: https://portal.febab.org.br/anais/article/viewFile/1277/1278. Acesso em: 06/05/2017.
• SABINO, Thais de Carvalho. Cidade fragmentada: um olhar sobre o contraste. 2015. Disponível em: http://www.anaisdosappil.uff.br/index.php/VISAPPILLit/article/view/377/223. Acesso em: 30/04/2017.
OUTROS TEXTOS A, Grupo Educação. “É uma biblioteca? É um parque? É a superbiblioteca!”. 2015. Disponível em: http://bloga.grupoa.com.br/e-uma-biblioteca-e-um-parque-ea-superbiblioteca/. Acesso em: 06/03/2017. ARAGÃO, Lucas. Simulação de crescimento urbanos bordas da cidade. 2012. Disponível em: https://prezi.com/egylbquakmmi/simulacao-de-crescimentourbanos-bordas-da-cidade/. Acesso em: 11/03/2017.
ARROYO, Julio. Bordas e espaço público: fronteiras internas na cidade contemporânea. 2007. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.081 /269. Acesso em: 11/03/2017. GESTÃO URBANA. Cidade Fragmentada. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/bordas-da-cidade/. Acesso em: 30/04/2017.
• GHIONE, Roberto. Transformação social e urbanística de Medellín. 2014. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.166 /5177. Acesso em: 01/04/2017.
• GUIMARÃES, Juca. Biblioteca comunitária de Paraisópolis faz 20 anos e tem 12 mil livros. 2015. Disponível em: http://noticias.r7.com/saopaulo/fotos/biblioteca-comunitaria-de-paraisopolis-faz-20anos-e-tem-12-mil-livros-15122015#!/foto/7. Acesso em 06/03/2017. • INSTITUTO, O. Cidade fragmentada. 2012. Disponível em: https://riodeencontros.wordpress.com/2012/09/20/manoel-4/. Acesso em: 08/03/2017. • LARRAT, Simone. Programa Favela Criativa lançado na Biblioteca Parque de Manguinhos. 2014. Disponível em: http://www.cultura.rj.gov.br/materias/programa-favela-criativalancado-na-biblioteca-parque-de-Manguinhos. Acesso em: 06/03/2017.
• NITTA, Laís. Silvana Meirelles- Primeira Biblioteca Parque do Brasil. 2010. Disponível em: http://www.blogacesso.com.br/?p=2448. Acesso em: 23/03/2017. • PENA, RODOLFO F. ALVES. Favelização. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/favelizacao.ht m. Acesso em: 28/04/2017.
• PENA, RODOLFO F. ALVES. Segregação Urbana. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/segregaca o-urbana.htm. Acesso em: 15/03/2017. • REALI, Heitor e Silvia. A resposta de Medellín. 2013. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br/a-resposta-demedellin/. Acesso em: 02/05/2017 • RODRIGUES, Paloma. Urbanização de favelas deve valorizar o espaço público. 2012. Disponível em: http://www5.usp.br/19500/urbanizacao-de-favelas-devevalorizar-o-espaco-publico/. Acesso em: 02/03/2017. • SABOYA, Renato. Segregação espacial urbana. 2009. Disponível em: http://urbanidades.arq.br/2009/05/segregacao-espacialurbana/. Acesso em: 29/04/2017.
• SILVEIRA, José Augusto. Urban sprawl, periferização e bordas urbanas. 2014. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.1 64/5106. Acesso em: 15/03/2017. • ZANCHETTA, Diego; BRANCATELLI, Rodrigo. São Paulo tem menos favela e mais favelado. 2009. Disponível em: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sao-paulotem-menos-favela-e-mais-favelado,452249. Acesso em: 29/03/2017.
88
LEGISLAÇÃO
89
•
http://www.fau.usp.br/depprojeto/labhab/biblioteca/produtos/acesso _solo_zeis.pdf. Acesso em: 12/03/2017
•
http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/PDE-SuplementoDOC/PDE_SUPLEMENTO-DOC.pdf. Acesso em: 06/03/2017
•
http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/novo-pde-zeis/. Acesso em: 13/03/2017
•
http://minuta.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/Quadro%2 002.pdf. Acesso em: 12/03/2017
•
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/desenvolvi mento_urbano/arquivos/zoneamento/Campo_Limpo.pdf. Acesso em: 13/03/2017
•
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/licenciame ntos/zeisplanodiretor.pdf. Acesso em: 13/03/2017
•
http://www.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/z oneamento/0001/parte_III/015_QUADRO_02j_Anexo_Parte_III.PDF . Acesso em: 12/03/2017
•
http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/zo neamento/0001/parte_II/campo_limpo/389%20ANEXO%20XVII%20 do%20Livro%20XVII.pdf. Acesso em: 11/03/2017
•
http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridic os/cadlem/integra.asp?alt=02072005D%20460180000. Acesso em: 12/03/2017
LISTA DE IMAGENS Figura 01: Disponível em: http://www.tucavieira.com.br/Sao-Paulo. Acesso em: 30/04/2017 Figura 02: http://www.tucavieira.com.br/Sao-Paulo. Acesso em: 30/04/2017 Figura 03: http://www.tucavieira.com.br/Sao-Paulo. Acesso em: 30/04/2017 Figura 04: Disponível em: http://comoverarq.blogspot.com.br/2011/07/cor-transcende-e-iluminacidade.html. Acesso em: 03/05/2017. Figura 05: Disponível em: http://www.sp-turismo.com/saopaulo/favelas.htm. Acesso em 30/04/2017. Figura 06: Disponível em: http://static.panoramio.com/photos/original/61766491.jpgAc esso em: 02/05/2017. Figura 07: Disponível em: http://g1.globo.com/rio-dejaneiro/noticia/2014/04/forcas-armadas-assumemocupacao-de-15-comunidades-da-mare-rio.html. Acesso em: 02/03/2017. Figura 08: Disponível em: https://www.flickr.com/photos/calucorazzi/6329733601. Acesso em: 02/03/2017. Figura 09: Disponível em: www.rocinha.org/noticias/rocinha/view.asp?id=895. Acesso em: 02/03/2017. Figura 10: Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.16 4/5106. Acesso em: 15/03/2017. Figura 11: Disponível em: https://startupi.com.br/2015/11/medellin%E2%80%8A-umexemplo-de-cidade-e-acessibilidade/. Acesso em: 01/04/2017.
Figura 12: Disponível em: https://startupi.com.br/2015/11/medellin%E2%80%8Aum-exemplo-de-cidade-e-acessibilidade/. Acesso em: 01/04/2017. Figura 13: Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/1 4.166/5177 . Acesso em: 01/04/2017. Figura 14: Disponível em: http://www.archdaily.com/2565/espana-librarygiancarlo-mazzanti. Acesso em: 15/03/2017. Figura 15: Disponível em: http://www.archdaily.com/2565/espana-librarygiancarlo-mazzanti. Acesso em: 15/03/2017. Figura 16: Disponível em: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parquebiblioteca-leon-de-grieff-giancarlo-mazzanti. Acesso em: 15/03/2017. Figura 17: Disponível em: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parquebiblioteca-leon-de-grieff-giancarlo-mazzanti. Acesso em: 15/03/2017. Figura 18: Disponível em: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parquebiblioteca-leon-de-grieff-giancarlo-mazzanti. Acesso em: 15/03/2017. Figura 19: Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Morumbi_(S%C3%A3o_Pa ulo) . Acesso em: 29/04/2017. Figura 20: Disponível em: http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,palaciodos-bandeirantes,8107,0.htm. Acesso em: 29/04/2017.
90
Figura 21: Disponível em: http://www.arquibancadatricolor.com.br/forum/viewtopic.ph p?f=27&t=2748. Acesso em: 29/04/2017 Figura 22: Disponível em: http://comoverarq.blogspot.com.br/2013/06/lina-va-fare-un-caffe.html. Acesso em: 29/04/2017 Figura 23: Disponível em: http://www.encontramorumbi.com.br/morumbi/palacio-dosbandeirantes.shtml. Acesso em 29/04/2017. Figura 24: Disponível em: http://www.copa2014.gov.br/es/dinamic/galeria_imagem/14 930?language=en. Acesso em: 29/04/2017. Figura 25: Disponível em: http://www.timeout.com.br/sao-paulo/nacidade/venues/153/capela-Morumbi. Acesso em 29/04/2017. Figura 26: Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/casa-dafazenda-do-morumbi/. Acesso em: 29/04/2017. Figura 27: Disponível em: http://pzsurbanizado.blogspot.com.br/. Acesso em: 02/05/2017. Figura 28: Disponível em: http://pzsurbanizado.blogspot.com.br/. Acesso em: 02/05/2017. Figura 29: Disponível em: http://pzsurbanizado.blogspot.com.br/. Acesso em: 02/05/2017. Figura 30: Disponível em: http://pzsurbanizado.blogspot.com.br/. Acesso em: 02/05/2017. Figura 31: Disponível em: http://pzsurbanizado.blogspot.com.br/. Acesso em: 02/05/2017. Figura 32: Disponível em: http://pzsurbanizado.blogspot.com.br/. Acesso em: 02/05/2017. Figura 33: Imagem aérea do Google Earth. Figura 34: Disponível em: http://u-tt.com/. Acesso em: 03/05/2017. Figura 35: Disponível em: http://u-tt.com/. Acesso em: 03/05/2017. Figura 36: Disponível em: http://u-tt.com/. Acesso em: 03/05/2017. Figura 37: Disponível em: http://u-tt.com/. Acesso em: 03/05/2017.
91
Figura 38: Disponível em: http://u-tt.com/. Acesso em: 03/05/2017. Figura 39: Disponível em: http://u-tt.com/. Acesso em: 03/05/2017. Figura 40: Disponível em: http://u-tt.com/. Acesso em: 03/05/2017. Figura 41: Acervo do autor. Figura 42: Acervo do autor. Figura 43: Acervo do autor. Figura 44: Acervo do autor. Figura 45: Acervo do autor. Figura 46: Acervo do autor. Figura 47: Acervo do autor. Figura 48: Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/uploa d/desenvolvimento_urbano/arquivos/zoneamento/Cam po_Limpo.pdf. Acesso em: 13/03/2017 Figura 49: Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/0178071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture. Acesso em: 15/03/2017. Figura 50: Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/0178071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture. Acesso em: 15/03/2017. Figura 51: Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/0178071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture. Acesso em: 15/03/2017. Figura 52: Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/0178071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture. Acesso em: 15/03/2017. Figura 53: Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/0178071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliersarchitecture. Acesso em: 15/03/2017.
Figura 54: Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/0178071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliersarchitecture. Acesso em: 15/03/2017. Figura 55: Acervo do autor. Figura 56: Acervo do autor. Figura 57: Acervo do autor. Figura 58: Acervo do autor. Figura 59: Acervo do autor. Figura 60: Acervo do autor. Figura 61: Acervo do autor. Figura 62: Acervo do autor. Figura 63: Acervo do autor. Figura 64: Acervo do autor. Figura 65: Acervo do autor. Figura 66: Acervo do autor. Figura 67: Acervo do autor. Figura 68: Acervo do autor. Figura 69: Acervo do autor. Figura 70: Acervo do autor. Figura 71: Acervo do autor. Figura 72: Acervo do autor. Figura 73: Acervo do autor. Figura 74: Acervo do autor. Figura 75: Acervo do autor. Figura 76: Acervo do autor. Figura 77: Acervo do autor. Figura 78: Acervo do autor. Figura 79: Acervo do autor. Figura 80: Acervo do autor. Figura 81: Acervo do autor. Figura 82: Acervo do autor. Figura 83: Acervo do autor. Figura 84: Acervo do autor.
Figura 85: Acervo do autor. Figura 86: Acervo do autor. Figura 87: Disponível em: http://www.archdaily.com/279891/plassen-culturalcenter-3xn-architects. Acesso em: 07/04/2017 Figura 88: Disponível em: http://www.archdaily.com/279891/plassen-culturalcenter-3xn-architects. Acesso em: 07/04/2017 Figura 89: Acervo do autor. Figura 90: Acervo do autor Figura 91: Acervo do autor Figura 92: Acervo do autor Figura 93: Acervo do autor Figura 94: Acervo do autor Figura 95: Acervo do autor Figura 96: Acervo do autor Figura 97: Acervo do autor Mapa 01: Imagem do Google Earth editada pelo autor. Mapa 02: Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/uploa d/desenvolvimento_urbano/arquivos/zoneamento/Camp o_Limpo.pdf. Acesso em: 13/03/2017. Mapa 03: Imagem do Google Earth editada pelo autor. Mapa 04: Imagem do Google Earth editada pelo autor. Mapa 05: Imagem do Google Earth editada pelo autor. Mapa 06: Imagem do Google Earth editada pelo autor. Tabela 01: Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/uploa d/licenciamentos/zeisplanodiretor.pdf. Acesso em: 13/03/2017 Tabela 02: Disponível em: http://minuta.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/ Quadro%2002.pdf. Acesso em: 12/03/2017
92