CENTRO DE
ACOLHIMENTO E
REINSERÇÃO
PARA REFUGIADOS FERNANDA SALA AUGUSTO
Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Processamento Técnico da Biblioteca Central da UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto -
Augusto, Fernanda Sala, 1996A923c Centro de acolhimento e reinserção para refugiados / Fernanda Sala Augusto. – Ribeirão Preto, 2020. 167 f.: il. color. Orientador: Prof. Dr. Edson Salerno Junior. Monografia (graduação) - Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP, Arquitetura e Urbanismo. Ribeirão Preto, 2020.
Título.
1. Centro de acolhimento. 2. Reinserção para refugiados. 3. Processo histórico dos refugiados. 4. Refugiados. I. CDD 720
Fernanda Sala Augusto
Trabalho Final de Curso como requisito de obtenção do título de Arquiteta e Urbanista Pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
Data da apresentação: 07 dezembro de 2020 Resultado: _______________
Orientador: Prof. Dr. Edson Salerno Junior Coorientadora: Prof.ª Drª. Ruth Cristina M. Paolino
Banca examinadora ___________________________________ Avaliador(a) Externo(a) ___________________________________ Orientador: Prof. Dr. Edson Salerno Junior ___________________________________ Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Ruth Cristina M. Paolino
CENTRO DE ACOLHIMENTO E REINSERÇÃO PARA REFUGIADOS.
Fernanda Sala Augusto Trabalho Final de Curso como requisito de obtenção do título de Arquiteta e Urbanista Pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
Orientador: Prof. Dr. Edson Salerno Junior Coorientadora: Prof.ªDrª. Ruth Cristina M. Paolino
Ribeirão Preto 2020
Agradecimentos Agradeço a Deus por me guiar nas decisões mais difíceis e fornece energiar para os dias mais cansativos, dar força e sabedoria no decorrer na graduação e principalmente no desenvolvimento deste trabalho. Agradeço aos meus pais por sempre incentivarem o estudo, a ir atrás dos meus sonhos e ser cada dia melhor. Por serem exemplos de força e perseverança. Aos amigos por compartilhar experiências e estarem presentes nos momentos bons e ruins, além de tornar o percurso mais leve. Agradeço ao meu orientador, Prof. Dr. Edson Salerno, e coorientadora, Pro. Dra. Ruth C. M. Paolino, por incentivar fazer sempre mais, aprender mais, buscar novas soluções, pelo desenvolvimento deste trabalho, pelo auxilio e conhecimentos compartilhados durante toda a graduação e principalmente na etapa final da minha graduação. Agradeço a todos os professores que contribuíram para minha formação, por ensinar tanto, compartilharem das suas experiências e conhecimentos.
Resumo Com o advento da Segunda Guerra Mundial a temática dos refugiados tomou proporções jamais vistas surgindo a necessidade de criar medidas e ações que tenham como finalidade a paz e segurança internacional. Sendo assim, este artigo tem a intenção de investigar o processo histórico dos refugiados a partir da Segunda Guerra Mundial, bem como os tratados e convenções que tratam do tema; entender o papel da globalização na crise dos refugiados e quais as consequências; verificar os perfis dos refugiados que chegam ao Brasil, os destinos finais e compreender suas necessidades enquanto refugiados em terras estrangeiras. A partir da análise dos dados e informações levantados será verificado a viabilidade da implantação de um Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados na Cidade de Ribeirão Preto – SP. Posteriormente será apresentado o projeto do Centro de Acolhimento inplantado na cidade de Pibeirão Preto - SP. PALAVRAS-CHAVES: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados; processo histórico dos refugiados; temática dos refugiados;
Abstract After the Second World War, the fate of refugees took unexpected proportions, and measures to establish peace and international safety were needed. This article has the objective to investigate the historic process of refugees since the Second World War, including international treaties and conventions that impacted their lives; understand the globalization role in the refugee crisis and its consequences; analyze the profiles of refugees that came to Brazil, including their final destinations to comprehend their needs while refugees in foreign countries. From the results of data and information analysis of this study, the creation of a Refugee Aid and Reinsertion Center in Ribeirão Preto will be verified. Subsequently, the Reception Center project implanted in the city of Pibeirão Preto - SP will be presented. KEY-WORDS: Refugee Aid and Reinsertion Center; historic process of refugees; the fate of refugees;
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Atentado 11 de setembro Figura 2: Atentado 11 de março. Figura 3: Conflitos na Síria. Figura 4: Um dedo de distância da paz. Figura 5: Campo de refugiados. Figura 6: Travessia em barco lotado. Figura 7: Primeira assembleia da ONU. Figura 8. Convenção de 1951. Figura 9: Refugiado. Figura 10: Solicitante de refúgio. Figura 11: Deslocados internos. Figura 12: Apátridas. Figura 13: Retornados. Figura 14: Situação dos refugiados no mundo. Figura 15: Barreia na fronteira da praia. Figura 16: Campo de refugiados. Figura 17: Refugiados em fuga. Figura 18: Acampamento clandestino. Figura 19: Engrenagem de resultados satisfatórios. Figura 20: Brasil: país que recebe, é transito e origem de refugiados. Figura 21: Representantes do Comitê Nacional para Refugiados. Figura 22: Cenário do Brasil em relação aos refugiados. Figura 23: Cenário mundo até dezembro de 2018. Figura 24: 3 Nacionalidades que mais solicitaram reconhecimento da condição de refugiado em 2018. Figura 25: Estados que mais receberam solicitação de reconhecimento da condição de refugiado. Figura 26: Perfil predominante das pessoas refugiadas reconhecida em 2018. Figura 27: Mapa de uso do solo. Figura 28: Mapa figura fundo. Figura 29: Mapa gabarito.
Figura 30.A:Mapa equipamentos urbanos. Figura 30.B:Mapa equipamentos urbanos. Figura 31: Terminal Rodoviário. Figura 32: E.E. Guimarães Junior. Figura 33:Catedral Metropolitana. Figura 34: Mapa edifícios de arte e cultura. Figura 35: Biblioteca Altino Arantes. Figura 36: Casa da Memória Italiana. Figura 37: SESC. Figura 38: :MARP. Figura 39: Hotel Brasil. Figura 40: Centro Cultural Palace. Figura 41: Mapa vegetação. Figura 42: Mapa topográfico. Figura 43: Mapa viário. Figura 44: Mapa pontos de parada de ônibus. Figura 45: Município de Ribeirão Preto Figura 46: Figura 36: Área de Levantamento. Figura 47: Localização terreno. Figura 48: Corte topografia. Figura 49: Topografia do terreno e carta solar. Figura 50: Insolação e Ventilação. Figura 51: Temperatura. Figura 52: Temperaturas máximas e Mínimas. Figura 53: Nebulosidade. Figura 54: Probabilidade diária de precipitação. Figura 55: Média de chuva mensal. Figura 56: Hora de luz solar e crepúsculo. Figura 57: Níveis de conforto em umidade. Figura 58: Velocidade média dos ventos. Figura 59: Direção do vento. Figura 60: Vista pátio interno. Figura 61: Pavimento térreo. Figura 62: Corte. Figura 63: Vista interna dormitório. Figura 64: Ventilação e iluminação natural. Figura 65: Aberturas e materialidade térreo. Figura 66: Pavimento tipo.
Figura 67: Implantação. Figura 68: Planta de situação. Figura 69: Pavimento térreo. Figura 70: Corte. Figura 71: Elevação. Figura 72: Vista aérea frontal. Figura 73: Planta. Figura 74: Corte. Figura 75: Planta 2º pavimento. Figura 76: Corte. Figura 77: Vista interna. Figura 78: Pavimento térreo. Figura 80: Estágios do abraço. Figura 81: Primeiro estudo de massas. Figura 82: Primeira volumetria. Figura 83: Primeiro estudo de cheios e vazios. Figura 84: Desenvolvendo a forma. Figura 85: Estudando a forma e sua composição. Figura 86: Maquete volumétrica. Figura 87: Organograma Figura 88: Fluxograma. Figura 89: Implantação. Figura 90: Pavimento térreo. Figura 91: 1º Pavimento. Figura 92: 2º Pavimento. Figura 93: 3º Pavimento. Figura 94: 4º Pavimento. Figura 95: 5º Pavimento.
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS:
Gráfico 1: Estado. Gráfico 2: Cidade. Gráfico 3: Escolaridade. Gráfico 4: Gênero. Gráfico 5: Escolaridade. Gráfico 6: Conhecimento do termo refugiado. Gráfico 7: Fontes de divulgação Gráfico 08: Significado de ser refugiado. Gráfico 09: Refugiados em sua cidade. Gráfico 10: Contato/conversou com um refugiado. Gráfico 11: Interesse em conhecer culturas diferentes. Gráfico 12: Aprender com refugiados. Gráfico 13: Interesse em ensinar refugiados. Gráfico 14: Temas abordados. Gráfico 15: Interesse em aprender com refugiados. Gráfico 16: Tema de interesse. Gráfico17: Valor a ser pago pelas aulas. Gráfico 18: Dividir o mesmo espaço com um refugiado. Gráfico 19: Atividades de um espaço dinâmico.
Tabela 1: Programa de necessidades. Tabela 2: Vegetação. Tabela 3: Paginação de piso.
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados CNIg – Conselho Nacional de Imigração CONARE – Comitê Nacional para os Refugiados OIR – Organização Internacional dos Refugiados ONU – Organização das Nações Unidas
Sumário 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 REFUGIADOS NO MUNDO 2.2 REFUGIADOS NO BRASIL 2.3 REFLEXÃO DO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1 PROBLEMA 1.2 OBJETO 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 GERAL 1.3.2 ESPECIFICO 1.4 MATERIAIS E MÉTODOS
3 LEVANTAMENTO DE DADOS 3.1 USO DO SOLO 3.2 FIGURA FUNDO 3.3 GABARITO 3.4 EQUIPAMENTOS URBANOS 3.5 EDIFICIOS DE ARTE E CULTURA 3.6 VEGETAÇÃO 3.7 TOPOGRAFIA 3.8 SISTEMA VIÁRIO 3.9 LINHAS E PONTOS DE ÔNIBUS 3.10 ESCOLHA DO LOTE E SUAS CARACTERÍSTICAS 3.11 ANÁLISE DO CLIMA DE RIBEIRÃO PRETO 3.12 QUESTIONÁRIO 3.13 REFLEXÃO DO CAPÍTULO
4 LEITURAS PROJETUAIS 4.1 ATLAS HOTEL 4.2 ABRIGO PARA DESABRIGADOS 4.3 HOTEL UNIQUE 4.4 ABRIGO PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 4.5 REFLEXÕES DO CAPÍTULO 5 PROJETO 5.1 PALAVRAS CHAVES 5.2 CONCEITO 5.3 PARTIDO 5.4 PRGOGRAMA DE NECESSIDADES 5.5 ORGANOGRAMA 5.6 FLUXOGRAMA 5.7 MEMORIAL DESCRITIVO
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Eu vejo um lindo futuro… Com muitas dificuldades pelo caminho – mas todas elas podem ser superadas” Amina, 17 anos, refugiada da Síria
1.
Fonte: Unsplash
INTRODUÇÃO
A problemática envolvendo refugiados sempre existiu na humanidade, pois guerras conflitos e perseguições, seja de cunho religioso, dentre outros, tem acompanhado o homem desde as sociedades da antiguidade (MILESI, 2013). No entanto foi a partir da Segunda Guerra Mundial que o número de pessoas deixando seus países em busca de melhores condições de vida tomou proporções jamais vista até então (BARRETO, in BARRETO, 2010). De acordo com Domingues e Beninger (s.d.) atentados como o 11 de setembro em Nova Iorque e 11 de março em Madrid tem contribuído para o questionamento dos direitos atribuídos aos refugiados e para o enfraquecimento da solidariedade entre as nações. Já para Piovesan (2015) os conflitos que acontecem na Síria são os que mais produzem refugiados nas últimas duas décadas. Segundo relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 2014, o fluxo de pessoas que deixam seus países de origem devido a guerras, conflitos e perseguições atingiu um número recorde e tem aumen-
tado abruptamente, sendo 59,5 milhões de pessoas em relação à 51,2 milhões no final de 2013 dos 37,5 milhões reconhecidos na última década, ou seja, es-
Figura 1: Atentado 11 de setembro, 2001. Fonte: https://istoe.com.br/o-ataque-que-mudou-o-mundo/ Acesso 18 em set. 2020.
Figura 3: Conflitos na Síria. Fonte: . https://segredosdomundo.r7.com/guera-na-siria-e-profecia-biblica-que-esta-sendo-cumprida/. Acesso em 18 de set. 2020.
Figura 2: Atentado 11 de março. Fonte: https://www.meionorte.com/blogs/ memoria/atentados-em-estacao-de-trens-de-madri-matam-199-e-ferem-2-5-mil-339435. Acesso 18 de set. 2020.
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tamos falando de 01 a cada 122 indivíduos estar na situação de refugiado, deslocado interno ou solicitante de refúgio, situação totalmente diferente de tudo que já ocorreu até o momento. Segundo António Guterres apud ACNUR (2014) não há condenação para os conflitos que se iniciam e a comunidade internacional não tem disposição para atuar em conjunto buscando o fim das guerras e a implantação de uma paz continua (figura 4). Além de que nos dias de hoje existem outros fatores que levam as pessoas a deixarem seus países de origem como a depredação e poluição do meio ambiente, seca, miséria ou catástrofes naturais, por este motivo é necessário classificar as pessoas de acordo com a situação em que elas se encontram (MILESI, 2013). Para melhor compreender a problemática dos refugiados será apresentado a abordagem do tema ao longo dos anos, partindo da Segunda Guerra Mundial, e a medida que os dados são apresentados é construída a justificativa para a escolha do tema, bem como da implantação do centro de acolhimento na cidade de Ribeirão Preto – SP.
1.1 PROBLEMA A problemática dos refugiados está inserida na humanidade desde que ela existe, mudando apenas os meios que tem ocasionado o crescente número e diversidade de refugiados. Eles saem em busca de melhores condições de vida e chegam sem destino definido, na maioria das vezes acabam por viver nos campos de refugiados ou na periferia das cidades, neste último acabam por ocupar lugares irregulares e edifícios abandonados ou seu uso. Com o crescente número e a diversidade do fluxo de refugiados pelo mundo, por mais que ao longo dos anos tenham sido desenvolvidos leis para fiscalizar e dar suporte a estas pessoas, há falta de infraestrutura para atender e dar suporte para que essas pessoas tenham condições de se restabelecer na sociedade e se desenvolver enquanto cidadão, além de que é necessário descentralizar das capitais e distribuir o fluxo para o interior.
Figura 5: Campo de refugiados. Fonte: Unsplash.
Figura 4: Um dedo de distância da paz. Fonte: Unsplash.
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1.2 OBJETO O objeto final tem como finalidade o desenvolvimento de uma arquitetura voltada para o acolhimento e reinserção dos refugiados na sociedade, bem como na difusão de conhecimentos, estando esta arquitetura em diálogo com seu entorno imediato, propor espaços privado e coletivo, conexão entre externo e interno, além de disponibilizar espaços de moradia, lazer, oficinas, atendimento jurídico e psicológico, praça de alimentação, cursos voltados para a inserção destas pessoas no mercado de trabalho, ora como professores, ora como alunos. Em linhas gerais, projetar um equipamento receptivo, interativo, quebrando ou diminuindo as barreiras erguidas por questões sociais e culturais.
1.3 OBJETIVOS Será apresentada a principal finalidade do trabalho e quais serão os assuntos, tidos como importantes, a serem estudados e levantados.
1.3.1 GERAL Propor um espaço com infraestrutura voltada ao suporte, assistência social e cultural propondo espaços de acolhimento atendendo as principais necessidades dos refugiados, além de proporcionar integração entre a cultura externa e local.
1.3.2 ESPECIFICOS • Investigar o processo histórico dos refugiados a partir da Segunda Guerra Mundial, bem como os tratados e convenções que tratam do tema;
1943
1945
2014
2016
• Entender o papel da globalização na crise dos refugiados e quais as consequências;
= ?
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• Examinar qual tem sido a principal função dos campos de refugiados, sua localização e o tempo que as pessoas passam nesses locais;
= ? • Verificar os perfis dos refugiados que chegam ao Brasil, entender seu fluxo, destinos finais e compreender suas necessidades enquanto refugiado em terras estrangeiras;
• Trabalhar arquitetura como mecanismo de inclusão social e cultural;
Inclusão Social
Inclusão Cultural Arquitetura
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1.4 MATERIAS E MÉTODOS • Pesquisas bibliográficas sobre o histórico dos refugiados a partir da Segunda Guerra Mundial. • Levantamento de dados na área de implantação, por meio de mapas, com o intuito de observar as características do entorno bem como justificar a escolha do lote. • Análise de referências projetuais de edifícios que trabalham com o acolhimento ou serviço de hotelaria com a finalidade de analisar os acessos, implantação, distribuição dos ambientes e serviços. • Levantamento de condicionantes climáticas do município de Ribeirão Preto, bom como do lote, fazendo uso de gráficos e estudo de insolação, ventilação e análise topográfica, respectivamente. • Identificar as condicionantes legais para a implantação e adequação do edifício.
Este tópico tem como finalidade apresentar a situação dos refugiados a partir da Segunda Guerra Mundial, pois foi nesse período que a situação tornou-se mais crítica e houve a necessidade de criar medidas e ações implantadas em escala internacional, além de apresentar a atuação do Brasil no cenário dos refugiados e a participação do Estado de São Paulo no assunto.
2.
Figura 6: Travessia em barco lotado. Fonte: Politize. Disponivél em: https://www.politize.com.br/crise-dos-refugiados/. Acessado em 13 de maio de 2020.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 REFUGIADOS NO MUNDO
Segundo Barreto (in Barreto, 2010) a primeira conferência tratando a questão dos refugiados foi realizada em 1943, Conferência de Bermudas, tendo como principal objetivo a proteção internacional, estabelecendo que refugiados seriam todos aqueles, que independente da procedência, sofreram com os acontecimentos da Europa e por este motivo tiveram que deixar seus países. Em 1945 foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU) que conta com a participação de todos os Estados, sendo estes mais importantes política, militar e economicamente falando (ACNUR,2019; JUBILUTI, 2007). Barreto (in BARRETO, 2010) acrescenta que no ano seguinte foi desenvolvido um órgão especifico, a Organização Internacional de Refugiados (OIR), que auxiliaria no retorno dos refugiados para seus países se origem, desde que as condições fossem propícias para o retorno e que fossem refugiados oriundos da Segunda Guerra Mundial. Na busca pelo desenvolvimento de um sistema mais efetivo, em dezembro de 1950, surge o ACNUR, agência da ONU destinada aos Refugiados, tendo início suas atividades no ano seguinte (ACNUR,2019; JUBILUTI, 2007). Jubiluti, 2007, acrescenta que os órgãos ligados a questão dos refugiados eram desenvolvidos com data limite para a sua atuação, pois trabalhavam com dados atuais, números daquele momento sem levar em consideração os futuros refugiados.
Como ponto de partida a Convenção da ONU de 1951 abordou uma questão muito importante onde os “refugiados não podem ser expulsos ou devolvidos
para fronteiras ou territórios onde suas vidas ou liberdade estejam ameaçadas” [...] (ACNUR, 2019, p.7),
como também determinou os direitos base que os países signatários têm de assegurar aos refugiados (ACNUR, 2019). Jubiluti (2007) concorda com Acnur (2019) no fato de que ela se limitava as fronteiras europeias, chamada de reserva geográfica, e aos refugiados oriundos de acontecimentos anteriores a 1951, a então reserva temporal que, como expõe Barreto (in BARRETO, 2010) tanto a primeira, quanto a segunda impossibilitou a aplicação da Convenção de 1951 em muitos países. Na tentativa de abolir a reserva geográfica e temporal, em 1967, foi adotado o Protocolo de 1967 que em conjunto com a atuação do ACNUR, por pressão dos Estados desenvolvido visando apenas a contenção do número de refugiados, anulou a reserva temporal e geográfica, mas manteve a caracterização de refugiado como aqueles que tem seus direitos civis e políticos violados. No ano de 1984 com a Declaração de Cartagena foi incorporada à definição de refugiado [...] “a grave e generalizada violação dos direitos humanos” [...] (BARRETO; LEÃO, in CADERNO...,2009, p.8), pois segundo Jubiluti (2007) além de estabelecer medidas para proteção dos refugiados também buscava a melhoria
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Figura 7: Primeira assembleia da ONU. Fonte: https://www.defesanet.com.br/ ecos/noticia/13801/10-de-janeiro-de-1946--Primeira-Assembleia-Geral-da-ONU/. Acesso em 18 de set. de 2020.
Figura 8. Convenção de 1951. Fonte: https://14minionuacnur2020.wordpress. com/2013/08/20/a-convencao-de-1951. Acesso em 18 de set. de 2020.
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do sistema internacional para proteger as necessidades destas pessoas. Segundo Acnur (2019) em 1995 foi determinado que o ACNUR seria o “responsável pela proteção e assistência dos apátridas em todo o mundo” (ACNUR, 2019, p.5) desenvolvendo diversas legislações, práticas internacionais, regionais e nacionais voltadas para a proteção dos refugiados, além de que, como afirma Jubiluti (2007), cabe a ele proporcionar a proteção internacional e procurar por respostas mais eficientes e duradouras. A partir do momento que o país não consegue assegurar e proteger os direitos humanos básicos, a integridade física e mental da sua população, o que é sua obrigação, o ACNUR garante que, em relação aos refugiados, eles têm o direito de procurar e obter refúgio em outro país, e se for o caso, retornar em segurança ao seu país de origem (ACNUR,2019). Em 2004, ano em que a Declaração de Cartagena completou vinte anos, foi desenvolvido o Plano de Ação do México propondo soluções mais estáveis (Domingues; Baeninger, s.d.). Pois como foi abordado em Lima et al. (2017) a partir na análise dos fluxos de refugiados, do possível desequilíbrio dos países vizinhos, podendo desencadear problemas de segurança regional, e em questões humanitárias foram determinados três programas com finalidade de reforçar as estratégias eficaz e estáveis para aqueles em situação de refúgio (LIMA et al, 2017 p. 45): O programa Cidades Solidárias objetiva a promoção da integração social e da autossuficiência de refugiados que vivem em áreas urbanas, permitindo-lhes exercer seus direitos sociais, econômicos e culturais. Já o programa Fronteiras Solidárias pretende responder às necessidades
humanitárias das pessoas que vivem nas zonas fronteiriças da Colômbia e que possuem risco de deslocamento. Por fim, o programa Reassentamento Solidário foi constituído como resposta aos maciços deslocamentos forçados devido aos conflitos na Colômbia e seus impactos nos países vizinhos – abrindo a possibilidade para que países da América Latina se tornem associados a qualquer tempo,9 oferecendo-se para receber refugiados que se encontrem em outros países da região.
Conforme apontado por ACNUR (2019) em 2014, no contexto do Plano de Ação do México e adotado pelo Plano de Ação do Brasil, surgem as Cidades Solidárias com intuito de [...] “fortalecer a proteção inter-
nacional de refugiados, pessoas deslocadas e apátridas na América latina e no Caribe” [..] (ACNUR, p. 15, 2019)
servindo de exemplo para a inclusão de refugiados em áreas urbanas. Já no ano de 2016, com a Declaração de Nova York, os 193 Estados membros das Nações Unidas assentiram em conceder proteção aqueles que deixam seus países involuntariamente e também em dar suporte aos que concedem abrigo, com isso nenhum país terá de gastar a mais ao abrigar essas pessoas. A partir desta declaração foi possível ao ACNUR propor um Pacto Global sobre Refugiados, tendo como principal objetivo atender a demanda internacional do fluxo de refugiados, não se limitando apenas aos casos mais recentes. Os objetivos primordiais deste Pacto são:
suficiência e autonomia entre as pessoas em situação de refúgio; 3) Expandir o acesso ao reassentamento em países terceiros e prover outros caminhos legais para proteção e soluções duradouras; 4) Fomentar condições que permitam aos refugiados voltarem voluntariamente para seus países de origem de forma digna e segura (ACNUR, p.13, 2019).
Para melhor compreender e atender estas pessoas elas foram classificadas em cinco grupos, sendo eles: refugiados aqueles que estão fora de seus pais devido a grave violação dos direitos humanos; solicitantes de refúgio quando estão aguardando a confirmação de refúgio em outro país; deslocados internos que se diferem dos refugiados apenas pelo fato de continuarem em seu país; apátridas são pessoas que não possuem nacionalidade reconhecida em nenhum país; por último os retornados que são aqueles que retornam ao seu país de origem por vontade própria.
Figura 9: Refugiado. Fonte: Autora, 2020.
1) Aliviar as pressões sobre os países que recebem e acolhem refugiados; 2) Construir autos-
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Figura 13: Retornados. Fonte: Autora, 2020. Figura 10: Solicitante de refúgio. Fonte: Autora, 2020.
80% estão em países em desenvolvimento.
68% sairam de apenas 5 países
73% estão em países vizinhos.
40% são crianças
Figura 11: Deslocados internos. Fonte: Autora, 2020.
Figura 14: Situação dos refugiados no mundo. Fonte: ACNUR, adaptado pela autora, 2020. Fonte: https://www.acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/.
Figura 12 Apátridas. Fonte: Autora, 2020.
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Vale destacar que a diferença entre refugiado e imigrante é que o último prefere mudar para outro país por questões econômicas ou educacionais, não tendo problema em retornar caso queira. Quando se trata da questão dos refugiados, Piovisan (2015) apresenta sete desafios centrais: entender refúgio como um fato complexo e dinâmico; compreender a geografia do refúgio, pois segundo
ACNUR (2014) o crescente número de refugiados não se distribui igualmente nos países; assimilar os motivos que levam ao refúgio para assim tomar medidas mais eficientes; compreender a abrangência “dos di-
reitos dos refugiados e os deveres dos Estados [..] e ao direito à igualdade e não discriminação” (PIOVESAN,
2015, n.p.), que segundo ao ACNUR (2019) o mesmo não interfere na legislação do Estado, mas suas leis devem atendem aos requisitos do ACNUR quanto a proteção aos refugiados; “fortalecer o combate à
xenofobia e outras práticas de intolerância, radicadas na defesa e preservação da identidade nacional e na ameaça do multiculturalismo” [...] (PIOVESAN, 2015,
n.p.); por último, é necessário investir no trabalho em escala internacional em busca da proteção dos direitos dos refugiados, através do desenvolvimento de políticas estatais, integrando responsabilidades compartilhadas. De acordo com ACNUR (2019) existem três possíveis soluções: integração local que ocorre com o reconhecimento da cidadania tornando possível o acesso as políticas públicas; reassentamento quando não conseguiu se adaptar ou não conseguiu refúgio no primeiro país e precisa ser redirecionado para outro país por ainda não poder retornar para seu país; repatriação voluntária que significa que o refugiado retornou ao seu país, uma vez que as condições estão melhores de quando ele saiu. A globalização que deveria ser uma das possíveis soluções para a questão, todavia com ela só houve a piora do problema, pois ocorreu a divisão entre os ricos e pobres, trazendo à tona a [...] “perversa clas-
Figura 15: Barreia na fronteira da praia. Fonte: Unsplash.
sificação de populações desejadas e de populações indesejadas” [...] (MILESI, 2003, p. 34). Devido a isto os países ricos tem se mostrado rígidos com a chegada destas pessoas às suas fronteiras, fazendo com que dois em cada dez refugiados sejam acolhidos por eles
Figura 16: Campo de refugiados. Fonte: Unsplash.
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(ACNUR apud MILESI, 2003). Uma das suas promessas era derrubar as fronteiras, e isso aconteceu, só que estamos falando das fronteiras de mercadorias e dinheiro, pois a relacionada as pessoas tem se tornado cada vez mais rigorosa e seletiva (SANTOS, 2001) trazendo à tona [...] “a
apologia da supremacia de uma raça em detrimento da outra” [...] (MILESI, 2003, p.37). Santos (2001) acres-
Figura 17: Refugiados em fuga. Fonte: Unsplash.
Figura 18: Acampamento clandestino. Fonte: Unsplash.
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centa que com o fechamento das fronteiras surgem os campos de refugiados que têm como objetivo cuidar, mas principalmente monitorar os que ali estão, ou seja, o preceito de care, cure and control, garantindo o mínimo para viver, não podendo exercer nenhuma função remunerada, ficando a mercê da ração distribuída pela ONU através do Programa Alimentar Mundial. Na busca por conseguir dinheiro e obter documentos novos muitas são as pessoas que se aventuram na clandestinidade. No entanto, com o continuo aumento e causas que levam ao refúgio poucas são as pessoas que voltam para seu país de origem ou que conseguem cidadania em outro país, com isso surgem a segunda geração de refugiados, filhos de refugiados que deveriam receber a cidadania do país que abriga o campo, porém eles não tem intenções de fazê-lo e se o fizer torna-se um problema para a família quando tiver de deixar o local e para o país em ter que acolhe-las, vale destacar que essas crianças não são contabilizadas no sistema internacional. Como aponta Ramirez (2010) os refugiados acabam por se deslocarem para as cidades a procura de uma melhor qualidade de vida e oportunidades que não existem nos campos de refugiados, que inclui reconstruir suas vidas com dignidade e segurança. Mas quando chegam a realidade é bem diferente, pois eles disputam com a população carente serviços básicos e empregos informais, além de que a falta de documentos, relações de trabalho tornam sua prote-
ção instável. Milesi (2003) acrescenta que os refugiados precisam obter documentos de identidade que asseguram sua permanência legal no país e consequentemente seus direitos e deveres como cidadão, além de tornar possível obter um emprego. Muitas vezes acontece, o que é natural, é que estas pessoas tendem a se reunirem em grupos com as mesmas crenças culturais, sociais e o mais importante o mesmo idioma. Na tentativa de obter resultados satisfatórios o ACNUR (2019) explica a necessidade da participação perseverante da cidade e de suas autoridades locais, pois só assim será possível fortalecer a segurança e integração dos refugiados nas comunidades em que são acolhidos. As autoridades locais têm o papel crucial de garantir o uso dos direitos sociais, culturais, civis, políticos e econômicos com o auxílio de outros atores como a sociedade civil e setor privado.
Autoridades locais
Governo
Setor Privado
Sociedade Civil
Figura 19: Engrenagem de resultados satisfatórios. Fonte: Autora, 2020.
2.1 REFUGIADOS NO BRASIL Conforme citado anteriormente e de acordo com Milesi (2003) o fluxo migratório está concentrado em países em desenvolvimento, situação que o Brasil se insere e é detentor de uma das mais modernas legislações relacionadas aos refugiados e, mesmo não tendo possiblidades de se destacar em número de acolhidos devido às suas circunstâncias econômicas, tem se sobressaído diante da comunidade internacional com o fortalecimento de programas que tratam do assunto.
O Brasil exerce uma liderança regional na proteção dos refugiados, emerge como um ator global importante e está preparado para responder ao desafio do refúgio urbano. Com políticas públicas abrangentes e uma sociedade civil organizada, o país pode maximizar os espaços de proteção para as pessoas que foram obrigadas a abandonar seus países devido a perseguições e violações dos direitos humanos (RAMIREZ, 2010, s.p.)
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Todavia é importante ressaltar que o Brasil não é um país que apenas recebe imigrante, ele também atua como país de transito e origem, fazendo com que seja necessário desenvolver mecanismos e instituições que visam determinar políticas e medidas para proteger e proporcionar o bem estar aos imigrantes e refugiados (ALMEIDA in CADERNO..., 2009).
nhum avanço na política internacional de refugiados já que também era palco da saída de muitas pessoas e que foram as Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro e a de São Paulo que atuaram como instituição de acolhimento e abrigo, pois o respeito que era tido por elas tornou possível sua atuação, cabendo ao ACNUR apenas monitorar a movimentação. Em 1980 foi desenvolvido o Conselho Nacional de Imigração (CNIg) que vem se desenvolvendo ao longo dos anos e com isso a legislação brasileira tem se tornado mais acolhedora, principalmente em se tratando dos fluxos imigratórios vindos dos países na América do Sul (Almeida, 2009). Em paralelo a implantação da [...] “Livre Circulação de Trabalhado-
res e Trabalhadoras no âmbito do Mercosul e a recente anistia aos imigrantes indocumentados” [...] (Almeida,
Figura 20: Brasil: país que recebe, é transito e origem de refugiados. Fonte: Autora, 2020.
Em de 1960 adotou a Convenção de 1951, mas optou por determinar sua própria lei em relação ao refúgio, o que torna possível estabelecer regras mais especificas e objetivas voltadas aos órgãos administrativos públicos, ou seja, as leis acabam por serem mais eficazes (BARRETO, in BARRETO...,2010). No período da ditadura militar na América Latina, período anterior a Lei 9474/97, muitas pessoas que vinham em busca de refúgio não eram reconhecidas como refugiados devido a reserva geográfica, abolida somente em 1989, e por não dar refúgio àqueles que eram opositores ao regime ditatorial, ou seja, vítimas de violência ou perseguição do governo (DOMINGUES; BAENINGER, s.d. e JUBILUTT, 2007). De acordo com Barreto, Lima e Rodrigues (in BARRETO, 2010) nesse período o Brasil não realizou ne-
31
2009, p.23) foi possível minimizar a irregularidade migratória para o Brasil além de precaver a exploração no trabalho e o tráfico de pessoas (Almeida, 2009). Já em 1997 foi aprovada a Lei Nacional de Refúgio (Domingues; Baeninger, s.d.) sendo classificado como refugiado aqueles que são perseguidos ora por motivos de raça, religião, ora por nacionalidade ou opiniões políticas; aqueles que se encontram fora das fronteiras de seu país e por questões de segurança não pode voltar para o mesmo; aqueles que tem seus direitos humanos violados sendo obrigado a procurar refúgio em outro país (BRASIL, 1997). O Comitê Nacional para os Refugiados , fundado em 1998, tem como principal objetivo coordenar a política nacional sobre os refugiados (Domingues; Baeninger) e, como consta em ACNUR (2019), é formado por representante governamentais e não governamentais (figura 21), dentre eles o único que não possui direito ao voto é o ACNUR.
A composição do Conare se coaduna com os atores envolvidos no procedimento de solicitação de refúgio: compete à polícia federal realizar os trâmites; a sociedade civil colaborar nas entrevistas e no apoio multidimensional aos solicitantes e refugiados e o Acnur coopera com ambos [...] (RODRIGUES in BARRETO, 2010, p. 137).
Em 1999 teve início o Programa de Reassentamento Solidário , que para o ACNUR também é destinado ao refúgio, mas trata-se do refugiado não conseguir se integrar no primeiro país em que solicitou refúgio, tendo que se deslocar para outro país (Domingues; Baeninger, s.d. e BARRETO; LEÃO, in CADERNO..., 2009), mas como aponta Barreto e Leão (in CADERNO..., 2009) foi apenas em 2002 que chegaram o primeiro grupo de refugiados/as afegãos reassentados, em um total de 23, direcionados para o Rio Grande do Sul, sendo que apenas 9 dos 23 permaneceu no país devido à pouca experiência do país na temática e choque de culturas. Domingues e Baeninger (s.d.) aponta que no ano de 2004, com o Plano de Ações do México, o Brasil propôs o Programa Regional de Reassentamento Solidário, agora com maior atenção aos problemas na Colômbia. Destaca ainda que quando se trata de reassentamento os países podem definir o número de refugia-
O CONARE concede as pessoas que são reconhecidas como refugiados documentação que tornar possível a moradia legal delas no país, bem como acesso à educação, saúde e trabalho. Já o ACNUR atua na execução da Convenção de 1951 sobre o Estatuto do Refugiado, como também trabalha em conjunto com a sociedade civil e os refugiados tendo como objetivo a integração destes na sociedade (Domingues; Baeninger, s.d.).
Ministério da Justiça Presidente
Policia Federal
Ministério da Educação
Ministério do Trabalho
Ministério da Saúde
Ministério das Relações exteriores
ONG
ACNUR - convidado Procurador Geral da República
Observadores
Defensoria Pública da União
Figura 21: Representantes do Comitê Nacional para Refugiados. Fonte: Acnur, 2019 adaptado pela Autora, 2020.
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dos que serão atendidos por anos e os critérios adotados baseado nas condições orçamentária de cada país e do ACNUR. No entanto no Brasil a situação é diferente, uma vez que não existe um número pré determinado de refugiados para ser atendido anualmente e por depender apenas dos recursos do ACNUR já que a operação não conta com ajuda financeira nem do governo, nem de instituições particulares que é muito comum em outros países. O município de São Paulo no ano de 2016 aprovou sua própria lei para imigrantes e refugiados que garante o acesso ao serviço público, proteção contra xenofobia e racismo, estes serviços já eram oferecidos, mas agora se tornam obrigatórios (CHRISPIM, 2016). Dois anos depois, em março de 2018, foi aprovada a lei estadual, nº 16.685, para refugiados que isenta os refugiados das despesas para revalidar diplomas de graduação, mestrado e doutorado (BRASIL, 2018). O número de pessoas que chegam ao Brasil é surpreendente, segundo dados da Policia Federal entre os anos de 2017 e 2019 chegou ao Brasil 415.369 Venezuelanos, onde 45,3% são do sexo feminino, a faixa etária predominante é de 24 a 35 anos e os estudantes são maioria. O estado de São Paulo é o segundo em número de Venezuelanos residentes e de solicitações cadastradas (POLICIA FEDERAL, 2019). Já em dezembro de 2018 chegou a 11.231 mil o número de pessoas refugiadas reconhecidas, 161.051 mil solicitações para reconhecimento da situação de refúgio. As pessoas de sexo masculino são a maioria e a faixa etária predominante vai de 30 a 59 anos seguida daqueles com idade entre 18 e 29 anos (JUSTIÇA FEDERAL, 2018).
- 11.231 mil refugiados reconhecidos; - 161,057 mil solicitações de reconhecimento da condição de refugiado; - 51% dos refugiados reconhecidos são da Síria; Figura 22: Cenário do Brasil em relação aos refugiados. Fonte: Refugio em números 4ª edição, adaptada pela autora, 2020.
- 25,9 milhões de refugiados reconhecidos; - 3,5 milhões solicitações de reconhecimento da condição de refugiado; - 26% dos refugiados reconhecidos são da Síria; Figura 23: Cenário mundo até dezembro de 2018. Fonte: Refugio em números 4ª edição, adaptada pela autora, 2020.
Venezuela Haiti Cuba
Figura 24: 3 Nacionalidades que mais solicitaram reconhecimento da condição de refugiado em 2018. Fonte: Refugio em números 4ª edição, adaptada pela autora, 2020.
33
Roraima 63% 14,64%
10,59%
Amazonas 13%
27,35%
27,99%
18 à 29 anos
30 à 59 anos
São Paulo 12% Figura 25: Estados que mais receberam solicitação de reconhecimento da condição de refugiado. Fonte: Refugio em números 4ª edição, adaptada pela autora, 2020.
Figura 26: Perfil predominante das pessoas refugiadas reconhecida em 2018. Fonte: Refugio em números 4ª edição, adaptada pela autora, 2020.
2.3 REFLEXÃODO CAPÍTULO Nota-se que ao longo dos anos vem sendo desenvolvendo políticas direcionadas aos refugiados, mas em paralelo há o aumento de conflitos e as fronteiras estão cada vez mais rígidas. Além de que falta o engajamento dos governantes, setor privado e da sociedade civil em participar e colaborar na reinserção destas pessoas na sociedade deixando de lado pré-conceito e a superioridade implantada entre os homens. Percebe-se ainda que os centros de acolhimentos estão localizados nas capitais, cidade de grande densidade populacional e que falta inserção do tema na sociedade local, pois só assim será possível derrubar barreiras e proporcionar a reinserção destas pessoas na sociedade.
Devido ao fato de sobrecarregar a capital com a inexistência de centros de acolhimentos em outras cidades, acarretando problemas de transporte, serviço e saúde questiona-se a possibilidade de implantar um centro de acolhimento em cada região metropolitana do Estado de São Paulo, a cidade de Ribeirão Preto é uma delas, pois com isso o fluxo será distribuído para o interior e não sobrecarrega nenhum município. Outro fator que torna viável essa divisão e distribuição dos centros de acolhimentos é o fato do Brasil não estipular um número de refugiados a ser atendido anualmente, ou seja, acaba por contribuir com maior número de pessoas acolhidas. Como ferramenta de trazer a participação do setor privado para esta questão estuda-se a possiblida-
34
de de transferir parte dos impostos pagos a Receita Federal para a construção e manutenção do edifício, tornando o tema mais conhecido, quebrando estigmas e proporcionando maior difusão de aspectos culturais e troca de conhecimentos. Outro fator importante é fazer uso da arquitetura como ferramenta inclusiva, que se conecta com o entorno e utilizar de elementos naturais para a iluminação e ventilação do edifício, este último gerando menos gastos se comparado com o uso de meios mecânicos.
35
Este capítulo tem como objetivo levar e apresentar as principais características do entorno em que está inserido o lote, como: o uso, gabarito, figura fundo, que tem como finalidade entender a distribuição dos usos, a concentração ou não de gabaritos elevados e o quanto do lote é ocupado pela edificação; os mapas de equipamento urbanos e edifícios de arte e cultura são aqueles que mostram o quanto é equipado a área com equipamentos de atendimento ao público, privado ou não, e apresentar aqueles edifícios com fins culturais, não apenas aqueles destinados a eventos, mas também os que com sua a arquitetura remete a história e representa o desenvolvimento da cidade; Já os mapas de vegetação e topografia representam as massas de vegetação e suas localidades, bem como o fluxo das aguas das chuvas, respectivamente; o mapa viário é desenvolvido levando em consideração as principais vias de circulação da área, bem como suas funções físicas e funcionais, e o mapa de pontos de ônibus apresenta a distribuição e quantidade de paradas de ônibus existente; os levantamentos climáticos são necessários pois são importantes
condicionantes projetuais quanto a distribuição e localização dos espaços que serão projetados; O levantamento do lote apresenta alguns dos levantamentos realizados anteriormente, a diferença é que a escala é reduzida ao entorno imediato do lote; por últimos será exposto as respostas obtidas no questionário, divulgado em meio eletrônico e respondido pelo mesmo, tendo como principal objetivo dar suporte a justificava da escolha da cidade de Ribeirão Preto. Questionário desenvolvido pela autora e distribuído por meio eletrônico com amigos, familiares e em grupos de arquitetura no Facebook.
3.
Fonte: Unsplash
LEVANTAMENTO DE DADOS
3.1 USO DO SOLO Analisando o mapa de uso do solo nota-se a concentração de comércio na extensão do calçadão, Rua General Osório, e próximo ao terminal da rodoviária, Avenida Jerônimo Gonçalves. No geral a área contempla de uma grande quantidade de comércio e de prestação de serviços, muitas vezes localizados no pavimento térreo e nos pavimentos superiores temos as residências. Eles são maioria na área que se estende entre a Rua Lafaiete e Avenida Francisco Junqueira e entre a Rua Cerqueira César e Avenida Jerônimo Gonçalves. A partir da Rua Lafaiete tem início a predominância do uso residencial. A tipologia de uso tem grande influência no fluxo de veículos e na circulação de pessoas.
Prestação de serviço Residencial Praça / Parque Misto - Serviço e Habitação Arte / Cultura Sem uso Misto - Comércio e Serviço Institucional Estacionamento Comércio Lote vazio Terreno escolhido
Figura 27: Mapa de uso do solo. Fonte: Mapa fornecido pela Secretária de Planejamento do municipio de Ribeirão Preto. Adaptado pela autora, 2020.
38
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Rua General Osório
Rua Cerqueira César
Rua Saldanha Marinho
Rua José Bonifácio
alves Gonç o m i rôn Av. Je
Rua Duque de Caxias
Rua Américo Brasiliense
Rua Lafaiete
Misto-Comércio e Habitação Institucional Prestação de Serviço Comércio Lote Vazio
Prestação de Serviço Residencial Praça / Parque Misto-Serviço e Habitação Arte / Cultura Sem Uso
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Misto-Comércio e Habitação Institucional Prestação de Serviço Comércio Lote Vazio
Rua Barão do Amazônas
Rua Florêncio de Abreu
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Av. Francisco Junqueira
3.2 FIGURA FUNDO
No mapa de figura fundo temos a relação do edifício com o lote, ou seja, quanto do lote é ocupada pelo edifício. Analisando o mapa percebemos que a Avenida Francisco Junqueira até a Rua Lafaiete a maior parte dos edifícios ocupam totalmente o lote. Isso fica mais nítido ao observarmos as quadras que fazem esquina coma rus Américo Brasilense, como a rua José Bonifácio e Saldanha Marinho. Quando não é respeitado o recuo do edifício em relação ao lote fica quase que impossível do vento circular e da iluminação natural entrar na edificação.
Terreno Escolhido
Figura 28: Mapa figura fundo. Fonte: Mapa fornecido pela Secretária de Planejamento do municipio de Ribeirão Preto. Adaptado pela autora, 2020.
40
Rua Duque de Caxias
Rua Lafaiete
41
Rua Cerqueira César
Rua General Osório
Rua Américo Brasiliense
Rua Florêncio de Abreu
Rua Barão do Amazônas
Rua Saldanha Marinho
Rua José Bonifácio
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alves Gonç o m i n rô Av. Je
Av. Francisco Junqueira
PRODUCED B
3.3 GABARITO Neste mapa fica claro que é predominante a presença de edifícios de gabarito baixo, de 1 a 3 pavimentos. No entanto, há concentração de edifícios de maior gabarito entre as Ruas Florêncio de Abreu e General Osório, porém não são maioria. Entre as Ruas Duque de Caxias e Cerqueira César há edifícios isolados com gabarito alto, com mais de 16 pavimentos. A concentração de edifícios com gabarito alto tende a criar ilhas de calor e áreas de sombreamento nos edifícios do entorno. O lote escolhido para projeto está localizado entre as Ruas Mariana Junqueira e Álvares Cabral e nesta última rua temos a presença de um edifício com mais de 10 pavimentos.
1-3 Pavimentos 4- 6 Pavimentos 7-9 Pavimentos 10-15 Pavimentos 16- + Pavimentos Terreno escolhido
Figura 29: Mapa gabarito. Fonte: Mapa fornecido pela Secretária de Planejamento do municipio de Ribeirão Preto. Adaptado pela autora, 2020.
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Rua Saldanha Marinho
Rua General Osório
Rua Cerqueira César
Rua José Bonifácio
Rua Duque de Caxias
Rua Américo Brasiliense
Rua Lafaiete
0-15 Pavimentos 6 - +16 Pavimentos
1-3 Pavimentos 4-6 Pavimentos 7-9 Pavimentos
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10-15 Pavimentos 16 - +16 Pavimentos
Rua Barão do Amazônas
Rua Florêncio de Abreu
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es onçalv G o rônim Av. Je
Av. Francisco Junqueira
3.4 EQUIPAMENTOS URBANOS Na área de levantamento nota-se uma grande quantidade de equipamentos urbanos de diversos seguimentos desde transporte, saúde até atendimento
ao público como cartório e sindicato, além de escolas tanto estadual E. E. Otoniel Mota, quanto particular Colégio Auxiliadora.
Daerp - Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto Instituto SEB Escola Estadual Fábio Barreto
UBDS Central Dr. João Batstista Quartin Termininal Rodiviário Terminal Urbano Secretaria Municipal d e Assistência Social
Rua José Bonifácio
Previdência Social - Agência Amador Bueno
Rua Duque de Caxias
Rua Saldanha Marinho
SINDIORP
Rua General Osório
Rua Américo Brasiliense Rua Florêncio de Abreu
Terminal Urbano Centro Ref. Especial. Central/Enfª Maria Conceição da Silva
Rua Lafaiete
Subestação Metropolitana - CPFL Energia Figura 30.A: Mapa equipamentos urbanos. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2020.
Centro Administrativo CODERP
436m
Terreno escolhido
44
Figura 33:Catedral Metropolitana. Fonte: Google Earth.
Figura 31: Terminal Rodoviário. Fonte: Googel Earth
Figura 32: E.E. Guimarães Junior. Fonte: Google Earth
CEREST-Centro d e Referência e m Saúde do Trabalhador - Regional Prof. Dr. Roberto Salles Meirelles E. E. Cônego Barros
Rua Duque de Caxias
Rua General Osório
SASSOM - Serviço de Assitência à Saúde dos Municipiários
Rua Barão do Amazonas
Rua Saldanha Marinho
Rua José Bonifácio
UNIFRAN - Grupo Educacioanl Cruzeiro do Sul
Colégio Auxiliadora Prefeitur Municipal Ribeirão Preto Sindicato dos Empregados no Comércio de Ribeirão Preto Estação Praça da Bandeira 3 Estação Praça da Bandeira 2
Rua Américo Brasiliense
Estação Praça da Bandeira 1 Policia Civil
Rua Florêncio de Abreu
Rua Lafaiete
436m
45
Rua Cerqueira César
Colégio Metodista de Ribeirão Preto Catedral Metropolitana de São Sebastião E. E. Dr. Guimarães Junior E. E. Otoniel Mota
Terreno Escolhido
Figura 30.B:Mapa equipamentos urbanos. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2020.
3.5 EDIFICIOS DE ARTE E CULTURA Neste mapa percebemos que existem na área de levantamento diversos edifícios voltados para arte e de aspectos culturais, como o Museu de Arte de Ribeirão Preto, a Casa da Memória Italiana, Teatro Pedro II e Hotel Brasil, a Biblioteca Altino Arantes,
respectivamente. A maioria destes edificios retratam a origem do quadrilátero central com a arquitetura da época tendo grande importância na identidade da cidade. Associação A migops do Memorial da Classe Operária Ugt
Av. Francisco Junqueira
SESC Riberião Preto Armazém da Baixada Centro Cultural Palace e Teatro Pedro II
Rua Duque de Caxias
Palacete Camilo de Mattos MARP-Museu de Arte de Ribeirão Preto Rua General Osório
Hotel Brasil Biblioteca Padre Euclides Rua Américo Brasiliense
Rua Lafaiete
Palacete 1922 (Jorge Lobato) Casa da Memória Italiana Terreno escolhido
Rua Cerqueira César
436m
Rua Florêncio de Abreu
Rua Barão do Amazonas
Rua Saldanha Marinho
Rua José Bonifácio
ônimo Av. Jer
Gonça
lves
Biblioteca Altino Arantes
Figura 34: Mapa edifícios de arte e cultura. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2020.
46
Figura 35: Biblioteca Altino Arantes. Fonte: Google Earth.
Figura 38: :MARP. Fonte: Google Earth.
Figura 36: Casa da Memória Italiana. Fonte: Google Earth.
Figura 39: Hotel Brasil. Fonte: Google Earth.
Figura 37: SESC. Fonte: Google Earth.
Figura 40: Centro Cultural Palace. Fonte: Google Earth.
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3.6 VEGETAÇÃO Em relação a vegetação notamos que a concentração ocorre na avenida Francisco Junqueira, nas praças como a Praça XV e Praça das Bandeiras e no Parque Maurilio Biagi. (indicar no mapa as praças) Na Avenida Francisco Junqueira a presença de extrato arbóreo se dá pela presença do córrego Retiro
Saudoso que está canalizado; já na Avenida Jerônimo Gonçalves há apenas palmeiras que foram plantadas no local da vegetação natural. Em uma análise geral percebe-se que nas ruas a presença de extrato arbóreo é praticamente inexistente.
Praça das Bandeiras
Rua Saldanha Marinho
Rua General Osório
Rua Américo Brasiliense
Praça Schimidt Parque Ecológico Maurilio Biaggi
Rua Florêncio de Abreu
Terreno escolhido
Rua Cerqueira César
Rua Lafaiete
436m
Praça Carlos Gomes
Praça XV de Novembro
Rua Barão do Amazonas
Rua José Bonifácio
Rua Duque de Caxias
Figura 41: Mapa vegetação. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2020.
48
3.7 TOPOGRAFIA A análise da topografia foi feita a partir da divisão da área de levantamento em seis zonas seguindo algumas linhas da topografia como referência. Próximo ao curso dos rios das Avenidas Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves temos a área com
menor declividade por ser considerada uma área de fundo de vale. A parir da Rua Lafaiete, em direção oposta a Avenida Francisco Junqueira, a área de levantamento começa a apresentar uma topografia mais elevada.
çalves o Gon m i n ô r Av. Je
Av. Francisco Junqueira
Rua General Osório
Rua Florêncio de Abreu
50
49
200 150
Terreno escolhido
Rua Cerqueira César
100
+ Altitude
Rua Américo Brasiliense
Rua Lafaiete
0
- Altitude
Rua Barão do Amazônas
Rua Saldanha Marinho
Rua José Bonifácio
Rua Duque de Caxias
Figura 42: Mapa topográfico. Fonte: Mapa fornecido pela Secretária de Planejamento d municipio de Ribeirão Preto. Adaptado pela autora, 2020.
3.8 SISTEMA VIÁRIO De acordo com o mapa do Plano Viário da cidade de Ribeirão Preto, tanto no mapa de hierarquia viária física quanto no De hierarquia viária funcional, as Avenidas Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves são avenidas já implantadas e que exercem funções de avenida, sendo os principais meios de circulação de ônibus, sejam do município como, também, aque-
les que conectam as cidades uma com as outras e até mesmo com outros estados. As demais vias são caracterizadas como locais, não possuem dimensões para tal fluxo e ainda acabam por funcionar como coletora e distribuidoras de fluxos, tanto de transporte público quanto de automóvel privado.
Av. Francisco Junq ue
Rua Saldanha Marinho
Rua José Bonifácio
Rua Duque de Caxias Rua General OsóVias rio de fluxo intenso Vias de fluxo intenso Calçadão
Rua Américo Brasiliense
Terreno escolhido
Rua Lafaiete
436m
Rua Cerqueira César
Rua Florêncio de Abreu Rua Barão do Amazônas
çalves o Gon im n ô r Av. Je
ira
Figura 43: Mapa viário. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2020.
50
3.9 LINHAS E PONTOS DE ÔNIBUS O lote escolhido para projeto está localizado em uma área que recebe e distribui o fluxo de pessoas pela cidade e para as cidades vizinhas. São mais de 30 pontos e linhas de ônibus que abastecem as zonas
norte, sul, leste e oeste da cidade. Sem falar da proximidade com o terminal rodoviário que tem empresas de ônibus que circulam por vários estados do país.
Rua Duque de Caxias
Rua General Osório Terminal Rodoviário Pontos de ônibus Terreno escolhido
Rua Américo Brasiliense
51
Rua Lafaiete
Rua Cerqueira César
436m
Rua Florêncio de Abreu
Rua Barão do Amazonas
Rua Saldanha Marinho
Rua José Bonifácio
ônimo Av. Jer
Gonça
lves
Av. Francisco Junqueira
Figura 44: Mapa pontos de parada de ônibus. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora, 2020.
3.10 ESCOLHA DO LOTE E SUAS CARACTERÍSTICAS Na escolha do lote foi levado em consideração a loclização, área e faces do lote voltada para as vias de circualação. O lote teria que ser localizado no quadrilátero central devido a existência de vários edificios com grande importância histórica para a cidade, por ser local de passagem e circulação de um grande numero de pessoas, por ter acesso a todos os bairros da cidade pelos terminais e pontos de ônibus que se encontram no centro, além de estar próximo do terminal rodoviário da cidade, local de chegada de muitas, inclussive refugiados. Tem de ser um terreno com área considerável para poder abrigar as habitações, espaços de atividades, aulas e sobrar espaço ao ar livre para esposições e realização de atividades. A questão das faces voltadas para a vias de circulação esta diretamente relacionada com a conexão do edificio com o entorno, além de ficar visivél e convidati-
Figura 45: Município de Ribeirão Preto Fonte: Google Earth
vo para quem passa pelo local. Levando em consideração os itens expostos o terreno escolhido foi o localizado próximo ao SESC, entre as Ruas Tibiriçá, Álvares Cabral e Mariana Junqueira. Este terreno atualmente funciona como estacionamento, tem área de 4.147 m² e sua topografia original contém 3 curvas de níveis ,de 1 metro cada, no entanto já sofreu alterações encontrando-se atualmente plano e mais baixo que o nível da Rua Mariana Junqueira. De acordo com visitas no terreno pelo Google Earth, análise do mapa topografico e uma visita ao local, antes da pandemia, concui-se que o terreno foi nivelado em dois metros, ocorrendo corte e aterro de 1 metro para nivelar o terreno. Na figura 48 temos a situação atual do terreno com o perfil topografio em tracejado. O lote esta inserido
Figura 46: Figura 36: Área de Levantamento. Fonte: Google Earth
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Rua Álvares Cabral
em uma quadra com edificações de gabarito baixo, de até 2 pavimentos, no entando na esquina da Rua Álvares Cabral com a Rua Mariana Junqueira existe um edifcio com mais de 14 pavimentos que em determindas estações pode produzir sombra no lote. Já em relação a ventilação o vento predominante é do sudeste para o nororeste e o edifico citado anteriormente pode causar o efeito bate e volta do vento. Sobre os aspectos legais, de acordo com a Lei Complementar sobre o Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo no Município de Ribeirão Preto do ano de 2006, para construção na área do quadrilátero central: - Taxa de Ocupação Seção II: Artigo 39 - A taxa de ocupação máxima do solo para edificações residenciais será de 70% (setenta por cento) e para edificações não residenciais será de 80% (oitenta por cento), respeitando os recuos e a taxa de solo natural desta lei, exceto nos parcelamentos quer tiverem maiores registradas em cartório, as quais deverão prevalecer.
- Coeficiente de Aproveitamento Parágrafo único: na área Especial do Quadrilátero Central (AQC), na Zona de Urbanização Restrita (ZUR) e no subsetor L1 será de até 3 vezes a área do terreno. Portanto, área de aplicação do projeto deve trabalhar com o Coeficiente de Aproveitramento de 3 vezes a área do terreno. -Dos Recuos das Eficicações Seção V - Artigo 45 - todas as construções com gabarito superior ao básico, 10 metros de altura, deverão observar recuos em todas as divisas do terreno de acordo com a sehuinte fórmula matemática: R=H/6, maior ou igual a 2, onde: R significa a dimensão dos recuos em metros lineares;H significa a altura do edificio em metros lineares, contada a partir do piso do pavimento térreo, podendo estar até 1,5m ,(um metro e cinquenta centimetros) do nível médio do passeio, até a soleira do piso do último pavimento servido por elevador coletivo.
Rua Tibiriçá
Corte Rua Mariana Junqueira
Aterro
Perfil topográfico ori
ginal
Rua Mariana Junqueira
01 001
53
T
Figura 47: Localização terreno. Fonte: Autora, 2020
02 1002
Figura 48: Corte topografia. Fonte: Auotra, 2020.
03 300 0 2003
Edificação
-2,0 m
-1,0 m
-1,0 m 0,0 m
0,0 m
Rua Tibiriçá
Rua Álvares Cabral
1,0 m
1,0 m
Rua Mariana Junqueira
Figura 49: Topografia do terreno e carta solar. Fonte: Autora, 2020 e SOL-AR.
2,0 m
Figura 50: Insolação e Ventilação. Fonte: Vsita áerea Google Earth adaptada pela Autora, 2020.
54
Nascer do Sol
Rua Tibiriçá
Rua Álvares Cabral
Ca mi
o h n
ol S do
Rua Mariana Junqueira
ZZ
Z
Z
Pôr do sol
300m Ventos Predominantes
55
Circulação de veículos
N Terreno Escolhido
3.11 ANÁLISE DO CLIMA DE RIBEIRÃO PRETO Analisando a figura 52 nota-se que o período mais quente, estação quente que permanece por 3,4 meses, vai de 31 de agosto a 12 de dezembro, tendo como média diária, máxima, valores acima de 31ºC e a média mínima em torno de 20ºC, sendo o dia 16 de outubro o mais quente. Já a estação fresca, que permanece por 2,4 meses, vai de 9 de maio à 22 de julho, tendo como média diária máxima e mínima abaixo de 28ºC e média de 13ºC, respectivamente. O dia mais frio é 20 de julho. De acordo com a figura 51 a partir da segunda semana de agosto até a segunda semana de abril temos as tardes com temperaturas mais elevadas, caracterizando a estação quente. Percebe-se ainda, que entre agosto e dezembro a temperatura elevada prevalece por mais tempo que entre janeiro e abril. Entre os meses de abril e setembro temos predominância das temperaturas amenas, configurando a estação fresca. Dentro deste período é perceptível que nos meses de junho e julho as temperaturas amenas têm maior tempo de duração. Analisando a figura 53, o período de 2 de abril até 11 de outubro, o céu é menos encoberto, sendo o dia 27 de agosto com o céu com menos nuvens, permanecendo limpo em 74% do tempo. O período em que o céu está menos encoberto faz correspondência com o período com as temperaturas mais amenas e com e estação fresca. Já o período de 11 de outubro até 2 de abril, 5,7 meses, o céu é mais encoberto. No dia 16 de janeiro o céu está com maior quantidade de nuvens, predominado encoberto em 78% do tempo. A partir da figura 54 nota-se que o período de
Figura 51: Temperatura. Fonte: Weather Spark
Figura 52: Temperaturas máximas e Mínimas. Fonte: Weather Spark
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chuva é menor que o período de seca, sendo de 5,6 meses e 6,4 meses, respectivamente. No período de precipitação as chances são maiores que 39%, sendo que em 13 de janeiro o índice de precipitação é o maior, 71% e o dia mais seco é 1 de agosto com 6% de precipitação. Analisando a figrua 55 concluimos que chove ao longo de todo o ano, porém é no periodo entre dezembro e janeiro que estão concentrados os maiores indices de chuva podendo chegar até 300mm. Como apontado na analise da figura 56, apesar da chuva ser distribuida ao logo do mês há dia em que tem maior probelidade de chuver em grande volume.
Figura 53: Nebulosidade. Fonte: Weather Spark
Figura 55: Média de chuva mensal. Fonte: Weather Spark
Figura 54: Probabilidade diária de precipitação. Fonte: Weather Spark
57
O período de chuva corresponde ao período das temperaturas mais elevadas e do céu mais encoberto. Já o de menos precipitação faz relação com os de temperaturas mais amenas e de céu mais limpo. Partindo da análise da figura 56 conclui-se que a duração do dia varia ao longo do ano, tendo dias mais curtos e outros mais longos, aquele que o sol nasce mais cedo e outro mais tarde. O dia mais longo é 21 de dezembro e o mais curto é 20 de junho, com
Figura 56: Hora de luz solar e crepúsculo. Fonte: Weather Spark
13 horas e 26 minutos e 10 horas e 51 minutos, respectivamente. Já o dia em que o sol nasce mais cedo é 17 de outubro, às 05:38, por outro lado em 15 de fevereiro o sol nasce mais tarde às 07:01. Conclui-se que o período em que os dias são mais longos corresponde ao período de temperaturas mais elevadas e de céu mais encoberto. Já os dias mais curtos estão relacionados as temperaturas mais amenas e céu mais limpo. Quanto maior é a porcentagem de umidade, menor é o nível de conforto. Observando a figura 57 nota-se que o período mais abafado vai de 30 de setembro até 6 de maio, 7,2 meses, sendo 29 de fevereiro o dia mais abafado atingindo 93% de umidade; por outro lado o dia menos abafado é 16 de julho, 2%. Os dias mais úmidos corresponde ao período de maior precipitação, de céu mais encoberto, de temperaturas elevadas e de dias mais longos, enquanto os dias menos úmidos correspondem ao período de menor precipitação, céu mais limpo, temperaturas mais amenas e dias mais curtos.
Figura 57: Níveis de conforto em umidade. Fonte: Weather Spark.
De acordo com a figura 58 o período com incidência de ventos de maior velocidade dura 4,4 meses e vai de 30 de junho até 11 de novembro atingindo velocidade média de 12,1 quilômetros por hora, sendo que em 12 de setembro o vento chega a 14,5 quilômetros por hora. Já os ventos mais calmos vão de 11 de novembro até 30 de junho, correspondendo a 7,6 meses, e o dia mais calmo, com ventos de 9,6 quilômetros por hora, é 25 de fevereiro A direção do vento predominante na cidade de Ribeirão Preto- SP, de acordo com a figura 59, é leste durante 9,8 meses indo de fevereiro a novembro; em seguida temos o vento vindo do norte durante 2,1 meses no período de novembro a fevereiro. No entanto vale ressaltar que a velocidade e direção do vento depende dos obstáculos encontrados no decorrer do percurso, pois este pode redirecionar e diminuir a velocidade do vento.
58
Figura 58: Velocidade média dos ventos. Fonte: Weather Spark.
Figura 59: Direção do vento. Fonte: Weather Spark.
3.12 QUESTIONÁRIO Questionário realizado por meio digital, sendo entrevistadas 134 pessoas. Computados os dados nota-se que 70% das respostas foram dadas por residentes do estado de São Paulo (gráfico 1). Já em relação a cidade as pessoas que moram na Região Metropolitana de Ribeirão Preto foram agrupadas em um único grupo, sendo separada das pessoas que residem em Ribeirão Preto totalizando 47%, sendo 9% e 38%, respectivamente (gráfico 2) Analisano o gráfico 3, nota-se que a faixa etária predominante são os de 19 a 25 anos seguido daqueles de 26 a 35 anos, os menores contribuintes foram com os de até 18 anos. O sexo feminino é maioria em quantidade de respostas com um total de 59% (gráfico 4); já em relação
59
a escolaridade os graduados são maioria, seguido daqueles com ensino técnico (gráfico 5). Em se tratando do conhecimento do termo refugiado (gráfico 6) todos conhecem ou já ouviu falar, porém nota-se que não é uma questão muito abordada em rodas de amigos ou familiares, é como se ninguém soubesse da existência do problema que à décadas vem colocando milhares de pessoas em situações de risco na procura por melhores qualidade de vida. O termo refugiado é conhecido pela maioria através de documentários, seguido de jornais e redes sociais, esta última muito presente em nosso dia à dia e fazendo papel de difusão de conhecimentos e acontecimentos (gráfico 7). Quando questionados sobre o que significa ser um
refugiado (gráfico 8) 63% respondeu que são pessoas que tem seus direitos básicos violados, definição essa estabelecida pelo ACNUR. Em relação a existência de refugiados em suas cidades a maioria confirmou (gráfico 9), das 51% respostas afirmativas 47% são de pessoas que residem em Ribeirão Preto, o que chama a atenção é que quase metade dos entrevistados não sabe informar, ou seja, pressupõe-se que os dados, informações sobre o assunto não são divulgados. Analisando o gráfico 10, sobre o contato, conversa com um refugiado, nota-se que a maioria não teve contato com refugiados. Em se tratando de conhecer novas culturas e da possiblidade de adquirir novos conhecimentos com refugiados, 99% e 91% dos entrevistados, gráficos 11 e 12 respectivamente, tem interesse em conhecer algo diferente daquilo que ele esta acostumado ou tem conhecimento e acredita na possibilidade de aprender coisas novas com os refugiados. Questionados sobre a possiblidade de ministrar aulas, palestras ou cursos para os refugiados apenas 14% dos entrevistados não demonstrou interesse, os índices de média e baixa probabilidade são praticamente os mesmos e são, individualmente, maiores que os de alta probabilidade, que está com apenas 25% (gráfico 13). Os assuntos que seriam abordados, com maior votação, são idioma, culinária e música, respectivamente. Vale ressaltar que era possível escolher mais de uma opção (gráfico 14). Quando o assunto é participar de aulas, cursos ou palestras ministradas por refugiados o resultado é surpreendente, uma vez que mais da metade dos entrevistados demonstram probabilidade alta, enquanto apenas 1% não tem interesse (gráfico 15). Já em relação aos temas abordados pelos refugiados, com maior votação, temos o idioma, culinária,
respectivamente, e o empate entre música e artesanato (gráfico 16). Indagados sobre os valores pago por cada atividadem gráfico 17, a maioria estaria disposta em desembolsar todo mês, por atividade até R$200,00 reais (duzentos reais), ninguém optou por pagar mais que R$400,00 reais. Quando o assunto é dividir do mesmo espaço com estas pessoas 79% não veem problemas ou obstáculos e esperam que esse espaço tenha exposições sobre a cultura deles, espaços interativos, apresentações musicais, gráficos 18 e 19 respectivamente.
ESTADO
Outros 30% São Paulo 70%
Gráfico 1: Estado. Fonte: Autora, 2020.
Cidade
Ribeirão Preto São Paulo Região Metropolitana de Ribeirão Preto Outras
38%
49%
4% 9%
Gráfico 2: Cidade. Fonte: Autora, 2020.
60
O TERMO REFUGIADO É NOVO PARA VOCÊ?
Idade
Não 0%
80 60 40 20 0
Séri… Até 18 anos
De 19 a 25 anos
De 26 De 36 a anos a 35 45 anos
De 46 a 65 anos
Gráfico 3: Faixa etária. Fonte: Autora, 2020.
SEXO
Acima de 66 anos
Sim 100%
Gráfico 6: Conhecimento do termo refugiado. ONDE Fonte: Autora, 2020. VOCÊ JÁ VIU ESSE
TERMO (REFUGIADO)?
Masculino 41%
Aulas 24%
Feminino 59%
Outros 4%
Documentários 24%
Gráfico 4: Gênero. Fonte: Autora, 2020.
Escolaridade 120 100
Jornais 25%
Redes Sociais 23%
Gráfico 07: Fontes de divulgação. Fonte: Autora, 2020.
O QUE SÃO OS REFUGIADOS PARA VOCÊ? Outros 16%
80 60 40
Pessoas em busca de melhro qualidade de vida 21%
20 0
Gráfico 5: Escolaridade. Fonte: Autora, 2020.
61
Gráfico 08: Significado de ser refugiado. Fonte: Autora, 2020.
Pessoas que tem seus Direitos Básicos violados 63%
Você acredita na possibilidade de adquirir novos conhecimentos e experiências com refugiados?
NA SUA CIDADE TEM REFUGIADOS?
1%
Não sei informar 42%
8%
Sim Sim 51%
Não
91%
Talvez
Não 7%
Gráfico 12: Aprender com refugiados. Fonte: Autora, 2020.
Gráfico 09: Refugiados em sua cidade. Fonte: Autora, 2020.
QUAL A POSSIBILIDADE DE VOCÊ OFERECER AULAS, CURSOS OU PALESTRAS PARA REFUGIADOS?
VOCÊ JÁ TEVE CONTATO, CONVERSOU COM UM REFUGIADO?
Não tenho interesse 14%
Sim 40% Não 60%
Alta 25%
Baixa 30%
Média 31%
Gráfico 13: Interesse em ensinar refugiados. Fonte: Autora, 2020.
Gráfico 10: Contato/conversou com um refugiado. Fonte: Autora, 2020. TEM INTERESSE EM VOCÊ
CONHECER CULTURAS DIFERENTES DA SUA? Não 1%
Qual assunto, tema você abordaria? 80 70 60 50 40 30 20 10 0
Sim 99%
Gráfico 11: Interesse em conhecer culturas diferentes. Fonte: Autora, 2020.
Gráfico14: Temas abordados. Fonte: Autora, 2020.
62
QUAL A POSSIBILIDADE DE VOCÊ PARTICIPAR AULAS, CURSOS OU PALESTRAS PARA REFUGIADOS? Baixa 7%
VOCÊ FREQUENTARIA UM ESPAÇO DINÂMICO COM REFUGIADOS?
Não tenho interesse 1%
Não 16%
Talvez 5%
Média 30%
Alta 62%
Sim 79%
Gráfico 15: Interesse em aprender com refugiados. Fonte: Autora, 2020. em qual tipo de cursos, aulas
ou palestras ministradas por um refugiado você participaria?
Gráfico 18: Dividir o mesmo espaço com um refugiado. Fonte: Autora, 2020.
100 50
Série1
0
QUANTO VOCÊ PAGARIA POR
Espaços Espaço onde contemplativos 12% você possa interagir, participar 21%
Outros 1%
Exposição dos trabalhos desenvolvido s nas aulas e oficinas 18%
Gráfico 16: Tema de interesse. Série1 MÊS, Fonte: Autora, 2020. POR ATIVIDADE?
Apresetnaçõ es de dança 12%
de R$200,00 R$350,00 22%
Gráfico 19: Atividades de um espaço dinâmico. Fonte: Autora, 2020. até R$200,00 78%
Gráfico 17: Valor a ser pago pelas aulas. Fonte: Autora, 2020.
63
Apresentaçõe s musicais 14%
Exposição sobre a cultura deles 22%
3.13 REFLEXÃO DO CAPÍTULO Depois de realizado todo o levantamento nota-se que o uso comercial e prestação de serviço predomina e onde eles estão inseridos os lotes tendem a ser mais ocupado, não respeitando os recuos; é uma região de baixo gabarito, edifícios de até quatro pavimentos prevalecem. Outro fator importante é quantidade de equipamentos que são localizados na área escolas pública e privada, terminais de ônibus e rodoviária municipal, além de que é rica em edifícios voltados para arte e cultura, sendo muito deles representantes da identidade da cidade, porém isso não significa que estejam conservados. A vegetação é localizada em pequenas quantidades e em pontos isolados não havendo uma boa distribuição pela área. Já a topografia é típica de uma região de fundo de vale, sendo mais plana a medida que de aproxima do leito dos córregos. Em se tratando de hierarquia viária, muitas das vias são tidas como locais, mas não apresentam dimensões para tal e algumas funcionam como coletora; na área existem um significativo número de pontos de ônibus e quatro terminais de ônibus, o que significa que a maioria das linhas que circulam pela cidade passam por eles resultando na maior circulação de ônibus em vias que não tem dimensões se quer para o fluxo local, mas em contrapartida é uma área que tem conexão com os demais bairros da cidade e de grande circulação de pessoas. Na questão do clima, nota-se que de outubro à
dezembro as temperaturas são mais elevadas, o céu mais encoberto, com maior quantidade de nuvens que significa maior chances de precipitação e em maior volume, os dias são mais longos e mais abafados, este está relacionada ao índice mais elevado de umidade. Já o período de maio a julho é totalmente o oposto do descrito no período de outubro à dezembro. O período com mais ventos fica entre junho e novembro, sendo que a direção leste é a predominante e vai de fevereiro a novembro e de novembro a fevereiro temos a direção norte. A partir do questionário foi possível perceber que a problemática dos refugiados é conhecida pela maioria e que muitos têm disposição para participar de aulas ministradas pelos refugiados e dar aulas e eles, além de que grande parte dos entrevistados é a favor da ideia de troca de experiência e conhecer culturas diferentes da sua.
64
65
Este capítulo tem como objetivo apresentar a análise dos projetos escolhidos como referências projetuais.
4.
Fonte: Unsplash.
LEITURAS PROJETUAIS
A ESCOLHA... Para escolher as referências projetuais foi levado em consideração o objeto deste trabalho que será desenvolvido no próximo capitulo, sendo ele voltado aos refugiados e tendo como principal objetivo acolher e reinseri-los na sociedade, para tanto os projetos escolhidos apresentam função similar como meio de analisar e entender a distribuição dos espaços, circulação, acessos, aberturas , implantação e tecnologias utilizadas, pois são ementos de grande importância na tomada de decisões e relacionam entre si de modo que um leva ao outro.
Acessos/circulação
Implantação/ aberturas
Distribuição dos espaços
Tecnologia
68
4.1 ATLAS HOTEL Distrito de Hoian An, Quang Nam, Nietnã.
Vo Trong Nghia Architects.
3115m²
2016
CONCEITO: Espaço privativo e social, iluminação e ventilação natural, linearilidade e diálogo com o entorno. PARTIDO: Uso de vidro, grande aberturas, jardineiras suspensa, edificação estreita e comprida e elementos vazados na fachada. IMPLANTAÇÃO: O terreno em que esta implantado o edifico apresenta um irregularidade que torna possivél criar espaços de convivência privativo (piscina) e social ao lado da entrada de clientes. O bom uso da irregularidade do terreno fez com que a cicluação interna fosse permeável, objetiva e direta o que permite circular tranquilamente sabendo onde vai chegar, pois não tem nenhum caminho paralelo. Além de que, o fato de ser estreito propociona o uso da iluminação e ventilação natural em todos os dormitóiros . TECONOLOGIA: Foi adotado o sistema estrutural Figura 60: Vista pátio interno. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
69
de concreto armado proporcionando grandes vãos de abertura, tanto nos dormitórios, quanto no pavimento térro, onde é possivel abrir totalmente a edificação para a área da piscina. SUSTENTABILIDADE: Nas vigas são incorporadas jardineiras que conribuiem para o refrigeramento do interior dos ambientes por meios das grandes aberturas. O uso do vidro faz ccom que todos os ambietrnes tenham uma boa iluminação natural reduzindo a necessidade de iluminação artificaial.
0 15
Na fachada foi utilizadas pedras vermelhas qeu além de fazer referência a cobertura das edificações do entorno, criando um dipalogo entre eles, quando sobrepostas funcionam como um elemento vazado que permite a entrada de iluminação e ventilação no interior, na circulação interna. Pilar Vidro Vigas Pedras vermelhas fachada Jardineiras
10m
1 - Hall de entrada 2 - Recepção 3 - Setor administrativo 4 - Restaurante 5 - Piscina 6 - Bar 7 - Cozinha 8 - Academia e spa Circulação horizontal Circulação vert. (escada) Circulação vert. (elevador) Jardineiras suspensa Pátios internos
4.1 Hotel Atlas
Acesso de serviço / mercadoria
Atlas Hotel Hoian - Vo Trong Nghia Architects
N Figura 61: Pavimento térreo. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Figura 62: Corte. Fonte: Archdaily, Adaptado pela autora, 2020.
70
Figura 64: Ventilação e iluminação natural. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Figura 63: Vista interna dormitório. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Pilar Vidro
01
5
10m
N
1 - Quarto de hóspedes 2 - Armazenamento 3 - Serviço de quarto Circulação horizontal Circulação vert. (escada) Circulação vert. (elevador) Jardineiras suspensa
5
10 Figura 66: Pavimento tipo. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
71
Figura 65: Aberturas e materialidade térreo. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
4.2 Abrigo para desabrigados Janlowice, Polônia xystudio 1485m²
2019
CONCEITO: Espaço privativo e social, iluminação e ventilação natural. PARTIDO: Pátio interno, espaço privativo quando comparado a edificação e social quando comparado aos ambientes, para iluminação dos ambientes e circulação da ventilação; todos os dormitórios se abrem para o pátio interno e também para o exterior. IMPLANTAÇÃO: A implantação da edifcação faz com ela se feche em um pátio central que liga aos ambientes internos, privativos. Localizada em um área rural é possuidor de uma ampla área verde, tanto na frente quanto no fundo. A edificação é divida em tres setores: admistrativo e área comum, dormitórios hóspedes e dormitório funcionários. TECONOLOGIA: Foi adotado o sistema de aquecimento a gás, piso e paredes radiante para aquecimento do edificio, janelas com alta estanqueidade e estrutura de concreto. SUSTENTABILIDADE: Ventilação passiva, estação de tratamento de esgoto ecológico, sistema de captação e reaproveitamento de água da chuva. O que chamou mais a atenção é o fato de que os tijolos da fachada foram reutilizados de um anterior descarte e foram utilizados materiais de locais e rea-
proveitados. DA EDIFICAÇÃO: os dormitórios dos hóspedes possuem banheiros acessiveis, sendo um banheiro a cada dois hóspedes,. Os dormitório dos funcionário possuem cozinha americana e sala de estar proporcioanndo maior conforto para os mesmos, além de proporcionar um espaço reservado onde possam realizar suas atividades cotidianas. No setor adiministrativos estão localizadas a sala da administração, cozinha social onde os hóspedes podem participar do preparo das refições, sala de refeições, uma capela, sala de fisioterapia e sanitários.
Figura 67: Implantação. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
72
Edificação Pátio Interno Área Verde
N
Edificação Pátio Interno Área Verde
Figura 68: Planta de situação. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Figura 69: Pavimento térreo. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Figura 70: Corte. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
73
Ala dos funcionário Pátio Interno Setor administrativo Dormitório Hóspedes Sanitários Capela Acesso Externo Cozinha/Refeitório
4.3 Hotel Unique Figura 71: Elevação. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
São Paulo, São Paulo Ruy Ohtake Pav. Térreo
20.500,00 m²
2000/ 2002
Volumetria em forma de barco
0 5 10
CONCEITO: Fazer a edificação, que pode ter no máximo 7 pavimentos se destacar na paisagem, cheios e vazios e integração interior e exterior. PARTIDO: A volumetria da edificação, que remete a um barco, faz com ela se sobressaia na paisagem e tem carater único, no loby, pavimento térreo, unica parte da edificação que se apoio ao chão, foi utilizado vidro como fechamento proporcionando maior integração entre interno e externo. IMPLANTAÇÃO: A edificação foi recuada, deixando um grande espaço na lateral voltada para a avenida, sendo trabalhado neste espaço o paisgismo predomidantemente horizontal. Ao afastar a edificação faz com que quem passa pela via ou calçada consiga visuallizar a composiçõ arquietônica da edificação. TECONOLOGIA: Foi adotado o uso de concreto protendido para executar a forma arredondada, que também pode ser notada em alguns dormitórios. Figura 72: Vista aérea frontal. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
74
20m
Proporção áurea na composição interna0distribuição dos quartos e circulação Circulação Vertical Quartos tipo 1 Quartos tipo 2 Quartos tipo 3 0
Pilares triângulares
Circulação horizontal 5 10 20m
Figura 73: Planta. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Estacionamento Subsolo
Subsolo Pav. Térreo Volumetria em forma de barco
Figura 74: Corte. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
75
0 5 10
20m
4.4 Abrigo para Vítimas de Violência Doméstica TEL AVIV-YAFO, ISRAEL Goldreich Architecture, Jacobs Yaniv Architects. ?
2018
CONCEITO: Espaço privativo e de convivio, iluminação e ventilação natural, conexão visual e acolhimento. PARTIDO: Pequeno deslocamento entre os blocos dos dormitórios permitindo o uso da iluminação e ventilação natural, dormitórios tipo familiá que proporciona a familia manter a rotina em um espa-
ço privado, pátio central que proporciina conexão visual entre os ambientes - dormitórios e creche além de contribuir para a maior acesso a iluminação natural e ventilação natural dos ambientes. o pátio central funciona como local de encontro e interação entre os hóspedes. Outro ponto importante, que vale destacar, é a existencia de um espaço destinado as crianças, uma creche interna, e espaços de atendimento psicológico, médico, júridico, sendo que estes mesmos espaços tem uso flexiveis podendo atender a serviços de estética, como cabeleleiro. IMPLANTAÇÃO: O edifico foi implantado de modo a se fechar para o exterior, como um manto de proteção para os usuários e mesmo com essa configuração a disposição dos blocos foi pensada e organizada para aporveitar o uso de elementos naturais como iluminaçãoe ventilação. TECONOLOGIA: Foi utilizado o sistema construtivo de concreto armado e estrutura metálica e fechamento em vidro no corredor de circulação interna.
N
Vigas metálicas
Circulação vertical
Vigas metálicas
0
2 4m
Administrativo /Salas Figura 75: Planta 2º pavimento. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Figura 76: Corte. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
76
Figura 77: Vista interna. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
Vidro
Vigas metálicas
02
N
Dornitórios Cozinha Creche
01
23 m
Figura 78: Pavimento térreo. Fonte: Archdaily. Adaptado pela autora, 2020.
77
Administrativo /Salas Circulação vertical Acesso externo
4m
Pátio Interno Circulação Interna
4.5 REFLEXÃO DO CAPÍTULO Ao término das análises dos projetos ficou claro que pavimentos mais estreitos proporcionam uma melhor e mais objetiva circulação, além de proporcionar ventilação e iluminação tanto no espaço de circulação como nos demais ambientes. Com o uso de tecnologias construtivas é possível criar edifícios que agridam menos o meio em que estão inserido e se conectam com o mesmo. Além de que torna possível criar edificações voltadas para atender as necessidades dos usuários fazendo uso de recursos naturais, iluminação e ventilação, garantindo conforto térmico e menor consumo de energia. Outro ponto muito importante analisado é que nos projetos que atendem pessoas vítimas de violência ou desabrigadas a edificação é pensada e projetada para criar uma estrutura de proteção, envolvendo os usuários e criando barreiras com o meio externo. Vale destacar ainda que eles contam com espaços de apoio, como salas de aula, escritórios, enfermagem que visam o apoio e suporte para que estas pessoas possam retornar a sociedade. Nota-se ainda que as decisões projetuais estam diretamente relacionadas as tecnologias construtivas utilizadas.
78
79
Este capítulo tem como objetivo apresentar o processo de desenvolvimento do projeto de arquitetura, desde a identificação de palavras chaves, conceito, partido, programa de necessidade, organograma, fluxograma e o projeto em si.
5.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pal%C3%A1cio_Nereu_Ramos_-_Croqui_de_Oscar_Niemeyer.jpeg Fonte: Unsplash.
PROJETO
5.1 PALAVRAS-CHAVE
5.2 CONCEITO
Para chegar ao conceito foi realizada uma análise do material apresentado até aqui com finalidade de retirar palavras chaves que auxiliaram na escolha e no desenvolvimento do conceito e partido. As palavras que se demonstraram mais fortes no decorrer do trabalho foram:
Ser refugiado não é uma opção, mas sim a falta dela, onde a principal questão é tentar sobreviver em meio ao caos e estar, em paralelo, solicitando refúgio e juntando recursos para conseguir chegar ao destino final, outro país. Quando chegam esperam e necessitam encontrar um ambiente que os acolha e passe a sensação de segurança, além de proporcionar a integração e reinserção deles na sociedade. Partindo dos pontos apresentados tem-se como conceito o edifício como elemento arquitetônico cuja principal função é passar a sensação de proteção e acolhimento ao mesmo tempo que proporciona a integração e reinserção na sociedade. Assim como o abraço que te envolve e passa segurança, mas está pronto para te soltar para o mundo, te ver voar e conquistar novas oportunidades e uma vida melhor, mas que continua ali, aberto, te esperando caso você precise voltar.
Acolhimento dos refugiados e da população que
queira fazer parte, interagir com os mesmos.
Reinserção dos refugiados na sociedade. Público/privado espaços de uso comum e reserva-
do.
Conexão interno/externo visual (aberturas), acesso
(caminhos, conexão entre os ambientes).
Integração dos espaços e usuário.
Abraço - apesar de parecer um gesto simples envolve muitos sentimentos e é capaz de estabelecer uma conexão intima que transite diversas emoções.
82
Entendendo o abraço... O abraço pode ser dividido em três estágios: o primeiro é quando os braços se abrem, formando uma linha curva ou mais precisamente um semi círculo, para receber outra pessoa -representando o acolhimento; o segundo estágio corresponde ao momento que duas pessoas se juntam, transformando o semi círculo em círculo, estando cada um envolvido no círculo do outro - integração; o terceiro estágio é aquele em que o círculo se abre, voltando ao estágio inicial, os corpos se separam e estão prontos para seguir caminhos diferentes - reinserção.
5.3 PARTIDO A primeira proposta surge com o esboço de um círculo côncavo e outro convexo, onde o primeiro seria destinado as atividades de integração, e outro ao acolhimento, tendo a ideia de acolhimento atrelada a de proteção.
Figura 81: Estágios do abraço. Fonte: Autora, 2020. Figura 82: Primeiro estudo de massas. Fonte: Autora, 2020.
Entre esses dois círculos teria um retângulo destinado ao setor administrativo e recepção. Eles seriam replicados para os pavimentos superiores, ora para o lado de dentro do círculo, ora alinhado com o do térreo, criando dessa forma cheios e
83
vazios (figura 82). Posteriormente seriam divididos em vários quadrados, cada círculo em cada pavimento, criando vãos entre eles e aumentando a percepção de cheios e vazios. Uma vez que o quadrado de baixo não se repete em cima, sendo deslocado para o lado, como pode ser visualizado na figura 83. Todavia o resultado encontrado não atendeu as expectativas de volumetria, visual e espacial, além de que o conceito não estava bem representado e apresentava aspectos de uma arquitetura engessada. Na tentativa de alcançar o objetivo desejado foi realizado um estudo mais a fundo sobre o abraço, partindo da análise de que o mesmo se concretiza por meio de uma linha, ora mais aberta- semi círculo, ora mais fechada- círculo. Dessa forma, como mostra a figura 84, foram desenhadas três linhas curvas indicando o acolhimento voltado para as três fachadas do edifício; em seguida uniu-se essas linhas por um semi círculo. Três círculos foram inseridos no interior desta forma, um em cada extremidade do semi círculo e outro no meio. A princípio foi pensado para que cada círculo fosse um setor na edificação, porém ainda faltava alguma coisa... Foi ai que surge a ideia de unir os três círculos com um seguimento de linha e posterioemente tirar os círculos do meio resultando na forma que serve de base para o desenvolvimento do projeto. A partir da forma inicial foi pensada a possibilidade de replica-la nos pavimentos superiores, o resultado foi um tanto desajeitado, no entanto foi neste momento que ocorre a ideia de raciona-la a cada pavimento, assumindo diferentes posições (figura 85). Na figura 86 é apresentado a maquete física, realizada para estudo volumétrico, como meio de compreender a composição volumétrica da edificação. O resultado foi muito satisfatório, porém nota-se
Figura 82: Primeira volumetria. Fonte: Autora, 2020.
Figura 83: Primeiro estudo de cheios e vazios. Fonte: Autora, 2020.
Figura 84: Desenvolvendo a forma. Fonte: Autora, 2020.
84
a necessidade de criar um módulo diferente do primeiro para ser replicado nos demais pavimentos, pois a dimensão do existente, quando rotacionada,
iria extrapolar os limites do terreno, sem falar que não possibilita criar distintas perspectivas visuais.
Figura 85: Estudando a forma e sua composição. Fonte: Autora, 2020.
Figura 86: Maquete volumétrica. Fonte: Autora, 2020.
85
5.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Estado de São Paulo é dividido em 15 mesorregiões geográficas. Essas são agrupadas e organizadas levando em consideração [...] “o
processo social como determinante, o quadro natural como condicionante e a rede de comunicação e de lugares como elemento de articulação espacial” (BIBLIO-
TECA..., s.d., s.p.). Já o número de refugiados que chegaram ao estado de São Paulo, segundo a Justiça Federal, foram 1347 no ano de 2019. Partindo do número de refugiados que chegaram no último ano ao estado de São Paulo, bem como do número de mesorregiões existentes no mesmo e tendo como objetivo a distribuição dos refugiados no estado, não sobrecarregando nenhuma cidade em especifico, além de tornar possível o conhecimento do tema mais abrangente e promover a interação entre a população local e os refugiados. Sendo assim, dividindo o número de refugiados pelo número de mesorregiões – 1347/15 - tem-se que durante um ano o número de refugiados atendido, por mesorregião, seja 90. Baseado no fluxo de atendimento da Casa de Passagem Terra Nova, localizada em São Paulo, na qual a permanência é de 90 à 180 dias, será adotada no centro a permanência máxima de 120 dias, dessa forma dos 90 refugiados estimados, serão atendidos em média 30 refugiados a cada 4 meses. Levando em consideração a necessidade em quanto refugiado e a importância de proporcionar
atividade que tenham como objetivo a reinserção e integração destas pessoas na sociedade o programa de necessidades, tabela 1, é compoto por diversos segmentos de serviços como acolhimento, reinserção e integração.
ACOLHIMENTO Dormitórios Copa / Convivência Sanitários Masc. Sanitários Fem. Sanitário PCD
277,66 m² 144,86 m² 47,58 m² 50,66 m² 23,58 m²
JURÍDICO Defensoria Pública Secretária Sala de Reuniões Sade de arquivos Espera
28,52 m² 16,96 m² 28,26 m² 17,06 m² 18,28 m²
86
SAÚDE Atendimento individual Atendimento em grupo Copa Sala de Arquivos Recepção Espera INTEGRAÇÃO/REINSERÇÃO Sala multiuso Área de exposição Sala de informática
62,45 m² 62,45 m² 17,24 m² 17,04 m² 19,51 m² 12,21 m²
67,35 m² 44,87 m² 139,35 m²
ADMINISTRATIVO Coordenação Financeiro/secretária Atendimento Refugiado Atendimento Público Recepção Área de espera Copa
19,34 m² 27,04 m² 25,69 m² 25,78 m² 8,04 m² 45,12 m² 20,07 m²
APOIO DML Sanitários Fem. Sanitários Masc. Sanitários Funcionários Sanitário PCD Lavanderia
22,54 m² 112,21 m² 101,44 m² 33,79 m² 28,40 m² 112,22 m²
Tabela 1: Programa de necessidades. Fonte: Autora, 2020,.
87
5.5 ORGANOGRAMA Entre as atividades e funções do centro o acolhimneto é a mais importante, em seguida temos a integração/reinserção e posteriormente o júridico e saúde. O atendimento júridico é uma atividade, que
apesar da importância, não é mais importante que a integração e o acolhimento, pois não adianta ter documentos e não se sentir parte da sociedade.
Figura 87: Organograma. Fonte: Autora, 2020.
88
5.6 FLUXOGRAMA A circulação foi organizada em três escala: o público, usuário e funcionários. Analisando a figura 91 nota-se que o acolhimento é o setor mais restrito do edificio, tendo seu acesso destinado apenas aos refu-
giados.
Acesso Público e Usuário
HALL DE ENTRADA
APOIO REINSERÇÃO
INTEGRAÇÃO
RECEPÇÃO PÁTIO CENTRAL
ADMINISTRATIVO
ACOLHIMENTO
APOIO
RECEPÇÃO/ HALL Acesso Funcionário
JÚRIDICO Figura 88: Fluxograma. Fonte: Autora, 2020.
89
SAÚDE
APOIO Refugiado Público Funcionários
5.7 MEMORIAL DESCRITIVO
•
CÁLCULOS E NORMAS TÉCNICAS.
- COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO Pode ser até três vezes a área do terreno. Área do terreno = 4.165,650m² x 3= 12.496,95m² Área de todos os pavimentos da edificação = 4.168,533m² Coeficiente de aproveitamento = 33,36% - TAXA DE OCUPAÇÃO (80% -não residencial) 4.165,650m² x 80/100 = 333.252m²/100 = 3.332,52m² Área da edificação = 2.247,404m² = 68,25% - RECUOS DA EDIFICAÇÃO Acima de 10 metros seguir a regra: R=h/6 citada no levantamento de dados, onde: R= dimensão do recuo h= altura do edifício em metros lineares, a partir do piso do pavimento térreo até a soleira do piso do último pavimento servido de elevador coletivo. O elevador coletivo serve até o pavimento com altura de 17,20 metros, pois para atender a lavanderia da torre esquerda serve apenas o elevador de serviço (altura de 21,50 metros), com isso o recuo da edificação será de: R=17,20m/6 R= 2,86666m Recuo de 2,87 metros.
-CÁLCULO CAIXA D’ÁGUA 4.168,533m²/9m² = 463,17 pessoas Para edifícios público - 5050lts/pessoa/dia = 431,675 x 50 = 23.158,5166 Reserva do bombeiro (20%) 4.631,703lts Para dois dias e meio – 21.538,75lts x 2,5 = 57.896,2915ls Total reservatório = 62.527,99lts 40% superior = 25.011,1978ltrs – arredondar para 25.012,00 litros - 12.506 litros para cada torre = 12, 506 metros cúbicos (18m² x 0,7m) 60% Inferior = 37.516,794 ltrs - 18.758,397litros para cada torre do edifício 17,76 metros cúbicos. -TAXA DE PERMEABLIDADE O lote tem 28,57% de área peremável, sendo: 1.190,41 m² de área permeável em 4.165,65m² de terreno. - Decisões projetuais Nas primeiras tentativas de distribuir os ambientes na área de apoio foi notada a necessidade de ampliar o raio da circunferência que deu origem a forma, pois o mesmo estava pequeno para suportar o programa. Outro ponto que foi modificado no decorrer do desenvolvimento do projeto foi a questão dos sanitários voltados aos refugiados serem projetados
90
no mesmo setor dos dormitórios. A princípio a ideia era ter uma cozinha onde pudessem ser ministradas aulas de culinária e preparo de alimentos para venda, só que para comportar esta função era necessário um grande espaço para atender as normas, porém o fator principal que fez com que a função da cozinha fosse alterada é que o público seriam pessoas de diferentes costumes, culturas e por se tratar do preparo de alimentos, depois de discutir sobre o assunto, houve a alteração da função deste espaço no edifício. Em se tratando do setor de saúde, também houve alterações, passou de um espaço ambulatorial, primeiros socorros, para apenas atendimento psicológico individual e coletivo. Essas alterações foram pensadas e elaboradas com o intuito de atender as principais funções do centro: acolher, integrar e reinserir. Sendo o edifício rotacionado, com acessos internos e para terraços em diferentes posições para cada pavimento, apenas os sanitários femininos e masculinos das áreas de apoio foram posicionados na parede externa sendo possível utilizar-se da iluminação e ventilação natural, os demais ambientes foram posicionados na parede interna tendo a circulação na borda externa do espaço. Com isso para os sanitários PDC e de funcionários foram necessários trabalhar com ventilação mecânica e para a iluminação, quando possível, foram projetadas aberturas proporcionando iluminação indireta nestes ambientes. Vale destacar que foi necessário criar solarium em alguns pavimentos para que a iluminação nos sanitários externos acontecesse, além de tornar os ambientes internos mais “reto”. Ainda sobre a área de apoio, as aberturas neste setor foram pensadas para que não prejudicasse a função estrutural da parede externa, ou seja, para que a circulação tivesse iluminação e ventilação natural
91
nos acessos aos terraços foram projetadas uma grande abertura com janelas, portas e painéis de vidros concentrando a abertura em pontos específicos, deixando de lado trabalhar com uma abertura continua, estreita e mais elevada. Uma outra questão muito discutida foi a questão de projetar monta carga para que os alimentos chegassem a cozinha sem contaminação e para a saída dos resíduos, com isso na torre direita nos espaços destinados aos sanitários de funcionários deu lugar aos monta cargas. Isso foi possível porque a distância entre as áreas de apoio é inferior a 50 metros podendo dessa forma contar com sanitários para funcionários em apenas uma das áreas de apoio, além de que os ambientes que contam com funcionários estão concentrados na torre esquerda. Quando o bloco se conecta com a área de apoio cria quinas que muitas vezes são preenchidas com enchimento. Para este projeto estas quinas dão espaços a jardineiras que auxiliam no conforto térmico e composição paisagística do edifício. Outro ponto que também foi alterado é a materialidade das paredes externas das jardineiras dos terraços, pois elas passaram a ser de concreto armado para assim criar uma linguagem mais harmônica com a laje nervurada, de mesmo material. Em se tratando de forro e da questão acústica foi utilizado forro mineral New Sandila da OWA com NRC de 0,70, suas dimensões são 1,25x0,625 metros, sendo que a modulação interna do edifício tem como medida 1,25m. Este forro é isento de VOC’s que são componentes orgânicos voláteis que se caracterizam por possuírem alta pressão de vapor, o que faz com que se transformem em gás ao entrar em contato com a atmosfera. Para os sanitários PCD, por se tratar de um sanitário com paredes curvas, foi utilizado o modelo de bacia com caixa acoplada com barra de apoio reta e
lateral fixa. Em relação aos brises foi utilizado do modelo fixo que na maioria das aberturas fica entre as paredes que dividem os ambientes internos. Estas paredes passam o limite da parede externa do edifício para que os ruídos internos tenham uma barreira em seu percurso para o ambiente do lado. Os elevadores serão do modelo hidráulico, sendo com capacidade para 6 e 4 pessoas, o social e o de serviço, respectivamente. •
torno e em seu centro, ambas seguidas por bancos. Em cada terraço as floreiras foram trabalhadas de uma forma, ou seja, crias sensações, ambientes e vistas diferentes.
Edifício – Partido Arquitetônico
O projeto foi desenvolvido com o objetivo de produzir espaços de acolhimento e que auxiliem na reinserção dos refugiados na sociedade, além de conectar com o entorno e proporcionar a integração do usuário com o público (entende-se por usuário os refugiados e público as pessoas que frequentam o edifício) Para tal o edifício foi centralizado no terreno criando uma ampla praça de uso público, o que contribui para a integração com o entorno e população. A forma do edifício parte de dois módulos com diferentes medidas que rotacionados, a medida que se eleva, conectando apenas por um ponto onde será projetada a área de apoio – torre direita e a esquerda, nela estão localizadas os sanitários masculino, feminino, PCD e funcionários (este último determinado pelo código de obras de Ribeirão Preto para edifício com mais de 150m²). A edificação é composta por três pavimentos mais o térreo, sendo distribuídos de modo a criar cheios e vazios dando espaço a terraços em diferentes níveis, consequentemente gerando diferentes perspectivas do entorno. Os terraços são espaços de contemplação e curta permanência, composto por jardineiras no seu en-
92
Figura 89: Implantação. Fonte: Autora, 2020.
93
•
Pavimento térreo
A medida que a edificação se eleva os ambientes internos ficam mais privativos e restrito ao uso dos refugiados. É por este motivo que no térreo estão concentradas as atividades que envolvem os refugiados e o público. Com o intuito de não criar espaços ociosos terá apenas uma sala voltada para aulas e palestras, sala multiuso, composta por uma antecâmara onde será armazenado os instrumentos musicais como violão, por exemplo. As atividades desenvolvidas nessa sala estão voltadas para a reinserção e integração dos refugiados, no primeiro caso serão oferecidas aulas de português, cursos profissionalizantes e palestras; já para o segundo caso aulas de música, idioma (ensinado pelos refugiados). Ainda no térreo temos coordenação, secretária/
financeiro, copa, recepção, atendimento público e usuário, separados, como também sala de espera e espaço para exposição no corredor central e entre a coordenação e sala multiuso.
94
Figura 90: Pavimento térreo. Fonte: Autora, 2020.
95
•
1 Pavimento
No primeiro pavimento são dois blocos que não se conectam – um está na torre esquerda e o outro na direita, no primeiro estão os setores jurídico e saúde e no outro a cozinha, refeitório (uso privativo – usuários tendo como principal função aquecer as refeições que chegam pré-cozidas) e sala de informática/ estudos. No setor jurídico temos a defensoria pública, que representa os refugiados perante a justiça brasileira, sala de arquivos, secretária e sala de reuniões. Já na saúde temos duas salas para atendimento psicológico individual que, quando aberta a porta que separa o ambiente, dá origem a um espaço amplo para atendimento coletivo. Este bloco conta com uma pequena copa, recepção e áreas de espera. A sala de informárica é o unico local de acesso ao
publico. O acesso ao terraço é livre, acontecendo pela área de apoio. Neste terraço temos uma abertura zenital que porporciona iluminação e ventilação natural ao pavimento térreo. Há jardineiras em todo o seu perimetro externo seguida de um banco.
96
Figura 91: 1º Pavimento. Fonte: Autora, 2020.
97
•
2º Pavimento
No segundo pavimento está localizado o primeiro bloco de dormitórios, o único, além do térreo, que se conecta com as duas torres, nele estão localizados os dormitórios, sanitários com um box de bacia sanitária, uma cuba e um box de chuveiro para cada duas unidades de dormitório e um PCD unissex. Também conta com uma pequena copa com filtro de água, espaço de estar e convivência entre os refugiados. Além do espaço interno de convivência há um espaço mais reservado em cada dormitórios, ou seja, promove a convicnecia entre os refugiados mas proporciona momentos de privacidade, distanciamento respeitando as necessidades de cada um. Este bloco é de acesso exclusivo aos refugiados, não sendo liberado ao público. Neste pavimento temos dois terraços que não se conectam, pelo contrário ficam em lados opostos,
de acesso livre, com jardineiras centrais e em suas extremidades, ambas com banco. Este pavimento conta com uma abertura tanto na laje de piso, como na de cobertura que proporciona iluminalçao e ventilação.
98
Figura 92: 2º Pavimento. Fonte: Autora, 2020.
99
•
3º Pavimento
No terceiro pavimento da torre esquerda temos o segundo bloco de dormitórios, acesso exclusivo dos refugiados, também com sanitários privativos, copa, espaços de convivência interna e privativo nos dromitórios. Por outro lado, na torre direita está a área de apoio que dá acesso apenas para a área de terraço. O terraço deste pavimento tem as mesmas dimensões que o do 1º pavimente, a diferença é que há jardineiras centrais e uma pequena abertura zenital no centro do pilar que vem do térreo e sustenta o pavimento e essa abertura rasga o laje da cobertura e do piso.
100
Figura 93: 3º Pavimento. Fonte: Autora, 2020.
101
•
4º Pavimento
No quarto pavimento e último para a torre direita a área de apoio dá lugar a caixa d’água superior e lavanderia, não há terraço para a torre direita. Já na torre esquerda temos acesso ao último terraço da edificação.
102
Figura 94: 4º Pavimento. Fonte: Autora, 2020.
103
•
5º Pavimento
Neste pavimento temos apenas a caixa d’água e lavanderia da torre esquerda de acesso restrito aos funcionários e refugiados, sendo o acesso a caixa d’água exclusivo de funcionários.
104
Figura 95: 5º Pavimento. Fonte: Autora, 2020.
105
•
ESTRUTURA
Tendo como conceito o abraço, o partido representado por uma forma que remete ao bumerangue e uma volumetria com cheios e vazios, para manter a estética do balanço, a composição visual e a ideia de abraço/acolhimento foram utilizados laje nervurada, três paredes estruturais, toda em concreto, na área de apoio. Sendo utilizado pilar apenas no balanço do primeiro pavimento da torre esquerda e o segundo pavimento , estes localizados no centro no círculo que deu origem a forma, pois no terceiro e quarto pavimento utilizou-se tirantes. As lajes nervuradas para os terraços foram projetadas com 1 metro de espessura, com exceção do terraço do 1º pavimento, pois o mesmo não esta em balanço e por isso a laje é de 0,50 metros; nas áreas de apoio a laje é maciça de concreto armado com 0,30 metros de espessura. •
PAISAGISMO
Para o térreo o traçado foi elaborado de modo que converse com a volumetria do edifício, portanto o traçado surge de círculos concêntricos com raios que aumentam 1,25 metros e a origem destes círculos ora estão no centro das áreas de apoio, ora no centro dos pilares (aqueles que sustentam os pavimentos em balanço, não os internos no térreo). Como explanado anteriormente o terreno é plano o que produziu um muro de arrimo na divisa do lote com a rua Mariana Junqueira, com o intuito de tornar este desnível menos agressivo ao usuário foram trabalhadas jardineiras em diferentes alturas como se fosse uma escada. Os acessos estão localizados nas três faces do terreno, tendo dois na rua Mariana Junqueira e 1 em cada lateral, convidando e conectando o edifício com
o entorno. Já os acessos ao edifício são divididos entre funcionários/serviços e público/ refugiados, com dois acessos para o primeiro. Na tabela 2 estão indicadas as vegetações utilizadas no projeto e suas características. Além das jardineiras, o paisagismo no térreo conta com dois módulos, com piso diferente, destinado a exposições externas, apresentações ao ar livre, feira ou mesmo jogos de tabuleiro (quando a pessoa leva a mesa e as cadeiras). O único muro do terreno é revestido ora com toras de eucalipto de reflorestamento que vencem a altura do muro, ora revestido com trepadeiras. As toras estão posicionadas ao longo nos canteiros e as trepadeiras na ausência deles. Temos ainda dois módulos com espelhos d’água próximo à entrada principal e um canteiro central, que assim como as jardineiras nos cantos do bloco são revestidas com planta da amizade que remete a principal atividade desenvolvida no pavimento térreo que é a integração e reinserção. Nos pavimentos superiores temos jardineiras que contornam todo o limite dos blocos, quando contornam os ambientes proporcionam conforto térmico e quando localizada nos terraços funcionam como uma barreira de proteção extra e servem de apoio para bancos que contornam praticamente todo seu perímetro interno. Para estas jardineiras centrais foram trabalhadas vegetações com característica de forração ou folhagens. Além destas jardineiras os terraços contam com jardineiras centrais para cultivo de arbustos e que também possuem banco em seu limite. Para cada pavimento foi trabalhada um tipo de forração e de arbusto e no caso dos terraços do 2º pavimento cada bloco conta com um arbusto diferente. Nas forrações foram trabalhadas tipologias de folhagens e nos arbustos as cores de suas flores. Já
106
no paisagismo no térreo foram trabalhados arbustos com flores em tons tropicais e folhagens diversas.
TABELA DE VEGETAÇÃO Imagem
Nome popular
Hortência
Rabo de gato
Camarão amarelo
Camarão vermelho
Caetê redondo
107
Nome científico
Categoria
Altura
Hydrangea macrophylla
Arbustos
Até 1,2 metros
Forração
Até 0,4 metros
Arbustos
Até 1,2 metros
Justicia brandegeana
Arbustos
Até 0,9 metros
Goeppertia orbifolia
Folhagens, forração
Até 0,3 metros
Acalypha reptans
Pachystachys lutea
Imagem
Nome popular
Nome científico
Categoria
Altura
Planta da amizade
Pilea involucrata
Folhagens, forração
Até 0,6 metros
Azaléia
Rhododendron simsii
Arbustos
Até 1,2 metros
Escudo persa
Strobilanthes dyeriana
Folhagens, forração
Até 1,2 metros
Heuchera sp
Folhagens, forração
Até 0,9 metros
Arbustos
Até 0,6 metros
Folhagens, forração
Até 0,9 metros
Euchera
Escutelária da costa rica
Scutellaria costaricana
Marante cinza
Ctenanthe setosa
108
Imagem
Nome popular
Nome científico
Categoria
Altura
Peperômia
Peperomia caperata
Folhagens, forração
Até 0,3 metros
Cleome
Cleome hassleriana
Arbustos
Até 1,8 metros
Marianinha
Streptosolen jamesonii
Arbustos
Até 1,8 metros
Columéia-peixinho
Nematanthus wettsteinii
Folhagens
Até 0,3 metros
Sininho
Abutilon megapotamicum
Arbustos
Até 1,8 metros
Folhagens, forrações
Até 0,4 metros
Cóleus
109
Solenostemon scutellarioides
Imagem
Nome popular
Nome científico
Categoria
Altura
Hera roxa
Hemigraphis alternata
Folhagens, forrações
Até 0,3 metros
Tabela 2: Vegetação. Fonte: Autora, 2020,.
•
PGINAÇÃO DE PISO
Para a área externa no térreo será trabalhado o piso intertravado retangular que auxilia no escoamento das águas pluviais e piso cerâmico decorado Embramaco nos espaços destinados a diversas atividades. Nos acessos o concreto na calçada avança um
pouco o lote criando a ideia de conexão integraNDO entre o lote e o externo. Para os demais pavimentos os pisos se diferem entre área de apoio, térreo e 1º pavimento e o 2º e 3º pavimentos, para os terraços foi pensado trabalhar o cimento queimado como acabamento. Os materiais estão listados na tebela 3.
TABELA DE REVESTIMENTO Imagem
Nome
Piso cerâmico mármore esmaltado
Dimensões
58x58 cm
Local
PISO - Área de apoio
110
Imagem
Nome
Piso cerâmico mármore esmaltadoCapri bege
111
Dimensões
54x54 cm
Local
PISO - 2 e 3º paiventos e BHO dos mesmos
PAREDE - Copa e BHO 2º e 3º pavimentos
Piso cerâmico mármore esmaltado Unigrês
54x54 cm
Piso cerâmico mármore esmaltado Viva cerâmica
58x58 cm
PAREDE - Sanitários área de apoio
Piso cerâmico madeira Cristofoletti
56x56 cm
PISO - térreo e 1º pavimento.
Piso cerâmico decorado Embramaco
50x50 cm
PISO - térreo, externo, espaço para feiras e atividades ao ar livre.
Imagem
Nome
Piso Cerâmico Interno Cimento Esmaltado Lounge Gris
Dimensões
56x56 cm
Local
PISO - área de esposição pavimento térreo
Piso Cerâmico Granito Esmaltado
56x56 cm
PAREDE - copa térreo e 1º pavimento.
Piso Intertravado Retangular
10x20x6cm
PISO - térreo externo
Tabela 3: Paginação de piso. Fonte: Autora, 2020,.
112
B
C
F18
F17
D
D
F18
F18
9.20
3.5 8
0.2 0
Exposição 6.95 m²
0.2 0
av im en to
7 6.0
5 1.5
5 0.1
1.2 5 0.1 5
6.0 8
1º ão oje ç Pr
A F17
-0.15
0.2 0
0 0.2
0.00
0.1 3.60 5
Atendimento Público 25.78 m²
ºP
6.04
0.00
0.2 4.32 0
Atendimento Refugiados 25.69 m²
Pa vim en to
0.1 5
0.00 Área de espera 45.12 m²
0 R 5.1
A F17
R 7.0 0
Exposição 6.42 m²
Espaço para atividades externas
Depósito de gás 0.1 5
Caixa d'água subterrânea
5.5 8
Financeiro/Secretária 27.04 m²
3.6 0
Anti-câmera/ depósito de instrumentos 20.08 m²
Recepção 8.04 m²
o tub ída r Sa usto a ex
Pr oje çã o3
0.1 5
1
RUA ÁLVARES CABRAL
F3
0 0.2
8 3.5
5 4.8 5 0.1
16 .43
Sala Multiuso 47.27 m²
0° 5.0 13
Copa 20.07 m²
8.6 0 135.00 °
°
5 0.1
Coordenação 19.34 m²
00 13 5.
-0.15
0 3.6
Exposição 31.50 m²
5.0 0°
.43 16
5 0.1
13
Depósito de lixo
Espaço para atividades externas
5 0.1
0 3.6
-0.15
0.1 5
Saída tubo exaustor
0.25
0.35
0.85
0.85
Pr oje çã o
2º
Pa vim en to
0.35
0.59
1.28
S
N
C
B F18
0.85
R am
0.77
S
RUA MARIANA JUNQUEIRA
F17
Área permeável
1. Térreo - Planta técnica 1 : 300
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 113
0.35
pa
a mp Ra
1.35
d'água
Pr oje çã o1
-0.15
0.35
ua Espelho d'ág
ºP av im en to
Espelho
Planta térreo 1 Escala 1:300
RUA TIBIRIÇA
Caixa d'água subterrânea
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 01/37
C
B
F17
F18
D
D
F18
F18 9.20
6.70
Espera 9.16 m²
9 8.4 0 0.5
6.0 8
1 6.3
ºP av im en to
R7 .03
R 6.32
RUA TIBIRIÇA
0.1 5
Ver det. 2/4 F32
0 0.2
3 7.0
Defensoria Pública 30.15 m²
Pr oje çã o2
Sala de informática/estudos 139.55 m²
R
3 7.0
5 0.1
3 3.7
4.30
Solarium 26.05 m²
Sala de Arquivos 26.12 m²
R 6.34
0 0.2
Solarium 24.48 m²
0.2 0
3.6 0
5 0.1
Viga de Concreto
0 0.2
0.1 5
0.1 5
A
Ver det. 1/3/5 F32
Sala de Reuniões 29.99 m²
R
Saída tubo exaustor
F17
Espera 9.12 m² Secretária 15.38 m²
0. 15
8 8.0
Viga de concreto
0.5 0
0.
5.10 .41 R6 15 0.
15
60 5.
F17
0. 20
4.28
R 5.87
4.
4.30
6. 70
R
22
4.28
R 5.75 R5 .08
A
8.5 9
6.3 5
0.
4.26
Saída tubo exaustor
Espera 12.21 m²
ºP av im en to
0. 20
12 .4 4
70 2.
1
0.5 0
0.2 0
Ver det. 1 F33 det. 1/2 F34
F3
0. 15
Banco
60 5.
0 0.2
15
0 6.4
15 0.
Recepçao 19.51 m²
4.30
Copa 18.03 m²
2 5 4.8 9.5 5 0.1
2 4.2
Sala de Arquivos 18.05 m²
R 7.03 RUA ÁLVARES CABRAL
R
5 0.1
Atendimento Individual 29.76 m²
22 .1 0
8 0.5
Atendimento Individual 29.73 m²
R 7.03 R5 .86
Jardineira
1 .7 21
Pr oje çã o3
21
.81
22
.35
Planta 1º pavimento Escala 1:300
N C
B
RUA MARIANA JUNQUEIRA
F17
F18
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 02/37 114
B
C
F18
F17
5. 25
R 5.78
Saída tubo exaustor
Pr oje çã o3
A
5 0.1
0.1 5
5 4.8
6.1 0 0.1 5 3.7 3
ºP
av im en to
Dormitório 27.96 m²
F17
0.1 5
F3 1
3.2 0
2º pa vim en to
0.1 5
5.3 0
7. 03
F17
r Ve 7 F2
BHO PCD 12.53 m²
1 4.8
Dormitório 23.99 m²
6.1 0
5 4.8
Espaço de Convivência 48.31 m²
0.1 5
7.18
4 4.0
8.56
BHO Masculino 25.06 m²
t. 1 de
4 2.5 5 1 . 0
Terraço jardim 2º pavimento
5 0.1
5 0.1 3 5.4
0 0.2 4 3.1 7 5.4
R 7.03 R6 .33
8 5.7
R
8.60
Dormitório 29.90 m²
6.1 0
0.1 5
0.1 5
Copa/Convivência 34.16 m²
Ver det. 3 F25
A
Dormitório 21.80 m²
R
R 5.78 .33 R6
BHO Feminino 27.31 m²
5. 78 R 5.08
131.14°
Ja rdi m
5.3 9
Te r ra ço
R
Dormitório 17.50 m²
5.91
Dormitório 18.43 m²
0.1 5
5 0.1 5 0 1 6 0. 3.
8.58
5 0.1
0. 15
4 5.0
4.4 3
RUA TIBIRIÇA
8.58
Saída tubo exaustor
Ver det. 1/2 F36
5. 31
°
8 5.3
8.56
6.1 6
0 3.2
3. 35
14
RUA ÁLVARES CABRAL
2 5.3 Ver det. 1/2 F35
6. 33
R 7.03
5 0.1
R
3 6.3
R 5.78
R R7 .03
0. 15
5 0.1
Terraço Jardim
4.3 6 8.41
N
Planta 2º pavimento Escala 1:300
B
RUA MARIANA JUNQUEIRA
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 115
C F17
F18
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 03/37
C
B
F17
F18
15 0.
6.33
5 .8
15 0. Solarium 17.21 m²
6
A
8 .2
12.86
1 3.2 3 5.5
3.2 1
15 0.
F17
6 5.1
2.5 5 0.2 0
5 0.1
4
4.8 5 0.1 5
F17
15 0.
Convivência 31.58 m²
5.7 3 0 .15
22 .26
A
Ver det. 1 F24
Saída tubo exaustor
BHO PDC 12.54 m²
0.1 5
BHO Masculino 24.00 m²
12.90
Pa vim en to
RUA TIBIRIÇA
1
1º
BHO Feminino 23.74 m²
Ve F2 r det 2 .
Ja rdi m
Dormitório 21.95 m²
Dormitório 21.69 m²
Copa 14.81 m²
Convivência 16.00 m²
R 6.33
Te rra ço
3 R 7.0
Dormitório 23.37 m² 1 F3
RUA ÁLVARES CABRAL
Dormitório 23.71 m²
7. 03
Dormitório 21.23 m²
15 0.
0.1 5
Dormitório 21.71 m²
R
85 4.
2 .5 21
Terraço 2º Pavimento 0.1 5 4.8 5
Terraço jardim 3º pavimento 4.9 6
5 0.1
o jardim Terraç mento vi 2º ppa 0.1 5
Ver det. 1/2 F35
Terraço jardim 2º pavimento
Jardineira
Ver det. 1/2 F37
N
Planta 3º pavimento Escala 1:300
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
C B
RUA MARIANA JUNQUEIRA
F17
F18
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 04/37 116
C B
F17
F18
R
17.18 17.20
17.20 Ver det. 1/2 F35 Viga Estrutural ço rra Te
A
vim Pa
Projeção Caixa d'Água
6 7.0
Ab e So rtura lar ium
Lavanderia Coberta 20.40 m²
61 ° .95
im rd Ja
4º
to en
A
5 2.8
F17
RUA TIBIRIÇA
03 7.
R6 .32
Saída tubo exaustor
R 6.33
R 7.02
R 1.53
3 R 1.5
RUA ÁLVARES CABRAL
Terraço jardim 1º pavimento
F17
Lavanderia Parcialmente Descoberta 29.24 m²
Terraço jardim 3º pavimento
Terraço jardim 2º pavimento
Terraço jardim 2º pavimento
N
Planta 4º pavimento Escala 1:300
5. 4ºPavimento - Planta técnica 1rojeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados P 117
RUA MARIANA JUNQUEIRA
B
C F17
F18
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 05/37
C F17
Tir an te
22°
Projeção caixa d'água superior
Ti ra nt
21.50
Acesso caixa d'água A
31.44°
A F16
Lavanderia parcialmente descorbeta 32.74 m²
10
21.50
Lavanderia 20.41 m²
F16
° 53 1.
Acesso área de serviço
RUA TIBIRIÇA
Ti ra nt
e
Tir an te
e
. 112
° .63 50
RUA ÁLVARES CABRAL
B F16.1
° .19 64
N
Planta 5º pavimento Escala 1:300 Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
C
RUA MARIANA JUNQUEIRA
F17
B F16.1
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 06/37 118
LEGENDA PAISAGISMO LEGENDA PAISAGISMO
Azaléia Azaléia
Caetê redondo Caetê redondo
Cimento queimado 8
4.2 2
4.2
5.5
3.6
0
7
Camarão amarelo Camarão amarelo 8.6 0
7
RUA ÁLVARES CABRAL
5.5
0
Cleome Cleome
5.5 8
3.6 4.8
7 4.2
2
2
RUA TIBIRIÇA
4.2 7
7
ºP av im en to
4.2
Coléus Coléus Escudo persa Escudo persa Escutelária da costa rica Escutelária da costa rica
RUA TIBIRIÇA
6.0 8
Rabo de gato Rabo de gato
4.3 3
av im en to
3.6 0
ºP
6.0
2
Pr oje çã o3
5
5.5
Pr oje çã o3
4.8
4.3
RUA ÁLVARES CABRAL
5.5 8
Camarão vermelho Camarão vermelho 3.6 0
7
Euchera Euchera Hera roxa Hera roxa Planta da amizade Planta da amizade
9 8.6
7
ºP av im en to
6.1
Pr oje çã o1
6.2 3
5
6.2 3
6.1
Hortência Hortência
7
6.0 8
4.2
N
Pr oje çã o2
Pr oje çã o
2º
ºP av im en to
Maranta cinza Maranta cinza Marianinha Marianinha
Pa vim en to
Peixinho Peixinho
S
N
S
Peperômia Peperômia Sininho Sininho
Vegetação existente
Planta 1º pavimento layout/paisagismo 2. 1:300 1º Pavimento - Layout/Paisagismo Escala
1
RUA MARIANA JUNQUEIRA RUA MARIANA JUNQUEIRA
1 : 300
Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados Térreo - Projeto: Layout/Paisagismo
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 08/37
300
120
LEGENDA PAISAGISMO LEGENDA PAISAGISMO Azaléia Azaléia
Caetê redondo Caetê redondo
5.5
3.6
Camarão amarelo Camarão amarelo
0
7
Camarão vermelho Camarão vermelho
7
0
Cleome Cleome
Cimento queimado
Cimento queimado
4.8
60 3.6 .08
4.3 3
RUA TIBIRIÇA
4.9 0 4.9 0
5.6
4.8
5.5 8
1
4
3
0
.85
4.9
6.1
4.9
Pa vim en to
2.5
Hera roxa Hera roxa Planta da amizade Planta da amizade
Maranta cinza Maranta cinza Marianinha Marianinha
Espaço de Convivência 48.31 m²
Peixinho Peixinho
N S
Euchera Euchera
4
0
4.9 0
ºP av im en to Pr oje çã o1
6.1
2º
Escudo persa Escudo persa
Hortência Hortência
1
5
Pr oje çã o
Coléus Coléus
Escutelária da costa rica Escutelária da costa rica
7
6.1 0
5
7
av im en to
av im en to
ºP
4.8
7
Rabo de gato Rabo de gato
4.8
6.0
2
ºP
5
4.3
Pr oje çã o3
4.8
7
Pr oje çã o3
RUA TIBIRIÇA
5.5 8
3.6
5.5
RUA ÁLVARES CABRAL
3.6 0
5.5
RUA ÁLVARES CABRAL
5.5 8
8.6 0
Peperômia Peperômia
S
N
Sininho Sininho
Vegetação existente
Planta 2º pavimento layout/paisagismo Escala3. 1:300 2º Pavimento - Layout/Paisagismo
1
RUA MARIANA JUNQUEIRA RUA MARIANA JUNQUEIRA
1 : 300
Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 1. Térreo - Projeto: Layout/Paisagismo 1 : 300
121
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 09/37
LEGENDA PAISAGISMO
LEGENDAAzaléia PAISAGISMO Azaléia
Caetê redondo
Terraço 2º Pavimento
5.5
6.0
1
4 5.9
Caetê redondo Camarão amarelo
3.6
4 4.8
0
Camarão amarelo Camarão vermelho
7
Terraço Jardim 1º Pavimento 8.6 0
5.5 8
0
9
3.6
RUA TIBIRIÇA
5 4.8
4.8
5
5 4.8
9 6.0
RUA ÁLVARES CABRAL
4.8
7
7
5.5
2 4.8
4.8
8 4.9
5.5
4.8
5
av im en to
Escutelária da costa rica Euchera
RUA TIBIRIÇA
6.0 8
Coléus
4.3 3
ºP
Rabo de gato Coléus
Escudo persa Escutelária da costa rica
5
2.5
Cleome Rabo de gato
Escudo persa
2
Pr oje çã o3
7 4.3
6.0
1
5
4.9
4.8
6.0
1
7
RUA ÁLVARES CABRAL
5.5 8
Camarão vermelho Cleome
3.6 0
Euchera Hera roxa Hera roxa Planta da amizade Planta da amizade Hortência Hortência
Pr oje çã o1
Terraço 2º Pavimento
ºP av im en to
Maranta cinza Pr oje çã o
2º
Jardineira
Pa vim en to
Marianinha Peixinho Peixinho Peperômia
N
S S
Planta 3º pavimento layout/paisagismo Escala 1:300 4. 3º Pavimento - Layout/Paisagismo
1
1 : 300
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados Térreo - Layout/Paisagismo
300
Maranta cinza Marianinha
Terraço 2º Pavimento
N
RUA MARIANA JUNQUEIRA
Peperômia Sininho Sininho
Vegetação existente
RUA MARIANA JUNQUEIRA
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 10/37 122
LEGENDA PAISAGISMO LEGENDA PAISAGISMO
Azaléia Azaléia
Caetê redondo Caetê redondo
5.5
3.6
Camarão amarelo Camarão amarelo
0
RUA ÁLVARES CABRAL
5.5 8
3.6 0
5.5 7
Cleome Cleome
RUA TIBIRIÇA
5
av im en to
RUA TIBIRIÇA
6.0 8
Coléus Coléus
Escutelária da costa rica Escutelária da costa rica
4.3 3
ºP
2
Pr oje çã o3
Rabo de gato Rabo de gato
Escudo persa Escudo persa
7 4.3
6.0
7
4.8
0
5.5 8
3.6
5.5
RUA ÁLVARES CABRAL
7
Camarão vermelho Camarão vermelho
8.6 0
Euchera Euchera Hera roxa Hera roxa Planta da amizade Planta da amizade
Pr oje çã o1
ºP av im en to
Hortência Hortência
N
Planta 4º pavimento layout/paisagismo Escala 1:300 5. 4ºPavimento - Paisagismo 1 : 300
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 1. Térreo - Layout/Paisagismo 1 : 300
Maranta cinza Maranta cinza 2º
Marianinha Marianinha
Pa vim en to
Peixinho Peixinho
S
1
Pr oje çã o
123
N
S
Sininho Sininho
Vegetação existente
RUA MARIANA JUNQUEIRA
RUA MARIANA JUNQUEIRA
Autora: Fernanda Sala Augusto
Peperômia Peperômia
Conteúdo: Planta
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 11/37
P4
P3 TE-1
TE-9
31.25°
45.95°
° .56 28 TE-8
P5
Sanitário PCD 4.09 m²
DML 3.22 m²
11 10 9
11.25°
8
Sanitário Masculino 15.93 m²
7
5
4 3
11.2 5°
1
24
R 1.
Elevador de serviço 2.67 m²
22 21 20 19 18 17
4
00
5 6
Sanitário Masculino 15.92 m²
7 8 9 16
15
14 13
12
11
10
Monta carga 2.43 m²
4°
° .63 50
8.4
DML 3.23 m²
Sanitário Feminino 16.03 m²
° .95 45
Sanitário Func. Masc. 2.55 m²
2
Sanitário PCD 4.10 m²
P6
3
23
P10 6
2
11.23°
12
TE-7
Elevador Social 3.26 m²
Monta carga 2.53 m²
1
50.6 3°
24
R 2.75
20 21 22 18 19 23
37.71°
17
50.81°
9.71° 11.38°
16
50 4.
15 14 13
R
Sanitário Feminino 16.03 m²
R
Elevador Social 3.30 m²
9°
9.84 °
Elevador de serviço 2.69 m²
P11
2 9 .6
Sanitário Func. Fem. 2.43 m²
TE-2
6. 95
9.8
4°
10
.1 3°
1° .7 37
50.9 1°
34 .50 °
° .81 50
31 .2
5°
° 44 8.
TE-3
P7
TE-6
28.5
29.6 9°
° 34.50
1° 50.9
6°
P9 TE-4
TE-5
1
P8
Det. Torre Esquerda
2
1 : 125
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Det. Torre Direita 1 : 125
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 12/37 124
C B
F17
F16.1 P1 D
D
F16.1
TE
TF
35.6 9°
1° 35.6
F16.1 TG
TD
5 3.7
TC
P4
TH
8.7 5
P2
T.H
T.G
0 2.5
TA
P1
P5
3.7 5 3.7 5
0 2.5
P7
RUA ÁLVARES CABRAL
.00 R7
5 3.7
TB
53. 21°
5 3.7
2° 35.6
145.4 5°
75
3.7 5
75
3 .7 5
5.
3.
A
3.7 5
50
F16
T7
3.
75
T1
T8
2°
2.
9° 36.7
F16
50
34.5
2.
P2
P6
RUA TIBIRIÇA
R5 .10
P7
A
35.6 9°
T2 P8
P9 T5
Pr oje çã o1
T3
ºP av im en to
4.
50
4 .5 0
T6
T4
N
Planta estrutural térreo Escala 1:300
1. Térreo - Estrutura 1 Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados Projeto: 125
B F16.1
Autora: Fernanda Sala Augusto
C
RUA MARIANA JUNQUEIRA
F17
Conteúdo: Planta Estrutural Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 13/37
C
B
F17
P1
F16.1
D
1K
D 1J
F16.1
7 0.6
1I
1H
0. 67
9° 35.0
5 4.4
42.2
1F
3°
12 .6 4
5 4.4
1E
1M1N
0. 67
R
7 0.6
34.5
P2
1O
A
3°
A
4°
.73° 143
28.3
1A
3.8 4
1B
2.4 0
1C
RUA TIBIRIÇA
94° 48.
RUA ÁLVARES CABRAL
1L
7.0 3
1D
F16.1
F16
F16
60 .62 °
5 3.7
1.1
Viga de concreto 1.2
0 7.1
.11 R7
R 0.6 7
7 0.6
5.0 9 1.3 1.4
1.13
35.7
1.2 5 1.5
1.6
1.7
1.2 5
.62 12
2°
5.0 9
1.12
N
7 0.6
0.6 7
1.11 1.10
1.8 P1
1.9
Planta estrutural 1º pavimento Escala 1:300
1º Pavimento Projeto:2. Centro de Acolhimento-eEstrutura Reinserção para Refugiados
B
RUA MARIANA JUNQUEIRA
C F17
F16.1
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta Estrutural Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 14/37 126
B
C
F16.1
F17
P1
2G 2F
0.6 7
1° 37.4 2I
1.91°
2 .5 0
14 .03
2J
2K 2L
RUA TIBIRIÇA
0.6 7
2A
8° 36.6
A
2B
0°
2D
5 .0 8
RUA ÁLVARES CABRAL
2C
.03 14
33.6
5 .0 7
2E
2H
34.3 3°
126 .51 °
P2
P2 A
F16
F16
98 4. 69 2. 08 1.
3 .8 6 3 .7 5
2,7
0°
N
2.4 2.3
Planta estrutural 2º pavimento Escala 1:300
2.8 2.9
4° 35.3 35.5
2.2
2.11
98 4.
Espaço de Convivência 48.31 m²
2.1
2.10
2.5 P1
B
RUA MARIANA JUNQUEIRA
C F17
F16.1
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 3. 2º Pavimento - Estrutura 127
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta Estrutural Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 15/37
C
B
F17
F16.1 3H
7° 3 8 .3
3I
67 0.
3.6
06 5.
3G
3J 3K
00 5.
3L
5.0 8
3.5
25 1.
0.6 7
3F
51. 63°
1.2 5 1.2 5
RUA TIBIRIÇA
5.0 7
31.46 °
0.6 7
3B
P2 A
5.0 0
F16
3.1
4°
RUA ÁLVARES CABRAL
3A
.5 58
F16
3N
67 0.
A
3.4
09 5.
3C
3M 43 6.
25 1.
3D
3E
2.7 3 3.2
3.3
N
P1
Planta estrutural 3º pavimento Escala 1:300
4. 3º Pavimento - Estrutura
1 1Centro Projeto: : 300de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
C B
RUA MARIANA JUNQUEIRA
F17
F16.1
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Planta Estrutural Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 16/37 128
Sanitário Fem. 17.20
Sanitário Fem.
Lav. parc. descoberta
20.50 19.30
17.20
Caixa d'água
17.20
Sanitário Fem.
San. Fem.
12.90
8.56
Sanitário Fem.
4.30
Sanitário Fem.
Dormitório
San. Fem.
8.60
A
4.28
Corte AA
San. Fem.
1 : 300
San. Fem.
Atend. Refugiados
Dormitório
Dormitório
Sanitário Lav. Fem. Coberta
8.56
Sanitário Fem. San. Masc.
4.30
8.60
San. Fem.
San. Fem.
4.28
12.90
Sanitário Fem.
RUA ÁLVARES CABRAL
Dormitório
Sanitário Fem.
A
San. Fem.
12.90
21.50
Sanitário Fem.
RUA ÁLVARES CABRAL
Caixa d'água
17.20
San. Fem.
Atend. Refugiados
San. Masc.
San. Masc.
4.30
San. Masc.
RUA TIBIRIÇA
Corte AA 1 : 300
Lavanderia Parcialmente Descoberta
Lavanderia Coberta
17.20
12.88
Lavanderia Parcialmente Descoberta
Lavanderia Coberta
8.56
8.58
17.20
4.30
4.28
4.30
12.88
Rua Mariana Junqueira -0.02 8.56
8.58
4.30
4.28
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
-0.02
129
Corte CC
4.30
1
Autora: Fernanda Sala Augusto
Corte CC 1 : 300
Rua Mariana Junqueira
Conteúdo: Cortes
Projeto: Centro de Acolhimento, Reinserção e Integração par Escala: Indicada
Refugiados
Data: 20/11/2020
Autora:
Folha: 17/37
Fernanda Sala Augusto
Folha:
25.50
Caixa d'Água 23.50
Lavanderia 21.50
San. Masc.
San. PCD
San. Masc.
San. Masc.
San. Masc.
San. PCD
12.90
San. PCD
8.56
San. PCD
Solarium
Rua Mariana Junqueira
San. Masc.
1.38
0.00
B
4.30
4.30
San. PCD -0.15
Corte BB 1 : 300
10.52
16.64
10.42
16.64
10.52
11.04
Eucalipto de reflorestamento 2.80
11.08
17.20
D
Corte DD - muro fundo 1 : 300
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Cortes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 18/37 130
Fachada 1 Fachada 1 Escala 1 1:300 1 : 300
Fachada 2 Escala 1:300 Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 131
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Fachadas
Escala: Indicada
2
Fachada 2 1 : 300
Data: 20/11/2020
Folha: 19/37
Fachada 3 Escala 1:300
Fachada 4 Escala 1:300
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados Fachada 2 1 : 300
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Fachada
4
Escala: Indicada Fachada 4 1 : 300
Data: 20/11/2020
Folha: 20/37 132
Acesso casa de máquinas
Acasso caixa d'água Jardim
0.05
Tampa
Tampa
0.20
Jardim -0.15
-0.60
4.40 0.20
4.00
Projeção limite jardim
2.00
Caixa d'água
1.00
0.20
1.00
4.60
Acesso caixa d'água
Caixa d'água subterrânea 1 : 75
0.20
Acesso cobertura
0.20
0.20
Casa de máquinas
Acesso caixa d'água
0.20
0.20
2.80
1.00
0.20
CAixa d'água
Projeção tampa
1
Ampliação caixa d'água subeterrânea
Barrilete
1 : 75
3
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 133
1.90
4.40
Autora: Fernanda Sala Augusto
Detalhe caixa d'água superior 1 : 75
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 21/37
0.20
Acesso casa de máquinas
1.01
1.00
0.20
Projeção tampa
90 .0 0°
2
4.60
0.20
2.80
0.20
2.99
0.20
-2.70
1.00
0.20
0.20
0.70
2.10 0.92 0.92
0.98
0.92 0.92 0.98
2.20
2.08
0.39
0.90
2.52
1.21
4.73
2
1
0.92
2.44
1.20
4.85
Vista 1
3
1 : 50
Vista 2 1 : 50
Ampliação Sanitários 3º Pavimento
1 : 75
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 22/37 134
1.62 0.76
0.04 0.58
Barra de apoio vertical
3.00 0.49
0.49
Vista 3 1 : 50
0.35
1.47
0.53 4.91
2
3.00
0.07
0.62
Barra de apoio vertical
Barra de apoio vertical
0.70 0.57
0.30 0.12
0.98
0.48
0.11
Vista A 1 : 50
Assento
1.70
0.85 2.55
4 Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 135
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Vista B 1 : 50
Data: 20/11/2020
0.14
0.46
3.00
0.46
0.50
0.46
0.85
0.46
1 : 50
Folha: 23/37
0.48 0.23
0.47
Vista C
Barra de apoio vertical
0.60
3
0.07
0.73
0.51
0.60
Barra de apoio horizontal fixa
4.91
1
Barra de apoio horizontal
0.48 0.23
0.35
0.14
Barra de apoio horizontal
Barra de apoio vertical
2.55
0.46
3.00
1.00 0.29 0.30
3.00
0.43
1.07
0.10
0.94
0.90
1.58
0.93
0.40
0.48
4.98 2.06
0.92
1.09
0.52
0.28
3.00
2.20
0.92
1.75
0.60
0.60
0.84
1.06
4.85
Vista M-3A
2
1 : 50
1.34
0.82
0.82
3.00
0.70
1.40
0.90
0.92
1.08 0.54
4.98
1.00
0.87
0.82
1.75
4.98
1
Ampiação BHO Masc. 3º pav.
3
1 : 50
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Vista M-3B 1 : 50
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 24/37 136
4.94
4.85 0.25
2.22
0.58
0.63
1.28
0.92
0.92
0.92
0.92
2.10
3.00
0.10
0.70
0.10
1.17
1 : 50
1.00 1.10
3.00
0.90
1
Vista M-3C
0.91
2.52
0.92
0.94
0.92
0.25
0.60
0.60
0.60
6.10
3
Vista M-3D
Ampliação BHO Feminino 2º PAv. 1 : 50
1 : 50
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 137
0.92
0.41
4.79
2
0.92
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 25/37
0.39
0.10
1.00
0.53
1.10
3.00
0.91
0.70 1.40 0.28
3.00 1.21
1.62
1.50
0.39
1.25
0.60
0.60
0.60
0.71
0.92
0.92
0.45
6.10
5.58
Vista 2.1
2
1 : 50
Vista 2.2 1 : 50
0.53
0.28
2.10
3.00
3.00
2.20
0.90
1
0.92
0.46
0.92
0.92
0.92
1.74
4.94
3
Vista 2.3
4
1 : 50
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Vista 2.4 1 : 50
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 26/37 138
0.10 0.70 0.10
Assento
0.26
0.12
0.24
2.00
0.83
3.00
1.00
Barra de apoio vertical
0.48
0.70
2
1 : 50
0.92
0.90
P10
Vista 2A
0.80
0.92 0.92
P10
1.69 2.53
4° 33.8
P10
0.92
0.84
1
139
0.11
0.86
1.42
0.10 4.93
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
0.85 0.10 0.26 0.49
1.49
1 : 50
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Barra de apoio horizontal
Barra de apoio fixa
Ampliação Sanitário Masc e PDC 2º Pav.
3
Barra de apoio vertical
Barra de apoio vertical
Barra de apoio vertical
Barra de apoio horizontal
0.80
0.07
0.68
P10
Barra de apoio vertical
3.00
P10
0.87
0.86
0.48
3.01
0.41
1.45
P10
Vista 2B 1 : 50
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 27/37
0.44
0.52
0.90
0.70
0.10
0.10 0.70 0.10 1.10
2.10
2.20
3.00
3.00
3.00
1.00
1.45 3.01 0.67 0.81
0.08
Barra de apoio vertical
Barra de apoio vertical
0.48
0.38
1
0.91
0.95
0.88
2.48 1.19
5.60
Vista 2C
2.41
1.21
4.81
1 : 50
Vista M2.1
Vista M2.2
3
1 : 50
1 : 50
0.52
0.28
3.00
2.20
2
3.41
0.85
0.88
0.46
1.44
0.60
5.60
4
Vista M2.3
5
1 : 50
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
0.60
0.60
0.44
3.68
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Vista M2.4 1 : 50
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 28/37 140
9.3 1°
13
36 2.
4° 11.9
6.66°
12.19°
11 .2
11.54°
3°
10.7 4°
7° .1
2° 7 .1
9.7 8°
9.0 8°
3 2.1
3 3.3
0.3 8
2.38
9. 86 °
0.8 3
0.1 2
° 00 7. 81 5.
1
° .24 11
10 .13 °
Det. Sanitário acessivél 1 : 50
1 1 .2
9.84 ° 9.84° 5.84
2
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 141
9.84°
8°
11.25°
3° 101.5
Vista BHO Fem./Mas. área de apoio 1 : 50
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 29/37
1.40 0.38
0.53 1.50
0.12
0.58 0.08
0.11
Vista BHO Acessivel 1-A 1 : 50
3.00
0.37
0.07
2
1.06 1.50
Vista A1
1 : 50
1 : 50
D
3.00
0.15
0.73 0.15 0.72
2.10
1.40
3.00
3
Vista BHO Acessivel 1-B
0.75
1
0.30
0.24
0.80 0.53
0.75
0.20
0.05
0.17
Barra de apoio horizontal
Barra de apoio horizontal
3.00
2.18
2.12 3.00
Barra lateral fixa
4
Vista B1 1 : 50
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
5
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Vista A2 1 : 50
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 30/37 142
3.00
3.00
2.10
2.07
0.90
0.93 3.36
0.91 4.41 4.27
Vista C-1A
2
1 : 50
Vista C2 1 : 50
0.93
0.89
3.00
3.00
2.07
2.11
1
1.01 5.42
1.23
3.74 4.97
3
1 : 50
Autora: Fernanda Sala Augusto
1.30 5.57
Vista C3
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 143
4.28
4 Conteúdo: Detalhes
Vista C-TA 1 : 50
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 31/37
1.20
Rufo
1.00
0.02
Rufo
Rufo
0.02
0.02
Guardo corpo
Terra Parede de concreto
Seixo ralado
Impermeabilização
Parede de concreto
0.02
Alvenaria
0.20
0.50
Laje nervurada Ralo
0.10 1.00
Impermeabilização
0.56
Ampliação jardineira externa terraços Seixo ralado
4
0.15
0.67
Ralo
Laje nervurada
0.15 0.18
0.69
0.33 1.33
3
Rufo
0.67
0.08
0.85
0.44
1 : 50
Argamassa de caimento
Terra Reboco + pintura
1.03
1
Parede alvenaria
Jardineira
Parede de concreto
0.68
0.15
0.09
Parede de alvenaria
0.10
0.18
0.15
0.02
0.15
0.40
0.90
0.10 0.25 0.15
0.62
0.15 0.61
0.50 0.15
Banco
0.85
1.42
0.15
0.62
Parede de Alvenaria
0.15
Det. jardienrias dos blocos 1 : 40
Argamassa de caimento
Banco de madeira plástica
Det. jardineira externa terraços 1 : 40
Jardineira
Suporte para fita de led
Parede de alvenaria
2
Ampliação jardineiras dos blocos
Parede alvenária
1 : 50
5
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Det. Iluminação imbutida 1 : 10
Data: 20/11/2020
Folha: 32/37 144
3.18
6 0.9
° .12 18
17.60°
17.63°
17. 95°
1.1 8 1.2 5
5 1.2
° .12 18
5 1.2
17.63°
1.2 6 11 .10
5 1.2
Vidro
5 1.2
5 1.2
5 1.2
5 1.2
1.2 5 1.1 7
1.2 5
Viga
10 .88
.77 10
1.2 5 Jaridneira
1.2 5 Parede de alvenaria
1.1 7
9 1.2
1.2 5
1.2 5 1.2 5
Suporte vidro
5 1.2
5 1.2
1.2 5
1.2 5
5 1.2
5 1.2
1.2 5
0.9 6
3 0.7
5 1.2
1.2 5
17. 96°
2.00
5 1.2 .00 11
17.60°
1.2 5
17 1.
5 1.2
1.1 7 Jardineira
9 1.2
1
Ampliação abertura zenital
1 : 75
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 145
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 33/37
Chapa metálica para apoio dos montantes
0.46
0.05
Montante vertical 7x2 cm
0.15
0.25
0.25
0.15
Laje nervurada 1.10
Ralo 0.15
0.25
0.25
0.05
Ralo
0.05
0.05
Seixo ralado
0.05
0.54
Terra 0.54
0.05
Montante vertical 7x2 cm
1.10
Impermeabilização
0.05
0.46 0.10
Parede de alvenaria
0.06
1.15
0.55
Suporte horizontal vidro
0.05
0.05
Vidro temperado 1,5cm
0.15
2.70
1
Detalhe abertura zenital
2
1 : 20
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Detalhe veneziana 1:5
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 34/37 146
Parede de concreto
Parede de concreto
Madeira plástica
Jardineira Parede de concreto
Parede de alvenaria
0.10
0.15
0.23
0.15
Laje nervurada
Ralo
Seixo ralado
1.43
1.45
Impermeabilização
0.22
4.12
1
Jardineira 2º, 3º e 4º pavimento
1 : 75
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 147
Autora: Fernanda Sala Augusto
2
Det. jardineira 2º, 3º e 4º pavimento 1 : 25
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Parede de alvenária
Argamassa de caimento
0.15
Folha: 35/37
0.15
1.00
0.04
Suporte para fita de led
Suporte para fita de led
0.40
0.40
Parede de alvenária
0.04
Banco madeira plástica
1.00
1.9 0 R
3 R 1.5
.07 R2
0.56
0.56
Terra
Banco madeira plástica
0.10
1. 61
Jardineira
Parede de concreto 8 R 1.9
1. 61
Seixo ralado
0.15
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados
0.23
0.15
0.10
Banco madeira plástica
Jardineira 2º pavimento
1.00
Suporte para fita de led
Parede de alvenaria
1 : 75
0.56 0.40
Suporte para fita de led Parede de alvenaria
1
0.04
0.56
Banco madeira plástica
0.40
Parede de concreto
Impermeabilização
Banco madeira plastica
15
1.00
R 2.
Terra
0.04
R
1. 60
Parede de concreto
2
Laje nervurada
Argamassa de caimento
3.05
Parede alvenaria
0.15
0.23
0.15 0.10
4.29
Det. jardineira 2º pavimento 1 : 25
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 36/37 148
Banca madeira plástica Parede alvenaria Parede de concreto
Jardineira
33 1.
R0 .80
R
R 2.2 8
8 R 2.5
Parede de concreto
5.64 Abertura mezanino
0.47
0.15
0.80
0.15
4.07
1.25
0.00
1.25
0.15
0.80
0.15
Parede de concreto
Parede de concreto 0.56
Parede de concreto Jardineira
Banco madeira plástica
Impermeabilização
Jardineira
0.04
Suporte para fita de led
Banco madeira plástica Seixo ralado
Seixo ralado
Parede de alvenaria
0.40
1 : 75
1.00
1
Jardineira mezanino
Suporte para fita de led
Argamassa de caimento
Abertura zenital
Parede de alvenaria
Argamassa de caimento
Ralo
Ralo
0.39
2.81
0.40
3.60
2
Det. jardineira mezanino 1 : 25
Projeto: Centro de Acolhimento e Reinserção para Refugiados 149
0.47
Autora: Fernanda Sala Augusto
Conteúdo: Detalhes
Escala: Indicada
Data: 20/11/2020
Folha: 37/37
Laje nervurada
150
151
152
153
154
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS
155
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao analisar a temática dos refugiados, partindo da Segunda Guerra Mundial, nota-se que o problema tem se agravado cada vez mais e que está longe de ser solucionado, já que os países desenvolvidos não querem estrangeiros em seu território, tornando suas fronteiras mais rigorosa e seletiva, e os países em desenvolvimento não tem condições de atender e dar suporte a essas pessoas. Com a globalização o dinheiro e a mercadoria tem livre circulação por todo os países e as pessoas são cada vez mais deixadas de lado, vivendo em campos de refugiados que não tem a mínima intenção de reinseri-los na sociedade, mas sim em controlar e mantê-los vivos. O percurso até chegar ao país de destino na maioria das vezes é cruel e seletivo, nem todos que saem chegam ao destino final, já que os meios de locomoção geralmente são clandestinos e não dão garantia alguma. Quando chegam ao destino final o idioma acaba por dificultar a comunicação, não tem instituições esperando por eles, a grande parte vive ilegalmente e disputa espaço com a população de baixa renda. É de extrema importância que os governantes dialoguem entre si e comecem a trabalhar com a distribuição dos refugiados para diversas cidades e que tenha início a punição por guerras e conflitos, para que, consequentemente, o número de refugiados pelo mundo diminua, a qualidade de vida prevaleça e que nenhuma cidade ou pais seja sobrecarregado. A intenção de desenvolver o projeto de um Centro
de acolhimento e reinserção na cidade de Ribeirão Preto tem como justificativa descentralizar o fluxo da capital e distribuir para o interior, uma vez que Ribeirão Preto é uma das 15 mesorregiões do Brasil, ser local de referência para as cidades de sua região, tanto para estudo, trabalho, como para comércio. A escolha do lote no centro da cidade, mais especificamente no quadrilátero central, ocorre por este ser um local de grande importância, cultural e histórica, de muita circulação de pedestres, área rica em pontos de ônibus do transporte público que conecta com todos os outros bairros da cidade e esta próximo da rodoviária municipal. Mesmo o terreno já apresentando alterações em sua topografia, sendo todo plano, houve a preocupação em trabalhar melhor o desnível entre o lote e a Rua Mariana Junqueira, dando espaço a jardineiras em diferentes níveis compondo uma paisagem visual mais harmônica e convidativa. Com o intuito de trabalhar a arquitetura como mecanismo de inclusão social e cultural a proposta do edifício foi elaborada pensando na convivência entre o usuário e a saciedade, por este motivo no térreo foi projetada uma grande praça aberta criando conexão com o entorno. Os terraços são uma extensão da praça, em diferentes alturas e posições, proporcionando diversas experiências visuais. Diferente das referências projetuais abordadas, o edifício é aberto ao público, tendo os blocos de dormitórios como espaço reservado e privativo para os refugiados. Isso ocorre por ser muito importante a
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participação e conhecimento da população sobre a temática e nada melhor do que trazer a população para participar e fazer uso dos espaços propostos no projeto. Tanto o traçado do térreo, como as vegetações utilizadas em todo o projeto foi pensada com o objetivo de criar distintos espaços que produz diversas sensações, experiências e auxilia no conforto térmico do edificio. O uso da iluminação indireta está diretamente relacionada com a melhor percepção do entorno no período noturno, criando um ambiente mais aconchegante e acolhedor. Dessa forma, a composição volumétrica do edificio, com cheios e vazios, a conexão do mesmo com o entorno, o livre acesso ao terraços e praça no térreo, os ambientes destinados a troca de experiências e conhecimento, os espaços privativos e de convivência interna e o setor de assistência jurídica e de saúde são fundamentais para que haja o acolhimento e reinserção dos refugiados na sociedade de forma eficiente e em menos de tempo, pois a sociedade participa do edifício e convive com os refugiados quebrando barreiras e tendo mais consciente da problemática dos refugiados.
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APÊNDICE •
1º Estudo paisagismo/traçado térreo
Nesta figura temos o primeiro estudo para o traçado/paisagismo do térreo onde o edifico não esta centralizado e o traçado teve origem a partir de circulos concênctrico saindo apenas das duas áeas de apoio.
Figura 92: Primeiro estudo traçado paisagismo térreo.
O resultado foi um traçdo simples, com pouca circulação e sem simetria entre os lados direito esquerdo.
Área de apoio,
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•
2º Estudo paisagismo/traçado térreo
Já no segundo estudo o edificio foi centralizado no terreno e os circulos concêntricos saíram de vários pontos além da área de opoio. O rtesultado foi um traçado simétrico, com mais caminhos e diversos canteiros que, consequentemente, possiblita criar
Figura 93: Segundo estudo traçado paisagismo térreo.
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trabalhar um paisagismo com diferentes plantas e criar diversas paisagens. Neste traçado também foi trabalhao o desnivél com a rua Mariana Junqueira por meio de jardineiras em diferentes níveis.
Área de apoio.
Demais circulos.
• Questionário Questionário desenvolvido pela autora, distribuído e respondido por meio digital, tendo como finalidade a análise da compreenção do tema Refúgio, além de servir camo base para o desenvolvimento
dos espaços e atividades desenvoldidas no projeto e ser utilizado como uma justificadtiva para a implantação do centro de acolhimento na cidade de Ribeirão Preto.
Pesquisa para TCC - Refugiados Para efeito de pesquisa de campo de TCC de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), foi desenvolvido este formulário referente aos refugiados com objetivo de propor um espaço de acolhimento e interação. *Obrigatório
1.
Ao responder este formulário você concorda com o uso das respostas, anônimas, para comporem um banco de dados para pesquisa. * Marcar apenas uma oval. Aceito e Concordo
2.
Estado * Marcar apenas uma oval. São Paulo Outro:
3.
Cidade * Marcar apenas uma oval. Ribeirão Preto Outro:
160
4.
Idade * Marcar apenas uma oval. Até 18 anos De 19 a 25 anos De 26 anos a 35 De 36 a 45 anos De 46 a 65 anos Acima de 66 anos
5.
Sexo * Marcar apenas uma oval. Feminino Masculino Outro
6.
Escolaridade * Marcar apenas uma oval. Ensino fundamental Ensino médio Ensino técnico Graduação Mestrado Doutorado
7.
O termo refugiado é novo para você? * Marcar apenas uma oval. Sim Não
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8.
Se não, onde você já viu esse termo (refugiado)? * (pode selecionar mais de uma resposta)
Marque todas que se aplicam. Não conheço esse termo (para quem respondeu sim na resposta anterior) Jornais Redes Sociais Documentários Aulas (escola, curso, graduação) Outro:
9.
O que são os refugiados para você? * Marcar apenas uma oval. Pessoas sem condições financeiras Pessoas em busca de melhor qualidade de vida Pessoas em busca de emprego Pessoas que saem de seus países por vontade própria e sem motivos Pessoas que tem seus direitos básicos violados Outro:
10.
Na sua cidade tem refugiados * Marcar apenas uma oval. Sim Não Não sei informar
11.
Você já teve contato, conversou com um refugiado? * Marcar apenas uma oval. Sim Não
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12.
Você tem interesse em conhecer culturas diferente da sua? * Marcar apenas uma oval. Sim Não
13.
Você acredita na possibilidade de adquirir novos conhecimentos e experiências com refugiados? * Marcar apenas uma oval. Sim Não Talvez
14.
Qual a possibilidade de você oferecer aulas, cursos ou palestras para refugiados? * Marcar apenas uma oval. Alta Média Baixa Não tenho interesse
15.
Qual o assunto/tema você abordaria? * Pode ser escolhida mais de uma opção
Marque todas que se aplicam. Idioma - o básico para a comunicação (Português, inglês,... ) Dança Jogos de tabuleiro Música Pintura Desenho a mão livre Artesanato Culinária Meditação / Yoga Não tenho interesse Outro:
16.
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Qual seria a possibilidade de você participar de um curso, palestra ou aula ministrada por um refugiado? * Marcar apenas uma oval.
Artesanato Culinária Meditação / Yoga Não tenho interesse Outro:
16.
Qual seria a possibilidade de você participar de um curso, palestra ou aula ministrada por um refugiado? * Marcar apenas uma oval. Alta Média Baixa Não tenho interesse
17.
Em qual tipo de cursos, palestras ou aulas ministradas por um refugiado você participaria? * Pode ser escolhida mais de uma opção
Marque todas que se aplicam. Idioma Dança Jogos de tabuleiros ou selhantes Musica Pintura Artesanato Culinária Meditação / Yoga Não tenho interesse Outro:
18.
Qual valor você pagaria por mês, por atividade? * Marcar apenas uma oval. até R$200,00 de R$200,00 R$350,00 R$400,00 ou mais
19.
Você frequentaria um espaço dinâmico com refugiados? * Marcar apenas uma oval. Sim Não Talvez
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20.
O que você espera deste espaço? * Pode ser escolhida mais de uma opção
Marque todas que se aplicam. Exposições dos trabalhos desenvolvidos nos cursos Exposições sobre a cultura deles Apresentações musicais Apresentações de dança Espaço onde você possa interagir, participar Espaços contemplativos Outro:
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Formulários
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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justica.gov.br/seus-direitos/refugio/refugio-em-numeros>. Acesso em 20fev. 2020. PIOVESAN, Flávia. Refugiados e solidarismo global. O globo, n.30.019, 15/10/2015. Opinião, p.17 Disponível em<http://www2.senado.leg.br/bdsf/ handle/id/515852>. Acesso em 03 mar. 2020. POLÍCIA FEDERAL. Diretoria Executiva. Coordenação-Geral de Polícia de Imigração. Imigração Venezuela/Brasil. Disponível em <http://www.pf.gov. br/servicos-pf/imigra cao/apresentcao-policia-federal-ate-maio-de-2019>.Acesso em 15 abr. 2020. RAMIREZ, Andrés. A nova fronteira humanitária. O lobo, 12/03/2010, p. 7. Disponível em<https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/ id/420135/noticia.htm?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 02 mar. 2020. Refúgio no Brasil: a proteção brasileira aos refugiados eseu impacto nas Américas/ Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto, organizador. -1.ed. – Brasilia: ACNUR, Ministério daJustiça, 2010. SANTOS, Milton. Uma Globalização Perversa, In: Por uma Outra Globalização: do pensamento único à consciência universal. 6a ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
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