Conhecendo e saboreando a cultura brasileira. Deliciem-se nessa história! Ao longo de mais de 500 anos de história, a culinária brasileira é resultante de uma grande mistura de tradições, ingredientes e alimentos que foram introduzidos não só pela população nativa indígena, como por todas as correntes de imigração. Cada região do país tem sua peculiaridade gastronômica e sua culinária adaptada ao clima e à geografia, onde entende-se que a alimentação pode inclusive, fazer parte da alma de um povo. Daí a importância de reconhecer o caráter cultural e histórico dos hábitos alimentares. E é essa a ideia do nosso projeto: convidar todos a descobrirem este surpreendente universo de sabores, existente dentro de um único país, chamado Brasil!
Vamos nos deliciar nessa história? Você sabia que a história de um povo pode ser reconhecida de formas muito diversas e não tem a ver somente com a leitura de antigos livros e documentos empoeirados. O passado está presente nos locais mais incríveis de nosso cotidiano e não é preciso muito para reconhecer isso. Uma das maiores provas dessa afirmação está na cozinha, nos pratos que consumimos diariamente. O ato de comer não envolve uma simples questão de sobrevivência, mas também revela nossa história e um amplo conjunto de experiências vividas por nossos antepassados.
Me digas o que come... Que te direis de onde você veio!!! Feijoada, moqueca, churrasco, pirarucu, tutu de feijão, acarajé... a lista de pratos é extensa. Em comum, o fato de todos eles serem reconhecidos como receitas de sabor brasileiro. E não paramos por aí. A culinária nacional é também tipicamente regional. Cada parte do país possui seus próprios rituais à mesa. Comidas que são um sucesso do Norte ao Sul do nosso país. Apesar das diferenças, a origem é a mesma. Sabemos que a influência da culinária brasileira veio dos colonizadores e dos negros africanos, trazidos para trabalharem nas lavouras e engenhos de cana. Se a gastronomia brasileira tomou formas diferentes de acordo com os locais em que se estabeleceu, a história da gastronomia brasileira aponta um ponto unificador, independente da região: “A nossa comida tem um compromisso com o sabor forte.” Nas próximas páginas, você vai conhecer um pouco mais de alguns desses alimentos que formam a base de nossa culinária e quais as principais características, de acordo com cada região brasileira. Estão prontos? Então, deliciem-se nessa história!
Origem da culinária da região Sudeste A região Sudeste foi uma das primeiras regiões do Brasil a ter uma numerosa população. A região é a segunda maior do país, e é composta por 4 estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Como em tantas outras regiões do país, o que aconteceu no início, foi a mistura de três povos: portugueses, negros, e os índios que já estavam por ali. Mais tarde, e principalmente durante o século XX, novos imigrantes chegaram à região sudeste, trazendo novos hábitos alimentares aos povos que já moravam por ali. Nessa diversidade de sabores, muitas culinárias surgiram na região sudeste do Brasil como: o bolinho de chuva, o bolo de fubá, o pão de queijo, a feijoada, o virado à paulista e outras delícias. Agora, vamos saber a origem de um prato típico do sudeste brasileiro: o cuscuz. E será através dessa história, que você conhecerá um pouco sobre a história dessa região do Brasil.
A história do cuscuz O nosso cuscuz deriva do “couscous” africano, que surgiu na região do Magreb. O prato existe desde a época dos berberes, primeiros povos que habitaram o norte do continente africano. Há registros de que o cuscuz já era preparado dois séculos antes de Cristo. Depois dessa história toda, talvez você esteja se perguntando: afinal, que caminho o cuscuz fez para chegar ao Brasil? Segundo Luís da Câmara Cascudo, historiador da alimentação, a receita teria sido introduzida no Brasil no século XVI pelos portugueses. A receita parece ter evoluído através do chamado farnel de viagem, a refeição dos tropeiros. Nos séculos XVII e XVIII, os tropeiros costumavam carregar alimentos como farinha de milho, ovo cozido, cebolinha e banha de porco, tudo junto numa espécie de lenço, que amarravam e levavam a cavalo. Durante a viagem, a farinha de milho absorvia o caldo dos ingredientes, que se misturavam formando um virado. Mais tarde, ele foi chamado de cuscuz paulista! Em pouco tempo o prato ganhou outros povoados e cidades, chegando a Minas Gerais, que fez a sua versão cozida com queijo, torresmo e couve. Através dos tropeiros, o cuscuz evoluiu para a mesa das fazendas, aí já acrescido de outros ingredientes e feito na cuscuzeira de duas partes. Foi nas fazendas que ele adquiriu ares mais sofisticados, sendo introduzido frango ou peixe de água doce em sua receita. Não podemos nos esquecer da famosa sardinha em lata, presente sempre em todo bom cuscuz que se preze. Esta só começou mesmo a ser usada na Segunda Guerra Mundial, época de escassez de alimentos frescos e da abundância de comida enlatada. Foi mais para frente que se resolveu adicionar o requinte do camarão.
Origem da culinária da região Sul O Sul do Brasil é formado pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A culinária sulina é repleta de influências de diversos povos europeus que vieram para o Brasil, principalmente alemães e italianos. Devido às diversas influências europeias, as receitas dessa região utilizam os mais variados ingredientes, tais como: vinhos, peixes, frutos do mar, carnes defumadas e linguiças. Nessa diversidade de sabores, alguns pratos típicos merecem ser degustados como, por exemplo: o churrasco, o arroz de carreteiro, o barreado, a tainha recheada, a torta de maçã, o bolo de pinhão, entre outros.
Receita
Antes de conhecermos a receita escolhida da região Sul, vamos saber sobre o principal ingrediente dessa culinária?
A história do pinhão O pinhão é nativo da mata atlântica do sul do Brasil – Paraná (estado com maior área de araucárias), Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os pinhões espalham-se por cerca de 50 metros a partir da planta mãe (araucária). Esta planta é difundida principalmente pela fauna, sendo a gralha azul, a cotia, a paca, o camundongo, o esquilo e o papagaio-depeito-roxo, os grandes semeadores de longas distâncias.
Você sabia? => Os pinhões já foram uma das principais fontes de alimentação de tribos indígenas da região Sul. => O tipo de gordura existente no pinhão é denominado “gordura boa” (insaturada) de mais fácil digestão que as da carne (saturadas). => No município de Lages, em Santa Catarina, a paixão pelo pinhão é tão grande que existe até um evento anual para homenagear a semente da araucária: a Festa do Pinhão.
Origem da culinária da região Nordeste O Nordeste do Brasil é formado pelos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. A culinária nordestina foi formada pela influência das culinárias portuguesa, indígena e africana. A mistura de sabores e temperos iniciou durante o período colonial, quando os portugueses chegaram ao Brasil e trouxeram mais tarde os africanos para trabalhar aqui como escravos. A culinária nordestina é marcada por temperos fortes e apimentados. Carne seca, peixes e frutos do mar são presenças obrigatórias. Os pratos típicos são: moqueca, vatapá, buchada de bode, acarajé, sarapatel e sururu. No café da manhã: tapioca e o cuscuz nordestino.
Mas antes de conhecermos a receita escolhida, vamos conhecer o principal ingrediente? A MANDIOCA A mandioca é uma raiz com grande valor energético, possui sais minerais e vitaminas do Complexo B. Possui uma casca marrom e por dentro é branca. A mandioca já era usada na culinária dos indígenas muito antes dos portugueses chegarem aqui. Ela é conhecida por diferentes nomes: macaxeira, aipim, castelinha, macamba etc. Os indígenas descobriram que dava para fazer uma farinha usando a mandioca. Desta farinha originou-se a tapioca, prato típico nordestino, inventado pelos indígenas.
VOCÊ SABIA? => O Brasil é a terra natal da mandioca. Do centro do país ela já se espalhou por mais de cem países desde a chegada dos portugueses. => É uma grande fonte de energia, dando gás de sobra para o dia a dia. => Existe um tipo de mandioca, conhecida como mandioca brava, que não pode ser consumida, pois possui uma substância tóxica, altamente agressiva ao nosso organismo.
Origem da culinária da região Centro-Oeste Ao falar sobre a culinária da região centro-oeste é possível dizer que cada um de seus estados possui um prato típico, o qual é preparado por um ou mais ingredientes presentes na região. O Centro-Oeste tem como herança em sua culinária, influências indígenas e alguns hábitos alimentares de países vizinhos. Também, as tradições dos garimpeiros, boiadeiros e bandeirantes. Em Brasília encontram-se pratos típicos e exóticos como filés de tatu, bifes de capivara e carne de jacaré. No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os destaques são para pratos de preparo simples com carnes e peixes, acompanhados de banana da terra. Em Goiás os pratos mais apreciados são feitos à base de uma fruta, chamada pequi, e de um tipo de palmito, chamado de guariroba. São eles: o arroz com pequi e o empadão goiano.
A história do empadão goiano Segundo os historiadores, sua origem deve-se aos sertanistas (homens que desbravavam os sertões em busca de riquezas) que sempre levavam ingredientes capazes de resistir as longas viagens e ao tempo, como: as farinhas, as carnes desidratadas e alguns mimos que suas esposas preparavam. A massa era muito parecida com a de pastel trazida pelos portugueses para cá, mas como não dispunham de óleo e nem frigideiras para frituras, assavam sobre brasas ou em fornos. Com o passar do tempo alguns ingredientes foram acrescentados e esta receita é conhecida no mundo todo, sendo uma das mais divulgadas em sites estrangeiros. O empadão é tão tradicional em Goiás, que representa a união da família em ocasiões especiais, pois é preparado por muitas mãos: as que preparam a massa, as que preparam o molho, as que picam e refogam os ingredientes do recheio, as que abrem a massa e as que montam o empadão.
Origem da culinária da região Norte A região Norte é formada pelos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá e Tocantins. A herança indígena predomina em toda a região Norte. Com muitos rios, os peixes de água doce são muito presentes nos pratos. É a terra do pirarucu, uma das muitas espécies de peixes, que chega a pesar 300 quilos. A culinária é beneficiada pela riqueza de ingredientes que a Amazônia oferece. Os índios tiveram forte influência nos costumes e na culinária dessa região, a começar pelos instrumentos. São pilões, potes feitos de barro, cascas de fruta, madeira ou cascos de animal, peneiras feitas de palha, entre outros utensílios típicos. Entre os ingredientes que povoam os pratos da região estão os peixes, raízes, sementes, folhas e frutos. A culinária da região norte do Brasil, também recebeu influências diversas em cada ciclo de imigração. Logo no início da colonização, os portugueses, que dominavam técnicas de agricultura e de criação de animais, trouxeram seus hábitos de cozimento e conservação dos alimentos em sal e em açúcar. Dessa mistura, nasceram conservas, doces, compotas e licores exóticos, com ingredientes locais. Entre os pratos tradicionalmente servidos da região, destacam-se: pato no Tucupi, o tacacá, a maniçoba, o peixe pirarucu, a caldeirada de tucunaré e muitas outras delícias.
Alunos da turma 121 Alexandre Alves de Campos Bueno André Menezes da Silva Anna Beatriz Pereira Quaresma da Silva Bruno Vicinelli Camilla Vitória Costa Pereira Davi Pacheco Ambrizzi Enrique Santos Ruiz Gabriel Labarca Del Bianco Gabriela Conserino de Freitas Teixeira Gabriela Pellegrino Lopes da Silva Giulia Tomaszewski Grecco Guilherme Rodrigues Clemente de Sales Henrique Enzo Souza Juliana Cepêda Castelo Branco Ferreira Luísa Olivi Lima Manuella Cavalcanti Scuotto Maria Eduarda Mercês Massoni Maria Eduarda Ribeiro Hangai Matheus Goulart da Silva Roberta Maciel Boarin Sofia Pereira Rockenbach Pires Steffan Gusztáv Lutterbach Fabian
Alunos da turma 122 Ana Clara do Nascimento Silva Ana Laura Rocha de Almeida Prado Beatriz Menezes da Silva Bruno Macedo da Costa Douglas Benitah Farias do Nascimento Felipe Porette Ranieri Gustavo Braz Frainer Isabela Smidt Lima Costa Letícia Vasconcelos Rocha Cardoso Laura Warnowski Luis Gustavo de Lima Bressane Luis Henrique de Moraes Pinto Maitê Montemuro Feola Manuela Prado Melissa Taís Pedrão Pedro Sbragia Cometti Sophia Figueiredo Oliveira Rosa Theo Longoni Domingos Tiago Simonidio Silva Lopes
Alunos da turma 123 Alexandre de Castro Chaves Franco Ana Luiza Motta e Silva Santos Beatriz Almeida Neri Beatriz Jacob Peres Camila Nociti Toni Felipe Yuji Komatsu de Almeida Flávia Ragnev Piffer Henrique Ribeiro Dalpino Ian Brandão Nascimento Isabela Patrícia Contreras Quezada João Rocha Vasconcelos Montes Juliana Barcha Tognelli Laura de Souza Gherardi Letícia da Conceição Gonçalves Letícia Estevam Gama Luana Nasário Struel Coronado Lucas Zanette Depiné Galesco Luna Nasi Marchetti Matheus Rocha Duval Micaela Joana Nerdido Santos Mirella Moraes Peccinato Nicolas Bezerra Tortorella Pedro Arthur Guardia Araujo Raphael Macedo Ismerim Santos Rodrigo da Matta Ribeiro
Alunos da turma 124 Bernardo Travain Adorno Bruna Cestari Novaes Carolina Salgado Paulino Kawagoe Carolina Vieira Ribeiro Felipe Santonieri Gabriel Aleixo Gabriel Amado Alcantara dos Santos Gabriel de Freitas Barros Gustavo Netto de Carvalho João Pedro Meira Gonçalves Ruano Júlia Vieira de Moraes Laura Freitas Batocchio Laura Santos de Oliveira Letícia Borghi de Mello Luan Maragni Carrelas Medeiros Manuela Roque Valente de Oliveira Maria Beatriz Bezerra Tortorella Maria Luiza Ribeiro Rosano Naeli do Nascimento Gaudino Moura Nina Rinaldo Guerrero Pedro Nasi Marchetti Rafaela Noveli Novaes Rafael Filetti de Souza Soranz Sofia Jacinto Rodrigues Vitoria Lima Costa
Alunos da turma 125
Alice Amstetter Moreira Antonio Zakzuk Duarte Augusto Tomaselli Duarte Beatriz Mayrink Shimoda dos Santos Bianca Farias Alarcon de Carvalho Bruno Turim Meneguetti Carolina Borges de Sante Carolina Tavares dos Santos Carmello Eileen Barrientos Catani Guilherme Pennacchia Eschenbach Henrique Totti Ulbricht Lapa Isabella Pires de Oliveira Joana Marques Barbosa Laura Viotti de Freitas Luisa Lopes Luz Luiz Eduardo Capobianco de Faria e Silva Mariana Sllave Leite Marina de Carvalho Della Giacoma Matheus Rocha Arem Pedro Jacob Peres Rafael Abade Gonรงalves de Castilho Renato Asprino de Souza Rocco Novaes Mariano dos Santos Sophia Alves Pereira