CIRCUITO CENTRAL H O R T O L Â N D I A - S P FERNANDO MORENO BIANCHI 1
Projeto Estratégico de Ar ticulação e Consolidação
do
Plano ID - Identidade e Desenvolvimento para o município de Hortolândia 2
p l a n o
ID
1
Trabalho Final de Graduação Campinas, 14 de dezembro de 2020 Aluno: Fernando Moreno Bianchi Orientado por: Profa. Dra. Mônica Manso Moreno Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Ciênicas Exatas, Ambientais e deTecnologia Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer minha família, em específico meu pai Anselmo e minha mãe Deise, por sempre estarem ao meu lado e me apoiarem em todas as decisões. Minha irmã, por ser minha grande e fiel companheira. Meus avós, pelos amores e confiança quem sempre depositaram em min. Obrigado por sempre estarem presentes. À minha orientadora, Monica, por ser uma fonte de inspiração e de conhecimento que transcende o ensino de arquitetura, sempre buscando nosso melhor e mostrando que temos fôlego para os futuros desafios. Agradecimentos também pelos professores Claudio Manetti e José Luiz, por ajudarem na formação. Agradeço a todos os professores e funcionários da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas por todos os ensinamentos, experiências e vivências que tivemos ao longo dos 5 anos de graduação. Aos meus amigos, por sempre estarem presentes nessa jornada incrível, que nos privilegiou com eternos laços de amizades e momentos inesquecíveis e que fazem parte da minha vida. Obrigado a cada um de vocês por tudo. Ao meu grupo de TFG, Amanda Macarini, André Lopes, Giovana Ferreira, Giovanna Degasperi, Isabelle Oliveira, Luisa Borelli e Marcela Boghossian, pelo vínculo de amizade e companheirismo que criamos. Lembrarei com muito amor da famosa “Turma da Monica”. À Bateria Faucatruz, por ser uma instituição que me acolheu e me ajudou a amadurecer como pessoa, presenteando-me com grandes experiências e amizades que seguiram comigo. “Vai Faucatruz!” 3
Sumário
07
4
15
25
INTRODUÇÃO
CIRCUITO CENTRAL
QUADRA CHAVE
Contexto Urbano - Hortolândia Plano ID - identidade e desenvolvimento Cenário Sociocultural de Hortolândia
Conceitos iniciais Proposta e Diretrizes Implantação e Contextualização Propostas Complementares
Partido da Quadra Área de Estudo Implantação Quadra Chave - Praça Cortes Gerais Faces da Quadra Chave
41
61
ESCOLA DE ARTE
AUDITÓRIO
Partido Plantas Perspectiva Explodida Cortes Detalhamentos Construtivos
Partido Plantas Perspectiva Explodida Cortes
72
PERSPECTIVAS E REFERÊNCIAS
5
6
INTRODUÇÃO
Este trabalho é referente à conclusão de um dos projetos de articulação e consolidação do Plano ID – Identidade e Desenvolvimento, para o município de Hortolândia, desenvolvido pelo grupo no primeiro semestre de 2020 em equipe, formado por Amanda Macarini, André Lopes, Fernando Bianchi, Giovana Ferreira, Giovanna Degasperi, Isabelle Oliveira, Luisa Borelli e Marcela Boghossian, afim de concretizar o Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC – Campinas O projeto a ser desenvolvido promove um novo olhar para o centro comercial de Hortolândia, juntamente com os novos projetos, visando reconfigurar o contexto central, promovendo uma nova malha urbana, ampliando e valorizando as áreas públicas e introduzindo novos equipamentos de uso social e cultural, transformando o cenário urbano, criando um circuito urbano interligando essas propostas. 7
CONTEXTO URBANO - HORTOLÂNDIA
Pertencente à Região Metropolitana de Campinas (RMC), o município de Hortolândia tem seus primeiros relatos históricos associados a Campinas, Sumaré, e Monte Mor. Ao longo, dos anos o cenário sociopolítico e territorial possibilitou a primeiras ocupações de um bairro rural vinculado a Campinas, logo menos passou a ser reconhecido como distrito seguindo para novo município emancipado de Campinas, e consolidado sua independência com a emancipação de Sumaré por vontade popular. Hortolândia insere-se em um contexto regional, que dificulta o reconhecimento e identificação do município, visto que seu processo de formação advém de uma urbanização isolada e sem significado territorial recorrendo as cidades lindeiras para se impor e que vem passando por um processo de conurbação, dificultando ainda mais o reconhecimento do território. O perímetro urbano de Hortolândia se encontra imerso em um contexto metropolitano que erradias forças urbanísticas que dinamizam seus territórios de influ8
ência e seu desenvolvimento, visto pela passagem do Corredor Noroeste no meio urbano, notório eixo urbano influenciando nos municípios de passagem, a proximidade de grandes entroncamentos rodoviários como a Rodovia Anhanguera e Rodovia dos Bandeirantes, possibilitando a conexão territorial com equipamentos metropolitanos a exemplo do o Aeroporto Internacional de Viracopos, favorecendo a empreendimento logísticos, comerciais e industriais. A reflexão em grupo designou o território de Hortolândia como um “Cerne Subordinado”, esse nome se dá pelo fato de assumir uma posição central e estratégica e meio a forças exógenas atuando no plano metropolitano, mas ao mesmo tempo se apoia nos municípios adjacentes, caracterizado por uma paisagem homogênea e sem notoriedade, implicando em um território sem identidade.
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Rod. dos Ban dei ran tes Monte Mor Campinas Fonte: elaborado pela equipe
9
PLANDO ID - IDENTIDADE E DESENVOLVIMENTO
O Plano ID, Identidade e Desenvolvimento, se implanta no contexto urbano de Hortolândia, caracterizado por ser monótono e ausente de identidade. Essas características aplicam-se pelo fato de que o município se insere no contexto da Região Metropolitana de Campinas. com o objetivo de transformar a paisagem incorporando novos modos de urbanização diferentes dos existentes, ressurgindo uma nova identidade e exaltando o caráter de pertencimento. A consolidação do plano consiste em três diretrizes gerais, que somadas promovem uma reestruturação do plano urbano existente. A primeira delas refere-se à Reestruturação do Sistema Viário, na qual, a proposta atua em duas escalas urbanas, uma de caráter metropolitano, onde cria-se uma conexão com o Aeroporto Internacional de Viracopos, favorecendo empreendimento logísticos e comercias que estão inseridos na região de Hortolândia. A segunda escala trabalha no perímetro urbano, com o objetivo de reestruturar e criar novas vias que valoriza o transporte público e as ciclovias. Remetendo aos espaços livres verdes, a segunda diretriz nomeada de Reconfiguração do Sistema de Áreas Públicas tem a essência de preservar e requalificar 10
áreas que apresentam relevantes coberturas vegetais, principalmente nas áreas lindeiras ao Ribeirão Jacuba e seus afluentes. Além disso, cria-se também um sistema de parques que se ramificam pelo plano urbano, criando uma amarração dessas áreas de valorizando os espaços livres existente. A terceira diretriz diz respeito a urbanização, e as novas formas de ocupação. O plano elabora um diálogo com o município afim de gerar novos padrões de urbanização, sugerindo uma nova visão do cenário urbano com a implantação de novos equipamentos e a potencialização de áreas agregando valor e urbanização. A proposta do plano se estrutura em duas porções do município de Hortolândia, sendo elas a área central (Subsetor 1) caracterizada por apresentar relevantes equipamentos urbanos e um notório sistemas de áreas livres públicas e a confluência entre ria e ferrovia, e área da implantação do Circuito Central, e a porção noroeste (Subsetor 2) marcada como um área de urbanização recente e desconexa, mas com grande potencial de urbanização referente a novos modelos de urbanização e implementação de equipamentos urbanos.
Sub 2
Sub 1
Av.
The
rez
aA
na
SUBSETOR 1
Centro Histórico e Adjacentes Proposta de Equipamentos
Cec
on
Parque Jacuba
Equipamentos de uso misto
Legenda:
CRAM
Habitação de Int. Soc.
2
R. Luís C. de Camargo
Quadra Chave Centro Dia
Terminal
Midiateca
tana
Novos eixos viárias
Ciclovia proposta
Áreas de Reflorestamento
Pq. e Praças Existentes
Novos Parques
Eixo Verde Estruturador
Barreira Vegetal
Recuperação Ambiental
APP
1 San
Reestruturação viária
3
Av.
Reestruturação Central
Referências
1- Prefeitura Municipal
Av.
2- Centro de Memória
Olív
3- SESI
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chin
i
Fonte: elaborado pela equipe
11
CENÁRIO SOCIOCULTUAL DE HORTOLÂNDIA
O município de Hortolândia se mostra desde sua formação como um território caracterizado por uma paisagem homogênea, sem elementos urbanos notórios que dificulta o reconhecimento de uma identidade territorial, em que, assemelha-se no cenário de sociocultural. Realizado um levantamento de patrimônio e bens culturais, é exaltando, como patrimônio histórico municipal, o Centro de Memória de Hortolândia, localizado na antiga Estação Jacuba da linha ferra paulistana, que passou por um processo de restauro em 2014 para abrigar um espaço de exposições temporárias e ao mesmo tempo a exposição fixa que conta sua história e a cultura caipira. Embora revitalizado, o espaço continua em um ponto de pouca visibilidade e desconexo com o centro urbano, tornando-se um patrimônio apaga a paisagem. Elencado como como patrimônio imaterial, a Orquestra de Viola Caipira, teve sua formação em 2009, exaltando a cultura caipira paulista, ressalvando os primeiros habitantes da antiga zona rural campineira que originou o município. Atualmente a orquestra conta com 30 integrantes composto por homens e mulheres, que trazem a música caipira e clássicos do sertanejo para a atualidade. Hortolândia dispões em seu territorial equipamento e instituições culturais e sociais que promovem o acesso à cultura e desenvolvimento pessoal, mas não supre todo o contexto urbano e se encontram dispersos. As instituições que ganham notoriedade no cenário urbano composto por grupos manifestação artística e social, são o Centro Cultural “Inês Aparecida da Silva Afinso”, localizado no Jardim Amanda com 12
atividades voltadas para artes cênicas e dança e recreação, o Centro de Educação Musical Municipal de Hortolândia (CEMMH), no Jardim Santa Cândida, trabalhando com o ensino gratuito de música, e a Casa Quilombola de Hortolândia, cede de manifestação e exaltação da cultura e direitos negros, instaurada em 2016. A reflexão do cenário municípios contando com essas instituições e grupos sociais e culturais, ainda se vê uma carência desses equipamentos em contemplar todo a extensão territorial de Hortolândia, não atingindo a porção central e as bordas nordeste e noroeste, e ao mesmo tempo recorrendo a outros municípios que possuem equipamentos e instituições ausentes A partir do levantamento e mapeamentos desses equipamentos, tem-se que o município apresenta variadas instituições e grupos sociais e culturais, mas sofrem uma carência desses equipamentos em contemplar todo a extensão territorial de Hortolândia, não atingindo a porção central e as bordas nordeste e noroeste e ao mesmo tempo e a ausência de espaço amplos e adequados para apresentações e manifestações, recorrendo a municípios vizinhos. Desse modo, o Plano ID e os demais Projetos Estratégicos promovem a ampliação desses equipamentos, afim de atender o acesso à cultura e o envolvimento de movimentos sociais ressurgindo a identidade do município.
EQUIPAMENTOS SOCIOCULTURAIS
Legenda 3
Recorte de Estudo
Subsetor 1
Rodovias
1
Vias estruturadoras
Ferrovia Paulista
Instituições 2
1 - Centro de Memória de Hortolândia
4
2- Biblioteca Municipal 3 - Centro Cultural Casa de Joana 4 - Casa Quilombola de Hortolândia 5 - Centro Cultural “Inês Aparecida da Silva Afinso” (Escola de Arte “Augusto Boal”) 6 - Setor Cultural “Arlindo Zadi” 5 9 6
8 7
10
(Biblioteca Luz do Saber) 7 - Ponto de Cultura Caminhos 8 - CEMMH (Centro de Educação Musical Municipal de Hortolândia) 9 - CAC (Centro de Arte e Cultura) 10 - Armazpem das Artes “Carlos Vilela”
0
1500 m
3000 m
Fonte: elaborado pela equipe
13
14
CIRCUITO CENTRAL
15
CONCEITOS INICIAIS
A propostas do projeto parte de uma escala urbana correspondente ao centro comercial de Hortolândia e suas relações com equipamentos urbanos, parques e as demais regiões adjacentes, com a proposta de conecta-las e criar um novo contexto com variedade de usos, quebrando a rigidez do modelo de urbanização presente. O novo redesenho urbano, fez com que surgisse propostas para intensificar esses fluxos e acessos para essa área central, valorizando o percurso urbano referente a escala dos pedestres, ciclistas e o transporte público e interligando equipamentos urbanos e intuições dessas áreas, trazendo infraestruturas e o paisagismo urbano. Como ponto nodal de todos os acessos, a Quadra Chave se manifesta de forma intensa por receber esses diversos acessos juntamente com a implantação de equipamentos institucionais de caráter sociocultural, consolidando um espaço de permeabilidade, permanecia e vivencia, dando um novo valor para essa área central caracterizada por comércios e serviços que ali se inserem e não valorizam os espaços livres. 16
PROPOSTA E DIRETRIZES
Com o entendimento do estudo urbano do subsetor 1, são levantados pontos de possíveis reestruturação dessa malha central, em que, tem-se o desafio de mudar o modo de urbanização vigente, partindo para novas possibilidade de implantação que articular e inserem os novos projetos e ao mesmo tempo dialogam com os já existentes, criando um novo espaço dentro do meio existente. A concepção o projeto parte de 4 diretrizes que fundamentam o projeto, sendo elas o Circuito urbano, a Diversidade de usos, a articulação e conexão e o Preenchimento do solo. - Conexão e Articulação: com a nova implantação dos novos projetos do - Circuito urbano: contemplando a escala dos pedestres, ciclistas e usuários do transporte públicos, a criação do circuito urbano tem a premissa de redesenhar Plano ID, tem-se a necessidade de criar uma articulação entre eles, mas não só esses alguns percursos urbanos trazendo novos traços urbano, que incorporam novas infra- novos projetos, mas também equipamentos e áreas públicas que se encontram na estruturas e elementos paisagísticos que valorizam os acessos e trazem uma sensibi- área central, que hoje se veem de forma isolada e desconexa com a malha urbana. lidade para o usuário. - Preenchimento do solo: o perímetro urbano central, apresenta notórios lo - Diversidade de usos: o centro comercial de Hortolândia é fortemente domi- nado pelos comércios, serviços e grandes estabelecimentos comerciais, que preen- tes sem ocupação, no qual alguns deles são transformados em estacionamento a chem essa área central, e ao mesmo tempo, não ocorre interações com os espaços céu aberto, em que poderiam dar espaço para usos mais interessantes, valorizando a públicos e instituições presentes nesse perímetro. Desse modo tem-se a premissa de malha urbana trazendo equipamento e infraestruturas urbanas. reestruturar esse espaço central, incorporando novos equipamentos socioculturais juntamente com espaços livres, configurando um novo espaço urbano diversificado. 17
IMPLANTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
A escala da implantação do projeto Circuito Central sugere uma visão ampla de toda área central do Subsetor 1, onde são levantados fatores como fluxos e acessos, o modo de urbanização existente, os equipamentos urbanos já presentes e os novos projetos do Planto ID, em que, somados são fatores fundamentais paras a consolidação dessa intervenção. Primeiramente, o projeto se encontra no Bairro Jardim das Paineiras, área de urbanização do período de 1950-1969, período que apresenta importante carga histórica para a formação do município, mas hoje, apresenta-se como principal área de comércios e serviços de Hortolândia, recebendo grandes estabelecimentos comerciais como o Shopping Hortolândia, que se sobrepõem sobre essa camada histórica, que vem sendo substituída com edificação mais recentes. Mesmo com esse caráter comercial, tem-se a presença de notórios equipamentos de uso público e espaço de lazer que são deixas em segundo plano e não tendo tanto impacto e influencia urbana, como o Centro de Memória na Estação Jacuba, o Parque Renato e o Parque Chico Mendes. Compreendido esse cenário atual, o projeto do Circuito Central começa a traçar suas principais linhas de fluxos e acessos visando criar uma nova relação do contexto urbano presente com os novos projetos do Plano ID que ali se implantam, e ao mesmo tempo, transformar a paisagem valorizando o percurso urbano e modificando a essência do espaço dando mais diversidade de usos e infraestruturas. Para melhor entendimento do novo contexto urbano, foram desenvolvidos planos para viabilizar esses novos percursos, sendo revelados por ilustrações que fundamentam essas propostas, como as Vielas, a Via Compartilhada e as Galerias. Como peça “chave” do circuito, a Quadra Chave, área de principal recepção dos fluxos, se implanta no miolo de uma quadra, afim de remendar lotes ociosos, ou com 18
irrelevantes usos, dando espaço para um novo tipo de ocupação, revigorando o contexto urbano e se transformando em um espaço cívico, agregado por equipamentos de uso sociocultural de interesse coletivo.
1
0
25
50
Legenda:
100 m
- Fluxos e Acesso
Equipamentos
- Ciclovia
A
- Parque Jacuba
- Pontos de onibus
B
- CRAM
- Linhas de transporte público
C
- Midiateca
1
- Quadra Chave
a
o Jacub
Ribeirã
A 4 B 3
3 Rua Argolino de
1
Rua Zacarias Costa Camargo
2 Rua Caetano Baso
Costa Camargo
A
Rua Vanderlei
A
3
Morães
Legenda: - Ciclovia
4
Rua Luís Camilo
0
25
50
100 m C
Equipamentos próximos A
- CRAM
B
- Midiateca
C
- Parque Jacuba
de Camargo
Circuito Central 1
- Quadra Chave
2
- Via Compartilhada
3
- Vielas
4
- Galerias
19
PROPOSTAS COMPLEMENTARES
Via Compartilhada Implantada no Rua Vanderlei Costa Camargo, a reestruturação dessa via se dá pelos tipos de usos encontrado, visto que, comércios, serviços são os mais presentes, mas ao mesmo tempo, tem-se alguns lotes voltados para habitação, que se encontram habitados, ou vagos, ou sendo convertidas em pequenos comércios. A conversão para uma via compartilhada tenta valorizar a escala do pedestre, afim de se impor no traçado urbano, dando mais espaço de caminhada e de experiencias urbanas, e ao mesmo tempo modificar o cenário comercial local. Segundo o Guia Global de Desenhos de Ruas (Global Designing Cities Initiative; ed. NACTO), essa compatibilidade entre pedestres e automóveis pode-se aumentar os fluxos de pessoas dessa via, aumento de gastos dos consumidores, sentimento de segurança e a diminuição do tráfego de automóveis. 20
Partindo para o desenho dessa via compartilhada, a primeira intenção é nivelar o leito da calçada com a rua, quebrando essa dualidade, assim os 15 metros de via do espaço ao trafego coletivo. Visando a possibilidade de paradas e acessos para morredores e comerciantes, o eixo central da via é marcado com uma faixa de 7 metros para o trafego de automóveis, além disso, são demarcados alguns pontos de estacionamento. Os elementos paisagísticos presentes são incorporados e ampliados para melhor sensação dessa via, como exemplo a adoção dos “Jardins de Chuva”, ou “Sistema de Biorretenção”. Esse elemento trabalha coma vegetação, dano valor paisagístico para a via e aumentando a permeabilidade do solo, promovendo conforto térmico e sensorial ao usuário.
4,00 m
7,00 m
4,00 m
15,00 m Lote
Via Compartilhada
Lote
Vegetação
2,00 m 1,20 m
0,80 m
Meio-fio
Solo com bioretenção Tubulação perfurada
21
Vielas Voltado para a passagem de pedestres e ciclistas, as vielas são linhas de passagem estreitas que resultam em conexão rápidas do meio urbano. Na malha existentes, existem alguns pontos dessas vielas de resquícios do período inicial de urbanização central, mas atualmente são ocupados por carros e caminhão impossibilitando a passagem de usuário, além de ser lugares sem qualidade espacial. Tentado resgatar a essência da passagem, temos as a reconfiguração desses espaços através da incorporação elementos paisagístico valorizando o percurso e sendo pontos verdes, juntamente com mobiliários urbanos, como banco, lixeiras, iluminação e bicicletários, estimulando a apropriação pública desses espaços que se encontram ociosos. Ao mesmo tempo as vielas podem ser áreas de projetos de pocket park, valorizando ainda mais o espaço público urbano e trazendo um ano vida pra esses ambientes.
Mobiliário Urbano Comércio local
Paisagismo
22
Galeria A propostas das galerias parte do princípio de conectar pontos do perímetro central, associando com edifícios que podem ser usados com fins comercias e de serviços, promovendo assim, não só um lugar de passagem, mas também de premência e um estímulo para novos empreendimentos. A localização dessas galerias possui uma implantação estratégica para conectar equipamentos urbanos presentes nesse perímetro em lotes que estão sem usos e desocupados, como a ligação da malha urbana comercial com a proposta do Parque Jacuba, possibilitando maior permeabilidade entre esses pontos e inserindo a área verde no contexto central. Além disso elementos paisagísticos em incorporados nesses espaçosos qualificando a galeria, como canteiros, bicicletários, arborização e entre outros. Vinculado nessas conexões, tem-se a implantação de edifícios voltados para uso comercial, gerando mais fluxos nessas passagens, fomentando o novo e o existente comercio, esse por sua vez, possuem uma variedade de tipos, como lojas, restaurantes, cafés, etc., que transforam esses espaços ociosos em lugares de vivos e permeáveis.
Novo Comércio Comércio local
Paisagismo
23
24
QUADRA CHAVE
25
Vista do Parque Renato Dobelim/Parque Jacuba 26
PARTIDO DA QUADRA
O principal ato de amarrar os equipamentos do perímetro central de Hortolândia, personifica-se com a implantação da Quadra Chave. Incorporado como um espaço de uso público e cultural, o projeto tenta importo um novo tipo de urbanização através do preenchimento de lotes e enriquecendo o centro com diferentes usos culturas e sociais, dando ao município, um espaço cívico, palco de novas experiências e vivencias urbanas, que se reverbera para áreas adjacentes. A proposta do projeto trabalha com 3 elementos, sendo eles a Praça, a Escola de Arte e o Auditório. A junção deles configura um novo cenário, que ganha destaque visual, mas ao mesmo tempo tem um diálogo com a paisagem urbana existente e seus usos, além de receber os fluxos externos do recorte, que concentram nesse espaço, tornando-se em uma quadra nodal. A Quadra Chave tem como essência ser um respiro para malha urbana consolidada e ao mesmo tempo, a ampliação dos espaços públicos com infraestrutura, em que, os usuários podem se apropriar desse espaço para usufruir de modo livre, desde encontros, manifestação, apresentações e entres outros. 27
ÁREA DE ESTUDO
Vista do Parque Renato Dobelim/Parque Jacuba 28
29
Vista da Rua LuĂs Camilo de Camargo 30
Vista da Rua LuĂs Camilo de Camargo 31
IMPLANTAÇÃO QUADRA CHAVE - A PRAÇA ÁREAS Áreas desocupadas: 9.350 m² Área da Quadra Chave: 20.170 m²
Implantado no pavimento que receberá todos acessos e interação com de usuários e edifícios, a Praça é o espaço que tem como função a permeabilidade, permanência e vivencia para essa área, em que seu traçado, traz elementos já existentes que se incorporam no projeto e que apresentam novas funções e utilidades. Outro ponto relevante é a introdução de planos estratégicos urbanísticos que fazem com que esse miolo de quadra não se torne algo isolado de seu contexto, e sim, dando espaço para um diálogo entre lotes traduzindo em uma nova relação com os fundos de lotes perimetrais. A quadra escolhida para a implantação do projeto, é caracterizado por possuir grande espaço não edificado, ou que boa parcela não apresenta uso, ou são utilizados como estacionamentos. Sua área total do projeto equivale a 20.170 m², tendo a desocupação de 3 lotes, em que 2 são de usos habitacionais e 1 de uso institucional que será realocado para outro espaço na mesma área central. O processo de concepção dos percursos da quadra, possui os fluxos externos para traçar os acesso e fluxos interno, no qual são revelados os principais eixos de circulação rápida e direta para cruzar e interligar as vias que circundam o projeto, sendo elas, a rua Caetano Basso e Zacarias Costa Camargo , vias que apresentam conexões com demais bairros e fazem parte do sistema ciclo viário, e as vias Argolino de Morais e Luís Camilo de Camargo, em que, além de conectarem a cidade, apresentam grande presença de comércios de serviços do centro comercial de Hortolândia e linhas de transporte públicos que interligam extremidades do município. A topografia da quadra possui um desnível de 10 metros, dessa forma, para vencer todas essas curvas foram criados um conjunto de escadas e rampas que brincam com a diferença de patamares, configurando espaços amplos e abertos propícios para receber eventos, apresentações e manifestações, sempre pensando na acessibilidade. 32
ÁREAS VERDES Vegetação existente Nova Vegetação
FLUXOS INTERNOS Permeabilidade interna
so
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PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
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Ca
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C
B
Rua Argolino de
Morães
1
1 B
B
osta Camargo Rua Caetano Baso
Rua Zacarias Costa Camargo
C Rua Vanderlei
2
Legenda: - Ciclovia Equipamentos próximos
2 C
- CRAM
C
- Midiateca Quadra chave
25
50 m C
0
B
Rua Luís Camilo
de Camargo
1
- Praça
2
- Escola de Arte
3
- Auditório
33
CORTES GERAIS
571,60 565
Corte B-B
562
Corte C-C
34
564
565
568
571,60
570
0
25
50m
FACES DA QUADRA CHAVE
Rua Caetano Basso
Rua Luís Camilo de Camargo
Rua Zacarias Costa Camargo
Face da Quadra Chave 1
Rua Luís Camilo de Camargo Rua Caetano Basso Rua Argolino de Morães
Face da Quadra Chave 2
Rua Zacarias Costa Camargo
Face da Quadra Chave 3
Rua Argolino de Morães
Rua Caetano Basso
0
25
50m 35
A implantação da praça tem a preocupação de incorporar elementos paisagísticos que promovem mais qualidade ao projeto, criando áreas sombreadas, espaço de permanência, e qualidade paisagística. Afim de preservar os pequenos maciços verdes existentes e trazer novos espaços paisagísticos, foi realizado um levantamento através de fotos áreas o posicionamento dessas vegetações já estabelecidas, incorporando-as como elemento de projeto e ampliando essa cobertura vegetal, concentrando pontos de permanência e contemplação. Essas áreas pontuais que se configuram como pequenas praças, dento da quadra, possuem um piso modular a partir de grelhas metálicas. Esse piso, pelo fato de ser um elemento vazado metálico, possibilita a permeabilidade no solo, aumentando a eficiência da drenagem, paisagem urbana e preservação da vegetação, 36
diferenciando-se do contexto da praça, possibilitando uma forração verde à paisagem e ao mesmo tempo, incorporando as árvores mais consolidadas, sem que haja a necessidade de corta-las. Pensando na questão de como integra a Quadra Chave com os fundos de lotes, tem-se a proposta de trabalha, como elemento de diretriz urbana, as “faces compartilhadas”, o objetivo consiste na abertura dos fundos de lotes para o inteiro da quadra, fazendo com que os comércios e serviços não só fiquem voltada para as ruas, mas também para esse miolo de quadra, implicando em mais visibilidade desses comércios devido ao fluxos de acessos internos e trazendo novos espaços de vivencia para a quadra, em que, o projeto pode ganhar mais vida nos períodos diurnos e possivelmente noturnos.
Detalhamento Construtivo - Piso Grelha
Modulo estrutural do piso grelha
Modulo do piso
Pilar metálico 100 mm x 100 mm
3D esquemático
Corte de situação
37
Implantação Faces Compartilhadas - Fase inicial
38
Implantação Faces Compartilhadas - Fase de consolidação
39
40
ESCOLA DE ARTE
41
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s
A implantação de uma escola de arte para o centro urbano de Hortolândia, se dá pelo novo cenário que o Plano ID cria para o Subsetor 1, ao qual, a ampliação dos espaços públicos e equipamentos socioculturais, transformam esse novo pensar urbanístico, promovendo uma nova centralidade e identidade, característica que não manifestava no município. Esse equipamento se projeta na Quadra Chave com o interesse de difundir o acesso à cultura e aos bens materiais e ao mesmo tempo, ampliar a visibilidade dos corpos artísticos existentes do município, como a orquestra municipal, o grupo de roda de viola caipira, entro outros, e incentivar a novos meios de expressão artística, como a dança e as artes cênicas. O complexo da escola se divide em dois edifícios, em que, concentra toda a parte administrativa e burocrática e o segundo corresponde a escola efetivamente, concentrando o ensino e espaços de exposição e pequenas apresentações. O edifício administrativo, se apresenta por uma torre menor, comparado a escola, implantada na cota de ingresso a praça, frente a rua Luís Camilo de Camargo. A pequena torre possui três pavimentos, térreo e mais 2 andares, marcado por uma caixa de circulação. O ingresso ao prédio é a presentado a área de recepção ao público e a caixa de circulação através, de um espaço aberto propicio receber para pequenas exposições esporádicas. Subindo para o segundo pavimento, temos a área de atendimento ao público interessado em se matricular nos cursos, que é direcionado para a triagem e os setores específicos da programação, além de contar com sanitário de depósitos. O último pavimentos, é destinado a diretoria admirativa da escola, organizada com uma área de mesas de estação para trabalho, sala de reunião, sala do curador, copa, sanitários e deposito. Responsável por concentrar o ensino, o edifico das artes está no patamar baixo do comparado ao setor administrativo, com o intuído induzir o usuário a adentrar na quadra. A escola possui quatro pavimentos sendo divididos por ingressos e exposição, o ensino musical, o ensaio da dança e cênico. No térreo desse edifico,
temos um hall de entrada que direciona ao acesso dos demais pavimentos, através da caixa de circulação e sanitários, ao mesmo tempo abrindo-se para um espaço multiuso, capas de receber exposições e apresentações abertas ou ensaio para grandes corpos árticos como a orquestra. O segundo pavimento, possui um saguão principal, com um pequeno café e um uma varanda contemplativa para a paisagem, ao mesmo tempo, concentra do ensino musical. Esse setor é atendido pela disposição de 8 salas de ensaio, variando de 14m² a 20m², possibilitando o ensino voltado instrumentos de sopro, cordas, canto e precursão. Atendendo a área acadêmica, temos também a sala reservados aos professores, depósito, sala de manutenção e acervo de instrumentos e partituras que podem ser emprestados para usuários que não o possuam, atendendo a qualquer tipo de público. Voltado para a expressão corporal, o segundo e terceiro pavimento concentra o ensino de dança / artes cênicas. Esse setor apresenta 2 salsas de 150m² e uma menor de 80m², além de possuir espaço reservado de espera, sala exclusiva dos professores e vestiários para atendes o corpo artístico. Um detalhe desses pavimentos é um vazio que tem na área de reservada, afim de ampliar a iluminação por uma facha de pé-direito duplo envidraçado A concepção arquitetônica desses dois edifícios segue a mesma linha estruturas e elementos construtivos, afim de trazer uma unidade para conjunto. Sua estrutura se dá pelo uso de concreto armado e a laje nervurada, possibilitando grandes vão e um vantajoso pé-direito útil de 3,90m. As fachas puíssem vedação de vidro, transparecendo o interior do edifício, em que o público tem visibilidade do que acontece nesses edifícios e incidindo mais isolação para os ambientes. Ao mesmo tempo, trazendo mais conforte térmico aos ambientes, temos a utilização de brises verticais pivotantes, que circundam os edifícios, se ajustando aos períodos do dia e podendos ser utilizados para dar mais privacidade nas salas.
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Planta Baixa - Pavimento Térreo Legenda: Escola de Arte 1 - Hall de ingresso 2 - Recepção 3 - Espaço multiuso 4- Sanitários
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Administração 1 - Hall de ingresso 2 - Recepção
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Planta Baixa - 1º Pavimento Legenda:
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Escola de Arte 5 - Cafeteria 6 - Terraço 7 - Sala dos Professores 8 - Acervo de Instrumentos e partitura 9 - Sala de manutenção 10 - Salas de ensio de música 11 - Depósito
Administração 3 - Triagem 4 - Guichês de atendimento 5 - Sanitários 6 - Depósito
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Planta Baixa - 2º Pavimento Legenda: Escola de Arte 12 - Salão aberto 13 - Vestiários 14 - Sala de ensaio dança/cênicas
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Administração 7 - Estações de Trabalho 8 - Sala de reunião 9 - Sala do curador 10 - Copa
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Planta Baixa - 3º Pavimento Legenda: Escola de Arte 12 - Salão aberto 14 - Sala de ensaio dança/cênicas
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Cobertura
3º Pavimento
2º Pavimento
1º Pavimento
Térreo
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PERSPECTIVA EXPLODIDA
CORTES ESCOLA DE ARTE E ADMINISTRAÇÃO
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20 m
Corte D - D 53
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Corte E-E 54
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585,10
580,60
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Corte F - F 55
Detalhamentos Construtivos
Det. 01 - Laje Nervurada A laje nervurada foi recorrida como elementos estrutural por conseguir vencer grandes vão entre pilares favorecendo uma planta com pouco pilares possibilitando grandes espaços, além de uma exemplara eficiência dos matérias, onde o concreto resiste aos esforços de compressão e a armadura metálica aos esforços de tração. A laje maciça se dá com a utilização de cubetas de polipropileno de 0,80 x 0,80 x 0,40,
MoldeCubeta
Pilar de concreto perfil circular D = 0,60 cm
moldadas em loco criando as lajes dos pavimentos. Nos encontros entre pilar e as nervuras toda laje, tem-se os preenchimentos dessas cubetas, afim de absorver os momentos negativos que surgem no entorno dos pilares internos e resistir a tendência a perfuração da laje pelo pilar.
Laje Nervurada
Camada de regularização
Pilar
Preenchimento da laje ao encontro de pilar
Corte da laje 56
3D Esquemático
Det. 02 - Paredes Acústicas Afim de aumentar os isolamentos acústico das salas de ensaio da Escola de Artes, temos as utilizações de parede acústica, sendo construída por um “sanduíches” de camadas com materiais acústicos e estruturadores. Na camada interna, temos a utilização da lã de vidro, material que apresenta grande absorção sonora,
concentrada no núcleo da parede, estruturando a parede temos o montante metálico de e fazendo o acabamento externo temos as fixações de placas de gesso argamassada.
Lã de Vidro Placa de gesso acartonado 40 mm Montante estrutural 20 mm
Corte ampliado Corte de detalhamento - Parede de Isolamento Acústica 0
0,50
1,00
2,00 m
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Detalhamentos Construtivos Det. 03 - Forro Acústico Concentrado principalmente nas salas de ensaio de música, temos a utilização de forros verticais laminados de madeira, a opção por esse tipo de forro, se dá pela grande eficiência acústica pelas disposições das placas no sentido vertical, além
de ser um elemento estético funcional. A fixação desse forro ocorre nas nervuras da laje com ajudada de fixadores industriais, suspenso por um cabo roliço metálico, temos o trilho de suporte para receber as placas através de fixadores.
Planta - brise pivitante Peça de fixação
Caixilho estrutural
Placa de madeira 70 mm
Corte de detalhamento - Brises Pivotantes 3D esquemático 58
0
0,50
1,00
2,00 m
Det. 04 - Brises Verticais Pivotantes Além de servir como elementos estético para fachadas os brises verticais pivotantes foram solicitados para ajudar no controle da isolação solar nos ambientes de salas de ensaio e áreas de trabalho. A folha pivotante possui um suporte no eixo central dando
o movimento de translação e fixação dos brises e seu material se dá com a utilização de placa de madeira com tratamento para ambientes esternos. Não só como elemento de controle térmico, os brises também possibilita dar privacidade aos ambientes.
Fixador no teto
Trilho de suporte 70mm x 50 mm
Presilha de fixação
Placa acústica de madeira – 100mm x 50mm
Corte de detalhamento - Forro Acústico 0
0,50
1,00
2,00 m
3D esquemático 59
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AUDITÓRIO
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Projetado para ser o espaço formal de apresentações, o Auditório Municipal, não só atendes as apresentações da Escola de Arte e sim todas as instituições e grupos artísticos que desejam essa formalidade, visto que o município não apresenta outro equipamento de mesmo porte, inserindo ainda o meio cultura para a cidade. Primeiramente, sua localização se encontra parte na área central da quadra e próximo das vias Argolino de Moraes e Zacarias Costa Camargo, com o interesse de apropriar outros pontos da quadra, implicando em novos fluxos, e ao mesmo tempo por uma questão logística, voltada para o acesso de equipamentos e matérias que serão utilizados para apresentações. O espaço de recepção aos públicos se dá com o grande saguão do foyer, contido por paredes envidraçadas e com pé direito de 4,00m, criando um contato com área externa, além de trazer iluminação a esse espaço. No foyer temos a disposição da bilheteira na parte esquerda isolada e do lado oposto, os banheiros, café, com espaço para mesa, e o acesso administrativo e o fundo do palco, sendo um acesso restrito pra funcionários e artistas. A administração encontra-se sobre os equipamentos do foyer (banheiro e café), com o layout para suporto instalação da diretoria administrativa, possuindo um espaço de recepção, sala de reunião, estações de trabalho, curadoria, copa e sanitários. Adentrando o auditório, temos as entrada dividida por dois corredores de acesso em rampa, com porta acústicas, chegando na plateia, que a capacidade de comportar 450 pessoas, dentro de número estão inclusas cadeiras acessíveis. Visando atender as normas de segurança e de saídas de emergências, temos uma saída lateral dando acesso direto a cota da praça (565), sendo uma válvula de escape direta, uma saída na parte superior dando acesso a conta do patamar acima (568), e ao mesmo tempo, temos um corredor na lateral direita, que possui duas direções, um voltada para o foyer e outra no sentido oposto através de escadas. Esse corredor, além de ter essa função de segurança, também serve como isolamento acústico entre
os lotes adjacentes, e como acesso operacional das equipes técnicas e de limpes do auditório. Aos fundos temos o apoio de palco, juntamente com suas salas de deposito técnico e manutenção. Analisado o placo e suas áreas técnicas, primeiramente temos um corredor aos fundos desse espaço com acesso restrito ao corpo artístico, dando privacidade com artistas, sem que haja contato direto como o público. Todo material a ser usado para os espetáculos, são ingressados através do foyer e chegando aos bastidores através por um elevador hidráulico que faze a conexão entre essas duas cotas. Hospedando o elenco artísticos os bastidores possuem 6 camarins, sendo 3 individuais de 13m² e 3 coletivos de 27 m². A área de apresentação possui um dimensionamento de 9m x 15m, totalizando 135 m², tendo um piso de madeira pra receber diversos tipos de apresentação. A estruturação do auditório se constrói com a utilização do concreto armado moldado em loco, implantando um grande volume maciço, coberto por uma estrutura metálica, capas de receber toda a instalação equipamentos de refrigeração e iluminação da caixa que concentra a plateia e o palco. Esse grande bloco se manifesta para o lado externo, como uma grande empena sega de concreto, que pode ser utilizada para receber projeções de cinemas a céu aberto, artes digitais, fundo de palco externo e entre outros demais usos. Elementos para aumentar a eficiência acústica do auditório foram incorporados na parte interna, sendo as placas acústicos dispostas no teto, com a angulação apropriada para refletira a acústica em todas as fileiras da plateia, placas de madeira nas laterais para isolamento tanto interno quando esterno, e revestimentos termo acústicos nos pontos de acessos internos, em que somados priorizam a qualidade acústica do auditório.
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Planta Baixa - Pavimento Térreo Legenda: 1 - Foyer 2 - Bilheteria 3 - Sanitários 4 - Depósito 5 - Cafeteria 6 - Acesso a administração 7 - Acesso as camarins e palco 8 - Corredor Funcional 9 - Camarins 10 - Palco 64
11 - Plateia 12 - Apoio de palco 13 - Sala de aposio 14 - Elevador de de acesso 15 - Recpção administrativa 16 - Estações de trabalho 17 - Sala de reunião 18 - Curadoria 19 - Copa
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Planta Baixa - 1º Pavimento Legenda: 1 - Foyer 2 - Bilheteria 3 - Sanitários 4 - Depósito 5 - Cafeteria 6 - Acesso a administração 7 - Acesso as camarins e palco 8 - Corredor Funcional 9 - Camarins 10 - Palco 66
11 - Plateia 12 - Apoio de palco 13 - Sala de aposio 14 - Elevador de de acesso 15 - Recpção administrativa 16 - Estações de trabalho 17 - Sala de reunião 18 - Curadoria 19 - Copa
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PERSPECTIVA EXPLODIDA Cobertura
Administração
Auditório
Foyer Painéis e Forro Acústicos
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CORTES AUDITÓRIO
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20 m
Corte G -G 69
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Corte H - H 70
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Corte I - I 71
PERSPECTIVAS
Vista para Escola de Arte e Administração
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Vista interna da quadra
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Vista das praรงas intrenas
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Vista de um dos acesso a quadra
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Vista interna da quadra
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PERSPECTIVA
Vista de um dos acesso a quadra
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Vista para o Auditรณrio
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REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS
Praça das Artes - Brasil Arquitetura Concurso para a reurbanização da área central de Conde, Paraíba - Realizado pela Prefeitura de Conde Concurso para a Requalificação Urbana do Centro Histórico de São José - SC - Realizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de Santa Catarina (IAB-SC) Centro Cultural ‘Twórcza Twarda’ Warszawa - Polônia - Equipe: Irgen Salianji, Karolina Szóstkiewicz, Katarzyna Duliba, Adrianna Drohomirecka Centro Linde para a Música - William Rawn Associates Edifício do Ballet Nacional Britânico - Glenn Howells Architects SESC Santo Amaro - Eleito Arquitetos 86
BIBLIOGRAFIA
Prefeitura de Hortôlandia. Disponível em: <http://www2.hortolandia.sp.gov.br/> Acesso em: 12/10/2020. Portal Hortôlandia. Disponível em: < https://www.portalhortolandia.com.br/> /Acessado em: 17/10/2020 Plano Diretor de Hortôlandia – 2008 Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado. Região Metropolitana de Campinas. Disponível em: <http://multimidia.pdui.sp.gov.br/rmc/docs-pdui/rmc_docspdui_0011. pdf>. Acesso em: 23/03/2020. SOLUÇÕES PARA CIDADE; Jardins de Chuva. Disponível em: https://www.solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2013/04/AF_Jardins-de-Chuva-online. pdf>. Acessado em> 25/11/2020 NACTO, GLOBAL DESIDNING CITIES INITIATIVE, Editora SENAC: Guia Global de Desenho de Ruas Sistemas estruturais para grandes vãos em pisos e a influência na concepção arquitetônica. Disponível em: < https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.044/622>. Acessado em: 13/10/2020 Archy Daily, Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br> Vitruvius, Disponível em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas> Revista Projeto, Disponível em: <https://revistaprojeto.com.br/> 87
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