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ID HORTOLÂNDIA
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Plano de Reestr uturação Urbana do Município de Hortolândia Identidade e Desenvolvimento 2
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ID
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AGRADECIMENTOS
Trabalho Final de Graduação Campinas, 14 de dezembro de 2020
Amanda Macarini / André Lopes / Fernando Bianchi Giovana Ferreira / Giovanna Degasperi / Isabelle Oliveira Luisa Borelli / Marcela Boghossian Orientado por: Profa. Mônica Manso Moreno Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Ciênicas Exatas, Ambientais e deTecnologia
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2
Desde o início desse desafio houve uma reciprocidade na união de forças a fim de conquistarmos o mesmo objetivo: nos tornamos oficialmente Arquitetos e Urbanistas. Através deste lindo encontro e do trabalho em equipe que realizamos, tivemos trocas de conhecimentos muito enriquecedoras e que nos engrandeceram não só profissionalmente, como ajudaram a nos moldar como pessoas perante os desafios da vida. Transformamos e fomos grandiosamente, transformados. Agradecemos, primeiramente, nossos familiares, por terem concedido a oportunidade do estudo e possibilitado o início de todo esse universo que nos cercou nos últimos cinco anos de nossas vidas e por sempre estarem ao nosso lado nessa jornada. Agradecemos também, nossos amigos, que tornaram essa caminhada mais leve e mais alegre, nos dando força para seguir mesmo nas longas noites viradas de projeto. Agradecemos a todos os professores que, durante esses anos, contribuíram com o nosso aprendizado. Todo nosso carinho e gratidão a vocês, que transmitiram seus conhecimentos e compartilharam suas experiências de forma a construir o significado de Arquitetura e Urbanismo dentro de cada um de nós. Especialmente, aos professores de segunda-feira, Claudio Manetti e José Luiz Grieco, que foram essenciais para o desenvolvimento desse trabalho com suas contribuições impulsionadoras. E por fim, agradecemos em especial nossa querida orientadora Monica Manso Moreno, por nos encantar semana a semana com todos os seus ensinamentos, sua atenção e seu afeto. Sua persistência, a fim de garantir a melhor experiência possível dentro de um trabalho final de graduação e produzir trabalhos consistentes, é admirável. Somos imensamente gratos por termos tido a oportunidade de sermos seus orientandos. 3
Sumário 4. ÁREA DE ESTUDO .................................................................... p. 37
1. INTRODUÇÃO
........................................................................ p. 07
2. CONTEXTO REGIONAL ................................................................ p. 09
Histório Regional Histório Hortolandia Evolução Urbana Topografia e Hidrografia
3. ESTRUTURAS URBANAS ....................................................... p. 21 Sistema Viário Sistema de Espaços Livres Dados Socioeconomicos Programa de Incentivo ao Crescimento - PIC 4
Justificativa para a escolha do recorte Rede de Equipamentos Existentes Leitura da Morfologia Urbana Potencial de Urbanização Síntese do Recorte Zoneamento Variáveis 5. PLANO ID - IDENTIDADE E DESENVOLVIMENTO
................. p. 59
Conceito e Finalidade Plano de Reestruturação Urbana Áreas de Intervenção - Subsetores 6. PROJETOS ESTRATEGICOS ................................................... p. 85 Habitação de Interesse Social Parque Jacuba CRAM - Centro de Referencia e Apoio a Mulher Circuito Central Centro Dia Midiateca Centro de distribuição e Logistica Mercado Municipal 5
1. INTRODUÇÃO
A metodologia utilizada para consagrar uma área de estudo foi de primeiramente discutir temáticas que são decorrentes dos desafios da cidade contemporânea. Testemunha-se, hoje, o enfraquecimento dos espaços públicos nas cidades brasileiras em detrimento dos espaços coletivos segregados proporcionados pela iniciativa privada, como condomínios fechados, shoppings centers e áreas de lazer privativas, locais esses que inibem a manifestação da diversidade cultural. Essas características da cidade fragmentada são mais evidentes ainda nos grandes centros urbanos, como nas regiões metropolitanas e em suas áreas periféricas. Sendo assim, na busca por um território que desafiasse a concepção de um desenho urbano, encontrou-se, na Região Metropolitana de Campinas, o município de Hortolândia, que apresenta uma conurbação intensa com a cidade de Campinas e com outros municípios da região metropolitana, como Sumaré e Monte Mor. A malha urbana e as relações socioeconômicas desses municípios se mesclam de tal forma que os limites municipais tornam-se diluídos no espaço. Associado a isso, entende-se que a cidade Hortolândia apresenta-se como uma extensão de uma urbanização sem significado territorializado, encontra-se subordinada à cidade de Campinas, ou seja, à margem das forças e das dinâmicas estabelecidas na metrópole como um todo. Sendo assim, se constitui como um alienado a construção de uma identidade própria. Além disso, a cidade 6
reflete claramente os impactos dessas forças exógenas, a exemplo da implantação do Corredor Noroeste que transformou a dinâmica interna não só de Hortolândia, como também também de todos os outros municípios pelos quais o corredor passa. Denominamos Hortolândia então, como um “Cerne Subordinado”, cerne por assumir uma posição central e estratégica, visto que está inserida na Região Metropolitana de Campinas, que é uma das regiões de maior importância dentro do cenário político e econômico estadual e federal. E subordinado, por estar submetida a cidade de Campinas, ser uma borda urbana periférica, de paisagem homogênea e com poucas referências urbanas, o que corrobora em um território sem identidade. Kevin Lynch, em seu livro “A Imagem da Cidade” , 1960, traz a importância do cidadão se sentir em um lugar único, que seja composto por elementos que os diferencie dos demais lugares. Lynch relata a relevância da cidade ser um símbolo para a sociedade, de retratar não só o seu passado, como também o seu modo de vida e os seus objetivos. Sendo assim, a equipe visou constituir um plano urbano que garanta a criação de uma identidade local para esse território tão desconexo e homogêneo, através de uma reestruturação do Município de Hortolândia que inclua melhores condições de urbanidade, sistema de espaços livres integrados e rede de equipamentos públicos. 7
2. CONTEXTO REGIONAL
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Histórico Regional
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Sumaré Localizada no estado de São Paulo, a Região Metropolitana de Campinas está inserida na Bacia do PCJ (Piracicaba/Capivari/Jundiaí) e historicamente ganhou destaque tornando-se importante ao dar suporte para os avanços paulistas rumo a Goiás. O desenvolvimento da cultura e produção de cana de açúcar e posteriormente de café fortaleceu a ligação da região com São Paulo e como consequência permitiu conexões com o porto de Santos, Vale do Paraíba e Rio de Janeiro. O complexo cafeeiro que se estabeleceu na região de Campinas, foi importante para a implantação de uma rede ferroviária, que tornou o local favorável para um potencial desenvolvimento industrial. A RMC foi criada em 2000 e é composta por 20 municípios, sendo eles: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste. Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Em população é a segunda maior região metropolitana do Estado de São Paulo, com um número aproximado de mais de 3,1 milhões de 10
habitantes. Em 2015 ela gerou 8,92% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, sendo uma das maiores portas de entrada para mercadorias importadas. Nos últimos anos, a Região Metropolitana de Campinas, vem ganhando relevância e consolidando uma significativa influência econômica em níveis estadual e nacional. Destaca-se pela presença do Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado no município de Campinas, classificado como o segundo maior do país em transporte de carga e pela presença de centros inovadores em pesquisas científicas e tecnológicas. Além disso, possui uma estrutura agrícola e agroindustrial significativa que desempenha atividades de expressiva especialização. Sendo assim, se estabelece como um parque industrial moderno e diversificado, sendo composto por setores complementares.
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Histórico Municipal
Fontes: Portal Hortolândia, Estações Ferroviárias 12
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As primeiras tentativas de registro de como surgiu e se desenvolveu o município de Hortolândia estão atreladas diretamente as localidades vizinhas, como Campinas, Sumaré e Monte Mor. A partir de transformações político-sociais e territoriais, vemos o espaço desconhecido se transformando em bairro rural, sua elevação para distrito e por fim em município emancipado por vontade popular. Localizado a oeste de Campinas, o território que compreende o atual município de Hortolândia, até o final do século XVIII, era característico da depressão periférica paulista, que é um bioma formado pela fauna e flora típica da passagem paulatina de Mata Atlântica para Cerrado. O local fazia parte de uma das sesmarias, da antiga Capitania e Província de São Paulo, que eram concedidas a senhores de engenho e escravagistas com a finalidade de explorar as novas regiões e estimular seu povoamento. Entre um dos documentos da época, datado de 1821, encontra-se uma proibição de tropas e viajantes de utilizaram a Estrada Velha, que ligava a antiga Vila de São Carlos à freguesia de Piracicaba. Essa não permissão de passagem forçou uma mudança de trajeto e é a partir de um deles que surge o caminho conhecido por Estrada da Terra Preta, mais tarde conhecida como Estrada Campinas-Monte Mor e na qual foi construída em alguns trechos a atual Rodovia SP101, Jornalista Francisco Aguirre Proença. Com esse novo trajeto, surge também um Vilarejo nomeado de Jacuba, que mais tarde dará nome ao ribeirão, que servia de parada para os tropeiros, colonos e escravos que passavam no local. O nome Jacuba, faz referência a uma bebida dos viajantes que ali passavam, feita de água, cachaça, farinha e adoçada com açúcar e mel. Na década de 1870, Campinas já havia se tornado o maior polo urbano e rural do Oeste Paulista, graças ao avanço da cafeicultura. A partir desse momento, se estabelecem características demográficas e urbanas de Terra Preta e Jacuba como bairros rurais. Em 1872, com a inauguração da estação ferroviária 14
de Campinas, os trens começaram a passar pelo local, mas ainda sem parada. Após a abertura de caminhos feitos pela Cia. Paulista, novas atenções foram voltadas em decorrência ao funcionamento da estrada de ferro, como escolas, maior preocupação com saúde e higiene pública e produção econômica local ganharam destaque nos jornais da época. Em 1917, acontece a instalação da estação Jacuba, com a intenção de estimular a pequena e média agropecuária, comercial e industrial, urbanização do bairro rural e assentamento domiciliar. 30 anos depois, em 1947, surge o primeiro loteamento “Parque Ortolândia” iniciando a urbanização do território que até então, Jacuba e Sumaré, fazia parte do município de Campinas. Em 1953, Sumaré é elevada a condição de município e Jacuba passa a ser um distrito de Sumaré. Nesse mesmo ano, houveram problemas com o nome ‘Jacuba’ por coincidir com uma vila do município de Arealva, foi então que o nome Hortolândia foi adotado como referência ao já existente Parque Ortolândia, propriedade de João Ortolan, sendo que não se sabe confirmar se a letra H teria sido ou não um erro de escrita no registro. O crescimento de Hortolândia resultou em um aumento dos recursos gerados pelo distrito. Em 1980, o distrito era responsável por 60% da arrecadação de Sumaré, no entanto era carente de investimentos em infraestruturas e políticas sociais. A partir desse cenário, inicia-se o movimento popular de emancipação administrativa do distrito e em 19 de maio de 1991, Hortolândia é elevada à categoria de município com 110 mil habitantes. Em 2018, a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) divulgou que a cidade possuía 383 estabelecimentos industriais e 1031 empresas de serviço, crescendo inclusive mais que a média dos municípios da Região Metropolitana de Campinas. Indústrias em Hortolândia, 1975 Fonte: IBGE Cidades
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Evolução Urbana EVOLUÇÃO URBANA
MAPA DO GIFF
Legenda:
Perímetro do município
Corpos d’ água
APP
O mapeamento da evolução do tecido urbano do município de Hortolândia pretende revelar a sua ocupação ao longo das décadas, a fim de melhor compreender sua formação e consolidação urbanística em relação a todo o sistema estrutural de vias, rios e preservação ambiental que configura a paisagem local. Primeiramente, na década de 1940, surge o Parque Ortolândia, primeiro loteamento da cidade, e em seguida começa a se consolidar todo o tecido urbano central do município, conformando um núcleo atrelado ao entroncamento da linha férrea com o Ribeirão Jacuba. Posteriormente, entre as décadas de 1980 e 1990, acontece uma urbanização impulsionada pelo processo de industrialização, a qual 16
está relacionada aos principais eixos rodoviários existentes e a um vetor de expansão sudeste no sentido de conexão com a cidade de Campinas, importante polo econômico da região. Além disso, ainda na década de 1980, aparecem os loteamentos que conformam o Jd. Amanda, bairro consolidado que possui autonomia própria dentro da cidade. Então, nos últimos 20 anos começam a ser implantados grandes condomínios fechados de alto padrão na porção oeste de Hortolândia, que margeiam a Av. Santana e fazem divisa com Sumaré, promovendo uma inversão na tendência de expansão para o sentido noroeste do município.
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Topografia e Hidrografia TOPOGRAFIA E HIDROGRAFIA
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Curvas mestras - 25 m
Curvas secundárias - 5 m
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O principal rio que corta o município é o Ribeirão Jacuba, que banha a região central da cidade e que encontra-se atrelado a Ferrovia Paulista. A nascente do ribeirão situa-se dentro do território da cidade, o que é um diferencial em relação a outros municipalidades. Nos últimos anos, a Prefeitura Municipal está atuando num processo de recuperação de todas as áreas por onde passa o Jacuba e seus córregos, a fim de reconstituir as Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e possibilitar um convívio harmonioso entre a população e o meio ambiente. Outros corpos d’água que foram relevantes para a análise do território e constituição do plano são: o Córrego Martins e o Córrego Terra Preta. O primeiro também corta a região central do município, e conforma um importante parque urbano que é o Parque Chico Mendes. Já o segundo, está localizado na divisa oeste de Hortolândia com Sumaré, cortando o Jardim Amanda, o maior bairro do município.
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Perímetro do município
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O município de Hortolândia está localizado na Depressão Periférica Paulista, formação entre o Planalto Ocidental e o Planalto Atlântico. Portanto, seu relevo se caracteriza por apresentar topos extensos e planos, conformando uma paisagem predominantemente plana. É marcado por poucas diferenças de declividade, sendo ela mais acentuada junto aos cursos hídricos, onde conformam-se os vales. Em relação a hidrografia, a bacia em que Hortolandia e região estão localizadas é a bacia hidrográfica do Rio Piracicaba, que se configura como a principal fonte de extração de água para a Região Metropolitana de Campinas. Em 2003, delimitou-se seis microbacias no território da cidade: Microbacia do Ribeirão Jacuba ou Hortolândia, Microbacia do Córrego Fazenda São Joaquim, Microbacia do Córrego Taquara Branca, Microbacia Lagoa Santa Clara, Microbacia do Córrego Terra Preta, e Microbacia Vila Guedes.
Corrego Terra Preta
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3. ESTRUTURAS URBANAS
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Sobrevoos
de ligação entre os principais pólos de exportação e importação do país, que são o Porto de Santos e o Aeroporto Internacional de Viracopos. Essa então, é outra potencialidade do território de estudo, a proximidade com o Aeroporto Internacional de Viracopos localizado em Campinas, o que torna a localidade de Hortolândia muito privilegiada. A distância do centro de Hortolândia até o Aeroporto é de 33,5 quilômetros, havendo atualmente cinco rotas possíveis, sendo que a mais rápida é pela Rodovia dos Bandeirantes. O percurso de carro leva em torno de 28 minutos, enquanto que de ônibus o tempo estimado já é de 1 hora e 10 minutos, pois o itinerário percorre a SP-101 até o centro de Campinas e posteriormente, a Rodovia Santos Dumont até chegar em Viracopos.
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O município de Hortolândia possui uma localização estratégica não só na Região Metropolitana de Campinas, como em relação ao estado de São Paulo, visto que está estabelecido entre eixos rodoviários muito importantes, como a Rodovia Anhanguera, Rodovia Dom Pedro I, SP-101 e Rodovia dos Bandeirantes. A Rodovia Anhanguera interliga a região norte do estado e suas principais áreas industriais e agrícolas com a cidade de São Paulo, enquanto que a Rodovia Dom Pedro I faz a ligação da Região Metropolitana de Campinas com o Vale do Paraíba, e a SP-101, também denominada Rodovia Campinas-Monte Mor, interliga cidades como Campinas, Hortolândia, Monte Mor, Elias Fausto, Capivari, Rafard e Tietê. Já a Rodovia dos Bandeirantes, possui grande importância comercial, pois juntamente com o Rodoanel Mário Covas e com a Rodovia Anchieta, formam um elo
ESTRUTURAS URBANAS
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ESTRUTURAS URBANA Mobilidade urbana
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Corredor Noroeste 1- Terminal Metropolitano 2- Terminal Pinheiros 3- Parada Emancipação
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Rodovias
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como também de Avenida São Francisco de Assis, que posteriormente se torna a Estrada Municipal Valêncio Calegari. Além de fazer parte do Corredor Noroeste, a Av. Santana é uma das principais vias que fazem a transposição do Ribeirão Jacuba e da Ferrovia Paulista, conectando os tecidos urbanos opostos. A criação desse novo eixo intermunicipal gerou impactos locais no município, fomentando o adensamento da cidade e, consequentemente, provocando uma mudança no padrão de ocupação urbana. A implantação dessa grande infraestrutura regional de transporte metropolitano configura, portanto, um fator determinante para a necessidade de elaboração de um plano urbano estratégico. A Avenida Olívio Franceschini percorre o município no sentido leste/oeste, formando, inclusive, a Ponte Estaiada de Hortolândia, que se tornou um marco para a cidade e transpõe o Ribeirão Jacuba. Nela, estão instaladas importantes paradas do Corredor Noroeste, como o Terminal de Transferência Pinheiros e a Parada da Emancipação, além do Terminal Metropolitano. Já a Avenida Thereza Ana Cecon Breda, também faz parte do Corredor Noroeste e se apresenta como um importante eixo de conexão entre Hortolândia e Sumaré, o que configura um vetor de expansão do município. Nela, está localizada a Dibase e o Instituto Federal, além de inúmeros conjuntos de HIS que foram implantados nos últimos anos na cidade. Outra via estrutural de grande importância na escala municipal é a Avenida da Emancipação, que é um eixo viário que vai da SP-101 até a Rua Luís Camilo de Camargo, sendo esta última, a principal via comercial da cidade. Ela se conecta também com a Avenida Olívio Franceschini e margeia um importante vazio urbano de Hortolândia que atualmente sedia eventos municipais.
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O município de Hortolândia possui uma localização estratégica não só na RMC, como em relação ao estado de São Paulo, visto que está estabelecido entre eixos rodoviários muito importantes, como a Rodovia Anhanguera, Rodovia Dom Pedro I, SP-101 e Rodovia dos Bandeirantes. A Rodovia Anhanguera interliga a região norte do estado e suas principais áreas industriais e agrícolas com a cidade de São Paulo, enquanto que a Rodovia Dom Pedro I faz a ligação da RMC com o Vale do Paraíba, e a SP-101, também denominada Rodovia Campinas-Monte Mor, interliga cidades como Campinas, Hortolândia, Monte Mor, Elias Fausto, Capivari, Rafard e Tietê. Já a Rodovia dos Bandeirantes, possui grande importância comercial, pois juntamente com o Rodoanel Mário Covas e com a Rodovia Anchieta, formam um elo de ligação entre os principais pólos de exportação e importação do país, que são o Porto de Santos e o Aeroporto Internacional de Viracopos. Essa então, é outra potencialidade do território de estudo, a proximidade com o Aeroporto Internacional de Viracopos localizado em Campinas, o que torna a localidade de Hortolândia muito privilegiada. A distância do centro de Hortolândia até o Aeroporto é de 33,5 quilômetros, havendo atualmente cinco rotas possíveis, sendo que a mais rápida é pela Rodovia dos Bandeirantes. O percurso de carro leva em torno de 28 minutos, enquanto que de ônibus o tempo estimado já é de 1 hora e 10 minutos. Já em relação aos eixos viários estruturais na escala do município, identificou-se as seguintes vias: Avenida Santana, Avenida Olívio Franceschini, Avenida Thereza Ana Cecon Breda e Avenida da Emancipação. A Avenida Santana corta o município de norte a sul, interligando a Rodovia Anhanguera ao norte, com a SP-101 ao sul, passando por cima da Rodovia dos Bandeirantes. Em toda essa extensão, ela recebe o nome não só de Avenida Santana,
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Principais fluxos rodoviários
Novos eixos rodoviários
Ciclovia existente
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Outro eixo importante é a ferrovia, que dentro de Hortolândia possui seu traçado em paralelo ao Ribeirão Jacuba. Essa linha férrea pertencia a Linha Tronco da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, também denominada Linha 1, que interligava a cidade de Jundiaí até a Colômbia. Essa linha foi posteriormente incorporada pela FEPASA e atualmente ela é operada pela RUMO. Hoje, a linha que já transportou também passageiros no passado, carrega somente cargas e configura um dos maiores eixos nacionais de exportação de grãos. Há, no momento presente, dois projetos diferentes para esse trecho da linha férrea. Um deles é a proposta da RUMO de fazer um ferroanel para remover os leitos férreos que passam no interior dos municípios de Hortolândia, Sumaré e Nova Odessa, a fim de minimizar os conflitos urbanos, como o risco na travessia de pedestres. Porém, paralelo a isso, o Governo Federal possui o projeto TIC, que constitui o Trem Intercidades, ou seja, na prática, a RUMO deverá compartilhar os trilhos que transportam cargas com o trem de passageiros. Em relação aos transportes, além das linhas de ônibus municipais, Hortolândia conta com o Corredor Metropolitano Vereador Biléo Soares Noroeste, 26
conhecido como Corredor Noroeste, que é uma obra de caráter metropolitano que impactou diretamente o âmbito local. O planejamento da expansão dos transportes metropolitanos é realizado pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), através do Plano Integrado de Transporte Urbano (PITU). O planejamento não só considera a expansão da oferta, como também, a gestão da demanda. Nessa linha, a empresa responsável pelo transporte coletivo intermunicipal metropolitano é Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Na Região Metropolitana de Campinas a área de influência da EMTU é: Santa Bárbara D’Oeste, Americana, Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia e Campinas. O Corredor Noroeste possui 63,2 quilômetros de extensão, 95 estações, sendo que 55 ainda estão em projeto e 9 estações de transferência, sendo que dessas últimas, 6 também ainda estão em fase de projeto. O corredor é de caráter misto e atualmente Hortolândia possui três estações que o atendem: o Terminal Metropolitano, o Terminal de Transferência Pinheiros e a Parada Emancipação. Fonte: EMTU 27
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Sistema de Espaços Livres
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SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES 4
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Perímetro do município
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O Sistema de Espaços Livres de Hortolândia está diretamente relacionado à Hidrografia do município. Os principais locais públicos de lazer são os 6 parques existentes na cidade, todos associados aos corpos d’água: Parque Renato Dobelín, Parque Remanso das Águas e Parque Irmã Dorothy Stang às margens do Ribeirão Jacuba e Parque Chico Mendes, Parque Lago da Fé e CREAPE às margens do Córrego Martins. Por possuírem essa condição atrelada à Hidrografia, há uma grande potencialidade de formação de um circuito que interligue esses parques num grande eixo verde ao longo do Ribeirão Jacuba e os córregos da cidade. Entretanto, isso não ocorre atualmente em Hortolândia, fazendo com que esses 6 parques não possuam relação entre si. Ao contrário disso, as margens dos corpos d’água se encontram degradadas atualmente e, em alguns locais, ocupadas irregularmente. Além disso, Hortolândia possui 11 praças de relevância, sendo que a 28
maioria se encontra na porção central da cidade (delimitada pelas Rodovias SP101 e Bandeirantes e Avenidas Santana e Emancipação), possuindo espaços de permanência e, em algumas delas, usos esportivos e institucionais, atreladas a escolas municipais. Entretanto, possuem a mesma condição dos parques: degradadas e desconexas entre si, não conformando de fato um bom sistema de áreas públicas livres. Dessa forma, Hortolândia possui uma grande potencialidade no que diz respeito à criação de um forte sistema de espaços livres. A presença do Ribeirão Jacuba e seus afluentes permite a criação de um circuito de áreas de lazer, conectando os parques existentes, desde que sejam preservadas as áreas de preservação permanente, aumentando, assim, as condições de urbanidade em toda cidade.
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Parques
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Referências
CREAPE
1- Prefeitura Municipal 2- Centro de Memoria 3- Penitenciária 4- Dibase 5- Instituto Federal 6- Instituto Adventista 7- ETEC 8- SESI
Pq. Irmã Dorothy Stang
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Dados Socioeconômicos
Em relação aos indicadores socioeconômicos, um estudo realizado pelo NEPO (Núcleo de Estudo de População “Elza Berquó”) da UNICAMP no ano de 2000, mapeou as áreas de vulnerabilidade de toda a Região Metropolitana de Campinas, inclusive de Hortolândia. O município de estudo foi categorizado em duas áreas de vulnerabilidade. A porção nordeste da cidade, onde está localizada a Penitenciária de Hortolândia, encontra-se na Zona de Vulnerabilidade 1, que consiste em áreas mais periféricas, menos consolidadas do ponto de vista urbanístico e com pior infraestrutura da região. Já o restante do município encontra-se na Zona de Vulnerabilidade 2, que segundo a classificação do NEPO, são áreas com grande concentração populacional de baixa renda. Através dos dados do censo 2010 do IBGE, foi possível analisar as áreas de maior densidade demográfica do município, sendo elas o Jardim Amanda e 30
Vulnerabilidade - RMC
as áreas de urbanização histórica. São nessas localidades, inclusive, que estão implantados a maioria dos equipamentos públicos. Em contrapartida, é notório a baixa densidade demográfica da região noroeste da cidade, que corresponde a área que apresenta condomínios de alto padrão entre o eixo da Rodovia dos Bandeirantes e Avenida Olívio Franceschini, e a região que configura o setor de expansão do município, que corresponde a porção acima da Avenida Thereza Ana Cecon Breda.
Densidade Demográfica - Hortolândia
Legenda: Legenda:
Habitantes/km²
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Zona de Vulnerabilidade 1: áreas periféricas,
3571,17 a 7633,16
menos consolidades e carentes em infraestrutura
7638,33 a 10121,79
Zona de Vulnerabilidade 2: concentração populacional de
10239,48 a 12144,87
baixa renda (67,5% dos domícilios com renda per capita
12280,81 a 45315,13
até 1 s.m)
Ausência de valor
Fonte: produção pessoal a partir dos dados Do Nepo – Unicamp, 2000
Fonte: Ibge, Sinopse por Setores, Censo 2010.
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Programa de Incentivo ao Crescimento - PIC
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PLANOS EXISTENTES PIC - Programa de Incentivo ao Crescimento Legenda:
O Programa de Incentivo ao Crescimento (PIC) do município de Hortolândia, foi criado em 2018, com o intuito de desenvolver e gerar um crescimento da cidade, nos próximos vinte anos, através de planejamentos e ações no âmbito urbano, ambiental, social e humano. O programa, que apresenta um investimento de 400 milhões de reais, conta com parcerias de iniciativas privadas, da Prefeitura e dos Governos Federal e Estadual. São mais de 100 obras e serviços propostos para a cidade, que visam maior qualidade de vida para a população, além da geração de empregos e investimentos nos setores públicos de saúde e educação. O PIC leva em conta as principais necessidades apontadas pela população de Hortolândia e a de maior volume está relacionada a mobilidade urbana. Entre as ações do programa estão a construção de novas ruas, pontes, viadutos e acessos viários, a realização de obras de asfalto, recapeamento, sinalização e de drenagem. No âmbito do desenvolvimento sustentável, o PIC prevê cinco novos parques lineares, a fim de criar um corredor ecológico na cidade. Conta também com 32
a ampliação das áreas verdes em 417 mil metros quadrados, juntamente com a recuperação de nascentes e matas ciliares e criação de novos espaços de lazer. Em relação à segurança e tecnologia, o município trabalha para a instalação do sistema inteligente OCR (Optical Character Recognition – Reconhecimento Óptico de Caracteres) em câmeras de monitoramento nos principais acessos viários da cidade. Além da implantação do sistema Sequoia, procedimento que transformará todos os processos do município, até então impressos em papel, em processos digitais. Nas áreas de saúde e educação, serão realizadas reformas e ampliações nos Hospitais e Escolas Públicas, além da criação de novas unidades de saúde e de creches. A Prefeitura realizará 23 plenárias em todas as regiões da cidade, para apresentar todos os programas do PIC à população. O plano do PIC, estão inseridos as diretrizes no plano estratégico a ser descrito pelo grupo.
Perímetro do município
Área de intervenção
Corpos d’ água
Ferrovia Paulista
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Parques existentes
Parques propostos
Eixo ambiental
Eixo 1
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Fonte: elaborado pela equipe
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Sumaré Nova Odessa Americana
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Verticalização
MAPA SÍNTESE
Jardins das Colinas
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Santa Bárbara D’Oeste
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Jardim de Mônaco
Av. Sa
Paq. Olívio F.
Remanso Campineiro
Av.
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Parque Hortolândia
2
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Jardim Golden Park
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Perímetro do município
Área de intervenção
Corpos d’ água
Rodovias
Penitenciária
3
Vias estruturadoras
Ferrovia Paulista
Corredor Noroeste 1- Terminal Metropolitano 2- Terminal Pinheiros
Jardim das Figueiras
3- Parada Emancipação
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Legenda:
Jardim Amanda: bairro que fica sudoeste de Hortolândia, e é caracterizado por loteamentos de fachada estreita e comprimento longo, que conformam, assim, unidade para o parcelamento do solo da área. É uma região muito adensada e já consolidada, que possui uma dinâmica habi- tacional e comercial própria em relação ao restante da cidade. Polos Industriais: a presença do setor industrial no município de Hortolândia é forte, principalmente nas áreas que estão mais próximas aos eixos rodoviários. A localização da cidade no contexto metropolitabno favoreceu a implantação das mesmas em seu território, devido ao fácil acesso e escoamento da produção, além da proximidade com o Aeroporto Internacional de Viracopos. Os principais setores industriais presentes no território municipal são o automobilístico, o alimentício e o de alta tecnologia.
Parque Oreste Ongaro
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Verticalização: zona de ocupação mais recente da cidade, que foi apropriada por conjuntos de Habitação de Interesse Social (MCMV). O conjunto de edifícios altos ali implantados promoveu um destaque dos mesmos diante da paisagem horizontal do restante do município. Além disso, é uma área que apresenta carências de infraestrutura urbana, e manifesta-se vulnerável e desconexa do restante da cidade.
Zona de Expansão: área mais nobre da cidade, com condomínios de ca sas alto padrão, que foram implantados nas últimas três décadas, e configuram uma paisagem diferente daquela presente do restante do município. Esse tecido se consolidou às margens da Avenida Santana, fazendo com que este importante eixo se configure como um limite de padrão de urbanização no sentido leste-oeste do contexto municipal.
Av.
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No que diz respeito à análise das formas de ocupação no município, identificou-se cinco tipos de tecidos urbanos vigentes:
Centro: parcela mais antiga e consolidada da cidade, que configura uma paisagem homogênea e horizontal, com uso predominantemente residen cial. Possui uma característica unificada em relação ao desenho do teci- do urbano, como reconhecido pela unidade de parcelamento das quadras.
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Av.
No mapa síntese municipal, evidencia-se, de um modo geral, as análises realizadas até então a respeito do desenvolvimento e localização do município como um todo. Retomando, primeiramente, os elementos viários estruturadores da região, como a passagem próxima das Rodovias Anhanguera, D. Pedro I, Bandeirantes e SP-101, que dão acesso e conectam o município com seus vizinhos. Destaca-se também, em setas amarelas, algumas vias estruturadoras internas ao município, como a passagem do Corredor Metropolitano que promove uma ligação intermunicipal através das Avenidas Santana e Thereza Ana Cecon Breda, além de algumas vias secundárias como Av. Olívio Franceschini e Av. da Emancipação, as quais possuem terminais e paradas estratégicas do corredor. Seguindo para o sistema de áreas verdes, nota-se que a mata de preservação permanente do Ribeirão Jacuba e seus afluentes configura um elemento verde estruturador na cidade, que marca o território no sentido leste-oeste, assim como os parques municipais já existentes. Neste caso, observa-se que não há conexão ou relação alguma entre esses usos, havendo, assim, uma potencialidade de configuração de um circuito central articulador através, também, da recuperação da mata ciliar.
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Anáçise Urbana Municipal - Síntese
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Jardim Amanda
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Monte Mor
1 - 10
Ocupação Histórica
Ocupação autônoma
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Áreas industriais
Parques
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4. ÁREA DE ESTUDO
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Área de Estudo - Recorte Municipal
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RECORTE DE ESTUDO Localização
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Legenda:
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Perímetro do município
Área de intervenção
Corpos d’ água
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Rodovias Av.
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Vias estruturadoras
Ferrovia Paulista
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Como consequência das diferentes características reveladas dentro da mesma área, foram consideradas outras duas sub setorizações para pontuar a vocação de cada, onde suas leituras e interpretações trariam medidas distintas a serem adotadas, mas com o intuito de valorizar a paisagem do centro consolidado. O cenário atual revela territórios muito distintos, onde seus equipamentos estruturadores e alimentadores de urbanidade, são desconexos ou inexistente na maior parte da área demarcada. Sendo assim, as diretrizes têm a intenção de direcionar o desenvolvimento do município para um cenário promissor de urbanidade, em um território com a paisagem continua.
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Ao analisar o tecido urbano do município, distinguiu-se os possíveis fragmentos com potencial de intervenção, sendo assim, a área escolhida enfrentava uma dualidade de características em um território desconexo, mas com vocação para a construção da identidade de Hortolândia. Como dito anteriormente, o município se desenvolve a partir de eixos fortes de circulação, também direcionando a sua linha de expansão em um paralelismo condicionado pela Av. Thereza Ana Cecon, estrutura do corredor noroeste. O resultado desse fator é um vazio urbano direcionado pelo eixo e outra área próxima com a condição de entroncamento entre rio e ferrovia, resultando em um espaço “residual”.
SP
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Equipamentos Urbanos existentes
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RECORTE DE ESTUDO Equipamentos Urbanos existentes Legenda:
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Instituto Federal
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DIBASE
Educação
Educação pública
Educação privada
Ensino superior
Ensino médio
Ensino fundamental
Ensino infantil
Creche Centro de Memória
Saúde
ETE
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UPA
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avenida, vê-se a carência de equipamentos urbanos de todas as tipologias: educacionais, culturais, saúde e lazer. Essa região do município desprovida de equipamentos, configura o eixo de expansão de Hortolândia, onde recentemente estão sendo implantados conjuntos habitacionais populares verticais, que induzem a necessidade de uma suplementação da rede de equipamentos públicos da cidade.
SESI
Clínica da Cidade
Cultura/Lazer
San
tana
Av.
Av.
Dentre os equipamentos urbanos existentes na área de estudo, vale ressaltar a presença de equipamentos estratégicos e de importância na escala municipal, como o Instituto Federal na Avenida Thereza Ana Cecon Breda, bem como o Centro de Memória no entremeio Ribeirão Jacuba/Ferrovia Paulista, o SESI ao lado Parque Chico Mendes e a ETEC na Avenida Olívio Franceschini. Na espacialização dos equipamentos é notório a concentração dos mesmos na porção direita da Avenida Santana, que corresponde às áreas de malha urbana mais consolidada e de maior densidade demográfica, como aponta o mapa de densidade do censo 2010 do IBGE. Já na porção esquerda dessa mesma
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Centro de Memória/
Biblioteca Municipal/
Casa Quilombola
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Leitura da Morfologia Urbana
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EVOLUÇÃO URBANA
Legenda: Av.
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Perimetro do município
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Corpos d’ água
Rodovias
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Vias estruturadoras
Ferrovia Paulista
anterior a 1949
1950 - 1989
1970 - 1989
2000 - 2020
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Av.
Para melhor compreender a formação histórica e configuração morfológica dos bairros que compõem o recorte municipal em estudo, procurou-se identificar e classificar os tecidos urbanos, mapeados a seguir, de acordo com os seguintes critérios: - ano de implantação; - dimensão das quadras e dos lotes; - uso e gabarito das edificações; - densidade populacional estimada (hab/ha).
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Fonte: elaborado pela equipe
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Urbanização anterior a 1949
urbanização anterior a 1949 - Parque Ortolândia: primeiro loteamento da cidade; - Quadras de 0,4 a 3,06 ha, de formatos variados; uso residencial em lotes entre 230 a 1320 m², de 1-2 pavimentos;
A urbanização anterior a 1949 é exclusiva da área relativa ao primeiro loteamento da cidade, o Parque Ortolândia, empreendimento de João Ortolan, autorizado pela prefeitura de Campinas em 1947. É fundamental destacar que, nessa época, Hortolândia ainda fazia parte de Sumaré – que, por sua vez, era um distrito de Campinas. A parte do bairro inserida na área de estudo possui limites definidos pelas avenidas Santana -ao lado do Terminal Metropolitano, e Olívio Franceschini, e pelo Parque Socioambiental Chico Mendes. A área é caracterizada pelo uso residencial em lotes entre 230 a 1320 m², de 1 a 2 pavimentos, em quadras de 0,4 a 3,06 ha, de formatos variados. A densidade média estimada é de 70 hab/ha. 44
As bordas do bairro caracterizam-se por um tipo de ocupação que difere do núcleo: as quadras relacionadas à Av. Olívio Franceschini possuem lotes com edificações mais recentes, de uso relacionado a serviços.
- Densidade média estimada: 70 hab/ha; - Núcleo com predominância de ocupação que difere das bordas: as quadras relacionadas à Av. Olívio Franceschini possuem lotes com edificações mais recentes, de uso relacionado a serviços.
Fonte: elaborado pela equipe
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Urbanização entre 1950-69 Este período é ligado aos bairros com urbanização relacionada ao núcleo da cidade - a Estação Jacuba. Engloba os bairros Vila São Pedro, Vila Real, Vila Real Santista e com destaque para os bairros que compõem hoje o centro de Hortolândia: o Jardim das Paineiras, Remanso Campineiro e Parque dos Pinheiros. A área é caracterizada por uma diversidade de usos, englobando o residencial, institucional e de serviços, em lotes de 120 a 200 m², de 1 a 2 pavimentos, em quadras de 0,6 a 1,4 ha. A densidade média estimada é de 136 hab/ha. Observa-se que há um traçado de áreas livres públicas no desenho dos bairros. A área do Jardim das Paineiras, localizada no centro da área caracterizada pela urbanização deste período, destaca-se por suas quadras de aproximadamente 3 ha de urbanização heterogênea. Lotes de uso habitacional, advindos da urbanização de 1950-1969, mesclam-se aos edifícios comerciais mais recentes, QUADRA HABITACIONAL – PADRÃO 1 Quadra de 1 ha com uso residencial em lotes aprox. 290 m², de 1-2 pavimentos; Densidade: 144 habitantes/ha.
QUADRA HABITACIONAL – PADRÃO 2 Quadra de aprox. 0,90 ha com uso residencial em lotes de aprox. 150 a 270 m², de 1-2 pavimentos; Densidade: 146 habitantes/ha.
onde se instalaram equipamentos de grande porte como o Shopping Hortolândia, Supermercados e a Universidade Anhanguera. A rua Luís Camilo de Camargo, pertencente a este bairro, é de fundamental importância para a cidade, dado que os lotes lindeiros a ela fazem parte do trecho considerado o centro comercial de Hortolândia. Ao comparar a quadra padrão ao norte desta área central (Vila Real) com a quadra padrão ao sul (Remanso Campineiro), vê-se que ambas os bairros caracterizam-se principalmente pelo uso habitacional, em 1 a 2 pavimentos, mas ao sul tem-se quadras de 1 ha com lotes de 290m², resultando em uma densidade de 144 habitantes/ha, enquanto ao sul temos quadras de 0,90 ha com lotes com maior variação de tamanho (150 a 270 m²), gerando uma densidade de 146 habitantes/ha.
urbanização entre 1950- 69 - Área central: bairros com urbanização relacionada ao núcleo da cidade - a Estação Jacuba;
QUADRAS COMERCIAIS Quadras de aproximadamente 3 ha de urbanização heterogênea, pois possuem: lotes de uso habitacional (urbanização de 50-69); - edifícios comerciais mais recentes, onde se instalaram equipamentos de grande porte como o Shopping Hortolândia, Supermercados e a Universidade Anhanguera.
R. LUÍS CAMILO DE CAMARGO Lotes lindeiros a esta via fazem parte do trecho considerado o centro comercial de Hortolândia. Uso comercial em lotes de aproximadamente 230 m², 1-2 pavimentos.
- Quadras de 0,6 a 1,4 ha;
- Uso residencial,institucional e de serviços em lotes de 120 a 200 m², de 1-2 pavimentos; - Densidade média estimada: 136 hab/ha; - Possui traçado de áreas livres públicas.
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Fonte: elaborado pela equipe
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Urbanização entre 1970-89 Composta pelos bairros atualmente consolidados, cujo tecido urbano se desenvolveu em continuidade à urbanização existente até então, configurando o núcleo central da cidade. Engloba os bairros Jardim Nossa Sra. Auxiliadora, Jardim Nova Hortolândia, Jardim Boa Esperança, Parque Peron e Parque do Horto. A quadra padrão destes bairros é caracterizada por uma forma alongada, com aproximadamente 0,97 ha. O uso é residencial em lotes de 130m², 1 a 2 pavimentos, ocupados por famílias de baixa renda. A densidade, de 296 habitantes/ha, é a mais alta da cidade para quadras com edificações horizontais. QUADRA HABITACIONAL – PADRÃO 1 Quadra alongada de aprox. 0,97 ha. Uso residencial em lotes de aprox. 130m², 1-2 pavimentos, baixa renda. Densidade: 296 habitantes/ha.
Neste período surgem também loteamentos de chácaras para fins particulares de lazer. São quadras de 3,4 ha com lotes de 1.300 m², configurando uma densidade baixa, de 28 habitantes/ha. Ademais, próxima aos bairros Remanso Campineiro e Parque dos Pinheiros, na área central da cidade, há uma grande quadra de 11,25 ha com uma instalação fabril (indústria metalúrgica Belgo Bekaert S/A).
QUADRAS DE CHÁCARAS Loteamento de chácaras para fins particulares de lazer. Quadras de aprox. 3,4 ha com lotes de aprox. 1.300 m². Densidade: 28 habitantes/ha.
urbanização entre 1970 - 89
QUADRA INDUSTRIAL Grande quadra de 11,25 ha com instalação fabril (indústria metalúrgica Belgo Bekaert S/A).
- Bairros consolidados cujo tecido urbano se desenvolveu em continuidade à urbanização existente até então, configurando o núcleo central da cidade; - Surgem também loteamentos de chácaras;
- Quadras de 0,5 a 3,4 ha;
- Uso predominantemente residencial/lazer particular em lotes entre 120 a 1.300 m², de 1-2 pavimentos; - Densidade média estimada: 160 hab/ha.
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Fonte: elaborado pela equipe
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Urbanização entre 2000-20 Urbanização caracterizada pelos loteamentos de uso residencial de alto padrão afastados, em sua maioria, do núcleo central, além da implantação de conjuntos habitacionais MCMV, que altera a paisagem homogênea e horizontal da cidade. Engloba os bairros Jardim das Colinas, Jardim do Jatobá, Vila São Francisco e Jardim São Jorge II, e as dimensões das quadras, lotes, e o valor da densidade variam segundo o padrão de ocupação. Os condomínios habitacionais de alto padrão estão localizados nas áreas a oeste da Av. Santana e estão afastados do restante da dinâmica da cidade. Possuem quadras de 0,9 ha com uso habitacional unifamiliar, em lotes de 350m², 1 a 2 pavimentos, gerando uma densidade de 114 habitantes/ha.
QUADRAS HABITACIONAIS - CONDOMÍNIO DE ALTO PADRÃO Quadras de aprox. 0,9 ha com uso habitacional unifamiliar alta renda, em lotes de 350m², 1-2 pavimentos, em condomínios fechados, afastados do restante da dinâmica da cidade. Densidade: 114 habitantes/ha
QUADRA HABITACIONAL Quadra alongada de aprox. 1,47 ha com uso habitacional unifamiliar em lotes de 130 a 280 m², 1-2 pavimentos. Densidade: 176 habitantes/ha
Já as quadras relacionadas ao programa Minha Casa Minha Vida Toda possuem conjuntos ocupando uma área de aproximadamente 13 ha, com uso habitacional multifamiliar. São edifícios de 5 a 10 pavimentos que se destacam da paisagem predominantemente horizontal da cidade e geram uma densidade de 606 a 800 habitantes/ha. Conclui-se, portanto, que houve ao longo das décadas uma precarização nas formas de ocupação. Os lotes possuem dimensões variadas, com diferentes padrões de ocupação e mistura de usos, além de não haver frequência de áreas verdes livres dentro da configuração das quadras.
urbanização entre 2000 - 20 - Referência de urbanização vertical, marcada pela implantação de conjuntos habitacionais MCMV, que altera a paisagem homogênea e horizontal da cidade;
QUADRAS HABITACIONAIS - EDIFÍCIOS MCMV Toda a extensão de cada conjunto ocupa uma área de aprox. 13 ha de uso habitacional multifamiliar através do programa MCMV. Edifícios de 5-10 pavimentos que se destacam da paisagem predominantemente horizontal da cidade. Densidade:606 a 800 habitantes/ha
- Loteamentos de uso residencial afastados, em sua maioria, do núcleo central; - As dimensões das quadras, lotes, e o valor da densidade variam segundo o padrão de ocupação.
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Potencial de Urbanização
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POTENCIAL DE URBANIZAÇÃO Legenda:
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Perímetro do município
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A classificação do potencial de urbanização consiste na análise individual do contexto de cada um dos vazios urbanos que estão inseridos dentro do setor de intervenção, elencados em 4 categorias: - Urbanização Prioritária: são vazios que já possuem um fator condicionante à sua ocupação, como escolas, creches e outros equipamentos públicos, e, por isso, devem ser induzidos à urbanização primeiramente.
Vias estruturadoras
Ferrovia Paulista
Urbanização prioritária
Passével de urbanização
Urbanização com
condicionantes
Não passíveis de urbanização
- Passível de Ocupação: são vazios urbanos que podem e tendem a ser ocupados segundo a lógica de expansão da cidade.
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- Urbanização com condicionantes: áreas que possuem dentro delas, ou ao seu redor, elementos que induzem a sua não ocupação, como a proximidade aos eixos hídricos ou mesmo topografia acidentada. - Não Passível de Ocupação: vazios que constituem matas densas de preservação ambiental, e por isso não devem ser ocupados.
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Zoneamento
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ZM1 – ZONA MISTA: Residências, pequenos comércios, serviços, indústrias leves e instituições; ZM2 – ZONA MISTA: Residências, serviços, comércios médios e pesados, indústrias leves e médias e instituições; ZM3 – ZONA MISTA: Residências, pequenos comércios e serviços; ZM4 – ZONA MISTA: Residências, pequenos comércios e serviços, indústrias leves e médias e instituições;
ZONEAMENTO URBANO
ZM2
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ZM5 – ZONA MISTA: Residências, pequenos comércios, serviços médios e pesados, indústrias leves e médias e instituições; ZI2 – ZONA PREDOMINANTEMENTE INDUSTRIAL: Comércios, serviços, indústrias leves, médias e pesadas e instituições; ZI3 – ZONA PREDOMINANTEMENTE INDUSTRIAL: Indústrias especiais e extrativistas de minério; ZRA – ZONA EXCLUSIVAMENTE DE REC. AMBIENTAL: Plantio de espécies arbóreas, podendo caracterizar espaço destinado a parque, mediante ao processo de descontaminação e saneamento ou restrição de contato com o solo contaminado e áreas críticas. ZH1 – ZONA EXCLUSIVAMENTE RESIDENCIAL: Edificação residencial unifamiliar, multifamiliar e instituições; ZEC1 – ZONA ESPECIAL CONTROLADA 1: Instituições públicas, indústrias especiais e aterros sanitários; ZC – ZONA CENTRAL: Comercial e de serviços, onde são permitidas residências, comércios, serviços e instituições;
Av.
A análise do zoneamento tem como objetivo entender qual a visão futura do município para determinada parcela da cidade, revelando se as diretrizes impostas estão coerentes com a potencialidade da região demarcada. Por se tratar de um plano recente (Plano Diretor de 2008, mas com a inserção das leis de Zoneamento em 2018), o município de Hortolândia revela um plano no qual reconhece estruturas existentes, inserindo-as em zonas específicas. O resultando revela uma malha de zonas fragmentada como reflexo de um uma urbanização não uniforme. Hortolândia é setorizada majoritariamente em zonas mistas nas quais se diferenciam apenas pela abrangência dos usos, revelando assim, uma mescla grande de residências, comércios e serviços, mas com impactos diferentes para a população. No caso da ZM4, a potencialidade da região é julgada como inexplorada por ser entendida pela equipe como território de expansão e cenário de nova centralidade municipal, extrapolando a dimensão dos usos previstos na legislação. Zoneamentos de uso industrial, de recuperação ambiental e zonas especiais controladas, são elementos pontuais no mapa, como reflexo de um território já ocupado.
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Vias estruturadoras
Ferrovia Paulista
Zona Mista 1
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Zona Mista 5
ZI2 - Zona Predominante
Industrial 2
ZI3 - Zona Predominante
Industrial 3
ZH1 - Zona Exclusivamente
habitacional
ZRA - Zona Exclusivamente de
Recuperação Ambiental
ZEC1 - Zona Especial
Controlada 1
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Área de Estudo - Síntrese da Analise Urbana
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Vias estruturadoras
Ferrovia Paulista
Corredor noroeste
Ciclovias existentes
Ocupação histórica
Ocupação comtemporânea
Áreas industriais
Núcleo focal 1- Dibase 2- Instituto Federal 3- Centro de Memória 4- SESI
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ro parque muito importante na rede de sistema de espaços livres de Hortolândia que é o Parque Ambiental Remanso das Águas. Esse último, está localizado fora do perímetro do recorte, porém apresenta influência direta na área de estudo por sua magnitude. Outros elementos fundamentais para o entendimento da área é a presença da DIBASE e do Instituto Federal, ambos localizados na Av. Thereza Ana Cecon Breda. A DIBASE é uma empresa de caráter industrial responsável por extração de areia e reciclagem de resíduos da construção civil, que próxima ao Instituto Federal conformam o circuito industrial evidenciado na escala do município. O Instituto Federal unidade de Hortolândia (IFSP-HTO) oferece cursos na modalidade Superior, Técnico e Técnico Integrado, além de Cursos de Extensão abertos a comunidade. A área conta também com uma Estação de Tratamento de Esgoto na divisa oeste do município, margeando o Córrego Terra Preta e o Ribeirão Jacuba. Além da ETE, na divisa com Sumaré, o recorte apresenta uma Estação de Tratamento de Água. O Shopping Hortolândia e a Prefeitura Municipal também estão inseridos na área, dentro do tecido urbano consolidado. Levantou-se também os equipamentos urbanos existentes, divididos em quatro categorias: educação pública, educação privada, saúde e cultura/lazer. Dentre eles, vale destacar, além do Instituto Federal, o Centro de Memória de Hortolândia localizado no entremeio rio e ferrovia, o SESI, ao lado do Parque Chico Mendes e a ETEC na Av. Olívio Franceschini. Na espacialização desses equipamentos foi notório a concentração dos mesmos na porção direita da Av. Santana e a carência na porção esquerda, que configura o vetor de expansão do município, desprovido de todas as tipologias de equipamentos públicos.
Av.
No mapa síntese do recorte de estudo, evidenciou-se as principais apreensões da área. Em relação às vias estruturais, destacou-se a Av. Santana que posteriormente se torna a Estrada Municipal Valêncio Calegari que interliga o município com a Rodovia Anhanguera, Av. Olívio Franceschini, Av. Thereza Ana Cecon Breda, Av. Anhanguera, Rua Luís Camilo de Camargo e Rua José Vedovatto. Ressaltou-se também o Corredor Noroeste com o três terminais que compõem sua estrutura dentro do município: Terminal Metropolitano, Estação de Transferência Pinheiros e Parada Emancipação. Identificou-se também, as ciclovias existentes, que ainda se apresentam muito timidamente no território, visto que o PIC possui projetos em andamento para sua expansão. Em relação a urbanização, efetuou-se uma diferenciação primária entre os tecidos mais antigos, de urbanização histórica, em relação aos tecidos urbanizados nos últimos 20 anos, que apresentam características distintas já que retratam inúmeros loteamentos fechados. Em contraponto, identificou-se uma crescente vertente de empreendimentos Minha Casa Minha Vida no município, principalmente na região noroeste, no eixo da Av. Thereza Ana Cecon Breda, que conforma uma zona de expansão de Hortolândia. O recorte de estudo apresenta dois parques em seu perímetro: o Parque Socioambiental Renato Dobelin e o Parque Socioambiental Chico Mendes. O primeiro, inaugurado em 2012, está localizado às margens do Ribeirão Jacuba, possui ciclovia, pistas de caminhada, teatro de arena, coreto e parque infantil, além de sediar grandes eventos municipais como a Festa do Migrante e Natal no Parque. Já o segundo, inaugurado em 2010, está localizado entre a Av. Santana e a Av. Olívio Franceschini, às margens do Córrego Martins, próximo ao SESI, possuindo ciclovia, pistas de caminhada, academia ao ar livre e parque infantil. Há um tercei-
SÍNTESE DO RECORTE
5- Prefeitura Municipal
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5. PLANO ID
IDENTIDADE E DESENVOLVIMENTO
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Conceito e Finalidade
A avaliação da experiência de vivência no Município de Hortolândia, caracterizado por estar em uma situação de periferia dentro do contexto metropolitano, foi a de ausência de identidade, fruição urbana, e marcos na paisagem, bem como a percepção do conflito real existente entre o Ribeirão Jacuba, sua mata adjacente, a linha férrea e o Corredor Metropolitano, que resulta em uma ocupação local fragmentada. Pretende-se então, através da formulação de um plano urbano estratégico, aumentar a quantidade e qualidade das referências urbanas nesse contexto tão homogêneo, a fim de configurar uma unidade municipal que seja lida e identificada com clareza. O Plano ID, identidade e desenvolvimento, consiste, portanto, na formulação de diretrizes gerais em três eixos de intervenção: Reestruturação do Sistema Viário, Reconfiguração do Sistema de Áreas Públicas e Novo Padrão de Urba60
nização. A principal finalidade das diretrizes propostas é a de promover, juntamente com a reestruturação e desenvolvimento do município, a criação de uma identidade local, fortalecendo, assim, a correlação da cidade com seus próprios habitantes. Desse modo, a escolha do nome ID - identidade e desenvolvimento - está associada à subdivisão da área de estudo em dois subsetores: centro e áreas adjacentes e área de expansão. Entretanto, é importante enfatizar que apesar da subdivisão, pelo fato de serem duas regiões que apresentam dinâmicas urbanas diferentes, os três eixos de diretrizes gerais aplicam-se em ambos subsetores, a fim de promover uma articulação territorial que acarretará na caracterização de uma unidade local, como reforçado anteriormente. 61
Sumaré
Plano de Intervenção Urbana
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Reestruturação do Sistema Viário
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DIRETRIZES
Reestruturação do Sistema Viário
Hortolândia
Legenda:
Nova Diretriz Viária - Eixo de Conexão com o Aeroporto de Viracopos Em escala regional, visto que Hortolândia está inserida na Região Metropolitana de Campinas e possui uma forte presença do setor industrial, elaborou-se uma proposta geral de um novo eixo intermunicipal de conexão com o Aeroporto de Viracopos, seguindo a tendência de articulação da implantação de novos complexos industriais ao longo dos principais eixos rodoviários, com a expansão do aeroporto. O intuito dessa via é, então, de atender o abastecimento e distribuição dessas indústrias de uma forma mais intensa e direta. Sendo assim, o desenho do percurso regional dessa via teve como base eixos e vias já existentes, mas que atualmente se configuram sem a infraestrutura necessária. A passagem dessa nova diretriz viária também pretende fazer uma ligação de apoio em importantes eixos rodoviários existentes, como a Rodovia Anhanguera e SP-101, exceto pela Rod. dos Bandeirantes, em que é proposta apenas uma transposição sem conexão. Entretanto, é importante ressaltar que em trecho urbano, o novo eixo não possui característica de rodovia, funcionando apenas como uma via arterial. Em relação ao impacto local que a passagem dessa nova superestrutura 62
regional provocaria, é necessário ressaltar que a passagem do Corredor Metropolitano já provocou uma transformação no processo de ocupação do município, e todo o mapeamento de análise até então realizado mostrou como a força desse eixo transversal redinamizou a urbanização do local. Nesse contexto, a passagem dessa nova via de conexão com o Aeroporto de Viracopos, apesar de trazer sim grandes impactos para a área, pretende potencializar a difusão do município dentro da metrópole e reforçar a ideia de que uma estrutura que é extramunicipal tem como principal objetivo, neste caso, contribuir para a captação dos benefícios que a proximidade a uma superestrutura regional oferece, além de poder redinamizar a própria economia local, já que o setor industrial é a atividade mais relevante para a economia de Hortolândia. Ainda nessa escala, foram demarcados novos espaços de produção que poderiam ser agregados ao longo do percurso da via dentro do município, com a proposta de usos como condomínios industriais e centros de distribuição e logística.
Rodovias
Vias estruturais
Nova diretriz viária
Eixo Viracopos
Conexões Rodoviárias
Campinas Monte Mor
Indaiatuba
Aeroporto Internacional de Viracopos Fonte: elaborado pela equipe
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Rodovias
Vias estruturais
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Ferrovia Paulista
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Ciclovias existentes
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Terminal Metropolitano
Terminal Pinheiros
Parada Emancipação
Referências 1- Prefeitura Municipal 2 - Centro de Memória 3 - SESI
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San
de ônibus, lombofaixas, calçadas largas e paisagismo integrado, traz maior urbanidade e qualidade de fruição urbana para as avenidas demarcadas. No que diz respeito ao plano cicloviário, a ciclovia proposta é traçada considerando os trechos já existentes e a topografia local, formando uma rede extensa que, além de interligar os diferentes setores da cidade, inclui passagem por grande parte de equipamentos institucionais de educação, saúde e lazer. A intenção do plano é criar uma malha contínua, com percursos próximos aos parques, oferecendo seu uso tanto para o lazer quanto para circulação na funcionalidade do cotidiano.
Legenda:
5
Av.
Em escala municipal, a proposta de intervenção que diz respeito ao sistema viário foi dividida em três vertentes: novas diretrizes viárias, redesenho do viário existente e ciclovia. Em relação às novas vias criadas, há a intenção de se estabelecer uma articulação entre área consolidada e área de expansão, através da continuidade das vias existentes, e entendendo a direção para qual os bairros descontínuos se expandem. Assim, forma-se uma malha viária mais conexa, que oferece a ligação do que é proposto com o traçado urbano presente hoje no município. Na vertente de redesenho, pretende-se fazer uma readequação da via para melhoria do fluxo tanto de veículos, quanto de pessoas. Entende-se que a inserção de elementos favoráveis ao bem-estar dos pedestres, como faixa exclusiva
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Áreas de reflorestamento
Parques e praças existentes
Novos parques
Eixos Verdes Estruturadores
Barreira vegetal
Recuperação ambiental
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Terminal Metropolitano
Terminal Pinheiros
Parada Emancipação
Referências 1- Prefeitura Municipal 2 - Centro de Memória 3 - SESI
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favorecer a preservação das matas ciliares que auxiliam na drenagem pluvial e fixação do solo. Atendendo o setor noroeste do município, o qual apresenta carência de espaços públicos qualificados por ainda estar sofrendo o processo de urbanização, tem-se a criação de um novo parque de dimensão significativa, que abre espaço para incorporar equipamentos institucionais de caráter cultural, social e institucional, possibilitando novos usos para essa área e ao mesmo tempo sensibilizando com a preservação de nascentes e matas remanescentes, que deságuam no Ribeirão Jacuba. Já na porção oeste da cidade, tendo em vista a presença da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) juntamente com a proposta de adensamento, pretende-se implantar uma barreira vegetal em seu perímetro, a fim de inibir tanto a visualização quanto o odor exalado pela estação sobre a nova área de urbanização. Com relação a DIBASE, antiga área de mineração que atualmente é destinada ao descarte de material da construção civil, tem-se a proposta de recuperação ambiental, com o desenvolvimento de uma nova cobertura vegetal, através do plantio de espécies nativas que requalifiquem o espaço como um ambiente sustentável e ecológico.
Av. Sa
A reconfiguração do sistema de áreas públicas tem como premissa a valorização, preservação e requalificação das áreas verdes remanescentes no município, como parques e praças, bem como a suplementação de equipamentos públicos relacionados a elas, proporcionando, assim, um circuito interligado entre esses espaços livres, que reflete em um desenho característico do local. Esse sistema de áreas livres se apresenta no território como um eixo verde estruturador, no qual prevê-se a criação de um grande parque linear que se estende ao longo do Ribeirão Jacuba e da linha férrea, ramificando-se e adentrando no perímetro urbano para fazer a conexão entre os Parques Chico Mendes, Renato Dobelin e Remanso das Águas. A criação desse sistema de áreas livre e públicas, ampliando os percursos urbanos verdes e interligando o sistema de ciclovias, visa dar qualidade aos espaços de vivência e convívio na cidade e além de preservar os espaços naturais. A partir disso e da análise do território de Hortolândia, essa diretriz do plano pretende ampliar as áreas de maciços vegetais de preservação presentes ao longo dos cursos d’água, e que se localizam em áreas pressionadas pelo avanço da urbanização, nos quais a condição ambiental encontra-se degradada. Com essa proposta de recuperação das margens do ribeirão e seus afluentes, juntamente com o reflorestamento e remoção dos lotes inadequados, almeja-se
Reconfiguração do Sistema de Áreas Públicas
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Urbanização
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DIRETRIZES
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Legenda:
Urbanização prioritária
Potencial de urbanização
renovado
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Adensamento misto
Remanejamento de ocupações
inadequadas
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Indústrias
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Novo espaço de produção
Terminal Metropolitano
Terminal Pinheiros
Parada Emancipação
Referências 1- Prefeitura Municipal 2 - Centro de Memória 3 - SESI
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dos eixos hídricos formado pelos afluentes do Ribeirão Jacuba, são habitações que se encontram inadequadas por estarem em uma situação de conflito ambiental e em desacordo com as condições previstas por lei para uma área de proteção permanente mínima dos cursos d’água. Sendo assim, a proposição adotada foi de fazer um programa integrado de realocação dessas ocupações, que são uma contagem de aproximadamente 180 famílias, para uma situação de urbanização mais adequada, juntamente com a recuperação das condições ambientais a beira rio nesses trechos. Por fim, houve também uma preocupação em estabelecer novos espaços produtivos dentro da cidade, já que Hortolândia, além de ser considerada o principal polo industrial da região metropolitana, depende fortemente desse setor para o giro da economia local. Então, foi pensado em um circuito produtivo que conecta, através de vias existentes, todos os complexos industriais do município com esse novo espaço de produção a norte, destinado para a implantação de novos condomínios industriais e distribuidoras do ramo. A localização desse novo espaço de produção é estratégica, visto que há a passagem da nova via arterial de conexão com o Aeroporto de Viracopos dentro da área proposta, justamente com o intuito de fomentar esse circuito e aumentar a eficiência do recebimento e escoamento da produção industrial.
Av. Sa
O terceiro eixo de intervenção diz respeito à urbanização e às novas formas de ocupação propostas pelo plano a fim de gerar novos padrões urbanísticos que diferem do vigente, criando assim, uma paisagem local mais emblemática e menos homogênea. Nesse contexto, e de acordo com a análise efetuada anteriormente na classificação do potencial de urbanização dentro da área de estudo, foram demarcadas nesta proposta uma agregação de uso para cada setor classificado. No quesito de urbanização prioritária, que consiste em dois vazios centrais demarcados, propõe-se uma ocupação inicial e prioritária. Já na porção noroeste do município, onde existem vastas áreas que além de serem grandes vazios passíveis de ocupação, estão dentro da área de expansão da cidade, a proposta é de se promover um potencial de urbanização renovada, com a possibilidade de reconfiguração e melhoria dos padrões urbanísticos já existentes, consolidados na parte central. Já no setor oeste da cidade, que configura uma área de transição entre Hortolândia e Sumaré, e que também possui uma localização privilegiada em relação ao eixo intermunicipal da Avenida Santana, no qual encontra-se uma concentração de condomínios fechados de alto padrão, pretende-se promover um adensamento com agregação de uso misto. No que diz respeito às manchas de ocupação que acompanham o desenho
Urbanização
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4 Av.
Urbanização
Rodovias
Áreas de reflorestamento
Urbanização prioritária
Vias estruturais
Parques e praças existentes
Potencial de urbanização
Vias secundárias
Novos parques
renovado
Ferrovia Paulista
Eixos Verdes Estruturadores
Adensamento misto
Reestrutração viária
Barreira vegetal
Remanejamento de ocupações
Novos eixos viários
Recuperação ambiental
inadequadas
Ciclovias existentes
Indústrias
Ciclovias propostas
Terminal Metropolitano
Terminal Pinheiros
Parada Emancipação
Novo espaço de produção
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Referências 1- Prefeitura Municipal 2 - Centro de Memória 3 - SESI
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Reconfiguração do Sistema de Áeas Púbicas
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Reestruturação do Sistema Viário
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DIRETRIZES GERAIS
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Cenário Atual
Proposta de Intervenção
REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO
RECONFIGURAÇÃO DO SISTEMA DE ÁREAS PÚBLICAS
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URBANIZAÇÃO
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Áreas de Intervenção - Subsetores
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SUBSETORES
Localização Proposta de Equipamentos
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1 R. Luís C. de Camargo
Legenda
Subsetor 1 - Centro Histório e
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áreas adjacentes
Av. Sa
A partir da escolha do recorte de estudo e da definição das três diretrizes do Plano ID, foram considerados dois subsetores, em que os projetos estruturadores estão inseridos. A definição desses subsetores reflete uma síntese e fechamento de todo o trabalho, desde o levantamento de dados até às diretrizes propostas. Apesar de possuírem características diferentes, as duas áreas reúnem os principais eixos viários da cidade, além daqueles propostos pelo Plano e representam o desejo de se intervir na cidade a partir de duas frentes, que devem estar atreladas e que estão no nome do Plano: Identidade e Desenvolvimento. Dessa forma, o subsetor 1 abriga o centro histórico e áreas adjacentes e o subsetor 2 uma importante área de expansão urbana do município de Hortolândia.
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Subsetor 2 - Área de Expansão
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SUBSETOR 1 - Centro e Áreas Adjacentes SUBSETOR 1
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Centro Histórico e Adjacentes Proposta de Equipamentos The
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Legenda: Cec
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Parque Jacuba
Equipamentos de uso misto
CRAM
Habitação de Int. Soc.
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Novos eixos viárias
Ciclovia proposta
Áreas de Reflorestamento
Pq. e Praças Existentes
Novos Parques
Eixo Verde Estruturador
Barreira Vegetal
Recuperação Ambiental Reestruturação Central
Terminal
Midiateca
Referências
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1- Prefeitura Municipal 2- Centro de Memória
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Quadra Chave Centro Dia
Reestruturação viária
APP
R. Luís C. de Camargo
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formam um circuito linear verde com alguns equipamentos públicos cujos usos estejam atrelados a ele. Além disso, contém a proposta de um programa integrado entre a realocação das habitações inadequadas para uma situação de moradia mais apropriada, com a recuperação das condições ambientais a beira-rio, e de proposição de uma nova urbanização com uso misto. Sendo assim, a variedade das condições urbanísticas encontradas nessa delimitação, que parte do entroncamento entre rio, ferrovia e eixo intermunicipal, pode propiciar novas formas de ocupação, com a possibilidade de formação de novos parques urbanos no trecho central, e de ocupação dos vazios urbanos (áreas prioritárias), e que venham a recriar a paisagem central do município, a fim de gerar uma imagem característica do local.
Av.
Área central consolidada, mas ainda pouco qualificada, que apresenta vários desafios, principalmente na tentativa de criação de uma identidade local. É um perímetro que se destaca devido à condição de entroncamento entre o corpo hídrico (Ribeirão Jacuba), a Ferrovia Paulista e o eixo estruturador intermunicipal da Avenida Santana, que configura um núcleo focal em que a transformação de urbanidade tem que ser significativa, possibilitando a criação de uma paisagem mais emblemática do lugar. Possui um programa, dentro do plano urbanístico, que vai focar na consolidação de condições de urbanidade em um centro existente, através de algumas propostas desde o redesenho e continuidade de viários existentes, de reconfiguração de áreas que tem um potencial de preservação ambiental e de valorização dos eixos hídricos, com a suplementação de novos parques que, junto aos atuais,
3- SESI
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Fonte: elaborado pela equipe
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SUBSETOR 2 - Área de Expansão SUBSETOR 2
Área de Expansão urbana Proposta de Equipamentos Legenda:
CREAPE UPA
Complexo esportivo Escola municiapl
Mercado Municipal
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Reestruturação viária
Novos eixos viárias
Ciclovia proposta
Áreas de Reflorestamento
Pq. e Praças Existentes
Novos Parques
Eixo Verde Estruturador
Barreira Vegetal
Recuperação Ambiental
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Terminal
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ficativa, como contiguidade ao eixo linear verde configurado no subsetor 1, junto à mata de preservação dos corpos hídricos existentes, e com a implantação de novos equipamentos públicos integrados a eles. Abriga em seu perímetro a condição da Dibase como uma área importante a ser equacionada em relação ao impacto ambiental provocado pela mineração. Também possui como proposta a passagem de um novo viário arterial de conexão com o Aeroporto de Viracopos, constituindo um circuito produtivo que integra as indústrias já implantadas no município com o novo espaço de produção previsto neste subsetor.
Parque Industrial
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Cec
Av.
Consiste em uma parte do município com formação mais recente do que aquela vinculada ao centro histórico, e, por isso, apresenta maior dinamismo de transformação e inúmeros desafios, tanto da ordem ambiental, como de redesenho do padrão de urbanização. O principal enfrentamento é de como tratar essas áreas de expansão frente ao vetor noroeste de crescimento da cidade, fomentado pelo importante eixo existente de passagem do Corredor Metropolitano, que é a Rua Thereza Ana Cecon Breda. Possui vastas áreas passíveis de ocupação e de expansão da urbanização, com a possibilidade de renovação do padrão urbanístico existente, e que estão configuradas como interstícios vazios frente ao que já está urbanizado. Além disso, há a possibilidade de incorporação de novos parques de dimensão signi-
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Potencial de Urbanização
Renovada
Novo Espaço Produtivo
Referências 4 - Dibase 5 - Instituto Federal
Fonte: elaborado pela equipe
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6. PROJETOS ESTRATÉGICOS
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Parque Jacuba
Habitação de Interesse Social
André Lopes
O Parque Jacuba se localiza no cerne da área de estudo do Plano ID em Hortolândia, mais especificamente no subsetor 01, correspondente ao centro histórico e áreas adjacentes, ao longo do principal Ribeirão da cidade, o Jacuba. A ferrovia paulista, que acompanha o leito do corpo d’água, faz o parque ser interessante por estar no entremeio desses dois elementos e seu projeto se faz necessário por ser o principal instrumento de conexão entre as duas margens do Ribeirão. Assim, o principal objetivo do projeto é dar condições de urbanidade nesse eixo verde, redesenhando o circuito pela área central e os equipamentos propostos, atraindo a população para o Ribeirão Jacuba e ressignificando sua relação com a cidade. Para isso, o projeto foi dividido em três setores: o setor 01 tem uma maior preocupação de Recuperação Ambiental; o setor 02 se caracteriza por ser o núcleo do projeto, possuindo papel estruturador de integração com os equipamentos propostos na área central; e o setor 03 possui caráter de ligação com o projeto de 86
Amanda Macarini
Habitação Social e com o Parque Remanso das Águas, já existente. Para estruturar o projeto, foram definidas 5 diretrizes gerais: conexão e mobilidade, paisagismo, espaços de convivência, revitalização das áreas adjacentes à ferrovia e ressignificação do Ribeirão. Assim, as decisões de projeto serão norteadas a partir dessas cinco diretrizes. Além disso, por ser um projeto de Arquitetura da Paisagem, alguns elementos serão fundamentais para marcar a paisagem, não apenas do parque, mas também da cidade. Para tanto, são propostos ao longo do parque alguns mirantes (três em cada setor), funcionando como marcos para o parque, além de estruturarem transposições, ora da ferrovia, ora do Ribeirão Jacuba. No setor 02, um pavilhão multiuso funciona como o grande ponto nodal do projeto.
O município de Hortolândia, assim como diversas cidades brasileiras, obteve um crescimento acelerado e desordenado a partir da segunda metade do século XX, principalmente por conta da industrialização e do deslocamento das pessoas do campo para a cidade. Ao mesmo tempo que essa migração trouxe um crescimento econômico, também gerou problemas urbanos. Dentre eles, o da falta de moradia e o de moradia em condições precárias. Sendo assim, a implantação de habitações de interesse social, no subsetor 1, trabalha com a perspectiva de melhorar as condições de moradia das pessoas que vivem em situações precárias e de risco no município. Trazendo um projeto que visa, não só a importância da construção em si, mas também o de criar uma identidade, um espaço com qualidade e reconhecimento, a participação da comunidade e que permita que os usuários se apropriarem do local, numa relação que se expande do lote para o bairro e para a cidade. Ou seja, o conceito de moradia adequada vai além da concepção de abrigo. Relaciona-se a um local em que as condições sociais, econômicas e culturais
devem ser exercidas. A proposta então, está localizada nas margens do parque jacuba, no centro da cidade, possibilitando o desenvolvimento econômico, social e cultural dos habitantes. Rodeado de elementos que possibilitam fontes de renda, trabalho, acesso a transportes públicos e fontes de abastecimentos básico. Bem como proximidade à equipamentos e serviços públicos e sociais. E tem como objetivo, atender a demanda por novas unidades habitacionais com espaços de qualidade mas sem perder o senso de vizinhança, fazendo dessas novas habitações uma costura da situação pré-existente com o novo, de maneira a fortalecer os percursos urbanos entre os lotes, reforçando a apropriação e a manutenção dos edifícios e suas áreas livres.
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Smart Log Hortolândia - Centro de Distribuição e Logística
Mercado Municipal
Giovana Ferreira
Giobanna Degasperi
Uma das características mais marcantes identificada no município de Hortolândia é a forte presença de indústrias, fazendo com que, atualmente, a cidade seja um dos mais importantes polos industriais do interior do Estado de São Paulo. Muito desse desenvolvimento industrial está relacionado com sua localização privilegiada no contexto da metrópole, pela conexão com importantes estruturas viárias, como a Rodovia dos Bandeirantes, Anhanguera e SP-101, além da proximidade com o Aeroporto de Viracopos, que facilita o acesso e o escoamento de toda essa produção local. Sendo assim, a implantação de um centro de distribuição e logística dentro do subsetor 2, que representa a área de expansão e desenvolvimento da cidade, deriva da formulação das diretrizes gerais no que diz respeito à proposta de configuração de um circuito produtivo que conecta, através de vias existentes, todos os complexos industriais do município com um novo espaço de produção a norte, destinado justamente para a implantação de novos condomínios industriais e distribuidoras do ramo. A localização desse projeto é estratégica, visto que o plano prevê a passagem de um novo eixo intermunicipal de conexão com o Aeroporto de Viracopos, que está diretamente relacionado com a área de projeto com intuito de fomentar 88
esse circuito e aumentar ainda mais a eficiência do recebimento e escoamento de toda a produção local, potencializando a força que a indústria possui para o desenvolvimento do município. Nesse contexto, a ideia de implantar um complexo SMART vem da própria tradução da palavra em inglês, que sugere a configuração de um armazém “inteligente”. Procurou-se, então, desenvolver o programa do centro de distribuição combinando os usos de armazenamento e logística juntamente ao gerenciamento e administração das mercadorias, acontecendo em edifícios diferentes, que se conectam por uma área em comum. Além disso, a principal ideologia em questão é de que o complexo também possui uma lógica “inteligente” em seu próprio contexto de implantação, no que diz respeito a facilidade de acesso, que é a possibilidade de conexão direta desse novo espaço de produção com a expansão do Aeroporto de Viracopos, facilitando ainda mais a gestão e o funcionamento da cadeia logística.
A implantação do Mercado Municipal é uma estratégia para o desenvolvimento e afirmação da identidade local, hoje pouco evidente. O papel de um Mercado Municipal em um território se reflete como o espaço que abriga e reflete a identidade de determinada região, onde a produção local é o elemento de valorização para aquele espaço. Ou seja, é o espaço de convivência e de acesso a esses produtos. “Espaço do lazer, da passagem, da permanência, da sociabilidade, do turismo, das trocas e dos aromas”, em poucas palavras, é o espaço que apresenta a cidade. A presença de uma estrutura como essa, tem a intenção de ser ponto de distribuição e comercialização da produção, juntamente com a exposição da identidade cultural pelo artesanato, dentro de uma região com grande potencial de crescimento e de caráter de transição entre municípios. Em relação à inserção e a abrangência do projeto, a proposta do eixo de conexão com Viracopos contempla sua atual inserção no contexto metropolitano, atuando como possível eixo de escoamento da produção. Atualmente, o município é inserido em um cenário de recente valorização da agricultura, no qual seu limite com Sumaré divide e influencia nesse setor. Além disso, a abordagem da temática de agricultura familiar também vem sido trazida à tona, onde programas
da própria prefeitura incentivam os pequenos produtores a comercializarem o excedente da produção para abastecimento de escolas públicas. O terreno escolhido está situado em uma posição estratégica para conexão com o restante do município e cidades próximas, como Sumaré. Na sua margem, está a estrutura do Corredor Metropolitano, a Av. Thereza Ana Cecon, juntamente com novos eixos viários da diretriz de Reestruturação Urbana do plano. Além disso, um estudo da área revela o entroncamento de duas direções de partido, como o encontro de um sistema de áreas verdes e de futuro fluxo de pessoas na porção contrária, tornando assim, um local promissor de urbanidade. Por ser o elemento chave, conector dos eixos citados, a permeabilidade é algo essencial para a implantação do projeto. Sua intenção se revela na sua arquitetura, com múltiplos acessos e patamares para vencer um desnível acentuado, de forma sutil. Cria-se espaços de convivência e de trocas em três níveis principais, com transições suaves para as áreas externas de forma a abraçar a esquina da nova direção de urbanização do Município de Hortolândia.
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CRAM - Centro de Referência e Atendimento à Mulher
Centro Dia
Marcela Boghossian
Isabelle Oliveira
O projeto visa criar uma nova sede para o CRAM - Centro de Referência e Atendimento à Mulher “Débora Regina Leme dos Santos” já existente em Hortolândia. O centro foi inaugurado em 2017 e está localizado na região central da cidade. A unidade foi criada para combater, orientar e apoiar vítimas de violência doméstica e familiar. O espaço é vinculado ao Departamento de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres e conta com: Juizado Especial voltado para o atendimento à mulher, Núcleo Especializado da Promotoria, Núcleo Especializado da Defensoria Pública, apoio psicossocial, alojamento de passagem, berçário e projetos de capacitação para a autonomia econômica das mulheres. Só no seu primeiro ano de funcionamento - período de 2017 à 2018 - o CRAM Hortolândia atendeu 1.300 mulheres e todos os meses, em média, 50 mulheres buscam o centro para receber algum tipo de atendimento. Portanto, o objetivo do projeto é criar uma nova sede do CRAM em Hortolândia, visto que o centro existente possui uma infraestrutura limitada, além de não contar com uma boa qualidade espacial na maioria de suas dependências, já que a edificação não foi projetada para tal finalidade. O local escolhido então, para a implantação do novo centro, está inserido dentro do subsetor 1 - centro histórico e áreas adjacentes - marcado pelo Ribeirão Jacuba, Córrego Martins, Ferrovia Paulista, além de importantes vias estruturais como a Av. Thereza Ana Cecon Breda, Av. Santana e Av. Olívio Franceschini, que configuram o Corredor 90
Noroeste. Em uma escala mais aproximada, a área de implantação é estruturada por importantes vias centrais da cidade, como a Av. Anhanguera, que posteriormente se torna a Av. Zacarias Camargo, responsável por uma das transposições do Ribeirão Jacuba, e as Ruas Argolino de Moraes e Luís de Camargo que configuram os eixos de conexão leste/oeste e possuem interface direta com a Av. Santana. Além disso, essa área está contemplada pelo circuito cicloviário que conecta importantes espaços livres da cidade, edificações públicas e os projetos estratégicos, além de possuir uma grande ligação com o parque já existente no município, o Parque Renato Dobelin, e com o parque proposto, o Parque Jacuba. É nesse subsetor, inclusive, que se encontra a atual sede do CRAM, o que viabiliza ainda mais a implantação do novo centro nas proximidades, a fim de manter a dinâmica já instaurada entre CRAM e município. O novo centro incluirá então, todas as funções e atividades contempladas na atual sede, além de outras incluídas no programa do projeto, como a incorporação de uma DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher). A ideia é criar um modelo, um programa criativo, que atenda amplamente a cidade de Hortolândia e que também possa ser implementado em demais cidades com o objetivo principal que é combater a violência contra a mulher.
A implantação de um Centro Dia para Idosos na cidade de Hortolândia, vem da busca por recriar a paisagem central do município através da proposta de dar mais visibilidade a essa faixa etária comumente excluída e criar junto com equipamentos existentes, como o Centro de Convivência da Melhor Idade Remanso Campineiro, uma trama de assistência pública ao idoso de fácil acesso. Localizado no Subsetor 1 - centro histórico e áreas adjacentes - o projeto proposto visa o acompanhamento para pessoas acima de 60 anos, independentes ou semi dependentes, através de atividades e suporte especializado em período integral de segunda à sexta-feira. O objetivo é proporcionar um espaço de permanência diurna dos pacientes, sejam eles independentes ou com algum tipo de dependência leve, de forma a ocupar seu dia com atividades que estimulem o sistema cognitivo, através de oficinas, atividades físicas e de recreação, que auxiliem a fortalecer relações familiares, com o entorno da área e com os espaços de uso comum da cidade, incentivando
cada vez mais as trocas intergeracionais e influenciando de forma direta no sentimento individual de pertencimento e identidade. O Centro Dia deve contar com uma equipe de profissionais especializados, como nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos, psicólogos e cuidadores de idosos. Ademais, sua localização é de extrema importância, já que intenciona o fácil acesso por todos e a integração direta com os equipamentos do seu entorno. Sendo assim, encontra-se na área central, próximo ao Terminal Metropolitano, fazendo parte de seu entorno equipamentos como o Parque Chico Mendes, Midiateca, Parque Jacuba e Centro de Memória, além dos comércios e serviços essenciais, que dão suporte ao funcionamento da rede de Assistência ao Idoso no dia a dia. É válido ressaltar que apesar de sua localização, as vias de seu entorno imediato são de caráter local ( R. João Mendes e R. Irene Breda Denadai), proporcionando uma maior tranquilidade para os usuários do Centro Dia. 91
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Midiateca
Circuito Central
Luisa Borelli
Fernando Bianchi
O projeto da Midiateca advém das necessidades de consolidação e espacialização da identidade cultural de Hortolândia, e de reconfiguração da paisagem central do município, a fim de gerar uma imagem característica do local. A cidade não conta com uma infraestrutura adequada relacionada ao acesso à informação e transmissão de cultura, dado que a Biblioteca Municipal se encontra instalada no piso inferior de uma galeria comercial na área central. Localizada no subsetor 1 - área central consolidada, mas ainda pouco qualificada, em uma quadra classificada pela equipe como “área de urbanização prioritária”, a midiateca compõe o circuito cultural proposto, que engloba os programas da Quadra Chave (Circuito Central) e o Centro de Memória “Professor Leovigildo Júnior”, localizado na antiga Estação Jacuba. Esse circuito cultural é acompanhado por um circuito cicloviário de conexão, facilitando o acesso. Além disso, está próxima aos novos equipamentos sociais propostos (CRAM e Centro Dia). O projeto está implantado na esquina da R. Nelson Pereira Bueno – via ligada diretamente à Av. Olívio Franceschini, com a nova via proposta. Relaciona-se diretamente ao centro comercial, mas não ignora a sua proximidade em relação às
O projeto do Circuito Central aborda uma visão mais aprofundada do centro comercial urbano de Hortolândia, na qual, tem-se a premissa de reconhecer o espaço presente para a implantação dos novos equipamentos urbanos sociocultural, a fim de criar um circuito urbano “amarrando” esses elementos, resultando em um cenário urbano dinâmico, permeável, diversificado e valorizando o espaço público. O projeto se fundamentou através de 4 diretrizes, sendo elas o circuito urbano, a diversidade de usos, articulação e conexão e preenchimento de lotes. O circuito urbano remete a criação de um sistema de circulação dentro do plano urbano, priorizando a escala do pedestre, ciclistas e transporte público, de forma abrangente, alternativa e qualificada. Diversidade de usos, a partir dos novos e existentes equipamentos urbanos e da requalificação dos parques urbanos, amplia-se a variedade de usos do centro, ampliando a experiência urbana e sua vivência. Articulação e conexão têm como objetivo criar uma conexão com os equipamentos urbanos sociais, institucionais e culturais, a fim de não os deixar isolando, como acontece hoje, promovendo uma rede entre eles. E por fim o preenchimento de lotes, onde o atual centro apresenta grandes lotes que não es-
áreas verdes, tais quais o bosque de vegetação densa existente dentro da quadra, o Parque Socioambiental Chico Mendes e Parque Jacuba, tendo como intenção a promoção de um projeto especializado de modo a permitir e incentivar o encontro destes fluxos originados em áreas opostas. A Midiateca é um espaço de pesquisa, estudo, encontro e lazer e traz como principais objetivos oferecer à população um equipamento dinâmico, atualizado, com disponibilidade de conteúdos nas diversas mídias existentes, promover a inclusão digital e democratizar o acesso à tecnologia; estabelecer o pleno acesso à informação; a valorização e transmissão da arte e da cultura local, e a criação de um local de encontro para toda a população. O público alvo engloba toda a população de Hortolândia, envolvendo os estudantes de toda a esfera de ensino, o público geral interessado em cultura e informação e os leigos em informática - com destaque para os idosos, relacionando ao fato deles serem a população predominante na região central, além da proximidade com o Centro Dia.
tão edificados, ou são usados como estacionamentos, desta forma, a ocupação dessas áreas tem com finalidade agregar valor urbanístico e paisagístico, trazendo edificações com novos usos. A consolidação do projeto se desenvolve com o entendimento da malha urbana consolidada e dos principais fluxos e acessos da zona central, afim de promover um redesenho e reestruturação das vias privilegiando a escala do pedestre, dos ciclistas e do transporte público, atribuindo infraestruturas e elementos paisagísticos. Como ponto focal e centro de amarração dos equipamentos centrais, a Quadra Chave se implanta nos desmembramentos de lotes ociosos gerando novas vivencias e experiencias urbana diversificadas. Essa implantação comtempla espaços de circulação e permanência e equipamentos institucionais de caráter sociocultural, sendo eles, respectivamente, a grande praça, o local de circulação e vivencia e manifestação, o auditório com espaço de apresentações formais e a escolas de artes, englobando o ensino dança, música e artes cênicas. Esses três elementos arquitetônicos unidos consolidam a nó central do Circuito Central.
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