CEM ANOS DE
UMA BOA PROSA, 50 meus, 50 do Zélio, conta uma história que começou com uma ideia e se transformou numa grande amizade permeada pelo humor e pelos cartuns do Coelho. Com os Coelhos que abrem e encerram este livreto, que anjos e santos acompanhem você agora e sempre.
No século passado, final dos anos 60, recém chegara a São Paulo vindo das montanhas, através do Rio. Meu ateliê ficava no fundo de um jardim acanhado, “pero cumplidor”, em Santa Cecília.
Tudo começou em 1973 com uma proposta inédita de um concurso de humor e quadrinhos.
Ali me perdia, ou antes me encontrava, entre palavras, aquarelas e imagens, quando sorridente entrou-me estúdio adentro o vice-presidente do DCE Mackenzie, Fernandinho Curtição.
Um dos cartazes convocava para as inscrições e divulgava o regulamento, escrito com a inexperiência visionária de seus curadores.
A testa invadindo o cocuruto da cabeça, usava colares e bata indiana escondendo a faixa de algodão colorido da calça jeans, e vinha propor um concurso de cartuns.
Buscava parceria por ter lido um texto sobre minha visita ao Salão de Lucca, na Itália, onde eu externava minha intenção de realizar um projeto similar no Brasil.
Com a verba curta do DCE e o entusiasmo de seus criadores, as ações se multiplicaram e teve até um segundo cartaz.
Com o passar dos anos, já formado em economia, Fernando tornou-se empresário, mas continuou frequentando a mesma praia e foi homenageado com o Troféu HQMIX.
Cutucado pelo antigo vício, em 2006 resolveu relembrar os bons tempos dos anos setenta e promoveu uma seção saudade, rememorando o evento com um DVD contendo imagens e depoimentos dos envolvidos.
Daí o cartaz em cores, um luxo!
Além da curtição, Fernando queria minorar o estrago da arruaça entre Mack e USP ocorrida na Rua Maria Antonia pouco antes. Com a ironia e o humor d’O Pasquim as sequelas poderiam ser atenuadas.
Fernando levando Jaguar, Branca Ribeiro, o produtor Laerte Mangini e Zélio à TV Bandeirantes, que deu uma força na divulgação e produziu um programa explicando ao público o que estava acontecendo.
Para virar o jogo, iniciamos a prosa que dura até hoje, 50 anos de cada que somados perfazem cem. Com sua inquietação e minha preferência por ações regulares, nomeamos o evento 1º Salão Mackenzie de Humor e Quadrinhos.
Na saída da TV Bandeirantes, Fernando gira o anel ouvindo atento o que Jaguar - jurado - explica e o ainda cabeludo Sérgio Augustojurado - se assusta com a proteção tipo Tudo isso é meu! que Zélio dá pra Ciça - também jurados os dois.
Tentávamos antever futuras edições que, embora ensaiadas, nunca realizamos. Semanas depois chegavam centenas de trabalhos vindos de distantes regiões do país e até do exterior.
Fernando fotografa Sérgio Augusto entregando um dos prêmios no auditório do museu, assistido por eclética platéia formada pelos Maurícios, Segall e de Sousa, além de Ciça e Zélio, entre outras personalidades.
A exposição foi montada no Museu Lasar Segall, distante de rixas e enroscos, o que trouxe grande visibilidade para nossa parceria inicial. E o êxito logo ecoou em Piracicaba.
Enquanto ao fundo Fernando faz charme para a jornalista, em primeiro plano os premiados Marcos Benjamim e Helio Lage (mais perto) apreciam os trabalhos não laureados, quase tão bons quanto os seus.
Mais tarde, repetindo a cena protagonizada por Fernando, um grupo piracicabano veio ao estúdio propor a realização de um evento similar no tradicional reduto republicano do interior paulista.
Assistido por Mauricio de Sousa, Fernando dá seu endereço à jovem jornalista, encantada com a elegância do vice-presidente do DCE Mackenzie de gola rolê preta.
Entusiasmados, pretendiam enfrentar a ditadura através do desenho de humor, acreditando que com ironia iriam conseguir delatar o estorvo e dar vazão às indignações.
Alusão à tortura política que campeava naqueles dias, o trabalho de Benjamim provocou risos e temores. O autor mineiro ganhou o prêmio especial e hoje é um artista plástico consagrado no mundo todo.
Esta era de fato a meta que o grupo buscava desde sempre, com a perspectiva de um evento cultural cujo foco seria desafiar, com riscos calculados, os algozes da comunidade.
Fernando fotografa um Jaguar ressabiado, que apreciava os trabalhos expostos no Museu Lasar Segall.
Entendi dessa forma o projeto. E, com o envolvimento das autoridades locais, o apoio do “Tupamaro” e a eficiência do Fernando, fizemos o Salão de Humor de Piracicaba em 1974.
Com a experiência adquirida, em 1974 Fernando colaborava com o curador na organização do I Salão de Humor de Piracicaba, reduto emedebista contrário à ditadura vigente.
Na volta de minha primeira visita ao Salão de Lucca no ano anterior, ficara a zunir a intenção de promover um festival de Filmes de Animação semelhante ao de lá.
Pensado para sobreviver aos tempos da repressão, o Salão vem repetindo ano a ano o sucesso do primeiro e já está na 50ª edição.
A idéia levou a um almoço na casa do fundador e mandatário da Bienal de São Paulo, Ciccillo Matarazzo, que surgia como boa parceria para o projeto. Levei a proposta, e ele aprovou!
No Piracicaba III, Fernando coordenou o evento e emplacou a novidade de exibir o trabalho premiado do ano anterior no cartaz da hora.
Já buscava alguém que pudesse deixar como responsável pelo planejamento e pela realização do evento, o que nos dias de hoje, elegantemente, conhecemos por bíznesplan e produção executiva.
No restaurante do Salto, durante o Salão de 1976, Fernando e Jaguar aplaudiam a sobremesa; Hilde Weber e Carlos Cabrera, o “Tupamaro”, observavam enquanto Zélio ruminava, absorto.
Sugeri o nome do Fernando, que seria a solução natural, com as credenciais que a experiência adquirida nos Salões de Humor do Mackenzie e de Piracicaba lhe conferia para esse encargo.
O cartaz anuncia o 10º Salão de Lucca, Itália, onde Fernando representou a Bienal de São Paulo. Pela primeira vez o evento se realizava num inflável, montado na praça principal da cidade em frente ao teatro Giglio, sede administrativa e festiva do Salão.
Ciccillo concordou. Como eu seguiria no dia seguinte para a Europa, por recomendação de sua sobrinha e secretária Baby Matarazzo, Fernando deveria chegar antes que o tio se recolhesse à sesta.
Fernando adentra a sala de palestras com sua câmera indiscreta enquanto Zélio aproveita para tirar mais uma casquinha da Ciça, ladeados por Márcio de Sousa e Miguel Paiva, olhando para outros lados, na sala de palestras em Lucca 10.
Viria para ser ungido representante da Bienal de São Paulo em Lucca. Diante do suspense do chega-não-chega, conseguimos manter o presidente da Bienal acordado à custa de chá forte.
Fernando ao centro muito sério, cercado por Naumin Aizen, Zélio, Ciça, Sonia Hirsch e os par de óculos que antecediam o Márcio de Sousa, parte da comitiva brasileira no Lucca 10.
Fernando chegou, recebeu bênçãos, passagem, ajuda de custo, e alguns dias depois partiu para nosso encontro na Toscana em sua primeira aventura mundo afora.
Numa roda de samba à italiana, Fernando sola com a lata de refrigerante, acompanhado pelo violão de Márcio e percussão de Zélio, enquanto o premiado Franco Bonvicini registra para a posteridade o momento histórico.
Em Lucca foi tudo festa para Fernando. Ao voltar, apresentou o projeto de inclusão do humor e quadrinhos e da realização do festival internacional de cinema de animação na Bienal 75.
Fernando observa disfarçadamente a técnica do cartunista Mordillo. No fundo tentou, tentou, mas nunca aprendeu a desenhar.
Por artes do prefeito paulistano, alguns meses depois a presidência da Bienal foi arrematada para virar moeda de troca no balcão da política, e o Ciccillo Matarazzo foi afastado da instituição.
Ao lado de Miguel Paiva e cercado por parte da comitiva do Brasil - Joyce Joppert, Ciça, Rui e Jô Oliveira, e outros, Fernando no gargarejo da plenária do 10º Salão de Lucca, Teatro Giglio.
Dessa forma, mesmo tendo sido concluído com as bênçãos da Fédération Internationale du Film d’Animation, o projeto do Iº Festival de Filme de Animação de São Paulo acabou dançando.
Com sua famosa câmera, Fernando (ao fundo) se aproxima enquanto Bonvi recebe o prêmio na cerimônia final de Lucca 10.
O depoimento-documento em super 8, produzido pelo Fernando, contou com a colaboração da moçada da Grife, escola de cinema do saudoso Abrão Berman.
Fernando e eu prosseguimos com nossa prosa, desta vez em parceria com Sabina Libman. Galerista inovadora, criou o convite em forma de quebracabeça e incentivou Fernando a produzir o filme sobre os artistas.
Sarado, de camiseta, colares e cigarro no bico, já no calor dos trópicos, Fernando ajudando Jaguar, Jacob Klintowitz e Zélio durante o julgamento dos trabalhos selecionados no III Salão de Piracicaba.
Fernando também me ajudou a montar, no Museu de Arte de São
Paulo – MASP –, uma retrospectiva do meu trabalho como artista gráfico, em comemoração à minha entrada nos quarentanos.
Fernando não pôde sair na foto porque fotografava os convidados do III Salão de Piracicaba: Hermenegildo Sábat olha de soslaio, Zélio afere as contas, o editor da Punch, Geoffrey Dickson, exibe seu inglês londrino para Mino Carta, então editor da Isto É. Sonia Hirsch, editora da Rio Gráfica, se aninha nos braços de Sérgio Aragonés, editor da MAD, e o secretário de Cultura de Piracicaba, Luis Antonio Fagundes, dá seriedade ao evento.
Para seguir freqüentando a mesma praia onde fizera tantos amigos, Fernando criou uma empresa para representar e distribuir trabalhos de artistas gráficos e quebrou a cara. Seu negócio era mais seguro.
Fernando ao centro, cercado por admiradores, durante a abertura da mostra do III Salão de Humor de Piracicaba, no salão do clube São José.
Mais tarde, perto de sexagenar já em 2006, Fernando recebeu o Troféu HQMIX, como reconhecimento por seu empenho em favor do segmento de humor e dos artistas gráficos.
Por sua vocação para contorcionista - vide logo - Fernando acabou por criar uma empresa para organizar a vida dos cartunistas e quadrinhistas pátrios e por uns tempos trocou a curtição pela contorção.
Hoje continua curtindo a vida, justificando a antiga identidade bicho-grilo e pensando desafios como este documento que o amigo leitor tem nas mãos, e lá se vão os tais cem anos, 50 de cada.
Afetuoso, o conhecido cartunista da MAD Magazine, Sérgio Aragonés, tascou um abraço brasileiro em Fernando e imortalizou o carinho numa charge em Piracicaba, 1976.
Contagiado pelo humor gráfico, Fernando desejou fazer seu primeiro cartão de natal com os santos coelhos, iniciando a coleção de cartuns que os amigos recebem com votos de Feliz Sempre.
Gualberto Costa, quadrinhista, livreiro e um dos criadores do Troféu HQMIX, anos depois resolveu destacar Fernando por suas atividades pró quadrinhos e convocou Zélio para a festividade.
Como só falharam poucas vezes, o acervo cresceu e justificou até um livrinho de memórias, recordação dos chamados bons tempos.
Cá estamos nós, em meio às lembranças, curtindo como sempre.
Em cerimônia condizente com o momento, semanas mais tarde, Fernando recebeu do mesmo Zélio o troféu que cutucou o vício do ex-vice-presidente do DCE, culminando com a gravação do DVD histórico que recuperou as imagens do Salão Mackenzie, hoje socializado no blog salaomackhq.wordpress.com
E assim continua nossa prosa, onde cada imagem tem sua história junto com reminiscências dos cem anos de todos nós, inclusive de quem não participou no semeio das memórias que vão sendo reinventadas. (Zélio)
O Coelho é dos Santos porque seus antepassados eram santeiros em Portugal, razão da auréola ter mandado tão bem no primeiro cartão que ele enviou aos amigos há séculos passados, ainda nos anos 70.
Titular de importante corretora de seguros, desde então Fernando passou a enviar ao final de cada ano seus votos humorados de feliz tudo: o Cartão do Coelho.
Porque o ilustrador oficial dos cartões era chegado a viajar mundo afora, alguns anos tiveram o cartão repetido. O primeiro da década encantada de 1980 aparece com um Coelho Noel brincando com o ano novo.
Em meio aos ecos da Anistia o Coelho tira o Papai Noel da cartola, com votos de felizes anos novos e um presente de natal para os amigos.
A corretora de Fernando começava a alçar voo e ele frequentava Trancoso, na Bahia, lutando para salvar o hoje famoso balneário e curtindo sol, sal e mar, que ninguém é de ferro.
Enquanto o já velho Sarney e o ministro brinquedista Dílson
Funaro lançavam o cru$ado, o Coelho mostrava aos amigos, em forma de votos de feliz sempre, o verdadeiro cruzado de direita.
No ano seguinte à troca dos cruzados, Fernando achou por bem mandar seu Coelho correr para levar logo os votos de novos tempos menos truculentos.
Como nem tudo era luz, e outro Fernando se aproximava sorrateiro, o dos Santos achou por bem colocar o Coelho em negativo, mas almejando dias límpidos e claros.
Preocupado com o meio ambiente, o Coelho pintava de verde seus votos já prevendo o que estava por vir. Sempre com muita segurança...
Como o futuro era cada dia mais inevitável, o Coelho levou seus votos já se escondendo, deixando de fora apenas a cauda e o olhar assustado com as perspectivas sombrias a collorirem o horizonte.
Com a história de sai presidente e entra pré-existente, um Coelho com duas caras cabia bem. E tome bons votos...
Os anos noventa anunciavam o novo milênio, e o Coelho achou por bem subir uma escadinha e lá do alto lançar seus votos de feliz sempre para os amigos esperançosos.
Apesar do cargueiro
Exxon-Valdez que manchava de petróleo o branco do Alasca, o Coelho navegava em mares
tranquilos, seguro de que tudo estava seguro.
Inspirado na elegância do presipríncipe, o Coelho vestiu uma camisa com monograma e saiu por aí falando em eternidade.
O final do milênio se aproximava rapidamente e o Coelho achava de bom alvitre ficar cada dia mais clean.
O novo milênio estava na ordem do dia e começava a maratona em torno do que foi, do que era e do que seria.
A maratona do milênio seguia por aí e todos queriam chegar primeiro. Fernando se adiantou ao espírito da época e vestiu o Coelho a caráter para enviar seus votos de felizes sempríssimos!
Ali estava ele, feliz e incógnito diante de tudo, pela primeira vez na vida.
Sorria porque era seu jeito.
Nem pato, nem ganso. E por aí surgiu o cartão de Feliz Século aos amigos.
Entrou o novo milênio e a pomba pediu socorro. Jaquetas e caftans dialogavam com as facas nos dentes. O clima pedia paz, e lá veio o Coelho propondo dividir a dele com os amigos.
Virou o milênio e o operariado finalmente assumiu o poder. O céu era turvo mas o horizonte, esperançoso. E o Coelho, a rigor, chegou à casa dos amigos levando votos de felicidade.
Passou o primeiro impacto da novidade e os amigos começaram a ficar com cara de burros. Não entendiam, porque era inédito. Assumindo a cara das gentes, o Coelho veio também com cara ruminante, zurrando feliz felicidade para os amigos que ainda resistiam.
Começava a surgir o novo Brasil, e o ás da F1
já pintava no pedaço.
Uma expectativa escancarada contaminou
toda gente, e o Coelho
foi buscar no futuro um cartum de feliz felicidade.
Os amigos ainda não abandonavam o semblante ásnicodiantedacatedral mas alguma esperança já resplandescia no horizonte de sempre. Por isso o Coelho coloriu ao máximo seu Feliz Ano Novo.
Comemorando os Jogos
Panamericanos, o Coelho veste a camisa e convoca a galera para subir no pódio.
Em meio à crise todos querem estar seguros, e nessa o Fernando nadava de braçada. Tava tudo 10, nota dez! E era com a cara inchada de felicidade que o Coelho sorria, enviando aos amigos os votos de Feliz Sempre.
Mais uma vez o entusiasmo com a rapidez e com a vitória – juntas –contagiava o Coelho, que novamente se inspirou nas emoções de Interlagos e comemorou mostrando o lindo troféu criado por Oscar Niemeyer.
Ninguém sabia ao certo o que ia dar e o Coelho achou por bem desejar fé num feliz ano novo.
O suspense tomava corpo com o que estava por vir e o Coelho resolveu subir no topo do mundo e desejar tudo de bom e um feliz fim dos tempos.
Passada a dúvida do acaba não acaba o mundo, o Coelho brinda aos sobreviventes e deseja belezuras pro ano inteiro.
Todos só pensavam numa coisa, aí veio o Coelho esclarecer e desejou feliz Copa e muito mais felicidades.
Antevendo o período sabático, o Coelho coloriu seu primeiro cartão de Natal pra reforçar a garantia de um ano maravilhoso aos amigos e clientes.
Depois duma carreira brilhante, o Coelho trouxe junto a beleza dos coqueiros e a energia do balanço do mar pra desejar feliz felicidade aos queridos amigos.
As comemorações não paravam e o Coelho brindava com espumas à felicidade dos amigos.
Como todo Coelho que se preza, o dos Santos enquanto se exercitava ia desejando um feliz sempre pra todo mundo.
45 anos de cartão de Natal é tempo de comemorações e o Coelho vem reforçar as amizades saudando a todos e desejando um feliz ano.
Estávamos cortando um dobrado com o direitismo que se espalhava pelas cidades e o Coelho se desdobrou a desejar múltiplas felicidades.
Com um ambiente ainda tenso, o Coelho colocou um alinhado terno e veio alegrar o ambiente espalhando felicidades.
Receoso com os ares negacionistas que pairavam pelas capitais, o Coelho trouxe o Noel pra reforçar o desejo de um Feliz Natal a toda gente.
Nem só de votos de Feliz Natal e Ano Novo vive Fernando.
Ele investiu em outros nichos de amizade e carinho.
Tempo de Páscoa é sagrado.
Você não passa uma vez sem receber sua
mensagem alegre e bem humorada, é ou não é?
O que queria dizer antes é isso, Óianóisaquitravêz. Fumo e vortemo com mais um voto de Feliz Paz Côa, onde côa subentende feliz ou Feliz Felicidade! A idéia geral é essa...
Páscoa foi apenas o princípio. Tem Feliz Aniversário, Parabéns pela Vitória, Por Existir, enfim, o que o Coelho quer é Curtição!
Completando a coleção, o calendário chinês recebeu a atenção do Coelho que veio alegre e paramentado para celebrar feliz tudo com os amigos.
Registrando nossas prosas, Fernando viabilizou a produção do DVD que mostra como é que foi o primeiro salão brasileiro de humor e quadrinhos.
E não parou por aí, também produziu um belo livro com 150 páginas, capa dura, que conta tudo sobre o Salão Mackenzie e o de Piracicaba.
Enfeixando os registros históricos, viabilizou a digitalização das 1.076 edições do mais importante semanário dos anos de chumbo, O PASQUIM, e juntos fizemos a Curadoria da exposição comemorativa dos 50anos da sua fundação, tudo isso socializado com a eternidade através do site criado dentro da plataforma digital da Biblioteca Nacional.
Vários artistas fizeram a caricatura do Fernando. Muitas delas se perderam, mas as duas deste livreto se salvaram. A do Sérgio Aragonés e esta do Hermenegildo Sábat, importante chargista uruguartino, mezzo Che, mezzo Tupamaro. O curioso é que esta nossa história de cem anos, 50 meus, 50 dele, começa com um Coelho Santo e termina com um Coelho Anjo. Isso deixa de parecer história pra desenhar clarividência.
CEM ANOS DE UMA BOA PROSA foi escrito por Zélio Alves Pinto, idealizado por Fernando Coelho dos Santos e contou com a produção gráfica de Gualberto Costa. CEM ANOS ,editado no outono de 2023, é atualização de outro livro, SETENTANOS DE UMA BOA PROSA editado na primavera de 2009.