índice
Editorial
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Novidades RMG Resin Models
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Diário de Construção T-6 Harvard - 50 Anos da FAP (Academy 1/72)
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Templar Squadron Apresentação e Catálogo
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Em Destaque Newman-Haas Lola T93-00 Ford (Tamiya 1/24) Allouette III FAP (Heller 1/72) Estalingrado (1/35)
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editorial
pós uma longa pausa, a Plastik está de volta às "bancas", com uma pequena reformulação no layout da revista e com um novo site, completamente feito de raíz e desenvolvido pelo Nuno Sénica.
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Algumas das novidades introduzidas no site, são os artigos pagos, um fórum para os leitores e uma nova galeria de fotos de referência, mais dinâmica que a anterior e mais fácil de actualizar. O fórum da Plastik não pretende ser mais um fórum de modelismo, serve para trocar impressões sobre a revista, os artigos e enviar newsletters aos membros registados a alertar sobre o lançamento de novas edições e artigos. Podem também ser feitos pedidos para as fotos de referência e votações, pois já existe uma grande base de dados de veículos civis por exemplo, e não há alojamento para tudo em simultâneo. Os artigos pagos, serão de construções bastante detalhadas, com scratchbuild e com fotos de qualidade. Não terão publicidade no seu conteúdo e o ficheiro PDF será gerado especificamente para cada aquisição, tendo embutido na capa e em algumas páginas, o nome e endereço de e-mail do comprador. Esse processo pode ser um pouco moroso, mas é a única maneira de garantir alguma segurança contra cópias, tanto no interesse da Plastik como do autor do artigo, que receberá uma percentagem do valor de cada venda. A revista, manterá a filosofia de sempre, disponível gratuitamente em Português e em Inglês quando possível. Outras línguas poderão ser publicadas, caso surja algum colaborador disponível para fazer a respectiva tradução. Uma novidade que vos é indiferente no resultado final, foi a utilização de software Open Source para a publicação desta edição, assim como a construção do site também só utilizou software livre. Os layouts foram desenhados em Inkscape e o trabalho de paginação da revista foi feito em Scribus, ambos a correr em Linux Ubuntu. Até ao final do corrente ano, esperamos poder publicar pelo menos mais um número da revista, mas com o nosso envolvimento em vários projectos e vida pessoal/profissional, o tempo é condicionado. Iremos modificar o layout das próximas edições para um design mais apelativo e aproximado a uma publicação em suporte de papel. Criticas e sugestões serão sempre tidas em consideração a cada publicação, mas acima de tudo pedimos a vossa colaboração com artigos para a revista e que a continuem a ler. Temos recebido vários emails de leitores espalhados pelo mundo, países da América do Sul e de Portugal, com palavras de apoio e a perguntar quando é que publicamos a próxima edição,
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tem dado motivação e percebe-se que este projecto foi bem aceite pela comunidade modelistica a nível mundial. À algum tempo fomos alertados sobre um site Russo, onde havia links para o download das 3 edições anteriores num servidor de partilha de ficheiros, coisa que achámos bastante estranha visto a revista ter sido sempre gratuita em todas as línguas e não haver qualquer protecção nos ficheiros. Sinceramente não compreendemos o motivo, mas deixou-nos bastante satisfeitos por já existirem mais meios de promoção da revista pela Internet. Vamos continuar com o trabalho desenvolvido até à data, esperamos poder contar com bons artigos para ir publicando... Estaremos presentes na Réplica 2008 no Entroncamento, nos dias 21 e 22 de Junho, que será realizada no Pavilhão Municipal. Podem encontrar mais informação e mapa no site www.pikuinhas.pt.
Cumprimentos, Carlos Jorge
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RMG Resin Models
novidades "RMG Resin Models" fabrica acessórios militares em resina e metal para as escalas 1/35, 1/48 e 1/72. É um fabricante Português, que cria protótipos em resina e metal, tendo a sua própria gama de produtos.
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Neste momento já apresentam alguns acessórios em metal bastante interessantes, como cabos de aço de várias expessuras, adaptados para vários veículos blindados, arame farpado e correntes. Em resina, têm barreiras, postes eléctricos, bidões e rodas para alguns blindados. Em algumas das fotos dá para ver o aspecto do acessório quando nos chega às mãos, e o aspecto depois de uma pintura. O efeito nas várias escalas é bastante realista e faz valer a pena o investimento extra.
Para mais acessórios e informação, visitem o site deste fabricante em www.rmgresinmodels.com e vejam por exemplo os revendedores e preços.
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T-6 Harvard - 50 Anos da FAP (Academy 1/72)
diário de construção oi na minha visita à B. A. Nº 11 em Beja, durante o festival aéreo e Tiger Meet 2002, que tive o prazer de ver e admirar uma das aeronaves mais bonitas em exposição, o nosso T-6 Harvard nº1769 com um belíssimo esquema comemorativo dos 50 anos da Força Aérea Portuguesa. Todo entusiasmado, pensei logo numa maneira de construir uma réplica e decidi-me pelo T-6 da marca Academy escala 1:72. O modelo vem com três grelhas em plástico injectado de cor cinzenta e uma transparente; num total de quarenta e sete peças, bem moldadas e com um nível de pormenor bastante razoável. A folha de decalques permite três versões disponíveis, Israel, USAF e Korea.
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Comecei por construir completamente, todo o interior do cockpit em plástico Evergreen. As cadeiras, painéis de instrumentos e berço do motor foram feitos em Evergreen. Como pensei em detalhar o modelo, abri a secção do motor; e com base em imagens, construí o berço do motor bem como todos os componentes envolventes. O motor também foi feito com plástico e adicionei demais tubagem, cabos de velas e colectores de escape etc. Os flaps foram cortados e colados abertos. O poço dos trens foi melhorado com vários cabos adicionados no seu interior. Os lemes de profundidade foram cortados e
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colados em configuração de repouso. Para melhorar o aspecto do modelo, foram acrescentadas as estáticas com arame muito fino. A canopy seria a peça mais complicada, pois a que vinha fornecida com o kit, era para o T-6 G. Por isso tive de recorrer a uma canopy em vacform da marca CMK, para o modelo ser convertido num T-6 Harvard MK-IV.
A longa tubeira de escape, foi feita em plástico Evergreen. Para esta versão, seria obrigatório ter umas Cruzes de Cristo de cor alumínio e o emblema comemorativo dos 50 Anos da Força Aérea Portuguesa. Comecei em contactar com alguém que pudesse fazer os decalques; mas felizmente a Carpena Decals, editou uma belíssima folha de decalques a escala 1:72 com a Ref. 72.102. Posso dizer-vos que a qualidade é muito boa; e que a película de suporte, é finíssima o bastante para que no final, esta quase não se perceba. Infelizmente, e nas várias exposições em que participei, foram poucos os modelistas que construíram esta versão do T-6, ficando eu sem perceber, porque isso acontece, sendo os decalques de tão boa qualidade. Enfim vamos lá nós perceber os modelistas nacionais??? Mas continuando, com a fase de construção concluída, passaria à fase de pintura. Quando vi o avião no Tiger Meet, pude constatar, que o azul aplicado na aeronave, era de um
tom arroxeado, um pouco fora do azul comum usado pela F.A.P. As dúvidas seriam tiradas com a publicação da Revista Mais Alto nº 339, onde além de várias imagens da aeronave a ser pintada, era revelada a cor exacta, bem como a conversão e equivalência da mesma. O azul é um Ral 5022 (Night Blue) e o equivalente ao 54 da Revell.
decalques postos, apliquei uma nova camada de verniz Gloss da Microscale para uniformizar e finalizar a pintura. Construí uma pequena base de madeira e nela colei uma folha de lixa de água 600 para simular a placa de estacionamento. Pintadas as várias placas, fiz com folha de alumínio umas esteiras, simulando os oleados verdes característicos das nossas forças armadas. Nelas coloquei as carenagens do motor e a tampa do painel lateral direito. O conjunto estava bonito e harmonioso, seria mais um belo modelo para enriquecer a minha colecção.
Os lemes foram pintados em alumínio da Revell. Depois da tinta bem seca, apliquei verniz Gloss da Microscale para melhor aderência dos decalques. Os mais difíceis foram os da carenagem do motor, para isso tive fazer uns pequenos cortes para ajudar a contornar as superfícies arredondadas. Com os
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Um especial agradecimento ao modelista José Silva da Associação de Modelismo do Baixo Alentejo, por toda a ajuda e disponibilidade prestada, em me fornecer a maior informação possível, e por me ter conseguido um set da CMK para a conversão.
Texto e fotografia por Fernando Dias
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Apresentação e Catálogo
templar squadron site Templar Squadron é uma galeria para Ilustradores, uma plataforma onde podem mostrar e vender os seus trabalhos, promoverse, ou apenas fazer parte desta comunidade. Este projecto começou em Abril de 2007 com o registo do domínio www.templarsquadron.com, pelas mãos do Ilustrador Miguel Amaral e do Carlos Jorge, autor desta revista. Decidiu-se usar o nome dos Templários assim como o seu simbolo, pelo que significam pessoalmente para ambos, como pelo que fizeram por Portugal. Os trabalhos são feitos em software de edição gráfica, como o muito conhecido Corel Draw, o Inkscape ou o Adobe Illustrator, muitas vezes tratados posteriormente em software de foto-manipulação.
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Neste momento a comunidade é composta por 7 Ilustradores: Miguel Amaral, Carlos Jorge, João Corredeira, Helder Soares, Paulo Alegria, Paolo Evaristo e João Vieira. Cada um tem a sua técnica para ilustrar assim como um tema preferido, o que resulta numa equipa que aos poucos se completa. Além da nacionalidade Portuguesa, todos possuem algumas coisas em comum, quer seja a paixão pela arte, pela aviação, automóveis ou o modelismo. Esta comunidade tem as portas abertas a todos os Ilustradores Portugueses que dela queiram fazer parte, sendo essa a unica regra. Aos poucos vai-se construindo uma lista significativa de obras, com temas como a Força Aérea Portuguesa ou a Aviação Naval, assim como alguns exemplares de Heráldica. As ilustrações não são a unica coisa que é produzida, também T-Shirts, logotipos, flyers, ou qualquer tipo de trabalho gráfico que um dos membros possa fazer. Sobre as ilustrações, são produzidas para impressão em grande formato, mas geralmente são impressas na dimensão 40x30cm, havendo mais 3 dimensões disponíveis: 60x45cm, 80x60cm e 120x90cm. O papel usado na versão mais pequena é um papel de 250g mate, e nas restantes usa-se um papel da mesma gramagem, mas acetinado. Através do site ou dos contactos directos de cada Ilustrador, é possivel encomendar trabalhos ou produtos que não estejam no Showroom ou na loja. Há vários projectos ligados ao site que estão ainda em fase de estudo, os quais podem ser tornados
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públicos algures no final do ano. O Ilustrador Miguel Amaral inaugurou no passado dia 17 de Maio uma exposição com vários trabalhos da sua autoria, sendo o tema exposto os 90 Anos da Aviação Naval em Portugal. Foi um primeiro passo na apresentação directa ao público destes trabalhos, principalmente para sondar opiniões de forma a corrigir e melhorar as ilustrações. Numa curta visita ao site podem ficar a saber mais sobre os Ilustradores, todas as ilustrações e encontar algumas respostas que lá estarão, em Portugês e Inglês. Por vezes aparecem promoções com edições limitadas a 50 unidades.
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Newman-Haas Lola T93-00 Ford (Tamiya 1/24) - João Cunha
em destaque uando o inglês Nigel Mansell, campeão do mundo de F1 de 1992 decidiu emigrar para os EUA e para o campeonato CART para disputar a temporada de 1993, estava longe de adivinhar o desfecho do campeonato. Após uma temporada muito renhida, o piloto inglês sagrava-se campeão a uma corrida do final e colocava este campeonato norteamericano no centro das atenções. O monolugar com que disputou esse campeonato, o Lola T93-00 Ford da equipa NewmanHaas seria posteriormente imortalizado pela marca japonesa Tamiya no ano seguinte. Este modelo à escala 1/20 despertou-me a atenção desde que o vi no catalogo de 1994, tendo-o adquirido de imediato. No entanto teve de esperar até 2003 devido à dificuldade em arranjar imagens de referência que permitissem efectuar uma miniatura de acordo com as minhas expectativas. O modelo da Tamiya recorreu à tecnologia snapfit, não necessitando de cola, uma vez que as peças encaixam umas nas outras. Este é, em minha opinião, um dos pontos negativos do modelo obrigando a algumas alterações e adaptações. Este modelo reproduz os elemento internos principais (radiadores, motor, transmissão e suspensão traseira), mas omite uma série de pequenos (e importantes) componentes. De destacar, igualmente, a solução de reprodução do monocoque, em duas metades com junta na horizontal, e que são difíceis de manter alinhadas. Como pontos positivos, e para alem dos típicos dos modelos da Tamiya, destacava a temática e a qualidade de reprodução da generalidade dos componentes.
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O modelo foi pintado recorrendo aos sprays da Tamiya, sendo posteriormente envernizado com clear acrílico da mesma marca, aplicado a pincel. As principais melhorias efectuadas incidiram em: Reprodução da suspensão dianteira (inexistente no modelo japonês); •Elaboração das canalizações dos radiadores e intercoolers (em tubo de vinil com peças produzidas de suporte das bandejas); •Representação das cablagens de arrefecimento (em fio de cobre enrolado coberto por fita isoladoras das canalizações) e "heat shields" (revestimento dos maços de tabaco); •Reprodução das cablagens eléctricas e de fluidos do motor e caixa de velocidades, bem como tirantes de accionamento da caixa de velocidades e regulação das barras estabilizadoras (recorrendo a tubos de vinil de espessuras diversas, cabos telefónicos e fio de costura); •Representação das diversas caixas de gestão electrónica do motor (em placas de PVC e tubo de vinil); •Separação do capot-motor nos seus elementos constituintes, de forma a aumentar o realismo da reprodução e facilitar a sua colocação após colar os espelhos retrovisores. Após ter sido finalizado em 2005, este modelo sofreu um pequeno "update" em 2006 na zona da caixa de velocidades e suspensão traseira (as quais tinham ficado um pouco "cruas" devido à inexistência de referências), bem como a reprodução de alguns sensores na zona do motor.
Texto e fotografia por João Cunha
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Allouette III FAP (Heller 1/72) - Sandro Cavaco
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Estalingrado (1/35) - Nuno Garcia
esde os meus 15 anos que faço kits em plástico, comecei pela escala 1/72 em veículos militares da segunda guerra, passando pelos aviões também da segunda guerra, até aos aviões. Passando por navios, submarinos e figuras isoladas, mas sempre senti um grande fascínio pelos dioramas principalmente à escala 1/35, os pequenos pormenores que faziam parecer quase real uma fotografia bem tirada. As cores e sombras, as interacções e posições de todas as figuras com veículos, edifícios, ruínas, etc. Sempre ambicionei fazer algo semelhante em que cada figura interagisse com outra constante no cenário, não queria que apontassem as armas, disparassem ou apontassem para o " vazio " existente do lado de fora. Para isso teria que fazer algo enorme e baseei-me em vários filmes sobre a segunda guerra, tais como o Resgate do Soldado Ryan, Inimigo ás Portas ou um mais antigo Stalingrad. Assim a ideia do diorama consiste numa batalha passada na cidade industrial de Stalingrad, na Rússia, onde Alemães e Russos lutam e morrem para conquistar ou manter uma posição que neste caso consiste num edifício que serve de base ás tropas Russas. Para isso, os Alemães têm que transpor uma ponte semi-destruída, quer seja de barco ou a correr, sempre sob as balas das tropas Russas. Do lado Alemão chegam constantemente soldados que desembarcam de um camião sob as ordens e gritos de um Sargento, que passam a correr por soldados feridos que se deslocam a um posto de socorros mais à rectagurada, para receberem tratamento dos vários socorristas aí existentes. Do lado Russo e mesmo por debaixo do edifício, existe uma rede de esgotos abandonada que serve para soldados tentarem um contra ataque desesperado. Por todo o lado é visível o horror da guerra, os cadáveres, as pragas de ratazanas, os invólucros ejectados das armas, material abandonado, etc.
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Foi dado destaque a figuras tais como Snipers que apontam um ao outro, aos soldados que se deslocam no esgotos e que revelam a sua posição por assustarem as ratazanas, aos sapadores no bote, as tropas de assalto ao edifício, e aos soldados que defendem o edifício e dispara para os inimigos que correm para o objectivo. Mas no geral todos interagem para o realismo do cenário. Para a construção do cenário e para elevar o chão ao nível da ponte utilizei placas de esferovite, material leve e fácil de trabalhar. A ponte foi feita a partir duma caixa da Verlinden, e as paredes de uma das margens foram reproduzida em gesso, através de um molde feito de borracha de silicone. Quanto aos edifícios, também foram reproduzidos em gesso a partir de moldes de borracha de silicone assim como o chão da rua. A água foi simulada com água artificial da Valejo, o fundo pintado de verde escuro, para dar o efeito de profundidade e alguns destroços da batalha a boiar para mais realismo. Os destroços foram feitos com areia, gravilha e pedaços de madeira, tudo colado com cola branca diluída em água e pintado após secagem a aerógrafo numa mistura acastanhada, levando mais tarde outras camadas e cores . Em termos estatísticos, este diorama tem cerca de 54 figuras, 1 jipe, 1 bote, 1 camião de transporte de tropas, 1 Panzer IV, 1 peça de artilharia, 1 ponte e 3 edifícios. Tem um comprimento de 1,20m por 0,55m e teve de ser cortado exactamente ao meio para puder caber numa vitrina onde irá permanecer. Dai o corte mesmo na zona do rio, não muito estético mas bastante útil. Levou cerca de 1 ano a fazer e em gastos monetários calculo para cima de 250 euros.
Texto e fotografia por Nuno Garcia
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