Outubro de 2016 | Allegro e Vivace 10

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TURIN FORTISSIMO Nº 20 — 2016

A A L B

É N I Z 20/10 ALLEGRO

S C H U 21/10 VIVACE

B E R T



MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM

20/10 ALLEGRO 21/10 VIVACE

Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e aos nossos patrocinadores.


FOTO: DANIEL A PAOLIELLO


Caros amigos e amigas, A música espanhola, assim como a brasileira, é única. Mescla das influências ocidentais, mouras e ciganas, ela se reveste de um contraponto de singular melancolia versus energia arrebatadora. Rica em ritmos envolventes e em cores orquestrais ao mesmo tempo vivas e transparentes, a música nacional espanhola posiciona-se à parte no panorama da música sinfônica. Dois de seus mais representativos compositores serão apresentados nesta noite com a participação da pianista Clélia Iruzun e do regente convidado Celso Antunes. Contrastando com a alegria contagiante das peças espanholas, a Filarmônica reapresenta um marco da música sinfônica do final do período Clássico: a Sinfonia nº 9 de Schubert, denominada “Grande”. É uma sinfonia que exibe majestade e riqueza formal impressionantes, algo que se equipara, na produção da época, apenas à Sinfonia Eroica e à Nona de Beethoven. Ainda hoje sua força e beleza melódica nos envolverão. Grande em todos os sentidos. Tenham todos um excelente concerto,

FABIO MECHETTI Diretor Artístico e Regente Titular 3


FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE

D

esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável

pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais

4


FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular

de verão nos Estados Unidos, entre

No Brasil, foi convidado a dirigir a

eles os de Grant Park em Chicago

Sinfônica Brasileira, a Estadual de

e Chautauqua em Nova York.

São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

Realizou diversos concertos no México,

São Paulo e do Rio de Janeiro.

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu

Trabalhou com artistas como Alicia

as orquestras sinfônicas de Tóquio,

de Larrocha, Thomas Hampson,

Sapporo e Hiroshima. Regeu também a

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil

a Orquestra da Rádio e TV Espanhola

Shaham, Midori, Evelyn Glennie,

em Madri, a Filarmônica de Auckland,

Kathleen Battle, entre outros.

Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos

Vencedor do Concurso Internacional de

dirigindo a Ópera de Washington.

Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,

No seu repertório destacam-se

Mechetti dirige regularmente na

produções de Tosca, Turandot, Carmem,

Escandinávia, particularmente a

Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a

Madame Butterfly, O barbeiro de

de Helsingborg, Suécia. Recentemente

Sevilha, La Traviata e Otello.

fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália,

Fabio Mechetti recebeu títulos

dirigindo a Orquestra Sinfônica de

de mestrado em Regência e em

Roma. Em 2016 fará sua estreia com a

Composição pela prestigiosa

Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Juilliard School de Nova York. 5


T A 6


CELSO ANTUNES, regente convidado CLÉLIA IRUZUN, piano

PROGRAMA

Joaquín TURINA Canto a Sevilla, op. 37 Noche de feria Ofrenda

Isaac ALBÉNIZ Concerto para piano nº 1 em lá menor, op. 78, “Fantástico” Allegro ma non troppo Andante Allegro

INTERVALO

Franz SCHUBERT Sinfonia nº 9 em Dó maior, D. 944, “Grande” Andante Andante con moto Scherzo – Allegro vivace Finale – Allegro vivace


FOTO : M ARCO BORGGREVE

CELSO ANTUNES


Energia, carisma, atenção aos detalhes e

música contemporânea de renome,

interpretação estilisticamente atualizada

como o Nieuw Ensemble e o Ensemble

são alguns dos atributos de Celso Antunes

Modern. Antunes conduziu muitas

como regente. A Osesp o nomeou

estreias mundiais, incluindo obras de

maestro associado por cinco anos, a

Michael Tippett, Wolfgang Rihm,

partir de 2012. A cada temporada, ele

Jonathan Harvey, Hans Zender, Brice

realiza pelo menos dois programas

Pauset, Unsuk Chin e Lera Auerbach.

diferentes com a orquestra e um programa com o coral. Antunes também é maestro

Celso Antunes atua regularmente como

principal da Camerata Fukuda e

regente convidado de importantes

professor de Regência Coral na Haute

orquestras, como a Netherlands Radio

École de Musique de Genebra, Suíça,

Filharmonisch Orkest, Philharmonia

além de ser regularmente convidado

Orchestra, NDR Radiophilharmonie,

como regente de orquestras e corais.

RSO Stuttgart, Brussels Philharmonic, Ulster Orchestra e a RTÉ National

Nascido em 1959, em São Paulo,

Symphony Orchestra. O maestro dirigiu

Celso Antunes estudou regência na

a Filarmônica de Minas Gerais em 2014.

Musikhochschule Köln, Alemanha. Foi maestro principal da Neues Rheinisches

Por muitos anos Celso Antunes tem

Kammerorchester em Colônia e do

sido ativo no cenário europeu de

conjunto belga de música contemporânea

concertos, com presença nos mais

Champ d’Action. Como diretor artístico e

importantes festivais, como os de

maestro principal do National Chamber

Salzburgo, de Berlim, de Flanders

Choir of Ireland, teve forte influência

e de Cartagena; o Donaueschinger

sobre o desenvolvimento do grupo. O

Musiktage, o Musikbiennale München

Irish Times lamentou sua saída dizendo:

e os festivais Rheingau, Rheinvokal,

“(...) esse período terá que ser visto no

City of London e Wittener Tage für

futuro como uma era de ouro para o canto

neue Kammermusik. Antunes também

coral profissional na Irlanda”. Antunes foi

trabalha regularmente com alguns dos

também maestro principal do Coro Groot

principais coros da Europa, incluindo

Omroepkoor, da Rádio da Holanda.

o SWR Stuttgart Vocal Ensemble, o BBC Singers, o coro da Radio France e

Flexibilidade é a chave para o seu

o Vlaamse Radio Coro, de Bruxelas.

conhecimento em regência, que abrange um vasto repertório desde a

Celso Antunes fez muitas gravações para

música coral a partir da Renascença

diferentes selos. Sua discografia inclui

à música contemporânea, da qual é

um CD indicado ao Grammy com

um defensor dedicado. Essa defesa

trabalhos de Joaquín Turina, intitulado

levou-o à direção de vários grupos de

Canto a Sevilla, pelo selo Hänssler. 9


CLÉLIA IRUZUN FOTO: SI MON W E I R


A feliz junção do colorido espírito

Purcell Room, Queen Elizabeth Hall

brasileiro e da musicalidade espontânea

no Southbank Centre, St John’s Smith

firmou Clélia Iruzun como uma

Square e em sociedades musicais por

das artistas mais interessantes no

todo o Reino Unido. Realizou turnês no

cenário mundial, nos últimos anos.

Canadá, Estados Unidos, França, antiga Iugoslávia, Polônia, República Tcheca,

Viveu sua infância no Rio de Janeiro e aos

Espanha, Portugal e Escandinávia. Clélia

quatro anos já iniciara os estudos de piano.

é frequente nas principais salas e festivais

Aos sete ganhou o primeiro concurso,

brasileiros e estreou aqui obras dos ingleses

debutando com orquestra aos quinze anos,

Arnold Bax e York Bax. Fez várias estreias

com o Concerto de Grieg. Logo após, a

de obras brasileiras no exterior, incluindo

professora Maria Curcio concedeu-lhe

composições de Henrique Oswald,

uma bolsa de estudos em Londres, onde

Villa-Lobos, João Guilherme Ripper,

obteve o Recital Diploma na Royal

Marlos Nobre e Francisco Mignone.

Academy of Music. Estudou também com Noreta Conci Leech e com Mercês

Na Europa, foi solista com a Poznan

de Silva Telles, que a levou à descoberta

Philharmonic, Artur Rubinstein

de seu estilo definitivo. Grandes pianistas

Symphony, Vasteras Sinfonietta,

como Stephen Kovacevich e Fou Ts’Ong,

Boras Symphony, Kristiansand Symphony,

além de seus conterrâneos Jacques Klein

Orquestra Metropolitana de Lisboa,

e Nelson Freire, também estão entre seus

London Soloists Chamber Orchestra,

mentores. Francisco Mignone e Marlos

Lontano Chamber Orchestra e BBC

Nobre dedicaram-lhe composições.

Scottish Symphony Orchestra, entre outras. No Brasil, tocou com a Sinfônica

Clélia é detentora de inúmeros prêmios

Municipal de São Paulo, Petrobras

no Brasil e na Europa, entre eles o

Sinfônica, Cia. Bachiana Brasileira,

Tunbridge Wells, Inglaterra, Paloma

sinfônicas de Brasília, de Santo André,

O’Shea e Pillar Bayona, Espanha. Atua

da Bahia e Filarmônica do Espírito Santo.

como solista em recitais e concertos pela Europa, Américas e Ásia. Em turnê

Suas gravações, para os selos Meridian

na China, tocou no Grande Teatro de

Records, Intim Musik, Lorelt e Somm,

Xangai, em Hangzhou, em Ningbo e na

prestigiam especialmente a música sul-

exclusiva sala de concertos da Cidade

americana. Clélia gravou Villa-Lobos,

Proibida, em Pequim. Seu recital em

Francisco Mignone, Lecuona, Elizabeth

Xangai foi apontado como um dos

Maconchy, Mendelssohn, Marlos Nobre,

dez melhores concertos do ano.

Federico Mompou e Ernesto Nazareth, além de danças latino-americanas e

Apresenta-se com frequência nas maiores

valsas de compositores românticos e

salas de Londres, como Wigmore Hall,

brasileiros, recebendo excelentes críticas. 11


Joaquín

TURINA Espanha, 1882 – 1949

CANTO A SEVILLA, OP. 37: NOCHE DE FERIA E OFRENDA (1925/1934) 13 min

O nacionalismo musical espanhol do final do século XIX e começo do século XX, inaugurado pelas ideias do compositor e musicólogo catalão Fernando Pedrell, gravitou em torno de quatro nomes: Isaac Albéniz (1860-1909), Enrique Granados (1867-1916), Manuel de Falla (1876-1946) e Joaquín Turina. O mais jovem dos quatro, Turina foi o último a se associar ao movimento e talvez seja aquele que mais se distinga no grupo, uma vez que foi o compositor a voltar-se mais atentamente para as grandes formas clássicas do repertório europeu. Destarte, Turina foi o único deles a compor uma sinfonia. Sua associação ao movimento nacionalista espanhol, ao menos em termos ideológicos, data de maio de 1907, quando de seu segundo concerto em Paris. Turina mudara-se para a capital francesa em outubro de 1905 para tomar aulas de piano com Moritz Moszkowski e em janeiro de 1906 inscrevera-se na Schola Cantorum a fim de estudar com o compositor Vincent D’Indy. Cercado pelas mais diversas tendências musicais, decide-se a compor um quinteto inspirado na obra de César Franck. Naquele concerto, Turina executou o Quinteto, op. 44, de Robert Schumann, e seu próprio Quinteto em sol menor, op. 1, além do primeiro livro de Iberia de Albéniz e o Prelúdio, Coral e Fuga de Franck. Albéniz, que se encontrava na plateia, surpreendera-se com a linguagem nada espanhola de Turina e, juntamente com Manuel de Falla, foi ter com o compositor após o recital. O veterano compositor espanhol assegurou a Turina que faria com que seu quinteto fosse publicado, ao preço de o jovem comprometer-se a compor obras inspiradas pela tradição musical popular espanhola. Obra do período mais prolífico de Turina, Canto a Sevilla ilustra o trabalho nacionalista do compositor e compõe com Sevilla, Suíte pintoresca, op. 2, Rincones sevillanos, op. 5, Sinfonia sevillana, op. 23, 12


INSTRUMENTAÇÃO

Mujeres de Sevilla, op. 89, e Por las

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

calles de Sevilla, op. 96, um conjunto de obras em homenagem a Sevilha, sua cidade natal. Inspirado na poesia de José Muñoz San Román, Canto a Sevilla foi composto entre junho e novembro de 1925. A obra inicialmente foi concebida como um ciclo de quatro canções para voz e piano, intercaladas com três movimentos para piano solo: Preludio, Noche de feria e Ofrenda. Entre fevereiro e abril de 1926, Turina orquestrou as quatro canções pela primeira vez. Insatisfeito com a orquestração, reorquestrou-as duas vezes mais, tendo trabalhado na versão definitiva entre julho e dezembro de 1934. A orquestração das peças para piano solo, no entanto, ficou a cargo do compositor Ángel Mingote. Tendo como solista Crisena Galatti,

PARA  OUVIR

CD Turina – Canto a Sevilla – BBC Philharmonic – Juanjo Mena, regente – Martin Roscoe, piano – María Espada, soprano – Chandos, 10819 – 2014 CD Joaquín Turina – Canto a Sevilla – NDR Radiophilharmonie – Celso Antunes, regente – Lucia Duchonová, mezzo-soprano – Hänssler Classic, 98608 – 2010 PARA  ASSISTIR

Orquestra da Rádio e TV Espanhola – Adrian Leaper, regente – Ana Rodrigo, soprano (obra completa) Acesse: fil.mg/tsevilha PARA  LER

Antonio Iglesias – Escritos de Joaquín Turina – Alpuerto – 1982 Alfredo Móran Rojo – Joaquín Turina a través de sus escritos – Alianza Editorial – 1997 PARA  VISITAR

www.joaquinturina.com

a primeira versão da obra foi estreada em Sevilha, em 3 de maio de 1926, pela Orquestra Sinfônica de Madrid, regida por Fernández Arbós. Em nota para o programa de estreia, Turina escreve: “Noche de feria quer dizer noite de folia. Palmas, vinho manzanilla, baile de sevillanas, cantar de dor, mistura sentimental, eco longínquo de outras festas, muito barulho, enfim”. E conclui dizendo que “todos os temas e elementos rítmicos [de Canto a Sevilla] se unem ao final num ramalhete, uma Ofrenda a Sevilha”.

IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música

pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3. 13


Isaac

ALBÉNIZ Espanha, 1860 – França, 1909

CONCERTO PARA PIANO Nº 1 EM LÁ MENOR, OP. 78, “FANTÁSTICO” (1887) 24 min

Interlúdios sonhadores de piano solo e ingênuas melodias redobradas em sonoros acordes dão o tom ultrarromântico do Concerto Fantástico de Albéniz, concluído e estreado em 1887. Nele, o modelo estrutural do primeiro movimento é tratado com simplicidade, cedendo lugar a momentos fantasiosos e contemplativos. Iniciado em 1885, o Concerto Fantástico é o primeiro concerto para piano de Albéniz e para ele confluem os estilos concertantes de Schumann, Grieg e Chopin, não havendo nenhuma referência à música espanhola. Albéniz utilizou o autêntico folclorismo de seu país em sua outra obra para piano e orquestra, a Rapsódia Espanhola, composta à mesma época. O Concerto Fantástico foi dedicado ao discípulo de Albéniz, José Tragó, eminente pianista e futuro professor dos pianistas-compositores espanhóis Manuel de Falla, Joaquín Turina e Enrique Granados. A obra teve sua estreia em Madri sob a regência de Tomás Bretón, também responsável pela orquestração do concerto. A vida romanesca de Albéniz é repleta de fatos discrepantes ou exagerados pela maior parte de seus biógrafos. Extraordinariamente precoce, ele deu seu primeiro recital aos quatro anos. Sua fuga clandestina para a Argentina, aos sete anos, é uma das mais famosas invenções a seu respeito, uma vez que seu pai o levara pessoalmente em suas viagens como funcionário da alfândega espanhola. Conta uma anedota que, aos sete anos, Albéniz teria sido recusado no Conservatório de Paris não pela pouca idade, mas por ter quebrado lá um espelho ao brincar com uma bola, desmerecendo seu excelente teste de aptidão. É certo, no entanto, que, após excursionar pela América Central e pelos Estados Unidos, retornou para a Europa e foi aceito no Conservatório de Leipzig, aos quatorze anos. Dúvidas cercam a veracidade de seu encontro com Franz Liszt, ocorrido em Budapeste por volta de 1880 e narrado por Albéniz em seu diário. Se Liszt visitou 14


INSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, cordas.

PARA  OUVIR

a Hungria 26 vezes e à época lecionou piano na suíte do Hotel Hungaria de Budapeste – para o qual foram cedidos dois pianos Bösendorfer de cauda –, é bem provável que o encontro tenha se sucedido efetivamente. De todo modo, é notória a influência estética de Liszt sobre a primeira geração romantizada da escola nacional espanhola, representada pelo pianismo de Albéniz e Granados. Parece não haver consenso entre os

CD Felicja Blumental – Heckel Tavares – Concerto em Formas Brasileiras; Albéniz – Rapsodia Española; Concierto Fantastico – Orquestra Sinfônica de Londres; Filarmônica de Trieste; Orquestra Sinfônica de Turim – Anatole Fistoulari, Luigi Toffolo, Alberto Zedda, regentes – Felicja Blumental, piano – Brana Records – 2007 (selo dedicado a gravações da pianista Felicja Blumental) Orquestra de Valencia – Manuel Galduf, regente – Enrique Perez de Guzman, piano Acesse: fil.mg/apiano1 PARA  LER

Walter Aaron Clark – Isaac Albéniz: retrato de un romántico – Paul Silles, tradução do inglês para o espanhol – Editora Turner – 2002 Henri Collet – Albéniz et Granados – Éditions Le bon plaisir – Librairie Plon – 1948

pianistas sobre a primeira participação do piano no movimento inicial (Allegro ma non troppo): alguns intérpretes ignoram a indicação do compositor de esperar dezoito compassos, quando dobram os fortíssimos da orquestra, e só iniciam a tocar após trinta e dois compassos, em suave solo de piano. O segundo movimento (Andante) obteve grande sucesso nas estreias em Londres e Paris, realizadas pelo próprio Albéniz ao piano. No movimento final (Allegro) reaparecem as dramáticas oitavas iniciais do concerto. Logo, o solista introduzirá uma charmosa valsa que ora ou outra ressurgirá até o breve e arrebatado final.

MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre

em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais. 15


Franz

SCHUBERT Áustria, 1797 – 1828

S

SINFONIA Nº 9 EM DÓ MAIOR, D. 944, “GRANDE” (1828)

55 min

No ano de sua morte, Schubert ofereceu uma grande sinfonia à Sociedade Filarmônica de Viena, acompanhada de elogiosa dedicatória aos músicos da instituição. A obra, porém, foi por

eles considerada muito pesada e de difícil execução. Onze anos

depois, Robert Schumann encontrou, na humilde casa do irmão

de Schubert, o manuscrito rejeitado e providenciou sua estreia em Leipzig, sob a direção de Felix Mendelssohn. Hoje, essa grande

sinfonia ocupa uma estratégica posição histórica, pela maneira ímpar com que concilia a estrutura clássica e o espírito romântico.

Na introdução (Andante) do primeiro movimento, as trompas em uníssono apresentam um nobre tema, sutil na dessimetria de sua construção, do qual derivam os vários motivos do

vigoroso Allegro ma non troppo seguinte, longo e impetuoso.

Esse movimento desencadeia irresistível ascensão até o stretto

final da coda, quando, em tempo mais rápido, reapresenta-se o tema inicial das trompas, como um hino radioso e triunfal.

O segundo movimento (Andante con moto), imenso Lied composto de cinco seções e uma coda, é um dos trechos mais trabalhados e líricos da Sinfonia. O tema principal surge no oboé, sobre o

acompanhamento staccato das cordas, em ritmo de marcha lenta.

A sua feição cantabile é interrompida abruptamente pelo fortíssimo orquestral que, durante todo o movimento, assumirá o papel de

elemento contrastante. Schubert explora com sabedoria as transições entre as diversas seções. Particularmente mágica é a atmosfera de apaziguamento, de espera, antes da volta do primeiro tema.

O Scherzo (Allegro vivace) possui a clássica estrutura arquitetônica

tripartida (ABA), mas oferece muitas soluções inventivas. As partes

extremas estão na tonalidade principal da sinfonia, Dó maior. Após 16


S INSTRUMENTAÇÃO

uma abertura quase agressiva, surge

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, cordas.

uma série de melodias, alegremente ritmadas, com uma sucessão de

modulações engenhosas. O trio central, em Lá maior, apresenta um Ländler

vienense de raízes populares, totalmente confiado aos sopros, enquanto às

cordas cabe o acompanhamento. O impetuoso quarto movimento

(Allegro vivace) possui mais de mil

compassos. O motivo inicial expõe dois breves e incisivos desenhos rítmicos

(diferenciados por violento contraste

forte/piano) que impulsionam todo o andamento. Apresentado pelo oboé, o segundo tema, embora mantenha

PARA  OUVIR

CD Franz Schubert – Symphony nº 9 – SWR Sinfonieorchester Baden-Baden und Freiburg – Michael Gielen, regente – Hänssler Classic/ SWR Holzgerlingen, Alemanha – 2002 PARA  ASSISTIR

Orquestra Filarmônica de Viena – Riccardo Muti, regente | Acesse: fil.mg/ssinf9 PARA  LER

Marcel Schneider – Schubert – Coleção Solfèges – Éditions du Seuil – 1988

François-René Tranchefort – Guia da Música Sinfônica – Nova Fronteira – 1990 PARA  VISITAR

www.franzpeterschubert.com

a pulsação inicial, é mais tranquilo,

possui caráter popular e desempenha

importante papel no desenvolvimento. Há uma explícita referência a

Beethoven, com citações, nas fanfarras, da Ode à Alegria. Mas a homenagem

ao mestre não possui caráter rapsódico ou estranho ao contexto – insere-se com lógica no material temático schubertiano, ao qual se integra

organicamente. A reexposição, em

admirável demonstração de habilidade harmônica, começa na inesperada tonalidade de Mi bemol. A coda

inicia-se com um trêmulo suave dos

PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS

violoncelos. Apresenta um esquema

Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

rítmico de quatro notas e persiste

por duzentos compassos, gigantesca,

monumental, conduzindo a marcha até a impressionante apoteose final.

17


18

FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE


TEMPORADA

começou. Se você renovou, mas quer fazer trocas, a hora é agora!

FOTO: RAFAEL MOTTA

2017

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Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla Associado Ara Harutyunyan – Spalla Assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira

VIOLONCELOS

TROMPAS

GERENTE

Philip Hansen * Felix Drake *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Lina Radovanovic Robson Fonseca William Neres

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata

Jussan Fernandes

TROMPETES

Débora Vieira

CONTRABAIXOS

Nilson Bellotto * Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano

SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina

TROMBONES

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa

Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES

Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro

FLAUTAS

Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova

TUBA

Eleilton Cruz * TÍMPANOS

Patricio Hernández Pradenas *

OBOÉS

Alexandre Barros * Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES

VIOLAS

Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado

INSPETORA

Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

MONTADORES

André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

PERCUSSÃO

Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA

Diana Todorova ****

FAGOTES

TECLADOS

Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva

Ayumi Shigeta *

TURINA Editor: MSC (UME) Representante exclusivo:

Barry Editorial ALBÉNIZ Editor: MSC (Chester) Representante exclusivo:

Barry Editorial

* principal

** principal associado

*** principal assistente

**** músico convidado


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

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Instituto Cultural Filarmônica

(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

Conselho Administrativo

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ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

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SECRETÁRIA EXECUTIVA Rafael Franca

Flaviana Mendes ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

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ASSISTENTE OPERACIONAL

Rodrigo Brandão

FORTISSIMO outubro

nº 20 / 2016 ISSN 2357-7258

ANALISTAS DE DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé

RECEPCIONISTA

Lizonete Prates Siqueira

EDITORA Merrina

DIRETOR DE OPERAÇÕES

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

EDIÇÃO DE TEXTO

Itamara Kelly Mariana Theodorica

Ivar Siewers Ilustrações: Mariana Simões

Pedro Almeida

Godinho Delgado Berenice Menegale

23


FILARMÔNICA ONLINE www.filarmonica.art.br

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De terça a sexta, das 12h às 21h Sábado, das 12h às 18h

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out

1º / out, 18h

FORA DE SÉRIE

Mozart — Música incidental 6 e 7 / out, 20h30

Bernstein, Brahms, Revueltas 16 / out, 11h

PRESTO VELOCE

JUVENTUDE

Formas livres — Adams, RimskyKorsakov, Liszt, Ravel, Rossini, Bizet 20 e 21 / out, 20h30

Turina, Albéniz, Schubert 24 e 25 / out

ALLEGRO VIVACE DIDÁTICOS

Rimsky-Korsakov, Liszt, Rossini, Bizet 29 / out, 18h

Mozart — Na corte

• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude • Clássicos na Praça • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais • Concertos de Câmara Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.

FORA DE SÉRIE

Veja detalhes em filarmonica.art.br/ concertos/agenda-de-concertos.

Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso no restaurante Haus München e, na compra de um prato principal, ganhe outro de igual ou menor valor. Rua Juiz de Fora, 1.257, pertinho da Sala Minas Gerais.


PARA  APRECIAR  UM  CONCERTO  CONCERTOS COMENTADOS

Agora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.

CUMPRIMENTOS

Após o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.

ESTACIONAMENTO

0 PROGRAMA DE CONCERTOS O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br.

Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE

CONVERSA

APARELHOS  CELULARES

CRIANÇAS

FOTOS  E  GRAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  VÍDEO

COMIDAS  E  BEBIDAS

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

Não são permitidas durante os concertos.

APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

TOSSE

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. 25


COMUNICAÇÃO ICF

MANTENEDOR

PATROCÍNIO MÁSTER

PATROCÍNIO

APOIO INSTITUCIONAL

DIVULGAÇÃO

REALIZAÇÃO

SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030 WWW.FILARMONICA.ART.BR

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