Novembro de 2016 | Allegro e Vivace 11

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WEBER FORTISSIMO Nº 22 — 2016

NMEN

DELSS 24/11 ALLEGRO

OHNW 25/11 VIVACE

AGNER



MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM

24/11 ALLEGRO 25/11 VIVACE

Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e aos nossos patrocinadores.


FOTO: E UGÊ N I O SÁVI O


Caros amigos e amigas, Recebemos com alegria o pianista finlandês Antti Siirala, que nos brinda pela primeira vez com sua presença e interpreta o belo Concerto nº 2 de Felix Mendelssohn. Marcos Arakaki, regente associado da Filarmônica, expõe três lados distintos do Romantismo do século XIX: a expressão clássica, mas subjetiva, da Italiana de Mendelssohn, a força dramática e incontida do famoso Prelúdio e morte por amor, do revolucionário Richard Wagner, e o romantismo tardio do austríaco Anton Webern. Emoções das mais variadas nos esperam nesta noite de primavera. Preparam-se para elas.

FABIO MECHETTI Diretor Artístico e Regente Titular

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FOTO: E UGÊ N I O SÁVI O

FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular

D

esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável

pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais

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de verão nos Estados Unidos, entre

No Brasil, foi convidado a dirigir a

eles os de Grant Park em Chicago

Sinfônica Brasileira, a Estadual de

e Chautauqua em Nova York.

São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

Realizou diversos concertos no México,

São Paulo e do Rio de Janeiro.

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu

Trabalhou com artistas como Alicia

as orquestras sinfônicas de Tóquio,

de Larrocha, Thomas Hampson,

Sapporo e Hiroshima. Regeu também a

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil

a Orquestra da Rádio e TV Espanhola

Shaham, Midori, Evelyn Glennie,

em Madri, a Filarmônica de Auckland,

Kathleen Battle, entre outros.

Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos

Vencedor do Concurso Internacional de

dirigindo a Ópera de Washington.

Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,

No seu repertório destacam-se

Mechetti dirige regularmente na

produções de Tosca, Turandot, Carmem,

Escandinávia, particularmente a

Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a

Madame Butterfly, O barbeiro de

de Helsingborg, Suécia. Recentemente

Sevilha, La Traviata e Otello.

fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na

Fabio Mechetti recebeu títulos

Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica

de mestrado em Regência e em

de Roma. Em 2016 estreou com a

Composição pela prestigiosa

Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Juilliard School de Nova York. 5


W M 6


M

MARCOS ARAKAKI, regente ANTTI SIIRALA, piano

PROGRAMA

Anton WEBERN Passacaglia, op. 1

Felix MENDELSSOHN Concerto para piano nº 2 em ré menor, op. 40 Allegro appassionato Adagio – Molto sostenuto Finale – Presto scherzando

INTERVALO

Richard WAGNER Tristão e Isolda: Prelúdio e morte por amor

Felix MENDELSSOHN Sinfonia nº 4 em Lá maior, op. 90, “Italiana” Allegro vivace Andante con moto Con moto moderato Saltarello – Presto


MARCOS ARAKAKI FOTO: RAFAE L MOT TA


Marcos Arakaki é regente associado da

Petrobras Sinfônica, Orquestra

Filarmônica de Minas Gerais e colabora

Experimental de Repertório, orquestras

com a Orquestra desde 2011. Bacharel

de Câmara da Cidade de Curitiba e da

em música pela Universidade Estadual

Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras.

Paulista, na classe de violino do professor

No exterior, dirigiu as orquestras

Ayrton Pinto, em 2004 concluiu o

Filarmônica de Buenos Aires,

mestrado em Regência Orquestral

Sinfônica de Xalapa, Filarmônica

pela Universidade de Massachusetts,

da Universidade Autônoma do México,

Estados Unidos. Participou do Aspen

Kharkiv Philharmonic da Ucrânia

Music Festival and School (2005),

e a Boshlav Martinu Philharmonic

recebendo orientações de David Zinman

da República Tcheca.

na American Academy of Conducting at Aspen, nos Estados Unidos, além

Marcos Arakaki acompanhou

de masterclasses com os maestros Kurt

importantes artistas do cenário

Masur, Charles Dutoit e Sir Neville

erudito, como Gabriela Montero,

Marriner. Sua trajetória artística é

Sergio Tiempo, Anna Vinnitskaya,

marcada por prêmios como o do

Sofya Gulyak, Ricardo Castro,

1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho

Rachel Barton Pine, Chloë Hanslip,

para Jovens Regentes, promovido pela

Luíz Filíp, entre outros.

Orquestra Petrobras Sinfônica em 2001, e o Prêmio Camargo Guarnieri, concedido

Ao longo dos últimos dez anos,

pelo Festival Internacional de Campos do

Marcos Arakaki tem contribuído de

Jordão em 2009, ambos como primeiro

forma decisiva para a formação de novas

colocado. Foi também semifinalista no

plateias, por meio de apresentações

3º Concurso Internacional Eduardo Mata,

didáticas, bem como para a difusão da

realizado na Cidade do México em 2007.

música de concertos através de turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua,

Além da Orquestra Filarmônica de

ainda, como coordenador pedagógico,

Minas Gerais, Marcos Arakaki tem

professor e palestrante em diversos

dirigido outras importantes orquestras

projetos culturais e em instituições

tanto no Brasil como no exterior.

como Casa do Saber do Rio de Janeiro,

Estão entre elas as orquestras sinfônicas

programa Jovens Talentos de Furnas,

Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo

Música na Estrada, Universidade

(Osesp), do Teatro Nacional Claudio

Federal da Paraíba, Universidade

Santoro, do Paraná, de Campinas, do

Federal do Rio Grande do Norte,

Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade

Universidade Federal de Roraima e

de São Paulo, a Filarmônica de Goiás,

em vários conservatórios brasileiros. 9


ANTTI SIIRALA FOTO: VOL K E R BE USH AUSE N


Classificado em primeiro lugar em

Xavier Roth, Esa-Pekka Salonen, Jukka-

três concursos internacionais de piano,

Pekka Saraste, Lan Shui, Mario Venzago,

incluindo a prestigiosa Competição

Hugh Wolff e Xian Zhang. Também teve

de Leeds, o finlandês Antti Siirala se

colaborações de sucesso com pianistas

estabeleceu como um dos melhores

como Emanuel Ax, Yefim Bronfman,

pianistas de sua geração. Além de uma

Hélène Grimaud e Ivo Pogorelich.

estreia impressionante com a Sinfônica de São Francisco, sob regência de Osmo

Siirala foi um dos quatro artistas

Vänskä, ele se apresentou nos Estados

selecionados pela série de recitais de

Unidos com as sinfônicas de Detroit,

piano da Filarmônica de Berlim, junto

Indianápolis, Jacksonville, Knoxville e

com Pierre Laurent Aimard, Lang Lang e

Nova Jersey, com a Filarmônica da

Martin Helmchen. Ele tocou no Kölner

Louisiana e com a Mostly Mozart Orchestra

Philharmonie, no Concertgebouw,

no Lincoln Center. Nesta temporada,

Festival de Lucerna, Schumannfest,

estreia com a Orquestra de Sarasota.

Tonhalle de Zurique e Wigmore Hall, além de salas em Bruxelas, Milão, Detroit

Ao redor do mundo, Siirala já se

e Nova York. Na música de câmara,

apresentou com as sinfônicas de Bamberg,

Siirala tem colaborações com Jan Vogler,

da BBC de Londres, de Birmingham, de

grupo Moritzburg, Caroline Widmann,

São Petersburgo, de Viena e de Cingapura;

Christian Poltera e Lawrence Power.

orquestras do Festival de Budapeste, da Rádio Finlandesa, da Rádio de

Seu álbum de estreia com trabalhos de

Frankfurt, da Rádio Sueca, de Melbourne,

Schubert para a Naxos e sua gravação de

de Queensland, NDR de Hannover,

Brahms para a Ondine foram Escolha do

WDR de Colônia, SWR de Freiburg e

Editor da revista Gramophone; a Piano

Baden-Baden, Nacional Real Escocesa;

News deu ao disco de Brahms sua nota mais

Sinfônica Alemã de Berlim, Sinfônica

alta em interpretação. Ele também gravou

NHK; Deutsche Staatsphilharmonie

Beethoven para os selos AVIE e Sony.

e filarmônicas de Liverpool e do Novo Japão; Residentie Orkest de

Brahms e Beethoven estão no centro do

Haia e Tonhalle-Orchester Zürich.

repertório de Siirala, mas sua compreensão e compromisso com a música chegam

O pianista esteve sob regência de Paavo

à música nova. Ele estreou obras de

Berglund, Herbert Blomstedt, Semyon

Walter Gieseler, Kuldar Sink, Uljas

Bychkov, Stéphane Denève, Thierry

Pulkkis, Kalevi Aho e Kaijo Saariaho.

Fischer, Mikko Franck, Michael Gielen, Miguel Harth-Bedoya, Pietari Inkinen,

Em 2013, tornou-se professor de piano

Kristjan Järvi, Neemi Järvi, Fabio Luisi,

no Hochschule für Musik und Theater,

Susanna Mälkki, Sakari Oramo, François-

em Munique. 11


Anton

WEBERN Áustria, 1883 – 1945

PASSACAGLIA, OP. 1 (1908)

15 min

A Passacaglia, op. 1, marca a conclusão dos estudos musicais de Webern sob a supervisão direta de Schoenberg. Nessa obra, o tema parece evocar os passos de uma caminhada que, ao longo da peça, mostra o compositor tributário da tradição romântica, em especial a que remonta a Mahler e Brahms. No entanto, essa tradição se apresenta, aqui, sob a forte influência do diálogo já estabelecido por Schoenberg e do expressionismo schoenberguiano, presente em obras do mestre, tais como a Primeira Sinfonia de Câmara e o Segundo Quarteto de Cordas. A exemplo do professor, que falava abertamente de sua fecunda relação dialógica com a tradição, Webern assimila e incorpora, mas também responde e transforma. A Passacaglia surpreende o ouvinte, quando confrontada com a evolução da obra weberniana. A ela não são estranhos o arroubo e as passagens eloquentes, de orquestração mahleriana. Passagens desse tipo ficam muito em evidência nos pontos culminantes das seções inicial e final da obra. Tais seções exploram os limites da tonalidade de ré menor, diga-se, de passagem, uma tonalidade especialmente cara a obras da maturidade de Mahler. A seção central, contrastante, tem algo do pathos brahmsiano que, vale dizer, percorre toda a Passacaglia e aflora de modo especial no cantabile de inúmeros gestos melódicos, entregues, sobretudo, aos instrumentos de sopro. Mas a filiação pós-romântica da Passacaglia não exclui elementos composicionais caros ao estilo que marcaria a evolução da linguagem composicional de Webern. O próprio tema, anunciado pelas cordas, em pizzicato, valoriza um elemento essencial da poética weberniana: o silêncio, carregado de expressividade e de expectativa, que valoriza cada novo som apresentado em um movimento lento e uniforme. Na estruturação melódica desse tema, de apenas oito notas – 12


INSTRUMENTAÇÃO

a exemplo de inúmeros temas da

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

passacalhas barrocas –, chama atenção, primeiramente, a estruturação melódica, que parte da tônica (ré) e a ela retorna, após anunciar, através de um lá bemol, estranho à tonalidade de ré menor, que estamos, desde já, diante de uma tonalidade expandida. Outra importante característica dessa melodia é, à exceção da tônica, a não repetição de notas, princípio composicional caro aos compositores da Segunda Escola de Viena. Nesse sentido, a própria escolha

PARA  OUVIR

CD Webern – Complete Works, op. 1-op. 31 – London Symphony Orchestra and others – Pierre Boulez, regente – Sony Classical – 2013 (3 discos) PARA  ASSISTIR

WDR Sinfonieorchester Köln – Jukka-Pekka Saraste, regente | Acesse: fil.mg/wpassacaglia PARA  LER

Oliver Neighbour; Paul Griffiths; George Perle – Segunda Escola Vienense – Série The New Grove – L&PM Editores – 1990

da passacalha, que tem como base a técnica da variação, parece consequente, pelo discurso que evita o retorno. Podemos constatar ainda que, já nas primeiras variações, Webern acrescenta ao tema, como a um cantus firmus, outros materiais melódicos, e o faz com o domínio do contraponto e da concisão de escritura que prefigura aspectos distintivos de outras obras suas. Ao acrescentarmos que, não raro, uma orquestração de meias tintas, caracterizada pela limpidez e transparência, veicula a ideia musical através do essencial, temos outra evidência de que já estamos diante do compositor que não cessaria de nos surpreender. Ao ouvinte, fica o convite para a fruição da Passacaglia e das demais obras às quais Anton Webern imprimiu sua personalíssima linguagem composicional.

OILIAM LANNA Compositor, professor

da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. 13


Felix

MENDELSSOHN Alemanha, 1809 – 1847

CONCERTO PARA PIANO Nº 2 EM RÉ MENOR, OP. 40 (1837) 25 min

O ano de 1835 marcou o início de uma venturosa fase para o compositor alemão Felix Mendelssohn. Ele fora convidado a dirigir a Sociedade dos Concertos da Gewandhaus, de Leipzig, obtendo extraordinário êxito. O sucesso naquela cidade carregava um significado especial para Mendelssohn: lá, um século antes, vivera seu ídolo, Johann Sebastian Bach. O ambiente de Leipzig inspirou Mendelssohn a compor uma grande obra de estilo bachiano, o Oratório São Paulo, concluído em 1836. A obra foi executada durante o Festival de Birmingham de 1837, na Inglaterra. Nessa ocasião, Mendelssohn também estreou seu Concerto para piano n° 2. A essa altura de sua vida, ele já possuía reputação internacional tanto como pianista quanto como compositor, sendo particularmente popular na Inglaterra vitoriana, e firmara-se como um hábil compositor de concertos, gênero ao qual dedicou dezenas de criações. Para piano e orquestra já havia composto o Capricho Brilhante, o Rondó Brilhante e o Concerto n° 1, além do Concerto em lá menor e outros dois concertos para dois pianos. Embora o período de Leipzig representasse prestígio profissional para Mendelssohn, foi marcado pela morte de seu pai, fato que o abateu profundamente. O alento foi trazido pelo amor de Cécile Charlotte Sophie Jeanrenaud, com quem Mendelssohn se casou em 1837. No Concerto para piano n° 2, iniciado durante a lua de mel, podem ser percebidos elementos exteriores como a tragédia da morte, representada pela tonalidade de ré menor, e momentos calorosamente românticos e suaves, pintados em tonalidades maiores. Na introdução, as primeiras intervenções do piano são hesitantes, e o material melódico é sugerido em poucas notas. Após trinta compassos, uma cascata de oitavas do piano impulsiona toda a orquestra a expor integralmente o tema. Esse material temático sofrerá variações, que se desenvolverão em imitações contrapontísticas e figurações melódicas no piano, com alternância das mãos, à maneira de Liszt e Thalberg. 14


INSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

PARA  OUVIR

Os solos do piano, no entanto,

CD The Romantic Piano Concerto – vol. 17: Felix Mendelssohn – City of Birmingham Symphony Orchestra – Lawrence Foster, regente – Stephen Hough, piano – Hyperion – 1997

em simplificada escrita coral, limitarão

PARA  ASSISTIR

o caráter virtuosístico do Concerto nº 2

Orquestra da Rádio e Televisão Espanhola – Jozsef Horvath, regente – Fernando Cruz, piano (1º movimento) Acesse: fil.mg/mpiano2

em relação ao seu predecessor, o Concerto nº 1. O compositor Robert Schumann, na sua crítica ao Concerto nº 2 de Mendelssohn, enganou-se ao considerá-lo uma obra menor: “uma produção dos grandes

PARA  LER

Attila C. Sampaio; Dietmar Holland – Guia Básico dos Concertos – Civilização Brasileira – 1995

mestres enquanto se recuperam de grandes esforços”. Na verdade, Mendelssohn debruçou-se sobre o Concerto nº 2 por mais de seis meses, fato incomum se levada em conta sua facilidade inventiva. O Adagio, ligado ao Allegro appasionato por introspectivos arpejos do piano, inicia-se quase desapercebidamente. Nele, a escrita da parte solista assemelha-se às Canções sem Palavras, famoso conjunto de peças para piano de Mendelssohn. O ambiente plácido e devocional do Adagio logo dá lugar ao rítmico Finale. O romantismo apaixonado cede à alegria radiante. A sobriedade do arpejo descendente em ré menor, que introduzira o primeiro movimento, se dissipa em um vibrante arpejo ascendente em ré maior, concluindo o concerto.

MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre

em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais. 15


Richard

WAGNER Alemanha, 1813 – Itália, 1883

TRISTÃO E ISOLDA: PRELÚDIO E MORTE POR AMOR (1857/1859) 17 min

De Debussy a Schoenberg – para apenas mencionar dois polos diametralmente opostos –, todas as vozes aclamam Tristão e Isolda em uníssono. Debussy vai duas vezes em peregrinação a Bayreuth, depois de assistir ao Tristão em Viena, em 1882. Se, depois, ele toma um caminho muito diferente, é inegável que o contato com Wagner lhe propôs importantes ferramentas para libertar-se das funções tonais e da retórica do desenvolvimento temático. Os wagnerianos e, pouco mais tarde, a Segunda Escola de Viena, consideram Tristão e Isolda o anúncio profético dos caminhos musicais futuros: nessa obra, o trabalho audacioso com encadeamentos cromáticos potencializa a função expressiva, leva o sistema tonal aos seus limites mais extremos, esgota os recursos da harmonia – vedando-lhe a estabilidade – e inaugura as premissas de uma possível dissolução da tonalidade, mais tarde concretizada. O resultado expressivo dos cromatismos em Tristão e Isolda tem nitidamente uma função dramática: a expectativa constante da resolução das dissonâncias, incessantemente adiada, é um procedimento capaz de criar o clima de tensão propício à paixão trágica e aos estados de crise. A lenda medieval que intitula a ópera de Wagner talvez não pudesse ter achado recurso musical mais adequado. A despeito dessa inventividade tamanha e de seu lugar fundamental dentre os maiores monumentos musicais do Ocidente, Tristão e Isolda não é a última ópera do compositor. Estreada em Munique, em 1865, sob a regência de Hans von Bülow, a ela sucederam ainda Os Mestres Cantores de Nurembergue (1868), Siegfried e O Crepúsculo dos Deuses (terceira e quarta partes, respectivamente, do ciclo O Anel do Nibelungo, ambas estreadas em 1876) e Parsifal (1882). No entanto, mais que na tetralogia do Anel, é em Parsifal e em Tristão que a música de Wagner encontra a sua expressão mais genuína. 16


INSTRUMENTAÇÃO

No Prelúdio de Tristão e Isolda, a

Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 3 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, harpa, cordas.

indefinição tonal que se instala desde os três primeiros compassos – nos quais uma curta e angulosa melodia desemboca em um acorde ambíguo, que não se resolve por completo – gera tamanha tensão e causa uma impressão dramática tão impactante que deixa estarrecido até o ouvinte mais atual. O par formado pelo prelúdio de Tristão e a ária final da ópera transformaram-se, desde muito cedo, pelas mãos do próprio Wagner, em uma única peça

PARA  OUVIR

CD Richard Wagner – Tannhäuser; Siegfried Idyll; Tristan und Isolde – Orquestra Filarmônica de Viena – Herbert von Karajan, regente – Jessye Norman, soprano – Deutsche Grammophon – 1988 PARA  ASSISTIR

Chicago Symphony Orchestra – Georg Solti, regente | Acesse: fil.mg/wtristaoeisolda PARA  LER

Roger Scruton – Death-Devoted Heart: Sex and the Sacred in Wagner’s Tristan and Isolde – Oxford University Press – 2012

de concerto. Na verdade, essa combinação foi executada pela primeira vez em 1862, três anos antes da estreia da ópera propriamente dita. Há, para ela, duas versões: uma que inclui a voz na parte final e outra puramente orquestral. Chamado pelo próprio Wagner de Transfiguração (Verklärung), o extático e pungente cântico entoado por Isolda diante do cadáver de Tristão revela, dela, os sentimentos mais íntimos e, por isso mesmo, os menos definidos. Nesse cântico, Isolda se transporta para um estado em que amor, dissolução, união e morte magicamente se integram, onde o mar se confunde com o próprio universo. Mesmo sem voz, a versão orquestral do Mild und leise é sólida o suficiente para garantir – integralmente – o impacto dramático desse trecho antológico da obra de Wagner.

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e

cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística. 17


Felix

MENDELSSOHN Alemanha, 1809 – 1847

SINFONIA Nº 4 EM LÁ MAIOR, OP. 90, “ITALIANA” (1833/1834) 27 min

A Sinfonia Italiana é originária da viagem de três anos que Mendelssohn empreendeu pela Europa, aos vinte anos de idade, patrocinado pelo pai, um rico banqueiro de Berlim. Ao visitar a Itália, ele se encantou com as obras de arte, a beleza natural, o clima ensolarado e a contagiante alegria dos italianos, e logo começou a esboçar uma nova sinfonia. Nos primeiros meses do ano de 1831, Mendelssohn faz menção, em várias cartas, à sinfonia que estava compondo e que desejava fosse uma obra alegre. Mas ele sentia que só conseguiria terminá-la após visitar Nápoles, cidade onde seria capaz de absorver, por completo, o espírito italiano. Ao que tudo indica, ele não conseguiu terminá-la na Itália, porque, em uma carta à irmã, de 21 de janeiro de 1832, de Paris, deixa claro haver abandonado a composição da Sinfonia Italiana para terminar a abertura da cantata Die erste Walpurgisnacht, op. 60. Constantemente insatisfeito com a obra, Mendelssohn fez correções até abril de 1833, quando a levou consigo para a estreia, em Londres, no dia 13 de maio, com a Sociedade Filarmônica de Londres, sob sua direção. Embora a Sinfonia tenha sido recebida com grande entusiasmo, Mendelssohn, alguns anos mais tarde, tirou-a de circulação para revisões e nunca se viu satisfeito com o resultado. A obra só foi editada após a sua morte. O primeiro movimento é extremamente alegre. Sua natureza festiva é apresentada logo no início. O segundo movimento, de acordo com as cartas de Mendelssohn à irmã, foi o último a ser composto. Seu caráter introspectivo contrasta com a atmosfera brilhante do primeiro movimento. O terceiro movimento é uma espécie de minueto. Doce e bucólico, carrega certa nostalgia da época em que essa dança figurava nas sinfonias vienenses. O quarto movimento é um saltarello, dança leve e alegre, típica da Itália, dançada por casais, de mãos dadas, realizando uma série de pequenos saltos (do italiano saltare). O saltarello da 18


INSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

PARA  OUVIR

CD Mendelssohn – Symphonies nos. 3 & 4 , Scottish & Italian – The Chamber Orchestra of Europe – Nikolaus Harnoncourt, regente – Teldec – 2013 PARA  ASSISTR

Sinfonia nº 4, extremamente dinâmico, é de uma energia incrível, do início ao fim.

Orquestra Sinfônica Nacional da Rai – Rafael Frühbeck de Burgos, regente Acesse: fil.mg/msinf4

As cinco sinfonias de Mendelssohn são

PARA  LER

numeradas pela ordem de publicação,

Larry L. Todd – Mendelssohn: a life in music – Oxford University Press – 2003

e não de composição. Pela ordem de composição teríamos a seguinte sequência: sinfonias números 1, 5, 4,

Larry L. Todd (ed.) – Mendelssohn and his world – Princeton University Press – 1991

2 e 3. A primeira sinfonia, composta em 1824, foi também a primeira a ser editada (1830), por isso recebeu o nome de Sinfonia nº 1. Em 1830, Mendelssohn compôs uma segunda sinfonia, que receberia o nome de Sinfonia nº 5 por ter sido a última a ser publicada (apenas em 1868, vinte e um anos após a morte do compositor). Sua terceira sinfonia, hoje conhecida como Sinfonia nº 4, “Italiana”, foi publicada quatro anos após a morte do compositor, em 1851. A cantata sinfônica Lobgesang, composta em 1840 e segunda a ser publicada (1841), foi considerada sua Sinfonia nº 2. E sua quinta e última sinfonia, que, com a Italiana, é uma das mais executadas, composta em 1842 e publicada no mesmo ano, recebeu o nome de Sinfonia nº 3, “Escocesa”.

GUILHERME NASCIMENTO

Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 19


20

FOTO: DAN I E L A PAOL I E L LO


Foto: Eugênio Sávio

MB e Orquestra Filarmônica, uma parceria que soa como música para os seus ouvidos.

Patrocinar a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais nas séries Allegro e Vivace é estar afinado com a cultura. 21


22

FOTO: RAFAE L MOT TA


23


Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla Associado Ara Harutyunyan – Spalla Assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch VIOLAS

João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina

* principal

VIOLONCELOS

TROMPAS

GERENTE

Philip Hansen * Felix Drake *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Lina Radovanovic Robson Fonseca William Neres

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata

Jussan Fernandes

TROMPETES

Débora Vieira

CONTRABAIXOS

Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano

Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado   TROMBONES

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa

INSPETORA

Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES

Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro FLAUTAS

TUBA

Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova

Eleilton Cruz * TÍMPANOS

Patricio Hernández Pradenas *

OBOÉS

Alexandre Barros * Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES

Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

MONTADORES

André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

PERCUSSÃO

Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA

Diana Todorova **** TECLADOS

FAGOTES

Ayumi Shigeta *

Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva

** principal associado

*** principal assistente

**** músico convidado


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

João Batista Miguel

Instituto Cultural Filarmônica

(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

Conselho Administrativo

Equipe Técnica

PRESIDENTE EMÉRITO

GERENTE DE COMUNICAÇÃO

Jacques Schwartzman

Merrina Godinho Delgado

PRESIDENTE

Roberto Mário Soares

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL

CONSELHEIROS

Claudia da Silva Guimarães

Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena

ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Gabriela Souza PRODUTORES

Luis Otávio Rezende Narren Felipe ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO

Diomar Silveira

Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia) Renata Gibson Renata Romeiro (Design gráfico)

DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO

ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

Estêvão Fiuza

Mônica Moreira

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO

ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOS

Diretoria Executiva DIRETOR PRESIDENTE

Jacqueline Guimarães Ferreira

Itamara Kelly Mariana Theodorica

DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS ASSISTENTE DE Zilka Caribé MARKETING DE RELACIONAMENTO DIRETOR DE Eularino Pereira OPERAÇÕES

Ivar Siewers Ilustrações: Mariana Simões

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS

Rildo Lopez

Ailda Conceição Rose Mary de Castro

Equipe Administrativa GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA

MENSAGEIROS

Bruno Rodrigues Douglas Conrado MENOR APRENDIZ

Yana Araújo

Ana Lúcia Carvalho GERENTE DE RECURSOS HUMANOS

Quézia Macedo Silva ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi ANALISTA CONTÁBIL

Sala Minas Gerais GERENTE DE INFRAESTRUTURA

Renato Bretas GERENTE DE OPERAÇÕES

Jorge Correia

Graziela Coelho TÉCNICO DE ÁUDIO E SECRETÁRIA EXECUTIVA ILUMINAÇÃO

Flaviana Mendes

Mauro Rodrigues

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO

Cristiane Reis

Rafael Franca

ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS

ASSISTENTE OPERACIONAL

Vivian Figueiredo

Rodrigo Brandão

RECEPCIONISTAS

Lizonete Prates Siqueira Meire Gonçalves AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Pedro Almeida

FORTISSIMO novembro

nº 22 / 2016 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina

Godinho Delgado EDIÇÃO DE TEXTO

Berenice Menegale

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26

FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE


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FILARMÔNICA ONLINE www.filarmonica.art.br

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CONCERTOS

CONHEÇA  AS  APRESENTAÇÕES  DA  FILARMÔNICA

dez

1 e 2 / dez, 20h30

Prokofiev 9 / dez, 20h30 10 / dez, 18h

PRESTO VELOCE FORA DE SÉRIE

Mozart — Último capítulo 15 e 16 / dez, 20h30

Mahler

ALLEGRO VIVACE

Veja detalhes em filarmonica.art.br/ concertos/agenda-de-concertos.

Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso em um de nossos restaurantes parceiros e obtenha benefícios exclusivos.

• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude • Clássicos na Praça • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais • Concertos de Câmara Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.

RUA JUIZ DE FORA, 1257, SANTO AGOSTINHO

RUA LUDGERO DOLABELA, 738, GUTIERREZ


PARA  APRECIAR  UM  CONCERTO  CONCERTOS COMENTADOS

Agora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.

CUMPRIMENTOS

Após o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.

ESTACIONAMENTO

0 PROGRAMA DE CONCERTOS O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br.

Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE

CONVERSA

APARELHOS  CELULARES

CRIANÇAS

FOTOS  E  GRAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  VÍDEO

COMIDAS  E  BEBIDAS

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

Não são permitidas durante os concertos.

APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

TOSSE

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. 29


COMUNICAÇÃO ICF

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SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030 WWW.FILARMONICA.ART.BR

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