Junho de 2016 | Allegro e Presto 6

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GINAST FORTISSIMO Nº 11 — 2016

ERARAC

HMANI 23/06 ALLEGRO 24/06 VIVACE

NOVCO



MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM

23/06 ALLEGRO 24/06 VIVACE


FOTO: E UGÊ N I O SÁVI O


Caros amigos e amigas,

Ao dar prosseguimento à celebração

da música e das danças folclóricas

dos 100 anos do compositor argentino

norte-americanas, tratadas de forma

Alberto Ginastera, a Filarmônica

sutil, simples e direta por aquele

interpreta duas de suas obras mais

que veio a dar identidade à música

famosas – a Abertura para o Fausto

sinfônica dos Estados Unidos.

Crioulo e a suíte do balé Estância, talvez sua obra mais consagrada.

Se isso não fosse o suficiente,

Ambas mostram a identificação

um de nossos maiores pianistas, o

marcante do compositor com a

querido Arnaldo Cohen, traz mais

música folclórica de sua terra,

brilho a esta noite com uma das

repleta de energia e virilidade.

mais instigantes obras do repertório pianístico: o Quarto Concerto

Contrastando com a intensidade

de Sergei Rachmaninov.

oferecida pela música de Ginastera, apresentaremos pela primeira vez

Desejamos a todos um ótimo concerto.

outra suíte de balé, desta vez do compositor norte-americano Aaron Copland, a sua Appalachian Spring.

FABIO MECHETTI

Aqui vemos também a forte influência

Diretor Artístico e Regente Titular

3


FOTO: RAFAE L MOT TA

D

esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável

pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais

4


FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular

de verão nos Estados Unidos, entre

No Brasil, foi convidado a dirigir a

eles os de Grant Park em Chicago

Sinfônica Brasileira, a Estadual de

e Chautauqua em Nova York.

São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

Realizou diversos concertos no México,

São Paulo e do Rio de Janeiro.

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu

Trabalhou com artistas como Alicia

as orquestras sinfônicas de Tóquio,

de Larrocha, Thomas Hampson,

Sapporo e Hiroshima. Regeu também a

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil

a Orquestra da Rádio e TV Espanhola

Shaham, Midori, Evelyn Glennie,

em Madrid, a Filarmônica de Auckland,

Kathleen Battle, entre outros.

Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos

Vencedor do Concurso Internacional de

dirigindo a Ópera de Washington.

Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,

No seu repertório destacam-se

Mechetti dirige regularmente na

produções de Tosca, Turandot, Carmem,

Escandinávia, particularmente a

Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a

Madame Butterfly, O barbeiro de

de Helsingborg, Suécia. Recentemente

Sevilha, La Traviata e Otello.

fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália,

Fabio Mechetti recebeu títulos

dirigindo a Orquestra Sinfônica de

de mestrado em Regência e em

Roma. Em 2016 fará sua estreia com a

Composição pela prestigiosa

Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Juilliard School de Nova York. 5


G R C GINASTERA 100 ANOS

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FABIO MECHETTI, regente ARNALDO COHEN, piano

PROGRAMA

Alberto GINASTERA Abertura para o Fausto Crioulo, op. 9

Sergei RACHMANINOV Concerto para piano nº 4 em sol menor, op. 40 Allegro vivace (Alla breve) Largo Allegro Vivace

INTERVALO

Aaron COPLAND Appalachian Spring: Suíte

Alberto GINASTERA Estância: Quatro Danças, op. 8a Os trabalhadores agrícolas Dança do trigo Os peões da fazenda Dança final: Malambo


ARNALDO COHEN

FOTO: DI VULGAÇ ÃO


Após uma das apresentações de Arnaldo

Brasil, estudou com Jacques Klein. Em

Cohen em Nova York, Shirley Fleming,

Viena, com Bruno Seidlhofer e Dieter

crítica do The New York Post, assinalou:

Weber. Conquistou, por unanimidade,

“[...] A avalanche de notas escrita por

o Primeiro Prêmio do Concurso

Liszt não chegou, em momento algum,

Internacional de Piano Busoni.

a ameaçar Cohen. Duvido mesmo que algo consiga ameaçá-lo”. Sobre a

Em 1981 radicou-se em Londres e vem

gravação das Variações sobre um Tema

cumprindo uma carreira internacional

de Haendel, de Brahms (Vox), Harold

em teatros como o Scala de Milão, o

Schonberg, do The New York Times,

Concertgebouw, Symphony Hall de

escreveu: “não conheço nenhuma

Chicago, Théâtre des Champs-Elysées,

gravação moderna que se aproxime

o Gewandhaus, Teatro La Fenice,

desta”. Para a Fanfare Magazine, a

Royal Festival Hall, Barbican Center e

interpretação de Cohen se encontrava

Royal Albert Hall. Foi solista em mais

“no mesmo nível de Rudolf Serkin”.

de três mil concertos com orquestras

Seu CD com obras de Liszt (Naxos)

como a Royal Philharmonic Orchestra,

esteve por quatro meses entre os mais

Philharmonia Orchestra, Filarmônica de

vendidos na Inglaterra. O jornal inglês

Los Angeles, orquestras de Cleveland e

The Times disse sobre o CD Brasiliana –

da Filadélfia. Apresenta-se regularmente

Três Séculos de Música do Brasil (Bis):

com a Filarmônica de Minas Gerais

“Cohen é possuidor de uma técnica

desde a primeira temporada. Dentre

extraordinária e capaz de chamuscar

outros, colaborou com os regentes

as teclas do piano ou derreter nossos

Yehudi Menuhin, Kurt Masur e

corações”. A Gramophone incluiu

Wolgang Sawallish. Sobre ele, Menuhin

a gravação de obras de Liszt (Bis)

disse: “Arnaldo Cohen é um dos mais

na seleta lista Escolha do Editor e

extraordinários pianistas que já ouvi”.

justificou: “Sua interpretação não fica nada a dever à famosa gravação feita

Cohen transita com igual desenvoltura

por Horowitz. Sua maturidade musical

pela música de câmara.

e virtuosidade estonteante o colocam na mesma categoria de Richter”.

Em 2004, transferiu-se para os Estados

A mesma Gramophone não poupou

Unidos e assumiu uma cátedra vitalícia

elogios ao CD de Cohen com a Osesp

na Escola de Música da Universidade

e John Neschling: “difícil de superar”.

de Indiana. Na Inglaterra, lecionou na Royal Academy of Music e no Royal

Arnaldo Cohen foi o único aluno na

Northern College of Music. Mantém

história da universidade brasileira

uma intensa agenda de masterclasses em

a graduar-se, com grau máximo,

todo o mundo e é Diretor Artístico da

em piano e violino, pela UFRJ. No

Série Internacional de Piano de Portland. 9


Alberto

GINASTERA Argentina, 1916 – Suíça, 1983

ABERTURA PARA O FAUSTO CRIOULO, OP. 9 (1943/1944)

9 min

Ginastera já gozava de certo reconhecimento como compositor quando da composição de seu poema sinfônico Abertura para o Fausto Crioulo. Devido ao sucesso do balé Panambí, op. 1, e da suíte Estancia, op. 8a, e à positiva recepção de sua obra pianística e camerística, principalmente Malambo e Cinco Canciones Populares Argentinas, Ginastera despontava como um dos mais criativos, tecnicamente competentes e ousados compositores nacionalistas argentinos. Paralelamente, destacava-se como professor de música do Conservatório Nacional e da Academia Militar Nacional San Martín. Sua produção musical compreendida entre os anos de 1930 e o final dos anos de 1960 foi classificada pelo próprio compositor em três fases. Seu “nacionalismo objetivo” (1934-1947) faz referências diretas ao folclore argentino, dentro de um contexto harmônico e formal tradicional. Seu “nacionalismo subjetivo” (1947-1957) reelabora e sintetiza elementos folclóricos num estilo ainda argentino, porém original e inovador. Seu “neoexpressionismo” (a partir de 1958) combina procedimentos experimentais de vanguarda e inspirações surrealistas para, finalmente, dar forma a uma linguagem totalmente autônoma e pessoal. Estudiosos de sua obra identificam ainda um quarto período, o das “sínteses finais” (1976-1983), no qual inovações radicais são articuladas com processos e temáticas tradicionais. Exemplo de sua primeira fase, o Fausto Crioulo é livremente inspirado no poema Fausto: Impresiones del gaucho Anastasio el Pollo en la representación de la Ópera, de Estanislao del Campo. De acordo com Borges e Bioy Casares, em Poesía gauchesca, del Campo teria assistido a uma apresentação da ópera Fausto de Charles Gounod no Teatro Colón de Buenos Aires e teria passado toda a récita a comentar irônica e bem-humoradamente com sua mulher a respeito das possíveis estranhas reações que uma obra do gênero provocaria num camponês 10


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, flauta, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, cordas.

PARA  OUVIR

ingênuo. Naquela mesma noite de agosto de 1866, del Campo escreveria o poema que o consagraria, no qual o gaúcho Anastasio “el Pollo”, ao ir à ópera e não sabendo tratar-se de uma representação, relata ao amigo Laguna como verídica a história de um tal doutor que vende a alma ao diabo.

CD Ginastera – Obertura para el Fausto criollo; Pampeana no. 3; Glosses sobre temes de Pau Casals – Berliner Symphoniker – Gabriel Castagna, regente – Chandos, CHAN10152 – 2003 Orquestra Sinfônica de Berlim – Gabriel Castagna, regente Acesse: fil.mg/gfausto PARA  LER

Deborah Schwartz-Kates – Alberto Ginastera: a research and information guide – Routledge – 2010

Estreada em 12 de maio de 1944 pela Orquestra Sinfónica de Chile regida por Juan José Castro, a Abertura para o Fausto Crioulo combina engenhosamente elementos folclóricos estilizados com alguns dos motivos musicais da ópera Fausto de Gounod. A obra é um exemplo de narrativa em abismo, isto é, o Fausto de Ginastera é uma alusão ao Fausto de Anastasio “el Pollo” que, por sua vez, refere-se ao Fausto de Gounod inspirado no Fausto de Goethe a que del Campo assiste. Vibrante e envolvente, a Abertura para o Fausto Crioulo arrebatou o público da época e inscreveu definitivamente o nome do então jovem compositor Alberto Ginastera na história da música argentina. Mas, mais que isso, ao dar tonalidades crioulas e campesinas à famosa história de Fausto, Ginastera redime através da música o homem que vendera a alma ao diabo.

IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música

pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3. 11


Sergei

RACHMANINOV Rússia, 1873 – Estados Unidos, 1943

CONCERTO PARA PIANO Nº 4 EM SOL MENOR, OP. 40 (1926, revisada em 1941) 24 min Dois meses após a Revolução de Outubro de 1917, Sergei Rachmaninov fugia da Rússia com a esposa e as duas filhas, para não mais voltar. Com a Revolução, vieram as mudanças drásticas em seu modo de vida e a dissolução do seu mundo. Chegava ao fim a Rússia que ele tanto amava. Em 1930 diria, em uma entrevista: “Há um peso que eu sempre suportei em meus ombros e que está ficando cada vez mais difícil com a idade. Maior que qualquer outro, era-me desconhecido quando jovem: é o fato de que não tenho pátria. Tive de deixar o país onde nasci, onde passei a minha juventude. O mundo todo está aberto para mim, e o sucesso me aguarda em toda parte. Apenas um lugar me está fechado, e este lugar é o meu país: a Rússia”. Para sobreviver no exílio com a família, Rachmaninov teve de abandonar uma promissora carreira de compositor, iniciada sob os auspícios de Tchaikovsky, para se dedicar inteiramente aos concertos. Grande pianista, passou a década seguinte construindo uma reputação de concertista sem precedentes, na época; comparável apenas à de Liszt, no século anterior. Com uma agenda exaustiva de concertos nos quatro cantos do mundo, Rachmaninov acreditava que a inspiração para compor chegara ao fim. Apenas em 1925 retomaria as anotações trazidas da Rússia para estruturar seu Concerto para piano nº 4. Enquanto seus concertos do período russo se inseriam claramente na tradição pós-romântica do fim do século XIX, a grande precisão técnica, a busca por simplicidade, a economia de meios na escrita para o piano e um maior interesse pelo colorido orquestral garantem ao Concerto para piano nº 4 uma sonoridade indiscutivelmente mais moderna. No início do século XX, as principais correntes modernistas europeias lançavam suas bases estéticas. Enquanto, na Áustria, Schoenberg, Webern e Berg rompiam com a tonalidade, na França, Stravinsky, Ravel, Satie e os compositores do Grupo dos Seis buscavam, cada 12


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.

PARA  OUVIR

um a seu modo, novos caminhos. Rachmaninov simplesmente ignorava as tendências vanguardistas que surgiam ao seu redor: “eu sou organicamente incapaz de compreender a música moderna, por isso não posso amá-la; assim como não posso amar uma língua cuja estrutura e significados são estranhos para mim”. Porém, a partir dos anos 1920, muitas das violentas manifestações modernistas dariam lugar a uma

CD Rachmaninoff plays Rachmaninoff – The 4 piano concertos – Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy e Leopold Stokowski, regentes – RCA Victor – 1994 PARA  ASSISTIR

Orquestra Filarmônica de Moscou – Dimitris Botinis, regente – Yuri Favorin, piano Acesse: fil.mg/rpiano4 PARA  LER

Sergei Bertensson e Jay Leyda – Sergei Rachmaninoff: a lifetime in music – Indiana University Press – 2009 Sergei Rachmaninoff – Rachmaninoff’s recollections told to Oskar von Riesemann – Macmillan – 1934

tendência que levaria o nome genérico de neoclassicismo e que abarcaria a obra de compositores das mais diversas tendências, tais como Stravinsky, Ravel, Prokofiev, Milhaud, Poulenc, Falla e Villa-Lobos. Embora nunca se houvesse sugerido a inserção de Rachmaninov nessa corrente, é de se admitir que o seu Concerto para piano nº 4 se mantém muito mais próximo do neoclassicismo dos anos 1920-1930 do que da música do século XIX. O Concerto nº 4 foi estreado na Filadélfia, em 18 de março de 1927, pelo próprio Rachmaninov, junto à Orquestra da Filadélfia e sob a regência de Leopold Stokowski, mas sofreria ainda várias revisões até chegar à versão desejada pelo compositor, em 1941.

GUILHERME NASCIMENTO Compositor,

Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 13


Aaron

COPLAND Estados Unidos, 1900 – 1990

APPALACHIAN SPRING: SUÍTE (1943/1944, balé – 1945, suíte)

25 min

Copland nasceu e viveu no Brooklyn até os vinte e um anos de idade, quando se mudou para Paris. Na capital francesa ele estudou composição com Nadia Boulanger e piano com Ricardo Viñes, e travou contato com alguns dos maiores compositores da época: Ravel, Stravinsky, Poulenc e Milhaud. Em 1924 voltou para Nova York, decidido a ganhar a vida com a música. Se já não era fácil para um jovem artista viver de música em Paris, na Nova York do início do século isso era praticamente impossível. Com o crash da Bolsa, em 1929, a situação ficou ainda mais grave. Mas ele conseguiu sobreviver com algumas apresentações, alguns alunos particulares e a ajuda de amigos. Afinal, se era difícil viver de música, ao menos ele era jovem e solteiro. Tudo o que precisava era de uma cama, um piano, uma escrivaninha e uma estante para os livros e discos. Nos anos 1930, o sucesso de sua peça orquestral El Salón México (1936), do balé Billy the Kid (1939) e das trilhas sonoras para os filmes de Hollywood Carícia Fatal (Of mice and men, 1939) e Nossa Cidade (Our town, 1940) ajudaram a estabelecer sua reputação de “o mais americano dos compositores”. Na década seguinte, Copland alcançaria o reconhecimento internacional com seus balés Rodeo (1942) e Appalachian Spring (1944). Composto entre 1943 e 1944, o balé Appalachian Spring foi encomendado pela Fundação Coolidge e estreado no Coolidge Auditorium, da Biblioteca do Congresso, em Washington, no dia 30 de outubro de 1944. Como a concepção do balé partiu de Martha Graham, que coreografou e dançou a estreia, Copland compôs a música de acordo com suas ideias: “algo que tivesse a ver com o espírito pioneiro americano, com juventude e primavera, com otimismo e esperança”. Sem um título, Copland passou a chamá-lo, simplesmente, de “Balé para Martha”. Quando faltavam apenas alguns dias para a estreia, Martha Graham sugeriu o título Appalachian Spring, a partir do poema The dance, de Hart Crane. A palavra spring, no 14


INSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 2 trombones, tímpanos, percussão harpa, piano, cordas.

PARA  OUVIR

poema, tem o sentido de nascente, fonte

CD Copland – Appalachian Spring suite; Fanfare for the common man; El salón México; Danzón Cubano – New York Philharmonic Orchestra – Leonard Bernstein, regente – Sonny Classical – 1988

de água, manancial, e não primavera, como muito se pensou. O título da obra, em português, seria, aproximadamente,

PARA  ASSISTIR

Orquestra Sinfônica de Detroit – Leonard Slatkin, regente | Acesse: fil.mg/cappalachian

Manancial dos Apalaches. PARA  LER

Como o Coolidge Auditorium é uma

Aaron Copland – Como ouvir e entender música – É Realizações – 2013

pequena sala de concertos planejada para música de câmara, o balé foi escrito para treze instrumentos. A estreia teve grande sucesso e, no ano seguinte, Copland fez alguns cortes na música, criando a suíte orquestral,

Aaron Copland – Music and imagination – Harvard University Press – 1980 Howard Pollack – Aaron Copland: the life and work of an uncommon man – Henry Holt and Co. – 1999

dividida em oito seções, executadas sem intervalos. A primeira apresentação se deu no dia 04 de outubro de 1945 pela Orquestra Filarmônica de Nova York, sob a regência de Artur Rodzinski. A suíte rendeu ao compositor o Prêmio Pulitzer no mesmo ano. Appalachian Spring foi considerada, da noite para o dia, o retrato musical mais fiel dos Estados Unidos. Exceto por uma citação da canção tradicional Simple gifts, de Joseph Brackett, o restante da música é original, embora inspirada no folclore norte-americano. Nas palavras do próprio compositor, ele apenas utilizou “ritmos e melodias que sugeriam certa ambiência americana”.

GUILHERME NASCIMENTO Compositor,

Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 15


Alberto

GINASTERA Argentina, 1916 – Suíça, 1983

ESTÂNCIA: QUATRO DANÇAS, OP. 8A (1941/1943)

12 min

1941 foi, sem dúvidas, um ano marcante para Alberto Ginastera. Naquele ano, casou-se com Mercedes Toro, com quem teve dois filhos, assumiu o cargo de professor de Composição do Conservatório Nacional e de professor titular do Liceo Militar General Saint Martín e compôs Estancia, sua música mais conhecida. Como reação ao sucesso de seu primeiro balé, Panambí, composto entre 1934 e 1937 e estreado em 1940, o coreógrafo Lincoln Kirstein, um dos fundadores e diretores da American Ballet Caravan, encomendou a Ginastera um balé que retratasse a vida nas estâncias argentinas, isto é, nas fazendas de gado dos pampas, tradicional reduto do gaúcho. Ginastera, que sempre nutriu uma admiração especial pelo campo, resolveu inspirar seu balé no poema de José Hernández, El Gaucho Martín Fierro, publicado em 1872. A obra de Hernández é ainda hoje considerada por muitos como o livro nacional dos argentinos e figura como um dos mais icônicos exemplares da literatura gauchesca. Para além da exaltação da figura do gaúcho como sofrido, corajoso e honrado, a obra é um libelo contra a política de Estado da época, que incentivava gaúchos na luta assassina contra indígenas. Do poema de Hernández, Ginastera tomou de empréstimo principalmente a estrutura temporal, de modo que o balé descreve o ciclo de um dia inteiro passado numa estância, numa estrutura amanhecer-dia-tardenoite-amanhecer. Ademais, versos do poema são cantados e recitados no balé. Seu enredo, no entanto, difere do poema ao narrar a história de um jovem da cidade que se mudara para uma estância e ali se apaixonara por uma jovem do campo, que o desprezaria até o momento em que o jovem fosse capaz de provar ser um verdadeiro gaúcho. Apesar da encomenda, Kirstein viu sua companhia de dança desmembrar-se antes mesmo que tivesse a oportunidade de montar o 16


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, tímpanos, percussão, piano, cordas.

PARA  OUVIR

balé de Ginastera, que optou então por reunir numa suíte para orquestra quatro das mais expressivas seções da obra original. A mais executada dentre as obras sinfônicas argentinas e uma das mais emblemáticas obras do nacionalismo objetivo de Ginastera, a suíte Estancia conta com três movimentos extraídos da segunda cena do balé, La mañana, e com um movimento final isolado de El amanecer, quinta e última cena do balé. De estilo stravinskiano, Los trabajadores agrícolas sugere, através de uma dança vigorosa e

CD Fiesta – Bernstein; Carreño; Castellanos; Estévez; Ginastera; Márquez; Revueltas; Romero – Simón Bolívar Youth Orchestra of Venezuela – Gustavo Dudamel, regente – Deutsche Grammophon, DDD 0289 477 7457 0 GH – 2008 CD Ginastera – Panambí; Estancia, Complete Ballets – London Symphony Orchestra – Gisèle Ben-Dor, regente – Conifer Classics, 1998 – Naxos, 2007 PARA  ASSISTIR

Orquestra Sinfônica Simón Bolívar – Gustavo Dudamel, regente | Acesse: fil.mg/gestancia PARA  LER

José Hernández – O Gaúcho Martín Fierro – Ciro Correia França, tradução – Travessa dos Editores – 2013 Deborah Schwartz-Kates – Alberto Ginastera: a research and information guide – Routledge – 2010

impetuosa, o esforço dos trabalhadores na colheita do trigo. Danza del trigo é um interlúdio lírico que evoca o cenário bucólico de uma estância pela manhã. Los peones de hacienda é um curto scherzo inspirado na figura do vaqueiro. E a Danza final retrata o começo de um novo dia através da estilização do tradicional malambo, dança masculina argentina na qual o dançarino executa uma série de movimentos com os pés e que, no século XIX, era tida como a principal forma de um gaúcho demonstrar destreza e vigor.

IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música

pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3. 17


FOTO: RA FA EL M OTTA

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19


FOTO: AND RÉ FOSSATI

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21


Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla Associado Ara Harutyunyan – Spalla Assistente Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Matheus Braga Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira

VIOLONCELOS

TROMPAS

GERENTE

Philip Hansen * Felix Drake *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Eneko Aizpurua Pablo Lina Radovanovic Robson Fonseca

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata

Jussan Fernandes

TROMPETES

Débora Vieira

CONTRABAIXOS

Nilson Bellotto * Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano

SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch

TROMBONES

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa

Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES

Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro

FLAUTAS

Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova

TUBA

Eleilton Cruz * TÍMPANOS

Patricio Hernández Pradenas *

OBOÉS

Alexandre Barros * Ravi Shankar *** Israel Muniz Moisés Pena

VIOLAS

João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina

Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado

INSPETORA

CLARINETES

Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

MONTADORES

André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

PERCUSSÃO

Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA

Giselle Boeters * TECLADOS

FAGOTES

Ayumi Shigeta *

Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva

GINASTERA Representante exclusivo:

Boosey & Hawkes COPLAND Representante exclusivo:

Boosey & Hawkes

* principal

** principal associado

*** principal assistente


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

João Batista Miguel

Instituto Cultural Filarmônica

(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

Conselho Administrativo

DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Kiko Ferreira

Rildo Lopez

Equipe Técnica

Equipe Administrativa

PRESIDENTE EMÉRITO

Jacques Schwartzman PRESIDENTE

Roberto Mário Soares

GERENTE DE COMUNICAÇÃO

CONSELHEIROS

Merrina Godinho Delgado ADMINISTRATIVO-

Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena

GERENTE FINANCEIRA

Sala Minas Gerais

Claudia da Silva Guimarães

GERENTE DE RECURSOS HUMANOS

Renato Bretas

Quézia Macedo Silva

GERENTE DE OPERAÇÕES

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

Jorge Correia

João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi

TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO

PRODUTORES

Luis Otávio Rezende Narren Felipe ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO

Mauro Rodrigues

DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO

ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

Cristiane Reis

Estêvão Fiuza

Mônica Moreira

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO

ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOS

Graziela Coelho

TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO

SECRETÁRIA EXECUTIVA Rafael Franca

Flaviana Mendes

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

ASSISTENTE OPERACIONAL

Rodrigo Brandão

ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS

Vivian Figueiredo

Itamara Kelly Mariana Theodorica

DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS ASSISTENTE DE MARKETING DE Zilka Caribé RELACIONAMENTO DIRETOR DE OPERAÇÕES

Mirian Cibelle

GERENTE DE INFRAESTRUTURA

Diomar Silveira

Jacqueline Guimarães Ferreira

MENOR APRENDIZ

Ana Lúcia Carvalho

ANALISTA CONTÁBIL

DIRETOR PRESIDENTE

Bruno Rodrigues Douglas Conrado

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL

Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia) Renata Gibson Renata Romeiro (Design gráfico)

Diretoria Executiva

MENSAGEIROS

Eularino Pereira

Ivar Siewers Ilustrações: Mariana Simões

RECEPCIONISTA

Lizonete Prates Siqueira AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Pedro Almeida

FORTISSIMO junho

nº 11 / 2016 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS

Godinho Delgado

Ailda Conceição Márcia Barbosa

Berenice Menegale

EDIÇÃO DE TEXTO

23


FILARMÔNICA ONLINE www.filarmonica.art.br

VISITE A CASA VIRTUAL DA NOSSA ORQUESTRA

FORA DE SÉRIE MOZART EM DOSE DUPLA Uma boa notícia para os amantes de Mozart. Dois concertos da série Fora de Série serão repetidos. Em agosto, a ópera semiencenada Così fan tutte acontecerá nos dias 20 e 21. E em dezembro, o último concerto da série, com grandes obras, entre elas o Requiem, acontecerá nos dias 9 e 10.

Fique de olho em filarmonica.art.br/ingressos.

Ópera 20 AGO 21 AGO

sábado, 18h domingo, 17h

apresentação extra

Como em todas as apresentações da série, os ingressos começarão a ser vendidos um mês antes da data do concerto.

Último capítulo

CONCERTOS

CONHEÇA  AS  APRESENTAÇÕES  DA  FILARMÔNICA

3 / jul, 11h

jul JUVENTUDE

Forma Sonata 7 e 8 / jul, 20h30

Santoro, Szymanowski, Brahms 14 e 15 / jul, 20h30

Liszt, Bruckner 16 / jul, 20h

Sabará 23 / jul, 18h

PRESTO VELOCE

ALLEGRO VIVACE TURNÊ ESTADUAL

Mozart — Rivais e contemporâneos

FORA DE SÉRIE

28 e 29 / jul, 20h30

PRESTO VELOCE

Guarnieri, Nobre

09 DEZ 10 DEZ

sexta, 20h30 sábado, 18h

apresentação extra

• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude • Clássicos na Praça • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais • Concertos de Câmara Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.

Veja detalhes em filarmonica.art.br/ concertos/agenda-de-concertos.

Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso no restaurante Haus München e, na compra de um prato principal, ganhe outro de igual ou menor valor. Rua Juiz de Fora, 1.257, pertinho da Sala Minas Gerais.


PARA  APRECIAR  UM  CONCERTO

CONCERTOS COMENTADOS

Agora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.

CUMPRIMENTOS

Após o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.

ESTACIONAMENTO

0 PROGRAMA DE CONCERTOS O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br.

Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE

CONVERSA

APARELHOS  CELULARES

CRIANÇAS

FOTOS  E  GRAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  VÍDEO

COMIDAS  E  BEBIDAS

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

Não são permitidas durante os concertos.

APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

TOSSE

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. 25


MANTENEDOR

PATROCÍNIO MÁSTER

PATROCÍNIO

APOIO INSTITUCIONAL

DIVULGAÇÃO

REALIZAÇÃO

SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030 WWW.FILARMONICA.ART.BR

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