MUSSOR FORTISSIMO Nº 17 — 2016
GSKYPR
OKOFIEV 15/09 ALLEGRO
SARASA 16/09 VIVACE
TETCHA
IKOVSKY
MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM
15/09 ALLEGRO 16/09 VIVACE
Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e a nossos patrocinadores.
FOTO: E UGÊ N I O SÁVI O
Caros amigos e amigas, Um dos maiores violinistas da atualidade, Vadim Gluzman retorna a Belo Horizonte e divide conosco seu talento e arte na interpretação de duas obras marcantes – o belo e lírico Primeiro Concerto de Prokofiev, seguido da intensidade e virtuosismo das Árias Ciganas de Sarasate. O maestro convidado é o norteamericano Dorian Wilson, que explorará o repertório russo de Mussorgsky e Tchaikovsky, trazendo, neste início de primavera, os sonhos de inverno das estepes russas. A eles nossas boas-vindas e nossos calorosos aplausos.
FABIO MECHETTI Diretor Artístico e Regente Titular
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FOTO: RAFAE L MOT TA
D
esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável
pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais
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FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular
de verão nos Estados Unidos, entre
No Brasil, foi convidado a dirigir a
eles os de Grant Park em Chicago
Sinfônica Brasileira, a Estadual de
e Chautauqua em Nova York.
São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de
Realizou diversos concertos no México,
São Paulo e do Rio de Janeiro.
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu
Trabalhou com artistas como Alicia
as orquestras sinfônicas de Tóquio,
de Larrocha, Thomas Hampson,
Sapporo e Hiroshima. Regeu também a
Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil
a Orquestra da Rádio e TV Espanhola
Shaham, Midori, Evelyn Glennie,
em Madri, a Filarmônica de Auckland,
Kathleen Battle, entre outros.
Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos
Vencedor do Concurso Internacional de
dirigindo a Ópera de Washington.
Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,
No seu repertório destacam-se
Mechetti dirige regularmente na
produções de Tosca, Turandot, Carmem,
Escandinávia, particularmente a
Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a
Madame Butterfly, O barbeiro de
de Helsingborg, Suécia. Recentemente
Sevilha, La Traviata e Otello.
fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália,
Fabio Mechetti recebeu títulos
dirigindo a Orquestra Sinfônica de
de mestrado em Regência e em
Roma. Em 2016 fará sua estreia com a
Composição pela prestigiosa
Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
Juilliard School de Nova York. 5
M P S T 6
DORIAN WILSON, regente convidado VADIM GLUZMAN, violino
PROGRAMA
Modest MUSSORGSKY ORQUESTRAÇÃO DE RIMSKY-KORSAKOV
Boris Godunov: Introdução e Polonaise
Sergei PROKOFIEV Concerto para violino nº 1 em Ré maior, op. 19 Andantino Scherzo: Vivacissimo Moderato – Allegro moderato – Moderato – Più tranquillo
Pablo de SARASATE Árias Ciganas, op. 20 INTERVALO
Piotr Ilitch TCHAIKOVSKY Sinfonia nº 1 em sol menor, op. 13, “Sonhos de Inverno” Allegro tranquilo, “Sonhos de uma viagem de inverno” Adagio cantabile ma non tanto, “Terra sombria, terra de bruma” Allegro scherzando giocoso Andante lugubre
FOTO: ORANGE
DORIAN WILSON
Dorian Wilson, um dos últimos
Atenas; Kiril Kondrashin, Amsterdã;
alunos de Leonard Bernstein, obteve
Internacional de Tóquio; Antonio
reconhecimento internacional ao
Pedrotti, Itália; Arturo Toscanini,
vencer o Concurso Internacional de
Itália; Nicolai Malko, Dinamarca;
Regência Nicolai Malko aos 24 anos.
e Jean Sibelius, Finlândia.
Logo em seguida, recebeu o convite para atuar como segundo regente da
O maestro apresentou ao público da
Filarmônica de Moscou, tornando-se o
Alemanha oriental muitos trabalhos
primeiro convidado norte-americano em
que lhe eram desconhecidos, incluindo
quinze anos e o regente mais jovem na
obras de Ginastera, Copland, Martinu,
história da orquestra. Mais tarde, seria
Piazzolla, C. Koechlin, Britten,
também o primeiro maestro convidado
Respighi e de Falla. Ao todo, comandou
da Orquestra Nacional da Rússia.
mais de 35 estreias internacionais.
Rege com frequência a Filarmônica de São Petersburgo e a Deutsche Radio
Wilson já trabalhou com alguns dos
Philharmonie e é maestro convidado
mais renomados solistas, entre eles Shura
permanente da Sinfônica de São
Cherkassky, Mstislav Rostropovich, Yo-Yo
Petersburgo. Foi diretor artístico da
Ma, Thomas Zehetmair, Sol Gabetta,
Filarmônica de Belgrado e regeu mais de
Gary Hoffman, Barry Douglas, Boris
120 orquestras em todo o mundo. Já se
Berezovsky, Nelson Freire e Nabuko Imai.
apresentou em grandes salas de concerto de Paris, Roma, Moscou, Tóquio,
Dorian Wilson estudou piano, viola,
Frankfurt, Helsinki, Copenhague,
composição, história da arte e regência no
Berlim, Amsterdã, Florença, Seul,
Conservatório Oberlin, na Universidade
Atenas, Bucareste e São Petersburgo.
de Indiana, na Universidade de Michigan e no Hochschule für Musik,
O contato de Wilson com óperas
em Viena. Entre seus professores
começou aos vinte anos, quando
estão Seiji Ozawa, Gustav Meier,
foi maestro assistente na produção
Dmitri Kitaenko, Rudolph Barshai,
de O Anel, de Wagner, na Seattle
Jorma Panula e Leonard Bernstein.
Opera. Foi diretor artístico do Teatro Vorpommern, Alemanha, onde regeu
Em sua agenda estão apresentações
mais de cinquenta produções em
com a Filarmônica do Japão, Sinfônica
mais de trezentas apresentações.
Metropolitana de Tóquio, Filarmônica de Osaka, Filarmônica da Cidade
Dorian Wilson é um maestro fortemente
de Tóquio, Filarmônica de Nagoya,
premiado em todo o mundo e
Sinfônica de Beethoven-Bonn, Teatro
venceu, entre outras, as competições
Nacional Sérvio, Filarmônica de Madri
internacionais Dimtri Mitropoulos,
e Deutsch Radio Philharmonie. 9
VADIM GLUZMAN FOTO: MARCO BORGGRE VE
A arte de Vadim Gluzman une a tradição
Virtuosi, Sinfonietta Cracóvia e Sinfônica
violinística dos séculos XIX e XX ao
de Vancouver, além de continuar seu
dinamismo de hoje. O violinista israelense
trabalho como principal artista convidado
se apresenta regularmente com orquestras
da Orquestra de Câmara ProMusica.
como as sinfônicas NHK, de Chicago, de Londres e de São Francisco; orquestras da
Vadim Gluzman estreou composições
Filadélfia e de Minnesota; filarmônicas de
de Giya Kancheli, Peteris Vasks,
Londres, Israel e de Munique. Trabalha
Lera Auerbach e Sofia Gubaidulina. Em
com regentes importantes como Neeme
2016 fará estreia mundial de obra de Lera
Järvi, Michael Tilson Thomas, Tugan
Auerbach para violino, orquestra e coro
Sokhiev, Andrew Litton, Marek Janowski,
com a Orquestra Filarmônica de Bergen,
Semyon Bychkov, Jukka-Pekka Saraste,
a Orchestre de la Suisse Romande e com
Itzhak Perlman, Paavo Järvi, Rafael
a Sinfônica da BBC no festival Proms.
Frühbeck de Burgos, Hannu Lintu e Peter Oundjian. Suas apresentações em festivais
Sua extensa discografia, pelo selo
incluem Verbier, Ravinia, Lockenhaus,
BIS Records, recebeu o Diapason d’Or
Pablo Casals, Colmar, Jerusalém e
do ano, Escolha do Editor da revista
o Festival de Música de Câmara da
Gramophone, prêmio Choc de Classica
Costa Norte, realizado em Northbrook,
da Classica Magazine e foi Disco do Mês
Illinois, e fundado por Gluzman e pela
nas revistas The Strad, BBC Music
pianista Angela Yoffe – sua esposa e
Magazine, ClassicFM e outras.
companheira de longa data nos palcos. Nascido na antiga União Soviética, Após apresentações com a Filarmônica
Gluzman começou a estudar violino aos
de Berlim e a Orquestra de Cleveland,
sete anos. Antes de se mudar para Israel,
a temporada 2015/2016 incluirá
onde foi aluno de Yair Kless, estudou
estreias de Gluzman com a Sinfônica
com Roman Sne, na Letônia, e Zakhar
de Boston e Christoph von Dohnányi,
Bron, na Rússia. Nos Estados Unidos,
com a Sinfônica Nacional e Andrew
seus professores foram Arkady Fomin e,
Litton, com a Orquestra Gewandhaus
na Escola Julliard, a falecida Dorothy
e Riccardo Chailly, além das orquestras
DeLay e Masao Kawasaki. No início de
Konzerthausorchester de Berlim,
sua carreira, recebeu apoio e incentivo de
Sinfônica da Cidade de Birmingham,
Isaac Stern. Em 1994, recebeu o prêmio
L’Orchestre de la Suisse Romande,
de carreira da Fundação Henryk Szeryng.
sinfônicas de Detroit, Oregon e Lucerna; filarmônicas de Dresden, Stuttgart,
Vadim Gluzman se apresenta com um
São Petersburgo e Monte Carlo. Fará
Stradivari de 1690, “ex-Leopold Auer”,
recitais em Londres, Jerusalém, Lyon e
generosamente cedido pela Sociedade
Kronberg. Estará com os grupos Moscow
Stradivari de Chicago. 11
Modest
MUSSORGSKY Rússia, 1839 – 1881
BORIS GODUNOV: INTRODUÇÃO E POLONAISE (1872, orquestrada por Rimsky-Korsakov em 1908)
7 min
Os movimentos nacionalistas, que irromperam na Europa a partir da segunda metade do século XIX, trouxeram para o campo da ópera um movimento de reação, contrário à hegemonia italiana e alemã, que teve resultados de inegável interesse histórico e estético. É nesse cenário que desponta a música dramática na Rússia. Arraigada em uma cultura autóctone – não apenas pela língua, mas pela escolha dos temas e por uma linguagem que encontra na tradição musical popular uma de suas fontes principais –, a ópera russa confere aos coros e aos trechos de dança um relevo especial. Isso, de certa forma, a aproxima das próprias tradições musicais populares russas. Já não se diga de Tchaikovsky, cujas óperas, de beleza inegável, se inserem sem muitos problemas na grande tradição musical europeia. Diga-se, sobretudo, do Príncipe Igor, de Borodin, e de Boris Godunov, a obra-prima de Modest Mussorgsky. O sucesso estrondoso deste monumento da música russa foi uma espécie de revanche de Mussorgsky às críticas que sempre recebeu por ignorar as regras, por sua suposta inépcia nas disciplinas clássicas, por suas posições de vanguarda. Após sua estreia, em 1874, que esgotou os ingressos do Teatro Mariinsky, em São Petesburgo, os estudantes cantavam seus coros nas ruas. A ópera foi encenada outras vinte e uma vezes durante a vida do compositor e, após sua morte, em 1881, mais cinco vezes no mesmo ano. Mussorgsky elaborou duas versões para Boris Godunov. A primeira, concluída em 1869, foi rejeitada pela censura dos teatros imperiais. A segunda, concluída em 1872, foi a versão encenada na estreia. No entanto, muitos trabalhos póstumos de correção e revisão da obra (como da maior parte do trabalho do compositor) foram feitos por seu colega e amigo Rimsky-Korsakov. Mais tarde, até mesmo Shostakovich se empenhou nessa empresa. Durante todo o século XX a versão de 12
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 3 clarinetes, 3 fagotes, 4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas. Rimsky-Korsakov, que data de 1908, foi a única encenada. Em tempos mais recentes, porém, a partitura de 1872 tem tido relativa predileção. O próprio Mussorgsky escreveu o libreto de Boris Godunov e manteve-se fiel aos dados históricos do czar que reinou sobre a Rússia no século XVI. O compositor baseou-se principalmente na peça homônima de Pushkin, mas
PARA OUVIR
CD Mussorgsky – Boris Godunov – Orquestra e coro do Teatro Mariinsky – Valery Gergiev, regente – Decca – 2012 PARA ASSISTIR
USSR State Academic Symphony – Yevgeni Svetlanov, regente | Acesse: fil.mg/mgodunov PARA LER
Montagu Montagu-Nathan – Moussorgsky – Ulan Press – 2012
afasta-se dela pelo enfoque: há, na obra de Mussorgsky, uma espécie de realismo que lembra o tom de Dostoievsky. A Polonaise tem lugar no terceiro ato e ambienta a cena em que aristocratas poloneses despontam de um castelo, dançando e cantando ao ritmo de sua terra de origem. Curiosamente, esse foi o primeiro trecho da ópera que Rimsky-Korsakov revisou, trabalhando vivamente sobre a orquestração. Desse trabalho, surgiu uma obra autônoma que logo se incorporou ao repertório sinfônico. Isso comprova o fato de que os episódios de dança e de coros têm, realmente, importância capital na ópera de Mussorgsky. Mesmo desvinculada da ópera, mesmo com as interferências de Rimsky-Korsakov, a Polonaise (e sua Introdução) continuam a revelar a genialidade tão radicalmente original do nome mais relevante do Grupo dos Cinco.
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e
cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística. 13
Sergei
PROKOFIEV Ucrânia, 1891 – Rússia, 1953
CONCERTO PARA VIOLINO Nº 1 EM RÉ MAIOR, OP. 19 (1917) 23 min
Filho de família abastada e influente, Prokofiev recebeu ainda cedo uma educação sólida. Estudou ciências naturais com o pai e artes com a mãe, além de alemão e francês com suas três governantas. Aos quatro anos iniciou as aulas de piano e esboçou suas primeiras composições. Entre 1904 e 1909 estudou composição no Conservatório de São Petersburgo e em 1914 concluiu os estudos de regência e piano na mesma instituição. Em seu recital de formatura executou seu Concerto para piano nº 1 e pela obra recebeu o primeiro prêmio do Conservatório. No início de 1915, Prokofiev passou a trabalhar na composição de um concertino para violino e orquestra. No outono do mesmo ano, abandonou o concertino para concentrar-se na composição de O Jogador, ópera inspirada no romance de Dostoievski. Apenas no verão de 1917 Prokofiev retomaria o antigo projeto tendo em vista não mais a composição de um concertino, mas a de um concerto para violino e orquestra. A Rússia de 1917 se faz lembrar devido a mudanças estruturais e instabilidade política. A Revolução de Fevereiro depôs o czar Nicolau II em março daquele ano (segundo o calendário ocidental) e, em novembro, a Revolução de Outubro instaurou o governo socialista soviético. Prokofiev, no entanto, manteve-se distante dos movimentos revolucionários, seja isolando-se na cidade termal de Kislovodsk, no Cáucaso, ou refugiando-se durante o verão numa casa de campo próximo a São Petersburgo. Foi ali que finalizou a composição de sua Sinfonia Clássica, inspirada no estilo de Haydn, e do seu Concerto para violino nº 1, obras que, juntamente com seu Concerto para piano nº 1, configuram, na opinião do musicólogo Richard Taruskin, “um trio de precoces e virtualmente perfeitas obras-primas”. Devido às turbulências políticas, o Concerto para violino nº 1 veio a ser estreado apenas em 18 de outubro de 1923, nos Concertos Koussevitzky 14
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas. da Ópera de Paris, tendo como solista Marcel Darrieux. Em razão de seu lirismo ou mendelssonismo, como colocado pela crítica, a obra foi recebida com desinteresse por uma audiência acostumada a uma linguagem musical ousada e provocadora. A peça, porém, entrou para o repertório de concerto graças aos esforços do importante violinista húngaro Joseph Szigeti, que a incluíra numa bem-sucedida turnê pelas principais cidades europeias, em 1924. O Concerto conta com três movimentos: Andantino, Scherzo: Vivacissimo e Moderato. Embora, em termos de grande forma, a obra seja um tanto convencional, com o primeiro e o terceiro movimentos fazendo alusão à forma sonata, o segundo movimento surpreende ao apresentar um scherzo volátil em substituição ao tradicional movimento lento de concerto. Seu tema de abertura é o motivo meditativo concebido para o concertino e ilustra, na opinião do próprio compositor, a natureza
PARA OUVIR
CD Great Violinists — Szigeti – Prokofiev; Bartók; Bloch – London Philharmonic Orchestra – Thomas Beecham, regente – Joseph Szigeti, violino – Naxos Historical, 8.110973 (gravado em 23 de agosto de 1935) CD Prokofiev – Violin concertos; Sonata for two violins – BBC Symphony Orchestra – Gennady Rozhdestvensky, regente – Itzhak Perlman, violino – EMI Classics, 0724356259256 – 2003 (The Perlman Edition) PARA ASSISTIR
Sergei Eisenstein – Alexander Nevsky – 1938 (trilha sonora de Sergei Prokofiev) Symphony Orchestra of the Mariinsky Theatre – Valery Gergiev, regente – Leonidas Kavakos, violino | Acesse: fil.mg/pviolino1 PARA LER
Sergei Prokofiev – Autobiography, Articles, Reminiscences – Rose Prokofieva, tradução – University Press of the Pacific – 2000 Sergei Prokofiev – Sergey Prokofiev, diários 1915 a 1923 (por trás da máscara) – Anthony Phillips, tradução – Faber & Faber – 2008 Richard Taruskin – On Russian Music – University of California Press – 2009
lírica de sua música. O Concerto para violino nº 1 mescla traços da escola nacionalista russa, principalmente de Rimsky-Korsakov e Glazunov, com alusões à peça Mitos, do polonês Karol Szymanowski, e apresenta, nas palavras do violinista Szigeti, uma “mistura de ingenuidade dos contos de fadas com uma selvageria ousada”.
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música
pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3. 15
Pablo de
SARASATE Espanha, 1844 – França, 1908
ÁRIAS CIGANAS, OP. 20 (1878)
8 min
S
O século XIX trouxe, com o Romantismo, o interesse do público pela performance virtuosística. Nicolò Paganini (1782-1840) e Franz Liszt (1811-1886) foram, para o violino e o piano, respectivamente, o
ápice do domínio absoluto da técnica. Liszt viveu suficientemente
para realizar uma obra genial de compositor e de antecipar caminhos revolucionários para a linguagem da música. Paganini, embora
compositor de muitos méritos, não teve sua influência descolada de seu lendário virtuosismo, do magnetismo de seus malabarismos.
Ainda no século XIX, o célebre violinista Joseph Joachim (1831-1907) exibia técnica e interpretação que primavam pela solidez e pelo rigor do estilo, opondo-se ao virtuosismo gratuito. As escolas de
violino a partir de então se multiplicam e passam a ser conhecidas
por suas características próprias e diversas – a russa, a franco-belga, a germânica, cujos representantes rivalizam em sua propagação. Em 1856, no Conservatório de Paris, o eminente Delphin Alard recebe em sua classe o menino Pablo de Sarasate, violinista
espanhol de Pamplona, com doze anos, prodígio famoso em seu país, onde a Rainha Isabel lhe ofertara seu primeiro Stradivarius. Com apenas alguns meses de frequência às aulas, o Conservatório lhe
confere o Primeiro Prêmio, considerando concluída sua formação
violinística. Pablo termina seus estudos teóricos em Paris aos quinze anos e dá início à carreira internacional de concertista que o viria projetar como um dos maiores violinistas de todos os tempos.
A segunda metade do século XIX foi uma idade de ouro dos violinistas; celebridades como Joachim, Wieniawski, Vieuxtemps, Ysaÿe, Auer e
também Sarasate, entre outros, cruzavam a Europa, a Rússia, as Américas. Os depoimentos sobre a arte incomparável de Pablo de Sarasate,
por parte de outros violinistas e críticos, são numerosos. Elegância, 16
S INSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, percussão, cordas.
PARA OUVIR
suavidade, graça – são adjetivos
frequentemente empregados para
descrever sua sonoridade. Sua técnica perfeita e pessoal, seu staccato
CD Great Violinists - Heifetz - Viextemps; Saint-Saëns; Sarasate; Waxman – London Symphony Orchestra – John Barbirolli, regente – Jascha Heifetz, violino – Naxos Historical – 2000 PARA ASSISTIR
Orquestra Sinfônica Nacional Russa – Mikhail Pletnev, regente – Sergej Krylov, violino | Acesse: fil.mg/sciganas
característico, seu vibrato – são comentados com admiração.
Muitos compositores contemporâneos
PARA LER
Maria Nagore – Pablo Sarasate: El violín de Europa – Instituto Complutense de Ciencias Musicales (ICCMU) – 2014
de Sarasate lhe dedicaram obras, a
exemplo de Saint-Saëns – o Concerto nº 3 e a Introdução e Rondó Caprichoso –
e Édouard Lalo – a Sinfonia Espanhola. Sarasate foi um dos primeiros violinistas
que fizeram gravações, datadas de 1904. Como compositor, o grande
violinista deixou mais de cinquenta obras catalogadas, quase sempre inspiradas no folclore espanhol,
magnificamente escritas para violino e piano, e violino e orquestra. Entre
estas estão as Árias Ciganas (editadas
com o título alemão Zigeunerweisen),
baseadas em temas gitanos preexistentes que o autor indicou na partitura. Seu charme e romantismo irresistíveis
fazem delas uma das mais populares
peças curtas do repertório de violino.
Também faz parte do repertório atual a Fantasia sobre temas da Carmem de
Bizet, além de várias danças espanholas.
BERENICE MENEGALE Pianista,
fundadora e diretora da Fundação de Educação Artística.
17
Piotr Ilitch
TCHAIKOVSKY Rússia, 1840 – 1893
SINFONIA Nº 1 EM SOL MENOR, OP. 13, “SONHOS DE INVERNO” (1874) 45 min
Tchaikovsky chegou a Moscou em janeiro de 1866, aos vinte e cinco anos de idade, convidado por Nikolai Rubinstein para lecionar teoria musical no futuro Conservatório de Música da cidade, que seria inaugurado em setembro daquele ano. Desejoso de se firmar como compositor, Tchaikovsky logo se empenhou em uma tarefa por demais árdua para um jovem recém-formado: a composição de uma sinfonia. Em março ele começou, com dificuldade, a traçar os primeiros rascunhos, mas, no mês seguinte, a publicação de uma crítica devastadora do compositor César Cui a respeito de sua cantata An die Freude, apresentada três meses antes em seu concerto de formatura, desencadeou uma série de problemas psicológicos que o acompanhariam por toda a vida. Tchaikovsky passou a sofrer de ansiedade nervosa e insônia e a apresentar ataques apopléticos constantes. Ao final de maio ele conseguiu, com muito esforço, terminar o esboço da Sinfonia e, nos meses de junho e julho, em São Petersburgo, passou várias noites acordado trabalhando na orquestração. Com a saúde física e mental em frangalhos, Tchaikovsky cometeu um erro de cálculo que, por pouco, não lhe provocaria um colapso mental devastador. Antes de voltar a Moscou para a inauguração do Conservatório, resolveu submeter a Sinfonia, ainda inacabada, à crítica de seus antigos professores Anton Rubinstein e Nikolai Zaremba. Os dois foram impiedosos, atacando cruelmente a obra. Hipersensível a críticas, Tchaikovsky voltou a Moscou completamente arrasado. Porém, assumiu suas funções no Conservatório e no mês de dezembro conseguiu voltar à Sinfonia. Trechos dela foram apresentados por Nikolai Rubinstein naquele final de ano e no início do seguinte (fevereiro de 1867), mas o compositor ainda teve de esperar doze meses para ter sua Sinfonia nº 1 executada na versão completa, em 3 e 15 de fevereiro de 1868, em Moscou, sob a regência de Nikolai Rubinstein. A versão que 18
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
PARA OUVIR
CD Tchaikovsky – Symphonies nos. 1-3 – London Symphony Orchestra – Valery Gergiev, regente – LSO Live – 2012
hoje conhecemos data de quando Tchaikovsky revisou a obra pela última vez, antes de sua publicação, em 1875. Essa versão, definitiva, foi executada em público, pela primeira vez, em 1883. O título da Sinfonia, “Sonhos de inverno”,
PARA ASSISTIR
Frankfurt Radio Symphony Orchestra – Paavo Järvi, regente Acesse: fil.mg/tsonhosdeinverno PARA LER
Anthony Holden – Piotr Ilitch Tchaikovsky: uma biografia – Record – 1999
é do próprio Tchaikovsky, assim como os títulos para o primeiro e segundo movimentos. O primeiro movimento, “Sonhos de uma viagem de inverno”, possui dois temas: o primeiro, vivo, ouvido logo no início na flauta e no fagote, e o segundo, doce, executado pelo clarinete. O segundo movimento, “Terra sombria, terra de bruma”, é pungente, construído sobre o belíssimo tema do oboé. Quando nos aproximamos do fim, as duas primeiras trompas apresentam o tema em caráter majestoso. O Scherzo é rápido e possui, na seção central, um alegre tema de valsa. O Finale é sombrio e, em certo sentido, melancólico, mesmo depois de atingido o Allegro. Apenas na grandiosa Coda Tchaikovsky deixa entrever um pouco de sol. Trata-se de uma obra madura, evidenciando o temperamento típico da música russa, tanto em seus temas de sabor folclórico quanto no brilhante colorido orquestral.
GUILHERME NASCIMENTO
Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 19
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FOTO: B RUNA B RANDÃO
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Foto: Rafael Motta
A melhor parte de uma música é aquela que permanece dentro de você.
Patrocinar a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais nas séries Allegro e Vivace é um orgulho para nós. 21
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO
Marcos Arakaki
PRIMEIROS VIOLINOS
Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla Associado Ara Harutyunyan – Spalla Assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira
VIOLONCELOS
TROMPAS
GERENTE
Philip Hansen * Felix Drake *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Lina Radovanovic Robson Fonseca William Neres
Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata
Jussan Fernandes
TROMPETES
Débora Vieira
CONTRABAIXOS
Nilson Bellotto * Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano
SEGUNDOS VIOLINOS
Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina
TROMBONES
Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa
Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA
ARQUIVISTA
Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES
Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM
Rodrigo Castro
FLAUTAS
Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova
TUBA
Eleilton Cruz * TÍMPANOS
Patricio Hernández Pradenas *
OBOÉS
Alexandre Barros * Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES
VIOLAS
Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado
INSPETORA
Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva
MONTADORES
André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar
PERCUSSÃO
Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA
Marcelo Penido ****
FAGOTES
TECLADOS
Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva
Ayumi Shigeta *
PROKOFIEV Representante exclusivo:
Boosey & Hawkes
* principal
** principal associado
*** principal assistente
**** músico convidado
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS
Fernando Damata Pimentel
Angelo Oswaldo de Araújo Santos
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS
Antônio Andrade
João Batista Miguel
Instituto Cultural Filarmônica
(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
Conselho Administrativo
DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL
Kiko Ferreira
PRESIDENTE
Equipe Técnica
Roberto Mário Soares
GERENTE DE COMUNICAÇÃO
CONSELHEIROS
Merrina Godinho Delgado
Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena
Diretoria Executiva DIRETOR PRESIDENTE
Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO
Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
Jacqueline Guimarães Ferreira
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
Ailda Conceição
Eularino Pereira
PRESIDENTE EMÉRITO
Jacques Schwartzman
ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL
MENSAGEIROS ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
Rildo Lopez MENOR APRENDIZ
Equipe Administrativa
Claudia da Silva Guimarães
GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA
ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Ana Lúcia Carvalho
Gabriela Souza
ANALISTAS ADMINISTRATIVOS
João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi
Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia) Renata Gibson Renata Romeiro (Design gráfico)
ANALISTA CONTÁBIL
ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO
Cristiane Reis
Mônica Moreira
Sala Minas Gerais GERENTE DE INFRAESTRUTURA
GERENTE DE OPERAÇÕES
Jorge Correia
PRODUTORES
ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO
Mirian Cibelle
Renato Bretas GERENTE DE RECURSOS HUMANOS
Quézia Macedo Silva Luis Otávio Rezende Narren Felipe
Bruno Rodrigues Douglas Conrado
Graziela Coelho
TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO
Mauro Rodrigues TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO
Rafael Franca SECRETÁRIA EXECUTIVA
Flaviana Mendes
ASSISTENTE OPERACIONAL
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA
Rodrigo Brandão
ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS
Vivian Figueiredo
FORTISSIMO setembro
nº 17 / 2016 ISSN 2357-7258
ANALISTAS DE DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé
RECEPCIONISTA
Lizonete Prates Siqueira
EDITORA Merrina
DIRETOR DE OPERAÇÕES
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
EDIÇÃO DE TEXTO
Itamara Kelly Mariana Theodorica
Ivar Siewers Ilustrações: Mariana Simões
Pedro Almeida
Godinho Delgado Berenice Menegale
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FILARMÔNICA ONLINE www.filarmonica.art.br
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A TEMPORADA 2017 VEM AÍ CONFIRA AS DATAS E GARANTA SUA ASSINATURA.
COMO ASSINAR
Renovação — De 22/09 a 15/10 Troca — De 18/10 a 05/11 Novas assinaturas —
filarmonica.art.br/assinaturas
De 08/11/2016 a 28/01/2017
CONCERTOS 1º e 2 / set, 20h30
Villa-Lobos, Debussy, Ravel, Dvorák 9 / set, 20h30
Nova Lima — Quinteto de Metais
PRESTO VELOCE
TURNÊ ESTADUAL
Inhotim Mussorgsky, Prokofiev, Sarasate, Tchaikovsky 22 e 23 / set, 20h30
Takemitsu, Rodrigo, Dutilleux, Ravel
Na bilheteria da Sala Minas Gerais De terça a sexta, das 12h às 21h Sábado, das 12h às 18h
CONHEÇA AS APRESENTAÇÕES DA FILARMÔNICA
set
11 / set, 11h
15 e 16 / set, 20h30
Pela internet
ALLEGRO VIVACE
• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude • Clássicos na Praça • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais • Concertos de Câmara Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.
PRESTO VELOCE
Veja detalhes em filarmonica.art.br/ concertos/agenda-de-concertos.
Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso no restaurante Haus München e, na compra de um prato principal, ganhe outro de igual ou menor valor. Rua Juiz de Fora, 1.257, pertinho da Sala Minas Gerais.
PARA APRECIAR UM CONCERTO CONCERTOS COMENTADOS
Agora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.
CUMPRIMENTOS
Após o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.
ESTACIONAMENTO
0 PROGRAMA DE CONCERTOS O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br.
Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.
PONTUALIDADE
CONVERSA
APARELHOS CELULARES
CRIANÇAS
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO
COMIDAS E BEBIDAS
Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
Não são permitidas durante os concertos.
APLAUSOS
Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.
A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.
Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.
TOSSE
Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. 25
COMUNICAÇÃO ICF
MANTENEDOR
PATROCÍNIO MÁSTER
PATROCÍNIO
APOIO INSTITUCIONAL
DIVULGAÇÃO
APOIO
Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil
REALIZAÇÃO
SALA MINAS GERAIS
Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030 WWW.FILARMONICA.ART.BR
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