Setembro de 2016 | Presto e Veloce 8

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VILLA–L FORTISSIMO Nº 16 — 2016

OBOSDE

B U S S Y 01/09 PRESTO 02/09 VELOCE

RAVEL

DVORÁK



Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú Personnalité

apresentam

01/09 PRESTO 02/09 VELOCE

Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e a nossos patrocinadores.


FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE


Caros amigos e amigas,

O refinamento da música francesa,

assídua com nossa Orquestra, e

exemplificado pelo elegante e

Marcelo Lehninger, que foi Regente

empolgante Concerto em Sol de Ravel e

Assistente da Filarmônica em 2010

pelas orquestrações de dois prelúdios para

e recentemente nomeado Regente

piano de Debussy, unem-se nesta noite

Titular da Orquestra Sinfônica de

à exuberância da floresta amazônica

Grand Rapids, nos Estados Unidos.

traduzida habilmente pelo nosso Heitor Villa-Lobos e à nostalgia da música

A eles nossos parabéns e boas-

de Dvorák em sua Oitava Sinfonia.

vindas novamente. Aos senhores e senhoras, um ótimo concerto.

Noite esta em que recebemos dois importantes músicos brasileiros: o pianista Eduardo Monteiro, um dos

FABIO MECHETTI

solistas que vem marcando presença

Diretor Artístico e Regente Titular

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FOTO: E UGÊ N I O SÁVI O

FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular

D

esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável

pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais

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de verão nos Estados Unidos, entre

No Brasil, foi convidado a dirigir a

eles os de Grant Park em Chicago

Sinfônica Brasileira, a Estadual de

e Chautauqua em Nova York.

São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

Realizou diversos concertos no México,

São Paulo e do Rio de Janeiro.

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu

Trabalhou com artistas como Alicia

as orquestras sinfônicas de Tóquio,

de Larrocha, Thomas Hampson,

Sapporo e Hiroshima. Regeu também a

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil

a Orquestra da Rádio e TV Espanhola

Shaham, Midori, Evelyn Glennie,

em Madrid, a Filarmônica de Auckland,

Kathleen Battle, entre outros.

Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos

Vencedor do Concurso Internacional de

dirigindo a Ópera de Washington.

Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,

No seu repertório destacam-se

Mechetti dirige regularmente na

produções de Tosca, Turandot, Carmem,

Escandinávia, particularmente a

Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a

Madame Butterfly, O barbeiro de

de Helsingborg, Suécia. Recentemente

Sevilha, La Traviata e Otello.

fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália,

Fabio Mechetti recebeu títulos

dirigindo a Orquestra Sinfônica de

de mestrado em Regência e em

Roma. Em 2016 fará sua estreia com a

Composição pela prestigiosa

Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Juilliard School de Nova York. 5


V D R D 6


MARCELO LEHNINGER, regente convidado EDUARDO MONTEIRO, piano

PROGRAMA

Heitor VILLA-LOBOS Alvorada na floresta tropical

Claude DEBUSSY ORQUESTRAÇÃO DE COLIN MATTHEWS

La puerta del vino

Claude DEBUSSY ORQUESTRAÇÃO DE COLIN MATTHEWS

Les collines d’Anacapri INTERVALO

Maurice RAVEL Concerto para piano em Sol maior Allegramente Adagio assai Presto

Antonín DVORÁK Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88 Allegro con brio Adagio Allegretto grazioso Allegro ma non troppo


MARCELO LEHNINGER FOTO: MI C H AE L LUTC H


Diretor musical e regente titular da

de Lucerna e Orquestra de Câmara de

Orquestra Sinfônica de Grand Rapids,

Lausanne. Regeu ainda a Sinfônica Simón

Estados Unidos, Marcelo Lehninger é

Bolívar e com a Orquestra Nacional da

um dos maestros brasileiros de maior

França gravou a obra de Christopher Culpo.

destaque no panorama internacional.

Como assistente do maestro Mariss Jansons,

Atuou como diretor musical e regente

participou de turnê europeia com a

titular da Orquestra Sinfônica do Novo

Orquestra Real do Concertgebouw.

Oeste, regente associado da Sinfônica de Boston, regente assistente da Filarmônica

Próximas apresentações incluem

de Minas Gerais e conselheiro musical da

concertos com as sinfônicas de Sydney e

Orquestra Jovem das Américas. Dirigiu a

Melbourne; Kyushu; Hawaii, Colorado,

Sinfônica de Boston no Symphony Hall

Tucson, Toledo, Vancouver e Portland;

de Boston, no Festival de Tanglewood e no

Nova Escócia; filarmônicas da Eslovênia,

Carnegie Hall de Nova York, obtendo uma

de Minas Gerais e do Novo México e

fantástica crítica no The New York Times.

sinfônicas Brasileira e de Winnipeg.

Recebeu o Helen Thompson Awards,

Colaborou com importantes artistas, como

prêmio oferecido pela Liga das Orquestras

Pinchas Zukerman, Joshua Bell, Sarah

Americanas. Premiado no I Concurso

Chang, Christian Tetzlaff, Anne Akiko

Nacional para Jovens Regentes Eleazar

Meyers, Lynn Harrell, Håkan Hardenberger,

de Carvalho, foi maestro convidado das

Gabriela Montero, Peter Serkin, Nikolai

mais importantes orquestras brasileiras e

Lugansky, Jean-Yves Thibaudet, Jean-

da Sinfônica da Universidade Nacional

Efflam Bavouzet, Stephen Hough, Cristina

de Cuyo, Argentina. Nos Estados Unidos

Ortiz, Sônia Goulart e Nelson Freire.

apresentou-se com as sinfônicas de Chicago, Pittsburgh, Detroit, Houston,

Agraciado com a I Felix Mendelssohn-

Baltimore, Seattle, Nacional, Carolina

Bartholdy Scholarship, foi assistente

do Norte, Fort Worth, Milwaukee,

de Kurt Masur nas orquestras Nacional

Indianápolis, Nova Jersey, Louisville,

da França, Gewandhaus de Leipzig

Knoxville, Flórida, Jacksonville, Omaha,

e Filarmônica de Nova York.

Hartford, Chautauqua e Fairfax, além das filarmônicas de Rochester e do

Mestre em Música pelo Conductors

Novo México. No Canadá dirigiu as

Institute at Bard College em Nova York,

sinfônicas de Toronto, Winnipeg e

cursou regência com Harold Farberman

Kitchener-Waterloo, além das filarmônicas

e composição com Laurence Wallach.

de Calgary e Hamilton. Na Europa regeu

Estudou também com Kurt Masur,

as filarmônicas da Rádio Francesa e da

Leonard Slatkin e Roberto Tibiriçá.

Eslovênia, Sinfônica Alemã, na grande

É filho da pianista Sônia Goulart e

sala da Filarmônica de Berlim, Sinfônica

do violinista Erich Lehninger. 9


EDUARDO MONTEIRO FOTO: JUL I O AC E VE DO


Considerado um dos maiores expoentes

Roberto Minczuk, Fabio Mechetti,

do cenário pianístico brasileiro, o

Roberto Tibiriçá e Eleazar de Carvalho.

carioca Eduardo Monteiro teve seu talento reconhecido internacionalmente

Seu abrangente repertório indica

desde jovem. Em 1989 recebeu, por

um refinado critério de escolha,

unanimidade, o primeiro lugar no

demonstrando especial interesse pela

Concurso Internacional de Piano de

música brasileira, cujas interpretações são

Colônia, Alemanha, além do prêmio

consideradas referência por seu grau de

de melhor intérprete de Beethoven.

excelência. Em sua discografia destaca-se

Foi laureado, também, nos concursos de

o CD Piano Music of Brazil, gravado pelo

Dublin, em 1991, e Santander, em 1992.

selo inglês Meridian Records e lançado em recital no Wigmore Hall de Londres,

Compartilhou sua música em

em 2007. Esse trabalho obteve críticas

importantes palcos do Brasil e do

extremamente elogiosas em conceituadas

mundo, como o Wigmore Hall de

revistas especializadas internacionais.

Londres, Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, Philharmonie

Sua sólida formação foi adquirida

de Colônia, Gasteig de Munique,

em estudos em diferentes países.

Sala Verdi de Milão, Liceo de Barcelona,

No Brasil concluiu bacharelado e

Auditório Nacional de Madrid,

mestrado na Universidade Federal

National Concert Hall de Dublin,

do Rio de Janeiro; na França obteve

Opera House da Universidade de

o doutorado em Musicologia pela

Houston e Jordan Hall de Boston.

Universidade de Paris IV – Sorbonne; na Itália foi selecionado para estudos

Foi solista das principais orquestras

na Fondazione Internazionale per il

do Brasil e de renomadas orquestras

Pianoforte; e nos Estados Unidos obteve

do exterior, incluindo as filarmônicas

o Artist Diploma no New England

de São Petersburgo, de Moscou, de

Conservatory of Music de Boston.

Munique, de Bremen, a Orquestra de Câmara de Viena, a Sinfônica de

Eduardo Monteiro ocupa um lugar de

Novosibirsky, a Orquestra da Rádio

destaque no panorama da formação

e Televisão Espanhola e a Sinfônica

pianística no país. É vice-diretor da

Nacional da Irlanda. Dentre os maestros

Escola de Comunicações e Artes da

com os quais se apresentou destacam-se

USP e professor de piano. Seus alunos

Yuri Temirkanov, Mariss Jansons,

conquistaram numerosas premiações

Dimitri Kitayenko, Philippe Entremont,

em concursos no Brasil e no exterior,

Arnold Katz, Sergiu Comisiona, Emil

com destaque para o primeiro prêmio

Tabakov, Kirk Trevor, Asher Fisch,

no 25º Concurso Internacional de

Isaac Karabtchevsky, John Neschling,

Piano Clara Haskil na Suíça, em 2013. 11


Heitor

VILLA-LOBOS Brasil, Rio de Janeiro, 1887 – 1959

ALVORADA NA FLORESTA TROPICAL (1953)

12 min

Heitor Villa-Lobos é, sem dúvida, o capítulo mais importante da história da música brasileira. Sua obra, principalmente para orquestra, possui uma multiplicidade de vozes, um tecido contrapontístico denso, como os sons de uma floresta tropical: “a grande arte é a própria Natureza”, dizia. Ser nascido brasileiro justificaria sua vasta produção: “minha obra musical é consequência da predestinação. E se ela é em grande quantidade, é fruto de uma terra extensa, generosa e quente”. Além dos elementos da natureza, ele soube captar toda a gama de influências folclóricas e populares de nossa cultura e aplicá-las em sua música. Em 1945, terminado o conjunto das nove Bachianas Brasileiras, Villa-Lobos direcionou sua produção composicional ao gênero sinfônico e concertante, recebendo encomendas de músicos, regentes e orquestras de todo o mundo. A partir de 1949, atuou como maestro na Europa e Estados Unidos, ampliando a divulgação de sua música: “pretendo levar na bagagem, em minha visita aos Estados Unidos, uma alma diferente, cheia de emoções imprevistas, mas que vibrará com o espírito continental dos homens do Norte”. Na década de 1950, por encomenda da orquestra norte-americana de Louisville, compôs Erosão e Alvorada na floresta tropical, estreadas pelo maestro fundador da orquestra, Robert Whitney. Villa-Lobos mostrou-se particularmente atraído por temas ameríndios: Erosão (1950) é baseada em lenda sobre a origem do rio Amazonas; Rudá, Deus do Amor (1951) conta a história das Américas pré-colombianas e a Sinfonia nº 10, Ameríndia (1952) é um oratório sobre versos do Padre José de Anchieta. Villa-Lobos abordou o tema pela última vez um ano antes de sua morte com a trilha sonora para o filme Green Mansions (1958), no qual a atriz Audrey Hepburn, jovem e maltrapilha, interpreta uma menina da selva. A trilha, da qual faz parte a famosa Melodia Sentimental, foi batizada Floresta do Amazonas. 12


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, celesta, cordas.

PARA  OUVIR

Para compor Alvorada na floresta tropical, Villa-Lobos inspirou-se em lendas indígenas que dizia terem sido recolhidas na Amazônia: “as florestas, rios, as cascatas, os pássaros, os peixes e bichos ferozes, os silvícolas, os caboclos e as lendas marajoaras, tudo influi psicologicamente na confecção dessa obra. Seus principais motivos melódicos representam o tema da invocação, o da surpresa da miragem, o rastejar e galope dos monstros lendários do Amazonas, o da sedução, da volúpia, da sensualidade

CD Villa-Lobos – Gênesis; Erosão; Amazonas; Alvorecer na floresta tropical – Orquestra Sinfônica da Rádio Eslovaca – Roberto Duarte, regente – Naxos/ Marco Polo, EUA – 1991 PARA  ASSISTIR

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais – Fabio Costa, regente Acesse: fil.mg/valvorada PARA  LER

Luiz Paulo Horta – Villa-Lobos: uma introdução – Jorge Zahar Editor – 1987 Donatello Grieco – Roteiro de Villa-Lobos – Fundação Alexandre de Gusmão do Ministério das Relações Exteriores – 2009

da índia sacerdotisa, o canto heroico dos guerreiros indígenas e o do precipício”. A imagem dos primeiros feixes de sol infiltrando-se gradualmente na mata, afugentando as criaturas noturnas e a escuridão sob o dossel da floresta, inspirara Villa-Lobos, ainda jovem, a escrever Tédio da Alvorada (1917), abertura transformada no bailado Uirapuru. Entre os apreciadores do amanhecer na floresta estão Carlos Gomes, autor de Alvorada (1889), interlúdio orquestral da ópera Lo Schiavo, e Vinicius de Moraes e Tom Jobim, compositores da Sinfonia da Alvorada (1958), encomendada por Juscelino Kubitschek.

MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre

em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais. 13


Claude

DEBUSSY França, 1862 – 1918

LA PUERTA DEL VINO (1912/1913, orquestrada por Colin Matthews em 2003) LES COLLINES D´ANACAPRI (1909/1910, orquestrada por Colin Matthews em 2006)

3 min

3 min

De acordo com o musicólogo Stefan Jarocinski, na Paris do final do século XIX “as ideias do Impressionismo e do Simbolismo pairavam no ar e permeavam tudo – literatura, música, filosofia e pintura”. O movimento impressionista surgira em razão de uma série de exposições organizadas entre 1874 e 1886 por um coletivo de artistas que buscavam, a partir da observação empírica fora de seus estúdios, representar aquilo que o artista via e não aquilo que sabia. Coincide com o último ano dessas exposições a publicação do Manifesto Simbolista, no qual Baudelaire, Verlaine e Mallarmé são nomeados os expoentes máximos de um movimento artístico que vinha se desenvolvendo havia quase três décadas e que se caracterizava pelo uso de metáforas incomuns, por associações entre harmonias e cores, pela ideia do misterioso, do inefável e mesmo do esotérico, e pela preocupação em combinar sentimento e sensação, intelecto e sensibilidade física. Embora público e crítica associem Debussy ao Impressionismo, o compositor rejeita tal associação em carta endereçada a seu editor, Jacques Durand, em 1908: “Estou tentando fazer ‘outra coisa’ e criar, – de algum modo – realidades – isso que os imbecis chamam ‘impressionismo’, termo mais mal empregado impossível, sobretudo pelos críticos de arte”. Foi ao movimento simbolista, em realidade, que Debussy se associou, seja em termos de princípios estéticos, uso de temas ou relações sociais. Debussy compôs para piano dois cadernos de doze Prelúdios cada um, entre dezembro de 1909 e início de 1913. Seus títulos referem-se àquilo que inspira cada prelúdio, seja lenda, personagem literário, verso, local ou imagem, e aparecem ao final de cada peça precedidos por reticências. Mais poéticos que picturais, os Prelúdios não são anedóticos, descritivos ou programáticos. Pretendem sugerir musicalmente os múltiplos 14


INSTRUMENTAÇÃO — LA PUERTA

3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, cordas. INSTRUMENTAÇÃO — LES COLLINES

sentimentos e sensações desencadeados pelo objeto de seu título. Embora acredite-se que o prelúdio As colinas de Anacapri seja simplesmente inspirado

Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, celesta, cordas.

nas escarpas de Anacapri, em Nápoles, o pianista e musicólogo Roy Howat sugere que sua origem tenha sido o rótulo de um tradicional vinho da região. Sobre La puerta del vino, no entanto, sabe-se ter sido inspirado por um cartão postal, supostamente enviado por Manuel de Falla, de um portal homônimo no complexo palaciano de Allambra, em Granada. Enquanto este prelúdio caracteriza-se por “bruscas oposições entre violência extrema e apaixonada doçura”, As colinas de Anacapri evocam com vibrante leveza e sensualidade um

PARA  OUVIR

La puerta del vino, versão para piano – Walter Gieseking, piano | Acesse: fil.mg/dlapuerta Les collines d’Anacapri, versão para orquestra – Hallé Orchestra - Mark Elder, regente Acesse: fil.mg/dlascollines PARA  LER

Claude Debussy – Monsieur Croche e outros ensaios sobre música – Raquel Ramalhete, tradução – Nova Fronteira – 1989 Didier Guigue – Estética da Sonoridade: a Herança de Debussy na Música para Piano do Século XX – Perspectiva – 2011

certo exotismo de caráter popular. Os Prelúdios de Debussy já foram integralmente orquestrados ao menos quatro vezes, por Peter Breiner, Luc Brewaeys, Hans Henkemans e Colin Matthews. De acordo com Matthews, a ideia da orquestração dos Prelúdios tem início em um convite de Mark Elder, regente principal da Hallé Orchestra, para a abertura da temporada de 2001/2002. Como compositor residente da orquestra, Matthews concluiria o projeto de orquestração integral dos Prelúdios em 2007.

IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música

pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3. 15


Maurice

RAVEL França, 1875 – 1937

CONCERTO PARA PIANO EM SOL MAIOR (1929/1931)

22 min

A escrita pianística de Ravel descende diretamente de Liszt e, com o início do século XX, enumera uma série de obras-primas incontestáveis, como Jeux d’eau (1901), a Sonatina e as Valses nobles et sentimentales. Nas cinco peças de Miroirs e no tríptico Gaspard de la nuit, Ravel utiliza-se de fascinante virtuosismo instrumental. Na suite Le tombeau de Couperin (1917), o compositor homenageia seis amigos mortos na Primeira Guerra e, simultaneamente, reverencia a tradição musical francesa do século XVIII. Com essa obra Ravel interrompe sua produção para piano solo. O instrumento, a partir de então, aparecerá em formações de câmara, com voz ou junto à orquestra, nos concertos de 1931. Os dois concertos para piano foram compostos simultaneamente. O compositor, que se divertia e motivava-se com os desafios artísticos, explorou, com a máxima segurança e o maior sucesso, um terreno no qual nunca antes se arriscara. Foram suas duas últimas obras de importância, seguidas somente de um ciclo de canções, Don Quichotte à Dulcinée, compostas para o cinema no ano seguinte. O Concerto em Sol foi iniciado antes, mas o Concerto para a mão esquerda foi estreado primeiro. Há uma grande diversidade de forma e conteúdo entre eles, o que os faz, sob alguns aspectos, complementares. Por outro lado, além dos elementos bascos e espanhóis característicos de Ravel, ambos refletem a influência do jazz, como consequência da viagem de cinco meses que o compositor realizara, em 1928, aos Estados Unidos. No Concerto em Sol maior, Ravel, segundo suas próprias declarações, referencia dois modelos: Mozart, quanto ao plano formal, e Saint-Saëns, pela valorização do efeito sonoro. De fato, o brilhantismo da orquestra raveliana, principalmente dos sopros, aqui se equipara ao virtuosismo do instrumento solista. O primeiro movimento, Allegramente, tem caráter dançante. O tema inicial aparece no flautim sobre pizzicatos 16


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, flauta, oboé, corne inglês, requinta, clarinete, 2 fagotes, 2 trompas, trompete, trombone, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

PARA  ASSISTIR

dos violinos e das violas, com os violoncelos em trêmulos e os arpejos do pianista sobrepondo as tonalidades de Sol e Fá sustenido maior. Após um crescendo com glissandos ao piano, esse primeiro tema é reafirmado pelos trompetes. Caberá ao corne inglês preludiar o início do outro tema, meno vivo, confiado ao solista em lânguida

DVD Nobel Prize Concert – Ravel – Piano Concert in G – Royal Stockholm Philharmonic Orchestra – Yuri Temirkanov, regente – Martha Argerich, piano – Sony, Brasil – 2009 Orchestra Sinfonica di Roma della RAI – Claudio Abbado, regente – Martha Argerich, piano | Acesse: fil.mg/rpianosolmaior PARA  LER

Vladimir Jankélévitch – Ravel – Éditions du Seuil – Solfèges – 1972

melodia de acentos jazzísticos. Para o Adagio assai, em torno do qual se articula todo o concerto, Ravel inspirou-se no andamento lento do Quinteto com clarinete de Mozart. O movimento principia com longo solo do piano – lírica melopeia de trinta e três compassos. E termina como um sonho, desvanecendo-se em longuíssimo trinado. O terceiro movimento, Presto, alterna três temas, separados por quatro acordes martelados. De início, uma corrida do piano, seguido pelo clarinete, o flautim e o trombone; o motivo central tem um colorido folclórico; e o terceiro

PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS

tema apresenta-se como uma marcha

Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

ritmada, nas trompas e no trompete, retomada depois pelo solista. No todo, esse Presto final transmite a alegria de uma festa campestre no país basco.

17


Antonín

DVORÁK

Boêmia, atual República Tcheca, 1841 – 1904

SINFONIA Nº 8 EM SOL MAIOR, OP. 88 (1889)

35 min

Na década de 1880, a música do tcheco Antonín Dvorák se tornava conhecida em toda a Europa, especialmente na Inglaterra, onde o compositor, muito apreciado, era frequentemente convidado a reger suas obras. Em meados do ano de 1889, o maestro Vasily Safonov, diretor do Conservatório de Moscou, convidou-o para reger obras suas na Rússia. Seria a primeira ida de Dvorák à terra de Tchaikovsky, compositor que ele tivera a oportunidade de conhecer em Praga, regendo sua própria Quinta Sinfonia. Naquela oportunidade, em que Tchaikovsky regeu também a ópera Eugene Onegin, o colorido e a originalidade da música de Tchaikovsky deixaram forte impressão em Dvorák. Ele tinha, agora, a oportunidade de apresentar sua música ao público russo, um público já bastante habituado à música de Tchaikovsky. Pensando em quais obras suas seriam mais interessantes para essa estreia na Rússia, Dvorák pretendeu compor uma nova sinfonia, especialmente para a ocasião; escreveu a Sinfonia em Sol maior que, no entanto, desistiu de apresentar em Moscou naquela temporada, optando por outras obras. A Oitava Sinfonia, em Sol, foi então estreada com muito sucesso em Praga, sob a regência do autor, em fevereiro de 1890. Com o êxito da estreia, Dvorák decidiu que a primeira audição dessa Sinfonia, fora da Boêmia, seria na Inglaterra, país ao qual devia um gesto de gratidão, por tudo o que recebera da parte dos ingleses, tanto pessoalmente quanto em relação à sua música. E assim sua Oitava Sinfonia foi tocada na Inglaterra e imediatamente editada nesse país, para só então ser ouvida na Rússia. A Sinfonia nº 8, em Sol maior, já foi conhecida como Sinfonia nº 7 e nº 4, e apenas no século XX recebeu a numeração que hoje conhecemos. Dvorák compôs nove sinfonias, mas, tendo perdido o manuscrito da primeira, cada uma delas tinha numeração abaixo da numeração atual. 18


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, cordas

PARA  OUVIR

Quando a sinfonia que conhecemos hoje como nº 8 foi editada em 1890, na Inglaterra, apenas as de números

CD Dvorák – The three great symphonies; Scherzo capriccioso – Cleveland Orchestra – Christoph von Dohnányi, regente – Decca – 1997

5, 6 e 7 haviam sido publicadas; a de nº 6 foi a primeira, e por isso passou a ser conhecida do público

PARA  ASSISTIR

Wiener Philarmoniker – Herbert von Karajan, regente | Acesse: fil.mg/dsinf8

como Sinfonia nº 1. E assim ocorreu também com as demais. Com isso, a Sinfonia em Sol, nº 8, quarta a ser editada, passou a ser conhecida como Sinfonia nº 4 (embora o compositor

PARA  LER

John Claphan – Antonín Dvorák: musician and craftsman – St. Martin’s Press – 1966 Kurt Honalka – Dvorák – London Haus Publishing – 2004

a chamasse de Sinfonia nº 7). Sua nona, última e mais célebre sinfonia, intitulada Sinfonia do Novo Mundo, editada em 1894, foi divulgada como Sinfonia nº 5 (para o compositor, a nº 8). Somente após a morte de Dvorák suas quatro primeiras sinfonias foram descobertas, inclusive o manuscrito da primeira, que o compositor dava como perdido. Dessa forma, elas ganharam a numeração que hoje conhecemos, não mais por ordem de edição, mas por ordem de data da composição. A Sinfonia nº 8, em quatro movimentos, foi inspirada nas fontes da tradição popular boêmia, na esteira do nacionalismo dominante na segunda metade do século XIX, de que Antonín Dvorák é um dos mais importantes representantes.

GUILHERME NASCIMENTO

Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 19


amigos fazem a diferença e a filarmônica de minas gerais conta com o seu apoio

FOTO: B RUNA B RANDÃO

Ao se tornar um Amigo da Filarmônica, você ajuda a Orquestra a realizar sua programação educacional. E ainda recebe benefícios. Saiba mais e veja como é fácil doar. www.filarmonica.art.br/amigos-da-filarmonica

torne-se um amigo da filarmônica.



Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla Associado Ara Harutyunyan – Spalla Assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira

VIOLONCELOS

TROMPAS

GERENTE

Philip Hansen * Felix Drake *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Lina Radovanovic Robson Fonseca William Neres

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata

Jussan Fernandes

TROMPETES

Débora Vieira

CONTRABAIXOS

Nilson Bellotto * Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano

SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina

TROMBONES

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa

Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES

Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro

FLAUTAS

Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova

TUBA

Eleilton Cruz * TÍMPANOS

Patricio Hernández Pradenas *

OBOÉS

Alexandre Barros * Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES

VIOLAS

Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado

INSPETORA

Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

MONTADORES

André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

PERCUSSÃO

Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA

Jennifer Campbell ****

FAGOTES

TECLADOS

Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva

Ayumi Shigeta *

VILLA-LOBOS Editor: Edition Durand-

Salabert-Eschig Representante: Melos Ediciones Musicales S. A. Buenos Aires DEBUSSY Editor original:

Faber Music Representante exclusivo:

Barry Editorial

* principal

** principal associado

*** principal assistente

**** músico convidado


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

João Batista Miguel

Instituto Cultural Filarmônica

(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

Conselho Administrativo

DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL

Kiko Ferreira

PRESIDENTE

Equipe Técnica

Roberto Mário Soares

GERENTE DE COMUNICAÇÃO

CONSELHEIROS

Merrina Godinho Delgado

Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena

Diretoria Executiva DIRETOR PRESIDENTE

Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO

Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO

Jacqueline Guimarães Ferreira

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

Ailda Conceição

Eularino Pereira

PRESIDENTE EMÉRITO

Jacques Schwartzman

ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL

MENSAGEIROS ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Rildo Lopez MENOR APRENDIZ

Equipe Administrativa

Claudia da Silva Guimarães

GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA

ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Ana Lúcia Carvalho

Gabriela Souza

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi

Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia) Renata Gibson Renata Romeiro (Design gráfico)

ANALISTA CONTÁBIL

ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

Cristiane Reis

Mônica Moreira

Sala Minas Gerais GERENTE DE INFRAESTRUTURA

GERENTE DE OPERAÇÕES

Jorge Correia

PRODUTORES

ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO

Mirian Cibelle

Renato Bretas GERENTE DE RECURSOS HUMANOS

Quézia Macedo Silva Luis Otávio Rezende Narren Felipe

Bruno Rodrigues Douglas Conrado

Graziela Coelho

TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO

Mauro Rodrigues TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO

Rafael Franca SECRETÁRIA EXECUTIVA

Flaviana Mendes

ASSISTENTE OPERACIONAL

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

Rodrigo Brandão

ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS

Vivian Figueiredo

FORTISSIMO setembro

nº 16 / 2016 ISSN 2357-7258

ANALISTAS DE DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé

RECEPCIONISTA

Lizonete Prates Siqueira

EDITORA Merrina

DIRETOR DE OPERAÇÕES

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

EDIÇÃO DE TEXTO

Itamara Kelly Mariana Theodorica

Ivar Siewers Ilustrações: Mariana Simões

Pedro Almeida

Godinho Delgado Berenice Menegale

23


FILARMÔNICA ONLINE www.filarmonica.art.br

VISITE A CASA VIRTUAL DA NOSSA ORQUESTRA

A  TEMPORADA  2017  VEM  AÍ CONFIRA AS DATAS E GARANTA SUA ASSINATURA.

COMO ASSINAR

Renovação — De 22/09 a 15/10 Troca — De 18/10 a 05/11 Novas assinaturas —

filarmonica.art.br/assinaturas

De 08/11/2016 a 28/01/2017

CONCERTOS 1º e 2 / set, 20h30

Villa-Lobos, Debussy, Ravel, Dvorák 9 / set, 20h30

Nova Lima — Quinteto de Metais

PRESTO VELOCE

TURNÊ ESTADUAL

Inhotim Mussorgsky, Prokofiev, Sarasate, Tchaikovsky 22 e 23 / set, 20h30

Takemitsu, Rodrigo, Dutilleux, Ravel

Na bilheteria da Sala Minas Gerais De terça a sexta, das 12h às 21h Sábado, das 12h às 18h

CONHEÇA  AS  APRESENTAÇÕES  DA  FILARMÔNICA

set

11 / set, 11h

15 e 16 / set, 20h30

Pela internet

ALLEGRO VIVACE

• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude • Clássicos na Praça • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais • Concertos de Câmara Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.

PRESTO VELOCE

Veja detalhes em filarmonica.art.br/ concertos/agenda-de-concertos.

Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso no restaurante Haus München e, na compra de um prato principal, ganhe outro de igual ou menor valor. Rua Juiz de Fora, 1.257, pertinho da Sala Minas Gerais.


PARA  APRECIAR  UM  CONCERTO

CONCERTOS COMENTADOS

Agora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.

CUMPRIMENTOS

Após o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.

ESTACIONAMENTO

0 PROGRAMA DE CONCERTOS O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br.

Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE

CONVERSA

APARELHOS  CELULARES

CRIANÇAS

FOTOS  E  GRAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  VÍDEO

COMIDAS  E  BEBIDAS

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

Não são permitidas durante os concertos.

APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

TOSSE

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. 25


COMUNICAÇÃO ICF

MANTENEDOR

PATROCÍNIO MÁSTER

APOIO INSTITUCIONAL

DIVULGAÇÃO

REALIZAÇÃO

SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030 WWW.FILARMONICA.ART.BR

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