FORTISSIMO Nº 12
Allegro Vivace
06 JUL 07 J U L
008 009 010 011 012 013 014 015 016
VOCÊ ESTÁ AQ U I
2017
FOTO: EUGÊNIO SÁVIO
(...) este conjunto é um autêntico milagre em que se combinam a precisão e disciplina das melhores orquestras europeias com a expressividade e o fogo dos músicos latino-americanos.. MARGARITA POLLINI, ÁMBITO FINANCIERO,
Turnê Internacional
BUENOS AIRES, 2012
Fora do Brasil pela primeira vez, a Filarmônica realizou cinco concertos na Argentina e no Uruguai, três deles nos lendários teatros Colón (foto) e Solís. Dirigida por Fabio Mechetti, teve a companhia de Antonio Meneses e seu violoncelo. A crítica e o exigente público dos dois países receberam a Orquestra com entusiasmo, ao som de Carlos Gomes, Dvorák e Tchaikovsky.
1º mar
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Andrea Bissoli
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Andrea Bissoli
The Italian guitarist Andrea Bissoli had his first lessons with his brothers, later studying with Giuseppe Maderni. When he was thirteen he gave his first recital in his hometown, performing Villa-Lobos’ Cinq Préludes, later adding to his repertoire works by Turina, Albéniz and several of VillaLobos’ Études, performances of which won him prizes at competitions for young musicians. At fourteen he retired from competitions to study with Stefano Grondona at the Conservatorio ‘Arrigo Pedrollo’ in Vicenza. After graduating with full marks from high school, he turned Photo: Márcio Monteiro to musical studies, graduating and then completing a postgraduate course at the Vicenza Conservatory, once again with honours. He studied with Laura Mondiello, Paul Galbraith, Oscar Ghiglia and Alirio Díaz, and has won awards at several guitar competitions in his native Italy, including the Premio Città di Parma, Premio Nazionale delle Arti, Città di Voghera, Città di Arezzo, A.GI.MUS. and Rocco Peruggini. He has played as a soloist in Italy and Brazil. In 2006 he started the guitar duo Phèdre Adroit with Federica Artuso. They have studied baroque music with Monica Huggett and Sigiswald Kuijken, and also play nineteenth-century music on two period instruments labelled ‘Petitjean’. Their repertoire also includes an all-VillaLobos programme of unpublished transcriptions for two guitars made by Andrea Bissoli. He has studied the works of Villa-Lobos for some seven years, and has written articles for Il Fronimo. He plays a J. Vincenti guitar, currently strung with New Nylgut strings by Aquila. www.andreabissoli.com
A Filarmônica iniciou a gravação de The Guitar Manuscripts, sua estreia no selo Naxos. Com obras de Villa-Lobos, regência de Fabio Mechetti e Andrea Bissoli ao violão, os três CDs foram lançados em 2013, 2014 e 2015.
To Mario and Giovanna, my parents.
With thanks to Marcelo Rodolfo, Jacques Vincenti, don Agostino Zenere, Stefano Grondona, Marco Di Pasquale and Umberto D’Arpa.
12
The Guitar Manuscripts • 1
Guitar Concerto Valse-Choro Floresta do Amazonas
Andrea Bissoli, Guitar
The Italian guitarist Andrea Bissoli had his first lessons with his brothers, later studying with Giuseppe Maderni. When he was thirteen he gave his first recital in his hometown, performing Villa-Lobos’s Cinq Préludes, later adding to his repertoire works by Turina, Albéniz and several of Villa-Lobos’s Études, performances of which won him prizes at competitions for young musicians. At fourteen he retired from competitions to study with Stefano Grondona at the Conservatorio ‘Arrigo Pedrollo’ in Vicenza. After graduating with full marks from high school, he turned to musical studies, graduating and then completing a postgraduate course at the Vicenza Conservatory, once again cum laude. He studied with Laura Mondiello, Paul Galbraith, Alirio Díaz and Oscar Ghiglia, and has won awards at several guitar competitions in his native Italy. In 2006 he started the guitar duo Phèdre Adroit with Federica Artuso. They have studied baroque music with Monica Huggett and Sigiswald Kuijken, and also play nineteenth-century music on two period instruments labelled ‘Petitjean’. Their repertoire also includes an all-Villa-Lobos programme of unpublished transcriptions for two guitars made by Andrea Bissoli. Andrea Bissoli plays a J. Vincenti guitar, currently strung with New Nylgut strings by Aquila. www.andreabissoli.com
Serafini • Artuso • Brait Photo: Márcio Monteiro Schola San Rocco Chorus Francesco Erle To Federica. Minas Gerais With thanks to Marcelo Rodolfo, Jacques Vincenti, don Agostino Zenere, Stefano Grondona, Philharmonic Orchestra Marco Di Pasquale, Michele Brugnaro and Federico Zandonà Fabio Mechetti 8.573116
VILLA-LOBOS
Also available in this series
The Guitar Manuscripts • 2
VILLALOBOS
Valsa Concerto No. 2 • Introdução aos Choros • Canção do Amor
Andrea Bissoli, Guitar
Gabriella Pace, Soprano • Ensemble Musagète Minas Gerais Philharmonic Orchestra • Fabio Mechetti
The Guitar Manuscripts • 3
Tarantela Douze Études (1928) Fourteen folksong arrangements from Guia prático O papagaio do moleque
8.573115
Andrea Bissoli, Guitar Ensemble Cirandinha
Minas Gerais Philharmonic Orchestra
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12
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Fabio Mechetti
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parte 1
8.573115
VILLALOBOS
parte 2
Primeira gravação para a Naxos
017
FOTO: MARIANA GARCIA
A música sinfônica na TV Em dez programas, a Filarmônica levou ao grande público histórias sobre obras marcantes do repertório. Apresentados pelo maestro Fabio Mechetti e com a participação de convidados, os Concertos Filarmônica foram transmitidos pela Rede Minas entre 21 de outubro e 23 de dezembro.
17 jul
26 a 31 out
16 ago 7 ago
30 ago
4 e 5 out
23 dez 24 nov
29 nov
50º Festival Villa-Lobos A Filarmônica interpretou quatro obras de Villa-Lobos neste Festival. Entre elas, a Suíte para piano e orquestra com solo de Sônia Rubinsky. Orquestra e solista já haviam feito juntos, em Belo Horizonte, a segunda apresentação integral da Suíte, noventa anos depois de sua estreia.
Repertório ampliado O público ficou eufórico com a diversidade deste concerto da série Allegro. Conduzida pelo regente convidado Carlos Miguel Prieto, a Orquestra percorreu o Nacionalismo mexicano de Revueltas e de Moncayo, explodindo na originalidade do norte-americano Russel Peck em The Glory and the grandeur. Solo dos percussionistas Daniel Lemos, Sérgio Alluoto e Werner Silveira.
LINHA DO TEMPO — 6 de 12 Em cada programa de concerto das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce você encontra um pedacinho da nossa história. No fim do ano, teremos relembrado nosso percurso até a décima temporada.
FOTO: BRUNA BRANDÃO
Caros amigos e amigas,
A força consoladora e transformadora da música já era reconhecida desde a Antiguidade. Aristóteles a considerava agente modelador da mente e da alma, enquanto Platão reconhecia sua profunda utilidade na formação do indivíduo. Essa força abstrata e ao mesmo tempo tangível do poder da música é exemplificada universalmente na estória de Orfeu, que, com sua lira, domou as fúrias e resgatou do reino dos mortos sua amada Eurídice. Interessante neste concerto é sentir como a mesma lenda influencia dois grandes compositores da história da música: o plácido poema sinfônico de Franz Liszt e o contrastante balé de
Igor Stravinsky. Cada um, em suas
O grande poeta mineiro Carlos
estéticas distintas e particulares,
Drummond de Andrade nos ajuda a
reflete de forma magistral a
compreender essa força ao dizer:
integridade do mito de Orfeu. Recebemos pela primeira vez em Belo Horizonte o violinista Sasha Rozhdestvensky, executando
“A dança já não soa, a música deixou de ser palavra, o cântico se alongou do movimento. Orfeu, dividido, anda à procura dessa unidade áurea, que perdemos.”
aquele que talvez seja o concerto para violino mais admirado por músicos e o público em geral: o de Tchaikovsky. Toda a vitalidade,
E mais: “A música se embala no possível, no finito redondo, em que se crispa uma agonia moderna.”
energia, lirismo e virtuosismo utilizados neste Concerto provam,
Viva Orfeu, viva a Música.
assim como a lira de Orfeu, a importância da Música enquanto antídoto às fúrias encontradas
F A B I O M E C H E T T I
na vida cotidiana.
Diretor Artístico e Regente Titular
Fabio Mechetti
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico
Realizou diversos concertos no México,
e Regente Titular da Orquestra Filarmônica
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as
de Minas Gerais, sendo responsável pela
orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo
implementação de um dos projetos mais bem-
e Hiroshima. Regeu também a Orquestra
sucedidos no cenário musical brasileiro. Com
Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra
seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra
da Rádio e TV Espanhola em Madrid,
mineira nos cenários nacional e internacional
a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia,
e conquistou vários prêmios. Com ela,
e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.
realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.
Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu
regularmente na Escandinávia, particularmente
recentemente como Regente Principal
a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de
da Orquestra Filarmônica da Malásia,
Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua
tornando-se o primeiro regente brasileiro a
estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica
ser titular de uma orquestra asiática. Depois
de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra
de quatorze anos à frente da Orquestra
Sinfônica de Roma. Em 2016 estreou com
Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos,
a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica
No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica
de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.
Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras
Desta última é, agora, Regente Emérito.
de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com
Foi regente associado de Mstislav
artistas como Alicia de Larrocha, Thomas
Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Nacional de Washington e com ela dirigiu
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori,
concertos no Kennedy Center e no Capitólio
Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo
Fez sua estreia no Carnegie Hall de
a Ópera de Washington. No seu repertório
Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica
destacam-se produções de Tosca, Turandot,
de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras
Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte,
orquestras norte-americanas, como as de
La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro
Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix,
de Sevilha, La Traviata e Otello.
Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos
Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado
Estados Unidos, entre eles os de Grant Park
em Regência e em Composição pela
em Chicago e Chautauqua em Nova York.
prestigiosa Juilliard School de Nova York.
MinistĂŠrio da Cultura e Governo de Minas Gerais apresentam
Allegro e Vivace 06 e 07 / JUL
FAB I O M EC H ET TI, regente SA S HA R O Z HD ESTVENSK Y, violino
*
programa
FRANZ LISZT Orfeu
IGOR STRAVINSK Y Orfeu – Balé em três cenas CENA 1
Lento sostenuto Air de danse: Andante con moto Dance of the angel of death: L’istesso Interlude CENA 2
Pas des furies: Agitato Air de danse (Orphée): Grave Interlude Air de danse (conclusion): L’istesso tempo Pas d’action: Andantino leggiadro Pas-de-deux: Andante sostenuto Interlude: Moderato assai Pas d’action: Vivace CENA 3
Lento sostenuto intervalo
PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY Concerto para violino em Ré maior, op. 35 • Allegro moderato • Canzonetta: Andante • Finale: Allegro vivacissimo
*
FOTO: DANIEL EBENDINGER FOTO: AN DRÉ FOSSAT I
DANIEL GUEDES
Um dos mais importantes músicos brasileiros
palcos e festivais do Brasil e tem sido solista
de sua geração, Daniel Guedes vem se
com as principais orquestras brasileiras.
destacando como violinista, violista e regente. Como regente, atuou à frente da Orquestra Iniciou seus estudos de violino aos sete
Sinfônica da USP (Osusp), Sinfônica de
anos com seu pai e logo ingressou no
Campinas, Sinfônica da Bahia, Sinfônica de
Conservatório Brasileiro de Música.
Barra Mansa, entre outras. Como regente da
Estudou com Detlef Hahn na Guildhall
Academia Jovem Concertante tem percorrido
School of Music em Londres e, mais tarde,
diversos estados do Brasil. Integra o lendário
obteve bacharelado e mestrado na
Quarteto da Guanabara, grupo que tem
Manhattan School of Music de Nova York,
mais de quarenta anos de existência.
no Pinchas Zukerman Performance Program. Daniel Guedes estudou música de câmara
Suas gravações contemplam diversos
com Sylvia Rosenberg, Isidore Cohen
álbuns com obras de Villa-Lobos, Lorenzo
e Arnold Steinhardt; na regência, seus
Fernandez, Flausino do Vale, Nelson Macêdo,
estudos foram realizados com Glen Cortese,
Alceo Bocchino, Piazzolla, Beethoven e
Pinchas Zukerman e Mika Eichenholz.
autores contemporâneos brasileiros.
Daniel Guedes venceu os concursos
Daniel Guedes é professor da Universidade
Jovens Concertistas Brasileiros (1991),
Federal do Rio de Janeiro e leciona em diversos
Bergen Philharmonic Competition (1998)
festivais, como Campos do Jordão, Festival de
e Waldo Mayo Memorial Award (2000), sendo
Música de Santa Catarina (Femusc), Festival
que este último lhe valeu um concerto no
Associación Musica para Todos, em Mendoza,
Carnegie Hall, Estados Unidos. Apresentou-se
Argentina, Festival de Música Colonial
também no Canadá, Inglaterra, Noruega, Itália,
Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora,
Alemanha e em diversos países da América
entre outros. É professor máster do Projeto
do Sul. O músico esteve na maioria dos
Música nas Escolas, em Barra Mansa, RJ.
O mito de Orfeu
Trata-se de uma personagem
cantor da Trácia. Eurídice, ao fugir
lendária, possivelmente de origem
de seu perseguidor, pisou numa
trácia. Era filho de Calíope, a mais
serpente, que a picou, causando-lhe
importante das nove Musas e do
a morte. Inconformado com a
rei Eagro (Apolo). Orfeu era poeta,
perda da esposa, o grande vate
músico e cantor célebre, o verdadeiro
resolveu descer às trevas do
criador da teologia pagã. Sua maestria
Hades, para trazê-la de volta.
na cítara e a suavidade de sua voz eram tais que os animais selvagens
Orfeu, com sua cítara e sua voz divina,
o seguiam, as árvores inclinavam
encantou de tal forma o mundo ctônio
suas copadas para ouvi-lo e os
que Plutão e Perséfone concordaram
homens mais coléricos sentiam-se
em devolver-lhe a esposa. Impuseram-
penetrados de ternura e de bondade.
lhe, todavia, uma condição extremamente difícil: ele seguiria
O que importa é que Orfeu é um herói
à frente e ela lhe acompanharia os
muito antigo, pois já o encontramos
passos, mas, enquanto caminhassem
na expedição dos Argonautas. Sua
pelas trevas infernais, ouvisse o que
existência era tão real para o povo
ouvisse, pensasse o que pensasse,
que, em Anfissa, na Lócrida, se lhe
Orfeu não poderia olhar para trás,
venerava a cabeça como verdadeira
enquanto o casal não transpusesse
relíquia. Educador da humanidade,
os limites do império das sombras.
conduziu os trácios da selvageria para
O poeta aceitou a imposição e estava
a civilização. Iniciado nos mistérios,
quase alcançando a luz, quando uma
completou sua formação religiosa
terrível dúvida lhe assaltou o espírito: e
e filosófica viajando pelo mundo.
se não estivesse atrás dele a sua amada? E se os deuses do Hades o tivessem
Ao regressar da expedição dos
enganado? Mordido pela impaciência,
Argonautas, casou-se com a
pela incerteza, pelo grande desejo da
ninfa Eurídice, a quem amava
presença de uma ausência, o cantor
profundamente, considerando-a
olhou para trás, transgredindo a
como dimidium animae eius, como
ordem dos soberanos das trevas.
se ela fora a metade de sua alma.
Ao voltar-se, viu Eurídice, que se
Acontece que, um dia, o apicultor
esvaiu para sempre numa sombra,
Aristeu tentou violar a esposa do
“morrendo pela segunda vez ...”.
Inconsolável e sem poder esquecer a
Se a lira do poeta, que após
esposa, fiel a seu amor, Orfeu passou a
longos incidentes, foi parar
repelir todas as mulheres da Trácia. As
na ilha de Lesbos, berço principal
Mênades, ultrajadas por sua fidelidade
da poesia lírica da Hélade,
à memória da esposa, fizeram-no
a psiquê do cantor foi elevada
em pedaços. Seus restos e a cabeça
aos Campos Elísios, aqui no
foram lançados no rio Hebro. Ao rolar
caso sinônimo de Ilha dos
da cabeça pelo rio abaixo, os lábios
Bem-Aventurados ou do próprio
de Orfeu chamavam por Eurídice,
Olimpo, onde, revestido de
e o nome da amada era repetido
longas vestes brancas, Orfeu
pelo eco nas duas margens do rio.
canta para os imortais.
Síntese da introdução do capítulo V do livro Mitologia grega, volume II, Editora Vozes, 1987. Seu autor, Junito de Souza Brandão (Rio de Janeiro, 1924-1995), foi um professor e grande classicista brasileiro, especialista em mitologia grega e latina, autor de várias obras nessas temáticas.
IMAGEM: GEORGE DE FOREST BRUSH - ORPHEUS, 1890
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
FRANZ LISZT Orfeu
Raiding, Hungria, atual Áustria, 1811
Dos treze poemas sinfônicos compostos
de Orfeu à que dele faz, em 1829,
por Franz Liszt, Orfeu é o quarto,
Pierre-Simon Ballanche (escritor e
considerando-se a ordem cronológica
filósofo francês, 1776-1847). Em sua
em que foram criados (as primeiras
obra, homônima à de Liszt, Ballanche
publicações apresentam uma ordem
trabalha o mito de Orfeu como símbolo
um pouco diferente). No entanto,
e guia da trajetória da humanidade
desse total depreende-se um subgrupo
em direção à era moderna, através
de quatro obras que poderiam ser
das leis e da organização social.
definidas como esboços de personagens: são elas Tasso, Prometeu, Mazeppa
Composto entre 1853 e 1854, o Orfeu
e Orfeu. Essas quatro peças trazem
de Liszt foi estreado em Weimar, em
um diferencial em relação à proposta
fevereiro desse último ano, e conduzido
fundamental do poema sinfônico:
pelo próprio compositor. Sua estreia
os programas em que se baseiam não
figurou como uma introdução à primeira
se vinculam a um esquema narrativo
performance da ópera Orfeu e Eurídice,
linear, mas à interpretação de aspectos
de Gluck, naquela cidade. Tal evento foi
psicológicos, sociais, morais ou éticos
parte das celebrações do aniversário da
que essas personagens literárias ou
Grã-Duquesa de Weimar, Maria Pavlova,
mitológicas condensam e representam.
que era grande apoiadora de Liszt.
Em prefácio à partitura de Orfeu,
O que há de primeiramente notável
Liszt menciona a sua contemplação
na obra de Liszt é sem dúvida a
de um vaso etrusco, em que a figura
instrumentação, que evoca abertamente
de Orfeu, segurando sua lira, aparece
o mito de Orfeu. Já de saída, antes da
como o espírito civilizador da
apresentação do primeiro tema pelas
humanidade. O fato de Liszt ter ou
cordas, um breve diálogo entre trompa
não, de fato, visto esse vaso é menos
e harpa abre a cena, descortinando a
relevante do que a associação dessa
figura central da obra. A harpa ocupa
interpretação particular do mito
aí lugar de destaque, não exatamente
13 min
1853/1854
Bayreuth, Alemanha, 1886
como solista, mas como colorido especial, cuidadosamente inserido, pelo seu aspecto simbólico, na proposta temática do poema sinfônico. Na estrutura, Liszt opta aqui pela forma sonata, que trabalha com bastante liberdade. Quanto ao caráter, a obra é surpreendente, por dois aspectos: em primeiro lugar, ao contrário da maior parte de seus poemas sinfônicos, o Orfeu de Liszt se apresenta muito mais contemplativo. Daí, talvez, a escolha por dar voz a diversos instrumentos solistas, que despontam do corpo orquestral. Em segundo lugar, talvez mesmo por isso, talvez pelo tratamento harmônico, com sutis cromatismos, talvez por certas particularidades da orquestração, o Orfeu de Liszt
INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 2 flautas,
2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, harpa, cordas. EDITORA Edwin F. Kalmus & Co.
PARA O UVIR CD Richard Strauss –
Ein Heldenleben; Franz Liszt – Orpheus; Psalm 13 – Royal Philharmonic Orchestra – Beecham Choral Society – Sir Thomas Beecham, regente – EMI Studio DRM – 1993 PARA A SSISTIR Royal
Concertgebouw Orchestra – Daniele Gatti, regente (a partir de 17min50s) Acesse: fil.mg/lorfeu PARA L ER Ernst Burger –
Franz Liszt: a chronicle of his life in pictures and documents – Princeton University Press – 1989
lembra-nos abertamente certos trechos futuros de um Wagner, como o de Parsifal (1882) e do Tristão (1859). Ainda visceralmente romântico, o Liszt que se apresenta aqui já faz antever uma estética que, posterior à sua, iria transformar todo o caminho da música no Ocidente.
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
IGOR STRAVINSK Y
30 min
Orfeu – Balé em três cenas
Oranienbaum, atual Lomonosov, Rússia, 1882
Grosso modo, divide-se a obra de
vez o pó de um sistema musical já
Stravinsky em três grandes períodos.
caduco, escancarando as portas da
O primeiro, a fase russa, vai de 1907
modernidade, a sua música dedicada
até 1919. São dessa era as suas
ao balé percorre as três fases e,
obras mais significativas e mais
portanto, forma parte importante de seu
determinantes para as gerações que
processo criativo, durante toda a vida.
o seguiriam. Curiosamente, a maior
Essa tendência interdisciplinar, tão
parte delas foi composta para balé:
moderna, deveria, por certo, ser mais
O Pássaro de Fogo (1910), Petrushka
bem investigada na obra de Stravinsky.
(1911) e A Sagração da Primavera (1913). A segunda fase, neoclássica, que vai
Orfeu pertence à segunda fase. Em 1939,
de 1920 a 1954, também gerou obras
o compositor havia deixado a França
importantes, como a Sinfonia dos Salmos
para se estabelecer definitivamente nos
(1930) e a ópera The Rake’s Progress
Estados Unidos. Pouco tempo depois ele
(1951), ainda fundamentais para a
assenta residência em Hollywood e, na
formação de uma nova consciência na
cidade de Los Angeles, passa a maior
mentalidade musical contemporânea.
parte do final de sua vida. Em 1945
No terceiro período, a fase serial,
se naturaliza cidadão estadunidense.
que vai de 1954 a 1968, ele revisita
Se a guinada neoclássica – e depois
e discute o serialismo proposto por
serial – de Stravinsky responde a uma
Schoenberg, abrindo-lhe alternativas
demanda do público norte-americano
e ampliando-lhe as perspectivas.
é um fato ainda a se discutir. O fato
Nascem, dessa fase, obras de um
é que ela começa bem antes de sua
expressionismo tardio, mas ainda assim
mudança para a América. Em Orfeu,
impressionante, como Agon (1957).
porém, composto em 1947, já se encontra um Stravinsky plenamente
O fato é que, se as suas obras da
engajado em tendências estéticas bem
primeira fase ajudaram a espanar de
diferentes daquelas da Sagração.
1947
Nova York, Estados Unidos, 1971
A música de Orfeu foi encomendada a Stravinsky pelo coreógrafo George Balanchine, para a sua então recémfundada companhia de dança. O balé foi estreado em Nova York, sob a regência do próprio Stravinsky, em abril de 1948. O espetáculo valeu a Balanchine o convite para se estabelecer em Nova York. Sua companhia de dança se tornaria, então, o New York City Ballet. Engana-se quem espera ouvir de um
INSTRUMENTAÇÃO Piccolo,
2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 2 trombones, tímpanos, harpa, cordas. EDITORA Boosey & Hawkes
PARA O UVIR CD Stravinsky –
Le Baiser de la Fée; Orpheus – London Symphony Orchestra – Robert Craft, regente – Koch International Classics – 1996
Stravinsky neoclássico o retorno à
PARA A SSISTIR Orchestra
sonoridade do passado. As conquistas
I Pomeriggi Musicali – Stanislav Kochanovsky, regente Acesse: fil.mg/sorfeu
que ele mesmo alcançou, desde o início, mantêm-se, ainda que atenuadas. O que se vê em Orfeu é um Stravinsky livre para usar tanto da dissonância, agora liberta, como de sonoridades consonantes. A métrica e a orquestração de Orfeu são ele próprio. As alusões ao mito grego,
PARA L ER Eric Walter White –
Stravinsky: the composer and his works – University of California Press – 1985 PARA V ISITAR
www.fondation-igor-stravinsky.org
como o uso da harpa, não passam de evocações, ou de uma proposta seriamente interdisciplinar. Stravinsky é um homem do século XX e pertence à modernidade, mesmo quando resolve voltar seus olhos para o passado.
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY
35 min
Concerto para violino em Ré maior, op. 35 Votkinsk, Rússia, 1840
Aos trinta e sete anos, após uma
(Bolshoi Kamenny, Mariinsky, Hermitage
união desastrada com sua aluna
e Peterhof). Porém, Auer não se
Antonina Miliukova, Tchaikovsky
entusiasmou muito com o Concerto e
se refugiara no balneário suíço de
o considerou impossível de ser tocado.
Clarens, à beira do Lago de Genebra,
Triste com a demora de Auer em estreá-lo,
pois precisava recuperar-se do colapso
Tchaikovsky providenciou uma segunda
nervoso causado por esse casamento
edição, dedicada ao violinista
que durara apenas seis semanas.
Adolph Brodsky, que o estreou em
A estada em Clarens parece ter-lhe
Viena, no dia 4 de dezembro de 1881,
feito muito bem. Nos seis meses em
sob a regência do célebre Hans Richter.
que lá esteve compôs algumas de suas obras mais importantes: a Sinfonia nº 4,
O Concerto para violino possui três
a ópera Eugene Onegin e o Concerto
movimentos. O primeiro (Allegro
para violino e orquestra. Em Clarens
moderato) inicia-se com uma breve
Tchaikovsky também recebeu a visita
introdução da orquestra, seguida por
de um antigo aluno, o violinista
um pequeno trecho em que o violino
Yosif Kotek, que lhe deu a assessoria
toca sozinho, preparando a entrada
técnica que necessitava para escrever
do tema principal (Moderato assai). O
o Concerto. Composto em apenas um
violino apresenta os temas em passagens
mês, é ainda hoje considerado um
extremamente virtuosísticas, ficando a
dos concertos mais belos e difíceis
orquestra encarregada de reapresentá-
jamais escritos para o violino.
los logo em seguida. Quando já ultrapassada a metade do movimento,
Tchaikovsky inicialmente dedicou o
encaminhando-se para seu final, o
Concerto ao violinista Leopold Auer,
violino introduz uma longa cadência
professor do Conservatório de
virtuosística. Logo após, em passagem
São Petersburgo e primeiro violino
extremamente suave nas cordas, a flauta
do quarteto de cordas da Sociedade
reanuncia o tema principal. Tem início
Musical Russa e das orquestras dos
então a reexposição temática, que nos
teatros imperiais de São Petersburgo
conduzirá à explosão do tutti final.
Última apresentação desta obra — 25 ago 2011 Fabio Mechetti, regente | Joshua Bell, violino
1878
São Petersburgo, Rússia, 1893
O segundo movimento, uma Canzonetta (Andante), inicia-se com um belo coral das madeiras. Esse coral não apenas prepara a entrada do solista como, ao final, fechará o movimento, criando uma moldura para
INSTRUMENTAÇÃO 2 flautas,
2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, trombone, tímpanos, cordas. EDITORA Breitkofp & Härtel
que, ao centro, solista e orquestra travem um belíssimo diálogo musical. O Finale (Allegro vivacissimo) deve ser atacado logo após o segundo movimento, sem interrupção. Com temas eslavos e um jogo constante de acelerar e desacelerar, o terceiro movimento figura uma festa cigana em que o violino toca, todo o tempo, como se estivesse improvisando. Esse movimento incomodou profundamente
PARA O UVIR CD Tchaikovsky –
Berliner Philharmoniker – Michael Tilson Thomas, regente – Joshua Bell, violino – Sony Classical – 2005 PARA A SSISTIR Philadelphia
Orchestra – Eugene Ormandy, regente – Itzhak Perlman, violino Acesse: fil.mg/tviolinophiladelphia Berliner Philharmoniker – Claudio Abbado, regente – Midori Goto, violino (a partir de 26min50s) Acesse: fil.mg/tviolinoberliner
o crítico Eduard Hanslick, presente na
PARA L ER Anthony Holden –
estreia. Para ele, a maneira direta com
Piotr Ilitch Tchaikovsky: uma biografia – Record – 1999
que Tchaikovsky criara a atmosfera festiva cigana era obscena e incivilizada:
PARA V ISITAR
“quando se escuta esta música é possível
en.tchaikovsky-research.net
ver uma série de rostos selvagens, ouvir seu linguajar bárbaro e sentir o cheiro de bebida”. Talvez para ele, e para os vienenses da época, isso fizesse sentido. Para nós, não é nada mais que uma música divina e encantadora, com um sabor exótico de um mundo distante.
GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais Fabio Mechetti
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR REGENTE ASSOCIADO Marcos
PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla associado Ara Harutyunyan – Spalla assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch VIOLAS João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina
* principal
Arakaki
VIOLONCELOS Philip Hansen * Robson Fonseca *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Lina Radovanovic Lucas Barros William Neres CONTRABAIXOS Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano FLAUTAS Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS Alexandre Barros * Públio Silva *** Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva FAGOTES Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva
** principal associado
TROMPAS Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata TROMPETES Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado TROMBONES Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa TUBA Eleilton Cruz * TÍMPANOS Patricio Hernández Pradenas * PERCUSSÃO Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPAS Clémence Boinot **** Marcelo Penido **** TECLADOS Ayumi Shigeta *
*** principal assistente
**** músico convidado
GERENTE Jussan Fernandes INSPETORA Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira ARQUIVISTA Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM Rodrigo Castro MONTADORES André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Fernando Damata Pimentel
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS Angelo Oswaldo de Araújo Santos
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Antônio Andrade
SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS João Batista Miguel
Instituto Cultural Filarmônica
Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003
CONSELHO ADMINISTRATIVO PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman PRESIDENTE Roberto Mário Soares CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco Mauricio Freire Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena DIRETORIA EXECUTIVA DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé
DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez
MENSAGEIROS Bruno Rodrigues Douglas Conrado
EQUIPE TÉCNICA
EQUIPE ADMINISTRATIVA
JOVEM APRENDIZ Yana Araújo
GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho
SALA MINAS GERAIS
GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães GERENTE DE RECURSOS HUMANOS ASSESSORA DE Quézia Macedo Silva PROGRAMAÇÃO MUSICAL ANALISTAS Gabriela Souza ADMINISTRATIVOS João Paulo de Oliveira PRODUTORES Paulo Baraldi Luis Otávio Rezende Narren Felipe ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO SECRETÁRIA Marciana Toledo EXECUTIVA Mariana Garcia Flaviana Mendes Renata Gibson Renata Romeiro ASSISTENTE ADMINISTRATIVA ANALISTA DE Cristiane Reis MARKETING DE RELACIONAMENTO ASSISTENTE DE Mônica Moreira RECURSOS HUMANOS Vivian Figueiredo ANALISTAS DE MARKETING E RECEPCIONISTA PROJETOS Meire Gonçalves Itamara Kelly Mariana Theodorica AUXILIAR ADMINISTRATIVO ASSISTENTE DE Pedro Almeida MARKETING DE RELACIONAMENTO AUXILIARES DE Eularino Pereira SERVIÇOS GERAIS Ailda Conceição Rose Mary de Castro
GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia TÉCNICOS DE ÁUDIO E DE ILUMINAÇÃO Daniel Saavedra Rafael Franca ASSISTENTE OPERACIONAL Rodrigo Brandão
FORTISSIMO julho — nº 12 / 2017 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina Godinho Delgado EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale ILUSTRAÇÕES Mariana Simões FOTO DE CAPA Alexandre Rezende O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.
FILARMÔNICA ONLINE WWW.FILARMONICA.ART.BR Concertos — julho
Ensaios Abertos
DIAS 6 E 7, 20h30
Alguns ensaios da Filarmônica são abertos ao
ALLEGRO / VIVACE
público. Assim, você pode conhecer bem de pertinho
Liszt Stravinsky Tchaikovsky
parte do processo de preparação do concerto.
DIA 15, 18h
que pagam uma taxa de R$ 10. Os ingressos
A entrada é limitada a cerca de 120 pessoas,
FORA DE SÉRIE /
começam a ser vendidos seis dias antes do ensaio,
HAENDEL
na bilheteria e on-line. Assim como no
Haendel Brahms / Rubbra
momento do concerto, todos devem obedecer aos horários estipulados e o silêncio é essencial.
DIAS 20 E 21, 20h30
Os Ensaios Abertos acontecem sempre às quintas-feiras, das
10h às 13h.
PRESTO / VELOCE
Miranda Chopin Berlioz
DIA 29, 20h30 TURNÊ ESTADUAL /
Veja abaixo as próximas datas dos Ensaios Abertos e busque mais informações no site da Orquestra. Se você é Amigo da Filarmônica, consulte as condições do programa.
SABARÁ
20/07 Fabio Mechetti e Leonardo Hilsdorf
Elgar Berlioz Schubert J. Strauss Jr. Carlos Gomes Tchaikovsky Liszt Bizet
31/08 Marcos Arakaki e Lukás Vondrácek 05/10 Fabio Mechetti e Fabio Martino 30/11 Fabio Mechetti e Paulo Álvares Saiba mais em www.filarmonica.art.br/ concertos/ensaios-abertos.
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FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO Não são permitidas durante os concertos.
PONTUALIDADE Seja pontual. Após o terceiro sinal as portas de acesso à sala de concertos serão fechadas. APARELHOS CELULARES Não se esqueça de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho eletrônico. O som e a luz atrapalham a orquestra e o público. CUIDADOS COM A SALA Abaixe o assento antes de ocupar a cadeira. Também evite balançar-se nela, pois, além de estragá-la, você incomoda quem está na sua fila. APLAUSOS Deixe os aplausos para o final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.
Nos dias de concerto, apresente seu ingresso em um dos restaurantes parceiros e obtenha descontos especiais.
CONVERSA O silêncio é o espaço da música. Por isso, evite conversas ou comentários durante a execução das obras. CRIANÇAS Não é recomendável a presença de menores de 8 anos nos concertos noturnos. Caso traga crianças, escolha assentos próximos aos corredores para que você possa sair rapidamente se elas se sentirem desconfortáveis. COMIDAS E BEBIDAS Não são permitidas no interior da sala de concertos. TOSSE A tosse perturba a concentração. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
RUA PIUM-Í, 229
RUA JUIZ DE FORA, 1.257
RUA LUDGERO DOLABELA, 738
CRUZEIRO
SANTO AGOSTINHO
GUTIERREZ
COMUNICAÇÃO ICF
MANTENEDOR
PATROCÍNIO
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Sala Minas Gerais
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