Junho de 2017 | Presto e Veloce 5

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FORTISSIMO Nº 10

Presto Veloce

08 JUN 09 JUN

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VOCÊ ESTÁ AQ U I

2017


Penderecki entre nós

FOTO: ANDRÉ FOSSATI

O compositor e maestro polonês Krzysztof Penderecki é um artista essencial na criação musical contemporânea. Sua presença em Belo Horizonte mexeu com o público e com a Orquestra. Penderecki regeu a Filarmônica em um repertório que incluía duas obras suas, em primeira audição na cidade – Polymorphia e o Concerto para viola, com solo de Roberto Díaz.

Imagine o que era ser regido por Haydn há 200 anos ou por Brahms há 100. É assim que a gente se sente ao tocar com Penderecki. ROMMEL FERNANDES, ENTÃO SPALLA ASSISTENTE, ESTADO DE MINAS, 9 AGO 2012

1º mar

Abertura da quinta temporada

O heroísmo do artista

parte 2

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parte 1

O poema sinfônico autobiográfico Uma vida de herói, de Richard Strauss, sempre desafia uma orquestra. Ao executá-lo em seu quinto ano de vida, a Filarmônica desvelou a musicalidade que tinha construído até aquele momento e o potencial do que viria a ser. Uma interpretação cheia de significados.


017

FOTO: ADRIANO BASTOS

Turnê Estadual Uberlândia A plateia deste concerto em Uberlândia foi tão grande que a visão de um mar de gente tornou-se real. A regência foi do maestro Marcos Arakaki. Mais uma vez, as Turnês Estaduais mostraram-se essenciais no papel de formação e ampliação de público a que a Filarmônica se propõe.

17 jul

16 ago 7 ago

4 e 5 out

26 a 31 out

24 nov

29 nov

30 ago

FOTO: EUGÊNIO SÁVIO

Leon Fleischer e o Concerto para a mão esquerda Uma lenda do piano, o norte-americano Leon Fleisher veio interpretar o concerto composto por Ravel para o austríaco Paul Wittgenstein, que perdeu o braço direito na Primeira Guerra Mundial. Com regência de Fabio Mechetti, o programa foi repetido no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na série de Concertos Internacionais da Sala Cecília Meireles.

LINHA DO TEMPO — 5 de 12 Em cada programa de concerto das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce você encontra um pedacinho da nossa história. No fim do ano, teremos relembrado nosso percurso até a décima temporada.

23 dez


FOTO: RAFAEL MOTTA

Caros amigos e amigas,

A segunda metade do século XIX, na Europa, foi um período de grandes transformações políticas, sociais e culturais. O questionamento cada vez mais crescente das sociedades europeias com relação à decadência dos sistemas políticos e econômicos estabelecidos, associado às teorias existenciais de filósofos como Nietzsche e Schopenhauer, contribuiu para uma sensação de total desconforto que viria, anos mais tarde, desembocar nas grandes revoluções e guerras do século XX. Como a grande Arte não só retrata o momento, mas propõe uma


realidade melhor, foi através de obras

Wagner Polistchuk. O renascer

visionárias como O Crepúsculo dos

não é apenas uma possibilidade.

Deuses de Wagner, as sinfonias de

É sempre uma obrigação.

Mahler, Morte e Transfiguração de Richard Strauss que compositores

A alegria contagiante da Abertura

pressentiram o que estava por vir.

concertante de Guarnieri e a manifestação pura da perfeição no Concerto da

Essa visão de abandono e tragédia e

Coroação de Mozart, com Caio Pagano,

a busca de uma transformação para

conferem a esse programa uma

algo mais otimista e triunfal pode ser

experiência única, para entendermos a

sentida claramente nesta bela, embora

importância da Música em momentos

relativamente desconhecida, sinfonia

de dúvidas e desesperança.

do compositor polonês Karlowicz, executada nesta noite pela Filarmônica

Ficamos felizes por contribuir nesse

sob a regência do maestro convidado

sentido. Bom concerto a todos.

F A B I O M E C H E T T I Diretor Artístico e Regente Titular


Fabio Mechetti

FOTO: RAFAEL MOTTA

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR


Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico

Realizou diversos concertos no México,

e Regente Titular da Orquestra Filarmônica

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as

de Minas Gerais, sendo responsável pela

orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo

implementação de um dos projetos mais bem-

e Hiroshima. Regeu também a Orquestra

sucedidos no cenário musical brasileiro. Com

Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra

seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra

da Rádio e TV Espanhola em Madrid,

mineira nos cenários nacional e internacional

a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia,

e conquistou vários prêmios. Com ela,

e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu

regularmente na Escandinávia, particularmente

recentemente como Regente Principal

a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de

da Orquestra Filarmônica da Malásia,

Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua

tornando-se o primeiro regente brasileiro a

estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica

ser titular de uma orquestra asiática. Depois

de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra

de quatorze anos à frente da Orquestra

Sinfônica de Roma. Em 2016 estreou com

Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos,

a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica

de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras

Desta última é, agora, Regente Emérito.

de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com

Foi regente associado de Mstislav

artistas como Alicia de Larrocha, Thomas

Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Nacional de Washington e com ela dirigiu

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori,

concertos no Kennedy Center e no Capitólio

Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo

Fez sua estreia no Carnegie Hall de

a Ópera de Washington. No seu repertório

Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica

destacam-se produções de Tosca, Turandot,

de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras

Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte,

orquestras norte-americanas, como as de

La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro

Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix,

de Sevilha, La Traviata e Otello.

Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos

Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado

Estados Unidos, entre eles os de Grant Park

em Regência e em Composição pela

em Chicago e Chautauqua em Nova York.

prestigiosa Juilliard School de Nova York.


Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú Personnalité apresentam


Presto e Veloce 08 e 09 / JUN

WAG N ER P OL I STCHU K, regente convidado C A I O PAG AN O, piano

*

programa

CAMARGO GUARNIERI Abertura concertante

WOLFGANG AMADEUS MOZART Concerto para piano nº 26 em Ré maior, K. 537, “Coroação”

*

• Allegro • Larghetto • Allegretto

intervalo

MIECZYSLAW KARLOWICZ Sinfonia em mi menor, op. 7, “Renascer” • Andante • Andante non troppo • Vivace • Allegro maestoso


FOTO: MARCELO MATOS FOTO: AN DRÉ FOSSAT I


WAGNER POLISTCHUK

Regente principal da Orquestra Sinfônica

Zollmann, Andreas Spörri, Roberto Tibiriçá

da Universidade de São Paulo (Osusp)

e Kurt Masur. Destacou-se em concursos

em 2012-2014, o maestro brasileiro

como o Internacional de Trombones Giovani

Wagner Polistchuk foi diretor artístico da

Concertisti, Itália (1997); o V Concurso

Camerata Antiqua de Curitiba, regente

Latino-Americano de Regência Orquestral

adjunto da Sinfônica de Santo André e

(1998), obtendo o segundo lugar; o Concurso

também diretor artístico e regente titular

Internacional de Regência Prix Credit Suisse,

da Sinfônica da Universidade Estadual de

Suíça (2002); e o Concurso para Jovens

Londrina. Ele tem se apresentado à frente

Regentes Eleazar de Carvalho (2002),

de importantes orquestras brasileiras, como

do qual foi vencedor. Como regente tem dado

a Osesp, a Orquestra Sinfônica Brasileira,

atenção ao repertório contemporâneo, sendo

a Amazonas Filarmônica, as sinfônicas do

responsável pela estreia brasileira de obras

Theatro Municipal de São Paulo, da Bahia,

de compositores do século XX, como James

de Porto Alegre, do Teatro Nacional de

MacMillan, John Adams, Boris Tchaikovsky,

Brasília, do Mato Grosso e de São Bernardo

Gerald Finzi, Toru Takemitsu, John Corigliano,

do Campo. No exterior, dirigiu a Sinfônica de

Almeida Prado e Cláudio de Freitas.

Mendoza, Argentina; a Sinfônica Nacional e a Orquesta de La Ciudad de Los Reyes,

Wagner Polistchuk é artista representante

Peru; a Hermitage Orchester, na Suíça;

dos trombones Conn-Selmer. Seu

a Orquesta Sinfónica de la Universidad

CD Collectanea contém obras para

Autónoma de Nueva León, México;

trombone e piano de compositores

e a Filarmônicade Kielce, Polônia.

brasileiros, em primeiras gravações mundiais.

Atuou como regente stand-by na

Regendo a Camerata Antiqua de Curitiba

Turnê Brasil 2011 da Osesp, orquestra

gravou o CD Versos Brasileiros. De uma

em que ocupa a posição de trombone solo.

série de cinco CDs lançados pela Osusp, três são sob sua regência, incluindo obras

Especializou-se como solista na Alemanha

brasileiras com o pianista Marcelo Bratke.

com Branimir Slokar, um dos mais conceituados professores de trombone

Em 2014, além de atuar como regente

da atualidade. No Brasil, ao lado das

assistente do maestro Richard Armstrong

atividades como trombonista, iniciou

na produção de A Danação de Fausto de

estudos de regência, tendo como primeiro

Berlioz, com a Osesp, foi regente substituto

professor o maestro Eleazar de Carvalho.

short notice na temporada oficial da

Outros maestros contribuíram para a sua

Osesp com a obra Mandarim Maravilhoso

formação, como Dante Anzolini, Ronald

de Bartók, ambas na Sala São Paulo.


FOTO: ILSO MUNER FOTO: AN DRÉ FOSSAT I


CAIO PAGANO

Caio Pagano é pianista, concertista e

Trio Jacques Thibaud. Participa de festivais

pedagogo nascido em São Paulo. Formou-se

nos Estados Unidos, Europa e Brasil.

em Piano com Lina Pires de Campos na Escola Magda Tagliaferro, aprimorando-se em

Caio Pagano começou a lecionar ainda em

vários países com a própria Magda Tagliaferro,

São Paulo, nos Seminários Musicais da

Moises Makaroff, Sequeira Costa, Helena Costa,

Pró-Arte. Como professor da Universidade

Karl Engel e Conrad Hansen. É Doutor em

de São Paulo, criou a Bienal Internacional

Música pela Universidade Católica da

de Música. Nos Estados Unidos, foi professor

América, Estados Unidos. Estreou como

visitante da Universidade Cristã do Texas e da

solista com a Orquestra Sinfônica Brasileira

Lübeck Hochschule. Desde 1986 é professor

sob regência de Eleazar de Carvalho.

da Universidade do Estado do Arizona, onde recebeu o título de Professor Regente e criou

Atua intensamente na Europa, nas Américas

o Brazilian Arts Festival. Ele colabora com

e na Ásia, em recitais, com grupos de

várias instituições musicais em Portugal,

câmara e com orquestras como as sinfônicas

ministra masterclasses e é membro de

Brasileira, do Estado de São Paulo,

comitês de Doutorado em diferentes países.

de Baltimore, Nacional de Washington, Radio France, de Phoenix, as Nacionais

O músico integra júris de competições

da Guatemala, de Portugal e da República

internacionais em Portugal, Suíça, Singapura,

Tcheca, além das de Câmara de Zurique e da

Brasil, Estados Unidos e Panamá. Dentre

Holanda. Esteve sob a regência, entre outros,

as premiações que recebeu, destaca-se

dos maestros Morton Gould, John Neschling,

o Prêmio Eldorado de Música, tendo

Isaac Karabtchevsky, Sergiu Comissiona,

sido vencedor da sua segunda edição.

Clotilde Otranto, Jorge Sarmientos, Camargo Guarnieri, Paul Freeman, Ivo Cruz,

Caio Pagano é fundador do Avanti Fund,

Howard Griffiths e Szymon Goldberg.

instituição de caráter educacional promotora dos festivais de música e dos

Entre os locais nos quais se apresenta

concursos Steinway que ele preside.

destacam-se Alice Tully Hall, Kennedy Center, Wigmore Hall, Cultura Artística, Sala Cecília

Sua discografia conta com 25 títulos lançados

Meireles e Concertgebouw. Caio Pagano

por selos como Summit, Soundset, Deutsche

colabora com artistas como Maria João Pires,

Grammophon e Glissando. Desde 1990, é um

Emmanuele Baldini, Gérard Caussé, Pierre

artista Steinway. Caio Pagano é Comendador

Fournier, Janos Starker, Thomas Friedli, Albor

da Ordem do Ipiranga, título concedido

Rosenfeld, o Quarteto de St. Petersburgo e o

pelo Governo do Estado de São Paulo.


CAMARGO GUARNIERI

12 min

Abertura concertante

1942

Tietê, Brasil, 1907

Camargo Guarnieri, nascido em Tietê,

música dodecafônica no Brasil). Pode-se

estado de São Paulo, de pais músicos,

dizer que, após essa ruptura, houve

aos dezesseis anos foi buscar na capital

no Brasil uma separação nítida entre a

paulista melhores oportunidades para

corrente da música nacionalista e a da

sua formação musical. Em 1938, teve

música de vanguarda, que utilizava o

oportunidade de realizar estudos

atonalismo e a técnica dodecafônica.

musicais na França, com Charles Koechlin,

Guarnieri identificava-se com a

um importante professor de contraponto,

estética essencialmente nacionalista.

composição e instrumentação. No mesmo período, na França, procurou também

A partir da década de 1940,

orientação de Nadia Boulanger, figura

Guarnieri visitou os Estados Unidos

central da corrente musical neoclássica.

em diversas oportunidades, regendo suas obras; recebeu muitos prêmios

Em São Paulo, Guarnieri apresentou suas

e, dentre os compositores brasileiros,

primeiras obras a Mário de Andrade, um

tornou-se, com Villa-Lobos, um dos

dos mais importantes intelectuais da

mais executados no mundo.

época, que se tornou seu mentor. Mário foi um crítico severo das correntes musicais

A Abertura Concertante está dedicada ao

que não se alinhavam com o nacionalismo.

compositor norte-americano Aaron Copland.

Em seu Ensaio sobre a música brasileira,

Sua estreia se deu em 2 de junho de

discorre sobre as características de

1942, no Theatro Municipal de São

uma música genuinamente brasileira e

Paulo, sob a regência do maestro João

estabelece os elementos que deveriam

de Souza Lima. A peça, que apresenta

estar presentes nas composições,

características neoclássicas combinadas

para assegurar um cunho nacional.

a elementos rítmicos e harmônicos

A influência militante de Mário refletiu-se

nacionalistas, segue um esquema formal

na posição assumida publicamente por

de tipo ABA (rápido – lento – rápido).

Guarnieri por ocasião de sua ruptura com o compositor e professor Koellreutter,

Na parte inicial, o motivo principal retorna

em 1950 (Koellreutter foi o introdutor da

incessantemente, caracterizado por


Última apresentação desta obra — 29 jul 2010 Fabio Mechetti, regente

São Paulo, Brasil, 1993

um ritmo vigoroso. Está instrumentado com uníssono orquestral e pontuações do tímpano. No decorrer da seção, esse motivo retorna com variações de ritmo, instrumentação e harmonia. Há diversos diálogos entre grupos de instrumentos, impulsionando a música que gira ao redor de uma mesma ideia, mas que, a cada vez, é iluminada por uma coloração particular. Na parte central, lenta, surge um tema melódico com características modais, que se repete inúmeras vezes, sofrendo alterações sutis de harmonia e instrumentação. É interessante observar que esse tema é acompanhado, em contraponto, por variações lentas do motivo da parte inicial, o que demonstra a preocupação do compositor com a consistência formal. Particularmente interessante é o início dessa seção lenta, onde se ouve o ralentar do motivo inicial que mergulha, progressivamente, para o fundo da

INSTRUMENTAÇÃO 2 flautas, 2 oboés,

2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

PARA   O UVIR Orquestra Sinfônica da USP – Ronaldo Bologna, regente Acesse: fil.mg/gconcertanteusp PARA   A SSISTIR Orquestra

Sinfônica de Ribeirão Preto – Luis Gustavo Petri, regente Acesse: fil.mg/gconcertanterp PARA   L ER Flávio Silva (org.) –

Camargo Guarnieri: o tempo e a música – Funarte/Imprensa Oficial SP – 2001 Mariane Verhaalen – Camargo Guarnieri: expressões de uma vida – Editora da USP/Imprensa Oficial – 2001 Cesar Maia Buscacio – Americanismo e nacionalismo musicais na correspondência de Curt Lange e Camargo Guarnieri – Editora Ufop – 2010

textura, enquanto se inicia a melodia modal nos violinos, em terças paralelas. Após a segunda seção, o material inicial retorna sem alterações, a não ser em seu final, quando se ouve uma coda densa e brilhante.

ROGÉRIO VASCONCELOS Compositor e professor da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.


WOLFGANG AMADEUS MOZART Concerto para piano nº 26 em Ré maior, K. 537, “Coroação”

Salzburgo, Áustria, 1756

A 23 de setembro de 1790, Wolfgang

e não fornece indicações de andamento

Amadeus Mozart, seu cunhado

para o segundo e o terceiro movimentos –

violinista Franz de Paula Hofer e

respectivamente um ABA e um rondó-

um serviçal partiram em carruagem

sonata do tipo ABACBA, onde C

para Frankfurt am Main, onde o

corresponde ao desenvolvimento.

Grão-duque Leopoldo da Toscana seria eleito soberano do Sacro Império

O Coroação desfrutou de enorme

Romano-Germânico. A comitiva

prestígio durante o século XIX. Em

musical, liderada pelos mestres de

1935, Friedrich Blume considerou-o

capela de Mainz, Vincenzo Righini, e

“o mais conhecido e o mais executado”

de Viena, Antonio Salieri, não incluía

dos concertos para piano de Mozart.

Mozart e o cunhado, que viajavam

A situação mudaria ainda no segundo

às próprias custas. A sagração de

quartel do século XX. Em 1939, Cuthbert

Leopoldo II ocorreu a 9 de outubro e,

Gliderstone declarou-o “um dos mais

no final da manhã do dia 15, Mozart

pobres e vazios”. Georges de Saint-Fox

apresentou dois de seus concertos

(1939), Alfred Einstein (1945), Arthur

para piano e orquestra: o número 19,

Hutchings (1948), Jean-Victor Hocquard

em Fá maior, KV 459, e o número 26,

(1958), Eric Blom (1962), Jean e Brigitte

em Ré maior, KV 537. Ambos ficariam

Massin (1969), Denis Forman (1971)

conhecidos pelo nome “Coroação”.

e Philip Radcliffe (1978) prosseguiriam na mesma veia. A balança voltaria a

Em seu catálogo temático o compositor

pender para o outro lado nos anos 1970.

anota, em 24 de fevereiro de 1788:

Para Charles Rosen (1971) o KV 537

“Um concerto para piano em Ré maior –

é historicamente o mais progressista

com 2 violinos, viola e baixo. Flauta,

de todos os trabalhos de Mozart, pois

2 oboés, 2 fagotes, 2 trompas, 2 clarins

modifica o equilíbrio entre os aspectos

e tímpanos ad libitum”. Os esboços

harmônico e melódico, de tal modo

remontam a dezembro de 1786.

que a estrutura passa a depender,

O manuscrito autógrafo omite a mão

amplamente, da sucessão melódica,

esquerda em trechos da parte solista

enquanto a exuberância da figuração


28 min

1788 Viena, Áustria, 1791

virtuosística compensa a distensão das estruturas harmônica e rítmica. Para Simon Keefe (2001), ele representa uma tentativa de reinvenção do gênero Concerto através da justaposição abrupta de material harmônico contrastante; da supressão de confronto direto entre instrumento solista e forças orquestrais; da omissão de figurações solistas nos locais esperados e de sua transferência para pontos importantes de junção formal; e de disjunções temáticas e harmônicas inusitadas. Chris Goertzen (1991) observa que,

INSTRUMENTAÇÃO Flauta, 2 oboés,

2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

PARA   O UVIR CD W. A. Mozart –

Piano Concertos nos. 27 & 26 – Vienna Philharmonic Orquestra; Berlin Philharmonic Orchestra – Tamás Vásáry, piano e regência – Emil Gilels, piano – Deutsche Grammophon 429810-2 – 1979 Mozart – The Piano Concertos – The English Baroque Soloists – John Eliot Gardiner, regente – Malcom Bilson, fortepiano – 1989 Acesse: fil.mg/mcoroacao

diferentemente dos outros doze

PARA   A SSISTIR Orquestra de

concertos para piano da maturidade

Câmara Moscow Virtuosi – Vladimir Spivakov, regente – Aimi Kobayashi, piano | Acesse: fil.mg/mcoroacaomv

de Mozart, do KV 450 ao KV 595, o de número 26 incorporou um elaborado trabalho de instrumentação a fim de possibilitar sua realização quando apenas as cordas estivessem

PARA   L ER Norbert Elias – Mozart:

Sociologia de um gênio – Jorge Zahar Editor – 1994

disponíveis. Em 1788 Mozart já não conseguia os meios para dar continuidade a seus tradicionais concertos por subscrição em Viena, onde podia contar com exímios instrumentistas. A primeira execução documentada ocorreu na corte de Dresden, a 14 de abril de 1789.

CARLOS PALOMBINI Musicólogo, professor da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.


MIECZYSLAW KARLOWICZ Sinfonia em mi menor, op. 7, “Renascer”

Visneva, Lituânia, atual Bielorrúsia, 1876

Mieczyslaw Karlowicz foi, com

encontrar inspiração nos longos passeios

Karol Szymanowski (1882-1937),

de bicicleta, na fotografia e no esquiar

um dos mais talentosos compositores

na neve. Foi em um desses momentos,

poloneses do início do século XX. Sua

no dia 8 de fevereiro de 1909, enquanto

linguagem musical romântica, oriunda

esquiava nas Montanhas Tatra, próximo

da música de Wagner, Tchaikovsky, Grieg

à cidade de Zakopane, que Karlowicz

e Richard Strauss, emana das profundas

morreu tragicamente aos trinta e três

influências que recebeu ao longo de

anos, surpreendido por uma avalanche.

seus estudos em Heidelberg, Praga, Dresden, Berlim e Varsóvia. Nascido

A composição da Sinfonia Renascer,

na então Lituânia, mudou-se para

penúltima obra de seus chamados

Varsóvia aos onze anos, com a família.

anos de aprendizado, foi provavelmente iniciada em 1900, quando estudava

Frequentou alguns dos encontros

com Heinrich Urban, em Berlim.

da Polônia Jovem em música (mais

Em 12 de maio de 1902 ele terminou

tarde Cooperativa Editorial dos

a composição: “acabei de compor

Jovens Compositores Poloneses),

o último movimento da sinfonia,

um círculo de debates criado pelos

só me falta orquestrá-la...” (carta de

jovens compositores Karol Szymanowski,

Karlowicz para Feliks Starczewski).

Apolinary Szeluto, Grzegorz Fitelberg e

A primeira audição se deu em Berlim,

Ludomir Rózycki (o grupo integrava o

no dia 21 de março de 1903, em

famoso movimento Polônia Jovem, que

um concerto regido por Karlowicz e

abrangia toda a nova cultura polonesa no

inteiramente dedicado às suas obras.

período entre 1890 e o fim da Primeira

O programa incluía a abertura da

Guerra Mundial). Karlowicz jamais se

música incidental Bianca da Molena

sentiu à vontade nesse grupo de jovens

(op. 6), o Concerto para violino em

que buscavam um sentido estético para

Lá maior (op. 8), com Stanislaw Barcewicz

a música polonesa da época. Ele preferia

como solista, e a Sinfonia Renascer.


40 min

1902

Zakopane, Polônia, 1909

O primeiro movimento (Andante) da Sinfonia inicia-se triste e intenso. O primeiro tema se desenvolve a partir de um simples motivo de

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 3 flautas,

2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, cordas.

poucas notas que pode evocar uma onda que sobe e desce. O segundo tema é uma doce melodia executada pelo oboé. O segundo movimento (Andante non troppo), sereno, conserva um pouco da melancolia do primeiro, especialmente no belíssimo tema confiado ao violoncelo solo e, em seguida, aos primeiros violinos. A primeira seção do Scherzo (Vivace) é enérgica, bem ao espírito das melhores páginas de Tchaikovsky. A seção central nos brinda com mais uma melodia

PARA   O UVIR CD Mieczyslaw

Karlowicz – Rebirth Symphony, op. 7; Bianca da Molena, op. 6 – Warsaw Philharmonic Orchestra – Antoni Wit, regente – Naxos – 2011 Orquestra da Rádio Polonesa – Lukasz Borowicz, regente Acesse: fil.mg/krenascer PARA   L ER Alistair Wightman –

Karlowicz, Young Poland and the Musical Fin-de-siècle – Scolar Press – 1996

é inteiramente variada. Ao final,

Luca Sala (ed.) – European fin-de-siècle and Polish Modernism: the music of Mieczyslaw Karlowicz – Ut Orpheus Edizioni – 2010

uma breve transição nos conduz,

PARA   V ISITAR

sem pausas, ao quarto movimento

www.karlowiczstillalive.eu

intensa de caráter inequivocamente polonês. A volta da primeira seção

(Allegro maestoso), com seu primeiro tema – de uma enorme vivacidade – executado por toda a orquestra, e o segundo tema, meditativo, apresentado pelo oboé. Uma coda trepidante encerra a Sinfonia.

GUILHERME NASCIMENTO  Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.


Orquestra Filarmônica de Minas Gerais Fabio Mechetti

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR REGENTE ASSOCIADO  Marcos

PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla associado Ara Harutyunyan – Spalla assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch VIOLAS João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina

* principal

Arakaki

VIOLONCELOS Philip Hansen * Robson Fonseca *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Lina Radovanovic Lucas Barros William Neres CONTRABAIXOS Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano FLAUTAS Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS Alexandre Barros * Públio Silva *** Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

TROMPAS Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata TROMPETES Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado TROMBONES Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa TUBA Eleilton Cruz * TÍMPANOS Patricio Hernández Pradenas *

INSPETORA Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira ARQUIVISTA Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM Rodrigo Castro MONTADORES André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

PERCUSSÃO Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira TECLADOS Ayumi Shigeta *

FAGOTES Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva

** principal associado

GERENTE Jussan Fernandes

*** principal assistente

GUARNIERI Editorial: AMP (M.S.C.) Representante exclusivo: Barry Editorial


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Fernando Damata Pimentel

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Antônio Andrade

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS João Batista Miguel

Instituto Cultural Filarmônica

Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003

CONSELHO ADMINISTRATIVO PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman PRESIDENTE Roberto Mário Soares CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco Mauricio Freire Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena DIRETORIA EXECUTIVA DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé

DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez

MENSAGEIROS Bruno Rodrigues Douglas Conrado

EQUIPE TÉCNICA

EQUIPE ADMINISTRATIVA

JOVEM APRENDIZ Yana Araújo

GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho

SALA MINAS GERAIS

GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães GERENTE DE RECURSOS HUMANOS ASSESSORA DE Quézia Macedo Silva PROGRAMAÇÃO MUSICAL ANALISTAS Gabriela Souza ADMINISTRATIVOS João Paulo de Oliveira PRODUTORES Paulo Baraldi Luis Otávio Rezende Narren Felipe ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO SECRETÁRIA Marciana Toledo EXECUTIVA Mariana Garcia Flaviana Mendes Renata Gibson Renata Romeiro ASSISTENTE ADMINISTRATIVA ANALISTA DE Cristiane Reis MARKETING DE RELACIONAMENTO ASSISTENTE DE Mônica Moreira RECURSOS HUMANOS Vivian Figueiredo ANALISTAS DE MARKETING E RECEPCIONISTA PROJETOS Meire Gonçalves Itamara Kelly Mariana Theodorica AUXILIAR ADMINISTRATIVO ASSISTENTE DE Pedro Almeida MARKETING DE RELACIONAMENTO AUXILIARES DE Eularino Pereira SERVIÇOS GERAIS Ailda Conceição Rose Mary de Castro

GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia TÉCNICOS DE ÁUDIO E DE ILUMINAÇÃO Daniel Saavedra Rafael Franca ASSISTENTE OPERACIONAL Rodrigo Brandão

FORTISSIMO junho — nº 10 / 2017 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina Godinho Delgado EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale ILUSTRAÇÕES Mariana Simões FOTO DE CAPA Eugênio Sávio O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.


FILARMÔNICA ONLINE WWW.FILARMONICA.ART.BR Concertos — junho DIA 3, 20h

Prezado (a) assinante, amigo (a) e ouvinte,

TURNÊ ESTADUAL / NOVA LIMA

Ao apresentar o ingresso do concerto desta

DIAS 8 E 9, 20h30

Filarmônica, você ganha benefícios especiais.

PRESTO / VELOCE

HAUS MÜNCHEN Você compra um prato e ganha

Guarnieri Mozart Karlowicz

DIA 11, 11h JUVENTUDE / ERA UMA VEZ O MACABRO

Mussorgsky Offenbach Saint-Saëns Dukas

noite em um dos restaurantes parceiros da

outro de igual ou menor valor. Rua Juiz de Fora, 1.257 – Santo Agostinho (31) 3291-6900 VERANO GOURMET Você ganha 10% de desconto no valor final da sua conta e do seu acompanhante. Rua Ludgero Dolabela, 738 – Gutierrez (31) 2514-9927

DIA 13, 18h PRAÇA / UFMG

DIA 17, 18h FORA DE SÉRIE / BARROCO MINEIRO

M. Portugal Dias de Oliveira Lobo de Mesquita Nunes Garcia

DIAS 22 E 23, 20h30 PRESTO / VELOCE

AU BON VIVANT Você ganha 15% de desconto no valor final da sua conta e do seu acompanhante. Rua Pium-í, 229 – Cruzeiro (31) 3227-7764 Bom apetite! Saiba mais em www.filarmonica.art.br/ concertos/ingressos.

Grieg Bruckner

DIA 30, 15h E 20h TURNÊ

Válido apenas para o jantar, no mesmo dia do concerto. Benefícios não cumulativos com outras promoções.

ESTADUAL / PARACATU

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos CONHEÇA TODAS  AS APRESENTAÇÕES

filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica


para  melhor apreciar  um  concerto

COMIDAS E BEBIDAS Não são permitidas no interior da sala de concertos.

PONTUALIDADE Seja pontual. Após o terceiro sinal as portas de acesso à sala de concertos serão fechadas. APARELHOS CELULARES Não se esqueça de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho eletrônico. O som e a luz atrapalham a orquestra e o público. CUIDADOS COM A SALA Abaixe o assento antes de ocupar a cadeira. Também evite balançar-se nela, pois, além de estragá-la, você incomoda quem está na sua fila. APLAUSOS Deixe os aplausos para o final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso em um dos restaurantes parceiros e obtenha descontos especiais.

FOTOS  E  G RAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  V ÍDEO Não são permitidas durante os concertos. CONVERSA O silêncio é o espaço da música. Por isso, evite conversas ou comentários durante a execução das obras. CRIANÇAS Não é recomendável a presença de menores de 8 anos nos concertos noturnos. Caso traga crianças, escolha assentos próximos aos corredores para que você possa sair rapidamente se elas se sentirem desconfortáveis. TOSSE A tosse perturba a concentração. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.


COMUNICAÇÃO ICF

MANTENEDOR

PATROCÍNIO MÁSTER

APOIO INSTITUCIONAL

DIVULGAÇÃO

REALIZAÇÃO

Sala Minas Gerais

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030

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