Agosto/Setembro de 2017 | Presto e Veloce 8

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FORTISSIMO Nº 16

Presto Veloce

31 AGO 01 S E T

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VOCÊ ESTÁ AQ U I

2017


Última temporada no Palácio das Artes

FOTO: RAFAEL MOTTA

Este foi o ano de despedida do Grande Teatro, que abrigou a aurora da Filarmônica. Após sete temporadas, 132 artistas convidados, 437 obras e um público de 221.981 pessoas, a Orquestra seguiu seu destino rumo à Sala Minas Gerais.

25 fev

A montagem do Giramundo Teatro de Bonecos para a amada peça de Prokofiev já é um clássico das artes cênicas de Minas Gerais. Com ela, a Filarmônica conheceu novas parcerias no palco, uma experiência da mais pura emoção, com regência do maestro Marcos Arakaki em cinco concertos para 6.374 pessoas.

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FOTO: ALEXANDRE REZENDE

Pedro, o lobo, Giramundo e Filarmônica


017

Para comemorar os 150 anos desse singular compositor que criou uma obra tanto vasta quanto plural, dez peças foram interpretadas em três concertos que contaram com a presença do pianista Arnaldo Cohen, da soprano Adriane Queiroz e do trompista Szabolcs Zempléni, dirigidos pelo maestro Fabio Mechetti.

FOTO: RAFAEL MOTTA

Festival Richard Strauss

Primeiro Ensaio Experimental na Sala Minas Gerais Em meio a poeira e expectativa, a Orquestra subiu ao palco da Sala Minas Gerais pela primeira vez. Ao vivenciar uma acústica tão esperada, maestros, músicos e público sentiram crescer o desejo de ocupar o novo espaço. No repertório, dirigido por Fabio Mechetti, não poderia faltar o Hino Nacional Brasileiro, acompanhado de Carlos Gomes, Guarnieri e Tchaikovsky.

3, 15 e 24 jul

13 dez 10, 11 e 12 out

17, 18 e 19 out

Parceria com o Grupo Corpo A Filarmônica foi convidada a gravar a primeira obra orquestral criada especialmente para o Grupo Corpo, trilha do espetáculo que celebrou os quarenta anos da companhia. Dança Sinfônica, de Marco Antônio Guimarães, editada em CD, traz também a sonoridade do grupo Uakti. A Orquestra foi regida por Fabio Mechetti.

LINHA DO TEMPO — 8 de 12 Em cada programa de concerto das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce você encontra um pedacinho da nossa história. No fim do ano, teremos relembrado nosso percurso até a décima temporada.


FOTO: RAFAEL MOTTA

Caros amigos e amigas,

Um dos mais importantes concursos internacionais de música revela, a cada ano, um jovem instrumentista que combina a maturidade de um artista formado com a potencialidade de um jovem que embarca numa carreira global. Esse concurso é o Rainha Elisabete da Bélgica. E seu último vencedor foi o pianista da


República Tcheca, Lukás Vondrácek.

Bruckner (dentro de sua linguagem

Sob a regência de nosso regente

romântica), a neoclássica Sinfonia em Dó

associado Marcos Arakaki, ele

de Stravinsky (como uma contemporânea

interpretará a famosa Rapsódia sobre

homenagem a um dos períodos mais

um tema de Paganini, de Rachmaninov.

ricos da história da música) e a alegria contagiante das valsas contidas na ópera

Três outras peças de imenso contraste

O cavaleiro da rosa de Richard Strauss.

terão sua primeira interpretação pela Filarmônica: a solene Abertura de

Um excelente concerto a todos.

F A B I O M E C H E T T I Diretor Artístico e Regente Titular


Fabio Mechetti

FOTO: EUGÊNIO SÁVIO

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR


Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico

Realizou diversos concertos no México,

e Regente Titular da Orquestra Filarmônica

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as

de Minas Gerais, sendo responsável pela

orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo

implementação de um dos projetos mais bem-

e Hiroshima. Regeu também a Orquestra

sucedidos no cenário musical brasileiro. Com

Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra

seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra

da Rádio e TV Espanhola em Madrid,

mineira nos cenários nacional e internacional

a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia,

e conquistou vários prêmios. Com ela,

e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu

regularmente na Escandinávia, particularmente

recentemente como Regente Principal

a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de

da Orquestra Filarmônica da Malásia,

Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua

tornando-se o primeiro regente brasileiro a

estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica

ser titular de uma orquestra asiática. Depois

de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra

de quatorze anos à frente da Orquestra

Sinfônica de Roma. Em 2016 estreou com

Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos,

a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica

de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras

Desta última é, agora, Regente Emérito.

de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com

Foi regente associado de Mstislav

artistas como Alicia de Larrocha, Thomas

Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Nacional de Washington e com ela dirigiu

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori,

concertos no Kennedy Center e no Capitólio

Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo

Fez sua estreia no Carnegie Hall de

a Ópera de Washington. No seu repertório

Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica

destacam-se produções de Tosca, Turandot,

de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras

Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte,

orquestras norte-americanas, como as de

La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro

Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix,

de Sevilha, La Traviata e Otello.

Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos

Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado

Estados Unidos, entre eles os de Grant Park

em Regência e em Composição pela

em Chicago e Chautauqua em Nova York.

prestigiosa Juilliard School de Nova York.


Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú Personnalité apresentam


Presto e Veloce 31 AGO e 1º SET

M AR COS A R A KA K I , regente LUK Á S VO N D R ÁCEK, piano

*

programa

ANTON BRUCKNER Abertura em sol menor

IGOR STRAVINSK Y Sinfonia em Dó • Moderato alla breve • Larghetto concertante • Allegretto • Adagio

intervalo

SERGEI RACHMANINOV Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43

RICHARD STRAUSS O cavaleiro da rosa, op. 59: Primeira sequência de valsas

*


FOTO: RAFAEL MOTTA


MARCOS ARAKAKI

Marcos Arakaki é Regente Associado da

Ricardo Castro, Rachel Barton Pine, Chloë

Filarmônica de Minas Gerais e colabora

Hanslip, Luíz Filíp, Günter Klauss, Eddie

com a Orquestra desde 2011. Sua trajetória

Daniels, David Gerrier e Yamandu Costa.

artística é marcada por prêmios como o do 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho

Por quatro temporadas, foi regente assistente

para Jovens Regentes, promovido pela

da Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi

Orquestra Petrobras Sinfônica em 2001,

regente titular da OSB Jovem, recebendo

e o Prêmio Camargo Guarnieri, concedido

grande reconhecimento da crítica e do

pelo Festival Internacional de Campos do

público por sua reestruturação, e da

Jordão em 2009, ambos como primeiro

Orquestra Sinfônica da Paraíba.

colocado. Foi também semifinalista no 3º Concurso Internacional Eduardo Mata,

Natural de São Paulo, Marcos Arakaki é

realizado na Cidade do México em 2007.

Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista, na classe de Violino do

Marcos Arakaki tem dirigido outras

professor Ayrton Pinto; em 2004 concluiu

importantes orquestras no Brasil e no

o mestrado em Regência Orquestral pela

exterior. Estão entre elas as orquestras

Universidade de Massachusetts, Estados

sinfônicas Brasileira (OSB), do Estado de

Unidos. Participou do Aspen Music

São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional

Festival and School (2005), recebendo

Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas,

orientações de David Zinman na American

do Espírito Santo, da Paraíba, da

Academy of Conducting at Aspen, nos

Universidade de São Paulo, a Filarmônica

Estados Unidos. Também esteve em

de Goiás, Petrobras Sinfônica, Orquestra

masterclasses com os maestros Kurt Masur,

Experimental de Repertório, orquestras

Charles Dutoit e Sir Neville Marriner.

de Câmara da Cidade de Curitiba e da Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras. No

Nos últimos dez anos, Marcos Arakaki

exterior, dirigiu a Filarmônica de Buenos

tem contribuído de forma decisiva para a

Aires, Sinfônica de Xalapa, Filarmônica

formação de novas plateias, por meio de

da Universidade Autônoma do México,

apresentações didáticas, bem como para a

Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e a Boshlav

difusão da música de concertos através de

Martinu Philharmonic da República Tcheca.

turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua, ainda, como coordenador pedagógico,

Arakaki tem acompanhado importantes

professor e palestrante em diversos projetos

artistas, como Gabriela Montero, Sergio

culturais, instituições musicais, universidades

Tiempo, Anna Vinnitskaya, Sofya Gulyak,

e conservatórios de vários estados brasileiros.


FOTO: IRENE KIM


LUKÁS VONDRÁCEK

Lukás Vondrácek fez sua primeira aparição

incluindo performances com as orquestras

pública aos quatro anos de idade. Em 2002,

West Australian e Sydney Symphony.

aos quinze anos, estreou profissionalmente com a Orquestra Filarmônica Tcheca, sob a

Lukás também apresentou-se em recitais no

regência de Vladimir Ashkenazy. Com eles,

Wigmore Hall de Londres, Carnegie Hall

no ano seguinte, realizou turnê pelos Estados

de Nova York, Tonhalle de Zurique,

Unidos. Musicalidade natural, autoconfiança,

Konzerthaus de Viena, Concertgebouw de

além de uma habilidade técnica notável, há

Amsterdã, Casa da Música no Porto, Palais

muito marcam Vondrácek como um músico

des Beaux Arts de Bruxelas, dentre outros.

talentoso e maduro. Entre os maestros conceituados com os quais já trabalhou estão

Em 2016, Lukás Vondrácek venceu um

Paavo Järvi, Gianandrea Noseda, Marin Alsop,

dos mais importantes concursos musicais

Christoph Eschenbach, Zdenek Mácal, Pietari

do mundo, o Rainha Elisabeth da Bélgica.

Inkinen, Vasily Petrenko, Michal Nesterowicz,

Ele também foi primeiro colocado nas

Jakub Hrusa, Christoph Poppen, Anu Tali,

competições internacionais Hilton Head,

Han-Na Chang e Xian Zhang.

San Marino e Unisa, além de receber o Raymond E. Buck Jury Discretionary Award

Na temporada 2016/2017, Vondrácek

do concurso Van Cliburn.

apresentou-se em concertos com as sinfônicas de Praga, da Rádio de Praga, Filarmônica

Após estudos na Academia de Música

Tcheca, Filarmônica de Luxemburgo, de

de Katowice, Polônia, e no Conservatório

Gran Canaria, Filarmônica de Oslo e

de Viena, Lukás Vondrácek obteve um

Sinfônica de Nova Jersey. Seu trabalho

Artist Diploma no New England Conservatory,

se estende a vários conjuntos de renome,

Estados Unidos, sob a tutela de Hung-Kuan

como as orquestras filarmônicas de Londres,

Chen, formando-se com honras em 2012.

de São Petersburgo e Royal Liverpool; as orquestras Philharmonia e Gulbenkian;

Sua primeira gravação comercial, um álbum

as sinfônicas Wiener Symphoniker,

solo pela Octavia Records, com obras de

Tonhalle-Orchester Zürich, Deutsches

Mendelssohn, Liszt, Janácek e Dohnányi,

Symphonie-Orchester Berlin, NDR, NHK,

foi lançado em 2004. O segundo, com

de Cincinnati e Nacional de Washington.

obras de Haydn, Rachmaninov e Prokofiev,

Em um de seus trabalhos mais recentes,

saiu em 2012, pela TwoPianists Records.

Vondrácek realizou turnê pela Espanha,

O disco mais recente, com obras de

com a Orquesta Sinfônica de Euskadi e o

Brahms, intitulado Im Gläsernen Schloss,

maestro Michal Nesterowicz, e pela Austrália,

foi lançado em 2013, sob o selo ORF.


ANTON BRUCKNER

12 min

Abertura em sol menor

Ansfelden, Áustria, 1824

Essa estranha figura que vive todo

agregam todos os registros. Os extensos

o século XIX é mais moderna do

desenvolvimentos de suas sinfonias

que aparenta. Anton Bruckner foi

têm uma conotação quase metafísica...

elevado, a contragosto, à categoria

exalam um odor de eternidade em que o

de inaugurador de uma escola...

tempo não conta no diálogo com Deus.

Assim como Brahms. Partidários de um e de outro opuseram-nos em vida.

Na sua linguagem, a herança de

O classicismo das sinfonias de ambos

Beethoven e Schubert imiscui-se

é animado por um sopro indubitavelmente

da música de Wagner, que é

romântico, mas o de Bruckner se alinha

determinante em sua escrita orquestral,

mais com a tradição vienense, pela

sem, no entanto, fazê-la perder a

franqueza melódica, cuja acessibilidade

originalidade. Fato é que, com isso,

o deixa mais livre e mais ousado.

Bruckner acaba sendo adotado pela

Há quem diga que Bruckner tenha

modernidade, que o alça a uma

uma importância histórica mesmo

espécie de lugar paradigmático.

maior que a de Brahms: sua obra se situa em um estágio capital

O compositor da Abertura em sol menor,

entre Mahler e o Schubert da

no entanto, é relativamente diverso

Grande Sinfonia em Dó maior.

do compositor das extensas nove sinfonias (na verdade, o número real

Sua vida e sua obra são todas guiadas

conta onze, sendo que duas são obras

pela fé, inquebrantável, devota, que

de juventude, assim como a Abertura).

é a sua fonte maior. Organista, sua

Sintético, quase clássico, é ainda a

obra sinfônica remete não raro à

um jovem compositor que se ouve

sonoridade do órgão romântico, seja

(a despeito dos seus trinta e oito anos),

pela disposição homogênea de famílias

anterior à primeira sinfonia, cuja herança

instrumentais, seja pelos cheios que

beethoveniana é inquestionável.


1862/1863

Viena, Áustria, 1896

Ainda em Linz, estudando com Otto Kitzler, Bruckner compõe, em 1862, suas quatro primeiras obras orquestrais. A obra seguinte, composta entre 1862 e 1863, ainda sob a orientação de Kitzler, foi a Abertura em sol menor.

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, flauta,

2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, cordas. EDITORA Universal Edition

Publicada e estreada somente em 1921, em Kolsterneuburg, Áustria, sob a batuta de Franz Moissl, a obra sofreu algumas alterações a partir de sua concepção, sempre orientadas por Kitzler. Vê-se, com isso, o Bruckner histórico, quase anedótico: um homem de origem camponesa, que se cria sem

PARA   O UVIR CD Bruckner –

Symphony No. 0; Overture in G minor – Radio-SymphonieOrchester Berlin – Riccardo Chailly, regente – Decca – 1989 PARA   L ER Crawford Howie;

Paul Hawkshaw; Timothy Jackson – Perspectives on Anton Bruckner – Routledge – 2017

cultura (o que, do ponto de vista livresco, não deixa de ser verdade), cuja tenacidade no trabalho (sempre reverente a seus mestres) e cujo instinto o alçaram a um lugar de importância fundamental na história da música. Do Bruckner da Abertura em sol menor ao Bruckner do Requiem em ré menor ou do Te Deum há um grande espaço... Mas ele não é vácuo. O resultado de um é fruto do trabalho do outro.

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.


IGOR STRAVINSK Y Sinfonia em Dó

Oranienbaum, atual Lomonosov, Rússia, 1882

A estreia do bailado O pássaro de fogo

Octeto (1923), a ópera Oedipus rex (1927),

na Ópera de Paris em 25 de junho

os bailados Apollon musagète (1928) e

de 1910 transformou o compositor

Le baiser de la fée (1928), o Capricho (1929),

russo Igor Stravinsky em celebridade

a Sinfonia dos Salmos (1930), o Concerto

aos 28 anos de idade. Ao prolongar

para violino (1931), o bailado Perséphone

sua estada no Ocidente, ele deixava

(1934) e o Concerto em mi bemol (1938).

para trás o círculo do falecido RimskyKorsakov e uma tradição em declínio

Os primeiros esboços do que viria a

para inserir-se no cerne de um meio

ser a Sinfonia em Dó foram anotados

sofisticado, onde era tratado como

num caderno de hotel em Evanston,

igual. Os bailados Petrushka em 1911

Illinois, em 3 de março de 1937, durante

e A Sagração da Primavera em 1913

a terceira turnê do compositor pelos

estabeleceram sua reputação.

Estados Unidos. Ele os retoma durante o outono de 1938 no apartamento da

Durante a Primeira Guerra o

rua do Faubourg Saint-Honoré, em

compositor refugia-se na Suíça,

Paris, quando sua vida doméstica

onde compõe Renard (1916),

começa a desintegrar-se: a filha

História do Soldado (1918) e dá início

Ludmila morre em 30 de novembro,

a As Bodas (1923). Em 1920 ele retorna

seguida pela esposa Catarina em 2 de

à França com o bailado Pulcinella,

março de 1939, ambas vitimadas pela

no qual remodela obras de Pergolesi

tuberculose. Stravinsky interna-se por

e outros autores com harmonias novas,

cinco meses na clínica de Sancellemoz,

deslocamentos métricos e orquestrações

Suíça, diante do Monte Branco, onde

condimentadas. Em 1922 a ópera Mavra

conclui os dois primeiros movimentos.

abre um neoclassicismo particular no

Em 7 de junho de 1939 ele perde a mãe.

qual decisões de estilo e linguagem

Dos Alpes, escreve: “Minha casa, minha

tornam-se tão relevantes quanto

família está destruída – já nada tenho

decisões de forma e material –

a fazer em Paris...” E deixa a clínica

formalismos modernos a interrogar

na véspera da declaração de guerra.

formas tradicionais. Seguem-se o

Na Alemanha, passara a ser tido por


30 min

1940

Nova York, Estados Unidos, 1971

etnicamente judeu e artisticamente degenerado; na França, a crítica já não lhe era favorável; e por toda a Europa, os concertos rareavam. Três semanas mais tarde, após depositar seus manuscritos num

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo,

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, cordas. EDITORA Schott Music

Representante exclusivo: Barry Editorial

banco, ele embarca no S. S. Manhattan para a quarta turnê norte-americana, que se inicia com um ciclo de palestras na Universidade de Harvard. Vera Sudeykina, sua amante desde 1921, chega em janeiro de 1940, e eles se casam em Boston para satisfazer os costumes locais. Em abril Stravinsky

PARA   O UVIR CD Stravinsky –

Symphonies – Chicago Symphony Orchestra – Sir Georg Solti, regente – Decca – 1999 Chicago Symphony Orchestra – Sir Georg Solti, regente Acesse: fil.mg/ssinfcso

completa a Sinfonia em Dó, dedicada

PARA   A SSISTIR Orchestra Sinfonica

à Sinfônica de Chicago por ocasião de

di Roma – Matthias Manasi, regente Acesse: fil.mg/ssinfosr

seu quinquagésimo aniversário, para estreá-la em 7 de novembro. O casal

PARA   L ER Igor Stravinski e Robert

compra casa em West Hollywood,

Craft – Conversas com Igor Stravinski – Perspectiva – 1984

onde passa a residir em abril de 1941. A Sinfonia em Dó parte da imagem da sinfonia clássica e paga tributo a suas formas e procedimentos, mas faz algo em essência diferente: dar prosseguimento aos métodos de Stravinsky num exercício de modelagem que toma uma ideia forte por ponto de partida de uma jornada criativa pessoal.

CARLOS PALOMBINI Musicólogo, professor da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.


SERGEI RACHMANINOV

22 min

Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43

Oneg, Rússia, 1873

Em “conversas” com Robert Craft, depois

comovente. É certo que a linguagem de

transformadas em livro, o compositor

Rachmaninov parece ignorar os caminhos

Igor Stravinsky dá um depoimento um

abertos por Debussy desde o final do

tanto anedótico e no mínimo curioso

século XIX e permanece ligada às formas

sobre Rachmaninov: “Lembro-me das

tradicionais e às técnicas de composição

primeiras composições de Rachmaninov.

herdadas do Romantismo. No entanto,

Eram ‘aquarelas’, canções e peças para

ele foi, antes de tudo, um pianista.

piano influenciadas por Tchaikovsky.

A parcela mais importante de sua obra,

Depois, aos vinte e quatro anos,

dedicada ao piano, o atesta. Essa ligação

voltou-se para a ‘pintura a óleo’,

visceral com o seu instrumento o faz

e tornou-se, na verdade, um compositor

adotar uma estética ultrarromântica, que

velho. Não se pensa, porém, que eu vá

leva a graus exponenciais o tratamento

desprezá-lo por isso. Ele era, como já

pianístico, transcendendo (e às vezes

disse, um homem apavorante e, além

superando, à sua maneira), inclusive,

do mais, há muitos outros para serem

as grandes investidas de Liszt. À parte

desprezados antes dele. [...] E ele era

as pequenas obras para piano, nota-se

o único pianista que jamais encontrei

esse “pianismo ultrarromântico”

que não fazia caretas. Isto já é muito”.

sobretudo em seus concertos para piano e na celebrada Rapsódia sobre

Este depoimento, dado por um

um tema de Paganini, op. 43.

compositor engajado com as mudanças revolucionárias por que passa a música

Composta em 1934, esta obra foi estreada

no século XX, traduz bem a figura de

no mesmo ano em Baltimore, Estados

Rachmaninov no contexto musical

Unidos, pela Orquestra da Filadélfia,

contemporâneo: aos artistas criadores e

sob a regência de Leopold Stokowski,

aos musicólogos, em sua grande maioria,

tendo como solista o próprio compositor.

sua obra não causa entusiasmo ou

Trata-se de uma obra concertante, para

desprezo. Por outro lado, aos intérpretes

piano e orquestra, constituída de vinte

e ao público em geral, ela soa atraente

e quatro variações sobre o tema do

e desafiadora... Por vezes, mesmo

vigésimo quarto Capricho de Paganini


Última apresentação desta obra — 12 abr 2012 Fabio Mechetti, regente | Conrad Tao, piano

1934 Beverly Hills, Estados Unidos, 1943

(composto para violino solo). A figura mítica de Paganini, que ajudou a moldar a mentalidade romântica, transparece em suas obras, de grande dificuldade, cujo exemplo mais célebre são justamente os vinte e quatro Caprichos. De alguns deles,

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo,

2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas. EDITORA Edition Tair

Schumann e Liszt fizeram transcrições para piano, e Brahms elaborou, com o tema principal do último, duas séries de variações para piano. É nessa mesma tradição romântica que Rachmaninov compõe sua Rapsódia, op. 43. Na obra, notam-se três seções distintas: a primeira, fundamentada no tema original; a segunda, que começa a partir da sétima variação, é marcada pela exposição de um tema extraído de cantochão, que evoca um trecho do Dies Irae, da missa para os defuntos; a terceira, que começa com a décima terceira variação, se

PARA   O UVIR CD Franck-

Rachmaninoff-Ravel – Cleveland Orchestra – George Szell, regente – Leon Fleisher, piano – CBS – 1989 PARA   A SSISTIR Orchestra Sinfonia

Nazionale della RAI – Eliahu Inbal, regente – Lilya Zilberstein, piano Acesse: fil.mg/rpaganini PARA   L ER Sergei Bertensson e

Jay Leyda – Sergei Rachmaninoff: a lifetime in music – Indiana University Press – 2001 Igor Stravinski e Robert Craft – Conversas com Igor Stravinski – Perspectiva – 1984

fundamenta na inversão do tema original. A obra termina, depois de um crescendo contínuo, com o retorno do tema original e do Dies Irae, antes expostos. A Rapsódia, op. 43, de Rachmaninov constitui amostragem clara de seu pianismo e de sua linguagem, merecendo, por isso mesmo, a atenção e entusiasmo de seus intérpretes e de seu público.

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.


RICHARD STRAUSS

13 min

O cavaleiro da rosa, op. 59: Primeira sequência de valsas

Munique, Alemanha, 1864

O cavaleiro da rosa (Der Rosenkavalier)

uma série de situações cômicas tem

é um tributo a Mozart. Trata-se da

início, quando eles tentam, a todo

quinta ópera de Richard Strauss e

custo, esconder de todos o seu amor.

sua segunda parceria com Hugo von

Ao final, o romance é descoberto,

Hofmannsthal, escritor e dramaturgo

e a ópera termina com um belíssimo

vienense. A música é uma fusão do

trio cantado por Octavian, Sophie

estilo refinado de Strauss com a

e a Marechala, sendo que esta

leveza mozartiana, com espaço para

última cede o amante à rival,

vários momentos da encantadora

para que possam ser felizes.

valsa vienense. A ação se dá na Viena do século XVIII. A princesa Maria

Der Rosenkavalier foi composta nos anos

Teresa von Werdenberg (conhecida

1909 e 1910. A primeira apresentação

como Marechala, pelo seu casamento

se deu na Ópera de Dresden, no dia

com o Marechal von Werdenberg), na

26 de janeiro de 1911, sob a regência

casa dos trinta, tem um caso com o

de Ernst von Schuch. O sucesso

jovem Octavian, um jovem cavaleiro

foi tão grande que, nos anos que

de família nobre (cantado por uma

se seguiram à estreia, a ópera foi

mezzo-soprano, assim como o

apresentada nos principais teatros

Cherubino, de As bodas de Fígaro,

da Europa e dos Estados Unidos

de Mozart). Quando o caricato

para uma plateia cada vez mais

Barão Ochs auf Lerchenau, parente

apaixonada. Mais de um século

da Marechala, conta-lhe de seu amor

depois, é possível ainda perceber

pela jovem Sophie, ela lhe propõe que

que a paixão do público por esta

Octavian leve a rosa com a proposta de

ópera não parece diminuir em nada.

casamento do Barão. No momento em que Octavian e Sophie se encontram

As valsas não existem como peças

pela primeira vez eles se apaixonam

isoladas na ópera, mas estão

perdidamente e, a partir de então,

presentes na música de várias


1909/1910

1944 (revisão) Garmisch-Partenkirchen, Alemanha, 1949

cenas, especialmente no segundo e terceiro atos. Em 1944, com dinheiro confiscado na Inglaterra e falido por causa da Segunda Guerra Mundial, Richard Strauss criou uma sequência de suas valsas favoritas. Por conter

INSTRUMENTAÇÃO 3 flautas,

3 oboés, requinta, 2 clarinetes, clarone, 3 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas. EDITORA Boosey & Häwkes

valsas dos atos I e II, essa sequência acabou levando o nome de Sequência de Valsas nº 1, embora ele já tivesse composto, em 1911, uma sequência de valsas extraídas dos atos II e III (agora renomeada Sequência de Valsas nº 2). Em ambas as Sequências Strauss reordenou a ordem de aparição das valsas, dando prioridade ao sentido musical. Uma vez que se trata de música instrumental, e o argumento teatral encontra-se ausente, o compositor sentiu-se livre para acomodar os diversos trechos musicais de acordo com sua fantasia. Nessas Sequências, a mestria orquestral de Strauss salta imediatamente

PARA   O UVIR CD – Richard Strauss –

Der Rosenkavalier-Suite and Waltz Sequences – Seattle Symphony – Gerard Schwarz, regente – Naxos – 2012 (sequência de valsas) Staatskapelle Dresden – Rudolf Kempe, regente Acesse: fil.mg/scavaleirorosa PARA   A SSISTIR DVD Strauss –

Der Rosenkavalier – Münchner Philharmoniker – Christian Thielemann, regente – Decca – 2009 (ópera completa) PARA   L ER Michael Kennedy –

Richard Strauss: man, musician, enigma – Cambridge University Press – 2006

aos ouvidos. Na Sequência de Valsas nº 2 Strauss apresenta não apenas uma versão condensada da introdução da ópera como uma nova Coda ampliada e brilhante.

GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.


RECICLANDO HÁBITOS Duas pessoas, um só programa de concerto.

O importante é evitar o desperdício. Na saída, você pode levar o Fortissimo ou deixá-lo nas caixas para que seja reutilizado.



Orquestra Filarmônica de Minas Gerais DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR REGENTE ASSOCIADO  Marcos

PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla associado Ara Harutyunyan – Spalla assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS Frank Haemmer * Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch Eliseu Barros **** VIOLAS João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina

* principal

Fabio Mechetti

Arakaki

VIOLONCELOS Philip Hansen * Robson Fonseca *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Lina Radovanovic Lucas Barros William Neres CONTRABAIXOS Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano FLAUTAS Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS Alexandre Barros * Públio Silva *** Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

TROMPAS Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata TROMPETES Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado TROMBONES Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa TUBAS Eleilton Cruz * TÍMPANOS Patricio Hernández Pradenas * PERCUSSÃO Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA Marcelo Penido **** TECLADOS Ayumi Shigeta *

FAGOTES Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva

** principal associado

*** principal assistente **** músico convidado

GERENTE Jussan Fernandes INSPETORA Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira ARQUIVISTA Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM Rodrigo Castro MONTADORES André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Fernando Damata Pimentel

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Antônio Andrade

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS João Batista Miguel

Instituto Cultural Filarmônica

Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003

CONSELHO ADMINISTRATIVO PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman PRESIDENTE Roberto Mário Soares

EQUIPE TÉCNICA GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado

EQUIPE ADMINISTRATIVA

JOVEM APRENDIZ Yana Araújo

GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho

ESTAGIÁRIA Maria Teresa Rocha

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães GERENTE DE CONSELHEIROS RECURSOS HUMANOS Angela Gutierrez ASSESSORA DE Quézia Macedo Silva Berenice Menegale PROGRAMAÇÃO Bruno Volpini MUSICAL ANALISTAS Celina Szrvinsk Gabriela Souza ADMINISTRATIVOS Fernando de Almeida João Paulo de Oliveira Ítalo Gaetani PRODUTORES Paulo Baraldi Marco Antônio Pepino Luis Otávio Rezende Marco Antônio Soares da Narren Felipe ANALISTA CONTÁBIL Cunha Castello Branco Graziela Coelho Mauricio Freire ANALISTAS DE Octávio Elísio COMUNICAÇÃO SECRETÁRIA Paulo Brant Marciana Toledo EXECUTIVA Sérgio Pena Mariana Garcia Flaviana Mendes Renata Gibson DIRETORIA Renata Romeiro ASSISTENTE EXECUTIVA ADMINISTRATIVA ANALISTA DE Cristiane Reis DIRETOR MARKETING DE PRESIDENTE RELACIONAMENTO ASSISTENTE DE Diomar Silveira Mônica Moreira RECURSOS HUMANOS Vivian Figueiredo DIRETOR ANALISTAS DE ADMINISTRATIVOMARKETING E PROJETOS RECEPCIONISTA FINANCEIRO Itamara Kelly Meire Gonçalves Estêvão Fiuza Mariana Theodorica AUXILIAR DIRETORA DE ASSISTENTE DE ADMINISTRATIVO COMUNICAÇÃO MARKETING DE Pedro Almeida Jacqueline Guimarães RELACIONAMENTO Ferreira Eularino Pereira AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS DIRETORA DE ASSISTENTES Ailda Conceição MARKETING E PROJETOS DE PRODUÇÃO Rose Mary de Castro Zilka Caribé Rildo Lopez Tatiane Muniz MENSAGEIROS DIRETOR DE Bruno Rodrigues OPERAÇÕES Douglas Conrado Ivar Siewers

SALA MINAS GERAIS GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia TÉCNICOS DE ÁUDIO E DE ILUMINAÇÃO Daniel Saavedra Rafael Franca ASSISTENTE OPERACIONAL Rodrigo Brandão

FORTISSIMO agosto / setembro — nº 16 / 2017 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina Godinho Delgado EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale ILUSTRAÇÕES Mariana Simões FOTO DE CAPA Rafael Motta O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.


FILARMÔNICA ONLINE WWW.FILARMONICA.ART.BR Concertos — setembro

2018 está logo ali!

DIA 2, 20h30

Com o novo ano, teremos uma nova programação

TURNÊ ESTADUAL / SANTA BÁRBARA

DIAS 4 E 5, 9h30 E 14h30 DIDÁTICOS

e o mesmo desejo de oferecer a beleza da música com qualidade e potencial de transformação. se você é assinante ou amigo,

mantenha seu cadastro atualizado para

DIA 10, 11h

receber informações sobre as campanhas de

JUVENTUDE / ERA UMA VEZ O BRASIL

Assinatura e de Amigos da Filarmônica.

DIA 16, 18h

se você quer participar de perto da

FORA DE SÉRIE / BARROCO ATRAVÉS DO TEMPO Bach / Stokowski

Stravinsky Haendel Gluck Respighi Purcell / Holst Britten

nova temporada, como amigo ou assinante,

escreva para nós e mande o seu contato. ASSINATURAS  assinatura@filarmonica.art.br QUERO ASSINAR  queroassinar@filarmonica.art.br AMIGOS DA FILARMÔNICA  amigos@filarmonica.art.br

DIA 17, 17h TURNÊ ESTADUAL / TIRADENTES

DIAS 21 E 22, 20h30 ALLEGRO / VIVACE

Britten Vaughan Williams Dvorák

DIAS 28 E 29, 20h30 PRESTO / VELOCE

Liadov Tomasi Walton

ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO (31) 3219-9009 | assinatura@filarmonica.art.br AMIGOS DA FILARMÔNICA (31) 3219-9029 | amigos@filarmonica.art.br

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para  melhor apreciar  um  concerto

CONVERSA O silêncio é o espaço da música. Por isso, evite conversas ou comentários durante a execução das obras.

PONTUALIDADE Seja pontual. Após o terceiro sinal as portas de acesso à sala de concertos serão fechadas. APARELHOS CELULARES Não se esqueça de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho eletrônico. O som e a luz atrapalham a orquestra e o público. CUIDADOS COM A SALA Abaixe o assento antes de ocupar a cadeira. Também evite balançar-se nela, pois, além de estragá-la, você incomoda quem está na sua fila.

TOSSE A tosse perturba a concentração. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. CRIANÇAS Não é recomendável a presença de menores de 8 anos nos concertos noturnos. Caso traga crianças, escolha assentos próximos aos corredores para que você possa sair rapidamente se elas se sentirem desconfortáveis. APLAUSOS Deixe os aplausos para o final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

COMIDAS E BEBIDAS Não são permitidas no interior da sala de concertos.

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso em um dos restaurantes parceiros e obtenha descontos especiais.

FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO Não são permitidas durante os concertos.

RUA PIUM-Í, 229

RUA JUIZ DE FORA, 1.257

RUA LUDGERO DOLABELA, 738

CRUZEIRO

SANTO AGOSTINHO

GUTIERREZ


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APOIO INSTITUCIONAL

DIVULGAÇÃO

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Sala Minas Gerais

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030

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