Turnê Nacional | Rio de Janeiro

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MinistĂŠrio da Cultura, Governo de Minas Gerais e BNDES apresentam

rio de janeiro

turnĂŞ nacional

8 / dez theatro municipal do rio de janeiro


Fabio Mechetti, regente Arnaldo Cohen, piano

10 anos filarmĂ´nica 70 anos arnaldo cohen


Programa

ludwig van beethoven charles gounod

Concerto para piano nº 3 em dó menor, op. 37 • Allegro con brio • Largo • Rondo: Allegro – Presto

Fausto: Música de Balé • Dança das núbias: Allegretto – Tempo di Valse • Cleópatra e o cálice dourado: Adagio • Dança Antiga: Allegretto • Dança de Cleópatra e seus escravos: Moderato maestoso • Dança das donzelas troianas: Moderato con moto • Dança do espelho: Allegretto • Dança de Phryne: Allegro vivo

intervalo

modest mussorgsky

orquestração de francisco mignone

Quadros de uma exposição • Promenade • Gnomo • Promenade • O velho castelo • Promenade • Tuileries • Bydlo • Promenade • Bailado dos pintinhos em suas cascas de ovos • Samuel Goldenberg e Schmuyle • Promenade • O Mercado de Limoges • Catacumbas (túmulo romano) • Com os mortos numa língua morta • A cabana de Baba-Yaga sobre pés de galinha • A Grande Porta de Kiev


FOTO: netun lima


O

Banco Nacional de

Prestes a encerrar a temporada de

Desenvolvimento

comemoração pela sua primeira

Econômico e Social

década de existência, a Filarmô-

(BNDES) tem a honra de apre-

nica contará com a participação

sentar o concerto de fim de ano

de outro ilustre aniversariante: o

que a Orquestra Filarmônica de

pianista Arnaldo Cohen, que, em

Minas Gerais realizará na cidade

abril, completou 70 anos. O programa

do Rio de Janeiro. A satisfação se

será composto pelo Concerto para

faz ainda maior em virtude do palco

piano nº 3 em dó menor, op. 37, de

escolhido para receber esta apre-

Beethoven, a obra Fausto: Música de

sentação: o Theatro Municipal, joia

balé, de Gounod, e a peça Quadros de

da arquitetura eclética brasileira,

uma Exposição, de Mussorgsky, com

cuja última obra de restauração e

orquestração de Francisco Mignone.

modernização teve no Banco um de seus Grandes Patronos.

Para o BNDES, patrocinar o concerto da Orquestra Filarmônica de Minas

Criada pelo Governo do Estado

Gerais no Theatro Municipal do Rio

de Minas Gerais, a Filarmônica se

de Janeiro representa mais uma

destaca como um bem-sucedido

oportunidade de afirmar sua crença

empreendimento da cena cultural

na importância da cultura para o

brasileira. Aliando as boas práticas

desenvolvimento do país e zelar pelo

de gestão à excelência artística, é,

compromisso de promover o acesso de

hoje, uma das principais orquestras

todos os brasileiros às mais diversas

do país. O repertório criteriosamente

formas de expressão artística.

selecionado e a profunda dedicação de seus integrantes fizeram-

Bom concerto!

na conquistar diversos prêmios e, mais importante, a admiração

BNDES. O banco nacional

das plateias que a têm assistido.

do desenvolvimento.


senhoras e senhores, É com grande alegria que, depois de alguns anos de ausência, a Filarmônica retorna ao palco deste importante teatro para comemorar nossa primeira década de vida e também o aniversário de 70 anos de um dos maiores pianistas da história da música brasileira, Arnaldo Cohen. Essa relação profunda que existe entre orquestra e solista se manifestou desde a primeira temporada da Filarmônica, em 2008, quando, passado o concerto inaugural, Arnaldo Cohen foi o primeiro solista convidado da Orquestra.

toda vivacidade, charme e verve

Desde então, ele se fez presente

melódica do compositor francês.

nas séries regulares de concertos em Belo Horizonte, bem como em

Trazemos ainda uma releitura de

algumas de nossas turnês nacio-

Francisco Mignone para os Quadros

nais. Na noite de hoje, ele traz o

de uma exposição de Mussorgsky,

concerto mais marcante na sua

inspiradores de tantas orquestra-

vida profissional, o Terceiro de

ções ao longo de décadas. Obra

Beethoven, com o qual o grande

estimulante em imagens e rica

pianista carioca venceu o Concurso

em cores, os Quadros na visão de

Busoni, dando início à sua brilhante

Mignone mantêm o vigor e diversi-

carreira internacional.

dade únicos que os caracterizam.

N est a t em pora da , e m que s e

Obrigado pela presença, apoio e

celebram os 200 anos de Charles

carinho, desejando a todos um

Gounod, a Filarmônica apresenta a

excelente concerto.

Música de Balé de sua ópera mais famosa, Fausto, obra que ilustra

Fabio Mechetti


FOTO: rafael motta

fabio mechetti

Diretor Artístico e Regente Titular

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é Regente Emérito. Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras. Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.


FOTO: Philadelphia Chamber Society


justificou: “Sua interpretação não fica nada a dever à famosa gravação feita por Horowitz. Sua maturidade musical e virtuosidade estonteante o colocam na mesma categoria de Richter”.

arnaldo cohen Após uma das apresentações de Arnaldo Cohen em Nova York, Shirley Fleming, do The New York Post, assinalou: “[...] A avalanche de notas escrita por Liszt não chegou a ameaçar Cohen. Duvido mesmo que algo consiga ameaçá-lo”. A respeito das Variações sobre um Tema de Haendel, de Brahms (Vox), Harold Schonberg, do The New York Times, escreveu: “não conheço nenhuma gravação moderna que se aproxime desta”. Seu CD com obras de Liszt (Naxos) esteve por quatro meses entre os mais vendidos na Inglaterra. O jornal inglês The Times disse sobre o CD Brasiliana (Bis): “Cohen é possuidor de uma técnica extraordinária”. A Gramophone incluiu a gravação de obras de Liszt (Bis) na seleta lista Escolha do Editor e

Arnaldo Cohen graduou-se, com grau máximo, em piano e violino, pela UFRJ. No Brasil, estudou com Jacques Klein. Em Viena, com Bruno Seidlhofer e Dieter Weber. Conquistou, por unanimidade, o Primeiro Prêmio do Concurso Internacional de Piano Busoni. Em 1981 radicou-se em Londres e vem cumprindo uma carreira internacional em teatros como o Scala de Milão, o Concertgebouw, Symphony Hall, Théâtre des Champs-Elysées, o Gewandhaus, Teatro La Fenice, Royal Festival Hall, Barbican Center e Royal Albert Hall. Foi solista com a Royal Philharmonic, Philharmonia Orchestra, filarmônicas de Londres e de Los Angeles, orquestras de Cleveland e da Filadélfia, entre outras, sob direção de regentes como Yehudi Menuhin, Kurt Masur e Wolgang Sawallish. Apresenta-se com a Filarmônica de Minas Gerais desde a primeira temporada e transita com igual desenvoltura pela música de câmara. Na Inglaterra, Cohen lecionou na Royal Academy of Music e no Royal Northern College of Music. Mudou-se para os Estados Unidos em 2004, onde ocupa uma cátedra vitalícia na Universidade de Indiana.


ludwig van

beethoven

Bonn, Alemanha, 1770 – Viena, Áustria, 1827

Concerto para piano nº 3 em dó menor, op. 37

1799/1803 / 35 minutos

Era manhã do dia 5 de abril de 1803,

ros do oratório. Espantosamente,

em Viena, uma data importante

a audiência estava de tal forma

para Ludwig van Beethoven: logo

receptiva, que, de bis, foi executada

à noite ele realizaria um grande

integralmente sua Primeira Sinfonia.

concerto dedicado exclusivamente às suas composições. Os ensaios

Para o Concerto para piano nº 3,

naquele dia se iniciaram às oito

Beethoven tocou e regeu a orques-

horas e prosseguiram até 14 horas,

tra. A imponente introdução, uma

ininterruptamente, até o momento

elaborada exposição orquestral,

em que o Príncipe Karl Lichnowsky,

marca uma nova concepção sinfô-

um dos principais mecenas de Bee-

nica do compositor, que, porém, não

thoven, ofereceu aos músicos um

ocorreria em posteriores obras do

pequeno banquete. Beethoven,

gênero. O drama e o pateticismo

previamente, dedicara ao Príncipe

estabelecidos por Mozart em suas

sua Segunda Sinfonia, obra a ser

composições em dó menor – Fanta-

estreada naquela noite, assim como

sia e Sonata K. 457 e Concerto para

o Concerto para piano nº 3 e o ora-

piano K. 491 – servem de modelo

tório Cristo no Monte das Oliveiras. A

para as criações beethovenianas

apresentação teve início no Theater

na mesma tonalidade: o Concerto

an der Wien às 18 horas com casa

nº 3, a Sonata Patética e a Quinta

cheia, rendendo a bilheteria de mil

Sinfonia. Após reger a introdução do

e oitocentos florins ao composi-

Allegro con brio, Beethoven repete

tor. Ainda que o público vienense

ao piano o tema apresentado pela

estivesse acostumado a assistir

orquestra, reafirmando sua ideia

longas performances, Beethoven

primária. Mozart faria diferente:

decidiu por excluir alguns núme-

sem embates, daria um novo tema


Instrumentação 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.

“indiscutivelmente uma das composições mais bonitas do distinto mestre”. Para o movimento final, em forma rondó, Beethoven reservou uma ambiência mais leve e extrovertida. Na estreia, enquanto o compositor executava ágeis passagens

ao piano. No gênero concertante,

ao piano, ao seu lado, o diretor do

Beethoven expõe a dialética entre

teatro, Ignaz von Seyfried, tentava

o homem (solista) e a coletividade

decifrar os garranchos do manus-

(orquestra). Arte, filosofia e política

crito e passar as páginas: “aqueles

convergem na retórica humanista

hieróglifos egípcios eram apenas

do gênio de Bonn, que certa vez

pistas, pois ele tocava quase tudo

disse: “o homem, individualmente,

de memória, já que, como tantas

deve proceder em harmonia com

vezes, não teve tempo de colocar

a coletividade, e a coletividade

tudo no papel”, descreveu Seyfried.

deve esforçar-se por formar um

No jantar daquela noite, após a apre-

grande indivíduo”.

sentação, Beethoven divertiu-se ao se lembrar do aperto do amigo

No segundo movimento, Largo, Bee-

paginista e pôde, merecidamente,

thoven mantém a profundidade do

comemorar o sucesso de sua recente

movimento inicial, porém, escolhe

vitória na capital da música.

tonalidades luminosas e inicia seus acordes, como em prece, solitariamente. Não obstante, o periódico vienense Allgemeine Musikalische Zeitung declararia ser o Concerto nº 3

Marcelo Corrêa Pianista, Mestre em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.

Referências Para ouvir CD Beethoven – Piano Concertos nos 1-5 – Berliner Philharmoniker – Claudio Abbado, regente – Maurizio Pollini, piano – Deutsche Grammophon – 2008

Para ouvir Lucerne Festival Orchestra – Claudio Abbado, regente – Alfred Brendel , piano Acesse: fil.mg/bpiano3

Para ler Barry Cooper (org.) – Beethoven: um compêndio – Zahar – 1996

Editora Breitkopf & Härtel


charles

gounod

Paris, França, 1818 – Saint Cloud, França, 1893

Fausto: Música de Balé

1869 / 15 minutos

Das doze óperas que compôs Char-

O célebre balé, que se encontra no

les Gounod, apenas três tiveram

início do quinto ato, foi introduzido

sucesso: Fausto, Mireille e Romeu e

na partitura em 1869, quando a

Julieta. Seu renome repousa sobre

obra foi reapresentada na Ópera

elas, o que não é pouca coisa. Fausto,

de Paris, no mesmo ano, para res-

composta em 1859, foi um sucesso

peitar uma tradição daquela casa.

de bilheteria, na França e fora dela:

Efeitos dramáticos à parte, o fato é

foram mais de três mil récitas na

que a Música de Balé do Fausto de

Alemanha, entre 1901 e 1910! Não

Gounod tornou-se de pronto uma

é para menos. Há, em Fausto, algu-

de suas páginas mais celebradas e

mas preciosidades que até hoje são

mais executadas, como obra autô-

cativantes: o ato da quermesse, o

noma, pelo repertório sinfônico.

dueto O nuit d’amour, no terceiro ato, ou o trio Anges purs, anges radieux,

Há boatos de que Gounod tenha pedi-

perto do final. Embora o Fausto de

do a Saint-Saëns – que o considerou

Gounod seja bem diferente do de

uma obra-prima do gênero – para

Goethe, em que se baseou, corre-

compor esse trecho. De fato, ao que

se o risco, nesse caso, de se poder

parece, houve um certo diálogo entre

dizer que a música seja talvez mais

os dois compositores, mas Saint-Saëns

determinante que o enredo. O fres-

abdicou da empresa e mais tarde

cor e a simplicidade acessível do

declarou que jamais havia escrito uma

melodismo de Gounod, que sabe ao

única nota. Atualmente, nas récitas

popular, sustenta a sua música e é

da ópera, de modo geral, omite-se

uma das razões de sua notoriedade.

o balé, que se tornou independente.


Instrumentação Piccolo, flauta, 2 oboés, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, 4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, cordas.

No entanto, a cena, na ópera, toma

Troianas, Dança do Espelho, todas

lugar nas montanhas de Harz, na

fechadas pela Danse de Phryne. Não

noite de Walpurgis (noite das bru-

há interrupção entre elas, que se

xas). Ali se encontram Fausto e

entrelaçam. A despeito dos títulos

Mefistófeles rodeados de bruxas e,

e das temáticas, não há qualquer

na récita de 1869, o próprio Fausto

tipo de referência arcaizante ou

foi colocado a dançar!

estereotipada. É ao século XIX e a Gounod que se ouve: franco,

São, ao todo, sete danças: uma valsa

elegante, francês, infinitamente

(a dança das núbias), Cleópatra e

cativante e totalmente original.

o Cálice Dourado (uma dança em duas seções: a primeira lenta e a segunda mais movimentada), Dança Antiga, cuja concepção melódica é impressionante, Dança de Cleópatra e seus escravos, Dança das Donzelas

Moacyr Laterza Filho Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.

Referências Para ouvir CD French Ballet Music – Royal Philharmonic Orchestra – Sir Thomas Beecham, regente – EMI – 2002

Para assistir Gwangju Symphony Orchestra – Jin-Hyoun Baek, regente Acesse: fil.mg/gfausto

Para ler James Harding – Gounod – Stein – 1973

Editora Chappell


modest

mussorgsky

Karevo, Rússia, 1839 – São Petersburgo, Rússia, 1881

quadros de uma exposição

1874 / 40 minutos

orquestração de francisco mignone

Mussorgsky foi um dos mais talento-

e o conde Paul Suzor, dois de seus

sos compositores russos da segunda

maiores admiradores, organizaram,

metade do século XIX. Nascido em

na Associação dos Arquitetos de São

uma família da antiga nobreza russa,

Petersburgo, uma exposição com

iniciou seus estudos de piano aos

várias de suas obras. Mussorgsky a

seis anos de idade. Foi um homem

visitou inúmeras vezes e, no mesmo

de elevada cultura, curioso e sempre

ano, compôs a suíte para piano Qua-

ávido por conhecimento, apesar de

dros de uma exposição, estruturada

ter sido constantemente associado a

em quinze movimentos (dez quadros

uma imagem de boêmio e grosseiro.

e cinco caminhadas). Os quadros

Em 1870 conheceu o jovem Victor

são inspirados em desenhos, cro-

Hartmann (1834-1873) que, além

quis e pinturas de Hartmann (das

de pintor, era arquiteto, ilustrador,

dez obras de Hartmann escolhidas

designer de joias, decorador, cenó-

por Mussorgsky, apenas seis podem

grafo e figurinista. Do encontro surgiu

ser encontradas atualmente; as

uma amizade profunda entre ambos.

outras se perderam), e as caminhadas (Promenades) representam

Apesar do imenso talento que pos-

o próprio Mussorgsky que caminha

suíam, os dois jamais conheceram o

pela exposição. A suíte, finalizada

sucesso em vida e viveram existências

em 22 de junho de 1874, só seria

precárias. Hartmann produziu uma

publicada postumamente, em 1886,

obra significativa em quantidade,

com revisão de Rimsky-Korsakov.

mas da qual apenas uma pequena parte nos chegou. De suas mais de

Por causa da generosidade musical

quatrocentas criações, sobrevivem

e tímbrica da suíte, inúmeros foram

hoje pouco mais de sessenta. Morreu

os que a utilizaram para arranjos

precocemente em 1873. No ano

e orquestrações as mais diversas,

seguinte, o crítico Vladimir Stassov

desde o regente Mikhail Tushmalov


Instrumentação Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.

(1886) no final do século XIX, passando

verifica-se que ela foi executada em

por Maurice Ravel (1922) e Leopold

março de 1952 no Theatro Municipal

Stokowski (1938), até os dias de hoje,

do Rio de Janeiro, assim como em 1953

com o grupo de rock Emerson, Lake &

no Sodre (Servicio Oficial de Difusión

Palmer (1971) e o pianista e regente

Radio Eléctrica), de Montevidéu, e em

Vladimir Ashkenazy (1980).

1954 nas comemorações do quarto centenário da cidade de São Paulo.

Pouco se sabe sobre a belíssima

A orquestração de Mignone para

orquestração de Francisco Mignone

Quadros de uma exposição é espe-

para a suíte Quadros de uma expo-

cial, extremamente fiel às indicações

sição. Sua viúva, a pianista Maria

originais de Mussorgsky e das poucas

Josephina Mignone, desconhecia a

que contempla a suíte completa (a

obra e parece tê-la encontrado apenas

versão de Ravel, mais conhecida,

após a morte do marido, em 1986,

omite a quinta Promenade).

perdida em uma gaveta. No entanto, acredita-se que tenha sido realizada

Guilherme Nascimento Compo-

no final da década de 1940, já que

sitor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.

nos manuscritos das partes cavadas, atualmente na Biblioteca Nacional,

Referências Para ouvir Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Robert Treviño, regente Acesse: fil.mg/ mquadrosrt

Para assistir Chicago Symphony Orchestra – Georg Solti, regente (versão de Ravel) Acesse: fil.mg/ mquadrosgs

Para ler Richard Taruskin – On Russian music – University of California Press – 2010

Editora Academia Brasileira de Música


Ouvidoria: 0800 702 6307

Música

Cinema

Música

Patrimônio Cultural

Literatura

bndes.gov.br


desenvolvimento O BNDES investe no que desenvolve o Brasil. Quando o BNDES patrocina festivais de música, promove o acesso a shows e concertos e financia a indústria fonográfica, não está investindo apenas em entretenimento. Está incentivando a criação de empregos e oportunidades. É por isso que o BNDES investe na música brasileira. Afinal, desenvolver a cultura nacional faz diferença na sua vida. BNDES. Patrocinador Master do concerto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais com o pianista Arnaldo Cohen.


orquestra filarmônica de minas Gerais Primeiros Violinos Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla associado Ara Harutyunyan – Spalla assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Joanna Bello Luis Andrés Moncada Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira Wesley Prates

Segundos Violinos Frank Haemmer * Hyu-Kyung Jung **** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch Laura Von Atzingen ***** Maressa Portilho *****

Violas João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Katarzyna Druzd

Marcelo Nébias Mikhail Bugaev Nathan Medina

Violoncelos Philip Hansen * Robson Fonseca *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emília Neves Lina Radovanovic Lucas Barros William Neres

Contrabaixos Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano

Flautas Cássia Lima* Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova

Oboés Alexandre Barros * Públio Silva *** Israel Muniz

Clarinetes Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco

Fabio Mechetti Diretor Artístico e Regente Titular

Marcos Arakaki Regente Associado

Fagotes Catherine Carignan * Victor Morais*** Andrew Huntriss Francisco Silva

Harpa Clémence Boinot *

Teclados Ayumi Shigeta *

Trompas Alma Maria Liebrecht *

Gerente

Evgueni Gerassimov ***

Jussan Fernandes

Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos

Inspetora

Lucas Filho

Karolina Lima

Fabio Ogata

Trompetes Marlon Humphreys *

Assistente Administrativo Risbleiz Aguiar

Érico Fonseca ** Daniel Leal ***

Arquivista

Tássio Furtado

Ana Lúcia Kobayashi

Trombones

Assistentes

Mark John Mulley *

Claudio Starlino

Diego Ribeiro **

Jônatas Reis

Wagner Mayer *** Renato Lisboa

Tuba

Supervisor de Montagem Rodrigo Castro

Eleilton Cruz *

Tímpanos Patricio Hernández

Montadores Hélio Sardinha Klênio Carvalho

Pradenas *

Percussão Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira

Alexandre Silva

Luciano Gatelli

* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal assistente substituta ***** musicista convidada


Governador do Estado de Minas Gerais

Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais

Fernando Damata Pimentel

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

Vice-governador do Estado de Minas Gerais

Secretário de Estado Adjunto de Cultura de

Antônio Andrade

Minas Gerais João Batista Miguel

instituto cultural filarmônica Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - Lei 14.870 / Dez 2003 OS — Organização Social - Lei 23.081 / Ago 2018

Conselho Administrativo

Equipe Técnica

Equipe Administrativa

Sala Minas Gerais

Gerente de

Gerente Administrativo- Gerente de

Presidente emérito

Comunicação

financeira

Infraestrutura

Jacques Schwartzman

Merrina Godinho

Ana Lúcia Carvalho

Renato Bretas

Delgado

Presidente

Gerente de

Gerente de Operações

Roberto Mário

Gerente de

Recursos Humanos

Jorge Correia

Gonçalves Soares Filho

Produção Musical

Quézia Macedo Silva

Claudia da Silva

Conselheiros

Guimarães

Angela Gutierrez

Técnicos de Áudio Analistas

e de Iluminação

Administrativos

Diano Carvalho Rafael Franca

Arquimedes Brandão

Assessora de

João Paulo de Oliveira

Berenice Menegale

Programação Musical

Paulo Baraldi

Bruno Volpini

Gabriela de Souza

Celina Szrvinsk

Assistente Operacional Analista Contábil

Fernando de Almeida

Produtor

Ítalo Gaetani

Luis Otávio Rezende

Marco Antônio Pepino

Rodrigo Brandão

Graziela Coelho

Secretária Executiva

Marco Antônio Soares da

Analistas de

Cunha Castello Branco

Comunicação

Mauricio Freire

Fernando Dornas

Assistente

Octávio Elísio

Lívia Aguiar

Administrativa

Paulo Brant

Renata Gibson

Cristiane Reis

Editora Merrina

Sérgio Pena

Renata Romeiro

Assistente de

Edição de texto Berenice Menegale

Diretoria Executiva

Flaviana Mendes

Godinho Delgado

Analista de Marketing

Recursos Humanos

Diretor Presidente

de Relacionamento

Vivian Figueiredo

Diomar Silveira

Mônica Moreira

Recepcionista Diretor Administrativo- Analistas de

Meire Gonçalves

Capa Foto Arnaldo Cohen

financeiro

Marketing e Projetos

Estêvão Fiuza

Itamara Kelly

Auxiliar Administrativo

Mariana Theodorica

Pedro Almeida

– crédito: Philadelphia Chamber Society

Selo A Ordem do Mérito

Diretora de Comunicação Jacqueline Guimarães

Assistente de Produção

Auxiliares de

Cultural é a principal

Ferreira

Rildo Lopez

Serviços Gerais

condecoração pública

Ailda Conceição

nacional da área da

Rose Mary de Castro

cultura, concedida pelo

Diretora de Marketing

Auxiliares de Produção

e Projetos

André Barbosa

Zilka Caribé

Jeferson Silva

Ministério da Cultura

Mensageiro

a partir da indicação

Douglas Conrado

de diversos setores. A Orquestra Filarmônica

Diretor de Operações Ivar Siewers

Jovem Aprendiz

de Minas Gerais acaba

Geovana Benicio

de recebê-la.


ma nt enedor

pa tro c í n io má ster

a po io

c o m pr a s

com un ic ação i c f | 201 8

realização

Sala Minas Gerais Rua Tenente Brito Melo, 1.090 - Barro Preto CEP 30.180-070     | Belo Horizonte – MG (31) 3219.9000  | Fax (31) 3219.9030

Online

/ filarmonicamg

www.filarmonica.art.br


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