MinistĂŠrio da Cultura, Governo de Minas Gerais e BNDES apresentam
rio de janeiro
turnĂŞ nacional
8 / dez theatro municipal do rio de janeiro
Fabio Mechetti, regente Arnaldo Cohen, piano
10 anos filarmĂ´nica 70 anos arnaldo cohen
Programa
ludwig van beethoven charles gounod
Concerto para piano nº 3 em dó menor, op. 37 • Allegro con brio • Largo • Rondo: Allegro – Presto
Fausto: Música de Balé • Dança das núbias: Allegretto – Tempo di Valse • Cleópatra e o cálice dourado: Adagio • Dança Antiga: Allegretto • Dança de Cleópatra e seus escravos: Moderato maestoso • Dança das donzelas troianas: Moderato con moto • Dança do espelho: Allegretto • Dança de Phryne: Allegro vivo
intervalo
modest mussorgsky
orquestração de francisco mignone
Quadros de uma exposição • Promenade • Gnomo • Promenade • O velho castelo • Promenade • Tuileries • Bydlo • Promenade • Bailado dos pintinhos em suas cascas de ovos • Samuel Goldenberg e Schmuyle • Promenade • O Mercado de Limoges • Catacumbas (túmulo romano) • Com os mortos numa língua morta • A cabana de Baba-Yaga sobre pés de galinha • A Grande Porta de Kiev
FOTO: netun lima
O
Banco Nacional de
Prestes a encerrar a temporada de
Desenvolvimento
comemoração pela sua primeira
Econômico e Social
década de existência, a Filarmô-
(BNDES) tem a honra de apre-
nica contará com a participação
sentar o concerto de fim de ano
de outro ilustre aniversariante: o
que a Orquestra Filarmônica de
pianista Arnaldo Cohen, que, em
Minas Gerais realizará na cidade
abril, completou 70 anos. O programa
do Rio de Janeiro. A satisfação se
será composto pelo Concerto para
faz ainda maior em virtude do palco
piano nº 3 em dó menor, op. 37, de
escolhido para receber esta apre-
Beethoven, a obra Fausto: Música de
sentação: o Theatro Municipal, joia
balé, de Gounod, e a peça Quadros de
da arquitetura eclética brasileira,
uma Exposição, de Mussorgsky, com
cuja última obra de restauração e
orquestração de Francisco Mignone.
modernização teve no Banco um de seus Grandes Patronos.
Para o BNDES, patrocinar o concerto da Orquestra Filarmônica de Minas
Criada pelo Governo do Estado
Gerais no Theatro Municipal do Rio
de Minas Gerais, a Filarmônica se
de Janeiro representa mais uma
destaca como um bem-sucedido
oportunidade de afirmar sua crença
empreendimento da cena cultural
na importância da cultura para o
brasileira. Aliando as boas práticas
desenvolvimento do país e zelar pelo
de gestão à excelência artística, é,
compromisso de promover o acesso de
hoje, uma das principais orquestras
todos os brasileiros às mais diversas
do país. O repertório criteriosamente
formas de expressão artística.
selecionado e a profunda dedicação de seus integrantes fizeram-
Bom concerto!
na conquistar diversos prêmios e, mais importante, a admiração
BNDES. O banco nacional
das plateias que a têm assistido.
do desenvolvimento.
senhoras e senhores, É com grande alegria que, depois de alguns anos de ausência, a Filarmônica retorna ao palco deste importante teatro para comemorar nossa primeira década de vida e também o aniversário de 70 anos de um dos maiores pianistas da história da música brasileira, Arnaldo Cohen. Essa relação profunda que existe entre orquestra e solista se manifestou desde a primeira temporada da Filarmônica, em 2008, quando, passado o concerto inaugural, Arnaldo Cohen foi o primeiro solista convidado da Orquestra.
toda vivacidade, charme e verve
Desde então, ele se fez presente
melódica do compositor francês.
nas séries regulares de concertos em Belo Horizonte, bem como em
Trazemos ainda uma releitura de
algumas de nossas turnês nacio-
Francisco Mignone para os Quadros
nais. Na noite de hoje, ele traz o
de uma exposição de Mussorgsky,
concerto mais marcante na sua
inspiradores de tantas orquestra-
vida profissional, o Terceiro de
ções ao longo de décadas. Obra
Beethoven, com o qual o grande
estimulante em imagens e rica
pianista carioca venceu o Concurso
em cores, os Quadros na visão de
Busoni, dando início à sua brilhante
Mignone mantêm o vigor e diversi-
carreira internacional.
dade únicos que os caracterizam.
N est a t em pora da , e m que s e
Obrigado pela presença, apoio e
celebram os 200 anos de Charles
carinho, desejando a todos um
Gounod, a Filarmônica apresenta a
excelente concerto.
Música de Balé de sua ópera mais famosa, Fausto, obra que ilustra
Fabio Mechetti
FOTO: rafael motta
fabio mechetti
Diretor Artístico e Regente Titular
Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é Regente Emérito. Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras. Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO: Philadelphia Chamber Society
justificou: “Sua interpretação não fica nada a dever à famosa gravação feita por Horowitz. Sua maturidade musical e virtuosidade estonteante o colocam na mesma categoria de Richter”.
arnaldo cohen Após uma das apresentações de Arnaldo Cohen em Nova York, Shirley Fleming, do The New York Post, assinalou: “[...] A avalanche de notas escrita por Liszt não chegou a ameaçar Cohen. Duvido mesmo que algo consiga ameaçá-lo”. A respeito das Variações sobre um Tema de Haendel, de Brahms (Vox), Harold Schonberg, do The New York Times, escreveu: “não conheço nenhuma gravação moderna que se aproxime desta”. Seu CD com obras de Liszt (Naxos) esteve por quatro meses entre os mais vendidos na Inglaterra. O jornal inglês The Times disse sobre o CD Brasiliana (Bis): “Cohen é possuidor de uma técnica extraordinária”. A Gramophone incluiu a gravação de obras de Liszt (Bis) na seleta lista Escolha do Editor e
Arnaldo Cohen graduou-se, com grau máximo, em piano e violino, pela UFRJ. No Brasil, estudou com Jacques Klein. Em Viena, com Bruno Seidlhofer e Dieter Weber. Conquistou, por unanimidade, o Primeiro Prêmio do Concurso Internacional de Piano Busoni. Em 1981 radicou-se em Londres e vem cumprindo uma carreira internacional em teatros como o Scala de Milão, o Concertgebouw, Symphony Hall, Théâtre des Champs-Elysées, o Gewandhaus, Teatro La Fenice, Royal Festival Hall, Barbican Center e Royal Albert Hall. Foi solista com a Royal Philharmonic, Philharmonia Orchestra, filarmônicas de Londres e de Los Angeles, orquestras de Cleveland e da Filadélfia, entre outras, sob direção de regentes como Yehudi Menuhin, Kurt Masur e Wolgang Sawallish. Apresenta-se com a Filarmônica de Minas Gerais desde a primeira temporada e transita com igual desenvoltura pela música de câmara. Na Inglaterra, Cohen lecionou na Royal Academy of Music e no Royal Northern College of Music. Mudou-se para os Estados Unidos em 2004, onde ocupa uma cátedra vitalícia na Universidade de Indiana.
ludwig van
beethoven
Bonn, Alemanha, 1770 – Viena, Áustria, 1827
Concerto para piano nº 3 em dó menor, op. 37
1799/1803 / 35 minutos
Era manhã do dia 5 de abril de 1803,
ros do oratório. Espantosamente,
em Viena, uma data importante
a audiência estava de tal forma
para Ludwig van Beethoven: logo
receptiva, que, de bis, foi executada
à noite ele realizaria um grande
integralmente sua Primeira Sinfonia.
concerto dedicado exclusivamente às suas composições. Os ensaios
Para o Concerto para piano nº 3,
naquele dia se iniciaram às oito
Beethoven tocou e regeu a orques-
horas e prosseguiram até 14 horas,
tra. A imponente introdução, uma
ininterruptamente, até o momento
elaborada exposição orquestral,
em que o Príncipe Karl Lichnowsky,
marca uma nova concepção sinfô-
um dos principais mecenas de Bee-
nica do compositor, que, porém, não
thoven, ofereceu aos músicos um
ocorreria em posteriores obras do
pequeno banquete. Beethoven,
gênero. O drama e o pateticismo
previamente, dedicara ao Príncipe
estabelecidos por Mozart em suas
sua Segunda Sinfonia, obra a ser
composições em dó menor – Fanta-
estreada naquela noite, assim como
sia e Sonata K. 457 e Concerto para
o Concerto para piano nº 3 e o ora-
piano K. 491 – servem de modelo
tório Cristo no Monte das Oliveiras. A
para as criações beethovenianas
apresentação teve início no Theater
na mesma tonalidade: o Concerto
an der Wien às 18 horas com casa
nº 3, a Sonata Patética e a Quinta
cheia, rendendo a bilheteria de mil
Sinfonia. Após reger a introdução do
e oitocentos florins ao composi-
Allegro con brio, Beethoven repete
tor. Ainda que o público vienense
ao piano o tema apresentado pela
estivesse acostumado a assistir
orquestra, reafirmando sua ideia
longas performances, Beethoven
primária. Mozart faria diferente:
decidiu por excluir alguns núme-
sem embates, daria um novo tema
Instrumentação 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
“indiscutivelmente uma das composições mais bonitas do distinto mestre”. Para o movimento final, em forma rondó, Beethoven reservou uma ambiência mais leve e extrovertida. Na estreia, enquanto o compositor executava ágeis passagens
ao piano. No gênero concertante,
ao piano, ao seu lado, o diretor do
Beethoven expõe a dialética entre
teatro, Ignaz von Seyfried, tentava
o homem (solista) e a coletividade
decifrar os garranchos do manus-
(orquestra). Arte, filosofia e política
crito e passar as páginas: “aqueles
convergem na retórica humanista
hieróglifos egípcios eram apenas
do gênio de Bonn, que certa vez
pistas, pois ele tocava quase tudo
disse: “o homem, individualmente,
de memória, já que, como tantas
deve proceder em harmonia com
vezes, não teve tempo de colocar
a coletividade, e a coletividade
tudo no papel”, descreveu Seyfried.
deve esforçar-se por formar um
No jantar daquela noite, após a apre-
grande indivíduo”.
sentação, Beethoven divertiu-se ao se lembrar do aperto do amigo
No segundo movimento, Largo, Bee-
paginista e pôde, merecidamente,
thoven mantém a profundidade do
comemorar o sucesso de sua recente
movimento inicial, porém, escolhe
vitória na capital da música.
tonalidades luminosas e inicia seus acordes, como em prece, solitariamente. Não obstante, o periódico vienense Allgemeine Musikalische Zeitung declararia ser o Concerto nº 3
Marcelo Corrêa Pianista, Mestre em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.
Referências Para ouvir CD Beethoven – Piano Concertos nos 1-5 – Berliner Philharmoniker – Claudio Abbado, regente – Maurizio Pollini, piano – Deutsche Grammophon – 2008
Para ouvir Lucerne Festival Orchestra – Claudio Abbado, regente – Alfred Brendel , piano Acesse: fil.mg/bpiano3
Para ler Barry Cooper (org.) – Beethoven: um compêndio – Zahar – 1996
Editora Breitkopf & Härtel
charles
gounod
Paris, França, 1818 – Saint Cloud, França, 1893
Fausto: Música de Balé
1869 / 15 minutos
Das doze óperas que compôs Char-
O célebre balé, que se encontra no
les Gounod, apenas três tiveram
início do quinto ato, foi introduzido
sucesso: Fausto, Mireille e Romeu e
na partitura em 1869, quando a
Julieta. Seu renome repousa sobre
obra foi reapresentada na Ópera
elas, o que não é pouca coisa. Fausto,
de Paris, no mesmo ano, para res-
composta em 1859, foi um sucesso
peitar uma tradição daquela casa.
de bilheteria, na França e fora dela:
Efeitos dramáticos à parte, o fato é
foram mais de três mil récitas na
que a Música de Balé do Fausto de
Alemanha, entre 1901 e 1910! Não
Gounod tornou-se de pronto uma
é para menos. Há, em Fausto, algu-
de suas páginas mais celebradas e
mas preciosidades que até hoje são
mais executadas, como obra autô-
cativantes: o ato da quermesse, o
noma, pelo repertório sinfônico.
dueto O nuit d’amour, no terceiro ato, ou o trio Anges purs, anges radieux,
Há boatos de que Gounod tenha pedi-
perto do final. Embora o Fausto de
do a Saint-Saëns – que o considerou
Gounod seja bem diferente do de
uma obra-prima do gênero – para
Goethe, em que se baseou, corre-
compor esse trecho. De fato, ao que
se o risco, nesse caso, de se poder
parece, houve um certo diálogo entre
dizer que a música seja talvez mais
os dois compositores, mas Saint-Saëns
determinante que o enredo. O fres-
abdicou da empresa e mais tarde
cor e a simplicidade acessível do
declarou que jamais havia escrito uma
melodismo de Gounod, que sabe ao
única nota. Atualmente, nas récitas
popular, sustenta a sua música e é
da ópera, de modo geral, omite-se
uma das razões de sua notoriedade.
o balé, que se tornou independente.
Instrumentação Piccolo, flauta, 2 oboés, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, 4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, cordas.
No entanto, a cena, na ópera, toma
Troianas, Dança do Espelho, todas
lugar nas montanhas de Harz, na
fechadas pela Danse de Phryne. Não
noite de Walpurgis (noite das bru-
há interrupção entre elas, que se
xas). Ali se encontram Fausto e
entrelaçam. A despeito dos títulos
Mefistófeles rodeados de bruxas e,
e das temáticas, não há qualquer
na récita de 1869, o próprio Fausto
tipo de referência arcaizante ou
foi colocado a dançar!
estereotipada. É ao século XIX e a Gounod que se ouve: franco,
São, ao todo, sete danças: uma valsa
elegante, francês, infinitamente
(a dança das núbias), Cleópatra e
cativante e totalmente original.
o Cálice Dourado (uma dança em duas seções: a primeira lenta e a segunda mais movimentada), Dança Antiga, cuja concepção melódica é impressionante, Dança de Cleópatra e seus escravos, Dança das Donzelas
Moacyr Laterza Filho Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
Referências Para ouvir CD French Ballet Music – Royal Philharmonic Orchestra – Sir Thomas Beecham, regente – EMI – 2002
Para assistir Gwangju Symphony Orchestra – Jin-Hyoun Baek, regente Acesse: fil.mg/gfausto
Para ler James Harding – Gounod – Stein – 1973
Editora Chappell
modest
mussorgsky
Karevo, Rússia, 1839 – São Petersburgo, Rússia, 1881
quadros de uma exposição
1874 / 40 minutos
orquestração de francisco mignone
Mussorgsky foi um dos mais talento-
e o conde Paul Suzor, dois de seus
sos compositores russos da segunda
maiores admiradores, organizaram,
metade do século XIX. Nascido em
na Associação dos Arquitetos de São
uma família da antiga nobreza russa,
Petersburgo, uma exposição com
iniciou seus estudos de piano aos
várias de suas obras. Mussorgsky a
seis anos de idade. Foi um homem
visitou inúmeras vezes e, no mesmo
de elevada cultura, curioso e sempre
ano, compôs a suíte para piano Qua-
ávido por conhecimento, apesar de
dros de uma exposição, estruturada
ter sido constantemente associado a
em quinze movimentos (dez quadros
uma imagem de boêmio e grosseiro.
e cinco caminhadas). Os quadros
Em 1870 conheceu o jovem Victor
são inspirados em desenhos, cro-
Hartmann (1834-1873) que, além
quis e pinturas de Hartmann (das
de pintor, era arquiteto, ilustrador,
dez obras de Hartmann escolhidas
designer de joias, decorador, cenó-
por Mussorgsky, apenas seis podem
grafo e figurinista. Do encontro surgiu
ser encontradas atualmente; as
uma amizade profunda entre ambos.
outras se perderam), e as caminhadas (Promenades) representam
Apesar do imenso talento que pos-
o próprio Mussorgsky que caminha
suíam, os dois jamais conheceram o
pela exposição. A suíte, finalizada
sucesso em vida e viveram existências
em 22 de junho de 1874, só seria
precárias. Hartmann produziu uma
publicada postumamente, em 1886,
obra significativa em quantidade,
com revisão de Rimsky-Korsakov.
mas da qual apenas uma pequena parte nos chegou. De suas mais de
Por causa da generosidade musical
quatrocentas criações, sobrevivem
e tímbrica da suíte, inúmeros foram
hoje pouco mais de sessenta. Morreu
os que a utilizaram para arranjos
precocemente em 1873. No ano
e orquestrações as mais diversas,
seguinte, o crítico Vladimir Stassov
desde o regente Mikhail Tushmalov
Instrumentação Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
(1886) no final do século XIX, passando
verifica-se que ela foi executada em
por Maurice Ravel (1922) e Leopold
março de 1952 no Theatro Municipal
Stokowski (1938), até os dias de hoje,
do Rio de Janeiro, assim como em 1953
com o grupo de rock Emerson, Lake &
no Sodre (Servicio Oficial de Difusión
Palmer (1971) e o pianista e regente
Radio Eléctrica), de Montevidéu, e em
Vladimir Ashkenazy (1980).
1954 nas comemorações do quarto centenário da cidade de São Paulo.
Pouco se sabe sobre a belíssima
A orquestração de Mignone para
orquestração de Francisco Mignone
Quadros de uma exposição é espe-
para a suíte Quadros de uma expo-
cial, extremamente fiel às indicações
sição. Sua viúva, a pianista Maria
originais de Mussorgsky e das poucas
Josephina Mignone, desconhecia a
que contempla a suíte completa (a
obra e parece tê-la encontrado apenas
versão de Ravel, mais conhecida,
após a morte do marido, em 1986,
omite a quinta Promenade).
perdida em uma gaveta. No entanto, acredita-se que tenha sido realizada
Guilherme Nascimento Compo-
no final da década de 1940, já que
sitor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
nos manuscritos das partes cavadas, atualmente na Biblioteca Nacional,
Referências Para ouvir Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Robert Treviño, regente Acesse: fil.mg/ mquadrosrt
Para assistir Chicago Symphony Orchestra – Georg Solti, regente (versão de Ravel) Acesse: fil.mg/ mquadrosgs
Para ler Richard Taruskin – On Russian music – University of California Press – 2010
Editora Academia Brasileira de Música
Ouvidoria: 0800 702 6307
Música
Cinema
Música
Patrimônio Cultural
Literatura
bndes.gov.br
desenvolvimento O BNDES investe no que desenvolve o Brasil. Quando o BNDES patrocina festivais de música, promove o acesso a shows e concertos e financia a indústria fonográfica, não está investindo apenas em entretenimento. Está incentivando a criação de empregos e oportunidades. É por isso que o BNDES investe na música brasileira. Afinal, desenvolver a cultura nacional faz diferença na sua vida. BNDES. Patrocinador Master do concerto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais com o pianista Arnaldo Cohen.
orquestra filarmônica de minas Gerais Primeiros Violinos Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla associado Ara Harutyunyan – Spalla assistente Ana Paula Schmidt Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Joanna Bello Luis Andrés Moncada Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira Wesley Prates
Segundos Violinos Frank Haemmer * Hyu-Kyung Jung **** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Matheus Braga Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch Laura Von Atzingen ***** Maressa Portilho *****
Violas João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Katarzyna Druzd
Marcelo Nébias Mikhail Bugaev Nathan Medina
Violoncelos Philip Hansen * Robson Fonseca *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emília Neves Lina Radovanovic Lucas Barros William Neres
Contrabaixos Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano
Flautas Cássia Lima* Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova
Oboés Alexandre Barros * Públio Silva *** Israel Muniz
Clarinetes Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco
Fabio Mechetti Diretor Artístico e Regente Titular
Marcos Arakaki Regente Associado
Fagotes Catherine Carignan * Victor Morais*** Andrew Huntriss Francisco Silva
Harpa Clémence Boinot *
Teclados Ayumi Shigeta *
Trompas Alma Maria Liebrecht *
Gerente
Evgueni Gerassimov ***
Jussan Fernandes
Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos
Inspetora
Lucas Filho
Karolina Lima
Fabio Ogata
Trompetes Marlon Humphreys *
Assistente Administrativo Risbleiz Aguiar
Érico Fonseca ** Daniel Leal ***
Arquivista
Tássio Furtado
Ana Lúcia Kobayashi
Trombones
Assistentes
Mark John Mulley *
Claudio Starlino
Diego Ribeiro **
Jônatas Reis
Wagner Mayer *** Renato Lisboa
Tuba
Supervisor de Montagem Rodrigo Castro
Eleilton Cruz *
Tímpanos Patricio Hernández
Montadores Hélio Sardinha Klênio Carvalho
Pradenas *
Percussão Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira
Alexandre Silva
Luciano Gatelli
* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal assistente substituta ***** musicista convidada
Governador do Estado de Minas Gerais
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Angelo Oswaldo de Araújo Santos
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Secretário de Estado Adjunto de Cultura de
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Minas Gerais João Batista Miguel
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