junho 2012
ar do pouco tempo de em fevereiro de 2008, ônica de Minas Gerais mulando respeito e se ncia em todo o país.” Fabiano Chaves Jornal O Tempo_JUl 2009
A família das cordas tem um importante papel de sustentação no som de uma orquestra. Os primeiros violinos, naipe mais numeroso, são a voz melódica, geralmente responsáveis pela realização do tema musical. O violino é um instrumento com grande variedade de expressão, capaz de produzir uma enormidade de sons e timbres. Ele também chama a atenção pela própria beleza do instrumento e pela fabricação sofisticada. Sua forma clássica foi forjada a partir do final do século XVI até início do XVIII, quando as famílias Amati, Stradivari, Guarnieri e Ruggeri o fabricaram em Cremona, Itália, cidade famosa por ter sido o berço de alguns dos melhores violinos já feitos na história. Nas últimas décadas, Cremona vive um renascimento na produção do instrumento. Na orquestra, os primeiros violinos ficam à esquerda do maestro e têm em sua primeira estante o spalla, violinista principal que lidera tanto o naipe como toda a orquestra, abaixo do maestro. A Filarmônica de Minas Gerais tem 14 primeiros violinos, chefiados pelo spalla Anthony Flint.
A Filarmônica é toda sua.
Estão falando sobre você. Sobre você que é o motivo da Orquestra Filarmônica existir. Sobre você que é exigente com o que ouve. Sobre você que às terças e quintas espera se surpreender. Estão falando sobre você. Você que colabora para que a Filarmônica seja uma das melhores orquestras do país. Você que faz diferença a cada concerto. Você é a razão disso tudo. Quando falam sobre a Orquestra Filarmônica estão falando de você. Receba cada aplauso. Você é a orquestra. A Filarmônica é toda sua.
foto | André Fossati
Pode se orgulhar.
Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam
pÁg. 7
Série vivace 5 de junho
Fabio Mechetti regente Misha Keylin violino ALEXIM Reações (Estreia mundial) STRAVINSKY Sinfonia em três movimentos LALO Sinfonia Espanhola FALLA A vida breve: Interlúdio e Dança
Caros amigos e amigas, A Filarmônica traz em seu único concerto sinfônico do mês o violinista Misha Keylin interpretando a famosa Sinfonia Espanhola do compositor francês Edouard Lalo. O caráter espanhol prevalece neste concerto com a execução de dois trechos da Vida Breve de Manuel de Falla. Continuando nossa missão de divulgar e valorizar os novos compositores brasileiros estrearemos Reações, encomendada ao último vencedor do Festival Tinta Fresca, Vicente Alexim. A diversidade do programa alcançará também uma das obras mais importantes de Igor Stravinsky, concebida dentro de uma visão neoclássica, mas que evidencia também a influência do jazz na obra do compositor russo. Não obstante o fato de termos apenas um concerto de assinatura este mês, a Filarmônica participa em grande estilo como orquestra convidada do Palácio das Artes na produção de Tosca de Giacomo Puccini. Serão seis récitas que certamente demonstrarão a grande flexibilidade da nossa Filarmônica, tanto no campo sinfônico quanto operístico. Espero que todos aqueles que amam a música sinfônica e a música lírica possam aproveitar essas oportunidades. Tenham um bom concerto. Fa b io M ec h etti
foto | Rafael Motta
Diretor Artístico e Regente Titular
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FABIO
Mechetti Diretor Artístico e Regente Titular Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. É também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville (EUA) desde 1999. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norteamericanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.
foto | André Fossati
Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
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Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York. 5
20h30
5 junho série vivace Grande Teatro do Palácio das Artes
Fabio Mechetti
regente
Misha Keylin
violino
PROGRAMA Vicente ALEXIM
Reações (Estreia mundial)
Obra comissionada pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Igor STRAVI NSKY
Sinfonia em três movimentos Allegro Andante – Interludio Con moto
foto | Rafael Motta ilustrações compositores | Mariana Simões
I NTERVALO
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Édouard LALO
Sinfonia Espanhola, op. 21 Allegro non troppo Scherzando Intermezzo Andante Rondo
Misha Keylin Manuel de FALLA
Solista
A vida breve: Interlúdio e Dança 7
sÉRIE vivace 5 junho
Aos nove anos, Stephanie Jeong era Daqueles casos raros em que se tem pele uma das mais jovens estudantes de concertista... Monteiro tem o poder de admitidas no famoso Curtis Institute, sensibilizar o público através da epiderme, na Filadélfia, para estudar com o fazendo com que o espectador viva a música renomado violinista Aaron Rosand. com ele, em uma espécie de comunhão.
Misha
Keylin
É um dom muito especial...
O violinista russo Misha Keylin vem consolidando rapidamente sua promissora carreira desde a estreia fenomenal no Carnegie Hall aos 11 anos. Sua musicalidade exuberante, afiado discernimento interpretativo e rara beleza tonal conquistaram críticos e lhe trouxeram a aclamação do público em todo o mundo. Indicado para uma vasta gama de repertórios, Keylin está atraindo atenção com a estreia mundial de uma série completa de três CDs com sete concertos para violino de Henry Vieuxtemps, lançada recentemente pela Naxos. Essas gravações já venderam mais de 85.000 cópias em todo o mundo, receberam inúmeros elogios da imprensa e prêmios (como a “escolha da crítica” pelo The New York Times, Gramophone e The Strad). Também para a Naxos, ele prepara gravações de peças de Vieuxtemps e de Max Bruch.
Seu timbre é rico, com um controle de cor penetrante e misterioso; sua técnica é impecável, há uma certa elegância eslava que traz o concerto à vida com leveza e virtuosidade. Gramophone, Reino Unido 8
foto | Lisa Marie Mazzucco
Albert Mallofré, La Vanguardia, Espanha
São Petersburgo, Orquestra de Câmara de Leipzig, Filarmônica de Marselha, NDR Filarmônica de Hannover, Israel Sinfonietta, Filarmônica de Bolonha, Orquestra de Câmara Amadeus, Filarmônica de Brandemburgo e Filarmônica do Chile. Também tocou com a Orquestra Sinfônica Nacional da Ucrânia, Letônia, Colômbia, Costa Rica e outros grupos notáveis. Concertos e recitais nos Estados Unidos o têm levado a eventos em Nova York, Los Angeles, Chicago, Washington DC, Seattle, Charlotte, Indianápolis, Atlanta, Denver e São Francisco. Como camerista, é convidado frequente nos festivais de Aspen, Ravínia e de Música de Câmara Australiana. Nascido em 1970, Misha Keylin iniciou os estudos musicais com a mãe em São Petersburgo. Emigrou para os EUA aos nove anos e foi imediatamente aceito como aluno pelo lendário Dorothy DeLay na Juilliard School. Depois de ganhar o cobiçado prêmio Waldo Mayo de Nova York como Melhor Intérprete Jovem do Ano, Keylin foi premiado nas prestigiosas competições de Hannover, Paganini, Sarasate e Viña del Mar. Além disso, desde 1995 vem recebendo o prêmio anual da Clarisse B. Kampel Foundation. Atualmente, Misha Keylin reside em Nova York.
Em uma carreira que já abrange quarenta países em cinco continentes, Keylin tem colaborado com maestros ilustres como Roberto Benzi, Richard Bradshaw, Irwin Hoffman, Eliahu Inbal, Vakhtang Jordania, Chosei Komatsu, Alexander Schneider, Jörg-Peter Weigle, Bruno Weil e Takuo Yuasa. Como solista convidado, apresentou-se com a Orquestra Filarmônica de 9
sÉRIE vivace 5 junho
Vicente
Alexim Brasil, 1987 Nascido no Rio de Janeiro, o autor da obra que a Filarmônica de Minas Gerais executa hoje em primeiríssima audição é bacharel em Clarinete pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, formado na classe do professor Cristiano Alves. Vicente Alexim foi também aluno do curso de bacharelado em Composição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, sob a orientação dos professores Marcos Lucas e Caio Senna.
Reações Estreia mundial Ano de composição_
14 min
2012
[...] com timbres ruidosos que naturalmente se misturam contrastamse sons facilmente distinguíveis que apresentam o material musical com clareza.
Como clarinetista, integrou grupos como a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem e a Orquestra Jovem do Brasil. Atualmente, é membro do GNU (Grupo Novo da UNIRIO), grupo de câmara voltado à pesquisa e performance da música contemporânea. Junto ao GNU tem realizado trabalho significativo de fomento e divulgação da música atual, sendo responsável, como intérprete, por diversas estreias de obras dedicadas ao grupo, escritas por compositores brasileiros e estrangeiros.
Para ouvir
Atmosferas (1961), de György Ligeti www.youtube.com/watch?v=fXh07JJeA28 Osiris (2008), de Matthias Pintscher youtu.be/MYywoMfsmbE Nymphea (1987), de Kaija Saariaho youtu.be/PsI-TYNR138 Offertorium (1980), de Sofia Gubaidulina Parte 1: youtu.be/P_rWvfVugi0 Parte 2: youtu.be/2WAiIeLi_kI Parte 3: youtu.be/wte-RgHAtRc
Em sua atividade como compositor, Vicente Alexim teve obras executadas em importantes eventos voltados à música contemporânea, como o Encontro Nacional de Compositores Universitários, e em mostras nacionais de grande prestígio, como o Panorama da Música Brasileira Atual 10
Para caracterizar essas diferentes identidades, a obra faz amplo uso de técnicas instrumentais para a obtenção de sons não convencionais da orquestra, em paralelo com o idioma já tradicional dessa formação. Sendo assim, com timbres ruidosos que naturalmente se misturam, ocasionando a perda da individualidade dos diferentes instrumentos e grupos instrumentais, contrastam-se sons facilmente distinguíveis que apresentam o material musical com clareza.
e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea. Na edição de 2009, a sua participação na XVIII Bienal incluiu a execução, como solista, do Concerto de Câmara para clarineta e orquestra, de sua autoria, obtendo reação entusiástica de crítica e público. No ano seguinte, apresentou a mesma peça junto à Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem. Em 2011, Alexim foi o vencedor da terceira edição do Festival Tinta Fresca, realizado pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, com a sua obra Três Poemas sobre Luz.
Dentre as peças que compartilham certas características com Reações e, por isso, são uma valiosa forma de contato com essa linguagem, incluem-se a obra para orquestra Osiris (2008), de Matthias Pintscher, o quarteto de cordas Nymphea (1987), de Kaija Saariaho, e o concerto para violino Offertorium (1980), de Sofia Gubaidulina. Todas essas obras estão disponíveis para apreciação na internet.
Atualmente, é aluno do curso de Mestrado em Clarineta da Manhattan School of Music, Estados Unidos. A respeito da obra Reações, diz o autor: Reações, de 2012, lida com a interação entre diferentes objetos sonoros. A obra propõe um ambiente em que identidades musicais diversas derivam-se umas das outras e influenciam-se mutuamente. Essa interação é explorada de diversas formas, sejam elas mais diretas – como a evidente transformação de um objeto em outro – ou mais sutis, como a gradual modificação de uma sonoridade a partir de intervenções de outros materiais sonoros.
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sÉRIE vivace 5 junho
Igor
STRAVINSKY Rússia, 1882 – Estados Unidos, 1971
Para ler
Já é quase costume dizer que se podem notar, no início do século XX, duas grandes tendências nos processos de criação musical: uma de orientação continuísta e, a outra, de orientação revolucionária. À primeira, associam-se os nomes dos integrantes da Segunda Escola de Viena (Schoenberg, Webern e Berg), cujos caminhos, abertos pelo cromatismo wagneriano, levam ao esfacelamento e à desintegração do Sistema Tonal. Na segunda tendência, mencionam-se quase sempre os nomes de Debussy e Stravinsky. Por demasiado simplificadora que seja essa abordagem, ela revela, realmente, caminhos significativos que o século XX percorre no campo da criação musical e que trazem em comum um ponto substancial: o abandono, de uma forma ou de outra, do Sistema Tonal, que já não se mostra suficiente para as necessidades expressivas do homem contemporâneo. A dissonância se liberta, o timbre e a rítmica adquirem nova dimensão em sua significação e a forma musical começa a ser abordada menos em estruturas preestabelecidas que por uma gestalt gerada pela própria obra.
gens foram decisivas para as principais correntes do século XX que os sucederam (e o são até hoje). Desde suas primeiras obras (O Pássaro de Fogo, Petrushka, A Sagração da Primavera), Stravinsky ao mesmo tempo deslumbra e causa assombro. No plano harmônico, seguindo a esteira antes inaugurada por Debussy, os agregados sonoros sem qualquer ligação com o Sistema Tonal são amplamente empregados. Ao mesmo tempo ele não hesita, por vezes, em recuperar elementos tonais, ora sobrepondo-os, ora usando-os sem mascaramentos, mas inseridos de tal forma em contextos inauditos, que acabam por criar uma sensação de ambiguidade que relativiza sua própria natureza. Na rítmica, a originalidade da técnica e a assimetria audaciosa e perturbadora subvertem o sentido de causalidade da métrica tradicional. Mas é sobretudo no campo da forma musical que ele é realmente revolucionário. Em poucas palavras, se na harmonia ele não procura reformar nem fazer ruir totalmente o Sistema Tonal, Stravinsky é, usando de uma metáfora, “atonal” na forma.
Roland de Candé – História Universal da Música – Tradução de Eduardo Brandão – vol. II, p. 194-216 – Martins Fontes – 1994
Se os compositores da Segunda Escola de Viena fundaram uma “Escola”, Debussy e Stravinsky, porém, não deixaram seguidores. No entanto, sua influência e a de suas lingua-
Há quem sugira dividir em quatro fases a sua obra e sua linguagem: até 1914, as obras-primas dos primeiros balés. De 1914 a 1922, obras com pequenas formações instrumentais,
Sinfonia em Três Movimentos Ano de composição_
22 min
1945
Nesse caminho neoclássico, Stravinsky nunca deixa de ser Stravinsky. Sobretudo na rítmica e no trabalho timbrístico das orquestrações, seu gênio inventivo permanece vigoroso. Para ler
CD Igor Stravinsky – Symphony in Three movements, Symphony in C and Symphony of Psalms – CBC Symphony Orchestra, Columbia Symphony Orchestra – Igor Stravinsky, regente – Sony – 1988 Igor Stravinski e Robert Craft – Conversas com Igor Stravinski – Tradução de Stella Rodrigo Octavio Moutinho – São Paulo – Perspectiva – 1984
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cuja linguagem é mais voltada para a textura contrapontística que a harmônica (é desse período a genial História do Soldado). De 1922 a 1953, um olhar que se volta para a herança da Tradição Ocidental, em que se notam tendências neoclássicas. De 1953 até sua morte, em 1971, Stravinsky adota certa postura reacionária, fazendo frente às investidas ousadas de seus contemporâneos e usando técnicas do Serialismo em seus processos de composição. A Sinfonia em Três Movimentos pertence à terceira dessas fases, junto com outras obras de grande significado: a Sinfonia dos Salmos (composta em 1930), a Sinfonia em Dó (1940), Orpheus (balé composto em 1947) e a Missa (que data de 1951). Dessas obras, apenas a primeira não foi composta em solo norte-americano. Stravinsky toma residência em Beverly Hills desde 1940 – a quinze quilômetros de onde morava Schoenberg! – e em 1945 se naturaliza cidadão estadunidense. Encomendada pela Philharmonic Symphony Society de Nova York, a Sinfonia em Três Movimentos foi concluída em 1945 e estreada em janeiro do ano seguinte, pela Orquestra Filarmônica de Nova York, sob a regência do próprio compositor. 13
primeiro movimento vem provavelmente de um projeto inacabado de um concerto para piano. A harpa é posta em relevo no segundo movimento, mas, no terceiro, ambos são tratados em mesmo grau de importância.
Nessa obra, como em outras desse período, Stravinsky lança um olhar para o passado musical do Ocidente, não, porém, com a intenção de reconstituí-lo ou restaurá-lo, mas talvez numa tentativa de “chamada à ordem”, de sua própria linguagem, até então fundamentada em investidas espantosamente originais e arrojadas. Nesse caminho neoclássico, contudo, Stravinsky nunca deixa de ser Stravinsky. Sobretudo na rítmica e no trabalho timbrístico das orquestrações dessa fase, seu gênio inventivo permanece vigoroso. Além disso, podem-se ouvir, na Sinfonia em Três Movimentos, materiais de obras anteriores: os ostinatos e acentos deslocados do terceiro movimento, por exemplo, parecem evocar trechos da Sagração da Primavera. Ademais, a reorganização de materiais de obras não concluídas também foi fonte para a elaboração dessa Sinfonia: a presença evidente do piano no
Stravinsky se referia a essa obra como a sua “Sinfonia da Guerra” e a considerava como uma espécie de reação aos eventos da Segunda Guerra Mundial. Embora revele um Stravinsky menos provocador, se comparado ao da Sagração, essa obra não deixa de trazer a marca desse artista cuja obra ajudou a definir os rumos da Música Ocidental a partir do século XX. Moacyr Laterza Filho
foto | André Fossati
Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC Minas, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais e na Fundação de Educação Artística.
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sÉRIE vivace 5 junho
Édouard
LALO França, 1823 – 1892
Sinfonia Espanhola, op. 21 Ano de composição_
32 min
1875
O estilo de Lalo marcase com características típicas da melhor tradição francesa: a clareza das ideias e das formas, a leveza de expressão e a nitidez do colorido orquestral. Para ouvir
CD Lalo – Synphonie Espagnole – Royal Concertgebouw Orchestra – Charles Dutoit, regente – Sarah Chang, violino – EMI Classics – 1995
Édouard Lalo, excelente violinista, contribuiu consideravelmente para o renascimento da música instrumental francesa no final do século XIX. Em 1855, abdicou da carreira de solista e criou o quarteto de cordas Armingaud, visando a difusão da música de câmara, gênero então pouco valorizado na França. Apresentou ao público parisiense os quartetos de Haydn, Mozart e Beethoven. Em 1871, participou da fundação da Sociedade Nacional de Música, dedicada exclusivamente à divulgação do repertório e dos compositores daquele país. O estilo de Lalo, elogiado por contemporâneos como Fauré, Chausson, Debussy e Chabrier, marca-se com características típicas da melhor tradição francesa: a clareza das ideias e das formas, a leveza de expressão e a nitidez do colorido orquestral. Em sua obra mais conhecida, a popular Sinfonia Espanhola, o compositor explora os ritmos ibéricos que, na época, representavam inovação ousada para a música francesa e uma reação efetiva à hegemonia da música germânica. A ensolarada Espanha opunha-se, no imaginário francês, ao soturno universo wagneriano. (A Carmen, de Bizet, estreou pouco depois!). A Sinfonia foi dedicada ao célebre violinista espanhol
Para ler
Émile Veuillermoz – Histoire de la Musique: Lalo – Éditions Fayard – 1960
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Pablo de Sarasate, que a estreou em Paris a 7 de fevereiro de 1875 nos Concertos Populares. Formalmente, a Sinfonia Espanhola aproxima-se muito de um concerto para violino e orquestra – apesar da ausência de cadências, as exigências ao intérprete são enormes e a peça integrou-se definitivamente ao repertório concertante dos violinistas. O título de Sinfonia provavelmente procura enfatizar o importante papel da orquestra no conjunto da peça que, sob esse aspecto, lembra também a forma da sinfonia concertante. Por outro lado, o emprego insistente de ritmos espanhóis confere à partitura a feição de uma suíte de danças, ordenada em cinco movimentos:
obra, com o ritmo de uma habanera alegremente descontraída. O Andante tem a forma A-B-A típica de canção. As cordas graves e os metais anunciam, com um coral sombrio e expressivo, o tema que, depois, será confiado ao violino. O aspecto hispânico confunde-se com os ritmos variados à moda cigana. No Rondo-Allegro final, após uma levíssima introdução (dois oboés, duas flautas e a harpa), o motivo exposto pelo fagote cria um baixo ostinato, sobre o qual o solista desenha a melodia de um saltarello em sucessões de notas rápidas, virtuosísticas e sincopadas. Há uma recordação da malagueña do primeiro movimento; um último tema – Poco più lento – desenvolve-se livremente; e o retorno dos motivos iniciais do rondó conclui a obra de maneira brilhante.
O Allegro non troppo inicial segue a forma sonata de dois temas, mantendo a organização de uma sinfonia tradicional. A discreta ambientação espanhola utiliza o ritmo da malagueña.
Paulo Sérgio Malheiros dos Santos
No Scherzando, o pizzicato da orquestra acompanha a sinuosa melodia do solista. O tema sincopado, com surpreendentes deslocamentos dos acentos, salta sobre o ritmo da seguidilla, em clima de livre improvisação.
Pianista, Doutor em Letras pela PUC Minas, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais, autor do livro Músico, doce músico.
O Intermezzo – Allegretto é a parte mais tipicamente espanhola da 17
sÉRIE vivace 5 junho
Manuel
de FALLA Espanha, 1876 – Argentina, 1946 O historiador e musicólogo francês Roland de Candé afirma categoricamente que “Manuel de Falla é o maior músico que a Espanha conheceu desde Victoria, o mais autêntico e o mais interiormente espanhol”. O fato é que Candé nunca fica em meios-termos nas suas opiniões e raramente esconde seu entusiasmo (ou a falta dele), revelador de uma orientação crítica muito bem definida. Tendências pessoais à parte, se se puder abstrair um pouco do teor hiperbólico de tal afirmação, vê-se que ela tem realmente uma grande parcela de verdade. Os autores espanhóis da virada do século XIX para o século XX, cujos principais representantes são Isaac Albéniz e Enrique Granados, nunca conseguiram se libertar de todo da linguagem romântica de que são herdeiros diretos. A essa linguagem, cujo principal modelo, tanto para um quanto para outro, é Liszt (que foi inclusive professor de Albéniz), ambos conseguem associar ao mesmo tempo aspectos das novas tendências da música francesa e certos aspectos tipicamente característicos da música tradicional espanhola. Tendo ambos vivido na Paris da Belle Époque, aí travaram contato direto com Debussy e Ravel e apresentam a uma França maravilhada uma música bem diferente do Capricho Espanhol de Rimski-Korsakov, da Carmen de
A Vida Breve : Interlúdio e Dança Ano de composição_
11 min
1905
Como tudo na obra de Falla, La Vida Breve continua surpreendente! Com isso, revela genuinamente a criatividade desse grande rebento da arte espanhola. Para ouvir
CD Manuel de Falla – La Vida Breve, El Amor Brujo, El Sombrero de Tres Picos – Orquestra Nacional de España, Philharmonia Orchestra – Carlo Maria Giulini, regente – EMI – 2001 Para ler
Roland de Candé – História Universal da Música – Tradução de Eduardo Brandão – vol. II, p. 194-216 – Martins Fontes – 1994
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Bizet, ou da España de Chabrier. Albéniz e Granados fazem uso de suas raízes folclóricas sem recair no mero emprego de “exotismos aplicados” (muito embora por vezes quase se rendam a eles), inaugurando uma corrente estética original, que cultiva o material regional atribuindo-lhe sempre novas significações. Por isso mesmo a Escola Espanhola é exemplar e, se se afirma definitivamente com Albéniz e Granados, culmina em Manuel de Falla.
Seu trajeto como compositor, menos que uma linha evolutiva, parece traçar uma espiral, que acompanha também o uso que ele faz dos elementos da música tradicional espanhola. A exuberância das primeiras obras vai cedendo lugar (inclusive no campo da orquestração e do trabalho timbrístico) a um despojamento depurado, destilando uma linguagem cada vez mais original e pessoal: uma espiral que aponta em direção ao alto, que parte da exterioridade iluminada que se ouve em El Sombrero de Três Picos e chega a uma espécie de desnudamento ascético, francamente adotado no Concerto para Cravo. Os “espanholismos” da primeira fase não são abandonados no percurso dessa espiral, mas filtrados infinitas vezes até chegar a suas porções mais essenciais. São desconstruídos e reconstruídos até que se lhe apresentem como matéria-prima nova e bruta.
Nessa perspectiva, a música de Falla se torna um pouco menos enigmática do que a sua própria figura: esse andaluz nascido em 1876, extremamente tímido e retraído, um tanto hipocondríaco, sempre cuidadoso em sua higiene pessoal, celibatário austero e profundamente religioso, parece ter sublimado suas paixões pelas vias da arte e do misticismo. Compositor meticuloso, cujos processos criativos eram naturalmente morosos em função de uma feroz autocrítica, deixou um legado numericamente modesto: cerca de trinta e seis obras. No entanto, essa produtividade contida é um marco decisivo na Música Espanhola e inaugura um caminho insuspeito para a aurora dos Novecentos: se Albéniz e Granados são herdeiros do Romantismo, Manuel de Falla é definitivamente um compositor do século XX.
La Vida Breve pertence àquela primeira fase e foi a obra que tirou Manuel de Falla do anonimato, ao ganhar o prêmio da Real Academia de Belas Artes de Madri. No entanto, posto que composta entre 1904 e 1905, essa pequena ópera em dois atos somente foi estreada em 1913, em Nice. Durante esse período, Falla fez diversas revisões na partitura, sobretudo na instrumentação, ajudado 19
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a Filar m
so bre a
Moacyr Laterza Filho
Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC Minas, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais e na Fundação de Educação Artística.
su
ic a Ainda que obra de juventude, La Vida Breve já apresenta aspectos embasadores da linguagem de Manuel de Falla: a escrita austera e precisa, o emprego peculiar do material folclórico espanhol, sem recair em exotismos, mas depurado em elementos fundamentais (o que pode ser entrevisto, por exemplo, no emprego do violão em sua orquestração), o uso, nas linhas melódicas, dos modalismos e das inflexões do canto tradicional espanhol, que põem em xeque o tratamento vocal segundo a tradição do bel canto. Seus trechos puramente instrumentais (sobretudo Interlúdio e Dança), mesmo desvinculados da ópera, assumem tal vigor em unidade e coesão, que acabaram por se incorporar ao repertório sinfônico.
olÁ,
ôn
La Vida Breve pode ser vista, assim, por um lado, como uma obra-chave na linguagem de Falla. Por outro lado, porém, pode ser entendida como uma espécie de síntese de tendências várias da música espanhola, apontadas por seus predecessores ou contemporâneos. Uma espécie de resultante (no sentido matemático do termo) das “fontes primárias”, sobretudo advindas do Romantismo Italiano e de Liszt, e das fontes que lhe são (ao próprio Falla) diretas: seus contemporâneos franceses (sobretudo Debussy) e espanhóis (em especial Albéniz), além do folclore musical andaluz. Como tudo na obra de Falla, La Vida Breve continua surpreendente! Com isso, revela genuinamente a criatividade desse grande rebento da arte espanhola.
Saiba tu
pelos conselhos do compositor Paul Dukas, seu amigo. Em La vida Breve Falla questiona, em primeiro lugar, o gênero: embora ópera, o tratamento sinfônico é de tal forma valorizado que adquire evidência até então pouco comum.
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ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM OUTRAS
SÉRIES DE CONCERTOS jovens da rede escolar pública e particular e instituições sociais. Serão realizados três grandes concertos no auditório do Sesc Palladium.
Concertos para a Juventude Realizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar público para a música clássica. As apresentações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas. Local: Teatro Sesc Palladium Horário: 11 horas da manhã Datas: 25 de março 27 de maio 12 de agosto 30 de setembro 21 de outubro 11 de novembro
Festivais O Festival Tinta Fresca procura identificar e promover novos compositores brasileiros. O concerto de encerramento será realizado no Sesc Palladium no dia 20 de setembro. O Laboratório de Regência tem por finalidade dar oportunidade a jovens regentes brasileiros, de comprovada experiência, de desenvolver, na prática, a habilidade de lidar com uma orquestra profissional. Concerto no Sesc Palladium, dia 8 de dezembro.
Clássicos no Parque Realizados em parques e praças da RMBH, proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscando democratizar o acesso da população em geral à música clássica. Em 2012 as datas são:
Turnês Estaduais As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha o contato direto com música sinfônica de excelência. Nove municípios serão contemplados em 2012.
6 de maio Praça do Papa, Mangabeiras, 19 horas 20 de maio Praça Floriano Peixoto, Santa Efigênia, 11 horas
Turnês Nacionais e Internacionais
19 de agosto Praça Duque de Caxias, Santa Tereza, 11 horas
Com essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colocar o Estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clássica. Em 2012, a Orquestra se apresentará no Festival de Campos do Jordão e fará sua primeira turnê internacional para o Cone Sul, com concertos na Argentina (Buenos Aires, Rosário e Córdoba), no Chile (Santiago) e no Uruguai (Montevideo).
2 de setembro Praça da Liberdade, Funcionários, 11 horas 16 de setembro Inhotim, Brumadinho, 15h30
Concertos Didáticos De caráter educativo, não são concertos abertos ao público, mas destinados exclusivamente a grupos de crianças e 22
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ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS JUNHO 2012
Flautas
Cássia Lima* Renata Xavier ** Alexandre Braga Elena Suchkova Oboés
DIRETOR ARTíSTICO e REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
REGENTE ASSISTENTE
Marcos Arakaki
Primeiros Violinos
Anthony Flint spalla Rommel Fernandes assistente de spalla Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Eliseu Martins de Barros Jovana Trifunovic Marcio Cecconello Martha de Moura Pacífico Mateus Freire Rodolfo Marques Toffolo Rodrigo de Oliveira Tiago Ellwanger Segundos Violinos
Frank Haemmer * Leonidas Cáceres ** Eri Lou Miyake Nogueira Gláucia de Andrade Borges José Augusto de Almeida Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Radmila Bocev Rodrigo Bustamante Valentina Gostilovitch Violas
João Carlos Ferreira * Roberto Papi ** Cleusa de Sana Nébias Gerry Varona Gilberto Paganini Glaúcia Martins de Barros Marcelo Nébias Nathan Medina Katarzyna Druzd William Martins Violoncelos
Elise Pittenger *** Ana Isabel Zorro Camila Pacífico Camilla Ribeiro Lina Radovanovic Matthew Ryan-Kelzenberg Pedro Bielschowsky Robson Fonseca Contrabaixos
Colin Chatfield * Nilson Bellotto ** Brian Fountain Hector Manuel Espinosa Marcelo Cunha Valdir Claudino
Alexandre Barros * Ravi Shankar ** Israel Silas Muniz Moisés Pena Clarinetes
Dominic Desautels * Marcus Julius Lander ** Ney Campos Franco Alexandre Silva Fagotes
Catherine Carignan * Ariana Pedrosa Andrew Huntriss Romeu Rabelo Fabio Cury **** Trompas
Evgueni Gerassimov * Gustavo Garcia Trindade ** José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata
Supervisor de Montagem
Rodrigo Castro MONTADOR
PRóximos
Carlos Natanael
Instituto Cultural Filarmônica
concertos
Diretoria Executiva Diretor Presidente
Diomar Silveira
Diretor Administrativo-financeiro
Tiago Cacique Moraes Diretora de Comunicação
Junho
Diretor de Marketing e Relacionamento
Turnê Estadual 6 de junho quarta-feira, 19h Itabira Marcos Arakaki regente VERDI/ VILLA-LOBOS / DUKAS / PIAZZOLLA / J. WILLIAMS / TCHAIKOVSKY
Jacqueline Guimarães Ferreira Thiago Nagib Hinkelmann Diretor de Produção Musical
Marcos Souza
Equipe Técnica Gerente de Comunicação
Merrina Godinho Delgado Gerente de Produção Musical
Claudia Guimarães Produtora
Carolina Debrot
Marcela Dantés
Temporada de Ópera da Fundação Clóvis Salgado 17, 19, 21, 23, 26 e 28 de junho Palácio das Artes Roberto Tibiriçá regente PUCCINI Tosca
Mônica Moreira
Julho
Tímpanos
Mariana Theodorica
Percussão
Mariana Garcia
Série Allegro 5 de julho quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mechetti regente Nelson Freire piano BERIO/ MOZART / FALLA / RAVEL
Trompetes
Marlon Humphreys * Erico Oliveira Fonseca ** Daniel Leal Trombones
Mark John Mulley * Wagner Mayer ** Renato Lisboa Tuba
Eleilton Cruz *
Produtor
Luis Otávio Amorim Produtor
Narren Felipe
Analista de Comunicação
Andréa Mendes
Analista de Comunicação Analista de Marketing de Relacionamento Analista de Marketing e Projetos
Patricio Hernández Pradenas* Rafael Costa Alberto * Daniel Lemos ** Werner Silveira Sérgio Aluotto Harpas
Assistente de Comunicação Auxiliar de Produção
Lucas Paiva
Equipe Administrativa Analista Administrativo
Eliana Salazar
Jennifer Campbell ****
Analista de Recursos Humanos
Teclados
Analista Financeiro
Ayumi Shigeta * Gerente
Jussan Fernandes Inspetora
Karolina Lima Assistente Administrativo
Débora Vieira
Quézia Macedo Silva Thais Boaventura Secretária Executiva
Flaviana Mendes
Auxiliares Administrativos
Cristiane Reis, João Paulo de Oliveira e Vivian Figueiredo Recepcionista
Lizonete Prates Siqueira Auxiliar de Serviços Gerais
Arquivista
Ailda Conceição
Sergio Almeida
Mensageiro
Assistentes
Ana Lucia Kobayashi Klênio Carvalho Maíra Cimbleris
Jeferson Silva Menor Aprendiz
Pietro Tayrone
Fabio Mechetti regente Luíz Filip violino GUARNIERI / SHOSTAKOVICH Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 28 de julho sábado, 21h Fabio Mechetti regente Luíz Filip violino GUARNIERI / SHOSTAKOVICH Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga 29 de julho domingo, 20h30 Juiz de Fora Fabio Mechetti regente Luíz Filip violino WAGNER / GUARNIERI / BERIO / RAVEL
Série Vivace 17 de julho terça-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mechetti regente Johannes Moser violoncelo WAGNER / HINDEMITH / R. STRAUSS Série Allegro 26 de julho quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes
Consultora de programa
Berenice Menegale
*chefe de naipe **assistente de chefe de naipe ***chefe/assistente substituto ****músico convidado
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foto | AndrĂŠ Fossati
Aparelhos Celulares
Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro. Tosse
Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. Aplausos
PatrocÍNIO
Aplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos do regente. Pontualidade
Apoio Cultural
Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça. Crianças
Divulgação
Caso esteja acompanhado por crianças, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável. Fotos e gravações em áudio e vídeo
Não são permitidas na sala de concertos. APOIO INSTITUCIONAL
Comidas e bebidas
Seu consumo não é permitido no interior da sala de concerto.
w w w. i n c o n f i d e n c i a . c o m . b r
REALIZAÇÃO
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CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS O programa mensal impresso é elaborado com a participação de diversos especialistas e objetiva oferecer uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Desfrute da leitura e estudo. Solicitamos a todos que evitem o desperdício, pegando apenas um programa por mês. Se você vier a mais de um concerto no mês, traga o seu programa ou, se o esqueceu em casa, use o programa entregue pelas recepcionistas e devolva-o, depositando-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro. O programa se encontra também disponível em nosso site: www.filarmonica.art.br. 29
“Apesar sua fundação, em a Orquestra Filarmô já vem acum tornando uma referên www.filarmonica.art.br R. Paraíba, 330 | 120 andar | Funcionários CEP 30130-917 | Belo Horizonte | MG Tel. 31 3219 9000 | Fax 31 3219 9030 contato@filarmonica.art.br
REALIZAÇÃO