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Fim de semana com sol entre nuvens. Pode chover no sábado e no domingo. www.climatempo.com.br

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29o 21o

MÁXIMA

ANO 2 NÚMERO 49

Não Conhecemos Assuntos Proibidos

MÍNIMA

FIM DE SEMANA DE 27 DE FEVEREIRO A 1 DE MARÇO DE 2015

FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EXEMPLAR: R$ 1,00

D E M O C R A T A X U R T, S Á B A D O - 1 9 H O R A S - M A M M O U D A B B A S

Só a vitória interessa ao Democrata Rubens Júnior

O Democrata enfrenta a URT de Patos de Minas neste sábado no Mamudão. O time está disposto a vencer e encaixar um sequência de vitórias que o levará ao G4. O técnico Gilmar Estevam disse que o clima de confiança prevalece entre os jogadores e comissão técnica. A ordem é corrigir as falhas identificadas na derrota contra o Tupi, no domingo. Durante a semana, Gilmar Estevam fez mudanças na equipe e promoveu a entrada de Júlio César Salvino na lateral esquerda e Kaio Wilker no ataque. Isto é um indicativo de que a equipe titular pode ter novidades neste sábado. Página 12 No último domingo, a torcida compareceu ao Mamudão na esperança de ver a primeira vitória da Pantera, mas saiu decepcionada

LEIA MAIS Diórgenes Lessa

Idilena

Queiroz Boone No 8 de março, exatamente no Dia Internacional da Mulher, uma bela mulher valadarense, Idilena Queiroz Boone, vai concorrer ao título de Miss Minas Gerais Pluz Size, em Belo Horizonte. Idilena, a representante das mulheres plus size de Governador Valadares, tem 32 anos de idade, é linda e tem um corpo que a credencia a conquistar este título. Página 7 Arquivo Pessoal

Campeonato de Parapente começa neste fim de semana em GV

Página 11

Arquivo Pessoal

Virgínia

Nalon

As características de um bom jornalista venceram a ideia de adolescente, de ser médica. Virginia Nalon, valadarense que hoje brilha na tela da Record Minas, nas matérias policiais, traçou todo o seu currículo profissional na imprensa de Governador Valadares.

Página 8

Marcos Imbrizi fala dos 70 anos de morte do poeta Mário de Andrade Página 10

HOMENAGEM / DEDICATÓRIA

Mais que uma homenagem e dedicatória: Gratidão. O Jornalista José Marcelo, que escreve a sua coluna semanal “Notícias do Poder” neste Figueira, de Brasília, DF, manifesta sua gratidão ao jornalista e seu mestre, Antor Santana, que morreu no início desta semana. “Seo Antor” era um querido, e trabalhou anos e anos no Diário do Rio Doce. Este Figueira também rende homenagens a Antor Santana. Página 5


OPINIÃO

Opinião

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FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015

Tim Filho Tá danado!

Escrúpulos jogados às favas Quem conhece como funciona uma redação de jornal não se surpreenderia com a situação. A surpresa é quanto ao procedimento: tradicionalmente, as ordens para manipular o noticiário, por mais abjeção e revolta que causem, costumam ser verbais. Daí o espanto diante da notícia de que a direção de jornalismo da Globo enviou mensagem escrita determinando o corte de qualquer referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nas mais recentes denúncias da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção na Petrobras. O e-mail com essa orientação foi inicialmente divulgado no blog de Luís Nassif , no domingo (8/2), e logo se espalhou pela internet: “(...) a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou um e-mail a todos os chefes de núcleo com o seguinte conteúdo: ‘Assunto: Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato. Atenção para a orientação: Sergio e Mazza: revisem os VTs com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique’.” Segundo Nassif, “o recado se deveu ao fato de a reportagem ter procurado FHC para repercutir as declarações de Pedro Barusco [ex-diretor da Petrobras, um dos que fizeram acordo de delação premiada] – de que recebia propinas antes do governo Lula”. As declarações constam de depoimento prestado em novembro do ano passado, mas apenas agora liberado. Barusco diz que começou a receber propina “em 97 ou 98”, mas esse trecho não apareceu imediatamente nas reportagens dos canais da Globo. O caso recebeu tratamento diferente no Jornal Nacional e nos jornais da GloboNews.

Parlatório Você concorda com a proibição dos comerciais de bebidas alcoólicas, assim como aconteceu com as propagandas de cigarros?

Recapitulando As primeiras reportagens foram ao ar na tarde de quinta-feira (5/2). Na GloboNews, a primeira matéria não faz referência ao período anterior aos governos petistas, mas à noite, no Jornal das Dez, essa menção é explícita e repetida no dia seguinte. Na tarde do dia 6/2, em matéria cujo link chama para o título “Ex-gerente da Petrobrás diz que começou a receber propina em 1997”, a repórter lembra que “na época o país era comandado pelo PSDB”, mas ressalva que, sobre esse período, “o ex-gerente da Petrobras não deixa claro se recebeu propina a pedido de alguém ou de algum partido político”. Na longa reportagem, de quase seis minutos, em que começou a tratar do caso, em 5/2, o Jornal Nacional utiliza seus habituais recursos de infografia para detalhar como funcionava o esquema denunciado por Barusco, mas omite a referência ao período de FHC. Pelo contrário, destaca, no infográfico, o pagamento de propina “em 90 contratos, entre 2003 e 2013, nos governos Lula e Dilma”. Apenas no dia seguinte, em reportagem um pouco menos longa, o JN menciona que o denunciante diz ter começado a receber propina “em 97 ou 98, durante o governo Fernando Henrique Cardoso”, mas também ressalva que ele “não esclareceu se o dinheiro recebido naquela época era destinado ao PSDB, partido do então presidente da República, ou a alguma aliança que o apoiava”. No sábado (7/2), o jornal anuncia que Fernando Henrique comentou “por escrito” o depoimento de Barusco eximindo o seu governo de responsabilidade na história. Deixando rastros As reportagens informaram que os envolvidos cuidavam de não deixar rastros. Tampouco o tipo de ordem que partiu da direção de jornalismo da Globo deveria deixá-los. Mas deixou. Seria improvável pensar que, nesses tempos de internet, o e-mail não vazaria. Mesmo considerando a hesitação dos jornalistas em denunciar o que ocorreu, por medo de perder o emprego. Assim, a divulgação do e-mail só complicou as coisas para a empresa, ao menos em relação ao público minimamente atento, quando o Jornal Nacional pediu desculpas, em sua edição de segunda-feira (9/2), por ter insinuado que um dos ex-diretores da Petrobras, Guilherme Estrella, estaria comprometido no esquema de propina, quando o próprio denunciante o isentava. A autora deste artigo, transcrito do site da Federação Nacional dos Jornalistas, é Sylvia Debossan Moretzsohn, jornalista, professora da Universidade Federal Fluminense, presidente da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

Expediente Jornal Figueira, editado por Editora Figueira. CNPJ 20.228.693/0001-81 Av. Minas Gerais, 700/601 Centro - CEP 35.010-151 Governador Valadares MG - Telefone (33) 3022.1813 E-mail redacao.figueira@gmail.com São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica. Diretor de Redação Alpiniano Silva Filho Conselho Administrativo Alpiniano Silva Filho MG 09324 JP Jaider Batista da Silva MTb ES 482 Ombudsman José Carlos Aragão Reg. 00005IL-ES Diretor de Assuntos Jurídicos Schinyder Exupéry Cardozo

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Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

A bebida alcóolica é uma droga SIM

Marcos Dias

Mídia dita valores, vícios, padrões de beleza, padrões comportamentais, paradigmas... Fico aqui até amanhã pra dizer os malefícios que os meios de comunicação de massa provocam na sociedade! Adolescentes e crianças são as mais vulneráveis a esse bombardeio. As crianças por ainda não terem desenvolvido uma visão crítica e os adolescentes por terem uma necessidade de identificação com outros jovens. E quem não quer se identificar com aqueles jovens lindos e felizes das propagandas? As propagandas de bebidas alcóolicas exibem mulheres bonitas e sensuais, rapazes sarados e muita, muita felicidade, passando a mensagem que a ingestão de álcool é algo bom, prazeroso e que aporta à sua vida status, liberdade e beleza. Não mencionam, porém, todos os malefícios que podem trazer as bebidas alcóolicas: famílias destruídas, dependência, doenças como cirrose, alcoolismo, câncer hepático e até mesmo uma vida vazia, sem esse glamour prometido. Sem falar das propagandas machistas, apelativas, que colocam às mulheres como meros objetos à mercê da vontade masculina. Há estudos que comprovam que depois da proibição de propagandas de cigarros o número de fumantes caiu consideravelmente. Segundo um dos pesquisadores da Unifesp, Elisaldo Carlini, o número caiu tanto en-

tre os meninos como entre as meninas. Nos primeiros, a queda foi de 36% (1997) para 21,9%. Na outra faixa, de 31,9% para 21,3%. Entre os pré-adolescentes (12 a 14 anos) também houve diminuição: de 13,8% para 8%. Como o Brasil, outros países também proibiram ou fizeram sérias restrições à propaganda do cigarro, como Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Austrália, Bélgica, Noruega e Suécia. Outros quatro países proibiram totalmente a propaganda do cigarro: Nova Zelândia, Noruega, Finlândia e França, e conseguiram reduzir o consumo do produto em 21%, 26%, 37% e 14%, respectivamente. É fato que a mídia nos influencia nas roupas que usamos, em nosso vocabulário, hábitos e até nas relações pessoais. Até mesmo aqueles que procuram se proteger dessa influência a sofre no convívio social. A mídia poderia contribuir muito no desenvolvimento de ações positivas, porém, dominada pelo mercado, quer vender. E os piores produtos são os que mais precisam de propaganda. Daí o motivo das propagandas apelativas dos comerciais de cerveja. Precisamos proteger nossos jovens desse bombardeio de mensagens equivocadas, dos valores invertidos. A bebida alcóolica é uma droga, ainda que lícita, e não deve ter o seu uso estimulado. Marcos Dias é representante comercial de produtos farmacêuticos

As pessoas não vão deixar de beber se os comerciais de cerveja forem banidos NÃO

Flávia Santos

Quando eu era pequena, lá pelas décadas de 80/90, eu sempre via aqueles comerciais de cigarro, comerciais interessantes, chamativos, criativos. Via também comerciais de bebidas alcoólicas, Campari, Martini, vodcas, é claro, os de cerveja. De repente os comerciais de cigarro já não existiam mais, foram proibidos, Porque alguém achou inapropriado, diziam na época que os comerciais incentivavam as pessoas a fumar, as crianças iriam crescer tendo aquela ideia de que fumar era legal. Eu como era muito nova não entendia muito, mas ai eu cresci e até hoje não entendo o porquê que retiraram os comerciais de cigarro do ar. Até onde eu sei, ninguém parou de fumar por isso, eu cresci assistindo e nunca fumei por causa dos comerciais ,na verdade eu nunca fumei mesmo. Bom, escrevi essa história toda para dizer que não são os comerciais que fazem com que as pessoas fumem ou bebam. Escrevi isso tudo para dizer que sou totalmente contra a retirada dos comerciais de bebida alcoólica do ar. Bebe quem quer, todo mundo sabe as consequências que o uso exagerado da bebida traz. Desculpem-me, mas não acho que alguém é alcoólatra por que simplesmente assistiu a uma propaganda e decidiu q iria começar a beber. Até porque não se existe nenhum tipo de propaganda que incentive o uso de drogas - maconha, cocaína, crack - e nem por isso o número de viciados é menor, muito pelo contrário, esse número vem crescendo, e muito, durante os anos. As pessoas precisam entender que o comercial é uma simples estratégia de marketing como outra qual-

quer. Se fôssemos olhar pelo lado do incentivo, então os comerciais de comida deveriam ser proibidos porque incentivam as pessoas a comeram e ficarem obesas. Os comerciais de roupas, sapatos e brinquedos também, porque incentivam o consumismo e as pessoas a se endividarem. Claro que não sou tão tola assim a ponto de não saber que crianças são muito manipuláveis, e que sim, talvez assistir a um comercial de cerveja possa instigar nela a curiosidade sobre o produto, mas deixo aqui uma pergunta: será que os pais dessas crianças, os mesmos q estão aí fazendo um rebuliço em torno das propagandas, será que esses pais deixam de beber na frente dos filhos? Será que eles deixam de ter aquele vinho ou aquela cerveja geladinha em casa, ou retiram os filhos do churrasco porque as crianças estão vendo bebidas alcoólicas? E a resposta para essa pergunta é um simples e sonora: Não. Nenhum pai faz isso, a não ser que os pais não bebam. Então, minha gente, vamos largar de hipocrisia, até por que o Brasil tem problemas muito mais sérios para serem discutidos, e as pessoas não vão deixar de beber por que os comerciais foram banidos. Vamos começar a educar nossas crianças desde cedo, mostrando os malefícios que o uso exagerado de bebidas, ou de qualquer outro tipo de “droga” pode trazer. Vamos mostrar para nossa futura geração que não é um simples comercial que vai fazer com que você comece a beber e vire um alcoólatra, mas sim suas escolhas. Aí, quem sabe, teremos uma geração de pessoas menos hipócritas e falsos moralistas. Flávia Santos é jornalista formada na Univale


POLÍTICA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015

Da Redação

Sacudindo a Figueira A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino

O diretor da Globo que quer cassar 54 milhões de votos O que acontece quando um jornalista acredita na Veja e é formado pela Globo? Bem, são grandes as chances de ele se tornar Erick Bretas. Bretas, que ocupou diversas posições de destaque no telejornalismo da Globo e hoje é seu diretor de Mídias Digitais, fez ontem uma coisa que desafia a capacidade de compreensão. Defendeu, no Facebook, a cassação de 54 milhões de votos dados há menos de cinco meses para Dilma. Ele acha que Dilma deve ser objeto de impeachment. E fez questão de avisar que estará na manifestação pela queda do governo eleito em 15 de março. Uma jornalista da grande mídia, extremamente incomodada com a fanfarronice de Bretas, foi quem me avisou. Eu jamais ouvira falar dele, e lamento tê-lo conhecido. Mas não me surpreendo. É uma oportunidade de as pessoas saberem como é feito o jornalismo da Globo, para além dos comentaristas e apresentadores que estão na tela. Atrás deles, há coisa igual ou pior, como Bretas. Ele foi diretor executivo de jornalismo da TV Globo, cargo no qual foi substituído pela jornalista Sílvia Faria, celebrizada por ter mandado tirar o nome de FHC do noticiário da Lava Jato. Você lê Bretas e descobre por que o jornalismo da Globo é o que é. Ele cita a Veja, publicação sem nenhum compromisso com a verdade há muitos anos, como um muçulmano se refere ao Corão. Isso o faria um analfabeto político, apenas, não fosse a posição que ocupa na Globo. Imagine a forma como ele editou as reportagens quando ocupou posições de chefia na emissora. Agora pense no que esperam os consumidores do jornalismo digital da Globo sob seu comando. E o fato é que Bretas é um na multidão dentro da Globo. Fica claro, lendo o seu bestialógico, por que a Globo escondeu o helicóptero com meia tonelada de pasta de cocaína descoberto no helicóptero

BLOCO DE NOTAS

de um amigo fraternal de Aécio. Também ficou evidente por que o aeroporto de Cláudio não mereceu uma cobertura minimamente decente da Globo. Com editores como Bretas, como esperar que a Globo fosse tratar como deveria o espetacular caso das contas secretas do HSBC? Isso só vai virar assunto se aparecer, na lista das contas, alguém ligado ao governo. Desde que, naturalmente, nela não figure alguém da família Marinho. Bretas é uma aberração jornalística, e uma tragédia para o jornalismo brasileiro. Dado o alcance da Globo, e seu poder de manipulação, é uma ameaça à sociedade. Quantos cidadãos ingênuos não são deformados pelo trabalho de jornalistas como ele? Pessoalmente, gostaria de saber se sua indignação não se estende à sonegação multimilionária de sua empresa. Também queria saber, imaginando que ele seja um advogado do livre mercado, sua opinião sobre a reserva que ainda hoje beneficia a Globo e demais empresas jornalísticas. Talvez fosse bom também ouvi-lo sobre o Mensalão eterno da Globo – o dinheiro público em doses colossais que acorre à empresa por meio de publicidade federal. Sem esse dinheiro, coisa de meio bilhão ao ano de reais apenas do governo federal (sem contar os estaduais), a Globo, tal como conhecemos, verga e quebra. E Bretas, o homem que quer cassar Dilma, perde sua boquinha. Ele avisa, num tom estranhamente solene, que vai para a rua em 15 de março — não como um reporter para cobrir o protesto, ou mesmo como um editor para observar as coisas, mas como o que de fato é: um militante de direita fantasiado de jornalista.

Salários dos Deputados

Parar na sombra

O movimento contra o aumento nos salários dos deputados federais, que instalou faixas em monumentos das praças do Vigésimo e dos Pioneiros, anda sumido da cidade. As prioridades agora são outras: lutar contra o aumento das passagens de ônibus urbanos e pelo impeachment da presidenta Dilma.

Virou febre. Motoristas e motociclistas de Valadares param muito antes da faixa de segurança e das faixa de pedestres. Param onde tem uma sombra, mesma que esta esteja no meio do quarteirão. Existem vácuos de 100 e 50 metros antes da faixa e uma fila enorme atrás de um privilegiado que procurou, achou e parou na sombra. Quem fica atrás, além de ficar no sol, acaba obstruindo a passagem de outros veículos nas ruas transversais. Frescura!

Salário dos Deputados II Este Figueira tentou por diversas vezes ouvir a opinião dos nossos representantes na Câmara Federal, sem sucesso. As assessorias do deputado Leonardo Monteiro (PT) e da deputada Brunny Gomes (PTC) receberam por escrito as solicitações de entrevista, mas não responderam. Vamos aguardar!

Mais faixas O problema é que, sem respostas e sem posicionamento do deputado e da deputada, o movimento vai continuar instalando suas faixas nos monumentos das praças, prática que este Figueira não considera legal.

Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site www.diariodocentrodomundo.com.br

Limpeza

FRASE

O Semov tirou as montanhas de entulho que estavam debaixo da Ponte de São Raimundo. Ufa!

A primeira condição para ser alguma coisa é não querer ser tudo ao mesmo tempo.

Frescura sem fim A cena acontece até pela manhã, entre 7h e 8h, horário em que os médicos orientam seus pacientes a tomar banho de sol. É muita frescura. E as autoridades de trânsito só observam.

Conversão permitida E por falar em autoridades de trânsito, é de se admirar a complacência destas autoridades com os carros e motos que vêm da Praça da Estação e fazem um contorno para entrar no Mergulhão. Tudo debaixo da placa “conversão proibida”. Pergunta: qual é a serventia daquela placa, fincada ali, há anos?

Alceu do Amoroso Lima (Tristão de Athayde)

CIDADANIA

Ministério Público protocola Ação Civil Pública contra a Prefeitura Gina Pagú / Repórter O Ministério Público de Minas Gerais através da 15a. Promotoria de Justiça da Comarca de Governador Valadares ajuizou na última quarta-feira (24), uma ação coletiva pública contra a prefeitura de Governador Valadares. Em função de pacientes atendidos no Hospital Municipal estarem sendo internados nos corredores do hospital. O Promotor de Justiça, Lélio Braga Calhau, explicou que a situação já vem se arrastando desde 2012. “No ano de 2012 o Ministério Público instaurou um inquérito civil para acompanhar a informação de que haviam pessoas sendo internadas nos corredores do Hospital Municipal. Após a instauração mantivemos contato com a Administração Pública para tentar resolver o problema. E fazíamos as medições alternadas para saber se haviam pessoas sendo internadas nessa situação. Encontrávamos na média de 18 a 27 pessoas por dia nessa situação, e isso vem se mantendo até hoje.” O promotor explica durante esses dois anos a Secretaria de Saúde foi procurada e está ciente da situação vivenciada por esses pacientes. “Nós já procurando tanto o secretário anterior como a secretária que atua hoje, e não conseguimos chegar a uma solução para esse problema. No geral a Administração alega que construção da UPA, que seria inaugurada resolverá, mas que nunca se inaugura. Alega que construir um hospital regional resolverá. Nós não sabemos e não podemos ter ideia de quando esse hospital funcionará. Pois é sabido de todos que as obras foram paralisadas. E sabemos que construir um prédio é fácil, mas contratar funcionários, com-

prar maquinário, isso tudo gera gastos. Sem falar das limitações que o Poder Público tem também, nós sabemos de tudo isso. Só que a população de Valadares não pode ser penalizada, e não podemos aguentar mais essa situação. Então ajuizamos hoje uma Ação Coletiva Pública contra a Prefeitura de Governador Valadares exigindo o fim dessa situação, dessas internações nos corredores. Nós queremos que se providencie um local adequado para internar essas pessoas. Podendo ser pagos em hospitais particulares ou por meio de convênio com esses. Isso tem que acabar, e não pode continuar mais. Pois essa é uma situação que já vem penalizando a população de Valadares há muito tempo e não há como mais ser sustentada dessa maneira.” Leitos Calhau disse ainda que está sendo feito uma análise do Ministério Público com relação a número de leitos oferecidos pelo Hospital. “Estamos levantando também uma discussão sobre a quantidade de leitos no HM, pois está muito abaixo do que deveria ter para atender Valadares. Pois essa questão de falta de leitos aponta que estão sendo feitos investimentos menores dos que deveriam ser feitos na saúde nesse ponto da quantidade de leitos. Embora esse não seja o problema também sério, a ação civil vem tratar diretamente da questão das pessoas nos corredores. E além disso vamos verificar se o hospital tem priorizado o atendimento infantil e para os idosos, e que de fato tem que ser prioridade. E estamos abertos ao diálogo com a Administração Pública para chegarmos a uma solução que seja melhor para a população de Governador Valadares.”

As providências para que alguma decisão seja tomada segundo o Promotor, são imediatas. “Estamos tentando uma liminar para acabar com esse problema de imediato, e se isso não resolver vamos pedir a aplicação de multa no patrimônio do Município, na multa de R$100 por dia para cada pessoa que estiver internada nos corredores. E no decorrer do processo judicial, se ocorrerem desdobramentos ou descumprimentos de ordens judiciais de saúde, nós vamos pedir a aplicação de multa no patrimônio da prefeita e da secretária de saúde. Mas sempre a Promotoria da Saúde presa pelo acordo. Isso são providências que podem ser tomadas se nada for resolvido da forma que deve ser.” O HM presta atendimento a mais 84 municípios da nossa Macrorregião, o que representa uma população com mais de um milhão e meio de habitantes. Atende aproximadamente 1300 pessoas por dia. É o único pronto socorro da região, com portas abertas 24h por dia/SUS; isto significa que não se pode negar atendimento a ninguém que necessite, incluindo vítimas que possuem planos de saúde particular, conforme a LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Prefeitura contesta Em nota, a Secretaria Municipal de Comunicação e Mobilização Social informou que o HM trabalha diariamente com vaga zero, com aproximadamente 100,04% dos leitos ocupados. Tem capacidade instalada de atendimento a todas as

urgências e emergências, incluindo gestantes de alto risco e pacientes politraumatizados dentre outros, uma vez que os municípios, quando têm, são hospitais de pequeno porte de baixa resolutividade. Dispõe de uma sala de emergência com equipe de excelência, e ainda 08 leitos de UTI adulto dentre os demais totalizando 290 leitos. Conta ainda com a única UTI Neonatal da região incluindo hospitais públicos e privados, com 20 leitos para neonatos e equipe técnica capacitada para este fim. Em 2014, o HM realizou 24.621(vinte e quatro mil e seiscentas e vinte e uma) internações hospitalares apresentando uma taxa de transferência de apenas 3,75%, o que indica uma alta resolutividade hospitalar. Segundo a Secom, o governo municipal tem trabalhado para minimizar o problema do HM. A qualificação da Atenção Primária, com mais médicos nas unidades de saúde, tem reduzido de forma significativa os atendimentos no HM: as consultas ambulatoriais de urgência, por exemplo, apresentam uma queda de 14,36%; em 2013 foram contabilizadas 270.944 consultas e, em 2014 foram 232.044. Em 2013, por exemplo, foram realizados 28.723 atendimentos pré-hospitalares de urgência (consultas ambulatoriais). No ano seguinte, esse número caiu 7,53%, registrando 26.561 atendimentos. As internações hospitalares de pacientes de Valadares caíram de 63,13% para 57,52%. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde preconiza que uma parcela de 6,5% da população de Valadares precisará de atendimento Hospitalar, o que corresponde a 17.028 habitantes. Mas, o Município internou muito menos em 2014, apenas 14.824 valadarenses foram internados, uma diferença de 12,94%.


METROPOLITANO 4

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015

UBS abre espaço para a prática de Liang Gong O Liang Gong é uma acupuntura em forma de ginástica, que possui 54 movimentos e proporciona inúmeros benefícios para o bem estar das pessoas Da Redação

Todas as segundas-feiras, um grupo de cerca de 15 pessoas, das mais variadas idades, se reúne para praticar o Liang Gong na quadra do bairro Altinópolis. Com roupas leves e movimentos lentos e precisos, eles alongam mãos, braços e pernas, exercitam as costas e o pescoço. Tudo sob a orientação da farmacêutica do Núcleo de Apoio à Saúde da Família II (Nasf), Luciana Silva Glória. Sem contra indicações, a prática corporal chinesa, que nasceu na década de 70 pelas mãos do ortopedista Zhuang Yuan Ming, foi criada para prevenir e tratar dores no corpo. “O Liang Gong é uma acupuntura em forma de ginástica, que possui 54 movimentos e proporciona inúmeros benefícios, melhorando a qualidade do sono, a respiração, as capacidades motoras, a mobilidade, reduzindo o uso de medicamentos, dando mais disposição para realizar as tarefas do dia-a-dia, aumentando a força, a flexibilidade, o equilíbrio, e, ainda sociabilizando as pessoas”, explicou Luciana. Com adeptos por todo o mundo, até a pequena Nicole, de apenas 6 anos já se rendeu aos exercícios. “Eu sempre venho com a minha

tia Marisa; então, resolvi fazer e, gostei. Outro dia estava com dor no pescoço, vim para cá, fiz os exercícios e a dor foi embora”, conta. Ivanildes Maria Dias pratica a atividade há 2 anos e já sente os resultados de manter uma vida saudável. “Quando comecei a fazer os exercícios pesava 80 kg, tinha osteoporose nos dois joelhos e, só andava de cadeira de rodas. Hoje, estou com 68 kg, ando sozinha para cima e para baixo, e, feita a ginástica, volto para casa com o astral lá em cima. Abaixo de Deus, foi o Liang Long que me curou”, explica. Já Ronaldo Zaidan é o único homem do grupo, e começou a participar para acompanhar a esposa. “Uni o útil ao agradável, pois além de vir com ela, ainda faço uma atividade física. E, além de ser de graça, ainda proporciona qualidade de vida. É feito um trabalho de incentivo pelas profissionais de saúde, que nos orientam em relação à glicose, pressão arterial ou à dengue e à Chikungunya, como foi feito hoje”, esclarece. No final da atividade, os participantes receberam panfletos com informações e cuidados para prevenir que o mosquito transmissor da dengue e da febre Chikungunya proliferem no Município.

E mais: depois ainda foi feita sessão de auriculoterapia - técnica em que se utiliza sementes para estimular pontos situados na orelha, que correspondem a todos os órgãos e funções do corpo. Onedir Xavier de Souza Valbuza procurou o grupo para a realização da Auriculoterapia há um ano e meio para curar o vazio deixado pela filha e os netos, que foram embora para o Rio de Janeiro. “Cheguei aqui muito ansiosa, mas não conseguia definir este sentimento; dizia que era saudade e, não ansiedade. Com o Liang Long cuido do corpo e, com a auriculoterapia, do meu coração que está em pedaços! Me sinto muito melhor fazendo ambas as atividades!”, desabafou ela. Como participar Quem tem interesse em participar do grupo de Liang Gong e ainda não compareceu, o grupo se reúne às quartas-feiras, às 7h30 na unidade de saúde Caic I. Para isso, basta comparecer ao local, apresentar o cartão do SUS e entrar para a turma. E, todas às segundas-feiras, também às 7h30, na praça do bairro Altinópolis. Não esqueça do cartão SUS!

Prefeitura inaugura mais um CRAS Da Redação

A partir do dia 2 de março, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU), por meio do Departamento de Transportes, Trânsito e Sistema Viário (DTTSV), iniciará as vistorias em veículos que realizam o transporte escolar. Os permissionários - que possuem a concessão das vans para este tipo de transporte - deverão comparecer, primeiramente, à SMSU (Avenida JK, nº 1934, 2º andar, bairro Vila Bretas) para a atualização de cadastro. Além disso, devem estar munidos de cópia dos documentos solicitados, para que tenham a vistoria autorizada. O atendimento será feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h. As vistorias serão realizadas no pátio da SMSU, com horários distintos para determinados anos de fabricação dos automóveis. Os veículos fabricados até 2012 serão vistoriados no horário de 14h às 16h. Já os fabricados a partir de 2013 passarão pela vistoria entre 8h às 10h, conforme agendamento prévio na Gerência de Transporte Público, localizada no prédio da SMSU. Durante as vistorias, todos os equipamentos de segurança veicular e documentos dos condutores e auxiliares dos veículos serão analisados. Os veículos que forem aprovados serão, posteriormente, adesivados pelo Departamento de Transportes,

Saúde

Derli Batista da Silva

Saúde da pessoa adulta Imagino que em muitos cantos do mundo existem mulheres e homens que ainda acreditam não precisar de um serviço de saúde, de uma atenção especial de profissionais, de cuidados com o corpo, de orientações para a preservação e melhoria de condições de saúde individual e, também, coletiva. Em outros tempos, o modelo de atenção à saúde era centrado apenas em doenças e em hospitais, numa visão restritamente curativa, ou seja, adoeceu e tratou, na expectativa da cura. Atualmente, é quase consenso no meio acadêmico e de profissionais da saúde que esse modelo curativo está reprovado, apesar de, infelizmente, ainda hegemônico. Este modelo é ruim porque promove sofrimento às pessoas, às suas famílias e, drasticamente, colabora no alastramento das doenças por não tratá-las em suas raízes. Assim, a linha meramente curativa de tratamento na saúde é ineficiente, não desperta as pessoas para a prevenção de danos e não as estimula para atitudes direcionadas à promoção da saúde, culminando em moléstias e óbitos por causas preveníveis. De acordo com o órgão de maior autoridade sanitária no Brasil, o Ministério da Saúde, as três principais causas de mortes na atualidade são: doenças cardiovasculares (32,5%), neoplasias (16%) = cânceres, e causas externas (14,5%) como a violência e os acidentes automobilísticos. Causas que afligem mais a população

Trânsito e Sistema Viário e liberados para a prestação dos serviços. As vistorias são realizadas com o objetivo de zelar pela segurança dos usuários do transporte escolar. O prazo final para o encaminhamento dos veículos aos locais indicados é o dia 20 de março. Documentos exigidos: Permissionários: Cópia atual do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV); - Atestado médico; -Certificado de participação em curso promovido pelo Sest/Senat ou inclusão na CNH; - Guia de pagamento em dia do Imposto Sobre Serviços (ISS); - Cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH); - Nada Consta da CNH atualizado; - Certidão criminal negativa; - Certificado do INMETRO – verificação do tacógrafo atualizado; - Comprovante de residência. Motorista Auxiliar: Atestado médico; -Certificado de participação em curso promovido pelo Sest / Senat ou inclusão na CNH; - Cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH);- Nada consta da CNH; - Comprovante de residência; - Certidão criminal negativa. Acompanhante: Atestado médico: Documento de identidade; - Comprovante de residência; - Certidão criminal negativa.

adulta, homens e mulheres, necessitando atenção focada nas situações cotidianas que corroboram para agravar esses tristes dados, que significam dentre outros aspectos, a perda de anos de vida de uma população jovem e ativa. Uma vez tomado consciência disso, é necessário proceder a um movimento diferente, que dê outra direção no modo de enxergar a situação de saúde e também na maneira de cuidar-se. No entanto, são muitos os desafios; a exemplo de como principalmente homem costuma achar - equivocadamente - que é forte e que sempre tem saúde, tornando-se um grupo difícil de ser abordado e atendido pelas equipes de saúde, especialmente, da atenção primária, responsáveis pelo desenvolvimento de ações de promoção da saúde comunitária. Sério desafio a ser superado por profissionais de saúde, pacientes e familiares. É preciso redirecionar a atenção à saúde de pessoas adultas para outros horizontes. A começar pela organização dos serviços de saúde que deve ser redimensionada, inovada, de forma a viabilizar as pessoas o acesso ao atendimento e ao acompanhamento, alcançando-as em seus ambientes de trabalho, em seus domicílios e em outros espaços comunitários, como as praças com academias públicas; estas, por sua vez, devendo contar com profissionais habilitados para orientar a população, de forma integrada às ações das equipes da Estratégia Saúde da Família - ESF e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF. A atenção ao estilo de vida, a alimentação, a prática de atividade física, ao convívio social, à prevenção de hábitos ruins como o tabagismo, o sedentarismo, o consumo de drogas e a violência, pode resultar na busca de alternativas de vida mais saudável, mais feliz e mais livre; visto que, do contrário, os prejuízos afetam a todos e todas, inclusive na privação da liberdade, por medo, em seus próprios lares e comunidades, assim, vivendo de forma ame-

CURSO

SESI oferece curso de CIPA gratuito para indústrias Com o objetivo de capacitar os industriários a criar um ambiente seguro e saudável de trabalho, o SESI de Valadares - Cat Abílio Rodrigues Patto, está oferecendo gratuitamente para o setor industrial da cidade o curso de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). As aulas têm como finalidade fornecer conhecimentos básicos através do estudo da norma regulamentadora NR-5 da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho, bem como capacitar o empregador e o empregado dirigente da CIPA (cipeiro) a identificar as condições de risco no ambiente de trabalho e solicitar medidas para reduzir ou eliminar estes riscos. Com carga horária de 20h, o curso abordará os seguintes temas: o que é CIPA e como ela se organiza, como a ação dos cipeiros contribui para a empresa e seus colaboradores, riscos ambientais - o que são, como identificá-los e como minimizar/eliminar seus efeitos, noções básicas de primeiros socorros, combate a princípio de incêndio (aula prática), ergonomia, PPRA e PCMSO, assuntos conforme a NR-5, 5.33. As aulas terão início no dia 24 de março e serão ministradas no SESI/GV, todas as terçasfeiras, das 8h às 12h. Regida pela Lei nº. 6.514/77 e regulamentada pela NR-5 do Ministério do Trabalho, a CIPA é um grupo composto por representantes do empregador e empregados e tem como missão prevenir e reduzir os índices de acidente e doenças ocupacionais relacionados ao trabalho. As empresas que não precisam constituir uma CIPA devem designar um representante para que tenha conhecimento sobre a prevenção de acidentes. Serviço: As indústrias interessadas em participar do curso devem entrar em contato como SESI/GV, pelo telefone (33) 3272.6560 ou pelo e-mail daniela.oliveira@fiemg.com.br. As vagas são limitadas.

drontada as relações sociais, laborais e comunitárias, impactando negativamente na saúde comunitária e individual. Considerando que significativa parcela da população adulta é composta por trabalhadores e trabalhadoras, tem-se a necessidade de Unidades de Atenção Primária à Saúde - UAPS, mais conhecidas como “postos de saúde”, funcionarem com horários estendidos, por exemplo, das 08 horas às 21 horas, como já vem acontecendo em municípios que contam com governos mais sérios e comprometidos com a ampliação da cobertura, do acesso e da qualidade de serviços de saúde pública, como é o caso de Governador Valadares - Minas Gerais. Para que os serviços de saúde possam identificar as necessidades das pessoas adultas, é preciso criar e fortalecer constantemente os vínculos de profissionais com as famílias da região onde atuam, de maneira que possam implementar ações planejadas com a participação da comunidade, visando lograr condições favoráveis à promoção da saúde de mulheres e homens, assim como, à prevenção de agravos. Governos investindo em melhores serviços públicos e população participando de maneira mais efetiva são caminhos bastante favoráveis à conquista de um estado mais saudável. Para isso, cada cidadão e cidadã devem dedicar-se a fazer a sua parte, interessar por cuidar de sua saúde e de sua família. Pois, com atitudes simples no cotidiano é possível criar disciplina e gosto por hábitos mais saudáveis, propiciar a si e à comunidade a tão desejada qualidade de vida em patamar digno.

Derli Batista da Silva é enfermeiro, mestre, especialista em Bioética e em Gestão de Organização Pública da Saúde, professor universitário.


NACIONAL

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Notícias do Poder José Marcelo / De Brasília

Operação salvamento

Não é só isso

Pressionada pelos resultados das investigações da operação Lava Jato da Polícia Federal, que apura um desvio bilionário na Petrobras, e com a popularidade abalada, a presidente Dilma Rousseff montou uma operação salvamento, que vai atuar em duas frentes: junto à população para melhorar a imagem do governo e junto aos parlamentares no Congresso, para garantir a aprovação de projetos de interesse do Planalto e a chamada governabilidade. Junto à população, a ideia é investir em agenda positiva e viagens políticas. Começou pela Bahia, na quartafeira.

Além de terem de atender aos deputados, os ministros estão sendo escalados para ir ao Congresso conversar com os deputados. Ficou acertado que toda quartafeira um ministro terá de atravessar a Esplanada até a Câmara para atender parlamentares. Começou com o ministro da Educação, Cid Gomes, que ouviu o apelo de mais de 100 e ficou na Casa até a meia-noite de terça para quarta-feira.

Operação salvamento II

Tem explicação

A segunda estratégia – melhorar a relação com o Congresso – é a que mais preocupa o governo, por ser mais delicada e por isso exigirá mais cautela. O problema é maior na Câmara e não foi à toa que a presidente escolheu o deputado federal José Guimarães (PT-CE) para ser o novo líder do Governo na Casa. De imediato, José Guimarães disse ter exigido e a presidente concordou em nomear dez vice-líderes de governo. Ano passado a presidente não nomeou nenhum e acabou sobrando para o ex-líder interino Henrique Fontana (leia nesta página).

A estratégia do governo em abrir espaço para os deputados serem atendidos pelos ministros tem uma razão de ser. Com a aprovação do orçamento impositivo, que obriga o governo a liberar o dinheiro das emendas parlamentares, o Planalto perde a moeda de troca e entra em campo a negociação “amigável”. Até a presidente Dilma Rousseff já avisou que vai mudar de postura. Terá reuniões semanais com os líderes da base aliada. A da semana que vem está marcada para terça-feira.

Operação salvamento II

Temer?

José Guimarães é um dos parlamentares mais influentes do Congresso. Irmão do ex-deputado José Genoíno, ele admitiu a este jornalista que terá de fazer um trabalho intenso, que denominou como de “consertação” das relações entre a presidenta e os deputados da base aliada. Para isso, acertou com a presidente Dilma Rousseff uma estratégia para atender à principal reclamação dos deputados: eles raramente são atendidos por ministros e, quando são, isso acontece superficialmente ou em corredores, em pé. Dilma Rousseff já deu a ordem e a partir da semana que vem os ministros serão obrigados a receber deputados da base, servir água gelada e café fresquinho, ouvir os pedidos e atendê-los..

Enquanto as esperanças de melhoria das relações com os deputados recaem sobre os ombros do novo líder do governo, uma fonte do Palácio do Planalto informou que o vice-presidente Michel Temer está com muita vontade de colaborar para melhoria das relações com o PMDB. O problema, segundo a fonte, é que Temer não é demandado. A mesma fonte admitiu que a presidente entendeu que a declaração do vice-presidente de que o governo pode perder o PMDB, foi mais que uma ameaça.

E o Fontana? E não é que a atuação do ex-líder de governo, Henrique Fontana, vem sendo apontada por alguns setores do PT como um dos motivos para a degradação da bancada governista e até pela derrota do partido na disputa pela presidência da Câmara? Fontana e o presidente eleito, Eduardo Cunha (PMDB) mal se falam.

Dizer o quê? Tratado inicialmente como piada nos corredores do Congresso, mas que ganhava força nos bastidores, conforme antecipado aqui, nesta coluna, a Câmara acabou aprovando o uso de verba pública para pagar passagem aérea de mulher de deputado.

Despedida/Dedicatória Ao jornalista e mestre Antor Santana, a quem devo tanto. Com quem tanto aprendi sobre o ofício de observar e observar, ouvir muito, para só depois questionar, refletir e, finalmente, escrever. Arquivo Pessoal

José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo, em Brasília.

Ecos de Palmares

Política Lucimar Lizandro

Ana Afro

Juízo, oposição, vivemos outros tempos Acabo de ler um ótimo texto de Luis Carlos Azenha, em uma interessante análise acerca do momento vivido pelo nosso país, onde a direita que acabou de perder a quarta eleição seguida e tenta a todo custo desestabilizar o governo de Dilma Rousseff com a esperança de retornar ao palácio do planalto por caminhos outros que não o voto. O contexto no qual o jornalista faz o seu comentário encontra lugar no outrora rico estado do Paraná, governado pelo tucano Beto Richa que foi reeleito em outubro passado. Ao tentar tirar 8 bilhões de reais da previdência dos servidores estaduais para outros fins o tucano encontrou fortíssima reação das entidades representativas dos servidores. As cenas vistas no estado sulino nos remeteram a junho de 2013, quando milhares de brasileiros foram às ruas para demonstrar a sua insatisfação. Naquela oportunidade uma certa rede de televisão derrubou a sua grade de programação para mostrar em tempo real o povo na rua. O Brasil só tomou conhecimento das imagens pela televisão uma semana após o ocorrido. Mesmo assim, numa edição cuidadosa para preservar o governador e o seu partido - o PSDB. Pois bem, o governo tucano paranaense viu de perto o que verá a direita raivosa que se atrever a derrubar um governo democraticamente eleito com vistas a implantação do seu ideário conservador e anti popular. Eu diria que, talvez derrubar o governo Dilma seja mais fácil do que implantar um modelo econômico que nos remeta aos terríveis anos 90, quando campeou a privatização, o desemprego, o arrocho e onde a fome era manchete diária. Após doze anos e iniciando o quarto mandato presidencial, ainda que tenhamos a consciên-

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015

cia de que estamos longe do paraíso, mudanças importantes ocorreram em nosso país, melhorando, pelo menos um pouco a vida do sofrido povo brasileiro. Agora, uma coisa é muito clara: reconhecer que estamos longe do paraíso não nos obriga a engatar uma marcha a ré e anularmos o pouco que conquistamos no período recente. Assim sendo, esperamos que a direita raivosa, saudosa dos tempos em que se alojava no palácio do planalto não embarque na doce ilusão de retornar ao governo central por meio de atalhos e principalmente imaginar que a população que melhorou de vida assistirá bovinamente a destruição de direitos e conquistas construídas nos últimos anos. Se alguém, ainda, tem alguma dúvida, que consulte o governador tucano do Paraná. Quem se arrisca ?

Eu diria que, talvez derrubar o governo Dilma seja mais fácil do que implantar um modelo econômico que nos remeta aos terríveis anos 90, quando campeou a privatização, o desemprego, o arrocho e onde a fome era manchete diária.

Lucimar Lizandro de Freitas é graduado em Administração e Pós-Graduado em Administração Pública.

Devemos deixar pra lá? O que você acha? “Não merecemos mulheres pretas”, não merecemos preto no poder, não merecemos preto nas universidades, não merecemos isso, aquilo ou aquilo outro se for para negros. Sim, se for para negros e negras, porque não queremos dividir o que é nosso, ou melhor entregar o que é deles também e por direito. Tem sido essa atitude dos não negros que estão a cada dia mais furiosos em suas práticas racistas e preconceituosas. A cada dia, as agressões são mais visíveis e frequentes, principalmente nas redes sociais. Mas, isso todos já estão percebendo há tempos. Ou, talvez, esteja desapercebido que o “deixa isso pra lá” está também cada vez mais forte. As políticas públicas, campanhas, ações afirmativas e tantas outras coisas que vêm sendo feitas contra o racismo e preconceito, parecem estar perdendo efeito nas pessoas, principalmente entre as vitimadas pelo racismo. O que está acontecendo? “Não podemos pensar em nos unir com os outros até que sejamos unidos entre nós mesmos.” (Malcolm X) O nosso maior problema consiste nisso, na falta de união, de cumplicidade, de parceria. Agimos com egoísmo pensando que o problema não é meu. O problema meu irmão, minha irmã, é nosso, é de cada negro (a) que sofre racismo e preconceito e enquanto não pararmos de viver cada um na sua e entendermos que é a nossa, as coisas não mudarão. Precisamos urgentemente voltar às raízes ancestrais que nos ensinam unidade e deixarmos de buscar interesses individuais para voltarmos a ser UM no todo e com o TODO. Não podemos deixar isso pra lá jamais.

Ana Aparecida Souza de Jesus, Ana Afro, é pedagoga, especialista em Gênero, Raça e Diversidade na Escola (UFMG), ativista do Movimento Negro e da Pastoral Afro Brasileira. É membro do Cicon- GV – Conselho de Integração da Comunidade Negra de Governador Valadares.


ESPORTES DA NATUREZA 6

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015 Fábio Moura

Ciclismo na montanha O Moutain bike, ciclismo praticado na montanha, é um esporte que se consolida a cada dia como uma das modalidades do ciclismo que mais cresce no mundo. Em Valadares, o Pico da Ibituruna é o local preferido para a prática deste esporte. Gina Pagú / Repórter Um esporte para quem gosta de aventura, natureza e trilhas. O mountain bike (MTB) é basicamente um esporte feito com bicicletas, e muita disposição para encarar desafios com obstáculos, subidas, e oscilações em estradas de terra em longos percursos. O esporte surgiu nos Estados Unidos, na década de 70. O primeiro campeonato nacional aconteceu no mesmo pais em 1983, e o primeiro mundial em 1990, estreando nos Jogos Olímpicos em 1996 em Atlanta. Com inspiração nos campeonatos que aconteciam na América do Norte, os brasileiros, em meados da década de 80, trouxeram o MTB para o Brasil. As modalidades do mountain bike mais populares são cross-country: a mais tradicional, disputada em grupo ou em categorias, com percursos variando de 6 a 20 quilômetros; o dowhill, prova rápida feita em declives; e o dual slalom, semelhante ao dowhill, mas feita com dois competidores lado a lado. Existem mais quatro categorias: uphill, corrida feita em morros, com 80% da prova em subidas; o trip trail, com provas que começam em uma cidade e terminam em outra; o freeride, onde o atleta enfrenta muitos barrancos, trilhas e rampas e o cicloturismo, prova em que se pode viajar o mundo utilizando uma bicicleta como meio alternativo. Um dos esportistas veteranos de Governador Valadares, Luiz Souza, atleta das bicicletas há mais de 40 anos, conta como a paixão pelo MTB surgiu e o acompanha até hoje. “Comecei muito cedo, aos 15 anos. Eu e alguns colegas saíamos para pedalar fora das estradas de Valadares, que na época eram só chão e trilhas. Fazíamos trilhas até a noite, com lua cheia, quando era mais fácil para ver os caminhos. Antes era só diversão, mas depois de 1990 as competições começaram mundialmente e aqui não poderia ser diferente. Com todo esse tempo de mountain bike pude perceber que esse é um esporte para todas as idades, em alguns países existem corridas para crianças a partir de cinco anos. E o interessante é que hoje temos senhores de idade avançada deixando muitos jovens para trás.” Nas trilhas Luiz alerta para a necessidade de condicionamento físico e a segurança para praticar o MTB. “Muitas vezes quando queremos começar em algum esporte vamos por intuição, afinal já sabemos andar de bicicleta. Mas, o mountain bike requer cuidados, com a escolha da bicicleta e o preparo do esportista. Então para quem quer entrar nesse esporte, é necessário fazer um check up com um cardiologista, depois procurar alguém que entenda da modalidade. Pois o tamanho da bike, quadro para estatura adequada, altura do selim, tipo de guidom, calibragem dos pneus, entre outros itens, são muito importante para o desenvolvimento do atleta nas trilhas. No mais o ideal é começar pedalando uma hora por dia em estradas para

pegar condicionamento físico para as trilhas, senão o praticante chegará despreparado para os obstáculos e poderá desistir nas primeiras tentativas.” Souza explica que os desafios dos ciclistas passam por desvios de animais na pista, motocicletas e até cachorros e para enfrentar as trilhas e subidas íngremes, os atletas devem usar equipamentos especiais. “No geral todo ciclista deveria usar capacete para MTB, que apesar da aparência frágil protege muito o atleta. Também luvas fechadas, como as de MotoCross; sapato fechado; bermuda e blusas para mountain bike, feitas com tecido especial e acolchoamento adequado. Nas trilhas devemos ficar atentos ao gado, nunca deve-se tentar passar correndo entre os animais, é preciso esperar que a manada se distancie e assim deve-se prosseguir. Para os cachorros que normalmente não mordem, só latem, usamos a garrafinha de água para esguichar na direção deles. Nas estradas temos que andar na mão direita, nunca na contramão, principalmente nas curvas. E aprender a usar todas as marchas da bike para não gastar toda a energia no início das corridas.” Casal MTB O MTB não ficou só na vida de Luiz, conquistou também Ana Cristina Souza Telles, esposa do esportista. Ela diz que o esporte começou como handebol, mas que o mountain bike veio por incentivo do marido. “Eu sou apaixonada por handebol, mas por questões de horários de trabalho tive que deixar de treinar. E ai veio o apoio do Luiz para competir, e comecei logo de cara em uma prova forte, o Iron Biker, de dois dias de competições. Treinei 20 dias e fui com ele para essa disputa. Em Valadares fui uma das primeiras mulheres a praticar essa modalidade, e graças ao MTB minha qualidade de vida é outra.” Luiz, fala da satisfação em ter alguém tão próximo para dividir a vivência desse esporte. “É muito gratificante, pois nós viajamos juntos, falamos de bike, vamos para trilha juntos. E participamos das conquistas um do outro. Mas, a Ana foi valente, foi comigo para o Iron Biker, depois de treinar 20 dias e conseguimos do 5º. Lugar de duplas.” Luiz já foi campeão nos Estados Unidos em 2005, na New England Fat Fire; em 2013 foi campeão da Copa Capixaba, e da Copa Interestadual entre Bahia, Espirito Santo e Minas Gerais. Esse ano marido e mulher irão para mais uma edição do Iron Biker Brasil, em Mariana; para a Copa Internacional de Congonhas; a Copa Big Mais em Governador Valadares. Ana disse que hoje o esporte é fundamental para qualidade de vida do casal, mas reclama da falta de patrocínio. “Amamos o esporte, mas os gastos são muito altos, não temos patrocínio. Somos amadores ainda e vamos para todas as competições custeando tudo sozinhos. Valadares tem campo para o desenvolvimento desse esporte, só falta interesse financeiro.”

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BELEZA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015

Abaixo a magreza! Arquivo pessoal

Idilena Queiroz Boone vai representar Governador Valadares no concurso Miss Minas Gerais Plus Size, no dia 8 de março, em Belo Horizonte. Se vencer, além de trazer o título para Valadares, ela vai representar o nosso estado no Miss Brasil Plus Size, um dos maiores concursos de beleza do país. Natália Carvalho / Repórter Em plena ditadura da magreza a atriz Ellen Rocche soltou a seguinte frase: “Prefiro ser feliz do que ser magra”. Ela que é rainha da escola de samba Rosas de Ouro desde 2007, foi criticada no carnaval deste ano devido ao excesso de gordura. Porém, arrebatou as críticas com bom humor e auto estima. Mas o que poucos sabem é que não é somente de manequim 38 que se vive a mídia. Há várias mulheres fora do padrão de beleza que são bem sucedidas justamente por estarem fora deste atual padrão. Modelos como Robyn Lawley, Ashley Graham, Tara Lynn e a brasileira Fluvia Lacerda são famosas internacionalmente, mas diferente da maioria das mulheres na profissão, elas são Plus Size. Na indústria da moda “Plus Size” (em português, tamanho a mais) é o termo para os modelos de roupa de tamanho 44 ou superior, ou para as pessoas que as vestem. O termo surgiu nos Estados Unidos na década de 70 afim de determinar o tamanho e fazer com que a demanda para o vestuário de tamanho maior aumentasse. Porém, foi apenas na década de 90 que o termo Plus Size tornou-se popular. Atualmente, várias marcas investem neste tamanho, com roupas bonitas, que vestem bem e seguem as tendências da moda. Idilena Queiroz Boone é uma representante das mulheres plus size de Governador Valadares. Com 32 anos de idade, ela é uma das concorrentes ao título Miss Minas Gerais Plus Size 2015. Tudo começou quando a amiga Katherine Oletriz, Miss Brasil-Portugual 2010 e atualmente modelo plus size, passou a fazer publicações em seu Facebook a fim de conscientizar a população quanto à beleza em suas diferentes formas e tipos. Certo dia, Katherine marcou a amiga em uma publicação sobre o concurso. Idilena se interessou na ideia e brincou dizendo que ia se inscrever, mas a brincadeira tornou-se algo sério quando recebeu o apoio de Katherine. “Fiz algumas fotos em estúdio, procedi com a inscrição e pouco mais de uma semana depois recebi a notíciade que fui selecionada.”, conta Idilena. “Foi uma sensação simplesmente maravilhosa! Estava no meu período de trabalho no Departamento de Esportes da Prefeitura, então não podia gritar. Mas dei gargalhadas e compartilhei com minha diretora Renata Lugão, que ficou muito feliz por mim. A sensação ainda continua sendo mágica. Só de poder participar de um concurso destes e ajudar na conscientização do povo já é uma enorme vitória.” Cuidados extra com a pele, cabelo e a procura de patrocínio já estão sendo feitos. Desde Novembro Idilena vem dividindo o seu tempo entre as preparações para o concurso e o emprego. A Miss é funcionária pública no Departamento de Esporte da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Governador Valadares na parte da manhã, e trabalha em seu escritório de advocacia na parte da tarde. Porém, nada atrapalha a programação. “Apesar

Idilena está confiante em trazer o título de Miss Minas Gerais Pluz Size para Valadares

de muita coisa, vale a pena cada degrauzinho conquistado. Apesar de confiante, estou muito ansiosa. Poder mostrar para todos que eu me aceito, que sou feliz assim e poder influenciar outras pessoas me deixa um pouco mais calma e muito feliz.”, comenta. Em sua quarta edição, o concurso Miss Minas Gerais Plus Size vai acontecer no dia 8 de março, em Belo Horizonte, e a vencedora terá a chance de representar o nosso estado no Miss Brasil Plus Size, um dos maiores concursos de beleza do país. O objetivo da Idilena não é apenas vencer, mas mostrar ao mundo que é possível ser feliz independentemente do número do seu manequim: “Quero mostrar ao mundo que mesmo vestindo acima do manequim 44, eu sou linda, sexy, e extremamente saudável. Quero que entendam que como tem pessoas que lutam para ficar saradas, as plus sizes também lutam por uma vida saudável. Fazemos exercícios e comemos bem, somente temos corpos maiores. Somos a pura essência de beleza, charme, sexualidade, simpatia e ainda em pacote grande, e não tem porque ter vergonha de ser assim.”, Arquivo pessoal

Quero mostrar ao mundo que mesmo vestindo acima do manequim 44, eu sou linda, sexy, e extremamente saudável. Quero que entendam que como tem pessoas que lutam para ficar saradas, as plus sizes também lutam por uma vida saudável. Fazemos exercícios e comemos bem, somente temos corpos maiores. Somos a pura essência de beleza, charme, sexualidade, simpatia e ainda em pacote grande, e não tem porque ter vergonha de ser assim

Idilena Queiroz Bonne Miss Plus Size GV


DIA A DIA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015

BRAVA GENTE

Ombudsman

VIRGÍNIA NALON

Arquivo Pessoal

José Carlos Aragão

GALO CANTOU–Quando alguém passa adiante uma informação de fonte indeterminada ou não confiável – e isso ocorre com frequência, principalmente no dia a dia de cada um, fora do ambiente jornalístico – diz-se que esse alguém “ouviu o galo cantar, não sabe onde”. As redes sociais são, indiscutivelmente, o terreiro virtual e infinito onde reinam, soberanos, incontáveis galos canoros e anônimos. Desse fértil galinheiro partem, a cada minuto, milhões de inverdades travestidas de memes, hoaxes e trollagens que caem no gosto de incautos ou inocentes de plantão. E esses não conseguem resistir à tentação de disseminá-las sem se permitirem sequer o benefício da dúvida e, muito menos, a comprovação da origem. O resultado são frases nunca ditas, mas que vão parar na boca dos mais variados “autores”. Citações lapidares em posts que colam o texto que se quer difundir a foto de qualquer um que lhe possa agregar alguma credibilidade. Por isso, o jornalismo sério, deve desconfiar de tudo o que circula nas redes sociais e fazer sempre o que, um dia, já foi básico no ofício de qualquer jornalista: checar a fonte, duvidar, apurar. A declaração atribuída à presidente Dilma Rousseff – de que ela não é Getúlio, Jango ou Collor e de que não pretende se suicidar ou renunciar – embora pertinente diante das pressões que vem sofrendo, carece de comprovação de autenticidade. Uma declaração desse teor, feita por uma presidente da República e no atual contexto político, tem o justo peso de alguns megatons. Seria manchete em todos os veículos da grande mídia, até daqueles que seus eleitores e partidários acusam de lhe fazer oposição sistemática ou promover o golpismo. Até o New York Times a teria dado, talvez no rodapé da capa. Não vi nenhuma referência sobre isso, em nenhum grande jornal, portal de notícias ou rede de TV.(Se alguém viu, me informe e faço um mea culpa aqui mesmo, semana que vem.) Quando a recebi em meu Facebook, desconfiei de cara – até porque torço para que seja autêntica. Questionei quem me enviou sobre a procedência e ela não soube dizer: apenas achou que a informação merecia ser compartilhada e a passou adiante. Assim nascem os boatos, dissemina-se irresponsavelmente a mentira. Por comodismo, desinteresse ou mesmo má fé, o leitor até pode não questionar uma informação que recebe. Mas todo jornalista tem a obrigação de. O Figueira também precisa estar atento a isso, em favor da verdade e de um jornalismo sério. SUJEITO QUEIMADO - Em “alguém resolveu atear fogo” (trecho de nota da coluna Sacudindo a Figueira, semana passada) o sujeito não é oculto, como afirma o texto. O uso do pronome indefinido “alguém” como sujeito de uma oração pode não esclarecer a identidade ou o paradeiro do pirômano, mas, sintaticamente falando, o sujeito em questão não é oculto: é indeterminado. Esse é um erro de avaliação bem comum, quando o sujeito explícito é representado por um pronome indefinido. “Aproximando-se dessas orações de sujeito explícito constituído por pronomes ou expressões indefinidas, mas delas sintaticamente diferentes, estão as orações ditas de sujeito indeterminado”, esclarece o professor e filólogo Evanildo Bechara (Gramática Escolar da Língua Portuguesa, 2ª edição. Rio de Janeiro; Ed. Nova Fronteira, 2010, p. 20). Roga-se, entretanto, que o “sujeito” em questão seja logo identificado. E preso. SAUDOSAS COXINHAS – A foto-legenda da página 7, da edição da semana passada, sobre a antiga Bel-Vic Lanches, que funcionou na esquina da Marechal com Belo Horizonte, acabou omitindo uma informação histórica relevante: durante anos, havia ali a melhor coxinha da cidade. Naquele tempo, ainda não existiam termo “petralha”, e “coxinha” era só um inocente e gostoso salgadinho. Bons tempos. MAIOR AUÊ - Depois do samba-exaltação e do funk-ostentação estamos aprendendo a reconhecer um novo gênero, agora na mídia: o jornalismo-empolgação. É o que salta, semanalmente, das páginas do Figueira, na cobertura ostensiva e otimista que faz do pífio desempenho do Esporte Clube Democrata no Campeonato Mineiro. Após destacar a “boa atuação” do time contra o Atlético Mineiro (quando foi derrotado por 2x1), a chamada de capa da edição passada fala em “seguir (sic) um caminho de vitórias” e que o “clima”, na rua Oswaldo Cruz, é “de confiança”, para a partida contra o Tupi. Mas, mais uma vez, a vitória não veio e o clube se agarrou com unhas e dentes à lanterna do certame, com zero de aproveitamento, sem uma vitória sequer e saldo de gols igual a -5. Torcer pelo time da cidade, é até perdoável. O que o jornal não pode é tapar o sol com a peneira e abdicar de uma análise crítica que é legítima e oportuna, no contexto atual. Porque a Pantera já está a caminho do inapelável brejo...

Virgínia Nalon, no helicóptero da Record, a caminho de mais uma reportagem, desta vez voando pelos céus de Minas

Na TV com Virgínia Nalon Gina Pagú / Repórter As características de um bom jornalista venceram a ideia de adolescente, de ser médica. Virginia Nalon, valadarense que hoje brilha na tela da Record Minas, nas matérias policiais, traçou todo o seu currículo profissional na imprensa de Governador Valadares. Curiosa e cara de pau, como ela mesma se caracteriza, da época do ensino médio para a faculdade de jornalismo não foi só um acaso, foi depois de um teste vocacional que ela se deu conta da profissão da sua vida. Hoje Virginia atua na Record Minas em Belo Horizonte, e conta como tudo começou. “Eu fiz estágio em todas as áreas que o jornalismo pode oferecer! Antes mesmo de ingressar na profissão, fui locutora em uma rádio evangélica. Televisão era a última coisa que eu queria fazer. Nunca fui vaidosa com imagem e tinha vergonha de aparecer para todo mundo. Porém, tive a chance de estagiar na TV Rio Doce. O incentivo da família, dos professores e dos amigos me ajudou a conquistar meu espaço e a me descobrir neste universo enorme e cheio de possibilidades que é a televisão. Hoje eu digo que é a profissão da minha vida porque consegui alcançar uma parte dos meus objetivos profissionais. Eu já quis ser tanta coisa: delegada, promotora, tenente da PM. Mas descobri no jornalismo uma forma de estar perto dessa área policial que gosto muito de outra forma: contando histórias e denunciando problemas.” Em Governador Valadares a chance de ir para a capital veio do trabalho dedicado a uma emissora no interior. “Trabalhei na Tevê mais tradicional da cidade, que é a TV Leste, e tive a chance de fazer vários cursos na área que contribuíram para meu crescimento profissional. Além disso, encontrei gerentes de jornalismo e editores que acreditaram no meu potencial e no meu trabalho. Deus foi abrindo portas e oportunidades. Hoje estou na Record Minas e sou muito grata a Ele e a todas as pessoas que me ajudaram a chegar até aqui.” Das novidades de uma vida mais tranquila para a correria do dia a dia de uma empresa de alcance nacional, Virgínia fala que sua vida agora é muito diferente, viveu os 3 primeiros anos longe do esposo Rafael.

José Carlos Aragão, ombudsman do Figueira, é escritor e jornalista. Escreva para o ombudsman: redacao.figueira@gmail.com

F

“Eu praticamente tinha acabado de me casar, e tive que abrir mão da convivência com meu marido. Foram três anos difíceis e de muito trabalho, mas valeu a pena. Por aqui tudo é muito diferente. A correria aqui é imensa. O ritmo é frenético. Apesar de serem muitas equipes na rua, os jornais têm grandes demandas. Aliado a isso, tem o trânsito caótico de capital e a violência. Hoje tenho muitas histórias emocionantes do jornalismo para contar. Várias reportagens me marcaram. Mas não vou me esquecer de uma sobre um acidente em Contagem. Um ônibus desgovernado atropelou várias pessoas que aguardavam pela condução no ponto. Minha equipe e eu estávamos há poucos metros do local e chegamos praticamente junto com os bombeiros. Fiz flashes ao vivo para o jornal que estava no ar e vi um homem morrer bem na minha frente. Foi uma situação tensa acompanhar tudo aquilo. Me lembro também das 12 horas que fiquei em pé durante a madrugada, acompanhando um sequestro. Os bandidos ficaram à noite toda negociando com a polícia e só libertaram os reféns pela manhã!” Virginia fala da sua felicidade e amor pela profissão, e deixa o recado para quem sonha com os desafios profissionais do jornalismo. “Sou muito feliz sendo jornalista de Tevê. Tenho muitos sonhos e projetos, e acredito que vou alcançar cada um deles no tempo de Deus. Sei que estou onde estou porque Deus me escolheu e ele tem muito mais pra mim. Mas diria para quem está começando, e mesmo na faculdade, que é preciso ter coragem e amor à profissão. O jornalista trabalha por dinheiro como todo profissional, mas se ele não amar o que faz, o dinheiro não vai valer a pena.”

Sou muito feliz sendo jornalista de Tevê. Tenho muitos sonhos e projetos, e acredito que vou alcançar cada um deles no tempo de Deus. Sei que estou onde estou porque Deus me escolheu e ele tem muito mais pra mim.

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SAÚDE 9

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Quiropraxia: tratamento das dores com as mãos A quiropraxia deriva das palavras quiro (mãos), e práxis (praticar com as mãos). Trata as desordens do sistema neuro-músculo-esquelético Gina Pagú / Repórter

É possível curar hérnia de disco, dores na coluna, escoliose e dores de cabeça com o tratamento feito através da quiropraxia. Especialidade da fisioterapia que surgiu nos Estados Unidos, em 1895, com D.D.Palmer, que agregou um método próprio e inspirou-se no bonesetting e na osteopatia, para criar a quiropraxia. No Brasil somente em 2005 foram formadas as primeiras turmas reconhecidas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). O termo quiropraxia, deriva das palavras quiro(mãos), e práxis (praticar com as mãos). Sendo o quiropraxista o profissional da saúde que lida com o diagnóstico, tratamento e a prevenção das desordens do sistema neuromúsculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral. Bruno Botelho, fisioterapeuta e quiropraxista explica que esse é um método totalmente manual, onde não se usa nenhum outro tipo de equipamento para o tratamento das doenças. “A quiropraxia trata doenças como dores de coluna cervical, torácica e lombar , hérnias de disco, escoliose, dores de cabeça, tensões musculares, irradiações para membros inferiores e membros superiores entre outras diversas. Com ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e a manipulação articular, com um enfoque particular nas subluxações, o exercício da quiropraxia enfatiza o tratamento conservador do sistema neuro-músculo-esquelético, sem o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Causas e conseqüências biopsicossociais também são fatores significativos na abordagem do paciente.” Bruno explica que as melhoras já começam na primeira consulta, e é possível amenizar 80% das dores com o tratamento. “Esse é um tipo de tratamento que depende do diagnóstico de cada paciente para assim sabermos o custo total. Geralmente na minha prática atendo de 1 a 3 sessões, cada sessão dura 40 minutos, sendo que em uma sessão já tenho o resultado significativo com feedback positivo do paciente, podendo liberá-lo

Divulgação

Bruno Botelho, fisioterapeuta e quiropraxista, diz que o tratamento por meio da quiropraxia é totalmente manual e não utiliza nenhum tipo de equipamento

até para prática de atividades fisicas. Portanto com o ajuste biomecânico das vértebras da coluna há uma melhora no estado da dor praticamente imediato de 70 a 80%, embora seja necessário o fortalecimento das musculatura que envolvem a coluna com Pilates, RPG, Treinamento Funcional, Musculação pra que não haja reaparecimento das dores.” Mercado O quiropraxista explica que essa é uma área da saúde que está em acensão e que em Governador Valadares há muito espaço para esse tipo de especialista. “Sou fisioterapeuta, especialista em quiropraxia há cinco anos. No final do ano passado a quiropraxia

foi concedida ao fisioterapeuta como um método e técnica de tratamento do fisioterapeuta pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFITO), formando com especialistas pelo Centro de Estudo de Acupuntura e Terapias Alternativas, (CEATA) em São Paulo. Lembrando que cerca de 90% da população brasileira tem ou já teve problemas de coluna, portanto fiz a escolha pela especialidade, por causa do amplo campo que está se abrindo em nossa cidade. Aqui essa área é promissora, fora que e temos poucos profissionais atuando e pouca divulgação da mídia sobre esse tipo de tratamento.” Bruno diz ainda que a procura por esse tipo de tratamento é maior pelas mulheres

do que homens. Mas crianças e adolescentes também se tratam com a quiropraxia. “Nossa clientela é formada por pessoas que já tentaram vários tipos de tratamentos para dores de coluna e infelizmente com pouco sucesso. Mas as mulheres ainda se cuidam mais, no entanto os homens vem procurando o serviço com maior frequência nos últimos tempos e também adolescentes com escoliose. Os idosos, às vezes tem algumas restrições devido a constituição óssea do indivíduo, que é a osteoporose, e esse é um fator que impede a prática do tratamento neles, no entanto, quem pode fazer, procura com frequência. As crianças também podem fazer sessões de quiropraxia, no entanto a procura ainda é pouca.”

Aquele Abraço

Divulgação

Janaína Castro Alves / Do Rio de Janeiro

Minha carne é de carnaval, meu coração é igual Retomo minha coluna trazendo os ventos cariocas para o Figueira declarando meu imensurável amor pelo carnaval carioca. Os quatro dias (ou vinte, se você mora no Rio de Janeiro) que antecedem a quaresma são os meus dias preferidos na cidade que pode ser maravilhosa. O carnaval que tenho tido o prazer de brincar há 8 anos é com certeza uma retomada histórica e política importantíssima para a cidade. O carnaval do Rio de Janeiro é a expressão quase perfeita do que eu entendo por uma das características mais marcantes do devir Brasil: a capacidade de unir espontaneamente uma massa alegre tudo e todos. A diversidade em seu melhor estado. Sem cordas, sem abadás: os foliões usam apenas o sorriso estampado no rosto e muita purpurina! Mas esse carnaval que vivemos hoje é tradicional e ao mesmo tempo é recente. No final dos anos 90 muitos músicos artistas e agentes culturais iniciaram uma verdadeira retomada do tradicional carnaval carioca. Frustrados pelo glamour televisivo do carnaval da Marques de Sapucaí (que tem seus encantos, mas há anos já não é uma festa popular) vários grupos reuniram-se para reviver as antigas marchinhas e reocupar os blocos de rua. O Cordão do Bola Preta, O Cordão do Boitatá, Rancho Flor do Sereno e Cacique de Ramos eram alguns dos blocos que ainda resistiam saindo as ruas, com seus foliões de idades e origens variadas. Heis que em meados dos anos 2000, o Cordão do Boitatá anunciou seu desfile em um certo horário, mas para evitar que o bloco ficasse muito cheio, o bloco enganou a todos os foliões e saiu mais cedo. Foi então que sur-

Bloco Saravaço, que ocupou as ruínas da Antiga Perimetral, derrubada em 2013 para dar lugar ao projeto Porto Maravilha

giu na Rua do Mercado, marco central da cidade, o melhor e mais (naturalmente) lisérgico bloco de rua que eu já pude ver passar: o Cordão do Boi Tolo. O boi enganado não tem rumo; ele sai desgovernado pela cidade e a cada ano faz um trajeto totalmente diferente do anterior, levando uma horda de fantasiados pelas ruas do balneário, tendo já colorido inclusive locais oficiais, como o Monumento dos Pracinhas, no aterro do Flamengo. A guarda em vigília não se aguentou e caiu na folia com toda a alegria desse cordão desgovernado. E foi o espírito instaurado pelo Boi Tolo que fez surgir dezenas de outros blocos a cada ano. A retomada do espírito do carnaval tem nessa ocupação desordenada da cidade seu maior feito político: espalha-se pela cidade, dando sentido a diversos lugares abandonados, tanto pelos olhares turísticos quanto pelo poder público. O carnaval na sua instância anárquica cumpre o papel de desvendar a cidade para seus próprios moradores, que muitas vezes desconhecem lugares incríveis que passam então a ser frequentados. Na contramão da privatização dos espaços públicos e da segregação imposta pelo capital especulativo da cida-

de, o carnaval traz vida para locais que muitas vezes são esquecidos. O belíssimo Palácio Gustavo Capanema, que outrora fora sede do Ministério da Educação e local de trabalho de nosso querido Carlos Drummond de Andrade, abre seus pilotis para receber a folia, assim como os Jardins do Museu de Arte Moderna, a Praça da Harmonia na Gamboa e até mesmo o aeroporto Santos Dumont. O carnaval transforma a cidade em um local totalmente habitável, anda-se a pé e vê-se beleza em todos os lugares. E ocupar uma grande cidade é um ato político. Por essas e outras que não consigo abrir mão dessa festa nem por decreto. Pude acompanhar que o Rei Momo esteve brincando com outras cidades, como São Paulo, Belo Horizonte e Governador Valadares. Torno público aqui meu pedido mais sincero para 2016: Momo, engole a chave!* * No Rio de Janeiro é tradição que o prefeito da cidade entregue ao Rei Momo, o rei do carnaval, as chaves da cidade na sexta feira que antecede as festividades. Janaína Castro Alves é midiativista, integrante do Coletivo Rio na Rua


CORRESPONDENTES

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Café com Leite

Mundo Mulher

Marcos Imbrizi / De São Paulo

Nádia Soares

Brasil Cultura

70 anos sem Mário de Andrade Nesta quarta-feira (25) lembramos os 70 anos da morte do autor de ‘Paulicéia Desvairada’, Mário de Andrade, que trata da cidade onde nasceu em 1893 e faleceu em 1945. Um dos principais nomes da Semana Moderna de 1922, Mário de Andrade conta com uma vasta produção que inclui contos, crônicas, ensaios, relatos de viagem, além dos romances ‘Amar, verbo intransitivo’ e ‘Macunaíma’, entre outros. Uma série de homenagens ao escritor modernista está prevista para este o ano. A Feira Literária Internacional de Paraty, em julho, é um exemplo. A casa em que Mário morou, no então bairro operário da Barra Funda, deve ser transformada em um museu. Duas publicações resgatarão a importância da obra do escritor: ‘Rio: Eu sou trezentos: Mário de Andrade vida e obra’, do pesquisador Eduardo Jardim, e ‘As vidas de Mário de Andrade’, de Jason Tércio. No próximo ano sua obra entrará em domínio público. Antes disso, ainda em 2015 alguns de seus principais trabalhos serão reeditados. Também devem ser lançados a coletânea inédita de crônicas e contos ‘Café’, uma novela em quadrinhos ‘Macunaíma em São Paulo: O nascimento de um Brasil’, três e-books de estudos do autor: ‘Música de Feitiçaria’, ‘As Melodias do Boi’ e ‘Pequena História da Música’, além dos volumes com as cartas trocadas com Lasar Segall e Alceu Amoroso Lima que integram a coleção ‘Correspondência de Mário de Andrade’ publicada pela Editora da Universidade de São Paulo. Um dos legados mais bacanas deixados pelo escritor encontra-se no Centro Cultural São Paulo: o material da Missão de Pesquisas Folclóricas, idealizada e organizada por ele no período em que integrou o Departamento de Cultura da Prefeitura da capital paulista. A missão tinha por objetivo investigar os aspectos formadores da identidade nacional. Para tanto, em 1938 uma um grupo percorreu as regiões Norte e Nordeste do Brasil com o intuito de registrar manifestações culturais e folclóricas. Ao retornar, a equipe trouxe instrumentos musicais, fotos, gravações musicais e filmes, entre outros objetos. Todo o material está disponível para consulta no Centro Cultural e parte dele pode ser conferido no sítio: http://www.centrocultural.sp.gov.br/caderneta_missao/index.html E para destacar a atualidade de Mário de Andrade, lembramos o poema ‘A meditação sobe o rio Tietê’, con-

cluído poucos dias antes de sua morte. Nele, o escritor esculhamba os políticos e as elites paulistanas, responsáveis pela destruição do rio. Uma crítica atualíssima, uma vez que os atuais políticos e elites pouco ou nada fizeram pelo rio que hoje não passa de um enorme canal de esgoto a céu aberto. A transcrição de parte do texto, feita com a ortografia original segue abaixo. “Por que os homens não me escutam! Por que os governadores Não me escutam? Por que não me escutam Os plutocratas e todos os que são chefes e são fezes? Todos os donos da vida? Eu lhes daria o impossível e lhes daria o segredo, Eu lhes dava tudo aquilo que fica pra cá do grito Metálicos dos números, e tudo O que está além da insinuação cruenta da posse. E si acaso eles protestassem, que não! Que não desejam A borboleta translúcida da humana vida, por que preferem O retrato a ólio das inaugurações espontâneas, Com béstias de operário e do oficial, imediatamente inferior, E palminhas, e mais os sorrisos das máscaras e a profunda comoção, Pois não! Melhor que isso eu lhes dava uma felicidade deslumbrante De que eu consegui me despojar porque tudo sacrifiquei. Sejamos generosíssimos. E enquanto os chefes e as fezes De mamadeira ficassem na creche de laca e lacinhos, Ingênuos brincando de felicidade deslumbrante: Nós iríamos de camisa aberta no peito, Descendo verdadeiros ao léu da corrente do rio, Entrando na terra dos homens ao coro das quatro estações.”

Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.

Mulher x Cerveja O título desse artigo pode conter inúmeras interpretações, mas o objetivo é analisar somente a visão do papel da mulher nas campanhas de cerveja. Os movimentos feministas lutam com mais uma vertente do machismo que é o papel da mulher nas propagandas de cerveja. Os meios de comunicação são formadores de opinião, criam paradigmas, ditam regras lançam estereótipos. Foi criado o estereotipo de uma mulher nas propagandas de cerveja, que na verdade pode-se dizer que essa figura feminina é ditatoriamente carregada de padrões, é linda, sexy, atraente e de olhar ardente. O objetivo não é fazer com que seu público vá lá e tome a tal cerveja? Onde entra beleza e sensualidade nesse contexto? Só homem toma cerveja? Em uma pesquisa de mercado idealizada pela Shopia Mind – Inteligência e Mercados (2010), constatou-se que 88% das mulheres que ingerem bebida alcóolica, preferem a cerveja. Então porque uma linguagem tão machista e desmoralizante das mulheres? Ou aparecem semi-nuas sendo cantadas o tempo todo, ou com roupas que aparecem gritantemente as partes do seu corpo que mais excitam os homens. Outra pesquisa realizada com os dois gêneros pelo Data Popular e o Instituto Patricia Galvão (2013), comprova que 84% acredita que o corpo feminino é usado para promoção da venda dos produtos nas campanhas televisivas, e que 58% dos entrevistados concordam que a mulher na propaganda é usada como objeto sexual.

O objetivo não é fazer com que seu público vá lá e tome a tal cerveja? Onde entra beleza e sensualidade nesse contexto? Só homem toma cerveja? Em uma pesquisa de mercado idealizada pela Shopia Mind – Inteligência e Mercados (2010), constatou-se que 88% das mulheres que ingerem bebida alcóolica, preferem a cerveja.

Vemos às vezes campanhas de publicidade altamente discriminatórias, preconceituosas e que por vezes, podem ate incitar a violência, a maioria delas com a mulher no centro de toda a questão. Esta na hora de rever toda a forma de como é abordada a mulher, não somente nas campanhas publicitárias de cerveja, mas no contexto geral, dando uma atenção especial aos meios de comunicação massificados. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), é uma instituição que fiscaliza a ética da propaganda que se veicula no país, direcionando-se pelo código de Auto-regulamentação Publicitária. A sociedade brasileira tem meios de combater propaganda abusiva, enganosa, discriminatória, preconceituosa e racista. Sentiu-se incomodado(a), entre no site do CONAR e denuncie. A campanha é analisada e se constatado o que foi reivindicado pelo reclamante ela é imediatamente tirada de circulação. Vale lembrar que sinto muitas saudades dos famosos caranguejinhos de uma famosa marca de cerveja. Infelizmente foram tirados de circulação, pois estavam chamando muito a atenção do público infantil que consequentemente, ligariam os caranguejos debochados e divertidos com bebidas alcóolicas. Mas, para mim eles não eram machistas, discriminatórios e não ditavam padrões. Nádia Soares é especialista em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça pela Universidade Federal do Espírito Santo


CULTURA E ESPORTE 11

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Histórias que a bola não conta Hadson Santiago

Pantera x Raposa: o inesquecível 3x0 O verdadeiro torcedor democratense está triste, aborrecido. A derrota para o Tupi, a quarta consecutiva no Campeonato Mineiro 2015, deixou o EC Democrata em maus lençóis. A Pantera não conseguiu se impor e não apresentou um futebol convincente, mesmo enfrentando uma equipe fraca tecnicamente, recheada de “ex-jogadores em atividade” e alguns refugos. Desde o início da partida ficou evidente que a intenção da equipe de Juiz de Fora era jogar pelo empate. Achou um gol ainda no primeiro tempo e não quis mais nada com o jogo. A artimanha da cera, algo típico do futebol do Terceiro Mundo, prevaleceu durante toda a peleja. E o Democrata insistia em lançar bolas na área, consagrando a dupla de zagueiros do time adversário. Triste tarde de domingo no Mamudão... Há quase 31 anos, porém, outra tarde de domingo no Estádio José Mammoud Abbas se transformou num dia histórico para o Esporte Clube Democrata. A Pantera, atuando de maneira aguerrida e apresentando um belo futebol, conseguiu uma vitória contundente sobre o Cruzeiro, a maior vitória democratense sobre o time celeste. A partida era válida pela sexta rodada do primeiro turno do Campeonato Mineiro de 1984. Quem vai contar essa história, entretanto, não serei eu, mas um amigo de mais de três décadas, o médico Fabrício Paulo Rossati, figura humana e profissional da melhor estirpe. Leitor do Figueira e torcedor da Pantera, ele relata a emoção sentida naquela partida inesquecível. Com a palavra, o Dr. Fabrício. “O ano era 1984. Eu, moleque de 16 anos, me preparava para a grande batalha que viria ao final do ano: o concorrido vestibular da UFMG. Morava em Governador Valadares, cidade que tão bem acolheu a mim e à minha família, oriundos de Mantena, no ano anterior. Estudava no Colégio Ibituruna e uma das minhas maiores diversões era ir ao Mamudão ver a Pantera, time de minha cidade adotiva, jogar. Eu, cruzeirense desde pequeno, vivia um sentimento novo: outro time se acomodava, aos poucos, em meu coração. O dia era 08/07/1984, domingo. Eu me preparava para ir ao estádio. O adversário? O meu Cruzeiro! Nesse dia, fui sozinho. Meu companheiro de arquibancada metálica, o titular desta coluna, Hadson Santiago, estava internado em Belo Horizonte se recuperando de grave problema oftalmológico. Era um grande desfalque, mas os problemas do bom time

Arquivo ECD

Wildimark foi o xerife da zaga democratense na vitória sobre o Cruzeiro

do Democrata não paravam por aí. O adversário (Cruzeiro), impondo seu poderio econômico, impediu a escalação de três jogadores que havia emprestado à equipe valadarense: o ótimo goleiro Gomes (não confundir com o de 2003), o bom lateral direito Gilmar e o garoto Ivan, nosso camisa 10. Era hora de lutar, não de se lamentar. Os reservas foram acionados. Para o gol, Bolão, desconhecido até para os democratenses mais assíduos. Para a lateral direita, improviso: iria

para o jogo o garoto Sirvolei, prata da casa, volante de origem. Um garoto alto, espigado e muito bom de bola. Na meiúca, no lugar de Ivan, o reserva imediato: Rubinho. O Democrata tinha mais um desfalque. O centroavante matador Jairo, ídolo da torcida, se recuperava de contusão arrastada e ficaria no banco. Quem iria para o jogo seria o razoável Idevaldo. Começa o jogo! Para quem eu torceria? Decidi manter respeitosa neutralidade, e curtir o bom futebol. Era dia dos nossos reservas brilharem. O veterano Paulo Roberto “Brasinha”, ex-Vasco da Gama fez 1x0 aos 17 minutos. Aos 21, Rubinho ampliou. Bolão pegava até pensamento! Sirvolei anulava ninguém menos que o grande Joãozinho. Fiquei calado no primeiro gol. Não comemorei nem vociferei. No segundo, comecei a pender para o lado da Pantera. O melhor ainda viria... No segundo tempo, o técnico Elci Rodrigues aciona Jairo. Ao ver seu ídolo no aquecimento, a torcida se inflama. Sairia Idevaldo. Aos 38 minutos do segundo tempo, o estádio viria abaixo. O xodó da torcida, o valente Jairo, pega um rebote e estufa as redes do Cruzeiro. Democrata 3x0. O Democrata jogou e venceu com Bolão, Sirvolei, Roberto, Wildimark e Mílton; Carlos, Rubinho e Paulo Roberto; Edevaldo, Idevaldo (Jairo) e Robertinho. Técnico: Elci Rodrigues. Já o Cruzeiro foi derrotado com Vítor, Luís Cosme, Geraldão, Aílton e Ademar; Douglas, Palhinha (Arildo) e Tostão (Eduardo); Carlinhos, Carlos Alberto Seixas e Joãozinho. Técnico: João Francisco. Eu, cruzeirense de formação, democratense por opção, esqueci por alguns momentos minha paixão azul e branca. Era mais um torcedor da Pantera cantando feliz no fim de tarde de domingo na Princesa do Vale do Rio Doce.” Vale ressaltar, após o belo relato de Fabrício Rossati, que o Democrata venceu o Cruzeiro com muita propriedade. Foi, sem sombra de dúvida, uma atuação inesquecível da esquadra democratense. O Cruzeiro acabou conquistando, meses depois, o título mineiro, mas aquele triunfo ficou marcado para sempre na memória do torcedor do Democrata. Que essa façanha sirva de inspiração e de exemplo para os jogadores do elenco atual da Pantera. A camisa alvinegra tem história. Muita história.

Hadson Santiago Farias é democratense desde o dia em que nasceu.

VOO LIVRE

Campeonato de Parapente começa neste domingo Diórgenes Lessa

A competição que vai até dia 7 de março contará com a participação de 120 pilotos de diversos estados, destes quatro são de Valadares O céu de Valadares será a grande atração nos próximos dias. Isto porque começará neste domingo (1) a disputa da 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Parapente. A competição que vai até dia 7 de março contará com a participação de 120 pilotos de diversos estados, destes quatro são de Valadares. A disputa conta ponto para o ranking mundial e terá a participação de estrangeiros. Os vencedores receberão os prêmios (troféu, medalha e dinheiro) de acordo com a classificação e categoria. A premiação só será entregue aos pilotos que estiverem no local. O valor de R$ 10 mil será dividido entre as quatro categorias: Open (na qual participam todos os pilotos nacionais e internacionais), Sport (parapentes intermediários) e Feminina. A confirmação das inscrições e a distribuição do kit do campeonato acontecerão no dia 28 de fevereiro, das 16h às 20h. O QG da competição funcionará no 2º andar do Hotel Real Minas, localizado na Praça Serra Lima, 607, Centro. À noite, a partir das 20 horas, na Galeria Monhangara, será realizada a cerimônia de abertura. A galeria fica na Av. Brasil, 2920 – Centro. Os ônibus que levarão os pilotos ao Pico da Ibituruna sairão diariamente às 9h, da praça do Banco do Brasil, próximo à área de pouso da antiga Feira da Paz. As decolagens estão previstas para a partir das 12h30. Os resultados das provas do dia serão divulgados no site www.abvl.com.br, a partir das 21h. O Campeonato é uma iniciativa da Associação Brasileira de Voo Livre (ABVL), em parceria com a Associação de Voo Livre Ibituruna.

Durante a semana muitos pilotos treinaram voando do Pico da Ibituruna e pousando na área da antiga Feira da Paz, no centro da cidade


FUTEBOL

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FIGUEIRA - Fim de semana de 27 de fevereiro a 1 de março de 2015

D E M O C R A T A X U R T, S Á B A D O - 1 9 H O R A S - M A M M O U D A B B A S

Clima é de confiança na vitória sobre a URT Democrata treinou durante toda a semana para vencer a URT e espera encaixar uma sequência de vitórias para conquistar uma vaga no G-4 Da Redação

Rubens Júnior / Assessoria de Imprensa do ECD

O Democrata volta a campo neste sábado às 19h para tentar a sua primeira vitória no Campeonato Mineiro 2015. Mesmo com boas atuações, como nas partidas contra Cruzeiro e Atlético, onde os gols não saíram, e atuações regulares contra Boa Esporte e Tupi, quando foram criadas muitas chances de gol, a Pantera não conseguiu vencer. Mas o clima de confiança na vitória prevalece na Rua Osvaldo Cruz, entre jogadores e comissão técnica. O técnico Gilmar Estevam fez algumas mudanças na equipe nos treinos da semana. Rodrigão atuou no time reserva e Kaio Wilker conquistou a sua vaga no ataque do time titular. Outro que treinou no time reserva foi o lateral esquerdo Denilson. Em seu lugar entrou Júlio César Salvino. Na zaga, Gilmar Estevam ainda não sabe se poderá contar contar com o zagueiro e capitão Jadson, afastado da equeipe desde o jogo contra o Cruzeiro, quando teve uma contusão no joelho. Jadson tem treinado, mas ainda não está om totais condições de atuar. Pode ser que no fim de semana ele esteja apto a atuar, mas tudo depende da organização dos esquemas táticos de Gilmar Estevam. Hora da virada Uma vitória sobre a URT pode tirar o Democrata da última posição na tabela. Caso isso ocorra, o time ganha ainda mais confiança e motivação para encaixar uma série de vitórias que levarão a equipe a conquistar a tão sonhada para a Série D do Campeonato Brasileiro, ou, quem sabe, no quadrangulat final do Campeonato Mineiro. Depois de enfrentra a URT, a Pantera vai à Divinópolis jogar contra o Guarani, no sábado, dia 7 de março, às 16h. Na sequência, vai a Tombos, na Zona da Mata, enfrentar o Tombense, na quarta-feira, dia 11 de março, às 20h. Caso conquiste as duas vitórias fora de casa, a Pantera retorna à Valadares com 9 pontos. Ingressos Para ver Democrata x URT, o torcedor vai pagar R$ 15,00 na geral atrás do gol, R$ 20,00 (arquibancadas metálicas), R$ 30,00 (arquibancadas de cimento) e R$ 50,00 nas cadeiras.

Kaio Wilker (11) pode entrar como titular no jogo deste sábado contra a URT. No domingo passado ele entrou no segundo tempo e jogou bem

Canto do Galo Rosalva Luciano

Vamos, Galo! Afinal, quem é você? Eu não me preocupo muito com que letras que definem a escalação do time do Atlético, se jogadores se dividem nas escalações A, B, C e por aí vai. Só registro que isto não me agrada. Ano passado, por poupar tantos jogadores, acabamos sendo poupados de dois títulos da maior importância, o Mineiro e o Brasileiro/2014. Ainda não digeri a entrega fácil destes troféus. É claro que reconheço, sei o que é o cansaço muscular, mas entendo também que o time está voltando de uma parada grande e o conjunto ainda vale muito num esporte coletivo. O fato é que o Atlético não tem se apresentado bem, time titular e reservas. Podemos e devemos poupar, mas quando a confiança estiver firme. Bom, já confessei aqui a minha incompetência em técnica e tática no futebol, mas também sigo opiniões de quem para mim é especialista no assunto. Não gostei do jogo contra o América, uma derrota merecida. Uma preguiça parasitária tomou conta do time que para mim deveria mostrar jogadores que quisessem projetar para o técnico e para o cenário correspondente. Literalmente se achando o que não são e nem valorizando a camisa que vestem. A camisa do Atlético é sinônimo de raça, suor e paixão, em qualquer situação, em qualquer condição. Esperamos contar com um time vibrante e voluntarioso, com gana de títulos. O Dátolo, em conversas com os jornalistas, tem aceitado o seu futebol menos eficiente. O seu desempenho caiu mesmo depois de jogos do início do ano corrente. Concordo com ele, mesmo achando um dos nossos melhores. Com todo o luxo que o evento e a ocasião merecem, nesta segunda passada, já 23 dias de fevereiro, o Atlético

e seu maior patrocinador lançaram os novos uniformes e também toda a linha de materiais esportivos para o ano 2015. Nada é mais bonito do que nosso manto sagrado tradicional, mas a que eu acabo de ver me agradou. Vem com a frente mostrando três listras pretas e duas brancas, nas costas sem listras, toda preta e manga branca com uma listra preta. O detalhe legal ficou por conta da gola com botões e o horário especial marcou já uma grande venda. Os jogadores estiveram com ela pela primeira vez no primeiro jogo da Libertadores aqui em Belo Horizonte. Não deixa de emocionar, não deixa de encantar milhares quando ela surge nos gramados por aí. A camisa e nosso escudo são a nossa riqueza maior. Simplesmente ridícula esta interferência dos organizadores da Copa Libertadores em nosso hábito. NOTA OFICIAL: Em virtude das determinações do Manual Técnico de Direito de Patrocínio e do Regulamento de Segurança da Copa Bridgestone Libertadores da América, o Atlético informa que, infelizmente, não será permitida a entrada em campo de crianças com os jogadores, na partida desta quarta-feira, contra o Atlas, na Arena Independência, bem como a presença de bandeiras no estádio e do mascote Galo Doido. O Clube Atlético Mineiro considera tais medidas excessivas, uma vez que vedam práticas recorrentes nos jogos realizados em Belo Horizonte e que visam, tão somente, a aproximação das famílias, a alegria das crianças e o embelezamento do espetáculo. CLUBE ATLÉTICO MINEIRO / A DIRETORIA

E do outro lado de BH, o Atlético sai derrotado do Independência. A Libertadores para o clube ainda não existe e não encaixa. Time totalmente sem paradeiro, não sabia para que canto poderia fugir. O Horto não tem sido mais sinal de morte, pelo contrário, está revigorando outras fontes. Vaias e mais vaias, não gosto deste som, mas torcedores já sentem que alguma coisa não vai bem pelos lados de Vespasiano. Que descubramos rápido e muito rápido o motivo de tantos jogos horríveis. E o preparo físico? E as contusões? Cãibras? Será que a nossa falta passa aí por perto? Decepcionada, não esperava esta derrota de hoje. Vamos Galo, afinal aqui é você!!!!!

Uma preguiça parasitária tomou conta do time que para mim deveria mostrar jogadores que quisessem projetar para o técnico e para o cenário correspondente. Literalmente se achando o que não são e nem valorizando a camisa que vestem. A camisa do Atlético é sinônimo de raça, suor e paixão, em qualquer situação, em qualquer condição. Esperamos contar com um time vibrante e voluntarioso, com gana de títulos. Rosalva Campos Luciano é professora e apaixonadamente atleticana.


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