O Novo Ready Made

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O NOVO READY MADE FILIPE FERREIRA THAIS MENDES


O Trabalho Ao propor o termos ready made, no início do século XX, Michel Duchamp tem como intenção principal descontextualizar objetos de produção industrial ao colocá-los no ambito de obras de arte. Tal descontextualição não só abre espaço para discussão em volta destes objetos industriais -portanto, teoricamente efêmeros e sem valor artistico - como também visa problematizar os paradigmas da sociedade industrial e produtora de cultura. Mas, um século depois, tal discussão transcende o âmbito do objeto fisicoindustrial. A produção cultural não se limita apenas a objetos consumíveis. Em eras de WEB 2.0, o veículo de cultura somos nós mesmos, com ferramentas tecnológicas como celular, computador e os muitos meios de difusão dos mais diversos tipos de informação, do banal ao político. E por que esse atual sistema de informação é válido de ser problematizado tal como Duchamp (entre outros artistas, de outros movimentos, como Wharol) problematizou a produção de objetos industriais? A questão é, que no estágio técnológico que nos encontramos, a produção de informação se extende à camadas da sociedade que antes não tinham o poder de mostrar


sua visão de mundo, seus gostos, muito menos seus argumentos políticos. Sendo assim, uma vez que a WEB 2.0 é moldada pela contribuição de seus usuários, ela consequentemente se torna um mar de informações diversas, conflitantes, muitas vezes: opiniões de diversos vieis políticos, estéticas, fotos, vídeos, músicas, blogs, intervenções, etc. E é nisso que se foca este trabalho: a compliação e discussão política, artistica e social destas informações que correm na web. Discutiremos assuntos como lutas sociais, ativismo político, exposição pessoal e nossa imagem na web. Para isso, neste livreto faremos uma breve discussão de cada assunto abordado, com alguns exemplos. Para fazer uso das multiplas plataformas de informação também existem, no decorrer do impresso, QR Codes que direcionam o leitor para seções do Tumblr ONOVOREADYMADE.tumblr.com (o da página principal está na contracapa do livreto), no qual postaremos uma gama maior de exemplos, videos, fotos e outras produções existentes na web que ajudam na reflexão sobre o tema.


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Ready-made e WEB 2.0

Como, então, problematizar as produções de mídia feita pelos usuários da web? Em uma escala e poder de alcance bem maior que a industrial, a produção multimídia lançada na web pode ser visto como o novo parâmetro a ser descontextualizado no Novo Ready Made. Se efêmeras e excessivas, as imagens por nós postada pode ser também material para produção artistica, quando estas são análisadas em conjunto da sociedade como um todo.

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Trabalho audiovisual de Denise Agassi, no qual sĂŁo exibidos vĂ­deos, com pesquisa em tempo real, de turistas subindo a Torre Eiffel


2 Política A capacidade de captação de imagem e sua difusão cresce. Isso torna possível a difusão de um material menos efêmero, menos descartável, um material de cunho político, com a função de informar, difundir e até defender determinada visão política. São muitas as opiniões, são muitas as divergências, mas acima de tudo são muitos os meios a se veicularem.

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Vídeo mostra a repressão policial em protesto contra a tarifa do ônibus em São Paulo


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Banco de dados e apropriação

Se o fluxo de informação é cada vez maior, mais diverso e assume diferentes plataformas, é consequente a perda da autoria de imagens, da liquidez de sua produção. A propriedade pública (ou a ideia de) das imagens presentes na internet é mais uma questão mal delimitada na internet. De quem são esses direitos de imagem? Como essa apropriação de informação pode ser usada?

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Print do trabalho de Michael Wolf, no qual ele explicita acontecimentos flagrados pelo Google Street View


4 A Voz dos “Outros” O termo “folksonomia” da informação, tal como a facilidade de produção, tem forte implicância no que se trata de dar voz aqueles que não a tinham. Videos e imagens produzidas e lançadas na rede põe frente a frente diferentes realidades, classes sociais e opiniões. Contudo a questão central é: essa produção põe na visão de muitos questões e realidades, antes periféricas ou banalizadas.

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Bibliografia Websites http://photomichaelwolf.com/#asoue/4 http://lounge.obviousmag.org/olho_sobre_tela/2012/05/os-limitesda-apropriacao-na-arte.html http://midiamagia.net/ http://photomichaelwolf.com/#biography Livros e trabalhos “Web Art e Poéticas de Território”, BULHÕES, Maria America “A APROPRIAÇÃO DAS IMAGENS DO GOOGLE STREET VIEW: ARTE EDIREITOS AUTORAIS”, CARREIRA, Lia Scarton


Sobre o trabalho Trabalho final da disciplina AUH2302 ProfÂŞ Giselle Beiguelman Filipe Ferreira Thais Mendes Junho/2015


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