Centro Cultural

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 1.1-Definição do Tema .............................................................................................. 1.2-Justificativa .......................................................................................................... 1.3-Caracterização do Público Alvo ...................................................................... 1.4-Caracterização do Tipo de Gestão do Empreendimento ...........................

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CAPÍTULO II – ASPECTOS TEÓRICOS 2.1- O que é Cultura ................................................................................................ 2.2- O que é Patrimônio .......................................................................................... 2.3- Centro de Cultura ............................................................................................ 2.4- Centro de Convivência .................................................................................... 2.5- Linha Arquitetônica ...........................................................................................

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CAPÍTULO III – ASPECTOS HISTÓRICOS 3.1- Introdução .......................................................................................................... 09 3.2- Informação: Forma e Fundo da Cultura Contemporânea .......................... 09 3.3- Centros de Cultura: Uma Invenção Contemporânea ................................. 10 3.4- A Ação Cultural e a Ação Informacional nos Centros de Cultura ............. 11 CAPÍTULO IV – CENTRO CULTURAL EM PELOTAS 4.1- Cultura ................................................................................................................ 12 4.2- Importância para a Cidade de Pelotas ......................................................... 13

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CAPÍTULO V – ANÁLISE DE PRECEDENTES 5.1- Centro Cultural Oscar Niemeyer ..................................................................... 5.2- Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou ................................................................ 5.3- MUSEU DE BELAS ARTES DE QUÉBEC – Brasil Arquitetura ............................... 5.4- Espaço Multifuncional Cidade Viva ...............................................................

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CAPÍTULO VI – ESTUDO DO ENTORNO 6.1- Sítio e suas Características ............................................................................... 34 6.2- Edifícios em Destaque ...................................................................................... 45 6.3- Análise do Entorno ............................................................................................ 47 6.4- Imagens do terreno ........................................................................................... 48 CAPÍTULO VII - LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA 7.1- SEÇÃO II - da prevenção de incêndios .......................................................... 49 7.2- SEÇÃO XIII - das edificações ............................................................................ 49 7.3- CAPÍTULO I – Regras gerais .................................................................................51 CAPÍTULO VIII – O PROJETO 8.1- Programa de necessidades ............................................................................. 8.2- Pré Dimensionamento ...................................................................................... 8.3- Fluxograma ........................................................................................................ 8.4- Zoneamento ...................................................................................................... 8.5- Conceituação ...................................................................................................

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CAPÍTULO I – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 1.1-

Definição do Tema

Um centro de cultura não é apenas uma área que abriga objetos. É uma área que reúne cultura de diversas formas, como exposições, bibliotecas, cinematecas, etc. É um local aberto à população em geral e tem como objetivo reunir pessoas interessadas em cultura, manter um constante incentivo à criação e descoberta de arte, difundir a cultura entre a população, informando sobre suas mais diversas formas, desde a origem (história) até suas mais novas manifestações. As informações fornecidas por um centro cultural não devem ser aceitas passivamente, devem ser discutidas e seu público deve ser alternativo, não deve existir um público preferencial. A construção de um centro de cultura é uma decisão política que deve partir de um desejo comum e deve ser discutida pela parte da sociedade, que de certa forma estará ligada a ele.

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Justificativa

A criação de um Centro Cultural em Pelotas justifica-se a partir da necessidade de mais espaços culturais e artísticos na cidade. Primeiro pelo fato dela ser conhecida como local historicamente cultural. Herança de longa data de apoio e incentivo às artes e cultura. Outra justificativa é a existência de vários centros formadores de músicos que necessitam local para demonstrar sua arte. Comprovada a carência de oferta de locais adequados para a realização de shows musicais de pequeno e grande porte na cidade, e também outros tipos de atividades culturais justificam a necessidade de um centro cultural em Pelotas.

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1.3-

Caracterização do Público Alvo  Artistas

O Centro Cultural estará aberto a todos os tipos de artistas como músicos, atores, escultores, dançarinos. Serão disponibilizados oficinas e cursos de arte, abertos para as pessoas que desejarem trabalhar em sua área. Também terá espaços de exposições e eventos para que os artistas possam mostrar seus trabalhos desenvolvidos no Centro Cultural.

 Espectadores Os espaços destinam-se a públicos formados por grupos de diferentes características, acompanhando a tendência dos espetáculos apresentados. Por localizar-se em Pelotas, cidade pólo da região sul do Rio Grande do Sul, há de supor-se que o público-alvo será acrescido por pessoas de localidades próximas, que vem até aqui pela possibilidade de assistir aos eventos desenvolvidos no Centro Cultural. Também é preciso cuidar para acomodar o público de forma a não deixá-lo descontente para não prejudicar a imagem do local, por isso terá também áreas de convivência, restaurante, propondo uma comodidade para os usuários.

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Caracterização do Tipo de Gestão do Empreendimento

Empreendimento Público sem fins lucrativos.

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CAPÍTULO II – ASPECTOS TEÓRICOS

Faz-se necessária a pesquisa e o estudo de assuntos bem como de conceitos relacionados ao tema em questão, para que se possa ter embasamento teórico para a elaboração da proposta de um partido arquitetônico adequado a um Centro Cultural. 2.1- O que é Cultura Igualdade de oportunidades e valorização da diversidade são características conceituadas internacionalmente produzidas pela cultura de um determinado município. Assim a cultura é um conceito muito abrangente, onde o Ministério da Cultura tenta defini-la: “A cultura é constitutiva da ação humana: seu fundamento simbólico está sempre presente em qualquer prática social. Entretanto, no decorrer da história, processos colonialistas, imperialistas e expansionistas geraram concentrações de poder econômico e político produzindo variadas dinâmicas de subordinação e exclusão cultural. Na atualidade, como reação a esse processo de homogeneização cultural induzida em âmbito local e mundial, surgem iniciativas voltadas para a proteção e afirmação da diversidade cultural da humanidade. Tal perspectiva pressupõe maior responsabilidade do Estado na valorização do patrimônio material e imaterial de cada nação. Por essa ótica, a fruição e a produção de diferentes linguagens artísticas consolidadas e de múltiplas identidades e expressões culturais, que nunca foram objeto de ação pública no Brasil, afirmam-se como direitos de cidadania. Nesse contexto, reconhece-se hoje a existência de uma economia da cultura que, bem regulada e incentivada, pode ser vista como um vetor de desenvolvimento essencial para a inclusão social através da geração de ocupação e renda.” (http://www.cultura.gov.br/site/pnc/introducao/valores/)

Assim a herança que passará de geração para geração é a cultura do seu povo, com seus costumes, modo de vida, culinária, e mais do que isso é fonte de renda para muitas pessoas, pois com artefatos simbólicos da região consegue-se fazer desta atividade, um meio lucrativo.

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2.2- O que é Patrimônio Hoje no Brasil existe um órgão que cuida da preservação do patrimônio cultural, o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sendo ele responsável por garantir a memória de nossas culturas para as gerações futuras. O IPHAN determina o que é patrimônio cultural como sendo ele material e imaterial, com base nas suas definições consegue-se entender porque devemos cuidar de nossos bens culturais. “O patrimônio cultural não se restringe apenas a imóveis oficiais isolados, igrejas ou palácios, mas na sua concepção contemporânea se estende a imóveis particulares, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância paisagística, passando por imagens, mobiliário, utensílios e outros bens móveis”. O patrimônio cultural vai além das eventuais modalidades de cultura, sendo influenciado por alguns segmentos da economia, como a construção civil e o turismo. De acordo com Iphan, o seu patrimônio material “é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. “Eles estão divididos em bens imóveis, como os núcleos urbanos, e móveis como coleções documentais e bibliográficas”. A diversidade cultural que existe em nossa sociedade hoje é uma força que alavanca o crescimento econômico, pois muitos turistas vêm em busca de conhecer as nossas tradições. A troca de experiências faz com que haja o respeito mutuo e a compreensão dos povos. Hoje as manifestações culturais de nosso país são conhecidas mundialmente, como é o caso do carnaval. Porém hoje com os desastres naturais, os roubos e os conflitos causados pelos homens, o patrimônio vai perdendo espaço e sentido com o tempo, por isso é necessário preservar e proteger o patrimônio para as gerações futuras. A Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e,

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em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural”. “O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana”. Deve-se cuidar para que as raízes dos povos não se acabem, nem se esqueçam através do tempo, pois o único patrimônio que fica eternizado é a cultura e a educação, que andam lado a lado em nossas vidas.

2.3- Centro de Cultura O centro de cultura é um espaço onde o principal objetivo é o aprimoramento intelectual, através de uma manifestação de um atributo da sociedade, podendo ser distintivo de um grupo ou de um único individuo, estimulando a prática de atividades que ajudem a disseminar culturalmente a identidade do município e aperfeiçoando o conhecimento da sociedade. Para melhor aperfeiçoamento do tema, deve-se entender primeiramente qual o real significado de cultura, que segundo Ferreira (1999, p.591) determina como sendo: “O conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade. [Nas ciências humanas, opõe-se por vezes a idéia de natureza, ou de constituição biológica, e está associada a uma capacidade de simbolização considerada própria da vida coletiva e que é à base das interações sociais] [...] conjunto complexo dos códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva, tal como se desenvolvem em uma sociedade ou grupo específico, e que se manifestam em praticamente todos os aspectos de vida: modos de sobrevivência, normas de comportamento, crenças, instituições, valores espirituais, criações materiais.”

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O centro de cultura se caracteriza como um espaço de convivência, onde as diversas formas de manifestação da cultura se mesclam, onde o individuo pode optar pela biblioteca, cursos profissionalizantes, oficinas educativas, artesanato, palestras, teatro e dança, fazendo a sociedade interagir com o espaço e renovar a cada dia a cultura no município.

2.4- Centro de Convivência O centro de convivência surge para propor experiências inovadoras e troca de conhecimentos, aonde ele vem para superar os desafios existentes em relação à inclusão social. Assim o centro para convivência é um local que diferentes grupos de pessoas se reúnem para encontros que proporcionem conversas, gincanas, trabalhos manuais, jogos, tendo diversas atividades de lazer e reflexão. Este tipo de espaço trás benefícios que além da interação proporcionada, o centro também dá suporte psicossocial e pedagógico, tendo em vista que se trabalhará com crianças e adolescentes, onde eles estarão formando suas opiniões e fazendo suas escolhas. Dando este tipo de apoio reduz a porcentagem de adolescentes que devido à fragilidade ou a algum aspecto emocional acabam caindo na criminalidade.

2.5- Linha Arquitetônica Além de transmitir sentimentos aos usuários e superar desafios construtivos, as obras arquitetônicas devem ainda ter expressão e significado, conferindo-lhe autenticidade, sendo uma obra única que será valorizada pela sua solução estrutural e relação com seu entorno.

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CAPÍTULO III – ASPECTOS HISTÓRICOS

3.1- Introdução O paradigma da Sociedade da Informação descreve as características fundamentais de nossa sociedade: globalização; organização em rede; compressão do tempo e do espaço; enfraquecimento do poder do Estado e aumento do poder regulador do mercado; expansão do setor de serviços, do lazer e do turismo. À medida que a Sociedade da Informação e do Conhecimento e a globalização foram se desenvolvendo, o século XX assistiu à emergência de inúmeros centros de cultura nos países desenvolvidos, tendência que foi prontamente importada para países como o Brasil, México e até mesmo Cuba. Na Europa, França e Inglaterra criam e incentivam a implantação de espaços culturais desde a década de 70, com a proposta de democratizar a cultura para além das tendências da cultura de massa. No Brasil, embora já houvesse o interesse nestes centros desde a década de 60, como coloca Teixeira Coelho (1996), essa tendência tomou corpo a partir dos anos 80, com a criação, na cidade de São Paulo, do centro cultural do Jabaquara e do Centro Cultural São Paulo, ambos financiados pelo Estado.

3.2- Informação: Forma e Fundo da Cultura Contemporânea A sociedade atual tem como característica principal a centralidade do conhecimento e da informação, que se tornaram fonte de produtividade e poder. Para Milton Santos (1994), o que marca o momento atual é “o papel verdadeiramente despótico da informação”. No mundo contemporâneo, a informação corresponde a uma maneira de construir a cultura. Segundo Marteleto (1994), a cultura é construída pelos agentes e instituições sociais em constante interação baseada na produção, difusão,

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recepção e apropriação de bens simbólicos. Este processo se dá atualmente através do compartilhamento de informações. Hoje, o aprendizado do mundo é realizado não por uma relação direta, mas antes, mediado pelas informações que ordenam nossa cultura e dão sentido à nossa relação com o mundo. Ao mesmo tempo em que as informações são geradas, preservadas e transmitidas através da cultura, a produção e reprodução dos artefatos culturais, em nossa sociedade, se dá a partir do modo informacional. Em se tratando da dimensão sociológica da cultura, definida por Botelho (2001) como o circuito artístico-cultural organizado, hoje os agentes culturais se organizam em torno a um processo longo, que vai desde o surgimento da obra até o seu consumo pelo público. Nesse contexto em que o desenvolvimento e difusão generalizada das TIC’s na Sociedade da Informação transformaram a informação em instrumento de mediação entre o homem e a realidade, cultura e informação se aproximam e inter-relacionam. A informação torna-se matéria-prima para a elaboração da cultura.

3.3- Centros de Cultura: Uma Invenção Contemporânea A história dos centros de cultura no Brasil é recente. Não se falava no assunto até que os países do primeiro mundo começassem construir estes espaços. A iniciativa pioneira da França, com a construção do Centre National d’Art et Culture Georges Pompidou, inaugurado em 1977, serviu de modelo para o resto do mundo. Em nosso país, o movimento de criação dos centros de cultura iniciou-se na década de 80 e teve um crescimento vertiginoso nos últimos vinte anos, provavelmente, vinculado às possibilidades de investimento através de benefícios fiscais concedidos pelas leis de incentivo à cultura.

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3.4- A Ação Cultural e a Ação Informacional nos Centros de Cultura A ação cultural pode ser considerada como um processo de intervenção que utiliza o modo operativo da arte, com seu caráter libertário e questionador, para revitalizar laços sociais, promover a criatividade em grupo e criar condições para que ocorram elaborações e práticas culturais. Para Teixeira Coelho (1986) e Milanesi (1997), os centros devem realizar ações que integrem três campos comuns ao trabalho cultural: criação, circulação e preservação. Para o primeiro campo, devem-se incorporar ações que visam estimular a produção de bens culturais. Devem-se promover oficinas, cursos e laboratórios; deve-se investir na formação artística e na educação estética. Uma vez produzido o bem cultural este deve ser tornado público, através de uma política de eventos que possibilite a participação da sociedade. A circulação do bem cultural e da informação, de acordo com Milanesi (1997), cria novas demandas culturais e informacionais, e esta é uma condição básica do trabalho cultural. Para evitar que os eventos transformem a casa de cultura em espaço de puro lazer, o autor indica a necessidade de se atuar na formação de público para a recepção de bens culturais, através de oficinas e debates de linguagens artísticas. O terceiro campo do trabalho cultural realizado por um centro de cultura é o campo da preservação. Depois de criado e tornado público, o bem cultural deve ser preservado, para garantir a manutenção da memória cultural daquela coletividade. Os três segmentos do trabalho cultural apresentado ― criação, circulação e preservação ― têm no conhecimento e na informação sua matéria-prima. Da mesma forma, as demais funções a que se destinam os centros de cultura, como formação artística, estética e de público; fruição e recepção crítica de bens culturais; reflexão e construção da identidade estão ancoradas no acesso à informação.

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CAPÍTULO IV – CENTRO CULTURAL EM PELOTAS

4.1- Cultura Com a mistura étnica que caracteriza Pelotas, não é surpreendente que seja um rico centro cultural e político, sendo conhecida como a Atenas RioGrandense. Berço e morada de inúmeras personalidades da cultura nacional, como do escritor regionalista João Simões Lopes Neto (1865 - 1916), autor de Cancioneiro Guasca (1910), Contos Gauchescos (1912) e Lendas do Sul (1913), de Hipólito José da Costa - patrono da imprensa no Brasil, e do pintor Leopoldo Gotuzzo, cujos trabalhos ultrapassaram as fronteiras de Pelotas conquistando prêmios e exposições até na Europa, e o já citado Antônio Caringi (1905 - 1981), escultor pelotense reconhecido internacionalmente, e do senador Joaquim Augusto de Assumpção, fundador do Banco Pelotense. Atualmente, o Centro Cultural Adail Bento Costa funciona, também, como a sede da Secretaria Municipal de Cultura, contando com duas salas de exposições (Inah d'Ávila Costa e Antônio Caringi) além do Bistrô, utilizado para eventos em geral. O prédio faz parte do patrimônio tombado pelo IPHAN e fica localizado à Praça Coronel Pedro Osório, 02.

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4.2- Importância para a Cidade de Pelotas

O centro cultural em Pelotas será muito importante, pois servirá como um ponto de encontro de artistas, de gerações. É um espaço muito democrático, aberto para a poesia, a dança, a fotografia, as artes plásticas em geral, para o teatro. É um lugar muito bacana, com muita história. A cultura é algo dinâmico, vivo, feito e refeito cotidianamente. Independente dos eventos que realiza, possibilita encontros, é um ponto onde artistas alternativos se reúnem para tocar violão e trocar versos.

Justificativa: Em minha pesquisa encontrei apenas o Centro Cultural Adail Bento Costa e o Pachamama. Concluí que Pelotas necessita de um lugar aberto para artistas, com espaços para exposições e oficinas, para mostrar o trabalho desenvolvido.

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CAPÍTULO V – ANÁLISE DE PRECEDENTES 5.1- Centro Cultural Oscar Niemeyer

Ficha Técnica Local- Goiânia, GO Início do projeto- 1999 Conclusão da obra- 2006 Área do terreno (esplanada)- 26.325 m² Área construída- 16.721 m² Arquitetura- Oscar Niemeyer Situado na zona sudoeste de Goiânia, depois dos limites da BR-153 (que liga a cidade ao Sul do país), o Centro Cultural Oscar Niemeyer é um amplo conjunto voltado à arte, com 17 mil metros quadrados de área construída. O espaço leva o nome do arquiteto, que nunca havia projetado uma obra na cidade. O desenho é simples: quatro volumes com formas e usos distintos, sobre uma esplanada retangular. Na trajetória do arquiteto, é comum a criação de conjuntos em que cada prédio, ocupado por um item do programa, adota uma forma diferente, com uma composição espacial entre si.

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O Centro Cultural Oscar Niemeyer não foge à regra: são quatro edifícios diversos no formato - uma cambota, um triângulo, um cilindro suspenso e um pavilhão - e na ocupação (respectivamente, teatro, memorial, museu e biblioteca).

Atrás do monumento, está o Museu de Arte Contemporânea, um volume circular suspenso de 2,8 mil metros quadrados, apoiado em pilar central. O acesso é feito por uma rampa, que esconde parcialmente o grande esforço estrutural do edifício. No primeiro piso, fica o espaço de exposição permanente, e o mezanino é dedicado a mostras temporárias. Parte do programa está sob a esplanada, onde ficam a administração, a reserva técnica e uma pequena galeria. Fazendo às vezes de pano de fundo da composição (idéia reforçada pelo vidro preto), a biblioteca, com 1,2 mil metros quadrados, é um pavilhão em pilotis, com três pisos e cobertura destinada a um restaurante panorâmico com terraço. O acesso principal do conjunto, pela BR-352, é feito através de uma escadaria larga. No dia-a-dia, os visitantes chegam pelos fundos, onde fica o estacionamento de 530 vagas. Observada dali, a plataforma da esplanada transforma-se em laje, e percebe-se que parte dela é ocupada: são dois cinemas (com 280 lugares cada), cinco lojas e um bar, além de áreas técnicas. Tal como na Brasília dos primeiros anos, a composição funciona à vista do visitante: a planície verde junto ao horizonte dá ênfase aos volumes puros e força a sua composição geométrica.

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Plantas Baixas

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Análise conclusiva:

No projeto de Oscar Niemeyer o que mais me chama a atenção é sua composição formal, no qual é formado por volumes bem marcantes, e sempre pensando muito na parte funcional que o projeto irá desenvolver. No meu projeto também penso numa composição formal marcante, e não esquecendo também de sua funcionalidade. 17


5.2- Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou

Ficha Técnica Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou Local- Nova Caledônia Conclusão da obra- 1998 Arquitetura- Renzo Piano O Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou foi concebido pelo arquiteto italiano Renzo Piano com a finalidade de comemorar o genuíno Kanak (também, Canaque), cultura da Nova Caledônia. Localizado em uma península de Nouméa, na Ilha de Nova Caledônia, Austrália, foi inaugurado em 1998. O centro é composto de 10 unidades de diferentes tamanhos e funções, com a forma de concha posicionada verticalmente, assemelhando-se às tendas tradicionais da Nova Caledônia. Sua aparência de inacabado é um lembrete de que a cultura Kanak ainda está em processo de formação. A ilha reside entre muita controvérsia política, foi sujeita à ocupação francesa por mais de 100 anos. O seu líder cultural Jean-Marie Tjibaou tinha como objetivo fomentar a independência Kanak, sendo, porém assassinado por um extremista, em 1989. Tjibaou tinha a preocupação de que sua comunidade valorizasse suas raízes e tradições, ao mesmo tempo em que fosse aberta para a cultura mundial. 18


Piano desenvolveu o projeto com consultas à população local, aprendendo com a cultura e a natureza. O arquiteto procurou refletir no projeto, as tradições da cultura Kanak, tanto na funcionalidade quanto na aparência. Inspirado pela tradição, o Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou foi construído com tecnologia moderna, em madeira laminada colada, estruturada por tubos de aço inoxidável. A estrutura foi feita para resistir a furacões e terremotos. O complexo resistiu inclusive ao ciclone Erika. As conchas estão agrupadas de três em três, como se fosse um povoado. A concha mais alta possui 28m. Os caminhos para os pedestres os levam ao contato com a flora local e seus significados míticos, muito fortes na cultura Kanak. Os telhados planos de vidro e aço inoxidável são apoiados em colunas de Iroko (madeira local).

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Os volumes definidos por grelhas de madeira e vidro na base das paredes compõem o sistema de resfriamento passivo. As estruturas verticais e horizontais modificam o efeito dos ventos e as condições internas. As grelhas podem ser abertas ou fechadas, conforme a direção e velocidade do vento e o ar interno é então expelido pela parte mais alta do teto. Ao passar pelo edifício, o vento produz um som que representa os sons da floresta e das vilas Kanaks.

Análise conclusiva: No Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou, achei muito interessante por ser um projeto sustentável e também por causa do uso de diversificado de materiais utilizados no projeto, como o aço, madeira, vidro. É um diferencial no qual devo aplicar no meu projeto.

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5.3- MUSEU DE BELAS ARTES DE QUÉBEC – Brasil Arquitetura

Ficha técnica Arquitetos: Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz Arquiteto Colaborador: Vitor Gurgel Projeto elaborado em: 2009 Localização: Québec, Canadá Este projeto foi elaborado para participar do concurso de ampliação e adequação das instalações de exposições e atividades culturais existentes no Museu Nacional de Belas Artes de Québec, no Canadá. Segundo os promotores do concurso o projeto do novo pavilhão trazia desafios, pois existia complexidade no programa e limitação nos investimentos, ao que completa dizendo, “o Museu está em busca de uma idéia forte, de um verdadeiro projeto de arquitetura, e não apenas de um projeto de construção, que se apresente pela disponibilidade de novos espaços. Existe uma complexidade real e um grande desafio, pois deve ser um projeto que concilie o gesto de criação com o respeito ao orçamento limitado e modesto para o empreendimento”.

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5.3.1 Aspectos Arquitetônicos Com 12.200 m² de área privativa, o projeto foi elaborado para abrigar diferentes espaços com a lógica da flexibilidade, criando espaços claros (luminosos) e atraentes ao visitante. Assim o escritório distribuiu as atividades em quatro pavimentos, garantindo a acessibilidade a todos eles através de rampas, escadas e elevadores.

Um projeto extremamente contemporâneo e funcional, onde o conceito principal está na ordem espacial das atividades, deixando os visitantes livres para fazer seu próprio percurso. A real intenção dos arquitetos era criar um edifício para marcar presença na paisagem, com seus volumes e aberturas convidativas. Os quatro pavimentos são compostos por grandes vãos livres para realização de exposições e atividades culturais, contendo em todos os andares área de hall com elevadores e escadas. Essa flexibilidade na montagem permite dispor de diferentes formas as exposições, sem grandes dificuldades ou altos custos. A estrutura do edifício acontece de forma intercalada, fazendo com que todos os pavimentos funcionem como mezaninos uns dos outros. No subsolo se encontra o túnel de ligação entre o novo pavilhão e o edifício existente conhecido como Charles Baillairgé.

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O pavimento térreo destina-se a recepção dos visitantes, um local de acolhimento, pois ele foi disposto de tal forma que ficasse amplamente aberto a visão da paisagem, este espaço também pode ser utilizado para eventos de grande público. Este estudo de caso foi escolhido com o objetivo de compor os materiais a serem utilizados bem como tecnologias, como por exemplo, o uso do concreto armado e protendido que é utilizado para estruturar todo o edifício e suportar grandes sobrecargas apoiadas ou penduradas nas lajes.

5.3.2 Critérios de Análise Contexto O projeto foi gerado para participar de um concurso no Canadá. Onde a intenção é expressar uma personalidade forte em meio à paisagem. E ainda demarcando uma relação de respeito com a igreja de Saint Dominique, ao lado. Acessibilidade Acessado pelo parque Champs-de-Bataille, o edifício com entrada principal ao nível da rua, se preocupa com a acessibilidade universal até o último pavimento, para isso foi implantado elevadores, rampas e escadas. Programa O programa não varia muito, o principal é grandes espaços para exposições, assim em cada pavimento possui exposição temporária e um local técnico, que serve de apoio as exposições. No pavimento térreo encontra-se a loja/café e no subsolo um auditório. Assim o programa constitui de exposições, eventos, shows/palestras no auditório e a loja/café.

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Materiais e Tecnologia Utilizando concreto armado e protendido na estrutura do edifício, faz com que ele se torne imponente a paisagem. As paredes externas são compostas de múltiplas camadas para que internamente haja isolamento térmico e acústico, além de que elas receberão todas as instalações necessárias aos pavimentos. A cobertura será um terraçojardim visitável, para que as pessoas possam desfrutar da vista, e garantir a sustentabilidade do edifício. Grandes janelas foram projetadas para permitir a apreciação da vista, nelas também foram instaladas cortinas de blackout motorizadas, possibilitando o fechamento para as exposições, utilizando ainda vidros duplos com isolamento térmico e acústico que reduzem em 30% de eficiência energética. Os arquitetos propõem a utilização de materiais de demolição, como a madeira, o tijolo e o cobre, retirados da área de implantação do novo pavilhão. Nos espaços internos, além das paredes estruturais existem divisórias removíveis e deslocáveis, permitindo que seja modificada a dinâmica espacial. A proposta ainda é a máxima utilização dos materiais locais, certificados com CSA S478-95 (2001) – identificação canadense – que reduzirá em 50% dos resíduos ocasionados pela construção.

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Análise da Forma Todos os pavimentos seguem a mesma lógica, percebe-se que os arquitetos optaram por utilizar as formas regulares, pois estão articuladas de uma forma consistente e organizada, estas formas são geralmente simétricas, ao que é utilizado o triângulo, o quadrado e o retângulo, não se sabe se foi algo planejado ou não. Assim as plantas baixas se caracterizam como sendo um envoltório em formato de retângulo – forma geométrica simples – porém a sua área útil é conformada como um triângulo. Todas as plantas seguem a mesma forma, a única diferença é que são opostas de um pavimento para o outro.

Mesmo na elevação nota-se que o elemento principal da composição ainda continua sendo o retângulo, que coordena ou outros espaços.

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Análise de Cores

A utilização de materiais de demolição em sua cor natural da um aspecto simples, porém elegante ao edifício. O seu revestimento externo que chama a atenção na paisagem é constituído por réguas verticais de madeira, vidros duplos com isolamento térmico e acústico na cor natural azulado e rampas externas (volumes que sobressaem do edifício) revestidas com folhas de cobre em tom verde água.

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5.4- Espaço Multifuncional Cidade Viva

Ficha técnica Arquiteto: Kleimer Martins Arquitetos Colaboradores: Antonio Cláudio Massa e Hélio Costa Projeto elaborado em: 2006 Localização: BR 101 – Conde/PB Este espaço multifuncional é fruto de um projeto da Igreja Batista de João Pessoa, que visa contribuir nas áreas sociais da comunidade, promovendo a restauração da dignidade e incentivando o apoio à família, educação, cultura e lazer, saúde, geração de emprego e renda, ao meio ambiente, promoção da ética, direito, cidadania e valores cristãos. Assim o projeto tem como objetivo principal a reestruturação de famílias através da evangelização, “tendo em vista que o Espaço Multifuncional atende as expectativas, abrigando suas atividades básicas, otimiza o processo educacional e evangelístico, de acordo com os princípios da missão integral da Igreja tornando-se parte fundamental deste grande esforço de amor ao próximo”.

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5.4.1 Aspectos Arquitetônicos O edifício é distribuído em três pavimentos, sendo no térreo composto por estacionamento, praças, jardins e passeios, ginásio, administrativo, vestiários e banheiros, no 1º pavimento estão as arquibancadas, salas de aula, biblioteca e estúdio de música e no 2º pavimento encontram-se os laboratórios, salas de aula e banheiros. O projeto deveria satisfazer um grande número de pessoas que compartilhariam atividades distintas, onde a flexibilidade dos espaços era o ponto chave, assim buscaram-se métodos de construção diferenciados.

As áreas externas são tratadas como praças, contornado pelos jardins em volta da edificação. Os acessos são centralizados de modo que a circulação organize os espaços. A circulação vertical é feita através de rampas, garantindo a acessibilidade e ainda

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sendo uma opção de menos custo, quando relacionado com os elevadores, no projeto ainda estão dispostas escadarias nas extremidades com abertura zenital para iluminação natural. Com uma área construída de 8.483 m² o espaço multifuncional foi construído para satisfazer um grande número de pessoas. Os objetivos principais enquanto elemento arquitetônico era a valorização do entorno (com a criação de áreas externas e aproveitamento da vegetação existente), conforto ambiental (adotando soluções para o condicionamento natural), acessibilidade, custo (tecnologias, sistema construtivo e materiais que fossem utilizados na região) e organicidade (por meio da integração visual interna e externa).

5.4.2 Critérios de Análise Contexto O projeto consiste na interação com o público, em especial a famílias evangélicas, para o ensinamento da religião e atividades básicas do processo educacional. Acessibilidade O acesso é bem claro, demarcando o eixo principal. Com circulação vertical feita através de rampas e uma escada em cada extremidade do edifício, garante-se a acessibilidade universal no empreendimento. Programa O programa é articulado através das seguintes áreas funcionais: área de apoio (espaços destinados a recepção, espera e estar), áreas comuns e de convivência (para o desempenho de atividades multifuncionais, por exemplo,

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culto, esportes e eventos), áreas úteis e operacionais (setor administrativo, salas de aulas, biblioteca e laboratórios), área de serviços, circulação e áreas externas (estacionamento, jardins e passeio). Materiais e Tecnologia O sistema estrutural é composto pelo concreto armado e estrutura metálica, desta forma o projeto foi concebido de forma modular para reforçar a multifuncionalidade.

Imagem 38: Estrutura Modular. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/

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Os pórticos de concreto armado são em módulos de 6 x 6 metros cada, dispostos em torno de uma área central com vão de 42 x 86 metros, que possui uma cobertura com estrutura metálica.

Imagem 39: Corte mostrando a estrutura da cobertura tensionada. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/

Para dar conforto aos ambientes o arquiteto propôs soluções práticas e simples como a ventilação direta, iluminação zenital e brises para proteção de iluminação direta.

Imagem 40: Brises para proteção solar. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/

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Análise da Forma Como a estrutura é modular a composição segue a mesma linha, para isso é utilizado formas regulares estáveis, neste caso o retângulo, forma geométrica básica, assim a planta é composta por elementos organizados e consistentes.

Imagem 41: Repetição do elemento. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/

Na composição da planta se observa que por ela ser modulada os elementos se repetem e assim fazendo uma leitura decrescente por ordem de dimensões, a partir do acesso principal.

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Análise de Cores O arquiteto opta por utilizar o branco na estrutura de concreto e a cor natural do metal onde ele empregado. As cores aparecem apenas no ginásio de esportes onde o piso é azul e laranja.

Imagem 42: Ginásio de esportes. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/

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CAPÍTULO VI – ESTUDO DO ENTORNO 6.1- Sítio e suas Características: O terreno escolhido está situado na Av. Ferreira Vianna, ao lado do prédio do Foro de Pelotas. A decisão por esse terreno se deu pelo fato de estar localizado em um dos eixos da cidade, a Av. Ferreira Vianna, via arterial conforme classificação do III Plano Diretor. Está definido como vazio urbano e é dotado de toda uma rede de infraestrutura em seu perímetro. A região tem potencial para receber o aumento de fluxo que o projeto irá gerar, tanto de veículos como de pedestres.

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A proximidade com o sítio charqueador e a fácil ligação com a zona histórica de Pelotas também determinaram a escolha do terreno, que se encontra em uma área de crescente desenvolvimento devido aos novos empreendimentos que tem se instalado na zona, como é o caso do shopping, que está localizado ao lado do terreno, o qual deverá atrair grande movimento para região. 35


Situação:

Foto Aérea

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Usos da Regi達o:

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NĂşmero de Pavimentos:

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Sistema Viรกrio

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Fluxos

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Eixos e anéis viários

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Vazios Urbanos

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Usos e Atividades

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Alturas limites das edificaçþes

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6.2- Edifícios em Destaque: Hipermercado Big

Construção com volume único, e grande destaque para a marca na fachada. A organização espacial interna não se pode perceber pela fachada, notando-se somente a garagem no plano mais inferior. Construção feita em elementos pré-fabricados de concreto. Foro de Pelotas

Construção composta por três volumes, o que se pode notar pela fachada. O prédio é assimétrico, com destaque a marcação horizontal.O prédio está isolado no lote, deixando com amplas possibilidades visuais. É uma construção nova, com grande emprego de vidros reflexivos na fachada e revestimento cerâmico.

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Ministério Público

Prédio com composição simples, formado por um bloco único e adição de plano inclinado na fachada frontal.A construção está bem solta no terreno, com recuos laterais e frontal.Construção assimétrica, com predominância dos cheios sobre os vazios.Estrutura esqueleto em concreto armado e revestimento com pastilhas cerâmicas. Procuradoria geral do Estado

Prédio com composição simples, destacando rasgos verticais com vidros nas fachadas. O térreo é diferenciado em relação aos demais pavimentos. Existe a simetria na fachada, com uma ruptura pelo elemento que configura a caixa do elevador, mais alto em um dos lados do prédio. Os acabamentos são simples, sendo as paredes rebocadas, com pintura branca e utilização de vidros fumê nas fachadas. 46


6.3- Análise do Entorno O terreno está situado em uma área de grande desenvolvimento na cidade, onde muitos novos prédios estão sendo construídos e novas atividades vêm se instalando no local. É uma área ainda com muitos vazios, áreas com toda infra-estrutura necessária para o desenvolvimento de muitas atividades e que se encontram sem ocupação. Está próxima da zona central, localizada em uma via de fluxo bastante intenso. A ocupação mais densa se dá nas zonas de predominância do uso residencial, no bairro Cruzeiro do Sul e próximo a Av. Domingos de Almeida, no bairro Areal. Com as análises pode-se ver um grande uso de edificações comercial ao longo da via principal de acesso, com destaque para edificações como a do BIG, o Foro de Pelotas, Justiça Eleitoral, Ministério Público, entre outros.

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6.4- Imagens do terreno

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CAPÍTULO VII - LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA Segundo o Código de Obras: 7.1- SEÇÃO II - DA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS Art. 12 - Todos os prédios que abriguem instalações comerciais, industriais, de diversões públicas, bem como edifícios residenciais com mais de uma economia e mais de um pavimento, excetuando-se as isenções previstas na legislação e nas Normas Técnicas, deverão possuir plano de prevenção e proteção contra incêndio, aprovado pelo órgão competente. 7.2- SEÇÃO XIII - DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS A LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO Art. 188 - São considerados locais de reunião: II - Recreativos: as sedes sociais de clubes e associações, salões de bailes, restaurantes, bares e congêneres com música ao vivo, boates e discotecas, boliches, salas de jogos, parques de diversões, circos e congêneres, bares de funcionamento noturno; Art. 189 - Todo local de reunião deverá possibilitar o acesso universal, de acordo com a legislação municipal em vigor e as normas da ABNT. Art. 190 - Todo local de reunião deverá ter número de vagas para guarda de veículos calculado de acordo com o Anexo 2. Art. 192 - Os cinemas, teatros, auditórios, centros de convenções, boates, discotecas e assemelhados deverão ser dotados de sistema de renovação 49


mecânica de ar e de instalação de energia elétrica com iluminação de emergência, conforme legislação e normas técnicas de prevenção e combate à incêndios. Art. 193 - Deverão, obrigatoriamente, ser dotados de tratamento acústico, independentemente da localização, boates, discotecas, clubes noturnos e sociais ou outros estabelecimentos de comércio, serviço ou institucional, de qualquer natureza, que apresentem música ao vivo, mecanizada ou qualquer tipo de poluição sonora. 2º. Deverá ser providenciado tratamento acústico do edifício, apresentando isolamento de modo que as medições com o estabelecimento em funcionamento, não ultrapassem o máximo de 5db (cinco decibéis) do ruído de fundo. Art. 194 - As edificações previstas nesta seção deverão ter vãos de iluminação e ventilação efetiva, cuja superfície não seja inferior a 1/10 (um décimo) da área do piso; Parágrafo único: Quando não atendida à superfície mínima de ventilação, deverá apresentar sistema de ventilação forçada, que garanta a renovação e a qualidade do ar. Art. 195 - As edificações constantes desta seção deverão ter instalações sanitárias para uso do público, para cada sexo, na seguinte proporção: a) Para o sexo masculino, 01 (um) conjunto de vaso sanitário e lavatório para cada 300 (trezentas) pessoas ou fração, e um mictório para cada 150 (cento e cinqüenta) pessoas ou fração, conforme tabela de cálculo de lotação do Anexo 01; b) Para o sexo feminino, 01 (um) conjunto de vaso sanitário e lavatório para cada 200 (duzentas) pessoas ou fração, conforme tabela de cálculo de lotação do Anexo 01.

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Segundo o PDDU de Pelotas: 7.3- CAPÍTULO I – REGRAS GERAIS Art. 123 - Em todo o perímetro urbano será permitida a edificação de até 10,00m (dez metros) de altura, observadas as seguintes disposições, conforme mapa U-14 em anexo à presente lei: I - Recuo de ajardinamento de 4,00m (quatro metros), o qual poderá ser dispensado através de estudo prévio do entorno imediato no caso de evidenciar-se, no raio de 100,00m (cem metros), a partir do centro da testada do lote, a existência de mais de 60% (sessenta por cento) das edificações no alinhamento predial; II - Recuo de ajardinamento secundário, nos terrenos de esquina, nas condições estabelecidas no inciso anterior, o qual se fará na testada do lote em que não se faça o recuo de ajardinamento principal com, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros); III - Isenção de recuos laterais; IV - Taxa de ocupação máxima de 70% (setenta por cento); V - Recuo de fundos mínimo de 3,00m (três metros).

Informações do mapa em anexo: Altura máxima: Até 10,00 metros de altura em todo o perímetro urbano, como exceção as Áreas de especial interesse – AEIs, a região Administrativa do Laranjal, à área Rururbana, Núcleos de Urbanização Específica e Áreas industriais. Até 13,00 metros de altura em logradouros com gabarito igual ou superior a 16,00 metros e terrenos com testada igual ou superior a 16,00 metros e terrenos com testada igual ou superior a 12,00 metros.

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CAPÍTULO VIII – O PROJETO 8.1- Programa de necessidades Setor Administrativo Sala da administração Sala de Reunião Sala da diretoria Sala dos professores Copa dos funcionários Banheiros

Setor de Serviço Restaurante Depósitos Estacionamento Banheiros

Setor Social/Lazer Pátio interno Auditório Biblioteca e sala de estudos Oficinas e cursos de arte

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8.2- Pré Dimensionamento

Setor

Ambiente Sala da administração Sala de Reunião

Administrativo

Atividade Sala da administração do Centro Cultural Para reuniões administrativas

Área Prevista

Mobiliário

30m²

Mesas, cadeiras e armários

30m²

Grande mesa e cadeiras

Sala da diretoria

Sala da direção

20m²

Mesas, cadeiras e armários

Sala dos professores

Sala dos professores

30m²

Mesas, cadeiras e armários

Copa dos Funcionários

Copa para uso dos funcionários

15m²

Mesa pequena, fogão, pia, geladeira e armário

Banheiros

Femininos e Masculinos para atender ao administrativo

30m²

Boxes sanitários e lavabo

Restaurante

Para atender aos visitantes

200m²

Mesas e cadeiras

Depósitos

Espaço para armazenamento de equipamentos

60m²

Armazenamento de obras e equipamentos

Banheiros

Para atender aos funcionários

25m²

Boxes sanitários e lavabo

Estacionamento

Para utilização de funcionários e usuários

60 vagas

60 vagas

Serviço

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Setor

Ambiente

Atividade

Área Prevista

Mobiliário

Pátio Interno de convivência Espaço para exposições e Eventos

Espaço destinado ao lazer do público

550m²

Estares com bancos

Espaço para abrigar eventos sociais

400m²

Cavaletes e expositores

250 pessoas

Poltronas

150m²

Armários e mesas

Auditório Biblioteca e salas de estudo

Setor social/Lazer

Para realização de apresentações, palestras e pequenos shows Espaço destinado à leitura

Armários, cadeiras e mesas Depósito, espelhos e cadeiras Vestiários e armários

Oficina de música

Espaço para aula de música

80m²

Oficina de teatro

Espaço destinado a aulas de teatro

100m²

Oficina de dança

Espaço para aula de dança

100m²

Oficina de pintura

Espaço para aula de pintura

70m²

Cavaletes

Oficina de escultura

Espaço para aula de escultura

70m²

Mesas e cadeiras

Banheiros

Sanitários para visitantes

40m²

Boxes sanitários e lavabos

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8.3- Fluxograma

1ยบ Pavimento

2ยบ Pavimento

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8.4- Zoneamento

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8.5- Conceituação 

Pretendo utilizar o terreno de uma maneira onde possa valorizar todos os espaços, através da criação de um núcleo central de convivência, assim integrando todas as áreas do centro cultural.

Na questão dos acessos ao prédio, decidi por fazer duas entradas, sendo uma entrada principal pela Av. Ferreira Viana, onde é uma avenida bem conhecida, sendo assim valorizando e facilitando o conhecimento do edifício, e também um acesso secundário pela rua lateral ao terreno, rua esta de menor movimento, onde deverá ser localizado o estacionamento.

Uso das áreas verdes como espaços de convivência.

No que diz respeito ao conforto ambiental deverá haver o uso de brises, para haver menos incidência solar.

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ReferĂŞncias http://www.cult.ufba.br/enecult2007/LucieneBorgesRamos.pdf http://ayllumisticaandina.blogspot.com.br/2011/02/ong-pachamama-inaugura-centrocultural.html http://intra.vila.com.br/sites_2002a/urbana/marcela/marcela_ccc.htm http://www.ongpachamama.org/#!quem-somos http://www.centrocultural.sp.gov.br/index.asp http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural_S%C3%A3o_Paulo http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-centro-cultural-08-05-2007.html http://blog.rklarquitetura.com.br/2009/10/centro-cultural-jean-marie-tjibaou.html http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.063/431 http://www.arcoweb.com.br/noticias-em-geral/peter-eisenman-inaugura-cidade-cultura-santiagocompostela-13-01-2011.html http://ensaiosfragmentados.blogspot.com.br/2011/03/cidade-da-cultura-de-galiciaespanha_30.html http://arquiteturacontemp.blogspot.com.br/2008/03/peter-eisenman.html

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