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Sobre o autor

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SSOBRE O AUTOR

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Franciel Jean Lucca, natural de Santo Ângelo – Capital dos Sete Povos das Missões, resido em Bagé há 10 anos. Economista por profissão e desenhista autodidata, sou apaixonado pela história do povo gaúcho e suas tradições.

Ao rabiscar o patrimônio arquitetônico do Rio Grande do Sul, procuro observar as diversas vertentes responsáveis pela formação da identidade cultural de minha amada terra.

Utilizo gravetos (galhos de árvore) molhados em tinta nanquim para criar minhas ilustrações, uma das mais antigas técnicas de desenho da humanidade, hoje praticamente esquecida.

GGRAVETOS?

O interesse pelo uso de galhos de árvore na confecção de minhas ilustrações surgiu em 2017, após conhecer o extraordinário trabalho do artista malaio Ch’ng Kiah Kiean, um desenhista mundialmente famoso por empregar esta técnica em suas obras.

A simplicidade e rusticidade dos traços criados a partir do uso de galhos sobre o papel, o qual apresenta formas bastante irregulares e uma variedade de linhas e texturas, despertou imediatamente a minha atenção. 6

Além destas características peculiares, outra vantagem muito interessante ao utilizar gravetos é a possibilidade de fabricar à mão suas próprias ferramentas, estimulando a criatividade e a descoberta de novas formas de aplicação do material nos desenhos.

Para conhecer mais sobre o artista Kiah Kiean, acesse:

www.kiahkiean.com

FFERRAMENTAS

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Os materiais de desenho que utilizo são extremamente básicos e fáceis de encontrar. As ferramentas principais e indispensáveis são os galhos, a tinta nanquim (que armazeno em pequenos frascos) e o papel ou sketchbook, com gramatura entre 150 e 220 g/m² para técnicas secas e 300 g/m² para pinturas com aquarela.

Quanto aos galhos, procuro usar diferentes tamanhos e densidades (mais duros ou mais flexíveis). Não existe um “graveto perfeito”, porém os meus preferidos são de jaboticabeira, jasmim e bambú, pois tendem a absorver e distribuir a tinta de maneira mais uniforme.

Os itens acessórios, e não menos importantes, são: estojo de aquarelas, estilete para apontar os galhos, lápis, borracha, prendedores de papel, prancheta, pequenos pedaços de pano e um frasco com água para limpar a sujeira.

Também não pode faltar um bom chimarrão, companheiro inseparável de todas as horas!

BBAGÉ – A RAINHA DA FRONTEIRA

O primeiro registro do nome “Bagé” data de 1776, quando o espanhol D. Luiz Ramirez, em seu Diário de Marcha, relatou que havia acampado nos “Zerros de Balles” (Cerros de Bagé). A cidade foi fundada oficialmente em 1811 (209 anos).

Localizada a cerca de 60 km da divisa com a República Oriental do Uruguai, Bagé possui elevada importância estratégico-militar para o país. Ao longo da história, seus cobiçados campos e planícies foram disputados pelos Espanhóis, Portugueses e índios nativos, especialmente os Charruas, Tapes e Minuanos.

A “Rainha da Fronteira”, como é popularmente conhecida, também foi palco de conflitos armados durante a Revolução Farroupilha (1835-1845) e Revolução Federalista (1893-1895), entre eles o “Cerco de Bagé”, em 1893, onde a cidade resistiu ao ataque das forças federalistas durante 47 dias, sendo este um dos mais notáveis episódios da História Militar brasileira. 8

Trincheiras em frente à Catedral de São Sebastião Fotografia: José Greco Acervo do Museu Dom Diogo de Souza, Bagé/RS

BBAGÉ – A RAINHA DA FRONTEIRA

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Bagé possui uma população estimada (IBGE 2020) de 121.335 habitantes, a 17ª maior cidade do Rio Grande do Sul. A agricultura, a pecuária e o comércio são a base da economia do município.

Com relação ao patrimônio arquitetônico, a cidade possui um conjunto de edifícios de elevada importância cultural, o que levou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) a promover o tombamento de seu Centro Histórico, no intuito de preservar as construções antigas localizadas no perímetro.

Os desenhos a seguir procuram homenagear a identidade visual da Rainha da Fronteira, suas belas casas, suntuosas igrejas e luxuosos palacetes, onde o passado e o presente se misturam.

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ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA, ATUAL CENTRO ADMINISTRATIVO MUNICIPAL

Tinta nanquim e aquarela  A4  21.0 x 29.7 cm  gramatura: 200 g/m²

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ANTIGA USINA ELÉTRICA, ATUAL CEEE

Tinta nanquim e aquarela  A4  21.0 x 29.7 cm  gramatura: 200 g/m² 13

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