Boletim Informativo Instituto Eventos Ambientais - IEVA Ano 09- nº 01
Declarado de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº 5.597/13
SEJA UM ASSOCIADO O INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS-IEVA é uma associação civil sem fins lucrativos, de caráter corporativo, que promove a sustentabilidade de eventos e desenvolve atividades destinadas a promoção da responsabilidade socioambiental nas empresas, cumprindo os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, com ênfase nos parâmetros da ESG.( Environmental – Social – Governance)
Olá, você está recebendo a primeira edição de 2021 do Boletim Informativo do INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS - IEVA. Aqui você irá encontrar um resumo das principais atividades desenvolvidas pelo nosso Instituto durante o primeiro semestre de 2021.
O IEVA não realiza apenas eventos, nós elaboramos e executamos projetos que visam e contribuem para a Responsabilidade Socioambiental, Educação Ambiental, Esportiva, Inclusão Social, comprometimento com os ESG e ODS
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Rua Visconde de Santa Isabel nº 272 – Vila Isabel, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 20560-121 Parque Recanto do Trovador
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INSTITUTO IEVA PARTICIPA DE CERIMÔNIA DE REINAUGURAÇÃO DE COMPLEXO ESPORTIVO NO PARQUE RECANTO DO TROVADOR
Em Marco, a Prefeitura do Rio de Janeiro, em conjunto com a Fundação Parques e Jardins Subprefeitura da Grande Tijuca, Riourbe, Conservação e COMLURB e RIOLUZ, realizaram Mutirão de Limpeza e instalação de nova iluminação em LED no Parque Recanto do Trovador, antigo Jardim Zoológico de Vila Isabel, área pública adotada pelo Instituto IEVA. Nosso Presidente Alexandre participou da Cerimônia de Reinauguração das Instalações esportivas Vila Olímpica de Vila Isabel – Artur da Távola.
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IEVA realiza o lançamento do 1º Curso de Jardinagem Básica, no Parque Recanto do Trovador Em Fevereiro deste ano, iniciou-se a primeira Turma do Curso de Jardinagem Básica, promovido pelo INSTITUTO IEVA, nas instalações do Parque Recanto do Trovador. O curso é gratuito, aberto ao público e preferencialmente destinado aos moradores da Comunidade do Morro dos Macacos e entorno. O lançamento foi um sucesso, com vagas esgotadas. Durante o curso serão desenvolvidas diversas atividades dinâmicas e experimentais na área de jardinagem paisagismo, educação ambiental e patrimonial. Ao final do curso os alunos receberão um certificado de participação.
Alunos do Curso de jardinagem do Instituto IEVA
Aulas de Manejo de Solo e gramados
Resultado das Oficinas, aulas práticas e teóricas
Plantio e Manejo de Mudas de espécies nativas e exóticas
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IEVA lança o Projeto BROTO D E BAMBU - Oficinas Infantis Gratuitas de Ballet e Judô, em parceria com a Vila Olímpica de Vila Isabel – Artur da Távola No último dia 09 de Maio de 2021, o instituto IEVA, em parceria com a Vila Olímpica de Vila Isabel – Artur da Távola, lançaram o Projeto Socioambiental que realiza oficinas infantis gratuitas de Ballet e Judô. O evento foi um sucesso, e as vagas se esgotaram já nos primeiros dias de inscrições. As aulas são ministradas por profissionais habilitados e com amplo curriculum e expertise prática. As inscrições são preferenciais aos moradores da Comunidade do Morro dos Macacos.
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IEVA e FUNDAÇÃO PARQUES E JARDINS participam das Comemorações do DIA DA TERRA No último dia 22 de Abril de 2021, o INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA participou da Oficina On Line, realizada pela FUNDAÇÃO PARQUES E JARDINS em comemoração ao Dia da Terra. Diversos parques e praças da Cidade receberam a equipe da Fundação Parques e Jardins, onde foram transmitidas ações de plantio de mudas, reciclagem, reflorestamento, e silvoterapia. Esta última, realizada pelo Instituto IEVA, no Parque Recanto do Trovador, antigo zoo de Vila Isabel. Participaram da Oficina s alunos do Curso Básico de Jardinagem do IEVA e diversos frequentadores do local. A silvoterapia é uma atividade que promove o resgate da autoestima e melhoria do sistema imunológico, através da pratica do abraço às árvores e do banho de florestas. A oficina foi matéria da Coluna do Ancelmo Gois, no Jornal OGlobo.
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INSTITUTO IEVA SE INSCREVE NO PACTO GLOBAL DAS NAÇÕES UNIDAS No dia 22 de Abril de 2021, o INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS- IEVA, enviou seu requerimento de inscrição no Pacto Global das Nações Unidas, na categoria NÃO EMPRESARIAL. Como representante do terceiro setor. Lançado em 2000 pelo então secretáriogeral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade. É hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes locais, que abrangem 160 países. Na visão do ex-secretário, disseminar as boas práticas empresariais não era uma retórica para convertidos, mas sim um processo em passos curtos rumo a uma mudança profunda da gestão mundial de negócios. Quem integra o Pacto Global também assume a responsabilidade de contribuir para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em 2015, os 193 países-membros das Nações Unidas aprovaram, por consenso, a Agenda 2030. Trata-se de um plano de ação de 2015 a 2030. O Pacto Global não é um instrumento regulatório, um código de conduta obrigatório ou um fórum para policiar as políticas e práticas gerenciais. É uma iniciativa voluntária que fornece diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras. A sede do Pacto Global é em Nova York (www.unglobalcompact.org).
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INSTITUTO IEVA COMEMORA O DIA DO PAU BRASIL NO PARQUE RECANTO DO TROVADOR No último dia 30 de Maio de 2021, o Instituto IEVA comemorou com a Turma do Curso Básico de Jardinagem, o Dia do Pau Brasil, árvore emblemática que deu nome ao nosso País. No Parque Recanto do Trovado há um exemplar muito antigo que valeu de experiência para as oficinas de jardinagem e de tratamento de árvores desenvolvidas no local. O Parque Recanto do Trovador foi adotado pelo Instituto IEVA, através do programa ADOTE RIO, da Fundação Parques e Jardins.
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AULA PÚBLICA INAUGURAL DA 2ª. TURMA CURSO DE JARDINAGEM DO INSTITUTO IEVA No último dia 29 de Maio de 2021, foi realizada a aula Públic a Inaugural da 2ª. Turma do Curso Básico de Jardinagem do Instituto IEVA no Parque Recanto do Trovador – antigo zoo de Vila Isabel. A aula foi conduzida elo professor Francisco Carrera, que ministrou palestra sobre noções básicas de jardinagem e paisagismo, educação ambiental e patrimonial. As inscrições para a tuma de sábado estão encerradas.
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OFICINA DE RESTAURAÇÃO DE MONUMENTOS HISTÓRICOS O INSTITUTO IEVA, em parceria com a FUNDAÇÃO PARQUES E JARDINS, recebeu uma oficina de capacitação para restauração de monumentos históricos, Coordenada pelo professor Luciano Caetano – Gerente de Gestão de Praças e Parques Históricos da Fundação Parques e Jardins. A oficina esstá sendo ministrada para os empregados do Instituto IEVA, que são egressos do sistema penitenciário e moradores da Comunidade do Morro dos Macacos. No Parque Recanto do Trovador há um monumento histórico constituído por um bebedouro da antiga jaula do elefante, construída em argamassa no século XIX e atualmente tombada pelo INEPAC.
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SEMANA IEVA DE MEIO AMBIENTE 2021 O INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA, realizou diversas atividades na Semana do Meio Ambiente, que ocorreu de 01 a 06 de Junho de 2021. As atividades realizadas foram multidiversas, pautadas na educação ambiental, conservação da biodiversidade, gestão de resíduos sólidos e conservação e economia de recursos hídricos. No dia 04 de Junho de 2021, o Museu de ciências da Terra e A Fundação Parques e Jardins, realizaram como apoio do Instituto IEVA uma instigante oficina intitulada “ O Museu no Jardim: um encontro perto das raízes” que abordou aspectos paleontológicos e também da história da formação do Planeta Terra. A Oficina contou com a participação dos moradores do Morro dos Macacos, dos alunos do Curso Básico de Jardinagem do IEVA e também dos frequentadores do Parque Recanto do Trovador, local da oficina. No dia 05 de Junho, Dia do Meio Ambiente, o Instituto IEVA esteve presente na Cerimônia de Reinauguração da Sede Piraquara do Parque Estadual da Pedra Branca, em Realengo. No local, ficamos responsáveis pela realização de oficinas de Kokedamas, ( a arte de fazer bolas de musgo como jardins suspensos). As espécies ecolhidas foram espécies exóticas e invasoras do Parque. A oficina foi coordenada pelo Professor Francisco Carrera. O Evento contou com a presença do Governador do Estado do Rio de Janeiro Claudio Castro, do Secretário Estadual do Ambiente e Sustentabilidade , Thiago Pampolha e do Presidente do Instituto Estadual do Ambiente- INEA Phillipe Campello e do Subsecretário de Conservação da Biodiversidade e Mudanças do Clima, Flávio Gonçalves. No dia 06 de de Junho, fechando a Semana do Meio Ambiente, o Instituto IEVA realizou uma Oficina de Silvoterapia, no Parque Recanto do Trovado, coordenaada pelo Professor Msc. Francisco Carrera
Presença especial do Governador do Estado do Rio de Janeiro – Claudio Castro -
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PALESTRA ESPECIAL DA FUNDAÇÃO PARQUES E JARDINS NO CURSO BÁSICO DE JARDINAGEM DO INSTITUTO - IEVA No último dia 08 de junho de 2021, o Curso Básico de Jardinagem do Instituto IEV, recebeu uma palestra especial do professor Luciano Caetano, Gerente de Gestão de Praças e Parques Históricos da Fundação Parques e Jardins. Em sua palestra foram abordados os aspectos históricos e paisagísticos do Parque Recanto do Trovador, com ênfase nas ações e intervenções propostas e ainda com destaque para a as ações de conservação do espaço, mediante a participação da comunidade local. A aula foi um sucesso e teve presença integral dos alunos do curso
Palestra do prof. Luciano Caetano – Gerente de Gestão de Praças e Parques Históricos da Fundação Parques e Jardins.
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NOVAS PARCERIAS - IEVA O NSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA, formou parceria institucional, com uma das maiores empresas de Franquia de Jardinagem do País, a ECOJARDIM, que possui ampla experiência na jardinagem de diversos setores. O Presidente do IEVA Alexandre Gontijo esteve na Cidade de porto Ferreira no Estado de São Paulo para conhecer as instalações e estruturas da nova parceira. Durnte o encontro, o Sr. Vaner da Silva, presidente do GRUPO ECOJARDIM, manifestou-se com muita alegria para a nova parceria formada.
Aguardem as novidades!!
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ARTIGO DO MÊS
Prof. Msc. Francisco Carrera
(RE) SUSTENTAR, É PRECISO! Uma proposta de revisão do conceito de sustentabilidade pós Pandemia de COVID-19. Por Francisco Carrera[1] Decorridos menos de 04 meses de reconhecimento oficial pela OMS da Pandemia do COVID-19, os seres humanos deste magnífico planeta azul estão sendo submetidos à inúmeras renovações conceituais. Alguns entendem como uma nova ordem mundial, outros observam os cenários de maneira crítica e entendem as alterações como um novo cenário na economia, e todas as áreas das ciências humanas e exatas, repensam seus princípios, métodos, conceitos e fundamentos. O Planeta Terra, e em especial os seus habitantes humanos, em que pese toda a vigilância e dependência dos satélites, toda a evolução da ciência e tecnologia, ainda não conseguiram controlar os efeitos de uma expressão natural do manifesto auto controle do Planeta às intervenções e influências das ações humanas sobre os sistemas naturais. Porém isto não é o bastante. A presença do vírus se caracteriza como mais uma pandemia, que paulatinamente será controlada e novas modalidades e cenários de vida humana se construirão. Assim o foi com muitas outras, e não será diferente com esta. Mas não é disto que estamos falando. Na verdade o que mais nos importa neste momento, é não apenas a reação dos seres humanos dos séculos XX e XXI a esta Pandemia. Mas a mudança comportamental nos diversos cenários das sociedades deste Planeta. Conceitos manfestamente tradicionais estão caindo por terra e se renovando. Comportamentos sociais que se destacaram em séculos passados estão ganhando espaço. A vida e confinamento residencial está por sua vez resgatando valores, princípios e atitudes que já não víamos há tempos. E neste caminho também está indo a sustentabilidade e seus pilares. Não estão se esvaindo mas à luz do que assistimos em relação aos resultados, merece uma revisão não apenas conceitual, mas também cognitiva. Todos os acontecimentos travados durante a década de 70 do século passado, foram suficientes para nos convencer da necessidade de recondução conceitual para a idéia de desenvolvimento. Importantes movimentos foram essenciais para a transição do desenvolver a qualquer custo para o desenvolver de forma sustentável. Instituições ousadas e plenamente reconhecidas como titulares do saber ecológico e econômico, ganharam destaque. Nesta linha destacamos a Comissão Brundtland, o Clube de Roma, e a pitoresca Conferência das Nações 15
Unidas para O Meio Ambiente e Desenvolvimento – UNCED- 72 em Estocolmo. De lá vieram novos conceitos, novas doutrinas, descobertas importantes, essenciais aos modernos conceitos de sustentabilidade que hoje trabalhamos em nossas relações jurídicas e socioambientais. Necessárias foram as contribuições de renomados autores como CARLSON[2], LOVELOCK[3], CAPRA[4], PRIEUR,[5] SACHS[6], e muitos outros. Na esteira dos poderosos princípios de regência do direito do ambiente como o da precaução, prevenção, poluidor pagador, desenvolvimento sustentável, educação ambiental, e muitos outros, a boa comunhão entre o social, o natural e o econômico, pautaram as decisões políticas nacionais e internacionais neste final de século XX e início do XXI. Esta evolução principiológica e conceitual não parou por ali. Durante a RIO+20, outras idéias como a de Economia verde, de Capital Natural e de Serviços Ecossistêmicos e Ambientais, estiveram em pauta e ganharam espaço de forma paulatina. Mas toda esta evolução não foi suficiente, por vezes para frear a avidez pelo desenvolvimento da espécie Homo sapiens sapiens nesta era antropocena. Este cenário é muito bem relatado pelo professor Yuval Noah HARARI[7], em sua obra SAPIENS. No momento, os valores atravessam processos de revisão conceitual. A harmonia do ambiente familiar ganha espaço no cenário das decisões comerciais. A comunicação mundial se padroniza em transmissões digitais. O contato pessoal é restrito e todos os cidadãos são obrigados a experimentar outras formas de contato. A comunicação afetiva fica mais estreita. Sentimentos plenamente humanos que estavam adormecidos pela rotina do dia a dia laboral, são redescobertos. Valores são resgatados e por mais uma vez, o olhar para o social, um importante pilar da sustentabilidade, ganha espaço e volta à evidência mercadológica. Na concepção tradicional de sustentabilidade, muito bem defendida pelo professor SACHS, importantes espaços, permitem a fragmentação do conceito de sustentabilidade em social, ecológica, econômica, cultural, espacial, demográfica, institucional e política. Ao lado desta concepção, novos modelos de economia são desenhados, movidos pelas novas relações jurídicas e socioambientais firmadas pelas projeções, abordagens e conceitos trazidos para o novo século XXI. Importantes cenários da economia foram repaginados e merecem destaque, tais como a criativa, a solidária, e a circular. Tornou-se necessário um crash exponencial nos mercados internacionais para que estas economias pudessem ganhar espaço e valor. O fomento às ações locais e o manifesto estímulo à permuta, valeram de motivação ao crescimento destas economias. A criação de Moedas locais e a transformação de residências em home offices, e o cancelamento de reuniões e aglomerações em espaços públicos, valeram de alerta para que pudéssemos perceber o quando de energia gastávamos para eventos deste porte, quando na verdade muitos poderiam ser realizados por meio eletrônico. Rotas aéreas, terrestres, procedimentos logísticos eram fatores que faziam uso exponencial de matrizes energéticas. Aeroportos, estações rodoviárias, multimodais etc. etc.. Após esta nova fase, não mais serão utilizados se os encontros puderem ser substituídos por uma reunião ou conferência por meio eletrônico. As 16
matrizes limpas passam a ganhar espaço, bitcoins, e matrizes energéticas alternativas, diversas das fósseis ganham espaço em um mercado inovador. Os serviços ecossistêmicos ganham espaço no cenário econômico. A valoração do recurso natural, (ecossistemas e biodiversidade) recebe uma nova roupagem e passa a compor ativos internacionais. Componentes genéticos e conhecimentos tradicionais associados, ganham valores passíveis de apuração. Paisagens naturais e ambiências lúdicas, tornam-se valores negociáveis, como consideração de potencial de uso. Até mesmo a religiosidade ganhou uma nova abordagem. Cerimônias religiosas passaram a ser realizadas por meio eletrônico, e a crença de que não há espaço físico para a manifestação da Fé, tornou-se realidade. Outro importante fator que merece destaque nesta abordagem é o resgate ou até mesmo o retorno ao equilíbrio dos ecossistemas naturais, agora mais antropizados e integrados à ambiente urbana. A potencial teoria da Autopoiesis, de Humberto MATURANA[8], e Francisco VARELA, neste momento torna-se mais do que presente. A renovação surge de maneira transmutada, com evidentes condições de adaptabilidade. Os riscos de rotas aeronáuticas no céu azul, causado pelos jatos de cruzeiro, já não mais são vistos. Os ruídos das aeronaves desapareceram, e em áreas próximas às zonas aeroportuárias, os moradores já observam o cantar dos pássaros. A cessação dos transportes por gôndolas nos canais de Veneza, já atraem peixes e mamíferos marinhos. A ausência de circulação de veículos, e a diminuição da atividade industrial, reduziu o consumo de combustíveis fósseis e por consequência a emissão de poluentes. Este é o novo cenário que se estabelece no Planeta. Até mesmo a ambiência e o paisagismo, estã sendo abordados de forma totalmente diferenciada. A nova idéia de Green coaching já ganha espaço. Ou seja, o homo sapiens sapiens, passa a aprender com o reino vegetal e levar para o seu dia a dia, todos os ensinamentos naturais existentes. Neste mesmo caminho, destaco aqui, parte do recentíssimo artigo dos professores Fritjof CAPRA, e Hazel HENDERSON, intitulado onde se reportam para um cenário futurístico, no ano de 2050, e fazem uma avaliação dos últimos 50 anos, e terminam com as seguinte conclusões: “Depois de todas as mudanças dramáticas que desfrutamos hoje, percebemos que nossas vidas agora são menos estressantes, saudáveis e satisfatórias, e nossas comunidades planejam o futuro a longo prazo. Para garantir a sustentabilidade de nossos novos modos de vida, percebemos que a restauração de ecossistemas ao redor do mundo é crucial, para que os vírus perigosos para os seres humanos sejam confinados novamente a outras espécies animais onde não causam danos. Para restaurar os ecossistemas em todo o mundo, nossa mudança global para a agricultura orgânica e regenerativa floresceu, juntamente com alimentos à base de plantas, bebidas e todos os alimentos cultivados em água salgada e pratos de algas que desfrutamos. Os bilhões de árvores que plantamos em todo o mundo após 2020, juntamente com as melhorias agrícolas, gradualmente restauraram os ecossistemas.
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Como consequência de todas essas mudanças, o clima global finalmente se estabilizou, com o atual CO 2 concentrações na atmosfera retornando ao nível seguro de 350 partes por milhão. O nível do mar mais alto permanecerá por um século e agora muitas cidades florescem em terrenos mais seguros e elevados. As catástrofes climáticas agora são raras, enquanto muitos eventos climáticos continuam a atrapalhar nossas vidas, assim como ocorreram nos séculos anteriores. As múltiplas crises e pandemias globais, devido à nossa ignorância anterior dos processos planetários e dos ciclos de feedback, tiveram consequências trágicas generalizadas para indivíduos e comunidades. No entanto, nós humanos aprendemos muitas lições dolorosas. Hoje, olhando para trás a partir de 2050, percebemos que a Terra é o nosso professor mais sábio, e suas terríveis lições podem ter salvado a humanidade e grande parte de nossa comunidade de vida planetária compartilhada da extinção.” [9] Diante do que já vimos e estamos por ver, a vetusta idéia conceitual de sustentabilidade não pode mais ser abordada, da mesma forma como assim o foi durante todo o século XX e primeira década deste século. Estamos em novos tempos, novas economias, novas sociedades, novas religiões, novos cidadãos de uma Era Antropocena. Conseguimos aos poucos aceitar os bytes, porém sem esquecer o amor, a fé, o carinho, a família, o sorriso, que andava esquecido. Talvez coberto pela rigidez da rotina tradicional capitalista. Portanto, em razão desta nova modalidade de ambiência planetária antrópica, entendemos ser necessária uma recondução conceitual da SUSTENTABILIDADE. O sustentável deixa, neste momento a sua base conceitual para se reafirmar como instrumento essencial à manutenção dos contratos sociais humanos e dos sistemas naturais. Agora sob a idéia de se RESSUSTENTAR. Nada será dispensado. Mas tudo será REPENSADO! Eis o momento exato para após a passagem ou controle desta Pandemia, aportamos em terra firme, e nos prepararmos para um novo mundo. A imperiosa sugestão seria a criação de um movimento Internacional dirigido a realização de Nova Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, ou (Re) sustentável. Afinal, Navegar em novos mares conceituais, é preciso!
[1] [1] Advogado, paisagista e urbanista, Mestre em Direito da Cidade-UERJ, Pós Graduando em ESG& IMPACT pela Exame- Trevisan, jurista e professor de Direito Ambiental e Urbanístico, escritor, autor de diversas obras sobre direito ambiental e urbanistico. Membro da União Brasileira da Advocacia Ambiental- UBAA, Presidente da Comissão de Direito Municipal da OAB-RJ.Especialista em Serviços Ecossistêmicos e Ambientais. [2] CARLSON.Rachel. Primavera Silenciosa. 1962. [3] LOVELOCK. James. GAIA. Um novo Olhar sobre a Vida na Terra. . Oxford Landmark Science.2007. [4] CAPRA. Fritjof. A teia da Vida. 2005. [5] PRIEUR. Michel . Droit de l’environnement (7e édition). DAloz. 2016.
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[6] SACHS. Ignacy. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável [7] HARARY. Iuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. 2018. [8] MATURANA R., Humberto; VARELA, Francisco J.. Autopoiesis and cognition : the realization of the living. Dordrecht: D. Reidel Publishing Company, c1980. 141p. v.8 [9] https://www.fritjofcapra.net/pandemics-lessons-lookingback-from-2050/
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