portfolio
flรกvia garofalo cavalcanti
portfolio
flรกvia garofalo cavalcanti
Flávia Garofalo Cavalcanti
dados pessoais solteira, brasileira, 25 anos. rua pinto gonçalvez, 48, perdizes, são paulo - sp. tel. fixo 11 3862 2943 l tel. móvel 11 9 9467 6928 e-mail fgcflavia@msn.com l flavia.garofalocavalcanti@gmail.com
formação Arquiteta Urbanista - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - USP (2007 - 2012). Trabalho Final de Graduação: Caminho, Água e Paisagem: A nova orla fluvial de Manaus sob orientação do Prof. Dr. Luis Antônio Jorge. Iniciação Cientifica: A adaptação do conceito de cidade jardim na cidade de São Paulo, sucessos e insucessos sob orientação do Prof. Dr. José Eduardo de Assis Lefévre. Informática - windons l pacote office l adobe photoshop cs5 l adobe indesign cs5 l adobe illustrator cs5 l coreldraw l autocad 2011 l sketch up pro l render vray l render kerkythea Idiomas - francês fluente l inglês fluente l espanhol básico
internacional 2011 l vivência acadêmica internacional através do programa de mobilidade estudantil da Universidade de São Paulo: intercâmbio com Université de Paris - École Nationale Superieure d’Architecture de Paris - La Villette inscrita no pólo ASM: Architecture, Société et Metropolisation com enfoque no tema ville, habitat et société.
participações extracurriculares 2012 l Menção Honrosa na premiação sul-americana Miguél Aroztegui organizado e promovido pela associação das Universidades Públicas da América do Sul - ARQUISUR - com o projeto Largo Cênico de Amparo - SP l equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo, Marcia Trento e Victor Berber l orientadores: Milton Braga e Luis Antônio Jorge. 2012 l workshop internacional latino americano SOS Ciudades sediado na cidade de Manaus - Amazônia brasileira organisado pela Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo da Universidad de Buenos Aires. 2011 l workshop international Urban Project in a Metropolitan Context - A Historical City in the Process of Metropolization The Case of Bursa - Turkey - sediado na cidade de Bursa/Turquia organizado pela Middle East Technical University of Turkey e École Nationale Supérieure d’Architecture de Paris - La Villette - France. 2010 l concurso público nacional de arquitetura para a Sede da Confederação National dos Municípios em Brasilía - Distrito Federal promovido e organizado pelo IAB-DF l equipe: Pedro Veloso (arq. responsável) e Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel (colaboradores). 2010 l concurso internacional para estudantes de arquitetura URBAN SOS promovido e organizado pela AECOM equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel l orientador: Fabio Mariz Gonçalvez 2009 l concurso para a revitalização do Grêmio Politécnico da USP, suas áreas de vivências externas e internas l equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel.
experiência 2012 l março - dezembro l Integra Desenvolvimento Urbano - Estágio em escritório de planejamento urbano participando da elaboração/revisão de planos municipais de habitação, planos diretores e regularização fundiária de assentamentos precários na cidade de São Paulo e interior do estado. Assessoria técnica para a regularização fundiária do Jd. Jaqueline - zona oeste da cidade de São Paulo - levantamento físico do assentamento, cadastramento de famílias, elaboração de mapas, planos e documentos junto à Defensoria Pública de São Paulo. Projeto de Regularização Fundiária e Reassentamento dos moradores do loteamento Jardim Fortunato Fioravanti no município de Porto Feliz - SP junto à Secretaria de Obras de Porto Feliz. 2011 l janeiro - agosto l Reinach Mendonça Arquitetos Associados - Estágio em escritório de arquitetura participando da elaboração de projetos residenciais e coorporativos, do ante-projeto ao projeto executivo. Contato com fornecedores, visitas à obras, elaboração de apresentações. Participações em concursos nacionais de arquitetura. 2010 l novembro - dezembro l Roberto Loeb e Associados - Estágio em escritório de arquitetura participando da elaboração de projeto executivo de grande porte como indústrias e centros de inteligencia nas imediações na cidade de São Paulo. 2010 l janeiro - outubro l Hotelaria Accor Brasil - Estágio no departamento de implantação de novos hotéis na américa latina, exercendo atividades como coordenação e desenvolvimento de projetos novos e reformas, acompanhamento de obra e visitas tecnicas, contato com fornecedores. 2007 l novembro - dezembro l pesquisa de pós-ocupação em habitações de interesse social realizados através de mutirão na zona leste da cidade de São Paulo e Diadema com a arquiteta Katia Kaluli.
objetivos Participar ativamente do planejamento urbano de nossa cidade. Em contato com planos e projetos anseio colaborar para o desenvolvimento da cidade de São Paulo, e de nosso país, incentivando uma ocupação do espaço mais humana e democrática, que atenda à escala do pedestre e melhore a qualidade de vida do conjunto da população. Nessa esfera me interesso por programas públicos de grande abrangência, principalmente no que se refere à regularização fundiária, gestão de áreas de risco, planos municipais de habtação e planos diretores.
concurso público nacional de arquitetura sede da confederação nacional dos municipios brasilia l distrito federal l 2010 equipe: Pedro Veloso (arq. responsável), Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel (colaboradores)
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) é uma importante entidade de fortalecimento da autonomia municipal por meio do agenciamento e articulação de soluções técnicas e políticas. Sua abrangência institucional torna latente, no âmbito do presente concurso de arquitetura, a expectativa de um edifício de forte cunho representativo. E além das demandas arquitetônicas de uma obra dessa natureza, as especificidades da paisagem e do espaço urbano de Brasília colocam em questão o território como tema balizador de qualquer proposta possível.
1
4
2
5
3
6
O primeiro gesto [1] propõe um elemento linear que distingue o terreno em duas porções. A linha inicia-se paralela à lateral do lote dividindo a ocupação longitudinalmente e flexionando-se rumo à quina sudeste. Esse traçado irregular tem como pressuposto a programação arquitetônica a ser atendida e, principalmente, as diversas características do local, entre elas: entorno próximo, massa construída, relação com centro cívico, escalas, acesso, ocupação e clima. A linha pretende articular essa relação entre lugar e programa, estabelecendo, a partir da implantação, o edifício como elemento constituinte/”constituidor” da paisagem urbana. Trata-se de uma arquitetura que, em detrimento de uma solução hermética, se pauta na integração entre programa, cidade e paisagem. A linha divisora do território materializa-se como uma grande empena de concreto aparente. A partir desta se implanta o edifício como um bloco longitudinal na porção norte, emparelhado com outra empena na sua face norte [2 e 3]. Essa disposição propicia não só uma forte interação com entorno, como também uma eficiente relação com as condicionantes ambientais. A empena desempenha o papel de elemento mediador, propiciando orientação favorável, menor ganho térmico e maior captação dos ventos úmidos predominantes [6]. Ademais dos ganhos ambientais, a irregularidade da empena – sua inflexão e aberturas – asseguram uma relação visual com diversos elementos da paisagem, com destaque dois primordiais da paisagem brasiliense: o lago Paranoá ao fundo e o eixo monumental ao sul [5].
B
1. Auditório 2. Estudio de Rádio e TV 3. Foyer 4. Café l Estar 5. Cozinha 6. Depósito 7. Salas Moduláveis 8. Port Cochère 9. Acesso Circulação Vertical 10. Sanitários 11. Acesso Subsolo
11 4
1032.67 7
1034.57
3
9
8
A
5
2
6
3 10
2
1
A
B Planta Nivel 1032.67 - Térreo - Auditório l Café l Salas Moduláveis l Port Cochère escala 1:750
B
8
6
7 9
1. Praça dos Municípios 2. Recepção l Estar l Controle de acesso 3. Biblioteca 4. Circulação Vertical 5. Representação Estadual 6. Governança 7. Sanitários 8. Área Técnica 9. Reprografia 10. Mirante 11. Espelho D’Água
5
4 2
A
3
1036.47 1
11
A 10
B Planta Nível 1036.47 - 1° Pavimento - Recepção l Representação Estadual l Biblioteca l Governança l Área Técnica escala 1:750
B
1. Circulação Vertical l Hall 2. Presidência l Assessorias 3. Varanda 4. Área Jurídica 5. Área Administrativa l Financeiro 6. Reprografia 7. Sanitários 8. Depósito
3
6 5
7
1040.25 8
1
4
2
A
A
B Planta Nível 1040.25 - 2° Pavimento - Presidência l Jurídico l Financeiro escala 1:750
B
1. Circulação Vertical l Hall 2. Refeitório 3. Descanso l Estar 4. Cozinha 5. Salas de Capacitação 6. Depósito 7. Sanitários
5
1044.03
6 6
7 1
4
2
3
A
A
B Planta Nível 1044.03 - Cobertura - Terraço l Restaurante l Descanso l Salas de Capacitação escala 1:750
1. Circulação Vertical l Hall 2. Almoxarifado 3. Central Processamento de Dados 4. Central de Segurança 5. Arquivo Morto A 6. Camarins 7. Auditório
A distribuição do programa é feita em 3 grandes agrupamentos (ver perspectiva ao lado).
B 4 1
3
2 5
6
7
A
B Planta Nível 1029.47 - 1° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 68 vagas escala 1:1000
B
A A
B Planta Nível 1026.27 - 2° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 100 vagas escala 1:1000
B
A A
B Planta Nível 1023.07 - 3° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 92 vagas escala 1:1000
Os setores administrativos e técnicos da instituição são dispostos como um edifício pavilhonar que quase toca nas empenas. Esse edifício é organizado verticalmente em duas grandes lajes longitudinais e um terraço [ A ]. Além do fluxo de pessoas pela garagem, através do bloco de circulação vertical, o edifício possui dois acessos principais: a partir da divisa oeste, a topografia articula-se como duas rampas. A primeira, descende até o nível térreo, local de acesso ao generoso port-cochère e acesso aos blocos de circulação vertical. A segunda rampa sobe pela porção sul alcançando diretamente o patamar da praça que, por sua vez, adentra o pórtico da empena. Nesse ponto a empena se afasta do edifício proporcionando uma escala adequada à convergência dos fluxos. Aqui situam-se a recepção, a biblioteca e o espelho d’água como elementos de transição do espaço da praça para o interior. Dentro do edifício, a configuração arquitetônica proposta assegura um eficiente desempenho ambiental, estimulando a regulagem e aproveitamento dos recursos naturais (luz, ventos e umidade) nas atividades cotidianas da instituição. Afinal, essa disposição em barra permite que todos os espaços internos possuam uma relação direta com as empenas, usufruindo das interfaces ambientais já descritas e de uma generosa organização espacial. Desse modo, as empenas, além de exercer o papel de estrutura primária do edifício, articulam-se como uma pele, filtrando e revelando a paisagem conforme a posição do observador. O centro de convenções é disposto ao rés do chão [ B ]. A grande rampa da praça desce para uma ampla área onde se localizam o port-cochère e os foyers. Esses se dispõem como continuação do espaço livre, cuja configuração pode estabelecer diferentes níveis de interação com a praça e o port-cochère. Neste nível se acessam o bloco das salas moduláveis a oeste e o auditório flexível a sudeste. Este último pode ser configurado como um grande auditório conectado ou como duas salas de audiência médias, tendo foyers e acessos independentes.O desenho do auditório segue recomendações acústicas e estudo de visibilidade. Além disso, seu palco encontra-se no nível do subsolo, propiciando o acesso independente e o contato direto com funções complementares (depósitos, camarins, etc.).
A Escritórios
Fachada Oeste escala 1:500
B
Centro de Convenções
C
Garagem
Corte BB
escala 1:500
Corte AA
escala 1:500
Fachada Leste escala 1:500
Fachada Norte escala 1:500
Fachada Sul escala 1:500
concurso internacional para estudantes de arquitetura l urban sos 2010 sรฃo paulo l capital l 2010 equipe: Diogo Bella, Flรกvia Garofalo e Victor Berbel prof. orientador: Fรกbio Mariz
imagem 1: topografia e rios de sĂŁo paulo pagina anterior: mapa 1 ĂĄrea estudada atualemnte, encontro dos rios tiĂŞte e tamanduatei
imagem 2: vias estruturas e linhas de ferro de s達o paulo
São Paulo é a maior cidade da América do Sul e junto com sua Região Metropolitana concentra cerca de 20mi de habitantes, número que representa aproximadamente 10% da população brasileira. A importância da RMSP é incrementada pela proximidade com a Região Metropolitana de Campinas e a sua relação de interdependência com a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, um eixo de constantes intercâmbios de pessoas e negócios.
rio tamanduatei
Apesar da posição de liderança no país, a cidade de São Paulo não apresenta uma infra-estrutura adequada à suas necessidades. Sua história de desenvolvimento levou à criação de barreiras que atravancam a mobilidade do paulistano. O rodoviarismo criou grandes vias expressas nas várzeas dos rios, afastando a população das águas que um dia foram usadas, entre outras coisas, para o lazer (ver imagens 1 e 2). Paralelamente, a população de alta renda afastou-se do centro da cidade, isolando-se em locais murados aonde paga por serviços privados como educação, saúde e lazer, perdendo a capacidade de agir em prol do coletivo. Dessa forma reforçou-se ainda mais as barreiras físicas existentes, com uma ocupação dispersa, marcada por condomínios fechados próximos às vias expressas, e criou-se também uma barreira social, fato que é observado no alto índice de crescimento das favelas na região metropolitana.
favela do moinho entre as estações barra funda e luz
Estes obstáculos impedem a real apropriação do espaço público pelos habitantes da cidade, fato que resultou na perda do sentido de cidadania. As barreiras sociais, como o distanciamento da população de alta renda dos setores públicos, buscando serviços privados e locais murados, e as barreiras físicas, como as grandes avenidas de transito rápido que margeiam os rios , só confirmam São Paulo como cidade não-democrática, onde boa parte das ruas não possuem vitalidade durante o dia e a noite, onde os rios ficaram escondidos da população, onde o que poderia ser convivência se tornou mera passagem. Beyond enclosures é um projeto que vai na contra-mão desse processo, objetiva a permeabilidade e fluidez do tecido urbano para a mobilidade do pedestre. Para tal, decidiu-se por intervir na região central de São Paulo, precisamente a área do rio Tamanduatei entre a Av. do Estado e a Marginal Tiete. O valor simbólico intrínseco a esta região, na qual iniciou-se o processo de ocupação da cidade, representa a possibilidade do revalorização do espaço público, com a recuperação da vida nas ruas. As possibilidades de transformação da área escolhida, representa a chance de alterar a situação vigente em São Paulo. É um modo de substituir os muros pela convivência, os obstáculos por opções de percurso, é responsável pela reinserção dos rios como parte da cidade, valorizando-os em meio a paisagem urbana. É a substituição da escala do automóvel pela escala do pedestre, do habitante, do turista e daqueles que, diariamente, são impedidos de experimentar a cidade em sua plenitude.
mapa 2 l levantamento da área l legenda: perimetro de intervenção (potencial de mudanças) barreiras (rios, avenidas, vias expressas) pontos chave (cultura, esportes, lazer, história) Mobilidade (aeroporto, estações de metro e trem) Escolas Centros culturais Hospitais
mapa 3 l proposta de intervenção l legenda: equipamentos públicos existentes (estações, centros de convenções, centros de exposições, museus, ect.) novos equipamentos propostos visando principalmente a habitação, serviços e comércio. novo térreo, com ruas e calçadas reformuladas o nivel do chão priorizará o pedestre oferencendo novas possibilidades de percurso. lotes que serão reavaliados e reconfigurados visando uma distribuição espacial mais justa, pois tal como estão apresentam-se como subutilizados (galpões vazios, estacionamentos, fabricas paradas) novo parque linear a ser implantado sobre a linha de ferro entre as estações barra-funda - luz (linha que será enterrada), sobre a avenida tiradentes e sobre a avenida do estado (também enterradas que se tornarão vias expressas) e que permeará todo perímetro de intervenção.
A recuperação do curso do rio e suas adjacencias na cidade, torna o própio Tamanduateí simbolo deste projeto. Nossas bases foram os conceitos de cidade-portofluvial e cidade-parque-fluvial . Os rios urbanos, vias de comunicação, adquirem a intensidade da vida e do espaço público, local de encontro, convivência. A água se torna novamente um elemento-chave, referencial, simbólica e lúdico na cidade, após anos de poluição e afastamento. O rio Tamanduateí se aproxima novamente dos habitantes, como era na fundação da cidade. Águas limpas, parques, novos espaços públicos, novas formas de locomoção podem prover um melhor uso da cidade, quer para negócios, lazer ou para praticar de esportes.
Avenida do Estado com Mercado Municipal ao fundo antes e depois da intervenção. A característica mais marcante de São Paulo é a dispersão de sua urbanização sobre o território metropolitano. As distâncias superaram metros ou quilómetros: elas representam a segregação das classes sociais e estilos de vida, a divisão por muros e cercas, a retirada do social e coletivo da cidade. Este espalhamento leva a uma falta do espaço público básico e mobilidade qualificados, aumentando a sensação de não pertencer a um lugar, o que esvazia o sentido de coletivo e público. Mobilidade é a função urbana mais representativa para agregar e conectar um espaço urbano que é segregado (do ponto de vista social), disperso (do ponto de vista funcional), e descontínuo (do ponto de vista espacial).
edifícios públicos
A cidade de São Paulo sofre com problemas de mobilidade em todas as escalas. E nestas escalas conflitantes percebemos que ferrovias e rodovias são, ao mesmo tempo, mobilidade e não-mobilidade. Enquanto se configuram como necessidade real para o escoamento de mercadorias e pessoas, as avenidas e ferrovias também são obstáculos para a apropriação da cidade pelos cidadãos (ver croquis 1 e 2). O eixo do rio Tamanduateí e seus arredores tem, em um pequeno trecho da cidade, todas as dificuldades e desafios colocados pelas barreiras urbanas. Ao mesmo tempo que a sua peculiaridade permite explorar diferentes possibilidades de projeto.
edifícios históricos
croqui 1 : Av. do Estado marginal ao rio tamanduatei afasta a população das águas além de ser fator poluidor e agravar enchentes. croqui 2: Av. Tiradentes com suas 16 faixas para automóveis separa importantes edificios públicos.
requalificação de edifícios simbólicos para habitação edifícios históricos
terminal de onibus existente
corte esquemático
Av. Tiradentes enterrada
corte esquemático
novos edifícios
Av. do Estado enterrada
nova area de alagamentoo do rio tamanduateí
novos edifícios
Encontro dos rios Tamanduateí e Tiête, antes e depois da intervenção.
O caráter de vias expressas, verdadeiras auto-estradas, rodovias urbanas, marginais aos canais dos rios elimina as oportunidades de integração urbanística entre o ambiente fluvial, os rios, e o desenho da cidade. O pedestre não consegue mais se aproximar da beira do rio. Assim as contradições se tornam um ciclo sem fim: o rio está isolado porque está poluído, o rio continua poluído porque, isolado, foi esquecido. Dessa forma, o ponto-chave neste projeto é a caminhada, capaz de reunir e revitalizar espaços livres, edifícios e ruas. É a base para ligar vários equipamentos culturais que deverão melhorar as atividades noturnas, empresariais, cotidianas, etc. Finalmente, a combinação de um espaço capaz de refletir a diversidade nas ruas com o vivo movimento de cada pessoa. Se a cidade falha ao se interligar com seus habitantes, como podemos esperar que se interligue no contexto da cidade global? Esta proposta é uma resposta negativa à muros altos, às barreiras, à uma cidade desumana. Esta proposta é um conjunto de possibilidades de as pessoas viverem com as pessoas, para viver a cidade.
Largo Cênico de Amparo l projeto premiado no concurso Miguél Aroztegui - Argentina l 2012 equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo, Marcia Trento e Victor Berbel prof. orientador: Milton Braga e Luís Antônio Jorge
A
7
6
3 5 1 LEGENDA 1 Largo 4
2
2 Galp達o de ensaios 3 Teatro 4 Escola 5 Cinemas
A
6 Deck 7 Rio Camanducaia
A cidade de Amparo, localizada a menos de 150 km de São Paulo, possui um relevante acervo patrimonial e cultural que precisa ser valorizado e reconhecido no seu conjunto e nas suas particularidades. A paisagem de Amparo resulta do desenho formado pelo Rio Camanducaia e pelo tecido urbano que acompanha este traçado. Assim, percebemos uma cidade que se desenvolveu linearmente, ao longo do Rio, buscando terrenos baixos, com declividades mais amenas. Porém, o que observamos hoje em dia é um certo esquecimento do rio em meio a vida urbana. O que poderia ser um encontro prazeroso com a água, tornou-se os fundos de construções mal feitas e por vezes abandonadas. A população de Amparo se afastou de seu rio e se esqueceu dos significados que ele carrega. Integrante de um circuito cultural, a cidade de Amparo, mesmo sem ter um local adequado, abriga festivais artísticos e gastronômicos ao longo do ano. Neste cenário destaca-se a companhia teatral CASA DO TEATRO. Atualmente o grupo, com recursos próprios, aluga um galpão onde ensina teatro a crianças e jovens, apresenta suas peças e saraus, produz seus próprios figurinos, organiza festas e encontros. Suas atividades persistem apesar da cidade não possuir nenhum local apropriado para ensaios, apresentações ou mesmo uma casa de espetáculos. Assim nasceu o motivo deste projeto. Buscamos compreender a importância do patrimônio natural e material da cidade de Amparo em conjunto com o seu patrimônio imaterial representado pelas festas populares, religiosas, feiras e hábitos sociais que dão densidade significativa e simbólica ao sitio do projeto. A memória e a tradição tornaramse, portanto, objeto de projeto. Um lugar de intensa condensação da vida urbana foi nosso objetivo principal. A intervenção busca oferecer um referencial contemporâneo à Amparo, um terceiro pólo de atração, complementar aos outros dois já consolidados, referentes às praças das duas históricas igrejas. Localizado na parte mais baixa da cidade, próxima ao rio, esse novo referencial se coloca a duas quadras do centro histórico, em área menos densa e que dispõe de grandes lotes vazios e espaços residuais. Longe o suficiente para que tenha personalidade própria; perto o suficiente para que constitua um sistema com os outros pólos.
mapa 1: Planta da cidade de Amparo. Rio Camanducaia - azul. Vias principais - vermelho. Mancha urbana - laranja. Recorte de trabalho - preto.
TERRENOS VAZIOS
CASA DO TEATRO
IGREJA MATRIZ IGREJA DO ROSÁRIO
mapa 2: Recorte de trabalho - a cidade de Amparo e seus 3 centros (amarelo) e terrenos vazios próximo ao Rio onde é proposta a intervenção (vermelho).
Nesta área, a ativa companhia de teatro funciona em um interessante conjunto de galpões construídos em 1910, vizinho a um enorme vazio no miolo da quadra. A proposta parte da ocupação dos fundos de lotes conformando novas frentes para um espaço público - o largo - possibilitando novos percusos para o pedestre, através da costura da trama urbana. Em torno deste largo, foram congregadas diversas atividades relacionadas à encenação, como teatro, escola de artes cênicas, cinema, espaços de exposição, galpões para ensaio e oficinas, além de atividades corriqueiras como o comércio, bares e restaurantes. Compõe-se assim o cenário urbano no qual a área tida como distante pela população - a várzea do rio - é incorporada à narrativa (percurso) cotidiana, e espaços subutilizados transformam-se em coisa ativa, em cidade. O grande vazio no miolo da quadra conecta-se ao lote a oeste, ao rio e às ruas adjacentes por meio do redescobrimento de percursos indicados pelo tecido urbano. Prolongando-se ruas existentes e retirando o mínimo de edificações necessário para a articulação dos espaços livres, criou-se um sistema que se expande de forma tentacular - encaixando-se nas brechas -, integrado ao tecido existente. Por processos de adição são configurados os edifícios. O teatro e a escola encostam nos fundos de lote das edificações existentes e configuram novas esquinas, no encontro das quais acontece o alargamento. A enorme quadra, agora dividida em quatro, ganha permeabilidade ao passeio do pedestre. Trata-se de um trabalho de costura do tecido urbano, no qual são garimpadas dentre as peças existentes aquelas que podem ser articuladas de maneira coerente para a construção de uma narrativa urbana. Os edifícios, as ruas e os espaços livres constroem o cenário da vida cotidiana, numa poética entre a função e a arquitetura.
Edifício Escola
CORTE AA
Imagens: tipologia construtiva da cidade e Igreja Matriz
Teatro
CORTE EDIFÍCIO ESCOLA E GALPÕES
edifício escola visto do largo
Entrada para o Largo
entrada do edifício escola a partir da rua
Parque Beira - Rio
Rio Camanducaia
3 imagens dos galp천es ocupados pela CASA DO TEATRO atualmente
1
2
3
4
vista aĂŠrea noturna com o palco do tetaro aberto para o largo
5
vista interna do teatro
6
7
CORTE TEATRO E GALPĂ•ES
3 imagens da maquete física
CORTE CINEMAS
entrada para o largo
entrada do cinema
QUADRO DE ÁREAS (M²) TEATRO salão principal................450 palco...............................224 foyer................................286 camarim..........................224 apoio...............................115 mezanino.........................358 balcão................................96 exposição........................684 sanitários........................112 cobertura.......................1450 TOTAL............5142
EDIFÍCIO ESCOLA
lojas................................770 salas de aula..................673 sanitários........................160 TOTAL............3082
CINEMA
sala térreo.................................280 sala superior..............................287 foyer...........................................104 livraria........................................110 café............................................192 sanitários.....................................44 TOTAL......................1318
GALPÕES serviços (restaurantes)............1160 oficinas teatrais.......................1760 pátio...........................................212 TOTAL.......................3132
FAU USP l aup 154 l projeto VII l 2010 quadra butantã l equipamentos públicos esporte, cultura, lazer, comércio, habitação equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel prof. orientador: Marcos Acayaba
A praça é o centro social por excelencia, ela é a confluência, é o espaço de integração, do show, do evento, da contemplação. Como foco de atividades no coração de uma área intensamente urbanizada, o bairro do butantã na zona oeste de São Paulo, a praça não deve ser um espaço à parte, mas sim um desenho contínuo à cidade. A praça sendo a própria cidade, integrada ao tecido urbano, localizada centralmente entre edifícios públicos e privados. Assim, o objetivo central foi a mescla de de usos e a ocupação densa do espaço, elimando resíduos, criando no interior da quadra um verdadeiro tecido urbano. Situada entre a avenida Vital Brazil e a rua MMDC, a quadra objeto desse estudo potencializa os anseios do projeto ao se localizar ao lado da estação butantã da linha amarela de metro. Como um centro de cultura, lazer e esporte, a quadra, nesse contexto, cumpre sua função plenamente, povoada tanto por aqueles que vem de longe quanto por quem vem de perto. Com o objetivo de criar a praça-cidade, misturamos os usos e propusemos ruas para pedestres, para as quais estão voltados os usos culturais, esportivos, comerciais e habitacionais. Trata-se da construção de um tecido urbano no interior da quadra contínuo àquele ao redor. A praça é a rua, é a própria cidade, é onde o encontro sem formalidades acontece e onde se explicitam as diferenças de personalidades e tipos físicos, de usos e de edifícios. Diferentemente do proposto pela disciplina integramos ao programa o edificio de habitação multifamiliar, pois acreditamos que uma cidade viva é aquela que os seus moradores se sentem parte e se conhecem. “A praça é o lugar do convívio social inserido na cidade e relacionado às ruas, à arquitetura e às pessoas.” Alex Sun . A praça então trona-se a rua, torna-se a própria cidade, torna-se o local de encontro. A rua traz informalidade a esse espaço, ela é o quintal, é a extensão da casa e da loja, é onde se dá a vida cotidiana.
planta tĂŠrreo 1:2000
planta primeiro pavimento 1:2000
planta cobertura1:2000
vista do ginรกsio a partir da av. vital brazil
corte bb 1:1000
corte dd 1:1000
corte aa 1:1000
corte cc 1:1000
FAU USP l aup 156 l projeto VI l 2009 edifício residencial multifamiliar com com serviços e comércio no térreo equipe: Flávia Garofalo, Isadora Marchi e Juliana C. prof. orientador: Wilson Jorge
O edifício localizado na esquina das ruas Major Diogo e São Domingos, área central da cidade de São Paulo, busca trazer maior permeabilidade visual e mais elementos verdes para a região. Usando unidades habitacionais em ‘L’ foi possível criar um aspecto desconstruído que permite boa iluminação e ventilação nos apartamentos, além de possibilitar a criação de ‘tetos-jardim’ que podem ser caminháveis ou não. Há dois grandes vãos quadrados que atravessam todo o edifício e são conformados por oito pilares principais, quatro cada. Neles também ficam duas prumadas hidrossanitárias responsáveis pela captação de resíduos e distribuição de água. Buscou-se neste edifício algumas características positivas da vida em residências térreas, como o contato com o verde, as áreas mais reservadas e a possibilidade de contato com vizinhos em áreas comuns, seja na praça térrea ou nos terraços de cada pavimento. Para as unidades habitacionais partimos de um módulo básico em “L” (figura abaixo), com apenas uma parede hidraulica capaz de abrigas todas as áreas molhadas (cozinha, lavanderia e banheiro), concentrado dessa forma as prumadas do edifício. O intuito foi obter uma planta livre e flexível à necessidade de cada familia. A seguir encontram-se quatro estudos de plantas (próxima página), mas as possibilidades de arranjo são maiores do que aqui apresentadas. O encaixe entre as unidades seguiu uma lógica construtiva e conformou a criação de espaços comuns e varandas privadas destinados aos jardins. A variabilidade que encontramos de um pavimento para outro deve-se a diminuição gradativa do número de unidades a medida que subimos de um pavimento para outro.
A B
B
A
tÊrreo - lojas e serviços 1:500
mezanino - lojas e serviços 1:500
primeiro pavimento 1:500
segundo pavimento 1:500
terceiro pavimento 1:500
quarto pavimento 1:500
quinto pavimento 1:500
sexto pavimento 1:500
cobertura1:500
corte aa 1:200
corte bb 1:200
concurso escola politécnica usp l 2009 revitalização do grêmio politécnico área de vivência interna e externa equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo, Victor Berbel
planta da proposta 1:750
B
A sobe
sobe
JARDIM
JARDIM
SEGURANCA
SECRETARIA
ARQUIVO
ARQUIVO
LIVRARIA EDUSP
CENTRO DE IDIOMAS
CENTRO DE IDIOMAS
SECRETARIA
SECRETARIA
C
LIMPEZA
COZINHA
BAR
C
W.C. FEM.
COPA G.P.
XEROX
-0,36
0.48
0,00
W.C. MASC.
-1,32
DEPOSITO ATLETICA
722.49
6,1
1%
-0.96 sobe
sobe
JARDIM sobe
6,1
5%
PALCO
ANFITEATRO
ANFITEATRO
PALCO
6,2
JARDIM
%
sobe
720.82
-2,16
-1,56
A ANFITEATROS
B
Revitalizar, integrar e conectar espaço aberto e espaço fechado, ambiente natural e ambiente construido. Criar uma nova àrea onde a vivência estudantil realmente aconteça, seja na forma de um rapido café no intervalo de uma aula, seja numa grande festa. Hoje, mal cuidado e mal organizado, o espaço que deveria convidar os alunos da escola politécnica da usp para tal convivência é subaproveitado, resultando em lixo e descuido. Acreditando que esse espaço pode abrigar importantes atividades durante o desenvolvimento acadêmico, significando um local de encontro e de identificação dos próprios estudantes com sua universidade, busca-se neste projeto concretizar o potencial que a área já possui.Trabalhou-se então com eixos e planos, compondo percursos e abrindo visuais de forma a produzir um espaço convidativo à descoberta do ambiente interno e do ambiente externo unidos por um mesmo desenho. Guiando-se pelos caminhos que as arvores conformam, sem nelas interfirir, e moldando-se pelo relevo do lugar concebeu-se vetores por onde uma praça em diversos níveis toma forma, gerando um conjunto inovador que aos poucos se descortina no caminhar do pedestre e continua a se desenvolver dentro do edifício. Através da demarcação de uma forte diagonal que se inicia na area externa e invade o interior, coloca-se em posição de destace o Palco Livre, destinado ao uso dos estudantes das mais diversas formas. O eixo externo adentra o prédio, atravessa a vivência, configura o volume destinado ao xerox, ao depósito da atlética e a sala de TV, prolonga-se até a área externa atrás do edifício do biênio, criando um novo acesso e liberando visuais.O palco ganhou versatilidade. Ao rotacioná-lo 30 graus, conseguiu-se criar duas áreas distintas, uma interna, para apresentações pequenas e outra externa, para eventos maiores. A distinção entre as duas áreas é feita por meio de 2 portões basculantes de chapa de aço microperfurado, que garante ao mesmo tempo transparência e independência dos espaços. A lanchonete ocupará uma área externa à projeção do edifício do biênio, debaixo da marquise existente, onde hoje estão instalações de limpeza, manutenção e segurança. No mesmo alinhamento encontra-se o bar, que possui balcões voltados para o interior e para o exterior, facilitando a organização da atlética em dias de eventos maiores.As rampas foram projetadas com devida preocupação à acessibilidade universal do espaços interno e externo, o que hoje é comprometido com a falta de acessos adequados. planta da situação atual 1:750
8.30 ( 36 )
3.23
sobe
2.80
JARDIM ( 35 )
2.80
MANUTENCAO
LIMPEZA
XEROX
ARQUIVO
ARQUIVO
EDUSP
CENTRO DE GRUPO DE IDIOMAS TEATRO DO GREMIO POLITECNICO GREMIO POLITECNICO
VIVENCIA W.C. MASC.
COZINHA
Lanchonete
722.49
ANFITEATRO
ANFITEATRO sobe
720.82
PALCO LIVRE
rotação eixo principal
perpendiculares ao eixo
acessos
30° vivência
palco
Edificio do Bienio Lanchonete
Palco Livre
jardim e rampas
corte bb 1:400
Lanchonete
Bar Atletica
Palco Livre
723,46
722.98
Ponto de onibus
722.62 721.66
corte aa 1:400
Deposito Atletica
722.98
corte cc 1:400
Lanchonete
720.82
Av. Professor Almeida Prado
Palco Livre
723.46
722.62
721.66
720.82
iniciação científica l FAUUSP - PIBIC l 2008-09 área de estudo: história do urbanismo título: adaptação do conceito de Cidade Jardim no cenário paulistano, sucessos e insucessos. prof. orientador: José Eduardo de Assis Lefèvre
diagrama n째 3 de Howard
“A sociedade industrial é urbana. A cidade é seu horizonte.” Françoise Choay, O Urbanismo – Utopias e Realidades. Este estudo teve como objetivo investigar um recorte particular da história do urbanismo que se iniciou na inglaterra da Revolução Industrial e chegou à São Paulo da economia cafeeira. Descobrir como se deu essa transposição de experiencias, de um pais para outro, inserindo São Paulo num quadro mundial de novas tentativas do planejamento urbano. Dessa forma, suscitou reflexões acerca da paisagem paulistana que chega aos nossos olhos atualmente. Partindo do estudo do cenário inglês no século XIX até a chegada ao século XX, esta pesquisa clareou o processo histórico de consolidadação do urbanismo enquanto ciência, confrontando os teóricos daquele momento entre si e com outros periodos da história. Refletiu se houve mesmo inovação quando o conceito de Cidade - Jardim foi lançado e abraçado por muitos como a solução para o caos da cidade industrial. Houve a reflexão acerca da interface paisagem natural/paisagem construida como um espaço integrado de experiencias que se influenciam mutuamente. A partir de então foi possivel compreender e refletir sobre a estruturação da paisagem urbana paulistana, o que não ocorreia se a observação se limitasse ao cenário nacional. O presente trabalho abre espaço para discussões mais amplas acerca do homem enquanto habitante de um ambiente urbano, suas relações socias, apropriação e produção dos espaços e seu modo de vida. Discute o caminho trilhado por pensadores deste tema, como se relacionaram na busca por um ideal de vida. Traça um panorama dos fluxos de experiênciasao longo do século XIX que culminam no sucesso da Cidade Jardim, difundindo o termo além da fronteira onde foi criado. A inquietação dos aglomerados humanos no fim do século XIX, compostos principalmente de encortiçados, suscita uma busca de soluções para a desordem reinante. Desde os utopistas, com suas propostas baseadas no socialismo e cooperativismo, até Jane Jacobs com suas vivas metrópoles, o planejamento urbano se consolidou como essencial para a administração e gerenciamento de nossas cidades, porém já nasceu como um remédio para uma situação indesejada. Nesse longo percurso muitos foram aqueles que propuseram novas alternativas para a vida em comunidade, asvezes puros utopistas como Thomas More ou progressistas como William Moris. Como uma novidade nesse meio temos Hebenezer Howard que, sem pensar em um plano ideal, seja ele situado no passado ou no futuro, propõe um alternativa calcada na realidade da sociedade em que vive, mostrando que seria possivel sua implementação. Em 1898, este inglês, integrante de uma cultura valorizadora do campo e espaços verdes, introduz o que seria mais tarde considerado uma terceira via no planejamento urbano. Fugindo do racionalismo e do tradicionalismo, propõe reintegrar a cidade no campo, juntando as vantagens de ambas além de somar também os pontos positivos do liberalismo e do socialismo. Estaria formada então a Cidade – Jardim, a sua Garden City.
plano do jardim américa 1941 vista aéria atual dos jardins