FLAVYA MUTRAN principais sĂŠries a partir de 1992/2013
FLAVYA MUTRAN MARABÁ/PA - 1968
É paraense e atua no campo da fotografia desde 1989. É doutoranda em Poéticas visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pesquisa sobre compartilhamento de fotografias na web. É Mestre em Artes e formada em Arquitetura e Urbanismo com Especialização em Semiótica e Artes Visuais ambas pela UFPA. Iniciou no Núcleo de Oficinas da Associação Fotoativa, em Belém do Pará, e desde então vem participando de exposições individuais e coletivas, salões de arte e grupos de pesquisa sobre imagem e comunicação. Já trabalhou como laboratorista, em estúdio fotográfico, jornais, assessorias de comunicação pública e privada, com grupos de artistas e de ensino, dentro em fora de Belém.
Já trabalhou como laboratorista e Repórter Fotográfico para Jornais, Revistas e Assessorias de Comunicação pública e privada. Ministra Oficinas de Fotografia e Imagem desde 1991, e trabalhou como professora universitária titular das cadeiras de Fotografia e Imagem para os Cursos de Comunicação Social (Jornalismo, Publicidade e Propaganda) e Design Gráfico, na FAP e FEAPA, ambas em Belém/PA (de 2006 a 2008).
Capas de revistas e jornais com trabalhos na รกrea do fotojornalismo.
Já participou de diversas exposições coletivas, salões de arte, concursos nacionais e internacionais de fotografia, tendo recebido premiações sete prêmios aquisições nos Salões Arte Pará, nos V e VIII Salões UNAMA de Pequenos Formatos, nos XVI e XVIII Concursos fotográficos da cidade de Santa Maria/RS (93 e 95), o 2o. Lugar na Categoria P&B para Profissionais, no “XXIV International Photo Contest NIKON 92/93” em Tókio, no Japão, e uma menção especial do júri no Salão Internacional de Fotografia “Abelardo Rodrigues Antes" em Havana/Cuba (1997). Possui obras na Coleção PIRELLI de 2004, do MASP – Museu de Arte de São Paulo/SP, na Coleção Joaquim Paiva em comodato com o MAM do Rio de Janeiro/RJ, nos acervos do MARGS e do MAC do Rio Grande do Sul, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, na Fundação Rômulo Maiorana e na coleção de Fotografia Contemporânea Paraense do Museu de Arte Contemporânea do Pará, ambas em Belém/PA. A partir de 2004 começou a se interessar na relação entre as autorrepresentações fotográficas e o conceito de lugar que se estabelece dentro e fora da esfera íntima, tema da pesquisa ‘Pretérito imperfeito de territórios Móveis’ contemplada com o ‘XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia’ (2010), na categoria Pesquisa, Experimentação e Criação em Linguagem Fotográfica, sendo também tema de sua dissertação de mestrado. Atualmente vive e trabalha em Porto Alegre/RS.
PRINCIPAIS SÉRIES NO CAMPO DA PESQUISA EM ARTE
Capas de catálogos, livros nacionais e internacionais com citações e fotografias publicadas entre 1989 e 2004. Diversos autores.
CAIXA DE PANDORA BELÉM/PA – 1992/1994 “De 1992 e 1993, a primeira série ‘Caixa de Pandora’, resulta em mais de uma dezena de obras únicas, materializadas em forma de caixas inspiradas no Mito de Pandora. Imagens que remetem à símbolos místicos, à religiosidade e à sexualidade são montadas em caixas de madeira, semi veladas por portas (ou máscaras) que permitiam um jogo lúdico na observação das imagens.” CAIXA DE PANDORA, Belém/PA, 1992 (Fragmentos do texto de Nadja Peregrino)
© Flavya Mutran
‘CAIXA DE PANDORA’ – Belém/PA 1992 Fotografia em P&B montada em suporte de madeira, vidro e alumínio betumado.
‘CAIXA DE PANDORA’ – 1994 Fotografia em P&B montada em suporte de madeira, vidro e alumínio betumado.
Š Flavya Mutran
PANDORAS DE ÁGUA BELÉM/PA - 1996 Fotografias em preto e branco montadas entre lâminas de vidro, emolduradas com alumínio, contendo substâncias como óleo e água no interior das lâminas. Montadas de forma horizontal, através de cabos de arame presos no teto, esta instalação permite que o observador interaja com a obra pelo toque nas molduras, provocando o deslocamento do líquido através da fotografia de um corpo feminino. A concepção desta instalação trabalha com a idéia das molduras como ampulhetas, onde a questão do tempo é enfocada sob o ângulo das transformações físicas e emocionais através de interferências e distorções do corpo feminino.
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Serie ‘PANDORA DE ÁGUA’ Belém/PA , 1996 – 30 x 40cm
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Serie ‘PANDORA DE ÁGUA’ Belém/PA , 1996 – 50 x 60cm Fotografia P&B com viragem parcial em selenol, montada entre lâminas de vidro com água e óleo dentro. São expostas em cabos penduradas na parede ou teto, ficando em balanço.
PALIMPSESTOS
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BELÉM/PA - 1995/96 Obras da série ‘Palimpsestos’, são fotografias em Preto e Branco, com interferência no negativo e viragem parcial no papel fotográfico. O sentido desta palavra Greco-latina é o ‘leit motif’ da pesquisa, instaurando uma ligação profunda com a morte e ressurreição da fotografia, um enfrentamento dialético que funde conceitos de recordar-esquecer. São imagens de pessoas e lugares resgatados dos erros de operação de fotorreportagens realizadas entre 1990 e 1995. O que se constituiria em erro, por tratar-se das pontas de filmes, com cenas inacabadas impressas por superposição de imagens é retrabalhado no laboratório. A inscrição de palavras e ranhuras nos negativos remete à reflexão sobre a experiência subjetiva proporcionada pela fotografia.
PALIMPSESTOS Juazeiro do Norte/CE - 1996 Fotografia em Preto e Branco 35mm, com interferência no negativo e viragem parcial em selenol.
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PALIMPSESTOS Juazeiro do Norte/CE – 1996
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Imagens da série PALIMPSESTO FORAM EXPOSTAS NA Mostra ANTÁRCTICA ARTES COM A FOLHA, em São Paulo/SP.
PALIMPSESTOS Juazeiro do Norte/CE – 1996
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PALIMPSESTO Juazeiro do Norte/CE – 1996
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PALIMPSESTO - Vigia/PA – 1996
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PALIMPSESTO - São Domingos do Araguaia/PA – 1996
PALIMPSESTO – São Luis/MA – 1996
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PALIMPSESTO – Barreirinhas, Lençóis Maranhenses/MA – 1996
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PALIMPSESTO – 1996
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Instalação IMAGINES, anexa à mostra PALIMPSESTO de 1996
QUASE MEMÓRIA BELÉM/PA – 2000/2002
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A série ‘Quase Memória’ é composta de justaposições de fotos em cromo 35 milímetros que mistura imagens de arquivo do meu trabalho no fotojornalismo e fotos da minha família de diferentes períodos. Trata-se de uma reflexão sobre a fragilidade da relação entre a matéria e a memória, seja física (corpo, papel, negativo e cópia) seja virtual (lembranças, sensações, esquecimentos). Se um dos atributos mais marcantes da fotografia é a conexão entre o passado e o presente (e porque não com o futuro?), interferir no processo aceleração do tempo através do desgaste do suporte fotográfico - ou resgatando fragmentos de imagens já comprometidas pela corrosão natural -, me trouxe a possibilidade de articular pequenas ficções baseadas em fatos, cenas e personagens reais. QUASE MEMÓRIA – 2000 Justaposição de chromos 35mm
© Flavya Mutran
QUASE MEMÓRIA – 2002
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‘Por causa de você’, justaposição de chromos anterior a série ‘Quase Memória’, Belém/PA/Brasil. Obra exposta e publicada no Projeto A IMAGEM DO SOM, em homenagem ao compositor Antônio Carlos Jobim. © Flavya Mutran
QUASE MEMÓRIA – 2002 © Flavya Mutran
As três fotos acima fora adiquiridas pela coleção PIRELLI MASP, em 2002, expostas no Museu de Arte de São Paulo e publicadas no catálogo de 2003. © Flavya Mutran
QUASE MEMÓRIA – 2002 © Flavya Mutran
PRETÉRITO IMPERFEITO
© Flavya Mutran
BELÉM/PA – 2004/2005
A pesquisa ‘PRETÉRITO IMPERFEITO’ foi desenvolvida durante a especialização em Semiótica e Artes Visuais no ICA da UFPA em 2004/2005, além de ter sido premiada com a Bolsa de Pesquisa Experimental do IAP – Instituto de Artes do Pará, no mesmo ano. O resultado, além da monografia, foi um vídeo ficcional que trata de uma cidade imaginária baseada em fotos e fatos reais. O trabalho reúne imagens de paisagens, cenas e retratos de personagens reproduzem a memória afetiva de Belém em várias gerações, representadas em fragmentos de histórias inacabadas que fundem conceitos como recordar e esquecer.
Vídeo ficcional que foi realizado em 2004, que trata de uma cidade imaginária baseada em fotos e fatos reais. Imagens de paisagens, cenas e retratos de personagens reproduzem a memória afetiva de Belém em várias gerações, representadas em fragmentos de histórias inacabadas que fundem conceitos como recordar e esquecer.
Acima, capa e cenas do vídeo PRETÉRITO IMPERFEITO (2004 - Duração aproximada de 08 min)
Acima, capa e cenas do vídeo PRETÉRITO IMPERFEITO (2004 - Duração aproximada de 08 min)
2009/2010
A MULTIPLICAÇÃO DOS PONTOS DE VISTAS
THE DAILY PHOTO PROJECT
Exemplo de um projeto de foto-video di谩rio, cujo autor se fotografou diariamente de 1998 a 2009. O projeto evidencia o interesse pela visibilidade e compartilhamento da pr贸pria imagem entre os mais diferentes canais das Redes Sociais (ver os links para o Orkut, Facebook, Twitter, Youtube, flickr, entre outros
O caráter de repetição de imagens autofigurativas remete a um fenômeno recorrente em álbuns de Redes Sociais, e um dos principais diferenciais entre as imagens disponíveis em websites: o EU como centro das atenções.
EGOSHOT – 2010 © Flavya Mutran
EGOSHOT – 2010 © Flavya Mutran
EGOSHOT – 2010 © Flavya Mutran
EGOSHOT – 2010 © Flavya Mutran
Ao lado, montagem da série EGOSHOT na galeria Xico Stockinger, MAC-RS/ CCMQ.
Ao juntar os EGOSHOTs com os QR-CODES pretendia-se expor parte dos questionamentos da pesquisa, e estendê-los para além da academia e do espaço expositivo, propondo uma reflexão sobre os meios de comunicação e exibição que hoje fazemos uso.
A partir de modelos de PhotoBooks de HighSchool norte-americano disponibilizados através do programa free commos do site www.yearbookyourself.com , se constroem os grupos de matrizes da série.
Primeiro é feito o apagamento parcial dos traços do próprio rosto, em seguida é feita a inserção de cada uma das combinações do programa para gerar 03 matrizes dos 26 modelos masculinos e 26 femininos disponíveis no site.
MATRIZES BIOSHOT
Matrizes XX e Matrizes XY Série ‘BIOSHOT’, Porto Alegre/RS, 2009 © Flavya Mutran
‘(...) É somente no interior do rosto, do fundo de seu buraco negro e em seu muro branco que os traços de rostidade poderão ser liberados, como os pássaros; não voltar a uma cabeça primitiva, mas inventar as combinações nas quais esses traços se conectam com traços de picturalidade, de musicalidade, eles mesmos liberados de seus respectivos códigos.’ GILES DELEUZE & FELIX GUATTARI (1996: pp.59-60)
fotos © Alberto Bitar
imagens da série BIOSHOT expostas no XXVIII Salão Arte Pará cujo tema foi ‘Territórios da arte e tecnologia ou a mutação das identidades‘, no espaço para artistas convidados.
Agostini © Roberta Fotos © Roberta Agostini
Ao lado, pagina do catálogo da Mostra 'A BRUSH WITH LIGHT', em Newport/Inglaterra (abril/2010) em que algumas imagens da série BIOSHOT.
Ao lado e acima, fotogravuras de matrizes BIOSHOT. Outubro/2009 - POA/RS
Š Flavya Mutran
Fotogravuras de matrizes BIOSHOT. Outubro/2009 - POA/RS
© Flavya Mutran
Para UMBERTO ECO (1989: p.14), a concepção de que ‘o rosto é o espelho da alma’ é uma certeza histórica, mas não é científica. Faz parte do que Hegel costumava chamar de uma constatação ‘fisiognomônica natural’, apoiada num conhecimento empírico de que os traços fisionômicos de um indivíduo, ou as dimensões de outros órgãos, seriam sinais que remetem a um caráter interno.
A INVENÇÃO DO LUGAR
Š Flavya Mutran
O NOMADISMO DIGITAL COMO CONDIÇÃO DE TERRITORIALIZAÇÃO
Muitas pessoas já indicaram que a revolução do computador é maior que a da roda em seu poder de remodelar a visão humana e sua organização. Enquanto a roda é uma extensão do pé, o computador dá-nos o mundo onde a mão do homem jamais pôs o pé. MARSHAL MCLUHAN (1971: p.53)
© Flavya Mutran
Redes Sociais aproximam-se da idéia dos Territórios Flutuantes pensada pelo filósofo francês MICHEL MAFFESOLI, assim como ao conceito de Heterotópicos de MICHEL FOUCAULT.
Š Flavya Mutran
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Š Flavya Mutran
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Š Flavya Mutran
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© Flavya Mutran
PORTO ALEGRE/RS 2011
A EXPOSIÇÃO
Š Flavya Mutran
Montagem final da sĂŠrie BIOSHOT, na Galeria Xico Stockinger, MAC-RS. Porto Alegre/RS - 2011
Visitantes acessando os daily videos atravĂŠs de smartphones 3G.
Montagem final da série BIOSHOT, na galeria do Espaço Cultural do Banco da Amazônia, em Belém/PA - 2011
Instalação da série BIOSHOT na KAMARA KÓ GALERIA, Belém/PA
Š Flavya Mutran
Š Flavya Mutran
Ao lado e acima, fotografias da sĂŠrie Mapas de Rorschach e Bioshot na mostra ALIEN, no MARGS. Abril de 2012- POA/RS
PONTOS DE CONTATO COM A PESQUISA
carregamentos móveis de fotografias e afetos
‘Arquivo 2.0, carregamentos móveis de fotografias e afetos’ é uma pesquisa na linha de poéticas visuais, e trata da multiplicidade de construções discursivas ativadas pela fotografia, abordando as relações entre técnicas tradicionais e tecnologias contemporâneas no campo da arte, e concentra-se nas ações de compartilhamento de arquivos de imagens na WEB.
A partir da operação de desmaterializar ou desconstruir fotografias, ativo o sentido de latência que pretendo explorar na série RASTER, onde procuro interferir na forma com que olhamos nossas imagens cotidianas e refletir sobre o valor de culto ao objeto – único ou multiplo - frente os desafios incorporais do meio digital. Procurando o cerne das questões que giram em torno da maneira com que produzimos, visualizamos, salvamos e compartilhamos nossas fotografias na web é que me volto para a estrutura algorítmica dos arquivos digitais.
SOBRE A UNIÃO DA FOTOGRAFIA COM A INFORMÁTICA, UM SISTEMA PADRÃO: A MATEMÁTICA A estrutura invisivel das fotografias digitais motivou a criação da série RASTER, onde trato da relação entre a imagem (carregada de palavras) e a palavra (sempre repleta de imagens). O arquivo raster é aquele que apresenta uma correspondência ‘bit-a-bit’ entre os seus códigos e os pontos da imagem reproduzida na tela de um monitor. O arquivo vetorial não é reproduzido necessariamente por aproximação de pontos, podendo ser alterado de diversas maneiras. A idéia central de manipular/expor a estrutura de arquivos tipo raster é colocar em xeque a nossa relação com as estruturas invisíveis ligadas à produção, guarda e compartilçhamento de imagens fotográficas digitais. Como lidamos com memória, informação, espaço x tempo, lixo, cultura visual x hábitos cotidianos, entre outras coisas.
ELEMENTOS DA LINGUAGEM IMAGEM RASTER VERSÕES NUMÉRICAS DE ARQUIVOS DE IMAGENS DIGITAIS •versão para caracteres – Traduz cada byte do conteúdo de uma imagem em um caractere correspondente; • versão de linguagem decimal – Traduz byte a byte em seu valor decimal de zero a nove; • versão hexadecimal – Traduz conteúdos de byte a byte em linguagem hexadecimal;
• versão octadecimal – o mesmo que os anteriores para versão octadecimal.
Decimal
Binário Puro
BCD
0
0000
0000
1
0001
0001
2
0010
0010
3
0011
0011
4
0100
0100
5
0101
0101
6
0110
0110
7
0111
0111
8
1000
1000
9
1001
1001
Hexa Decimal
Binário Puro
BCD
A10
1010
0001 0000
B11
1011
0001 0001
C12
1100
0001 0010
D13
1101
0001 0011
E14
1110
0001 0100
F15
1111
0001 0101
A letra ALEPH, em hebraico antigo. Forma gráfica carregada de significados; pura imagem-código binário.
Acima, parte dos c贸digos decimais e hexadecimais da imagem ao lado. Dispon铆vel na rede flick.com
Impressão em papel vegetal dos códigos numéricos correspondentes à letra ‘ALEPH’. Teste n° Zero que deu origem da série. © Flavya Mutran
Traz para o primeiro plano o que os olhos não estão habituados a ver/entender, e coloca em estado de latência não apenas a foto arquivada no repositório virtual, mas a partir daí, ativam-se outras possiveis fotografias que guardamos intimamente na memória, seja como substituição ou compesação pelo que falta ser restituído pela ausência da imagem.
Série RASTER (© Flavya Mutran, Porto Alegre/RS - 2013), ao centro o vol.01, 18,5 x 18,5 cm, códigos algorítmicos de fotografia digital impressos em papel vegetal (detalhes laterais) com encadernação costurada luxo.
A maioria das imagens de álbuns de Redes Sociais são de temas banais ou aparentemente insignificantes para quem não conhece seus enredos, suas personagens, seus porquês. Se ao invés de legendas essas fotos fossem transcritas em suas versões algorítmicas elas formariam um incalculável número de páginas impressas, talvez igual ou superior a tudo que já foi publicado pelo homem em forma de livros. O que há por trás dessas imagens além dos seus conteúdos ininteligíveis para os olhos humanos? Se hoje o meio virtual é o guardião de nossas histórias mais secretas e da nossa imagem mais pública, que preço estamos pagando por essa conseguinação? A escrita das fotografias digitais não é propriamente feita de palavras e sim algoritmos, mas se considerarmos a palavra como um elemento gráfico que funciona como chave para dar sentido à análise de conteúdos, podemos considerar também que as sequencias binárias ou as informações algorítmicas de uma imagem tem uma relação mais direta com a escrita do que seus antecessores fílmicos. São escrituras contemporâneas e leitura de seus significados depende muito pouco dos olhos.
RASTER Livro-objeto com a escrita numérica da fotografia digital ao lado. Abaixo sua versão compacta em objeto de prata. Porto Alegre – 2012 © Flavya Mutran
CONTATOS
FLAVYA MUTRAN flavyamutran@gmail.com (51) 21032203 / (51) 81308608
SAIBA MAIS http://flavyamutran.wordpress.com