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Flinpo Magazine Ano III Nยบ8 Julho 2013
Flinpo Magazine Ano III Nยบ 8 Julho 2013 www.flinpo.net
#003
editorial Vamos a caminho do terceiro ano deste projecto feito por "carolice" por um pequeno número de amantes da arte fotográfica. Apresentamos neste oitavo número da FMagazine os vencedores de quinze desafios dos 135 já realizados. São 135 semanas seguidas sempre com temas diferentes, apelando à criatividade de todos os participantes. É para estes, como forma de agradecimento e para dar destaque ao seu trabalho, que vamos periodicamente publicando esta revista digital, gratuita e de acesso universal para que mais pessoas possam apreciar o trabalho dos participantes do Flinpo. Como habitual a capa deste número foi encontrado através de um deafio que lançamos e o seu vencedor, Luís Lobo Henriques, dános uma pequena entrevista onde fala de si e de fotografia. A FMagazine está aberta a colaborações e colocamos ao dispor as nossas páginas para que possam divulgar trabalhos fotográficos, como é o caso neste número do ensaio fotográfico dos artistas Augusto Nunes e Ana Janeiro, para ver e ler com atenção. Desta vez convidamos um dos participantes que mais vezes venceu nos desafios que apresentamos nestas páginas, José Carlos Silva, ZEKARLOS nome porque é mais conhecido no Flinpo, para apresentar um portefólio. Um conjunto de imagens de grande qualidade para ver sem pressas.
entrevista a LuĂs Lobo Henriques
vencedores e escolhas dos editores #121 a #135
ensaio Falafalabarato & me
portef贸lio Jos茅 Carlos Silva
Luís Lobo Henriques zenfolio.com/lloboh
Luís Lobo Henriques nasce em Luanda, Angola, em 1960. Licencia-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 1983. Reside em Leiria, Portugal. Começa a fotografar aos 16 anos. Frequenta um curso de Fotografia na Associação Académica de Coimbra em 1981. Desde então tem participado em exposições colectivas em diversas salas e galerias por todo o país; é premiado em dezenas de concursos nacionais e franceses de fotografia; tem vários trabalhos editados em revistas portuguesas e francesas de fotografia, revistas de viagens (com textos e imagens suas), livros e catálogos de agências de viagens. Foi membro de júris em concursos de fotografia e é membro de websites de fotografia nacionais e estrangeiros, onde os seus portfolios podem ser visitados. Fotógrafo eclético, com especial inclinação para o retrato, desde muito cedo evidenciou tendência para fotografar pessoas. Fá-lo quer a nível particular quer no âmbito da sua pesquisa sobre gentes e povos do mundo.
#009
Quais foram as motivações e o momento que o levou a interessar-se pela fotografia? Destaco a influência do meu pai, desde miúdo, na parte técnica da fotografia e da minha mãe na forma como observar e "sentir" o que nos envolve, para poder captar a alma daquilo que vemos. Qual é a área dentro da fotografia pelo qual se sente mais atraído? O retrato. Tanto o social (urbano ou rural) como o retrato associado à moda e ao glamour, às produções para a imagem de uma pessoa. Tendo o retrato como área preferida da fotografia, quem é que gostaria de retratar, mas que nunca teve ou terá, a oportunidade de o fazer? Há duas mulheres que eu gostava de ter fotografado e que jamais poderei fazer: Diana de Gales e Gabrielle Chanel. Pela atitude e pela elegância. Fá-lo-ia associando Mlle. Chanel ao seu atelier criativo; contudo Lady Di colocála-ia inserida descontraída mas glamourosamente numa savana angolana, terra que me viu nascer e viver.
Existe algum fotógrafo(a) que o inspire particularmente? Sebastião Salgado, Cartier-Bresson ou Steve McCurry além de grandes nomes da moda como Helmut Newton. Qual o material fotográfico que utiliza? Canon (corpos e lentes). Para si, o que é a fotografia perfeita? A fotografia perfeita é aquela cuja luz fez o milagre. A Internet é um meio ou será que sem a Internet, provavelmente não faria fotografia? Faço fotografia desde os anos 70... A internet surgiu com popularidade nos anos 90. É certo que é um meio que divulga de forma massiva e pelo qual se recebem grandes incentivos dos que veem e avaliam o nosso trabalho. Devo dizer que tenho aprendido muito, nomeadamente através da interação com outros fotógrafos.
#013
Tendo começado a fazer fotografia nos anos 70, como é lógico, começou na fotografia analógica. Deverá estar agora na fotografia digital. Como vê este novo processo? É uma evolução positiva? Neste momento, qualquer pessoa que possua uma câmara fotográfica num telemóvel é agora um possível fotógrafo? Não foi uma evolução redutora para os verdadeiros fotógrafos? Faço fotografia digital desde 2005; deixei o negativo por ser dispendioso e obsoleto e porque o digital é fácil de "domar" em qualquer um dos novos "laboratórios" de edição como o Photoshop e o Lightroom que uso com regularidade. Considero, inequivocamente, que nenhuma câmara fotográfica ou de telemóvel faz um fotógrafo. Só o é quem tem talento e desenvolve o seu poder de observação, captando a alma das pessoas ou dos lugares. Tem um blogue onde apresenta o seu trabalho? Uso alguns sites de fotografia, uso o facebook (minha grande plataforma comercial) e tenho o meu: www.zenfolio.com/lloboh. Tem o hábito de visitar o espaço de outros fotógrafos? Visito diariamente os espaços de outros fotógrafos, navegando ou vendo as revistas da especialidade. Tenho o culto da PHOTO Magazine francesa, onde já fui premiado algumas vezes em concursos, desde 1984. Percebemos que possui uma grande experiência na área fotográfica. Mas será a fotografia a sua área profissional ou se nunca pensou ou tentou fazer da fotografia a sua profissão? Sou licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e exerço há 30 anos a profissão de professor de Português e Francês. A fotografia é um complemento, mais do que um hobby. Tenho feito alguns trabalhos para vender, assim como sessões fotográficas por solicitação de clientes. Penso que o facto de encarar a fotografia deste modo me mantém a paixão mais acesa e sem a sujeitar a um maior desgaste, já que a faço por puro prazer. O que não quer dizer que não seja professor também por prazer, pois sou-o por vocação.
#015
O que acha de espaços de partilha fotográfica, como o Flinpo? Acho fundamental a existência destes espaços para as pessoas partilharem o que lhes dá prazer fazer, aprenderem, corrigirem erros, tentarem fazer melhor e mesmo conviverem salutarmente. Como é que a fotografia de capa desta revista aconteceu? A fotografia da Capa desta edição foi feita em março desde ano numa rua de Aqaba, zona balnear no sul da Jordânia. Qual foi a fotografia mais desafiante que fez até hoje? Todas as fotografias que se tiram a pessoas são desafiantes; especialmente quando nos encontramos em países cuja língua possível de comunicação não dominamos senão pelo gesto! Se a sua câmara falasse o que é que ela diria? Provavelmente, algumas vezes, diria que estava cansada de ser usada e abusada!
#017
#121 na cozinha Vá até à sua cozinha e fotografe algo que geralmente encontramos nesse local.
É mais uma fotografia que não tem uma grande história por trás. Ela pertence a uma sessão fotográfica "caseira" realizada na cozinha (como não poderia deixar de ser), no já longínquo ano de 2007. Liguei um bico do fogão e fui tirando fotografias, experimentando diferentes enquadramentos, opções da máquina e potência do gás. Uma outra fotografia também realizada nesta sessão, já ficou nos primeiros lugares (em terceiro), no desafio do Flinpo com o tema Fogo. #1: Chama de Remus Abertura: f/3.2 Velocidade: 1 seg. Distância focal: 75 mm Com tripé Sem flash
#2: Garfo de Marco C. #3: Receitas de arcoíris de ruimnm
#019
#121
na cozinha
VĂĄ atĂŠ Ă sua cozinha e fotografe algo que geralmente encontramos nesse local.
#4: Especiarias de elsa
#5: Transcêndias da batedeira de Telmo Marçal
Escolha dos Editores:
Chaleira de ze jaime
#021
#121 na cozinha Vá até à sua cozinha e fotografe algo que geralmente encontramos nesse local.
Escolha dos Editores:
No gume da faca de pão de eduardoventura1981
#023
#122 flora a preto e branco Fotografia de flores ou plantas a preto e branco.
Esta é uma fotografia que faz parte de uma sessão que fiz para um outro desafio do Flinpo: Flor (que, com outra fotografia, obtive o 5º lugar), em que um par de tulipas foram as modelos. Neste caso, a tulipa de baixo estava numa jarra e a superior presa entre livros empilhados, como fundo utilizei uma cartolina preta. A iluminação da primeira foi feita com um candeeiro de secretária colocado na dita pilha de livros, a outra foi iluminada com uma lanterna LED. Como a temperatura de luz das duas fontes é diferente a opção pelo pretoebranco foi a mais correcta, pois era difícil acertar com o equilíbrio de brancos. #1: Um diálogo provável de Ruimnnm Abertura: f/3.6 Velocidade: 1,3 seg. Distância focal: 61 mm ISO: 100 Sem flash Com tripé
#2: Luz divina. de migusilva #3: SECOAOSOL de ZEKARLOS
#025
#122 flora a preto e branco Fotografia de flores ou plantas a preto e branco.
#4: Coração de Quetzal
#5: Sandra Rocha de sandrarocha
Escolha dos Editores:
Colorless de cteixeira81
#027
#122 flora a preto e branco Fotografia de flores ou plantas a preto e branco.
Escolha dos Editores:
Folha de Manuel Ribeiro
#029
#123 autoretrato anónimo Fotografese a si mesmo(a) de uma forma criativa mas sem se denunciar.
Esta fotografia foi feita em 2010 quando na altura procurava fazer algo conceptual, transmitir uma mensagem através de uma fotografia diferente. A ideia já tinha surgido há uns tempos, até que resolvi fazer a experiência, coloquei a câmara voltada para mim e meia dúzia de fotografias foram o suficiente para o enquadramento ficar ao meu gosto e de uma certa forma anónimo. O titulo original que dei foi: "I was not lying! I was writing fiction with my mouth", o que traduzido é: "Eu não estava a mentir! Eu estava a escrever ficção com a minha boca". A mensagem a transmitir? Cada um tire as suas próprias conclusões. PS: Não se preocupem, a saqueta não estava realmente na minha boca :) #1: O meu chá de Ruialmeida Abertura: f/2.8 Velocidade: 1/20 seg. Distância focal: 18 mm ISO: 400 Sem flash Sem tripé
#2: O chapéu de palha de anabatista #3: mergulhome na escuridão de ruimnm
#031
#123 autoÂretrato anĂłnimo FotografeÂse a si mesmo(a) de uma forma criativa mas sem se denunciar.
#4: Didnt stop de ijpaulo
#5: Duas de mim de Anita Nunes Escolha dos Editores:
MOI MEME de ZEKARLOS
#033
#123 auto足retrato an坦nimo Fotografe足se a si mesmo(a) de uma forma criativa mas sem se denunciar.
Escolha dos Editores:
16足53t de hellag
#035
#124 alfabeto: I Iguana, igreja, insecto... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «I».
Esta fotografia foi tirada à basílica de Sacré Coeur em Paris no mês de fevereiro deste ano. Estava um frio tremendo e muito vento lá em cima mas mesmo assim não queria uma simples fotografia frontal de um monumento. Um pouco de perspectiva, e como não tinha mais espaço para trás, enquadreia como se os galhos da árvore fossem raios sobre o próprio monumento. Um pouco de contraste e menos saturação e "voilá". #1: Igreja: Sacré Coeur de Sara Azad Abertura: f/8 Velocidade: 1/200 seg. Distância focal: 18 mm ISO: 100 Sem flash Sem tripé
#2: Igreja de Quetzal #3: Faca 足 IGREJA INVERTIDA de Welerson Athaydes
#037
#124 alfabeto: I Iguana, igreja, insecto... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «I».
#4: Isqueiro Sem licença de remus
#5: INSECTOS de Carris_de_Pedra Escolha dos Editores:
Indústria à noite de Questiuncas
#039
#124 alfabeto: I Iguana, igreja, insecto... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «I».
Escolha dos Editores:
Insecto de sandrarocha
#041
#125 alfred hitchcock Fotografias que de alguma maneira invoquem cenas de filmes de Alfred Hitchcock. Tema sugerido por João Coutinho.
Quando vi o tema «Alfred Hitchcock», tive certeza que seria um grande desafio! Como sabia muito pouco sobre ele, fui para a Internet pesquisar sobre a biografia e filmografia deste grande génio do suspense. Assisti várias cenas de vários filmes para me decidir pelo filme Rebecca, que tem cenas incríveis de luz, sombra, enquadramento... fiquei tão encantada, que assisti o filme inteiro... e me decidi por esta cena. Queria criar uma releitura do momento em que a governanta apresenta com frieza o quarto de Rebecca (a exesposa falecida de um nobre milionário), para a nova esposa e moradora da mansão. Preparei a minha sala deixando somente uma poltrona do lado direito. Com a câmara no tripé, fiz a medição de luz para causar uma forte e sombria contraluz e preparei o temporizador de disparo. Me vesti como a governanta, fiz um coque trançado nos cabelos e imitei sua postura. Foram cerca de 40 cliques, para chegar à esta imagem. #1: Rebecca de Angelamorato Abertura: f/8 Velocidade: 1/80 seg. Distância focal: 27 mm ISO: 200 Sem Flash Com tripé
#2: a Alfred de ruimnm #3: PsychoLogical Talk de AniCka
#043
#125 alfred hitchcock Fotografias que de alguma maneira invoquem cenas de filmes de Alfred Hitchcock. Tema sugerido por Jo達o Coutinho.
#4: A outra porta de ruialmeida
#5: Os pรกssaros de ZEKARLOS Escolha dos Editores:
Psycho de Quetzal
#045
#125 alfred hitchcock Fotografias que de alguma maneira invoquem cenas de filmes de Alfred Hitchcock. Tema sugerido por Jo達o Coutinho.
Escolha dos Editores:
Janela (In)discreta de Marina Linhares
#047
#126
corderosa Fotografias em que esteja em destaque a corderosa.
S/informação #1: Envolta em pano rosa de Jomagope
#2: dentes rosa de ruimnm #3: Aparas de 1 dia afiado de novo de LReis
#049
#126
corderosa Fotografias em que esteja em destaque a corderosa.
#4: Sombra da criança que somos. de migusilva
#5: Hora corderosa de Manuel Ribeiro
Escolha dos Editores:
Olha onde foram parar! de Telmo Marçal
#051
#126
corderosa Fotografias em que esteja em destaque a corderosa.
Escolha dos Editores:
Degradê Rosa de Quetzal
#053
#127 movimento Fotografias que retratem a ideia de movimento.
O metro está repleto de motivos fotográficos, quer pelas pessoas com quem cruzamos, quer pela arquitectura que desenham cada estação. A imagem em questão, foi captada na estação de metro do Marquês Pombal, em Lisboa. Na tentativa de fazer experiências com baixas velocidades, reparei numa jovem que chegava à estação pela sua indumentária peculiar. Resguardouse sozinha nos últimos lugares da plataforma. Com algum cuidado, aguardei a seguinte chegada do metro atrás dela. Medi a luz e fiz a focagem com a devida antecedência. Quando a cena aconteceu, reparei que a cores da carruagem coincidiam com as cores da sua roupa feminina. Estava no lugar e hora certa, quando viajava de metro. #1: Urbe em movimento de João Coutinho Abertura: f/5.3 Velocidade: 1/5 seg. Distância focal: 50 mm ISO: 400 Sem tripé
#2: Cadeiras loucas de naniphoto
#3: O salto... de manita
#055
#127 movimento Fotografias que retratem a ideia de movimento.
#4: Estudo da locomoção de remus
#5: A FUGA de ZEKARLOS
Escolha dos Editores:
level up de snk
#057
#127 movimento Fotografias que retratem a ideia de movimento.
Escolha dos Editores:
Roda Baiana de Welerson Athaydes
ensaio FALAFALABARATO & ME
ENSAIO FOTO GRÁFICO fotografias de Augusto Nunes e textos de Ana Janeiro
falafalabarato.blogspot.com
Blue Suede Shoes Descalçava os sapatos sempre que lhe era permitido. Gostava que a terra a sentisse. Que lhe sussurrasse de baixinho que também ela era vida. Que também ela poderia escolher dançar.
Máscaras Um dia fez-se noite e Alice resolveu que não voltaria a deixar sua máscara em casa. Jamais a tiraria! Acontece que da noite surgiu o dia, e Alice considerou que talvez pudesse passear-se. Sim, talvez pudesse! Tirou a máscara, arrumou-a na gaveta e saiu de casa. Quando deram com ela era já de noite. Tinha-se perdido, pois não se encontrou.
A rapariga ao contrário Diz que prefere gente não civilizada numa não civilização. Antes contrariar a vida a viver contrariada. Afinal, não é a autenticidade a paz que procuramos?
Acima da ponte Alice mudou-se para cima da ponte, quis viver acima das possibilidades prováveis. Não das que se fazem pagar, mas daquelas que respondem com um outro sorriso. Das que enchem um coração. E tendo as águas transbordado a ponte não caiu, ao invés sorriu.
A rapariga que sonhava A rapariga que sonhava acordou. Questionada, teria dito não gostar do que agora via. Um mundo de condições, condicionais e condicionantes. A condição de fazer parte da matilha. Condicionais como aquilo que teria dito e feito. Condicionantes a mais, como inquietudes, egos feridos e gentes que gritam. Mas a rapariga que sonhava acordou e nada lhe foi questionado. Não lhe perguntaram e ela não disse. Talvez não o dissesse, quem sabe o diria?
#061
À boleia da vida Nem sempre chegava à mesma hora. Nem sempre a apanhava. Nesses dias menos afortunados gostava de imaginar a explicação plausível para o seu atraso… Um reencontro com uma velha amiga. Um pôr-do-sol bonito. Um beijo demorado. Ou dois. Pensava bastante e não conseguia decidir-se sobre qual de ambos andava mais à boleia da vida. Quem levava quem. Mas, em dias felizes, gostava de pensar que simplesmente iam um com o outro. Silenciosamente a dois.
Um leque do tamanho do mundo Alice queria abanar o mundo, agitá-lo, contrariar o vento e o sol. Refrescar a sua pele dos calores da podridão. Começou por si mesma e nela acabou. Jamais encontrou um leque do tamanho do mundo.
Sombras Há-de fugir pela noite. Ainda que por instantes pode ser ela mesma, não estará presa a um permanente escrutínio. Não é mais uma na maré, é o seu leme e o seu rumo. Há pouco acordei e não a vi. Pode ter-se perdido na lua nova. Também eu já me perdi.
#063
TambĂŠm tem algum projecto, ensaio ou escritos, relacionados com fotografia que pretenda publicar na Flinpo Magazine? Veja como proceder em www.flinpo.net.
#065
#128
pequeno objecto Fotografia de um qualquer pequeno objecto. (Por pequeno objecto, entendemos os objectos que cabem na palma de uma mão.) Tema sugerido por Diana Tavares.
Esta fotografia surgiu quase do nada... em cima da mesa onde estava a trabalhar, tinha este alfinete que havia retirado da etiqueta de uma peça de roupa e, o facto de ser preto, foi a primeira coisa que me levou a olhar para ele como algo "fotografável". Mas como fotografálo para ser qualquer coisa mais do que aquilo que era? Como é um objeto feito para prender, comecei a pensar em coisa que poderiam ser "presas"... Já não sei bem por que razão surgiu a ideia relacionada com o papel e a escrita, talvez porque para mim estas coisas andam sempre de mão dada. A minha ideia era fazer uma imagem que falasse das palavras, de como elas se podem rasgar e, mesmo assim, não ficarem perdidas para sempre. A partir daí foi executar a ideia, escolher a luz e o ponto de focagem (que foi o mais difícil, porque houve vários, cujo resultado me agradou) e tentar ângulos e perspetivas diferentes. E assim surgiu "Prender entrelinhas". Obrigada a todos! #1: Prender entrelinhas de L.Reis Abertura: f/2.8 Velocidade: 1/15 seg. Distância focal: 100 mm ISO: 3200 Sem flash Com tripé
#2: enfiadagulha de ruimnm
#3: CĂŞntimo de ficticio
#067
#128
pequeno objecto Fotografia de um qualquer pequeno objecto. (Por pequeno objecto, entendemos os objectos que cabem na palma de uma mรฃo.) Tema sugerido por Diana Tavares.
#4: Alianรงa de Paulo Pontes
#5: O Chefe. de migusilva Escolha dos Editores:
Os Agrafos de sarakel
#069
#128
pequeno objecto Fotografia de um qualquer pequeno objecto. (Por pequeno objecto, entendemos os objectos que cabem na palma de uma m茫o.) Tema sugerido por Diana Tavares.
Escolha dos Editores:
duav么 de hellag
#071
#129 alfabeto: J Janela, joaninha, juba... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «J».
Esta fotografia foi tirada já há algum tempo, em 2010, quando andava a fazer experiências com a luz e objectos de vidro, aprendendo e apreendendo com os muitos erros que fui fazendo. A história desta imagem é simples: uma jarra de vidro em cima da mesa de jantar, o fundo é uma cartolina branca presa a um armário da sala e como fonte de luz utilizei o, já habitual, candeeiro de secretária que me acompanha nestas "aventuras". A luz está direccionada directamente para a cartolina branca de fundo descentrada para o lado direito e utilizei, ainda, de cada lado da jarra, dois cartões pretos para que o seu reflexo desse um realçe ao contorno da jarra. Muitas tentativas, muitos erros, muitos ajustes no candeeiro, nos cartões, nos tempos de exposição... #1: jarra de Ruimnm Abertura: f/3.3 Velocidade: 1/3 seg. Distância focal: 182 mm ISO: 100 Sem flash Com tripé
#2: Jumento de nunobrito #3: jumento, o burro inteligente de jomagope
#073
#129 alfabeto: J Janela, joaninha, juba... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «J».
#4: JACTO de JOÃO MENÉRES
#5: Jactos de รกgua de Anita Nunes Escolha dos Editores:
Janela de Manuela Rodrigues
#075
#129 alfabeto: J Janela, joaninha, juba... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «J».
Escolha dos Editores:
Janelas de Lisboa de Ligia Bento
#077
#130 animais da quinta Galinha, porco, vaca... fotografia de animais que geralmente encontramos numa quinta ou fazenda.
S/informação #1: Ovies Aries Ovelas e Onovas de PauloBenjamim
#2: o porco de fcondeco
#3: Trabalho animal de Joel Marques
#079
#130 animais da quinta Galinha, porco, vaca... fotografia de animais que geralmente encontramos numa quinta ou fazenda.
#4: Coelhinho de Diana Tavares
#5: Cavalos de João Coutinho
Escolha dos Editores:
Escondeesconde de Ana Lúcia
#081
#130 animais da quinta Galinha, porco, vaca... fotografia de animais que geralmente encontramos numa quinta ou fazenda.
Escolha dos Editores:
NĂŁo ĂŠ fĂĄcil de remus
O autor não autorizou a publicação da fotografia na revista.
#083
#131 esférico Que tem a forma de esfera, redondo, bola. Fotografia que destaque algo esférico.
Tirada a 10 de fevereiro do ano passado, esta perspetiva fez parte de uma pequena coleção de fotografias sobre ótica e as suas ilusões, a pedido de um colega professor de Geometria descritiva e design, para objeto de estudo com os alunos. A luz daquele dia de fevereiro estava, como é comum no Algarve, bastante apetecível para uns disparos, sobretudo o azul forte do céu. A mistura do branco e ocre despertou a minha atenção, e só tive pena de não apanhar a construtura dos pequenos fios de teia de aranha presentes... #1: Upside down de Luisamiranda Abertura: f/4.5 Velocidade: 1/2000 seg. Distância focal: 109 mm ISO: 100 Sem flash Sem tripé
#2: Pontapeando a lua ! de ruialmeida #3: redondo(s) de ruimnm
#085
#131 esfĂŠrico Que tem a forma de esfera, redondo, bola. Fotografia que destaque algo esfĂŠrico.
#4: My destiny.... de Anita Nunes
#5: ..esfera sobre esferas... de Elza cohen
Escolha dos Editores:
Mundos esfĂŠricos. de migusilva
#087
#131 esfĂŠrico Que tem a forma de esfera, redondo, bola. Fotografia que destaque algo esfĂŠrico.
Escolha dos Editores:
The rolling stones de PMartins
#089
#132 seis Fotografia de uma mesma coisa que está repetida seis vezes.
Faço uma pausa, um café e uma foto. Foi nesta sequência que esta fotografia aconteceu. Fiz uma pausa perto das 15.30h para tomar um café no lounge da empresa onde trabalhava, no cimo de um 7º andar bem no centro de Lisboa. Com uma vista deslumbrante pela cidade à minha frente, foi a olhar para o chão que encontrei a oportunidade de fazer umas fotos diferentes. O sol de inverno é muito baixo e faz enormes sombras muito bem definidas nas pessoas que passam na rua. Com cada uma a correr para seu lado numa espécie de dança com sombras, foi isso que me chamou a atenção. Engoli o café e ir a correr buscar a máquina. Depois foi abrir a janela, ficar pendurado o máximo para fora que consegui, para poder apanhar o mais de cima possível, esticar os braços como se fosse um tripé e disparar uma série de fotos com diferentes enquadramentos, tentando criar um grafismo interessante entre as linhas da estrada e as pessoas. Com isto tudo, ainda consegui pregar um susto num ou outro colega pois aquela cena mais parecia uma tentativa de suicídio. #1: Ainda há 6 lugares em pé de ZEKARLOS Abertura: f/7.1 Velocidade: 1/200 seg. Distância focal: 87 mm ISO: 100 Sem flash Sem tripé
#2: 6 Amarelinhos de Jo達o Coutinho
#3: Seis molas de Margot
#091
#132 seis Fotografia de uma mesma coisa que estรก repetida seis vezes.
#4: A dividir pelos seis de Telmo Marรงal
#5: 6 berlindes de ruimnm
Escolha dos Editores:
Six Silver Spoons de Paula Serrao
#093
#132 seis Fotografia de uma mesma coisa que estรก repetida seis vezes.
Escolha dos Editores:
Seis remos de Ligia Bento
#095
#133 abstracto urbano Fotografe nas ruas da sua cidade e mostrenos um abstracto urbano.
Quem me visita no grifoplanante.blogspot.com, sabe que tenho muitos temas preferenciais: A Fotografia de Arquitectura e o Grafismo são apenas dois deles. Quando surgiu o tema Abstracto Urbano pensei: " Bom... e qual vai ser aquela com que vou participar? " Depois de vários olhares (e dúvidas), optei por esta a que dei o nome simples de ARQUITECTURAS. Aproveitei uma ida dos Amigos do Porto para visitar Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura e várias das exposições que decorriam por essa altura na Cidade berço de Portugal. Um dos locais que a visita privilegiava era o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, que para mim bastante interessava porque expusera há três décadas na Cooperativa Árvore em simultâneo com esse renomado Artista das Artes Plásticas. Transformado que foi o antigo mercado municipal no CIAJG em Plataforma das Artes, não tive dificuldade em logo encontrar um enquadramento que preenchia, a meu ver, as vertentes ARQUITECTURA e GRAFISMO. #1: ARQUITECTURAS de João Menéres Abertura: f/8 Velocidade: 1/200 seg. Distância focal: 85 mm ISO: 100 Sem flash Sem tripé
#2: Entrelinhas de Paula Serrao
#3: Simetria, cores e geometria de cleon
#097
#133 abstracto urbano Fotografe nas ruas da sua cidade e mostrenos um abstracto urbano.
#4: Direção de Jorge Monteiro
#5: CĂŠus de jeffcezimbra
Escolha dos Editores:
Copan de angelamorato
#099
#133 abstracto urbano Fotografe nas ruas da sua cidade e mostre足nos um abstracto urbano.
Escolha dos Editores:
janela escondida de Alfredo
#101
#134 alfabeto: L Limão, lustre, leão... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «L».
Esta fotografia surgiu numa tarde de inverno, que sem nada para fazer, peguei na minha máquina e nuns lápis de cor e fui fotografar. Depus os lápis de várias formas, até que numa delas achei que se adicionasse o fecho daria uma foto criativa e assim fiz: destruí uma mochila para lhe retirar o fecho. Foi este o resultado, depois de um pequeno corte e um pouco de trabalho nas cores. Publiquei a fotografia no meu blog em 2012, com o surgir deste tema achei ser a fotografia ideal para participar… #1: Lápis de cor. de Manuel Ribeiro Abertura: f/5.6 Velocidade: 1/60 seg. Distância focal: 40 mm ISO: 400 Sem flash Com tripé
#2: Lagartixa sedenta de Anita Nunes #3: Lรกpis vermelho de Jorge Monteiro
#103
#134 alfabeto: L Limão, lustre, leão... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «L».
#4: LAMPADA de BEAN FELY
#5: Livro em quarto crescente de LReis
Escolha dos Editores:
LibĂŠlula Sympetrum Foscolombi de Carlos Nicolau
#105
#134 alfabeto: L Limão, lustre, leão... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «L»..
Escolha dos Editores:
lagarta de Marco C.
#107
#135 nevoeiro Fotografia em que o nevoeiro ou a névoa faça parte da composição.
A fotografia foi obtida na serra da Estrela, na zona de Manteigas, em pleno outono. Estava um dia húmido, com chuva miudinha e algum nevoeiro que criava um ambiente mágico e idílico. Dadas as condições climáticas todas as fotografias naquele sábado foram tiradas com o guardachuva aberto. Foi um fim de semana mágico, passado na companhia de bons amigos. #1: A esperança... de Ana Lúcia Abertura: f/8 Velocidade: 0.7 seg. Distância focal: 300 mm ISO: 24 Sem flash Com tripé
#2: Adรกgio de cymbron
#3: por essa estrada... de Marco C.
#109
#135 nevoeiro Fotografia em que o nevoeiro ou a névoa faça parte da composição.
#4: Sintra misteriosa de cleon
#5: Interminatis Caligo de galamarra Escolha dos Editores:
Ponte DÂŞ Maria Pia de Questiuncas
#111
#135 nevoeiro Fotografia em que o nevoeiro ou a névoa faça parte da composição.
Escolha dos Editores:
fog line de snk
portefólio
ZEKARLOS
zezekarlos.blogspot.pt
Sou o José Carlos Silva, ou só ZEKARLOS, tenho 48 anos, sou Publicitário, Director de Arte há mais de 20 anos e é na vertente fotográfica que tento expressar um olhar único e especial sobre tudo o que nos rodeia. A fotografia faz parte do meu dia-a-dia, quer seja com a câmara fotográfica ou sem ela, treino o meu olhar em cada passo que dou, em cada linha, em cada cor ou em qualquer pormenor. Faço esse exercício constantemente, se não fotografar naquele momento fica registado para um futuro muito próximo. A minha função como profissional sempre foi poder contar com o olhar dos fotógrafos, dos seus recursos e da sua criatividade para poder realizar o meu trabalho e poder ter um produto final de excelência. Durante muito tempo sempre estive ao lado, literalmente “ao lado” do fotógrafo, orientando e explicando o que queria que fosse feito. Mas com a evolução digital da fotografia e, sem ter de recorrer a revelações demoradas, horas e mais horas na câmara escura ou de laboratórios dispendiosos, ficou mais fácil para mim começar a reproduzir as minhas próprias ideias. Ao longo destes últimos 10 anos, é isso que tem acontecido com frequência. Sempre fotografei por paixão, por gozo ou simplesmente por cultura visual mas senti a necessidade de evoluir tecnicamente, pelo que invisto em formação contínua, fiz vários cursos e workshops de formação na mais diversas áreas da fotografia. E tenho a sorte de poder contar com a amizade e a partilha de conhecimentos com muitos fotógrafos conceituados do nosso mercado. Actualmente desenvolvo projectos ligados à fotografia editorial e de autor. Alimento o meu blog de fotografia, o CENAS SOLTAS, quase diariamente. Neste meu percurso conto com um vasto leque de exposições individuais e de fotografias premiadas em diversos concursos nacionais e internacionais, assim como trabalhos publicados em revistas da especialidade. É para mim um prazer poder participar nesta iniciativa da Flinpo, uma comunidade de amantes de fotografia, com fotógrafos muito bons que se revelam a cada desafio, contribuindo para o crescimento desta arte em Portugal. Ainda não vivo da fotografia, mas conto com ela para continuar a viver.
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Flinpo Fotografia em Língua Portuguesa Flinpo Magazine Ano III Nº8 Julho 2013