Flinpo Magazine 013

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Flinpo Magazine Ano VI Nยบ13 Fevereiro 2015


Flinpo Magazine Ano VI Nยบ 13 Fevereiro 2015 www.flinpo.net


editorial Como tem sido habitual neste últimos anos de Flinpo, continuamos a publicar a FMagazine para homenagear e dar uma diferente visibilidade a todos os que vão continuando a aparecer, todas as semanas, à procura de mais um desafio fotográfico, desta feita a décima terceira edição com a apresentação dos vencedores e escolhas dos editores dos desafios 196 a 210. O desafio para encontrar a capa deste número teve muitas participações e algumas com bastante qualidade, no final ganhou Luís Sérgio Gonçalves que fala do seu trabalho fotográfico, de fotografia, do seu passatempo. Neste número 13 apresentamos um ensaio fotográfico de E. Jacob com fotografia a preto-e-branco do interior brasileiro: os costumes, as suas gentes, os seus rostos e os sorrisos das crianças. Um conjunto de fotografia etnográfica, para memória futura. Para apresentar o seu portefólio, convidamos a Cristina Ferreira, uma fotógrafa muito activa nos nossos desafios com um olhar próprio e vincado e foi, também uma das que mais teve fotografias suas no pódio nas semanas aqui apresentadas. A todos, os que ficam semana a semana e aos que apenas passam "de quando em vez", o nosso agradecimento sincero, pois a vossa presença e participação é o estímulo para a continuação do projecto. O Flinpo só existe porque vocês existem.



entrevista a Luís Sérgio Gonçalves vencedores e escolhas dos editores #196 a #210 ensaio

Ser tão brasileiro

Everaldo Jacob Silva portefólio Cristina Ferreira


Luís Sérgio Gonçalves

www.facebook.com/luissergio.goncalves


Luís Sérgio Gonçalves nasceu em 1961 na bela cidade de Viana do Castelo, actualmente reside em Santa Marta de Portuzelo, uma freguesia a cerca de 6Km de Viana. Casado, tem dois filhos e é Assistente Técnico na Câmara Municipal de Viana do Castelo. Amador e apaixonado pela fotografia, foi premiado em vários concursos e teve fotografias seleccionadas para exposições e para revistas da especialidade. Não possui nenhum curso de fotografia nem nunca participou em nenhum workshop. Fez a sua primeira exposição de fotografia individual em Janeiro de 2015.


«sempre tive a fotografia como um passatempo»

Lembra-se do primeiro momento que se sentiu atraído pela arte fotográfica? Sinceramente não me recordo do momento em que comecei a gostar de fotografia, no entanto já tenho esta paixão desde muito novo pois adorava ver os álbuns de fotografia de família. Aos dezasseis anos tive a primeira máquina fotográfica analógica, uma Kodak Pocket Instamatic 400, depois o meu pai ofereceu-me uma OGA Prontor – SVS de fabrico Alemão e a última analógica que tive foi uma Minolta X-300. Comecei a fotografar com mais frequência quando sugiram as máquinas fotográficas digitais e com mais motivação quando no primeiro concurso de fotografia em que participei, em 2006, obtive o 1º Prémio e duas Menções Honrosas. Então teve uma família que sempre o incentivou para a fotografia. Nunca pensou em fazer da fotografia uma carreira profissional? Sim, a minha família sempre me incentivou para fotografar. Nunca pensei em fazer uma carreira profissional, por um lado porque sempre tive a fotografia como um passatempo, por outro, porque Viana do Castelo sendo uma cidade pequena, já tinha bons profissionais na área da fotografia e por último, porque tinha uma outra paixão, o futebol, que me ocupava a maior parte do tempo livre.


Há alguma área na fotografia que goste mais? Gosto de todo o tipo de fotografias, mas prefiro as noturnas, dias de nevoeiro, as que tenham o elemento água, o nascer e pôr-do-sol, paisagens, natureza, animais e plantas e a vida quotidiana das pessoas, gosto muito de macro mas não possuo equipamento apropriado para esse tipo de fotos. Procuro sempre fotografar "Momentos", fotografar situações engraçadas, fora do vulgar, irrepetíveis, aquelas situações que jamais se repetirão, uma luz, um acontecimento, um olhar, uma emoção. Então é daqueles que gosta de acordar cedo só para ir fotografar. O que é que a sua mulher diz sobre isso? Gostaria de acordar mais vezes cedo!!!!!! Mas infelizmente sou também um dorminhoco e como me deito geralmente tarde, o madrugar é mais difícil, no entanto sempre que posso, ou melhor, consigo, lá saio eu para fazer uns cliques, o nascer do dia é maravilhoso. A minha mulher fica admirada quando eu me consigo levantar de madrugada para fotografar, comenta logo "Só a fotografia para te pôr a pé cedo", no entanto ela incentiva-me sempre para o fazer. O que é para si a fotografia? O que sente quando fotografa e depois aprecia o seu resultado final? Fotografia para mim são fragmentos vivos do tempo captados no passado. No entanto há sempre muito mais para ver do que aquilo que se pode à primeira vista pensar. Fotografar é a melhor forma de expressar a minha criatividade e de comunicar. Fotografar é para mim uma emoção, aquela dúvida que existe nos milésimos de segundos que precedem o disparo até à visualização do resultado no visor da máquina e a alegria que temos quando o resultado nos satisfaz.

Luís Sérgio Gonçalves Entrevista



«Fotografia é o que sai da máquina e pouco mais»

Considera-se um purista? Ou seja, aceita que as fotografias sejam manipuladas ou arranjadas digitalmente? Ou para si, uma fotografia é exclusivamente o que sai da máquina fotográfica? Não aprecio o HDR e outras ferramentas de edição que alterem substancialmente as fotografias. Aceito, porque por vezes também o faço, que se façam apenas pequenos ajustes na luz, cor e contraste, como faziam antigamente os velhos fotógrafos da era analógica, correcções na inclinação e crop (corte). No entanto aprecio alguns trabalhos em que existe grande manipulação da imagem, uns identificados pelo autor, outros em que essa identificação não é necessária pelo facto de serem tão evidentes, mas nesses caos não digo que sejam propriamente fotografias, mas sim trabalhos digitais, mas esta é só a minha modesta opinião, aceito perfeitamente que outros pensem de maneira diferente, não sou radical. Fotografia é o que sai da máquina e pouco mais. No meu caso nem filtros possuo. Luís Sérgio Gonçalves Entrevista


Uma boa fotografia tem que obrigatoriamente respeitar as regras? Não, não gosto de regras preestabelecidas, nem me preocupo com elas, tenho as minhas regras e quando as fotografias respeitam essas regras, são para mim, boas fotografias. Por exemplo, não gosto de fotografias inclinadas a não ser que haja um propósito para o fazer, uma das minhas regras é o horizonte nivelado. Costuma visitar o espaço de outros fotógrafos? O que procura? Costumo visitar sempre que posso e com grande prazer, o espaço de outros fotógrafos, na Internet, em exposições ou em livros e revistas. Procuro sempre aprender pois sei muito pouco desta bela arte que é a fotografia, é uma maneira de nos valorizar-mos.. O que acha do panorama actual da fotografia onde todos são fotógrafos com tabletes, telemóveis, etc.? Só fotografo com máquina fotográfica, gosto de escolher a abertura, a velocidade, o ISO, etc, e isso não conseguimos com telemóveis ou tabletes, eles é que decidem por nós e o resultado final é muito mais fácil, no entanto já tenho visto boas fotos tiradas com esse tipo de equipamentos.


Anda sempre com a câmara atrás? E o que é que ela nos diria sobre o Luís Sérgio Gonçalves? Sempre com ela, faz parte de mim. Vou contar uma história, num dia de Novembro fui convidado pela minha irmã para ir a Vila Nova de Gaia, a cidade onde ela reside, à festa de aniversário do meu sobrinho. Como não tinha intenções de tirar fotografias decidi deixar a máquina em casa. Como a festa era à noite e eu cheguei relativamente cedo, a minha irmã levou-me à Ponte D. Luís para ver as cheias do rio Douro, tinha chovido muito nesses dias e as barragens tiveram que fazer descargas o que ocasionou que o rio subisse e inundasse a ribeira do Porto e de Gaia. A imagem que tive de cima da ponte é indiscritível, o sol a pôr-se, a iluminação das ruas e das casas reflectidas no rio que nessa altura estava calmíssimo, criavam um espelho maravilhoso de cor e luz e eu ali, sem máquina e no meio da ponte rodeado por dezenas de fotógrafos munidos das suas máquinas, que disparando a seu belo prazer me faziam roer de inveja. A partir desse dia jurei que vá onde quer que seja, a máquina vai comigo. O que me diz ela? Trata-me melhor, dá-me um pouco de descanso mas nunca te esqueças de mim. Então, não será aí que entra a velha máxima, que a melhor máquina fotográfica é sempre aquela que está connosco no momento certo? Nesse sentido os tabletes e telemóveis já fazem sentido como máquinas fotográficas? Concordo na íntegra com essa máxima, mais vale fotografar com o equipamento que temos disponível no momento em que é preciso, do que deixar fugir a oportunidade de registar algo que desejávamos que ficasse registado, nunca é uma perda de tempo é como a velha máxima "Quem não tem cão caça com um gato".

Luís Sérgio Gonçalves Entrevista



Qual é aquela fotografia que ainda não conseguiu fazer? Nenhuma especifica, conheço os meus limites mas procuro sempre surpreender-me, quando o resultado é melhor do que o que eu esperava é essa fotografia que eu andava à procura. Quero sempre melhorar e essa é a que eu quero tirar, ou seja a próxima que me vai surpreender.

Qual é a história por trás da fotografia da capa desta revista? Esta fotografia foi tirada numa tarde de nevoeiro, numa estrada florestal no monte de Santa Luzia. Quando passeava a pé pela estrada vi este caminho inundado e enlameado e o bonito reflexo das árvores na água. Decidi então montar a máquina no tripé, programar a máquina para disparo em 10 segundos e correr, a pessoa retratada sou eu próprio. Sujei-me um bocado pois foram várias as tentativas para que a composição ficasse como eu pretendia, correr em caminhos cheios de lama não é nada fácil e sujeitamo-nos a escorregar e cair no meio do lamaçal. Penso que o resultado valeu o esforço e de no fim ter umas calças e uns sapatos cheios de lama. Luís Sérgio Gonçalves Entrevista


Bagunça de Welerson Geraldo Athaydes Fernandes Abertura: f/9 - Velocidade: 1/50 seg. - Distância focal: 10 mm - ISO: 3200 #1:

- Sem tripé - Sem flash


#196

Desordenado

Fotografias que retratem algo desordenado (fora de ordem, desorganizado).

O ambiente desta fotografia ("Bagunça") é uma lojinha para consertos de equipamentos eletrotécnicos obsoletos. A lojinha é aqui em minha cidade natal, Congonhas (A Cidade dos Profetas), berço do maior acervo barroco do Estado de Minas Gerais, Brasil. Estive lá para ver se o técnico conseguiria consertar um rádio e fiquei tentado a fotografar o interior da loja, já que fiquei admirado com a quantidade de objetos, jornais e equipamentos distribuídos aleatoriamente, num espaço muito pequeno. O técnico, Leonardo, é deficiente físico e não consegue andar, e por isso fica o dia inteiro na cadeira, daí a sua dificuldade em organizar o ambiente de trabalho. Ele foi extremamente solicito e facilitou as fotos que fiz. O ambiente não tem uma iluminação adequada e é muito apertado, impossibilitando o uso de tripé ou qualquer utensílio para manter a câmara imóvel; por isso, tive que usar um ISO muito alto (3200) para ganhar em velocidade de obturador (1/50 seg) e em profundidade de campo (f/9). Com o espaço e mobilidade restritos não tive outra alternativa senão usar uma grande-angular 10-20mm, focada em 10mm. A base da foto é RAW e a exposição foi manual, com o "Picture Control" marcado em "Vivo" e o "Balanço de Branco" marcado em "Nublado", com o objetivo de "amarelar" a foto. O curioso é que quase enviei esta foto para o concurso "SÉPIA", realizado a semana passada.


#2:

#3:

Grafemas de Remus

Desordenado de Rui Almeida


#196

Desordenado

Fotografias que retratem algo desordenado (fora de ordem, desorganizado).

#4:

(Des)Ordem de Ricardo Catarro


#5 :

Abarrotar de Paulo SĂŠrgio Guerra Bastos #Escolha dos Editores:

a(des)ordem natural das coisas de ruimnm


#196

Desordenado

Fotografias que retratem algo desordenado (fora de ordem, desorganizado).

#Escolha dos Editores:

Temos o "balde" entornado! de Teresa Ferreira

Fotografia actualmente indisponĂ­vel



#197

Alfabeto: Z

Zebra, zorra, zuaque... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «Z».

Antes de mais quero agradecer a todos os que votaram na minha foto, depois quero felicitar todos os participantes que semanalmente nos brindam com excelentes trabalhos. Quanto à foto em causa sem história de relevo foi tirada no zoo de Lisboa em Outubro de 2009 quando lá festejei o meu aniversário com alguns amigos e na companhia dos outros... A foto foi feita com uma Nikon D60 , uma objectiva muito antiga 75-240 mm f4.5-5.6 de focagem manual (do tempo do analógico), Vel. 1/40 sec com uma abertura f5.6, distancia focal 200 mm, ISO 200 sem flash e sem tripé, edição Lightroom 4.

Abertura: f/5.6

-

#1: Zebras

de João Roque

Velocidade: 1/40 seg. - Distância focal: 200 mm - ISO: 200 - Sem tripé - Sem flash


#2:

Zesto [casca do lim達o] de Maria Martins #3:

Zinco de L.Reis


#197

Alfabeto: Z

Zebra, zorra, zuaque... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «Z».

#4:

Zigue-Zague de Marina Linhares


#5 :

Zungueiro (vendedor ambulante) de anabatista

#Escolha dos Editores:

zebra de Fatima Condeรงo


#197

Alfabeto: Z

Zebra, zorra, zuaque... Fotografias de algo concreto e palpável, cujo seu nome começa pela letra «Z».

#Escolha dos Editores:

ZIPER AMARELO de José Jaime


Lá ao fundo de Mário Teixeira Gomes Abertura: f/29 - Velocidade: 5 seg. - Distância focal: 36 mm #1:

- ISO: 200 - Sem tripé - Sem flash


#198

Abstracto a preto

Mostre-nos a sua visão abstracta das coisas, a preto e branco.

As iniciativas do Flinpo, com os desafios semanais, propostas para a capa da revista e escolha dos temas semanais têm tido em mim um incentivo adicional na procura de novas imagens, materiais efeitos e formas. Por isso um grande agradecimento ao Flinpo, à sua equipa, pelas oportunidades. Os participantes no Flinpo, quem publica e vota nas fotografias, no fundo quem escolhe e faz com que o Flinpo aconteça e tenha êxito estão sempre de parabéns pelos trabalhos fantásticos e de grande qualidade que nos oferecem semanalmente. A todos um muito obrigado por terem escolhido a minha fotografia como vencedora deste desafio – “Abstracto a preto e branco”. Titulei esta fotografia “Lá ao fundo” pois, sem dúvida, é isso que a imagem nos mostra. Nem pensei na habitual luz ao fundo do túnel ou na possível esperança de qualquer mudança, seja ela qual for. O material é um rolo de espuma que todos os dias espera por mim para ser usado como tapete para fazer uns exercícios. Cada dia olho para ele e desvio o olhar. Por vezes ele consegue convencerme e juntámo-nos para um pouco de exercício matinal. Mas as minhas preferências vão para a caminhada. Tantas vezes o vejo e nunca me tinha despertado o interesse de espreitar por ele enquanto enrolado. Até ao dia 28 de Abril de 2013, um Domingo à tarde em que olhei e gostei do que vi. Mais enrolado, menos enrolado, em cone, direitinho e procurando sempre a melhor posição fui fotografando e experimentando. Até que o pousei, enrolado, usei molas da roupa e elásticos para o manter na posição que queria, pousei a máquina em cima da mesa, regulei as alturas com livros, panos e a tampa da objectiva até ter uma posição estável. Com o disparador, à distância, tirei a fotografia. O “enigma” dos 5 segundos do obturador sem tripé ficam assim explicados, esta prática utilizo muito, nas situações adequadas, pois facilitam ângulos e efeitos. Imagem obtida, guardada, quase esquecida. Quando chegou o desafio da semana comecei a pensar onde encontrar uma fotografia que se adaptasse ao tema, escolhi esta, alterei-a um pouco e participei.


#2:

Paralelas que se unem. de JĂŠfferson Cezimbra

#3:

tenda de ruimnm


#198

Abstracto a preto

Mostre-nos a sua vis茫o abstracta das coisas, a preto e branco.

#4:

Algo ca贸tica e nada certa de Remus


#5 :

Simbiose de Jean Siqueira

#Escolha dos Editores:

ABSTRACCIONISMO de João Menéres


#198

Abstracto a preto

Mostre-nos a sua visテ」o abstracta das coisas, a preto e branco.

#Escolha dos Editores:

PADRテグ AFIADO de CroppingView


#1:

Rabiscos, à máquina! de Ricardo Catarro

Sem informação


#199

Fora de moda

Fotografias que retratem algo fora de moda.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 60% dos votos.


#2:

K7 de Remus #3:

Cartas de amor de Cristina Ferreira


#199

Fora de moda

Fotografias que retratem algo fora de moda.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 60% dos votos.

#4:

sem câmara, gps ou wifi de ruimnm


#5 :

Num regresso ao passado de Fรกtima Baptista #Escolha dos Editores:

Doutros tempos de Ligia Bento


#199

Fora de moda

Fotografias que retratem algo fora de moda.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 60% dos votos.


#1:

Peão fora de jogo de L.Reis

Sem informação


#200

Quadrados

Fotografias que destaquem dois ou mais quadrados.


#2:

#3:

quadriláteros de Ruimnm

2 square dots de José M G Pereira


#200

Quadrados

Fotografias que destaquem dois ou mais quadrados.

#4:

Janelas Indiscretas de Jo達o Coutinho


#5 :

observado de Marco C. #Escolha dos Editores:

Espectador de Diego Santovito


#200

Quadrados

Fotografias que destaquem dois ou mais quadrados.

#Escolha dos Editores:

2 quadrados de Alfredo Nogueira



#201

Esquina urbana

Fotografias que retratem uma qualquer esquina num local urbano.

Começo por agradecer a todos quantos votaram na minha foto e felicitar todos os participantes neste desafio. Esta minha foto insere-se num género que muito aprecio e que continuo a desenvolver: "Fotografia de Rua" (Street Photography). Foi feita em Lisboa – Alfama – Santo Estêvão, um dos locais que mais gosto de frequentar para este efeito.

Abertura: f/5.6

-

#1: À

esquina de Carlos da Costa Branco

Velocidade: 1/100 seg. - Distância focal: 84 mm - ISO: 100 - Sem tripé - Sem flash


#2:

Gume de Remus

Parado na esquina de Cristina Ferreira

#3:


#201

Esquina urbana

Fotografias que retratem uma qualquer esquina num local urbano.

#4:

A esquina do poema de (IN)Cultura


#5 :

esquina ao metro. de ruimnm

#Escolha dos Editores:

Arte na Esquina de Flavia Ferme


#201

Esquina urbana

Fotografias que retratem uma qualquer esquina num local urbano.

#Escolha dos Editores:

31.Janeiro | SĂĄ da Bandeira de Paulo CĂŠsar Silva



#202

Uma pessoa

Fotografias em que esteja presente apenas uma pessoa.

A Bica é um dos Bairros lisboetas que mais gosto de fotografar. Ao subir a calçada onde circulam os eléctricos, reparo num homem vestido com o seu fato e andar apressado. Quando salta para a rampa e tenta caminhar entre os carris, rapidamente observo a possibilidade de captar um excelente momento proporcionado pela geometria e força dada pelas linhas. Na tentativa de focagem, a máquina em modo automático focava os carris no 1º plano, mas ainda consegui mudar para modo manual e focar devidamente na silhueta apressada que quase corria pela rampa acima. Não existiu tempo para pensar e apenas segundos para interpretar e enquadrar algo que se desvanecia em tão pouco tempo. Por estar debruçado no chão ao fazer a imagem, quase cai devido ao declive acentuado da rampa e peso da mochila, bem como nem sequer pensei no perigo de algum eléctrico estar a passar naquele momento. Depois de fotografar, deixei de ver o homem e apesar de todo o esforço e concentração, aquele momento ainda está na minha memória que fica registado em fotografia. Agradeço a todos aqueles que apreciaram e votaram na minha imagem. Parabéns aos restantes vencedores e escolhas dos editores. #1: Até

Abertura: f/8

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ao Topo de João Coutinho Velocidade: 1/500 seg. - ISO: 280


#2:

#3:

um olhar de Marco C.

Ao sabor do vento de Remus


#202

Uma pessoa

Fotografias em que esteja presente apenas uma pessoa.

#4:

EspiĂŁo de Paulo CĂŠsar Silva


#5 :

Marcas de Vida de Ricardo Catarro

#Escolha dos Editores:

A Banhista de Junior AmoJr


#202

Uma pessoa

Fotografias em que esteja presente apenas uma pessoa.

#Escolha dos Editores:

Capelli Rossi de Frank Frey

O autor não autoriza a publicação da fotografia na revista


ensaio

Ser tão brasileiro

E.Jacob

www.facebook.com/jacobphotos www.wix.com/jacobphotos “Sertão: é dentro da gente”

Guimarães Rosa, Grande Sertão, Veredas

As imagens que E.Jacob recolhe nas suas andanças pelo interior do Brasil é a imagem dos homens de costumes simples, da vida que segue seu rumo, mesmo que ninguém olhe por ela. Mas o fotógrafo que se vê neste mundo e quer mostrar ao mundo aquilo que vê, nos oferece esse retrato de luz dura e de contrastes fortes, que, no entanto, revelam a suavidade e o colorido que é o brasileiro; este sertão que está nas carregadoras de feixe de lenha, nas crianças com seus sorrisos francos – e porque não, felizes – no homem de rosto marcado pelo tempo, pela vida, pelas histórias, nos trabalhadores artesãos e nestes múltiplos rostos, todos desconhecidos, porém estranhamente familiares. O sertão que é dentro da gente, que E.Jacob olha, vê, e nos revela, é o retrato de um certo brasileiro que, parafraseando Guimarães Rosa, é a gente mesmo, demais...


E.Jacob Ser t達o brasileiro





E.Jacob Ser t達o brasileiro



Everaldo Jacob Silva nasceu no ano de 1965, em São Paulo, no Brasil. Em 1991 realizou o curso de fotografia e laboratório preto e branco no Museu Lasar Segall e Escola Panamericana de Arte. Iniciou a sua carreira profissional em 1995, como colaborador independente em vários meios de comunicação. Nesse mesmo ano, ganhou o prémio de fotografia quotidiano do trabalhador, do jornal do Diap de Brasília. Em 2000 muda-se para Salvador na Bahia, o que provocou uma mudança de grande impacto e de estímulo nos seus trabalhos de fotografia documental. No período compreendido entre 2000 e 2010, participou em várias exposições no Brasil e no exterior. E.Jacob Ser tão brasileiro



#203

Dinheiro

Fotografias que retratem dinheiro, na forma de notas de papel ou em moedas.

A fotografia "Desacerto de Contas" foi imaginada e executada, propositadamente, para o desafio proposto pelo Flinpo. Quando soube qual o tema da semana, encontrava-me de férias mas decidi concorrer na mesma, porque "vi" de imediato qual a imagem que queria fazer e que não implicava quaisquer recursos que não tivesse à mão. A fotografia foi feita usando uma lente macro, com as moedas que andei a pedinchar aos amigos, contra um fundo feito com a minha toalha de praia (tentei outros fundos-outras toalhas-mas a primeira resultou melhor) A construção da primeira torre não correu muito bem e houve moedas espalhadas por toda a varanda do hotel, mas a segunda lá se aguentou, na forma que eu queria, até conseguir ajustar as definições que me pareceram as melhores. (Tudo isto, comigo a gritar ao ajudante que segurava a toalha que não podia de modo nenhum tocar na mesa e que o melhor mesmo era se conseguisse nem sequer respirar). Enviá-la para o desafio não foi fácil, porque a internet só funcionava por intervenção divina, mas por fim lá consegui. Afinal, tudo valeu a pena, por terem gostado! Obrigada!

Abertura: f/4

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#1: Desacerto

de contas de L.Reis

Velocidade: 1/250 seg. - Distância focal: 100 mm - ISO: 400 - Com tripé - Sem flash


#2:

O mealheiro de Ligia Bento

#3:

O CICLO DO DINHEIRO de João Menéres


#203

Dinheiro

Fotografias que retratem dinheiro, na forma de notas de papel ou em moedas.

#4:

liberté|égalité|fraternité de ruimnm


#5 :

Toma lรก da cรก de Diego Santovito #Escolha dos Editores:

Uniรฃo monetรกria de Carlos Furtado


#203

Dinheiro

Fotografias que retratem dinheiro, na forma de notas de papel ou em moedas.

#Escolha dos Editores:

[Call Girl] de Tiago Alves



#204

Formato Vertical

Uma qualquer fotografia na posição vertical.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 66% dos votos.

Esta fotografia foi tirada aquando uma saída, que fiz com um amigo, para fotografar, na cidade de Ponta Delgada. Já tinha, anteriormente fotografado nesta ponte e, de vez em quando, gosto de lá passar para tentar algo novo. Enquanto ele fotografava, no meio da ponte, eu fotografava-o no inicio. Entretanto ele virou-se para me fotografar e surgiu este "click", que de entre as várias fotos que lhe tirei, esta foi a favorita. Um obrigado a todos os que ajudaram a eleger esta foto para o 1º lugar do desafio.

Abertura: f/4

-

#1: frente-a-frente

de Marco C.

Velocidade: 1/2500 seg. - Distância focal: 32 mm - ISO: 100


#2:

Linha do elétrico de Dulce Ferreira

#3:

De cara no coração de Junior AmoJr


#204

Formato Vertical

Uma qualquer fotografia na posição vertical.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 66% dos votos.

#4:

Em Busca do Futuro de Ricardo Catarro


#5 :

Equus eye de Jo達o Roque

#Escolha dos Editores:

Os quatro na rua do Carmo de Ligia Bento


#204

Formato Vertical

Uma qualquer fotografia na posição vertical.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 66% dos votos.

Via Lactea Quase Vertical de Eduardo Ventura

#Escolha dos Editores:



#205

Na água

Fotografias que destaquem algo que esteja pousado na água. .

Esta foto foi tirada na mata do Buçaco num passeio fotográfico que realizei com um grupo de amigos. Ao passar por um pequeno lago apercebi-me desta pena a flutuar, e apercebi-me do reflexo das nuvens. Optei por usar uma lente macro 100m para tentar obter o maior número de detalhe possível quer da pena, quer do céu. Tendo em conta a necessidade de uma abertura maior, foi necessário aumentar o ISO para os 3200, mas com algumas correcções em pós-processamento foi facilmente corrigido.

Abertura: f/14

-

#1: Flutuando

de Nuno Rocha

Velocidade: 1/200 seg. - Distância focal: 100 mm - ISO: 3200


#2:

As palavras também têm maré de L.Reis #3:

O Radical dos Mares de João Coutinho


#205

Na รกgua

Fotografias que destaquem algo que esteja pousado na รกgua. .

#4:

Dorminhoca de Remus


#5 :

Swan de Catarina Rodrigues #Escolha dos Editores:

Autunm de Joana Camilo


#205

Na água

Fotografias que destaquem algo que esteja pousado na água. .

#Escolha dos Editores:

PISCINA ALBUFEIRA SANTA LUZIA de Virgílio Amorim


CORREIO de João Menéres Abertura: f/8 - Velocidade: 1/125 seg. - Distância focal: 50 mm #1:

- Sem tripé - Sem flash


#206

Canto superior esquerdo

Fotografias em que o assunto principal esteja no canto superior esquerdo da imagem.

Para o tema, hesitei entre duas ou três que tinha pré-seleccionado. Acabei por optar por esta, embora já tenha muitos anos. Na verdade, foi feita em Setembro de 1980, ou seja, há 34 anos! Numa altura em que as vindimas no Douro me interessavam particularmente, saía do Porto manhã cedo e depois de Amarante, por alturas de Padronelo, virava em direcção à Régua. Pois, em determinado dia, esta parede saltou-me aos olhos! Estacionei o carro o melhor que pude, e com a Canon A1 onde montei a 50 mm (já levava a película Ectachrome 200 Asa) e procurei o enquadramento que me pareceu mais interessante. E em boa hora fiz a imagem que mereceu o voto de muitos participantes a quem expresso o meu sincero agradecimento.


#2:

#3:

conversa de primas de ruimnm

Minimalista de Marco C.


#206

Canto superior esquerdo

Fotografias em que o assunto principal esteja no canto superior esquerdo da imagem.

#4:

PĂŠrola da Ilha de Kaipiroska


#5 :

Havia um Furo de Fabricio Ramos

#Escolha dos Editores:

Roto e esfarrapado de Remus


#206

Canto superior esquerdo

Fotografias em que o assunto principal esteja no canto superior esquerdo da imagem.

#Escolha dos Editores:

O Ciclista de Paulo CĂŠsar Silva


azul+laranja de L.Reis Abertura: f/2.8 - Velocidade: 1/160 seg. - Distância focal: 100 mm #1:

- ISO: 400 - Com tripĂŠ


#207 Azul + 1

Fotografias em que estejam presentes apenas duas cores: o azul (obrigatoriamente) e uma outra cor à escolha, exceptuando o branco e o preto.

A fotografia que enviei para o desafio foi pensada, propositadamente, para o tema proposto. Apesar de ter umas 3 ou 4 fotografias publicadas que se adequavam ao tema, não me conseguia decidir por nenhuma e resolvi fazer algo novo, com o que tinha à mão, uma vez que estava em cima do prazo limite para poder participar. Como alguns já sabem, o papel é um dos temas recorrentes nas minhas fotografias. Neste caso, ele apresentou-se como a solução ideal, dado que permitia, facilmente, jogar com as duas cores e permitia, igualmente, criar uma imagem que apostasse na simplicidade. Como não queria sombras, andei a "lutar" com a luz, até conseguir escurecer apenas algumas partes da espiral, acentuandolhe a forma. Fico muito contente por terem gostado do resultado!


#2:

Azul + Castanho de Maria Martins #3:

AZUL + AMARELO de anabatista


#207 Azul + 1

Fotografias em que estejam presentes apenas duas cores: o azul (obrigatoriamente) e uma outra cor Ă escolha, exceptuando o branco e o preto.

#4:

azul+amarelo de ruimnm


#5 :

Azul +cobre: Outono de (IN)Cultura

Azul + Rosa de Cristina Ferreira

#Escolha dos Editores:


#207 Azul + 1

Fotografias em que estejam presentes apenas duas cores: o azul (obrigatoriamente) e uma outra cor Ă escolha, exceptuando o branco e o preto.

#Escolha dos Editores:

azul+vermelho de fatima condeço



#208

Melancolia

Fotografias que retratem a melancolia.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 63% dos votos.

Esta fotografia foi tirada num dos bairros de Lisboa, Alfama, aquele que me enche os olhos e alma sempre que visito. Já estava mesmo a terminar o passeio quando parei e vi o senhor sentado nas escadas com um ar melancólico. Não pensei duas vezes, preparei a máquina de bolso e o resultado foi esse.

Abertura: f/5.2

-

#1: Melancolia

em Alfama de Joana Camilo

Velocidade: 1/100 seg. - Distância focal: 114 mm - ISO: 320 - Sem tripé - Sem flash


#2:

#3:

ENTテグ de Josテゥ Jaime

O peso da idade de Carlos Furtado


#208

Melancolia

Fotografias que retratem a melancolia.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 63% dos votos.

#4:

Melancolia de Adelina Silva


#5 :

Melancolia de Breno Fortuna

#Escolha dos Editores:

Quem sou de Ana LĂşcia


#208

Melancolia

Fotografias que retratem a melancolia.

Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 63% dos votos.

Não te ouço mais de Junior AmoJr #Escolha dos Editores:



#209

Cores do Outono

Fotografias que tenham em destaque as cores invocativas do Outono

A fotografia em causa foi feita nos jardins do palácio de Queluz numa bonita tarde de outono, quando fotografava para um trabalho sobre a escola portuguesa de arte equestre. A primeira coisa que me chamou a atenção no enquadramento foi a profundidade de campo da sebe a terminar com o portão lá ao fundo. Ás cores, dei mais atenção já na edição da fotografia.

Abertura: f/2.8

-

#1: Cores

outonais de João Roque

Velocidade: 1/120 seg. - Distância focal: 56 mm - ISO: 200 - Sem tripé


#2:

Os tons de Outono de Cristina Ferreira

#3:

Outono Ă porta de Nuno Rocha


#209

Cores do Outono

Fotografias que tenham em destaque as cores invocativas do Outono

#4:

Outonalmente de L.Reis


#5 :

HOT LEAVES de Bruno Seabra

#Escolha dos Editores:

OUTONO de João Menéres


#209

Cores do Outono

Fotografias que tenham em destaque as cores invocativas do Outono

#Escolha dos Editores:

Outono na cidade de Roner Lucas Becker da Luz


Red bull Air Race de Nuno Rocha Abertura: f/16 - Velocidade: 1/80 seg. - Dist창ncia focal: 300 mm #1:

- ISO: 100


#210

Avião

Fotografias que retratem um qualquer tipo de avião.

Esta foto foi captada durante a prova de Red Bull Air Race que se realizou em 2009 no Porto. Devido ao facto de o Rio Douro não ser muito largo, permitiu ficar muito próximo da ação e ficar quase ao mesmo nível em que passavam os aviões. Fiz muitas fotos nesses dias, mas nesta tentei aplicar a técnica panning para dar mais realce ao avião e dar uma sensação de velocidade.


#2:

Voo Rasante de Fabricio Ramos #3:

FESTIVAL AÉREO de BEAN FELY


#210

Avião

Fotografias que retratem um qualquer tipo de avião.

#4:

ESTE AVIÃO... de João Menéres


#5 :

Out of the Comfort Zone de Ana Flora #Escolha dos Editores:

Asas...Clones Portuguesese de Jos茅 Martins Vit贸ria


#210

Avi達o

Fotografias que retratem um qualquer tipo de avi達o.

#Escolha dos Editores:

11-9 de CroppingView


portefólio

Cristina Ferreira www.facebook.com/cristinaferreirafotografia Cristina Ferreira, brasileira, de São Paulo, sendo que atualmente vive em Portugal. A paixão pela fotografia começou bem cedo, com 12 anos lá andava eu a fotografar os bichinhos de casa, gato, cachorro, passarinho, as flores, a familia, tudo era novidade. Prova disso são os vários albúns de fotografias no papel, coisa meio rara hoje em dia com a fotografia digital. Com alguns cursos e muita pesquisa em livros e na internet e claro praticando muito, a gente vai aprendendo as técnicas e procurando melhorar sempre. Nas diversas áreas da fotografia, gosto de praticamente quase tudo, tenho uma preferência por fotografia macro, arquitetura, fotografia de rua, retratos, flores e natureza no geral. Ultimamente tenho me dedicado mais à fotografia Lifestyle, que valoriza a espontaneidade das pessoas, principalmente de crianças, os sorrisos, sempre usando a luz natural, ou seja em contato com a natureza.









Flinpo Fotografia em LĂ­ngua Portuguesa

Flinpo Magazine Ano VI NÂş13 Fevereiro 2015


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