Flinpo Magazine 019

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Fmagazine


Flinpo Magazine Ano VII Nยบ 19 Abril 2017 www.flinpo.net


editorial Antes demais, muito obrigado a todos os que participam no Flinpo. Esta revista é a nossa forma de agradecimento por participarem. Com ela, pretendemos dar divulgação das imagens vencedoras dos nossos desafios semanais e mensais. Nesta edição estão presentes os vencedores e escolhas dos editores dos desafios semanais #286 ao #300 e dos desafios mensais #13 ao #16. A fotografia da capa desta edição da revista, foi realizada por Marco Guedes. Se calhar por este nome ninguém o reconhece, mas se dissemos que é o Camerando, então o caso já mudará de figura. É um participante muito activo, com uma taxa de participação de 100%, e que nos dá uma entrevista falando de si e da sua forma de ver a arte fotográfica. Nesta edição temos o privilégio de ter um artigo criado pelo José Adilson Rocha da Rosa. Um artigo sobre fotografia abstracta obtida a partir da técnica de imersão de líquidos em água. Poderá ser uma descrição longa e algo pomposa, mas depois de ler o artigo, tudo se tornará fácil e compreensível para experimentarem. Mais uma vez, a equipa do Flinpo agradece a toda a comunidade que está presente com a sua participação, votação e comentários, pois sem isso o Flinpo não existe. Só há Flinpo porque há pessoas no Flinpo.


Entrevista a Marco Guedes

Vencedores e Escolhas dos Editores #286 a #300

Vencedores mensais #13 a #16

Fotografia abstrata obtida a partir da tĂŠcn JosĂŠ Adilson Rocha da Rosa


nica de imersão de líquidos em água


Marco Guedes (Camerando)

www.camerando.com


O Marco Guedes diz que é o marido da Cameranda e o pai do Camerandinho. Só por causa desta auto-apresentação, ficamos a saber que é uma pessoa com bom humor. Foi criado na cidade de Laguna, Estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, mas actualmente trabalha e reside na capital do Estado de Santa Catarina, em Florianópolis. Profissionalmente trabalha na área química e o principal amor da sua vida é... a sua família. Nesta entrevista vamos conhecer um pouco mais do enigmático Camerando.


Como a fotografia surgiu na sua vida? Sempre apreciei e respeitei a fotografia como expressão artística, mesmo sem entender bulhufas sobre quaisquer parâmetros fotográficos. Certamente decidi mudar este panorama de desconhecimento, e aprender a fotografar, logo após o término de um cansativo ensaio fotográfico em estúdio, onde fomos fotografados, eu, minha esposa e o nosso filho ainda bebê. Após mais de 130 “clicks”, encontramos com bastante esforço apenas 3 fotografias razoáveis. As demais eram de nível ruim para péssimo. Saímos de lá com alguns pensamentos no sentido de que seria mais econômico e eficiente comprar uma câmara e aprender a fotografar. Desta forma poderíamos fotografar nossos momentos em família de forma razoável em qualquer lugar a qualquer hora, sem a necessidade de contratar um profissional particular ou recorrer a um estúdio. Sinto que na fotografia de estúdio reside uma frieza, especialmente quando o assunto é composto por seres vivos. Por melhor e mais bem produzida que a fotografia seja realizada e apresentada, é como contemplar um pássaro engaiolado. Está ali, pode ser belo, mas é uma condição artificial. Ademais, era um bom momento para aprender algo novo. Após adquirirmos uma câmara DSLR, descobri que a comprar foi a parte fácil, embora não tenha sido tão econômico quanto imaginávamos. Li o manual por completo e após assistir a alguns vídeos na grande rede consegui começar a operar o equipamento. Considero que senti um grau de dificuldade médio a fácil nesta parte, com algum medo de estragar o equipamento. Minha esposa, por sua vez, tratou logo de fazer um bom curso de formação de fotógrafos. A parte difícil foi, e ainda é, aprender a fotografar. Mas certamente apresentou-se para mim como fascinante, empolgante,

apaixonante... Como todo aprendizado, é um eterno ciclo de construção, desconstrução e reconstrução.

Qual é o seu objectivo em fazer fotografias? Creio que o principal objectivo do ser humano com a fotografia, desde o início, remete a guardar as lembranças em forma de imagem fidedignas. Para mim não é diferente. Poder reunir a família e relembrar tudo o que passamos juntos. Considerando este motivo à parte, meu objectivo é ser um Fotógrafo Amador, um amante da arte fotográfica. Não ter qualquer compromisso com o gosto de um cliente. Não ter medo de errar, quero me sentir livre, como dito por Luis Fernando Veríssimo:

“Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo”. Existe alguma área na fotografia que goste mais? Atualmente, tenho fascínio por fotografias nocturnas e de assuntos em ambientes escuros. Não que eu saiba cria-las com maestria, estou longe disto. Apenas tenho a percepção de que em nenhuma outra área o assunto ganha tanto destaque. Nossa atenção ao objecto em questão não pode ser desviada. Por outro lado, aprecio e respeito todas as áreas da fotografia. Cada uma tem seu desafio particular para uma boa execução. O que pode parecer simples para mim será complicado para outro fotógrafo e viceversa. Artisticamente, também cada uma área possui seu valor. Quando aprendi a tocar violão, entrei em contato com diversos estilos musicais e aprendi a reconhecer uma música bem composta, tendo ou não intimidade e gostando ou não do ritmo. Na área fotográfica acredito ser semelhante.


Quem são suas maiores influências no universo da fotografia? Minhas influências? Sou um tanto “cru” no mundo fotográfico para falar em influências, portanto falarei dos fotógrafos os quais tenho grande admiração por suas obras. Como apreciador de fotografias nocturnas, é impossível não começar citando as obras de Alfred Stieglitz, William Fraser e George Brassaï. Certamente os trabalhos de Cartier-Bresson, Ansel Adams, Sebastião Salgado, Diane Arbus, Dorothea Lange e inúmeros outros são fantásticos. Há um olhar fotográfico e momento decisivo que não podem ser comprados na loja de equipamentos fotográficos. Particularmente o trabalho de Diane Arbus me chama atenção por apresentar esplêndidas fotografias de pessoas marginalizadas e despidas de quaisquer padrões de beleza. Um grande aprendizado para qualquer fotógrafo. Em tempo, cometerei uma grande injustiça se não mencionar que aprendo bastante com os colegas do Flinpo.

Considera-se um purista? Ou seja, aceita que as fotografias sejam manipuladas ou arranjadas digitalmente? Ou será que para si, uma verdadeira fotografia é exclusivamente o que sai da máquina fotográfica? Se a National Geographic e Associated Press não aceitam que uma fotografia seja manipulada digitalmente (no sentido de modificar a cena), quem sou eu para contrariá-los? Recentemente o aclamado Steve McCurry se autodesignou um “contador de histórias visuais”, evidenciando que o resultado de uma manipulação não pode ser denominado fotografia, bem como a pessoa que assina embaixo não é um fotógrafo (ao menos no trabalho fotojornalístico em questão). 1 Me perdoem, mas não consigo resumir a resposta desta questão que quase sempre é polêmica. São algumas variáveis que precisam ser esclarecidas antes de qualquer conclusão. Vamos por partes. 1) http://time.com/4351725/steve-mccurry-not-photojournalist/

“Steve McCurry: I'm a Visual Storyteller Not a Photojournalist”. Entrevista a Marco Guedes


Primeiramente, a etimologia da palavra fotografia determina a “escrita com a luz”. Na prática, tal definição descreve o processo onde a luz reflete em um objecto (assunto) e sensibiliza fotoquimicamente, na câmara escura, o filme (conjunto de componentes químicos). A imagem revelada, resultado deste processo é a fotografia, ou seja, aquilo que foi escrito/desenhado com a luz. Atualmente, os filmes (ainda existem) foram substituídos pelos sensores CCD e CMOS que trabalhando em conjunto com o processador da câmara digital nos permite arquivar a imagem no formato digitalizado e revelar posteriormente. Até aqui nenhuma novidade, certo? Agora farei uma analogia: Trabalhei durante quase toda minha vida acadêmica com equipamentos que funcionam baseados em processos idênticos. A luz incide em uma amostra (assunto) e também é refletida em direção a um sensor, que trabalhando em conjunto com um hardware e software específicos, apresenta o resultado (atualmente digitalizado) em forma de “espectro”, que é basicamente um histograma da amostra. Neste histograma, cada perfil gráfico e intensidade das cores pode me informar a quantidade de uma espécie química na amostra. Espécies químicas diferentes, apresentarão intensidades e perfis gráficos diferentes. Mas não é tão simples quanto parece, caso contrário não seria necessário um especialista (fotógrafo) para operar o equipamento (câmara). Existem diversos parâmetros que precisam ser conhecidos, estudados e devidamente ajustados para que o resultado seja um “espelho da realidade”. Por exemplo: é possível estabelecer o branco, aumentar ou diminuir o ruído, a quantidade de luz – que regula a subexposição ou superexposição da amostra, etc. Se eu tentar reproduzir a mesma experiência em outro equipamento (eventualmente de outra marca) utilizando os mesmos ajustes de parâmetros, os

resultados podem assemelhar-se, mas certamente não serão idênticos e algumas vezes são bem discrepantes. Com muita experiência e baseado em gigantescas bases de dados acumulados em muitas décadas é possível fazer, em softwares específicos, ajustes finos no sentido de refinar os espectros/histogramas (tal como as fotografias) e obter o que se acredita que seria o mais próximo da realidade. Espero ser o suficiente para terem concluído a similaridade. Onde eu quero chegar com toda esta analogia? Pensemos que um cliente me solicita a realizar uma análise de um lote de bebidas. Percebo no resultado que toda a bebida está contaminada com um veneno (algo a atrapalhar no registo). O que eu faço? Modifico o espectro de forma a “sumir” com o veneno ou apresento-lhe a realidade? Ainda, o cliente pode solicitar para remover a parte do espectro que demonstra a presença de veneno e acrescentar algo benéfico à saúde pois isto irá impulsionar as vendas (algo como melhorar a aparência de alguém desprovido dos padrões de beleza). Tudo feito digitalmente e com meu nome assinado embaixo. Ora, Marco, todo este discurso para dizer que és um purista? Não é para isto, mas para dizer que: - A Fotografia é o espelho da realidade. Desde sua invenção/existência enquanto técnica, do realismo ao surrealismo, até os dias atuais, a imagem fotográfica só é obtida após a luz ser refletida no assunto e chegar ao filme/sensor da câmara. Excluo aqui as inúmeras possibilidades de, por exemplo, uma perspectiva manipular a opinião do expectador. A “realidade” que me refiro é restrita à imagem obtida pela técnica.


- Qualquer ferramenta digital no sentido da fotografia se aproximar ainda mais do real me parece bem-vindo e não descaracteriza o preposto. - O resultado de uma manipulação (no sentido de modificar) de cena é uma imagem, e não uma fotografia. Não deve ser determinado como indigno. Quando há consentimento e consciência das partes envolvidas neste procedimento, não vejo problema algum, desde que não venha a ferir direitos, reputação, moral etc. dos envolvidos ou de outrem. - Ainda que tenha descrito um exemplo dramático sobre a manipulação, não tenho nenhum interesse em criminalizar este tipo de trabalho. É uma arte digital que exige muito tempo de prática e estudo, além de fornecer como resultado imagens fantásticas, quando bem desenvolvida. Particularmente sou um zero à esquerda no assunto. Por não ter jeito com esta área, prefiro dedicar meu tempo a estudar, explorar e ajustar os equipamentos. - Cada conjunto de câmara e lente, se devidamente estudados, explorados e ajustados pelo fotógrafo, podem fornecer um resultado admirável em termos de semelhança à realidade pretendida. Por outro lado, quase sempre faz-se necessário um ajuste fino para o acerto das intensidades das cores, sombras, contraste, etc. Um exemplo prático de como busco resolver isto com minhas fotografias: em ação, sempre comparo a cena real que vejo com a imagem que o ecrã da câmara está a mostrar-me. Progressivamente altero os ajustes de forma a chegar ao mais próximo possível do que enxergo na cena a olho nu. Eis que ao visualizar a fotografia no ecrã do computador pessoal, está tudo “desregulado”. Teoricamente o melhor ecrã que possuo é

do computador pessoal. Está sempre bem calibrado. Assim, em um software de minha preferência, ajusto o contraste, sombra, cores, etc., com base no que visualizo no ecrã da câmara. Algo simples e que não altera a essência da fotografia, além de acrescentar o ecrã como mais uma variável importantíssima e de universo muito, mas muito heterogêneo. Ainda muitíssimo mais heterogênea é a qualidade das impressões. Em suma, não vejo como uma questão de purismo, mas de terminologia, bom senso e ética. Alguém leu tudo? :-)

Existem fotografias perfeitas? Ou será que como em tudo, a perfeição não existe. É uma utopia Sim e não. Artisticamente, acredito que sim para o expectador e raramente para o artista/autor. Cientificamente, tudo o que conhecemos somente existe porque algo saiu do lugar. Como longamente explanado anteriormente, compreendo as linhas de pensamento que determinam unicamente como fotografia aquela imagem que sai da máquina fotográfica. Porém, com a atual tecnologia é impossível que tal imagem seja uma cópia fidedigna da realidade. Tecnicamente, em escala visual ou molecular, dos piores aos melhores sensores, do equipamento mais barato ao mais dispendioso, há sempre macro/micro pormenores de imperfeição em uma fotografia, seja ela digitalizada ou impressa. Como expectador, vez por outra estou a contemplar “borrões” que cientificamente são considerados imperfeitos.

Entrevista a Marco Guedes





O que acha do panorama actual da fotografia, onde todos se acham fotógrafos, bastando ter uma telemóvel, um tablet ou algo similar? Acrescentemos as pessoas que compram DSLR´s com o pressuposto que da máquina fotográfica sairão fotografias profissionais. Ademais, utilizam-na no modo automático. Na minha atual opinião, de forma geral, vislumbro tais situações como carros totalmente automatizados, onde a única função do condutor é direcionar o veículo (apontar a câmara). Certamente é um setor do mercado com grande relevância financeira. Caso contrário as grandes marcas não investiriam na produção de câmaras “automáticas”. Também é válido como forma de um leigo registrar seus momentos, mesmo com desobediência a qualquer “regra” de composição. Ainda para um fotógrafo, estas regras não precisam ser levadas tão a sério... senão

estaremos condenados a viver “engessados”. O certo é que estes fotógrafos de vossa pergunta geram muitos momentos engraçados, quando por exemplo proclamam: “Ah, você gosta de fotografia... venha ver algumas fotografias legais que este meu telemóvel caríssimo consegue fazer... é melhor que a maioria das câmaras!!!”.

Anda sempre com a máquina atrás? E o que ela diria sobre o Camerando? Minha pequena está quase sempre no bolso. Seguramente diria – preciso descansar! A DSLR diria – estou com saudades dos velhos tempos, só nós dois sob a luz de uma certa vela... isto porque com uma mesma vela realizei em tempos distintos algumas fotografias que julgo interessantes. A última foi apresentada no desafio mensal “novo e velho” e foi uma das últimas vezes que fotografei “a sério” utilizando a DSLR.


Ao fotografar, qual foi a situação mais caricata que lhe aconteceu? Até o momento não me recordo de algo notoriamente caricato. Mas posso citar ao menos três ocasiões com uma dose de humor. A primeira foi logo no início quando eu queria reproduzir, para fins de aprendizagem, algo semelhante à fotografia milionária de uma batata do famoso Kevin Abosch. Munido de apenas com uma camiseta preta (para o fundo escuro) e obviamente a batata, fiquei por algum tempo a fotografar o vegetal. Eis que minha mãe vê a cena e diz: o que é isto? Estais louco? Logo em seguida meu pai: o Marco está maluco! A bater foto de uma batata! Chegaram ainda minha irmã e meu sobrinho e o que ouvi não foi nada diferente... esta experiência me colocou a pensar se estaria eu de facto a enlouquecer e se isto seria bom ou ruim. Numa segunda ocasião, também no início, estava eu a fotografar meu filho ajudando a avó (minha mãe) a dar um banho em um dos cachorros da casa. Bastante ocupado com a fotometragem e demais parâmetros, só notei que o banho do cachorro havia terminado quando ouvi meu filho dizer

“...neném também quer...”. Antes que eu pudesse fazer qualquer movimento ele já estava a banhar-se na mesma água do cão. O terceiro episódio foi recente, antecedendo a fotografia para o desafio mensal Anacrónico. Ambientou-se em um restaurante onde os donos colecionam algumas antiguidades. Solicitei autorização para fotografar a bicicleta, mas precisaria levá-la num lugar onde não aparecesse nada que evidenciasse os dias atuais. Expliquei que era fotógrafo amador e seria um trabalho sem um fim financeiro. Prontamente fui atendido e apenas solicitado a não subir na bicicleta do início do século XX, pois não é nada fácil manobrá-la e eu poderia me ferir. Antes que eu pudesse tocar na bicicleta, um garçom do estabelecimento tomou a iniciativa para conduzi-la até onde eu pretendesse, obviamente temeroso por alguma besteira de minha parte. Logo na retirada do suporte ele a puxou com pouco jeito, dando uma forte pancada em outra bicicleta antiquíssima que foi ao chão. Tratei de proferir alto e em bom som “não fui eu!!!”. Apesar do susto, não identificamos nenhum arranhão ou amassados em ambas as peças e continuei com o trabalho. Este mesmo garçom aceitou ser o modelo para a fotografia apresentada ao desafio.


Como fotógrafo quais são os seus pontos fortes? E já agora, também quais são os seus pontos fracos? Um tanto novato, citarei uma característica que pode me ajudar a fotografar melhor. Quando sinto um encantamento com determinado assunto, procuro estudar, explorar, praticar minunciosamente o tema. Enquanto existir esta paixão com o mundo fotográfico, creio que estarei a aprender algo. Certo de que como fotógrafo ainda não

tenho pontos fortes, meus pontos fracos são todos.

Que conselho daria aos editores do Flinpo ou ao próprio Flinpo? Quem sou eu para aconselhar a quem tem muito mais quilometragem rodada nesta estrada? Seria um atrevimento de minha parte. Construíram um sitio que diverte semanalmente os fotógrafos amadores que estiverem dispostos a participar. O sitio em si é de uma organização que, na minha forma de ver, favorece a participação do maior

número de pessoas possível, desde os menos íntimos aos mais íntimos com as atuais tecnologias, com uma linguagem visual e textual simples e directa. Por outro lado, considerando minha observação do trabalho da Equipa, sinto que estão sempre abertos às sugestões e tentam ponderar da melhor forma que lhes é possível as adversidades que os usuários lhes apresentam. Entrevista a Marco Guedes

Para além da fotografia, quais são os outros seus passatempos? No momento, nenhuma outra atividade em fluxo a destacar. Estou tentando recomeçar um ótimo e revigorante passatempo que é a prática constante de exercícios físicos. Das atividades “pausadas”, posso citar que tenho gosto por tocar violão e colecionar moedas.


Assim sendo, tentarei atrever-me com ao menos três sugestões que tenho dúvidas se devem ser levadas tão a sério, afinal o propósito do FLINPO até o momento é ser uma saudável diversão:

Votações secretas

Tal como as votações dos desafios mensais, considero a forma mais justa. Não sabemos quem é quem, é preciso visualizar todas as fotografias para liberar a votação. Por sinal, não entendo como podese avaliar sem ver todos os trabalhos primeiro. Imagine um professor avaliando o aluno pela miniatura de seu exame. Dedicar parte das nossas vidas com uma fotografia que sequer será visualizada? Não faz sentido. Por outro lado, entendo que o atual formato movimenta e alimenta os blogues, então deve haver um impasse neste assunto. Talvez ao menos a obrigatoriedade de ver a todos os trabalhos para poder liberar a votação seria interessante.

Fotografias vs fotomontagens

Formalmente, são duas áreas distintas e deveriam ser separadas nos desafios. Mas é algo que exige um outro tipo de organização, auditoria fotográfica, etc. Como trata-se de uma diversão, creio que confiarmos na palavra dos participantes quando a Equipa solicita veto às montagens ainda é o melhor caminho.

Validação das fotografias

Seguramente o assunto mais recorrente e polêmico desde que estou a participar do sitio. Penso ser um peso a ser dividido com toda a comunidade Flinpo. Junto à votação aquela

pergunta simples com duas opções: você acha que esta fotografia respeita o tema? Sim ou não? A invalidação poderia ocorrer a partir de 2/3 negativos. Ora, se o sujeito quer apresentar o registo de uma laranja num desafio sobre maçãs, o problema será dele. No entanto, o processo de validação das fotografias seria completamente desnecessário se todos os participantes desconsiderassem para fins de votação aquelas as quais pensam estar em desacordo com o tema. Ou seja, não concordo – não voto em tal fotografia. É uma atitude que automaticamente classificaria fotografias as quais a maioria crê estar de acordo com o tema. Como não há nada que vete esta prática, utilizo deste princípio em minhas avaliações. Vez por outra surgem inculpações sobre fotografias não respeitarem um tema e não serem vetadas. Penso ser deselegante e desnecessário. De forma geral o autor não é questionado directamente, mas com provocações abertas. Eu solicitaria maiores explicações do fotógrafo para ver se há outro ponto de vista alheio ao meu e tentaria aprender algo. Se ainda assim não concordo, simplesmente não voto naquele trabalho. Algo natural. No entanto, se a maioria julgou e aprovou, posso pessoalmente continuar a discordar da concordância com o tema, mas tenho o bom senso de não insinuar demérito ao trabalho alheio. Enviaria um e-mail de sugestões à Equipa para tentar aperfeiçoar estas questões.

Ah! Um conselho... continuem a desempenhar este primoroso trabalho!


Como é que a fotografia de capa foi realizada? Qual é a história dela? Foi durante uma festa infantil. Estava com minha câmara pequena na mão, sem muitas pretensões. Eis que ao fundo de um quarto bagunçado, sob a penumbra de uma janela vi uma cadeira de balanço que achei interessante. Quase simultaneamente uma menina sentou na cadeira segurando uma boneca de forma a me fazer sentir solidão. Como toda criança, um piscar de olhos e zupt... já não estava mais lá. Pacientemente, fui ao quarto, retirei os objectos que poderiam atrapalhar na composição e posicionei a cadeira com a boneca sentada quase que milimetricamente abaixo da penumbra. Como minha câmara pequena tem um

certo zoom, pude posicionar-me a aproximadamente 10 metros do local, em uma área externa. Enquanto aguardava o retorno da criança, tive tempo para acertar os parâmetros da câmara de maneira a obter o resultado que mentalizara, após alguns testes com a cadeira e a boneca. Foi necessário elevar o ISO, pois além do ambiente estar bastante escuro, sei que as crianças não gostam de aguardar. Após alguns longos minutos de espera, eis que a menina entrou no quarto e depois de um momento (pessoal) de tensão, pegou a boneca e sentou-se na cadeira quase sem afastá-la do lugar. Neste momento, já estava eu com o enquadramento pretendido e consegui efetuar dois disparos antes de um novo zupt... Escolhi para o desafio aquele resultado que, em minha opinião, transmitira do modo mais fiel aquilo que senti. Agradeço profundamente a todos que de alguma forma apreciaram esta fotografia e a absolutamente todos os que fazem do FLINPO – Equipa e Participantes – um belíssimo entretenimento fotográfico.

Entrevista a Marco Guedes



#286 De 2016-03-27 a 2016-04-03

Sol

Fotografias que retratem o sol. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 57.6% dos votos.

«Esta fotografia é a materialização do dito popular «estar no sítio certo na hora certa». Numa tarde ventosa de Agosto que não dava para estar na praia, resolvi ocupar o tempo a fotografar flamingos nas salinas do rio Mondego porque sabia da presença de uma grande comunidade destas aves no local. Mas flamingos nem um para amostra. Na falta de flamingos ainda tentei fotografar outras espécies de aves mas também essas não colaboravam e fugiam. Desalentado, sentei-me para descansar as pernas de já longa caminhada. Entretanto, reparei que em poucos minutos o céu começou a ficar com nuvens e que o vento diminuiu de velocidade. Foi então que o espectáculo começou. Aproveitando o espelho de água dos talhões das salinas tentei colocar-me numa posição onde fosse possível captar a silhueta da ponte e o reflexo das nuvens na água. De repente as nuvens dispersas no horizonte deixaram passar os últimos raios solares do dia, criando um efeito fantástico como de "irradiação" a partir do sol. O fenómeno foi de tal maneira breve que só consegui tirar mais três fotografias apesar de ter tirado várias dezenas nessa tarde. Esta foi a minha melhor fotografia dessas férias. Às vezes a vida prega-nos algumas partidas. Tira-nos com uma mão e oferece-nos oportunidades com a outra. Temos que estar atentos e saber agarrá-las com as duas mãos.

Salinas na Figueira da Foz de Telmo L. Santa Clara França Pedrosa Abertura: f/8 - Velocidade: 1/250 seg. Distância focal: 17mm - ISO: 100 Sem tripé - Sem flash



#286 De 2016-03-27 a 2016-04-03

Sol

Fotografias que retratem o sol. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 57.6% dos votos.

2.º : O Descanso do Guerreiro de João Coutinho 3.º : Nascer do Sol de Helena Prata 4.º : Sol na Lousã de Joaquim Manuel dos Santos Tavares



#286 De 2016-03-27 a 2016-04-03

Sol

Fotografias que retratem o sol. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 57.6% dos votos.

5.º : A Iluminar o Meu Caminho de hugo lourenço A - Escolha dos Editores: ghrian de Filipa Lisboa B - Escolha dos Editores: O cão que gostava de ver o po de Ligia Bento



#287 De 2016-04-03 a 2016-04-10

Ordenado Fotografias que retratem algo ordenado (posto em ordem, que está em ordem, organizado).

Esta fotografia faz parte de uma série que fiz com berlindes esquecidos no fundo de uma gaveta e ela nada tem de especial: apenas um vidro para os colocar por cima, um candeeiro de secretária, como única fonte de luz, por trás da "cena" com uma folha de cartolina a "filtrar" um pouco a luminosidade e um tripé. A única dificuldade foi manter os berlindes alinhados, pois ao mais pequeno "sopro" lá se mexiam mesa fora..."

berlinDE de ruimnm

Abertura: f/3.2 - Velocidade: 1/20 seg. Distância focal: 10mm - ISO: 100 Com tripé - Sem flash



#287 De 2016-04-03 a 2016-04-10

Ordenado Fotografias que retratem algo ordenado (posto em ordem, que está em ordem, organizado).

2.º : Mostruário de cores de Telmo Lino Santa Clara França Pedrosa 3.º : Na ponta do lápis de Jéfferson Cezimbra 4.º : Ordem crescente de Remus



#287 De 2016-04-03 a 2016-04-10

Ordenado Fotografias que retratem algo ordenado (posto em ordem, que está em ordem, organizado).

5.º : Aqui vai o As de Nuno Rocha A - Escolha dos Editores: Antigamente é que era... de Ricardo Catarro B - Escolha dos Editores: Tabuleiro enfileirado de Suzana da Luz



#288 De 2016-04-10 a 2016-04-17

Formato horizontal

Uma qualquer fotografia na posição horizontal.

Foi neste outono que conheci a magia da serra da Estrela durante esta época do ano. Um nevoeiro e chuva miudinha cobria a zona de Manteigas, o que nos obrigou a fotografar sempre com o chapéu-de-chuva aberto. Os tons castanhos envolvidos pela neblina tornaram o local único e a experiência foi maravilhosa e inesquecível. Estava com amigos fotógrafos amadores, como eu, e com um fotógrafo profissional e conhecido, João Nunes da Silva. Aquele outono na serra ficará para sempre.

Uma névoa de Outono de Ana Lúcia Abertura: f/8 - Velocidade: 7/10 seg. Distância focal: 55mm - ISO: 100 Com tripé - Sem flash



#288 De 2016-04-10 a 2016-04-17

Formato horizontal

Uma qualquer fotografia na posição horizontal.

2.º : x3 de ruimnm 3.º : Amanhecer na Pateira de Telmo L. Santa Clara França Pedrosa 4.º : Mogadouro de José Magalhães



#288 De 2016-04-10 a 2016-04-17

Formato horizontal

Uma qualquer fotografia na posição horizontal.

5.º : Onde o Céu e a Terra se tocam de Ricardo Catarro A - Escolha dos Editores: Iluminada de Nuno Rocha B - Escolha dos Editores: Hypnotic eyes de Ricardo F. de Jesus Pereira



#289 De 2016-04-17 a 2016-04-24

Raízes

Fotografias que evidenciem as raízes de uma qualquer planta ou árvore.

Esta foto foi tirada num fim de semana em Coimbra, para onde fui a trabalho e levei a família. No domingo, ao final da tarde, fomos passear na Quinta das Lágrimas, o tempo estava nublado, o que fazia uma luz ténue e difusa e durante a caminhada o meu filho mais novo chamou-me e apontando para as raízes de uma árvore disse: - Olha quantas serpentes. Então fiz a foto para registar a imaginação dele. Esta foto ficou esquecida, entre muitas, num cartão, até este desafio, que motivou-me a publica-la.

Serpentes de Breno Fortuna

Abertura: f/5.6 - Velocidade: 1/100 seg. Distância focal: 18mm - ISO: 800 Sem tripé - Sem flash



#289 De 2016-04-17 a 2016-04-24

Raízes

Fotografias que evidenciem as raízes de uma qualquer planta ou árvore.

2.º : Raízes fortes de Telmo Lino Santa Clara França Pedrosa 3.º : Raízes de João Roque 4.º : Despedidas de Luís Sérgio Gonçalves



#289 De 2016-04-17 a 2016-04-24

Raízes

Fotografias que evidenciem as raízes de uma qualquer planta ou árvore.

5.º : Senhora Raiz de João Tomé A - Escolha dos Editores: raizes de fatima condeço B - Escolha dos Editores: Depois da vida de Manu



#290 De 2016-04-24 a 2016-05-01

Letra A

Fotografias onde esteja em destaque o desenho da letra A. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 63.2% dos votos.

Quando o Flinpo lançou este tema pensei logo em algo do género desta fotografia mas só tive algum tempo para a concretizar nos últimos dias do desafio e mesmo assim à pressa: levei um velho dicionário para o meu estúdio (leia-se cozinha), coloquei-o em cima da mesa junto à janela (à esquerda da cena) e uma cartolina à direita, como reflector, para iluminar um pouco as sombras. Coloquei a máquina no tripé e tirei uma dúzia de imagens com diferentes posições da minha mão, mas sempre com o foco na lupa, criando o efeito pretendido. Esta foi a que achei que ficou melhor. Obrigado a todos os que acharam que a minha fotografia mereceria o vosso voto e um agradecimento a todos os que, semana a semana, continuam participando, independentemente dos votos que alcançam.

a de ruimnm

Abertura: f/8 - Velocidade: 1/13 seg. Distância focal: 51mm - ISO: 100 Com tripé - Sem flash



#290 De 2016-04-24 a 2016-05-01

Letra A

Fotografias onde esteja em destaque o desenho da letra A. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 63.2% dos votos.

2.º : ''A'' NO SOBRESCRITO de João Menéres 3.º : Letra A de MarReDes 4.º : A naïf de mariam [Maria Martins]



#290 De 2016-04-24 a 2016-05-01

Letra A

Fotografias onde esteja em destaque o desenho da letra A. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 63.2% dos votos.

5.º : Jogos de cartas de Cristina Ferreira A - Escolha dos Editores: Ás 2 3 de Remus B - Escolha dos Editores: AaAa de Mário Teixeira Gomes



#291 De 2016-05-01 a 2016-05-08

Rua

Fotografias que retratem uma rua, ou seja, uma via ladeada de casas.

De 19 a 22 de Janeiro fomos passar uns dias a Mondim de Basto para melhor conhecer o Parque Natural do Alvão, Mondim, Celorico e revisitar Amarante, terra onde o meu pai nasceu. Logo na primeira noite ficamos encantados com a parte antiga da vila, com os edifícios recuperados, a iluminação, os jardins e, claro, os restaurantes. Quando saiamos ao fim da tarde procurávamos sempre os trajectos pelas ruas interiores e, no regresso, com poucas alterações, fazíamos o mesmo. Na segunda noite, depois do jantar, um nevoeiro cerrado apoderou-se de todo o espaço envolvente dando às ruas um aspecto ainda mais antigo e misterioso do que elas já tinham. Em cada curva ou esquina parecia que iria haver uma surpresa mas além de um cão ou gato quase ninguém se aventurava ao frio e humidade daquela noite. Como somos ambos curiosos da fotografia, amadores puros, com equipamento simples, fomos divagando por todas as ruas até sermos vencidos pelo frio que se entranhava cada vez mais. A imagem que escolhi para participar no tema “rua” foi obtida a meio da Rua Velha e foi a cor do granito das paredes das casas que me convenceu a não transformar a imagem em preto e branco. Aliás, essa também foi a observação do Remus no comentário que fez nesta imagem. Agradeço o vosso convite para escrever esta pequena história, mais agradeço a todos os participantes nos desafios Flinpo, aos que votaram nesta fotografia e a todos os que, semanalmente, fazem com que estes desafios sejam sempre uma forma de procurarmos o nosso melhor, de procurarmos surpreender e, claro, cativar votos de todos os outros. Esta é a minha segunda fotografia escolhida para o primeiro lugar ao longo de mais de três anos de participação. Obrigado a todos e parabéns à equipa Flinpo pelas inovações que tem vindo a introduzir.

Rua Velha de Mário Teixeira Gomes Abertura: f/5.6 - Velocidade: 1/40 seg. Distância focal: 105mm - ISO: 6400 Sem tripé - Sem flash



#291 De 2016-05-01 a 2016-05-08

Rua

Fotografias que retratem uma rua, ou seja, uma via ladeada de casas.

2.º : Piódão de Breno Fortuna 3.º : Ruela a baixo de Rute Talefe 4.º : Bela Adormecida de Luís Sérgio Gonçalves



#291 De 2016-05-01 a 2016-05-08

Rua

Fotografias que retratem uma rua, ou seja, uma via ladeada de casas.

5.Âş : Malta de Kaipiroska A - Escolha dos Editores: Viseu de BEAN FELY B - Escolha dos Editores: Lado A, lado B de JĂŠfferson Cezimbra



#292 De 2016-05-08 a 2016-05-15

Vinho

Existe um provérbio que diz: «Vinho de pêras não o bebas, nem o dês a quem bem queiras.». Como tema deste desafio, proponho fotografias que retratem o vinho. Tema escolhido por Remus, vencedor do desafio mensal #011: Para rir. Esta foto foi tirada em 07 de Outubro de 2006, nas vindimas em Lagares, Felgueiras. Foi tirada depois da colheita das uvas, já com estas no lagar, e os garrafões em fila, à espera do vinho que se perfila. Já foi à 10 anos, e quando estive a rever as restantes fotos do portefólio, deu-me saudades, como deve acontecer a muita gente, quando revê fotos com alguns anos. Desde essa altura, mesmo não sendo à muito tempo, muita coisa mudou, e é curioso resumir, o que em 10 anos daí pode advir: • O meu filho tinha 3 anos, e agora tem 13. Imaginem a diferença. Continua a ser a minha preciosidade. • O meu sogro ainda era vivo. E ainda fazia a vindima. Morreu dois anos depois. Tenho saudades do seu sorriso, apenas. • A minha esposa trabalhava como professora perto de casa. Agora trabalha em Lisboa, na Amadora. E está mais longe da família. O país entrou em recessão. Fomos para pior. • Na altura levei um casal de amigos para vindimar. Excepto um deles que trabalha ainda comigo, nunca mais vi as outras duas pessoas. • A casa e os campos levaram um rumo também diferente. As vinhas nunca mais foram vindimadas, a casa e os campos irão ser vendidos. Um dia tudo serão memórias fotográficas. • O lindo tractor azul que ajudava na vindima, marca Ford, já foi vendido e nunca mais o verei também. • E por fim, o vinho já foi bebido, e os garrafões não sei do seu paradeiro. Como podem ver, em 10 anos, muita coisa muda na nossa vida. Umas coisas boas e outras más. Geralmente mais más que boas. Será esse o rumo da vida? Como dizia um médico brincalhão à minha esposa: "Deixe lá, não se preocupe. Piores dias virão". E será que ele a brincar tem razão? Mas se formos optimistas, bebemos uma pinga de vinho verde de Felgueiras, e aí então, melhores dias virão. Já agora, também é curioso pensar na história da marca da máquina que tirou esta foto. Era uma Minolta, depois a marca passou a Konica Minolta, e depois foi extinta e vendida à Sony.

4 GARRAFÕES E 1 LAGAR de Virgílio Nuno Agra Amorim

Abertura: f/2.8 - Velocidade: 1/13 seg. ISO: 200



#292 De 2016-05-08 a 2016-05-15

Vinho

Existe um provérbio que diz: «Vinho de pêras não o bebas, nem o dês a quem bem queiras.». Como tema deste desafio, proponho fotografias que retratem o vinho. Tema escolhido por Remus, vencedor do desafio mensal #011: Para rir. 2.º : PARA BRINDAR AOS AMIGOS de João Menéres 3.º : Vinho do Porto de Questiuncas 4.º : o vinho no meu caminho de fatima condeço



#292 De 2016-05-08 a 2016-05-15

Vinho

Existe um provérbio que diz: «Vinho de pêras não o bebas, nem o dês a quem bem queiras.». Como tema deste desafio, proponho fotografias que retratem o vinho. Tema escolhido por Remus, vencedor do desafio mensal #011: Para rir. 5.º : ... do Porto de João Roque A - Escolha dos Editores: no more wine de Kaipiroska B - Escolha dos Editores: To Us de Ana Flora



M13 Maio de 2016

Superstição O número 13 está muitas vezes associado a superstições. Como este é o desafio mensal número 13, propomos que retratem uma qualquer superstição.

Para afastar o mau olhado de Telmo L. Santa Clara França Pedrosa Sem Informação



M14 Junho de 2016

Lilás

Fotografias em que, de uma forma evidente, mais de 50% da sua área seja composta pela cor lilás.

Esta foto foi pensada exclusivamente para este desafio, mas dentro de um conceito que tenho e que pessoalmente chamo de fotos "decorativas", que é uma categoria de imagens, que ao contrário das outras categorias, não tem necessariamente uma função comunicacional, mas apenas uma função de decoração, como por exemplo as fotos abstratas na sua grande maioria. Eu particularmente, não sou fã do lilás, mas confesso que gostei desta imagem e como outras que tenho das minhas séries "No meu jardim..." e "Abstracionices", vou ter de escolher uma parede da minha casa para ela.

No meu jardim... de Breno Fortuna Abertura: f/6.3 - Velocidade: 1/640 seg. Distância focal: 200mm - ISO: 400 Sem tripé - Sem flash



M15 Julho de 2016

Tríptico Construa um tríptico com três fotografias que se completem e comuniquem explicitamente entre si.

Esta foto foi tirada em 2009. Eu tinha duas gatas: Guigui e Meméia. Sempre que eu montava um cenário para fazer alguma foto a Meméia vinha acompanhar tudo e as vezes passava por cima de tudo. Neste dia, eu ia fotografar só as meias, então a gata veio e sentou bem no meio do fundo branco e em frente a câmara que está no chão, achei que ficaria bem legal as meias e a gata e ai fiz várias fotos com o controle remoto. Ela ficou lá um bom tempo, mesmo eu cutucando ela com o pé ela não saia. Hoje eu tenho outras gatas: Teka e Nina, mas estas ainda não aprenderam a interagir com as fotos. Agradeço a todos por escolherem minha foto, fiquei muito feliz. Parabéns a equipe Flinpo pelo belo trabalho que faz.

As meias e a gata de Suzana da Luz Abertura: f/2.8 - Velocidade: 1/100 seg. Distância focal: 17mm ISO: 250



M16 Agosto de 2016

Jogos Olímpicos

Durante este mês decorrem os Jogos Olímpicos de 2016. Como desafio fotográfico propomos que retratem de alguma maneira o espírito, o ambiente ou a energia dos Jogos Olímpicos.

Esta foto foi tirada num dos passeios que faço pelas margens do rio Lima, numa zona em que existe um embarcadouro para barcos da pesca da lampreia. Achei bastante curioso e saltou-me logo à vista o facto de três varas de amarração de um passadiço estarem ocupadas por estas belas aves, numa posição que, curiosamente devido às diferentes alturas das varas e à sua disposição, mais parece um pódio, estando as atletas em posição para receber as respectivas medalhas, daí a associação que fiz da foto ao espírito olímpico.

No pódio de Luís Sérgio Gonçalves Abertura: f/6.3 - Velocidade: 1/500 seg. Distância focal: 135mm - ISO: 100 Sem tripé - Sem flash



#293 De 2016-05-15 a 2016-05-22

Guarda-chuva Fotografias que retratem um, e só um, guarda-chuva.

Como surgiu o cenário para a fotografia? Bem... Tinha sido um início de tarde chuvoso e o guardachuva foi necessário durante uma pequena saída de casa. No retorno o guarda-chuva ficou aberto, para secar, debaixo do alpendre. Nisto, de um momento para outro, ocorre uma debandada de vento que faz um grande barulho e vira tudo do avesso. Entre outras coisas que ficam fora do sítio, o guarda-chuva fica virado ao contrário. Como surgiu a fotografia? Era uma tarde de sábado em que por acaso andava a "brincar aos fotógrafos". Ao ouvir o tal barulho fui ver o se tinha passado. Encontrei muita coisa fora do sítio, que tive de arrumar, mas reparei no guarda-chuva e achei piada. Aproveitei que tinha a máquina a postos e tirei-lhe algumas fotografias. Das fotografias que tirei, acho que o melhor ângulo/enquadramento foi este. Tenho outras fotografias, com outros ângulos e enquadramentos, mas não possuem tanta piada como esta. Acho que o efeito gráfico conseguido pelas varetas e pelo cabo ficou muito bem. Obrigado a todos os que votaram nesta fotografia. E porque não, também obrigado a todos os que participaram.

O meu fiel amigo de Remus

Abertura: f/9 - Velocidade: 1/60 seg. Distância focal: 32mm Sem tripé - Sem flash



#293 De 2016-05-15 a 2016-05-22

Guarda-chuva Fotografias que retratem um, e só um, guarda-chuva.

2.º : Só contra o mar de Nuno Rocha 3.º : para que serve um guarda chuva de mariam [Maria Martins] 4.º : Azul de João Coutinho



#293 De 2016-05-15 a 2016-05-22

Guarda-chuva Fotografias que retratem um, e sรณ um, guarda-chuva.

5.ยบ : O guarda da chuva de Frederic A - Escolha dos Editores: Chove lรก fora de Rogerio Araujo B - Escolha dos Editores: Multicor de Welerson G. Athaydes Fernandes



#294 De 2016-05-22 a 2016-05-29

Superfície lisa Fotografias que mostrem somente uma superfície completamente lisa.

Esta fotografia foi realizada numa zona envolvente à Casa da Música no Porto, num edifício que possibilita fotografias interessantes, devido às suas linhas e reflexos que podem ser obtidos. Esta imagem representa muito bem a minha forma de fotografar, porque gosto muito de fazer diferentes abordagens aos motivos registados, explorando ao máximo perspectivas distintas, tentando criar sempre uma harmonia entre todos os elementos essenciais, composição, enquadramento e etc.. Nesta imagem não utilizei tripé, nem flash. Obrigado!

Lines & symmetry de Ricardo Filipe de Jesus Pereira Abertura: f/7.1 - Velocidade: 1/160 seg. Distância focal: 42mm - ISO: 100 Sem tripé - Sem flash



#294 De 2016-05-22 a 2016-05-29

Superfície lisa Fotografias que mostrem somente uma superfície completamente lisa.

2.º : Que pouco serve... de Remus 3.º : Vidros de Joaquim Manuel dos Santos Tavares 4.º : AFTER THE RAIN... de Virgílio Nuno Agra Amorim



#294 De 2016-05-22 a 2016-05-29

Superfície lisa Fotografias que mostrem somente uma superfície completamente lisa.

5.º : Através da vidraça ... de anabatista A - Escolha dos Editores: À mesa de Margot Félix B - Escolha dos Editores: Reflexo de Luís Sérgio Gonçalves



#295 De 2016-05-29 a 2016-06-05

Canto inferior esquerdo

Fotografias em que o assunto principal esteja no canto inferior esquerdo da imagem. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 67.8% dos votos.

Esta fotografia foi tirada num fim de tarde, junto à praia em frente do Centro de Reabilitação do Norte em Valadares, Vila Nova de Gaia. Este casal chegou e sentou-se no banco, eles ficaram na conversa e à espera que o pôr-do-sol acontecesse. Mas o dia estava muito nublado e não acredito que tenham visto grande coisa. Na fotografia não existiu qualquer tipo de conversão de tonalidades. Está da forma como foi tirada, exceptuando um ligeiro aumento do nível de contraste. Obrigado a todos os que votaram nesta fotografia e a todos os que participaram.

Vamos ver o pôr-do-sol de Remus

Abertura: f/14 - Velocidade: 1/250 seg. Distância focal: 17.6mm (35mm equiv.: 99mm) ISO: 80 - Sem tripé - Sem flash



#295 De 2016-05-29 a 2016-06-05

Canto inferior esquerdo

Fotografias em que o assunto principal esteja no canto inferior esquerdo da imagem. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 67.8% dos votos.

2.º : Escondida de Nuno Rocha 3.º : Minimalismo de Carlos da Costa Branco 4.º : Filhote de Welerson Geraldo Athaydes Fernandes



#295 De 2016-05-29 a 2016-06-05

Canto inferior esquerdo

Fotografias em que o assunto principal esteja no canto inferior esquerdo da imagem. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 67.8% dos votos.

5.º : Nua e Crua de Fabricio Ramos A - Escolha dos Editores: Insignificantes de Ricardo Catarro B - Escolha dos Editores: No cu de Judas de Telmo L. S. Clara F. Pedrosa



#296 De 2016-06-05 a 2016-06-12

Trio

Fotografias de um mesmo objecto que está repetido três vezes.

Foi uma grata surpresa ter vencido o desafio trio. Nesta fotografia tentei expressar um ar sombrio face a morte do rei. Desta forma montei a composição em um ambiente escuro com as peças sob a luz de uma lanterna. Obrigado a todos os que gostaram desta fotografia e meus cumprimentos a todos participantes.

Homenagem Póstuma de Camerando Abertura: f/4.5 - Velocidade: 1/6 seg. Distância focal: 18mm - ISO: 100 Sem tripé - Sem flash



#296 De 2016-06-05 a 2016-06-12

Trio

Fotografias de um mesmo objecto que está repetido três vezes.

2.º : À espera de oportunidade... de Carlos da Costa Branco 3.º : Garfologia de Remus 4.º : Trio de vasos de Jéfferson Cezimbra



#296 De 2016-06-05 a 2016-06-12

Trio

Fotografias de um mesmo objecto que está repetido três vezes.

5.º : Top 3 de João Coutinho A - Escolha dos Editores: COMO SE FOSSEM VELAS de João Menéres B - Escolha dos Editores: Clarinetes de Welerson G. A. Fernandes



#297 De 2016-06-12 a 2016-06-19

Objecto desmontado

Uma das curiosidades do ser humano é saber como e do que as coisas são feitas. Proponho como desafio, fotografias que apresentem um objecto completamente desmontado (no mínimo 3 peças). O fundo da fotografia deve ser obrigatoriamente mono-cromático em cor neutra. Tema escolhido por MarReDes, vencedor do desafio mensal #012: Segredo.

Recebemos em casa uns amigos e eles trouxeram um vinho; depois de aberto ficamos brincando com as abas do saca-rolhas, como se fosse uma marionete. E aí tive a ideia de fazer as fotos do desafio. Fiz as fotos com dois pontos de luz (o da direita mais forte), sem tripé, utilizando ISO 3200 (para aproveitar uma luz natural de uma janela), diafragma f/29 (para dar profundidade de campo (o plano da foto estava inclinado)), obturador 1:200, com distância focal de 36mm em uma tele de 18/55 mm. Grato a todos.

Sacarrolhas de Welerson Geraldo Athaydes Fernandes Abertura: f/29 - Velocidade: 1/200 seg. Distância focal: 36mm - ISO 3200 Sem tripé - Com flash



#297 De 2016-06-12 a 2016-06-19

Objecto desmontado

Uma das curiosidades do ser humano é saber como e do que as coisas são feitas. Proponho como desafio, fotografias que apresentem um objecto completamente desmontado (no mínimo 3 peças). O fundo da fotografia deve ser obrigatoriamente mono-cromático em cor neutra. Tema escolhido por MarReDes, vencedor do desafio mensal #012: Segredo.

2.º : Modelo em I c/ mola helicoidal de Remus 3.º : Vida de Relojoeiro de Camerando 4.º : Ctrl Alt Delete End de Telmo L. Santa Clara França Pedrosa



#297 De 2016-06-12 a 2016-06-19

Objecto desmontado

Uma das curiosidades do ser humano é saber como e do que as coisas são feitas. Proponho como desafio, fotografias que apresentem um objecto completamente desmontado (no mínimo 3 peças). O fundo da fotografia deve ser obrigatoriamente mono-cromático em cor neutra. Tema escolhido por MarReDes, vencedor do desafio mensal #012: Segredo.

5.º : E LÁ FOI... de João Menéres A - Escolha dos Editores: Fluorescente de Angela Morato B - Escolha dos Editores: Liberdade de Frederic



#298 De 2016-06-19 a 2016-06-26

Insecto

Fotografias que retratem um único insecto. Salientamos que os insectos caracterizam-se por terem três pares de patas e o corpo dividido em três partes: cabeça, tronco e abdómen.

Esta foto já tem alguns anos, foi feita no quintal da minha casa com uma máquina fotográfica bridge, que ainda tenho mas que não utilizo actualmente, uma FUJIFILM Fine Pix S9500. Habitualmente e felizmente estas moscas não aparecem com regularidade, mas neste caso devia-se a um gato morto na estrada, que só depois me apercebi da sua existência. Como é do conhecimento da maior parte das pessoas estes insectos, procuram carne em decomposição. Já lhe dei o titulo de Feia/Bela, pois embora seja um insecto repugnante, os seus tons quando brilham ao sol são muito belos, como se podem ver na imagem.

Vareja de Luís Sérgio Gonçalves Abertura: f/3.7 - Velocidade: 1/420 seg. Distância focal: 17mm - ISO: 100 Sem tripé - Sem flash



#298 De 2016-06-19 a 2016-06-26

Insecto

Fotografias que retratem um único insecto. Salientamos que os insectos caracterizam-se por terem três pares de patas e o corpo dividido em três partes: cabeça, tronco e abdómen. 2.º : Louva-a-Deus a lanchar de Virgílio Nuno Agra Amorim 3.º : What? de Bruno Batista 4.º : BZZZ BZZZZ de Ligia Bento



#298 De 2016-06-19 a 2016-06-26

Insecto

Fotografias que retratem um único insecto. Salientamos que os insectos caracterizam-se por terem três pares de patas e o corpo dividido em três partes: cabeça, tronco e abdómen. 5.º : Abelha de Mário Teixeira Gomes A - Escolha dos Editores: Um amigo novo de Remus B - Escolha dos Editores: Abelha de BEAN FELY



#299 De 2016-06-26 a 2016-07-03

Molhado Fotografias que transmitem a ideia que algo está molhado. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 71.7% dos votos.

100% HUMIDADE de José Magalhães Sem informação



#299 De 2016-06-26 a 2016-07-03

Molhado Fotografias que transmitem a ideia que algo está molhado. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 71.7% dos votos.

2.º : Abandonado e molhado de Nuno Rocha 3.º : Renascer de João Coutinho 4.º : tudo molhado ;) de mariam [Maria Martins]



#299 De 2016-06-26 a 2016-07-03

Molhado Fotografias que transmitem a ideia que algo está molhado. Tema vencedor do «Tu é que escolhes» com 71.7% dos votos.

5.º : Capitães da água de Helena Prata A - Escolha dos Editores: opss!!! de João Tomé B - Escolha dos Editores: Hot Club de Gand de PixeLuz



#300 De 2016-07-03 a 2016-07-10

Desfocado Fotografias propositadamente desfocadas.

Em primeiro lugar, aproveito para agradecer a quem votou na minha foto, bem como congratular todos os restantes participantes, em particular, os vencedores e escolhidos pelos editores. A foto em questão tem pouco mais de 4 anos, pois ainda estava grávida quando a tirei e amanhã já o piolho faz 4 anos. Foi tirada aquando de um passeio fotográfico, em grupo, pelo verde da ilha (para quem não sabe, sou natural e vivo em São Miguel). Tinha aprendido recentemente esta técnica e estava inquieta por a experimentar, e, ao passar por este grande aglomerado de árvores, vi que seria o local ideal para isso. Para ser mais concreta, principalmente para quem conhece a ilha, a foto foi tirada no caminho que vai dar à "Caldeira Velha", perto da Lagoa do Fogo. Claro que foram muitos os cliques, mas esta acabou por ser a escolhida, precisamente pelo facto das árvores terem ficado mais bem captadas e também por apanhar em maior quantidade o verde da folhagem que o castanho dos troncos e do chão.

floresta de Kaipiroska

Abertura: f/5 - Velocidade: 1/2 seg. Distância focal: 19mm - ISO: 200 Sem tripé - Sem flash



#300 De 2016-07-03 a 2016-07-10

Desfocado Fotografias propositadamente desfocadas.

2.º : É noite na cidade... de Miguel Silva 3.º : Alucinação na floresta dfaia de Telmo L. Santa C. França Pedrosa 4.º : A Observadora de Junior AmoJr



#300 De 2016-07-03 a 2016-07-10

Desfocado Fotografias propositadamente desfocadas.

5.º : Scar Tissue de Ana Flora A - Escolha dos Editores: Auto-retrato de Margot Félix B - Escolha dos Editores: Visão Turva de Mário Teixeira Gomes


JosĂŠ Adilson Rocha da Rosa

jadilsonfotofineart.46graus.com


Fotografia abstrata obtida a partir da técnica de imersão de líquidos em água


Equipamentos e Acessórios À semelhança do que ocorre nas receitas culinárias, iniciaremos este nosso roteiro com a relação dos materiais necessários para obtenção de fotos de mergulho de um líquido na água. A frequência com que se vai fazer este tipo de registro irá determinar a necessidade de mais ou menos equipamentos e acessórios e/ou seu grau de sofisticação.

1.1. Aquário

Pode-se usar qualquer tamanho de aquário. O utilizado nas fotos deste roteiro mede 45 x 28 x 20 cm. Para ressaltar as cores do material mergulhado na água, recomenda-se cobrir a parede de fundo e a base do aquário com uma cartolina ou qualquer outro material na cor preta ou, ainda, pintar estas superfícies.

1.2. Conta-gotas

Para esguichar o líquido colorido na água usamos conta gotas utilizados em medicamentos.

1.3. Suporte para os gotejadores

Para facilitar o procedimento de injeção dos líquidos coloridos recomenda-se a utilização de uma ripa de madeira ou material assemelhado onde são feitos furos para sustentar os gotejadores.


1.4. Flashes

Para iluminar a cena e congelar o movimento usamos flashes dedicados colocados nas laterais do aquário. É conveniente que se disponha de flashes que possibilitem a regulagem de potência. Na falta de um segundo flash deve-se usar um rebatedor branco ou prateado na lateral oposta à do flash.

1.5. Disparadores de flashes

Uma vez que os flashes serão usados fora da câmera, necessitamos de dispositivo para o seu disparo remoto.

1.6. Disparador remoto para a câmara

O disparo da câmara por meio de cabos disparadores ou por controle remoto permite que o fotógrafo tenha uma visão abrangente de todo o cenário, facilitando a sincronização dos movimentos.

1.7. Tripé

O uso de um tripé é fundamental para garantir a estabilidade da câmara, o nivelamento e para manter o foco no local previamente definido. Outros tripés podem ser usados para a colocação dos flashes.

1.8. Creme de leite

O creme de leite é o veículo para mergulhar as cores na água e formar as figuras que serão fotografadas. Em lugar do creme de leite pode-se usar tinta acrílica.

1.9. Corante de alimentos

Quando se utiliza o creme de leite necessitamos recorrer aos corantes de alimentos para obter as cores desejadas.

Técnica fotográfica por José Adilson Rocha da Rosa


Montagem do Set Encher o aquário com água até aproximadamente 5/6 de sua altura (em nosso exemplo, o aquário de 28 cm de altura foi preenchido com água até os 24 cm). É importante observar que ao colocarmos água no aquário se formarão gotículas e que se faz necessário deixar a água “descansar” e, se ainda remanescerem gotículas aderidas às paredes de vidro, deve-se usar uma régua ou outro instrumento qualquer para eliminá-las. Propositalmente e para ilustração deixamos de fazer esta limpeza antes da tomada da foto constante no item 1.3.; Posicionar os flashes lateralmente ou na diagonal do aquário; Colocar a câmara no tripé e, para evitar reflexos, posicioná-la de modo ligeiramente oblíquo em relação à frente do aquário; Observar o alinhamento da câmara com o nível da água; Em relação ao aquário, o ângulo da câmara deve ser mais baixo para registrar a superfície colorida da água (parte superior); Colocar sobre o aquário o suporte dos gotejadores e inserir em seu furo central uma varinha ou algo assemelhado que servirá como guia de focagem; Um flash deve ser colocado um pouco mais alto que o outro para que a iluminação cubra toda a área a ser fotografada (fluxo colorido).


Fazer a Fotografia Ajustes da câmara onde costumo usar um tempo de exposição de 1/250 para sincronizar com os flashes, ISO entre 100 e 200, abertura f/16 e flashes com 1/32 ou 1/16 de sua potência; Conectar o disparador remoto da câmara; Conectar o disparador remoto na câmara e nos flashes de modo que, quando clicarmos, os flashes emitam a luz necessária para a tomada da foto; Ajustar manualmente o foco com o auxílio de uma vareta inserida no furo central do suporte dos gotejadores e mergulhada n’água. Isto evita que o foco seja feito na parede frontal do aquário ou que sofra interferência da difracção;

Abastecer os conta-gotas com o creme de leite previamente colorido com os corantes de alimentos ou com tinta acrílica nas cores de sua preferência; Aplicar uma pressão no bulbo de borracha de cada um dos conta-gotas de modo a gerar um esguicho de líquido colorido que ao cair sobre a água do aquário formará as figuras a serem fotografadas; Técnica fotográfica por José Adilson Rocha da Rosa


Disparar a câmara quando se entenda que figura formada merece o registro e antes que os fluidos coloridos alcancem o fundo do aquário.

Tratamento Pós-produção Assim como em outros tipos de fotografia, após o clique há que fazer alguns ajustes na imagem obtida. Usualmente necessitamos fazer recorte na imagem de modo a eliminar áreas sem interesse, “limpar” algumas manchas, melhorar o contraste, ajustar a exposição ou melhorar a saturação. A correção mais importante é feita mediante a rotação da imagem em 180 graus, de modo que a parte superior registrada passe a constituir a base da fotografia e, assim, criar a sensação de que os fluidos estão ascendendo.


Já dizia meu velho avô: “mais vale a prática do que a gramática”. Não temos a pretensão de esgotar o assunto ou de que o nosso método de trabalho seja o melhor. Buscamos somente fornecer aos nossos companheiros do Flinpo que ainda não se aventuraram nesta área da fotografia um roteiro básico que cada interessado irá adaptar ao seu nível de conhecimento e de disponibilidade de recursos. E, assim, praticando cada um encontrará o seu caminho. Divirtam-se e boas fotos!

Técnica fotográfica por José Adilson Rocha da Rosa


Flinpo


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