Relatório Flip 2014

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12a. Festa Literรกria Internacional de Paraty 30 de julho a 3 de agosto 2014 1


Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty 30 de julho a 3 de agosto 2014


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índice

05 06 07

A casa que hospeda a Flip De escritas e leituras Paraty, uma cidade cada vez mais leitora

flipmais

autor homenageado

09 Sessão de abertura 10 Mesas literárias 11 Pílulas sobre Millôr 13 Formação Millôr Fernandes 14 Exposições

programação principal

25 26 27 28 29

flipinha

31 32 34

39 40 41

comunicação

Quinta-feira, 31 de julho Sexta-feira, 1 de agosto Sábado, 2 de agosto Programação FlipMais Oficina literária

flipzona

O olhar jovem da festa Projetos educativos e culturais Programação FlipZona

16 17 18 19 20 21 22 23

Bom humor e crítica ao poder Show de abertura Mesa Zé Kleber Quinta-feira, 31 de julho Sexta-feira, 1 de agosto Sábado, 2 de agosto Domingo, 3 de agosto Programação principal

A festa que forma leitores Projetos educativos e culturais Programação Flipinha

42 Comunicação 45 Mídia espontânea 46 Anúncios 48 Peças gráficas 50 Produtos 51 Sinalização 52 Autores 2014 53 Flip em números 60 Ficha técnica 61 Parceiros

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A casa que hospeda a Flip

A Associação Casa Azul, organização da sociedade civil de interesse público que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura na região de Paraty – entre eles, a Flip –, acredita que a cultura e a educação são poderosos instrumentos de mudança no modo como a população faz uso dos espaços públicos. E esse é um dos objetivos da Flip.

Novas parcerias vêm sendo construídas para reforçar esse trabalho. Este relatório é uma forma de consolidar as realizações e resultados da Flip 2014, além de um meio de oferecer essas informações a nossos parceiros, que compartilham conosco a missão de transformar o território de Paraty e contribuir para a valorização da cultura local e a preservação da identidade cultural dessa região.

Nesse desafio, que já se desenvolve por doze anos, contamos com o apoio de grandes atores do cenário cultural e econômico nacional, que acreditam na Flip e no seu potencial. E com a importante colaboração de parceiros locais.

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De escritas e leituras

Difícil descrever um sentimento comum a quem vivenciou esta Flip – na tenda, no calor da praça ou em qualquer lugar do mundo com acesso à internet. Fato é que a conexão de Paraty e dos paratienses com a Flip, ainda mais forte neste ano, mobilizou emoções e afetos, retomando o espírito da primeira Flip. Como parte de nosso constante empenho de levar o conteúdo da Flip para ainda mais gente, dois telões foram instalados em espaços públicos de Paraty, oferecendo acesso livre e em tempo real a tudo o que acontecia no interior da Tenda dos Autores: um com áudio original e headsets disponíveis gratuitamente para o pú-

blico e outro com áudio em português. Essa experiência, somada ao Show de Abertura – gratuito, pela primeira vez na história da Flip –, reforçou ainda mais o vínculo entre a literatura e o espaço público, a festa e a cidade, os moradores e os visitantes.

e leveza. À moda de Millôr, as discussões foram acessíveis, sem perder a erudição. Contemplaram a literatura e se abriram para outros temas, como a questão indígena, a alimentação, a ciência e a arquitetura. Transbordaram a tenda e inundaram as praças.

Sem falar na sensação de que Millôr estava presente, participando da festa. E até comentando a programação no jornal distribuído em Paraty nos cinco dias da Flip! O tabloide Daily Míllor, jornal oficial da exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos, nos ajudou a viajar no tempo e reviver a sensação de nos deparar com suas criações nas páginas da imprensa brasileira.

Tudo isso é resultado de um trabalho realizado há quase duas décadas pela Casa Azul em Paraty, cujo princípio é o pensamento sobre o território. Princípio este que originou a Flip e vem evoluindo com ela. Em Paraty, a arquitetura e o urbanismo caminham lado a lado com a literatura, num processo de leitura e escrita que estimula a reflexão sobre a cidade.

E foi assim, contagiada pelo genial espírito de seu homenageado e ainda mais democrática, que a Flip 2014 ganhou mais humor, alegria

Mauro Munhoz direção-geral programação principal

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Paraty, uma cidade cada vez mais leitora

Esta Flip nos encantou ao colocar de mãos dadas, como que dançando uma ciranda, o evento e a cidade, o de fora e o local, a cidade e a roça. Uma das razões dessa integração está na força do programa educativo da Casa Azul e das suas atividades permanentes de formação e leitura através do fortalecimento das bibliotecas, da doação de livros, da formação dos educadores, do Ponto de Cultura, da mediação de leitura, do envolvimento dos jovens com arte e linguagem. Este ano foi excepcional a ação da “Operação Flipinha“, que levou catorze dos autores de literatura infantil a visitar inclusive escolas de difícil acesso na zona rural e na costeira... Escritores até navegaram e cavalgaram, e conseguimos levar literatura às crianças de todas as escolas de Paraty.

Os autores, sem exceção, saíram emocionados da experiência, surpreendidos com uma população escolar interessada e familiarizada com o prazer de ler. Isso foi fruto de termos doado, no primeiro trimestre, a cada criança, um livro daquele autor que iria visitá-la. É consequência do trabalho dedicado dos professores em sala de aula sobre a obra daquele autor, graças à formação que tiveram nas oficinas do Manual da Flipinha. Nas oficinas da Biblioteca Casa Azul, antes que a festa começasse, vimos também crescer o interesse de muitos jovens paratienses pela Flip, o que repercutiu positivamente no dinamismo desta FlipZona 2014. Muitos deles

entrevistaram por email autores previstos na programação e, tocados pelo talento de Millôr Fernandes, criaram o primeiro ZineZona, um fanzine com tiragem de 2.500 exemplares que circulou com sucesso durante a Flip e esquentou os ânimos da moçada cada vez mais familiarizada com literatura. As cerca de duas mil visitas à Biblioteca Casa Azul na Flipinha, que funcionou na Praça da Matriz, são outra evidência de que a população infantil e jovem de Paraty já pisa firme na rota de uma cidade leitora. E assim, com crescente envolvimento e participação, Paraty vive a Festa Literária tal como uma das outras grandes festas tradicionais e populares que lhe dão identidade. Izabel Costa Cermelli (Belita) diretora-superintendente

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autor homenageado

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autor homenageado sessão de abertura

Festa para texto e imagem

Um escritor sem estilo, cartunista virtuoso e debochado, poeta dos hai-kais e tradutor de Shakespeare: o homenageado Millôr Fernandes serviu de inspiração para vários planos da literatura e da arte na Flip 2014. Na Tenda dos Autores, um painel com reproduções de desenhos do autor homenageado encimou as mesas literárias, a começar por Millôr e a arte brasileira, com o crítico de arte Agnaldo Farias, que ressaltou a versatilidade e a erudição de Millôr Fernandes, expressas tanto em textos quanto em desenhos. Farias lamentou que o Brasil não dê atenção ao trabalho do homenageado com imagens.

A apresentação teve como tema o valor da obra de Millôr Fernandes para a arte brasileira e envolveu comparações com artistas como Paul Klee, Joan Miró e Iberê Camargo. “O que é Millôr? Um enigma, que passeou por todos os estilos e todas as linguagens”, definiu Farias. Na segunda parte da sessão, a Tenda dos Autores recebeu três convidados bem-humorados. Na mesa Millormaníacos, o cartunista Jaguar, que trabalhou no jornal O Pasquim, desfiou memórias da longa carreira de Millôr. A seu lado, os humoristas Reinaldo e Hubert, que começaram a carreira no Pasquim, faziam perguntas ao cartunista.

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autor homenageado mesas literárias

A mesa O Guru do Méier reuniu os cartunistas Claudius e Cássio Loredano com o jornalista Sérgio Augusto. Frases lapidares do homenageado foram lembradas, como esta: “Não gosto da direita porque ela é de direita e não gosto da esquerda porque ela é de direita”. Na FlipMais, a mesa O estilo Millôr deu o tom do encontro entre o cartunista Chico Caruso e o humorista Reinaldo, que falaram sobre o caráter livre e moderno da obra do homenageado.

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autor homenageado pílulas sobre Millôr

Antes de cada mesa, o público da Flip assistiu a vídeos curtos com poetas, cartunistas e escritores lendo textos de diversas fases da produção de Millôr, como provérbios, hai-kais e poemas. O projeto foi feito em parceria com o IMS, que também lançou na festa o livro Millôr 100 + 100: Desenhos e Frases, segundo mais vendido na Livraria Flip pela Livraria da Travessa.

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autor homenageado pílulas sobre Millôr

As pílulas exibidas foram: “Introdução” Millôr Fernandes “Eu lavo você enxuga” Cássio Loredano “O rei dos animais”, Jô Soares “Composição infantil”, Bruna Beber “Poemas”, Reinaldo Moraes

“Princípios do Pif-Paf”, Antonio Prata

“Os pavões de Millôr”, Cássio Loredano

“La dernière translation”, Paulo Henriques Brito

“Nasce uma ideia”, Bianca Ramoneda

“Perguntas cretinas, respostas engatilhadas”, Reinaldo Moraes e Marechal

“The cow went to the swamp”, Matthew Shirts

“Fascínio”, Bia Lessa

“Imprensa e intelectuais”, Alberto Dines

“Liberdade de expressão num regime ditatorial”, Janio de Freitas

“Formiga e o elefante”, Hubert

“Selva selvagia”, Claudius “Alfabeto”, Antônia Pellegrino

“Os chineses”, Gregorio Duvivier

“Provérbios prolixizados”, Sérgio Augusto

“Amor e sexo”, Bianca Ramoneda e Xico Sá

“Hai-kais”, Xico Sá

“Literatura”, Marcelo Rubens Paiva

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autor homenageado formação Millôr Fernandes

Antes da Flip, em abril e maio, Paraty vivenciou a “Formação Millôr Fernandes”, uma ação educativa da Flip que integra o Ciclo do Autor Homenageado, visando capacitar professores da região para trabalhar o autor homenageado em sala de aula. Em três encontros, mediados pelo poeta e cartunista Leandro Leite Leocádio, atividades práticas e teóricas foram associadas, desde a introdução à obra do autor até a produção de textos a partir de Millôr.

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autor homenageado exposições

A Casa da Cultura de Paraty sediou a exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos, que passou em revista a trajetória do autor e ficou em cartaz até meados de setembro. Em fotos, cartazes e desenhos, a exposição bilíngue narrou desde a formação de Millôr, no módulo “Compozissõis imfãtis”, até sua atuação na imprensa, no módulo “De Vão Gogo ao Guru do Méier”.

A revista Pif Paf foi tema do módulo “Cada exemplar é um número”, e o legado de Millôr para o teatro foi lembrado no módulo “Um elefante no caos”. Durante a Flip, a exposição contou com cinco edições do Daily Míllor, um pasquim com tiragem diária de mil exemplares produzido especialmente para a festa em parceria com a Companhia das Letras, com textos de Antonio Prata, Chico Caruso, Luis Fernando Verissimo e Ivan Fernandes, filho de Millôr. Além disso, a exposição Letras do Millôr encheu a Praça da Matriz de letras inspiradas no traço característico do Guru do Méier, em que crianças puderam brincar e repousar.

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programação principal

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programação principal

Bom humor e crítica ao poder

A programação da Flip 2014 foi marcada pelo perfil multicultural (foram 14 nacionalidades em 24 mesas), pelo ecletismo e pelo tom caloroso. Buscou-se uma articulação da discussão literária com diversos campos da cultura a partir de núcleos temáticos – jornalismo, a Amazônia e os índios, ciência, arquitetura e cidade, meio ambiente. A primeira homenagem que a Flip organiza em torno de um autor contemporâneo, o carioca Millôr Fernandes (1923-2012), forneceu múltiplas portas de entrada. Cartunista, jornalista, tradutor, dramaturgo, Millôr não só foi assunto de algumas mesas, mas deu o tom geral, mesmo quando não era dele que se estava falando.

A incansável crítica ao poder feita por Millôr levou a Paraty os novos críticos do poder no século 21, do repórter Glenn Greenwald, que denunciou a espionagem do governo dos EUA contra seus próprios cidadãos, ao líder Yanomami e xamã Davi Kopenawa, símbolo das disputas que vêm se travando na Amazônia. As questões políticas se apresentaram como dilemas da vida real, em sua dimensão mais cotidiana, o que gerou forte envolvimento com a plateia. Os três autores da mesa sobre os 50 anos do golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil (1964-85) protagonizaram um dos pontos altos da festa. Num ano em que todos no país debatiam o golpe e seus desdobramentos, a contribuição da

Flip foi a abordagem literária e afetiva, que teve forte impacto no público. Nas mesas sobre ficção e poesia, foi sublinhada a renovação geracional que a Flip atravessa. Após onze edições que formaram um repertório de autores para o leitor brasileiro, fez-se necessária a convocação de uma nova geração de escritores, nacionais e estrangeiros. Pois é com eles, os imprescindíveis grandes escritores de todas as partes do mundo, que a Flip se consolida como espaço de descoberta de novas culturas e sensibilidades. Paulo Werneck curador da programação principal da Flip 2014

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programação principal show de abertura

Poesia cantada

Ao subir no palco para o Show de Abertura da 12a. Flip, Gal Costa contou que nunca antes estivera em Paraty e prometeu que entregaria ao público a “poesia cantada”. Não deu outra: “Da maior importância”, Folhetim”, “Divino maravilhoso”, “Barato total”, “Dom de iludir”, “Baby”, “Vapor barato”… ao longo da apresentação, seus grandes sucessos surgiram intercalados entre as músicas do último disco Recanto, dirigido por Caetano Veloso.

Pela primeira vez, o Show de Abertura da Flip foi gratuito e o entusiasmo do público – que lotava não só a Tenda da Flipinha mas todo o entorno da Praça da Matriz – celebrou a iniciativa. Gal subiu ao palco às 22h e cantou por mais de uma hora e meia. Antes, o músico Felipe Guaraná e banda, residente em Paraty e cujo repertório é inspirado na cultura local, abriu o show da baiana, esquentando os ânimos com as músicas de seu primeiro CD Cantando a minha terra, lançado em abril deste ano.

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programação principal mesa zé kleber

A segurança é hoje uma das questões que mais preocupam os moradores dos centros urbanos brasileiros. E isso também vale para os paratienses: a cidade está entre as mais violentas do Estado. Intitulada Da cidade à cidadania, a mesa Zé Kleber, criada em 2005 como um espaço aberto para a discussão de Paraty e de suas políticas públicas, reuniu a antropóloga Paula Miraglia, especialista em temas como prevenção da violência, segurança pública e urbanismo, o geógrafo Jailson de Souza e Silva, um dos fundadores do Observatório de Favelas, e Rene Uren, que atua na área de prevenção do crime e da violência na África do Sul.

O mediador Guilherme Wisnik deu o tom do debate ao ressaltar a redução da desigualdade como um caminho para a construção de uma cidade menos violenta, mais acessível a todos. “É preciso deslocar o sentido da nossa ideia de segurança. Sair do lugar tradicional, em que ela quer dizer proteção, e entendê-la como exercício de direitos.” Para Paula Miraglia, a violência ocupa, no Brasil atual, o mesmo grau de tragédia e urgência que, até algumas décadas atrás, era preenchido pela miséria e a fome. Mas as estratégias para lidar com o problema são pautadas pelo interesse privado, embora a segurança seja um bem público. “Os grandes centros urbanos são cidades extremamente desiguais, que vêm apostando no modelo de exclusão e reprodução dessa exclusão”, disse.

Jailson de Souza e Silva impactou o público com uma fala sobre a responsabilidade de cada um como produtor de violência. “Achamos que esse é um problema do outro ou que nos atinge na condição de vítimas”, afirmou. A sul-africana Rene Uren chamou a atenção para uma distinção existente no inglês e ausente no português. A palavra “segurança” pode ser traduzida de duas maneiras: “security” (que envolve proteção, polícia e repressão) e “safety” (bem-estar, dignidade e ausência de ameaças). Segundo ela, se uma comunidade tem “safety”, não precisa de “security”.

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programação principal quinta, 31 de julho

Urbanismo, poesia, literatura russa, jovens talentos e amizades marcantes A mesa Zé Kleber foi o início de uma quinta-feira cheia na 12a Flip. O poeta marginal Charles Peixoto, a jornalista Eliane Brum e o humorista Gregorio Duvivier evocaram, na mesa Poesia e prosa, a importância da palavra para a reinvenção do cotidiano. O curador Paulo Werneck abriu a mesa Os possessos celebrando a participação de um russo pela primeira vez na Flip, referindo-se a Vladímir Sorókin, que, ao lado da crítica norte-americana Elif Batuman, falou sobre a tradição literária do país, dos grandes mestres e do início de sua carreira.

Na mesa Fabulação e mistério, os premiados Eleanor Catton, 28, e Joël Dicker, 29, discutiram os desafios do meio editorial, as respectivas estratégias para prender o leitor e as particularidades de se fazer sucesso cedo. Aplaudidíssimo, ao lado do crítico de arquitetura italiano Francesco Dal Co, Paulo Mendes da Rocha teceu reflexões em torno da cidade como conflito na mesa Paraty, Veneza no Atlântico Sul, que pautou-se por uma comparação histórica, arquitetônica e emocional das duas cidades.

O dia encerrou-se com uma conversa sobre amizades intensas, amor, cumplicidade, morte e narrativa na mesa Porque era ele, porque era eu. Mathieu Lindon falou sobre sua relação com Michel Foucault, e Silviano Santiago de sua relação com o jornalista Ezequiel Neves.

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programação principal sexta, 1 de agosto

Alimentação, filhos, perigo na Amazônia, cultura carioca e conexão Brasil-Paquistão Autor homenageado, Millôr Fernandes foi tema da mesa O Guru do Méier, que abriu a sexta-feira na Flip. “Ele fazia tudo em casa e vinha para a redação atrapalhar o fechamento”, contou o cartunista Cássio Loredano, acompanhado do também cartunista Claudius e do jornalista Sérgio Augusto. As dimensões econômica, política e social do gesto de comer foram o norte de À mesa com Michael Pollan, em que o autor norte-americano relatou suas pesquisas sobre o percurso da comida, das plantações ao nosso corpo.

A fotógrafa Claudia Andujar e o xamã Davi Kopenawa Yanomami discutiram a ruptura da harmonia da vida e denunciaram a exploração predatória da Amazônia, trazendo luz ao risco de retrocesso na proteção aos povos indígenas da região. O próprio Kopenawa, pouco antes de chegar a Paraty, havia recebido ameaças de morte. As semelhanças entre Paquistão e Brasil permearam o debate entre o romancista Mohsin Hamid e o cronista Antonio Prata na mesa Livre como um táxi, em que compararam a classe média dos dois países.

excepcionais, como surdos, transgêneros, criançasprodígio e esquizofrênicos, especialmente do ponto de vista dos pais. Durante a apresentação, o público emocionou-se quando o filho de Solomon subiu ao palco. Cacá Diegues e Edu Lobo dividiram a última mesa da noite, 2x Brasil, em que lembraram casos da era mais criativa do Rio de Janeiro, como a história de que Diegues conseguiu um papel para Cartola em um de seus filmes para ajudá-lo financeiramente.

No Encontro com Andrew Solomon, o norte-americano deu um emocionante depoimento sobre pessoas que vivem em condições consideradas marginais ou 20


programação principal sábado, 2 de agosto

Jornalismo, ditadura, política, direitos indígenas e a condição de estrangeiro As entranhas do sistema político norte-americano e o poder do jornalismo nortearam a mesa Liberdade liberdade, reunindo Glenn Greenwald, autor das reportagens que revelaram o escândalo da espionagem americana, e Charles Ferguson, diretor do documentário ganhador do Oscar Trabalho interno, sobre a crise financeira de 2008. Em um dos momentos mais emocionantes da festa, a mesa Memórias do cárcere: 50 anos do golpe recuperou os anos de chumbo da ditadura por meio das histórias de Persio Arida, preso e torturado aos 18 anos, Bernardo Kucinski, irmão de desaparecida, e Marcelo Rubens Paiva, que emocionou-se ao lembrar da atuação da mãe após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, seu pai.

A política surgiu também na mesa A verdadeira história do Paraíso: o encontro entre o israelense Etgar Keret e o mexicano Juan Villoro estruturou-se em torno da ficção como ferramenta para lidar com territórios marcados pelo conflito e pela violência. Na mesa Tristes trópicos, os antropólogos Beto Ricardo e Eduardo Viveiros de Castro assinalaram a campanha cada vez mais explícita para anular os direitos indígenas da Constituição de 1988 em prol da expansão do agronegócio e de indústrias pesadas como a do alumínio.

No Encontro com Jhumpa Lahiri, a escritora vencedora do Pulitzer detalhou seu percurso geográfico e linguístico, contando como o bengali falado por seus pais, o inglês de Rhode Island (EUA) e o italiano da Roma onde vive atualmente se conjugam em sua literatura. Encerrando o dia, a mesa Narradores do poder reuniu os tarimbados repórteres David Carr e Graciela Mochkofsky numa discussão sobre as possibilidades do jornalismo num mundo de informação cada vez mais fragmentada.

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programação principal domingo, 3 de agosto

Ciência, paixão, apelo e livros de cabeceira O último dia da Flip começou com uma conversa entre os cientistas Marcelo Gleiser e Paulo Varella sobre a anatomia do céu e a expansão do conhecimento, na mesa Ouvir estrelas. A atriz Fernanda Torres e o escritor peruano Daniel Alarcón dividiram a mesa Romance em dois atos, que extrapolou a literatura para tornar-se uma encenação em si – a atriz fez o público rir quase o tempo todo com autodepreciações e elogios a Alarcón. Na mesa Os sentidos da paixão, o chileno Jorge Edwards e o português Almeida Faria discutiram as diferentes dimensões da palavra paixão, suas relações com a política e esta com suas obras. Edwards falou também de sua amizade com o cronista brasileiro Rubem Braga, que foi representante comercial no Chile.

A tradicional mesa Livro de cabeceira contou com leituras de trechos de livros por alguns dos nomes que passaram pela Tenda dos Autores. Andrew Solomon leu Elizabeth Bishop; Eduardo Viveiros de Castro leu Padre Antonio Vieira; Etgar Keret leu Kurt Vonnegut; Fernanda Torres leu Rubem Braga; Graciela Mochkofsky leu André Malraux; Joël Dicker leu John Steinbeck; Juan Villoro leu Vladimir Nabokov; e Marcelo Rubens Paiva leu F. Scott Fitzgerald. A 12a. Flip encerrou-se com um apelo. O líder Yanomami Davi Kopenawa pediu a palavra à organização e subiu ao palco após a última mesa para falar sobre a invasão das terras indígenas da Amazônia com a anuência do poder público, deixando claro que ameaças ali são cumpridas.

“Eu não quero repetir o que já aconteceu. Estou lembrando de meu amigo Chico Mendes”, disse, sobre o líder seringueiro assassinado em 1988 e aludindo às ameaças que ele próprio recebera pouco antes de chegar à Flip. “Os fazendeiros, garimpeiros, políticos já mataram meu amigo, que lutava e defendia a floresta.” Kopenawa mencionou também a discriminação usual contra os povos indígenas. “Eu sou Yanomami, então não sou bicho. Eu sou gente, sei falar, sei lutar, sei reclamar, sei defender o nosso país, sei proteger nossa montanha, nossa floresta, nossa saúde. Eu sou assim”, disse, emocionando-se e o público que o assistia.

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programação principal flip

30 quarta

31 quinta

1 sexta

2 sábado

3 domingo

19h | sessão de abertura Conferência Agnaldo Farias Millormaníacos Hubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

9h30 | mesa zé kleber Da cidade à cidadania Jailson de Souza e Silva Paula Miraglia Rene Uren

10h | mesa 5 O Guru do Méier Cássio Loredano Claudius Sérgio Augusto

10h | mesa 11 Liberdade liberdade Charles Ferguson Glenn Greenwald

10h | mesa 17 Ouvir estrelas Marcelo Gleiser Paulo Varella

12h | mesa 1 Poesia e Prosa Charles Peixoto Eliane Brum Gregorio Duvivier

12h | mesa 6 À mesa com Michael Pollan

12h | mesa 12 Memórias do cárcere: 50 anos do golpe Bernardo Kucinski Marcelo Rubens Paiva Persio Arida

12h | mesa 18 Romance em dois atos Daniel Alarcón Fernanda Torres

21h30 | show de abertura na tenda da flipinha Felipe Guaraná e banda Gal Costa

15h | mesa 2 Os possessos Elif Batuman Vladímir Sorókin 17h15 | mesa 3 Fabulação e mistério Eleanor Catton Joël Dicker 19h30 | mesa 4 Paraty, Veneza no Atlântico Sul Francesco Dal Co Paulo Mendes da Rocha 21h30 | mesa bônus Porque era ele, porque era eu Mathieu Lindon Silviano Santiago

15h | mesa 7 Marcados Claudia Andujar Davi Kopenawa 17h15 | mesa 8 Livre como um táxi Antonio Prata Mohsin Hamid 19h30 | mesa 9 Encontro com Andrew Solomon 21h30 | mesa 10 2x Brasil Cacá Diegues Edu Lobo

15h | mesa 13 A verdadeira história do Paraíso Etgar Keret Juan Villoro 17h15 | mesa 14 Tristes trópicos Beto Ricardo Eduardo Viveiros de Castro 19h30 | mesa 15 Encontro com Jhumpa Lahiri

14h | mesa 19 Os sentidos da paixão Almeida Faria Jorge Edwards 16h | mesa 20 Livro de cabeceira Andrew Solomon Eduardo Viveiros de Castro Etgar Keret Fernanda Torres Graciela Mochkofsky Joël Dicker Juan Villoro Marcelo Rubens Paiva

21h30 | mesa 16 Narradores do poder David Carr Graciela Mochkofsky

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flipmais

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flipmais quinta-feira, 31 de julho

Políticas públicas, literatura argentina, hai-kais e tradução A mesa Construindo políticas públicas para a leitura deu início às atividades da FlipMais, expondo ações de incentivo à leitura desenvolvidas nas três instâncias do poder – federal, estadual e municipal. Em seguida, uma conversa sobre literatura argentina com Damián Tabarovsky e Leopoldo Brizuela trouxe à tona fatos curiosos como a existência do lunfardo, dialeto portuário de Buenos Aires que possui um grande número de palavras que vêm do português brasileiro. “Isso tem algo a ver com o contrabando”, sugeriu Brizuela. “Certo dia, os poderosos traçaram uma fronteira, mas sempre houve coisas que passaram, como a cultura.”

Forma fixa japonesa amplamente adotada no Brasil, o hai-kai foi o centro da conversa entre a cantora Adriana Calcanhotto e o poeta marginal Charles Peixoto. Em um encontro entre tradutores e traduzidos, o brasileiro José Luiz Passos e o inglês Sam Byers contaram como foi a experiência de ver seus textos transformados bem à sua frente, em debate com o tradutor inglês Daniel Hahn e o brasileiro Paulo Henriques Britto. Dias antes da Flip, os autores participaram da Escola de Inverno, do programa de tradução literária do British Council. O dia terminou com a exibição do filme Jards, de Eryk Rocha, parte do programa “Noites de cinema”.

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flipmais sexta-feira, 1 de agosto

Poesia, o agente literário, Octavio Paz e os 50 anos do golpe Organizada pelo Movimento por um Brasil Literário, a mesa A poesia e seus caminhos de fazer ler teve leitura de poemas e depoimentos sobre a importância da literatura na infância de cada um dos participantes. O papel do agente literário foi tema do encontro entre Mariana Teixeira Soares, Nicole Witt e Lucia Riff. O editor mexicano Alberto Ruy-Sánchez e o professor, poeta e tradutor Horácio Costa homenagearam o centenário de nascimento de Octavio Paz (1914-1998), recuperando sua trajetória intelectual e episódios de sua vida no México, Estados Unidos, Espanha, França e Índia. “Ele lia tudo em todas as línguas que podia. Queria saber o que faziam os jovens, trabalhava sem parar”, lembrou Ruy-Sánchez, que

trabalhou com Paz na revista literária Vuelta, editando nomes como Claude Lévi-Strauss e Milan Kundera. Filhos de pais desaparecidos durante a ditadura, Marcelo Rubens Paiva e Ivo Herzog lembraram os anos de chumbo e suas histórias pessoais na mesa Em nome do pai, encontro emocionante mediado por Zuenir Ventura. À noite, o filme exibido foi Mr. Sganzerla – os signos da luz, de Joel Pizzini.

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flipmais sábado, 2 de agosto

Millôr, leitura nas escolas, música, teatro e cinema Em um sábado cheio, O estilo Millôr deu o tom do encontro entre o cartunista Chico Caruso e o humorista Reinaldo, que falaram sobre o caráter livre da obra do homenageado. Na mesa Biblioteca na escola: leitura e letramento, especialistas em políticas públicas debateram formas de estimular a intimidade com os livros desde a infância. Em seguida, uma performance musical inusitada foi apresentada pelo pernambucano Siba e pelo britânico Charlie Dark.

Um dos destaques do dia ficou por conta de Eu, Malvolio, espetáculo apresentado pelo dramaturgo britânico Tim Crouch que condensou em um monólogo os catorze personagens de Noite de reis, de William Shakespeare, numa apresentação aplaudidíssima e comentada pelas ruas de Paraty nos dias que se seguiram. A exibição de crônicasNÃOditas, longa dirigido pelo Manifesto Impromptu, concluiu o dia e a programação FlipMais, mas a Casa da Cultura continuou cheia de visitantes da exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos.

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flipmais programação

31 quinta

1 sexta

2 sábado

14h Construindo políticas públicas para a leitura José Castilho Marques Neto Fabiano dos Santos Piúba Antônio Carlos de Morais Sartini Paulo Daniel Elias Farah Cláudia Santa Rosa

14h A poesia e seus caminhos de fazer ler Flávio Araújo Luís Dill Ninfa Parreiras Simone Monteiro de Araújo

10h30 O estilo Millôr Reinaldo Chico Caruso

16h Mano a mano Damián Tabarovsky Leopoldo Brizuela 18h Versos de risco – do hai-kai à poesia marginal Adriana Calcanhotto Charles Peixoto 20h Tradução in translation José Luiz Passos Sam Byers Paulo Henriques Britto Daniel Hahn 22h Noites de cinema: Jards

16h Meio de campo: o papel do agente literário Lucia Riff Mariana Teixeira Soares Nicole Witt 18h Centenário de um Nobel Alberto Ruy-Sánchez Horácio Costa 20h Em nome do pai Ivo Herzog Marcelo Rubens Paiva 22h Noites de cinema: Mr. Sganzerla – os signos da luz

14h Biblioteca na escola: leitura e letramento Pilar Lacerda Cristina Maseda Eliane Tomé Graça Castro 18h Spoken word – a poesia em performance Charlie Dark Siba 20h Eu, Malvolio Tim Crouch 22h Noites de cinema: crônicasNÃOditas

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flipmais oficina literária

Literatura em cena

A oficina literária* deste ano dedicou-se ao documentário e teve duas aulas em homenagem a Eduardo Coutinho (1933-2014), um dos destaques da Flip em 2013. Estas foram ministradas pelo documentarista João Moreira Salles e pela montadora Jordana Berg, colaboradora dos dez últimos filmes de Coutinho e do longa que deixou filmado antes de morrer.

O curso aconteceu entre 31 de julho e 2 de agosto e teve a participação de 20 alunos que, como resultado, produziram textos sobre a experiência. *A participação do cineasta Cacá Diegues na oficina literária, prevista inicialmente, foi cancelada devido a compromissos profissionais.

O norte-americano Charles Ferguson – vencedor do Oscar de Melhor Documentário por Trabalho interno (2010) e convidado da programação principal da Flip neste ano – completou o quadro, falando sobre o gênero do documentário.

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flipinha

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flipinha

A festa que forma leitores

Em vez de cinco, foram seis os dias da programação dedicada às crianças em 2014. Na terça-feira teve início a agenda de apresentações preparadas por alunos e professores das escolas de Paraty, com base no conteúdo trabalhado ao longo do ano em sala de aula: musicais, teatro, dança e declamação. A programação seguiu intensa até domingo: encontros com autores, leitura, brincadeiras, oficinas e contação de histórias nos pés de livros da Praça da Matriz. E mais: conversas criativas de alunos com escritores durante a “Operação Flipinha”, apresentação de capoeira, a 9a. Regata INP Flipinha, a Rádio Maluca e o musical circense com a trupe da Biblioteca Casa Azul.

Deu o que falar e lotou plateias a “Ciranda dos Autores”, que recebeu 15 nomes da literatura infantil, entre ilustradores e escritores, para conversas com o público sobre temáticas diversas. Um ponto alto foi a homenagem surpresa a Roger Mello, ganhador do cobiçado prêmio Andersen, muito aplaudido na Tenda da Flipinha. A programação alcançou também outros espaços. Chegou a escolas distantes das zonas rural e costeira e levou a Biblioteca Casa Azul para um casarão da Praça da Matriz, onde aconteceram mediações de leitura e encontros com os escritores convidados.

O “Arte na Praça”, conjunto de oficinas de saberes e fazeres tradicionais de Paraty, que integra uma série de eventos de valorização da cultura local batizada de Festas de Paraty, animou a Praça da Matriz na tarde de sexta. Em meio a tantas atividades, o grande mérito da Flipinha em 2014 foi ter trazido para suas instalações no Centro Histórico cerca de 85% dos alunos da rede pública de Paraty. Um grande feito realizado não em cinco, nem em seis dias, mas fruto do trabalho de um ano inteiro da Flipinha, com projetos educativos e de formação. Conheça a seguir alguns dos projetos educativos e culturais da Casa Azul.

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flipinha projetos educativos e culturais

Biblioteca Casa Azul na Flipinha Durante os dias de festa, parte do acervo de 12 mil livros da Biblioteca Casa Azul migrou para o casarão do antigo cinema na Praça da Matriz. A sede da Ilha das Cobras continuou em funcionamento, oferecendo à comunidade local ações educativas permanentes, cumprindo sua missão de atuar como polo difusor e catalisador de cultura e conhecimento.

Operação Flipinha

Enquanto isso, no casarão da Praça da Matriz, com uma ambientação festiva e colorida, cerca de 2 mil visitantes participaram dos encontros com escritores e de sessões de mediação de leitura.

A meta de fazer de Paraty uma cidade literária levou a Biblioteca Casa Azul a criar a “Operação Flipinha”, projeto que há dois anos alcança as escolas públicas da região, mesmo as mais distantes, com doação de livros e visitas de autores. Esses encontros propiciaram experiências tocantes às crianças e aos autores. A exemplo de Daniel Kondo, que ministrou no mar sua oficina de ilustração, em um barco com alunos de três escolas da costeira, e do escritor e violeiro Fábio Sombra, que chegou a cavalo na escola rural que o esperava. 32


Associação Casa Azul Paraty R João Aires Martins 14 Ilha das Cobras 23970-000 Paraty RJ T +24 3371-7082 F +24 3371-7084

flipinha projetos educativos e culturais

São Paulo R Capitão Antônio Rosa 376 conjunto 91 01443-900 São Paulo SP T +11 3081-6331 F +11 3081-6331

Manual Flipinha 2014

flip.org.br flipinha.org.br flipzona.org.br apoio flipinha

flip@flip.org.br

apoio institucional

realização

Arte na Praça

Manual da Flipinha

Flipinha do Mar

Com linguagem acessível, o Manual da Flipinha é um convite a professores e alunos para conhecer – e trabalhar com antecedência nas escolas – os livros e autores que estarão na Flipinha. Realizado pela Casa Azul, é um material que associa informações sobre os autores a uma rica sugestão de títulos. Com esse espírito, o manual de 2014 chegou em março a cerca de 400 educadores, para ser usado em toda a rede escolar. O preparo das crianças que participaram dos encontros promovidos pela Flipinha chamou a atenção e ganhou elogios de alguns autores convidados.

Projeto educativo da Biblioteca Casa Azul, que valoriza o desenho como linguagem da literatura infantil, a “Flipinha do Mar” de 2014, em sua sétima edição, aconteceu em maio, na E. M. Saulo Alves da Silva, na vila caiçara da Trindade. Mais de 60 alunos da educação infantil e do ensino fundamental receberam a ilustradora Graça Lima para trabalharem juntos a técnica da xilogravura.

realização

Virou tradição na Flipinha: sexta-feira é dia de “Arte na Praça”. Uma verdadeira festa dentro da festa, que acontece na sombra das árvores da Praça da Matriz. 50

Muita gente aguarda com expectativa a programação e muitas outras trabalham com entusiasmo para tudo acontecer de forma harmoniosa. Este ano, mais de cem pessoas, entre estudantes e professores do magistério, ocuparam-se das 28 oficinas de artes e brincadeiras tradicionais, que conquistaram crianças e adultos.

O “Arte na Praça” contou com uma apresentação do grupo de cirandeiros Os Caiçaras, valorizando essa típica manifestação da cultura popular brasileira durante a Flip.

Como acontece todos os anos, as criações das crianças da Trindade serviram de inspiração para compor a identidade visual do material gráfico da Flipinha. 33


flipinha programação

30 quarta

29 terça tenda da flipinha 12h | mediação de leitura 13h | teatro Eu brasileiro E. M. Campinho 13h30 | declamação Hai-kais para filhos e pais E. M. Nova Perequê 14h | musical Dançar brincando, vivendo a infância E. M. Guiomar S. Marques

15h30 | musical A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa Jezebel Educandário Torres Pádua

tenda da flipinha

16h | musical +educação: Programa que visa o desenvolvimento global do aluno Cembra

9h | ciranda dos autores Da memória às histórias Laura Teixeira Luciana Grether Carvalho mediação Flora Salles

16h30 | musical Apaexonados Apae - Paraty

8h30 | teatro Mil e uma estrelas E. M. Maria Jácome de Mello

10h | musical Cantar e contar – ciranda do anel E. M. Monsenhor Hélio Pires

10h30 | musical O social no ritmo da emoção Cras – Ilha das Cobras 11h | teatro Dança tradicional dos Guarani M’bya E. E. Prof. Francisco de Assis de Oliveira Diniz 11h30 | musical Viva la vida Centro Educacional Millenium

14h30 | musical A roda do ônibus E. M. Parque da Mangueira 15h | musical Brincando no fundo do mar Cantinho do Pantanal

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flipinha programação

31 quinta tenda da flipinha 8h | musical Infância musical Ciep 999 – D. Pedro I 9h | ciranda dos autores Como se conta uma história Augusto Pessôa Rosana Rios mediação Patricia Saravy

13h | teatro Quero emprego, mas não quero trabalhar Centro Educacional Millenium

biblioteca

casa da cultura

10h | encontro com o autor Socorro Acioli

13h30 | ciranda dos autores A arte de escrever Luís Dill Socorro Acioli mediação Leo Cunha

13h | encontro com o autor Augusto Pessôa

8h30 | ciranda dos autores A ilustração ontem e hoje Daniel Kondo Mario Bag mediação Luciana Grether Carvalho

10h | musical Plim-plim E. M. Guiomar S. Marques

15h | musical Megera domada e Ritmos da noite Colégio Plante

10h30 | teatro Um tesouro no fundo do mar E. M. Dom Pedro I

15h30 | declamação O melhor de Millôr E. M. Pequenina Calixto

11h | declamação Contação de história à senhora Hola Quintal Mágico

16h | musical O último sonhador e Movimentos do corpo transmitindo emoções Itae – Instituto Trilha da Arte e Educação

12h | mediação de leitura

15h | encontro com o autor Fábio Sombra

16h30 | dança Bolero Escola de Dança Luiz Carlos Nogueira

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flipinha programação

1 sexta tenda da flipinha 8h30 | musical Poema da matemática e A menina do anel E. M. Cilencina Rubem de Oliveira Mello 9h | ciranda dos autores A música e a literatura Bia Bedran Marilda Castanha mediação Anna Cláudia Ramos 10h | teatro O banheiro (paródia musical de Chapeuzinho Vermelho) C. E. Almirante Álvaro Alberto 10h30 | musical Magrilim & Jezebel em o rei do Abecê e A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa Jezebel Educandário Torres Pádua

11h | musical O projeto dos meus sonhos e Viver a vida na ginástica pelo meu povo E. M. Min. Sérgio Motta 11h30 | dança Ballet Ana Rennó e Studio de Dança Puchalski 12h | mediação de leitura 13h | teatro O imaginário encontro do Menino Maluquinho com Emília, a boneca gente Cantinho do Pantanal 13h30 | ciranda dos autores De onde vêm as histórias? Leo Cunha Roni Wasiry Guará mediação Bernadete Passos

14h30 | musical Liberdade, liberdade Escola Frei Bernardo 15h | teatro O cabelo de Cora E. M. Profa. Manoelina Rodrigues Barbosa 15h30 | teatro O pescador, o anel e o rei Colégio Paraty Objetivo

biblioteca 11h | encontro com o autor Arievaldo Viana praça da matriz 13h às 17h Arte na Praça

16h | musical Cantando e encantando: O anel e Rock das caveiras Ethos 16h30 | dança Flintstones e Pequenas princesas e plebeu Associação Cia. Dança e Arte Paraty

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flipinha programação

3 domingo

2 sábado biblioteca

tenda da flipinha

10h | encontro com o autor Luís Dill

10h Rádio Maluca

13h | encontro com o autor Leo Cunha

12h | mediação de leitura

15h | encontro com o autor Luciana Grether Carvalho Laura Teixeira sede do INP 12h 9a. Regata INP Flipinha 2014

13h | musical Hoje é dia de alegria e O palhaço Biduim CEI – Centro de Ensino Integrado 13h30 | dança Grupo de Dança Patrimônio e Grupo de Dança Laranjeiras CEI Cairuçu 14h | musical O pescador, o anel e o rei E. M. Aurelino Portugal

15h30 | declamação Sarau das cirandas Escola Comunitária Cirandas 16h | ciranda dos autores Entre fios e traços Roger Mello mediação Volnei Canônica 17h30 | mesão Homenagem a Millôr Fernandes

tenda da flipinha 10h Apresentação de capoeira Prof. Astronauta

16h | musical 1, 2, 3... O circo! Trupe da Biblioteca Casa Azul

12h | mediação de leitura

16h30 Premiação 9a. Regata INP Flipinha 2014

13h Leituras no palco aberto ao público infantil

17h30 | encerramento Música para encantar Pérola Moreira

14h Prêmio Plante de Literatura 15h | musical Enquanto conto e canto e Histórias de retalhos Cláudia Ribeiro Patrícia Saravy

14h30 | ciranda dos autores Cultura popular e literatura Arievaldo Viana Fábio Sombra mediação Amaury Barbosa

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flipzona

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flipzona

O olhar jovem da festa

Programação voltada aos jovens, a FlipZona foi criada em 2009, com a proposta de mesclar literatura e novas mídias, convidando para suas mesas literárias, além de escritores, outros profissionais da narrativa, como roteiristas, documentaristas e grafiteiros. Em 2014, a maior parte da programação ocupou o auditório da Casa da Cultura. Nas mesas, as conversas de escritores com o público abordaram temas polêmicos, instigantes e atuais.

Muito aguardada, a mesa Sociedade e literatura, com o escritor Ferréz, começou de forma inusitada: ao saber que muitas pessoas não haviam conseguido entrar no auditório lotado, o autor quebrou o protocolo, desceu do palco e foi ao encontro dos que estavam de fora. “Já lutei tanto para ter público me ouvindo falar de literatura no Capão Redondo, acho uma sacanagem que fique gente de fora”, protestou o autor paulistano, ícone da chamada literatura marginal. Dois eventos ocuparam a Tenda da Flipinha. Na Hora da estrela, jovens talentos de Paraty subiram ao palco em apresentações de música, arte e dança. Em Viagem ao céu, disputada aula de astronomia do professor Paulo Varella, o público formou fila para observar as estrelas.

Uma sessão de filmes encerrou a programação da FlipZona no auditório da Casa da Cultura. Foram exibidos os documentários Page One, sobre o jornal The New York Times, e O judeu, que tem Millôr entre os roteiristas, além de produções realizadas pelos jovens paratienses, no CineZona. Para além dos cinco dias de Flip, a FlipZona é um projeto educativo permanente da Casa Azul. Suas oficinas de texto, audiovisual e filosofia, influenciadas este ano pela multiplicidade de linguagens da obra de Millôr, provocaram nos jovens uma verdadeira mania milloriana: aforismos, hai-kais, grafismos e charges, reunidos e publicados em um fanzine, o ZineZona.

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Central FlipZona Elaborar pautas, fazer reportagens, entrevistar escritores e convidados, fotografar, registrar em vídeo, postar no blog. O trabalho de cobertura da festa literária reuniu cerca de 60 jovens, que estiveram à frente da Central FlipZona. Dando continuidade à parceria firmada em 2012, o repórter Paulo Saldaña, do jornal O Estado de S. Paulo, atuou como editor e orquestrou os trabalhos dessa verdadeira redação jornalística, instalada numa casa no Centro Histórico de Paraty.

Ao final da Flip, o resultado: 77 posts no blog, entre eles o relato de um encontro com o convidado Davi Kopenawa e uma entrevista exclusiva com Paulo Werneck, curador da Flip. A Central produziu ainda 9 vídeos, sendo cinco com o apoio de Tulio Drumond e Rafael Bacelar, do canal Futura, numa parceria que começou em 2012 e inclui a veiculação do material produzido na programação da emissora. Alguns vídeos também foram exibidos no CineZona.

Literatura e grafite

Oficina de fotografia

Oficinas de comunicação

Os jovens da FlipZona participam de diversas oficinas ao longo do ano, entre elas a de artes visuais, que reuniu 40 jovens na quadra esportiva da Praça São José Operário, em Paraty. Realizada em 15 de abril, com orientação do grafiteiro Meton Joffily, a oficina abordou todas as fases da criação de um grafite: pintura de base, esboço, preenchimento e finalização. Inspirados na tipografia de Millôr Fernandes, os grafites produzidos na oficina deram origem à identidade visual da FlipZona 2014.

A oficina de fotografia da FlipZona este ano enfocou a Praça da Matriz e as manobras de skate que cotidianamente ali acontecem. Orientados por Walter Craveiro, fotógrafo responsável pela cobertura da Flip, os 30 participantes aprenderam a manusear as câmeras e a fotografar cenas de ação. Foram três dias de aulas teóricas e práticas, realizadas na Casa da Cultura de Paraty, na Praça da Matriz e nas ruas da cidade.

Durante a Flip, a programação da FlipZona foi incrementada por mais três oficinas, com o objetivo de ampliar o repertório de linguagens dos jovens. Os temas foram: reportagem cinematográfica (com os repórteres Marcelo Canellas e Marcelo Quilião, da rede Globo), uso de uma ferramenta on-line de autopublicação (Amazon) e produção de tiras e charges (com o cartunista Luiz Augusto de Souza, pela Casa da Cultura de Paraty). No total, 150 jovens participaram dessas ações.

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flipzona programação

30 quarta

31 quinta

1 sexta

3 domingo

casa da cultura

casa da cultura

casa da cultura

casa da cultura

8h30 Roteiros, roteiros e mais documentários... Antonio Prata Eliane Brum mediação Marcos Maffei

10h30 Sociedade e literatura Ferréz mediação Verônica Lessa

8h30 Leitura dramatizada da obra de Millôr Alunos da oficina de teatro da Biblioteca Casa Azul direção Patrícia Saravy

14h | CineZona Page One documentário sobre o jornal The New York Times

10h30 Jogos e mistérios Rosana Rios mediação Anna Cláudia Ramos

21h | música, arte e dança Hora da estrela Apresentação dos jovens talentos de Paraty

tenda da flipinha

10h30 A construção da imagem e do texto Luís Dill Mario Bag mediação Marcos Maffei tenda da flipinha

15h45 | CineZona Produção audiovisual da Central FlipZona 16h30 | CineZona O judeu (1995) de Jom Tob Azulay roteiro Millôr Fernandes Geraldo Carneiro Gilvan Pereira

19h | encontro Viagem ao céu Paulo Varella

41


comunicação

42


comunicação

Flip On-line

Mídias sociais

Não foi só em Paraty que a integração e a ampliação do acesso ao conteúdo marcou a 12a. Flip. Na internet – no site e nas redes sociais da Flip – diversos conteúdos multimídia foram pensados e desenvolvidos especialmente para ampliar em escala global os horizontes da festa, atendendo tanto a quem esteve em Paraty como quem acompanhou de longe. Ativada em abril, a cobertura apresentou ao público informações detalhadas sobre a edição da festa e novidades do mundo literário.

As redes sociais ganharam papel de destaque nas ações de comunicação, representando um importante canal de interação com o público. A página da Flip no Facebook ultrapassou a marca de 60 mil seguidores neste ano, número que era de 17 mil em 2013 e 8 mil em 2012. O conteúdo abordou os 49 autores da programação principal, o homenageado Millôr Fernandes, a cidade de Paraty e as programações da Flipinha, FlipZona e FlipMais, além de informações gerais sobre a festa e notícias do mundo literário. Durante a Flip, período no qual a atuação intensificou-se, sobretudo com fotos e frases das mesas, a página foi vista por mais de um milhão de pessoas.

Antes da festa, o Twitter seguiu a mesma linha editorial do Facebook. Durante o evento, operou como uma central de informações, agrupando links de todos os canais durante a cobertura. O Instagram, ativado pouco antes do começo da Flip, contou com registros fotográficos da festa e de seus bastidores. Juntos, Twitter e Instagram contabilizaram 8.500 menções à hashtag #Flip2014. A cobertura fotográfica oficial da Flip mais uma vez esteve acessível no Flickr e abordou todas as mesas da programação principal e da FlipMais, além de registros dos diferentes espaços da festa e da cidade de Paraty.

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comunicação

Relatos das mesas

Transmissão ao vivo

Vídeos e áudio

Aplicativo

Durante a festa, o Blog da Flip foi abastecido com textos detalhados sobre todas as mesas literárias da programação principal e da FlipMais, além de cartuns inspirados em algumas delas, dotados de humor e olhar crítico, feitos pelo designer Alexandre Benoit. Ao fim de cada dia, um resumo diário era enviado para a imprensa e disparado via newsletter para as mais de 25 mil pessoas que se cadastraram para recebê-la no site da Flip, onde o texto também foi disponibilizado.

Além dos telões físicos na cidade de Paraty, a transmissão em tempo real de todas as mesas da programação principal – com a opção de exibição em áudio original ou tradução simultânea – esteve acessível a internautas do mundo todo pelo site da Flip e do G1. Ao todo, foram 66.625 acessos nos cinco dias de festa – 26.804 no site da Flip e 39.821 no G1 –, representando um aumento de audiência de 78% em relação ao ano passado, em que o total somou 37.362 acessos.

Em uma ação inédita, o áudio integral (original e traduzido) de todas as mesas literárias da programação principal foi disponibilizado ao público no canal da Flip no YouTube. Como nas edições anteriores, a cobertura audiovisual contemplou trechos em vídeo dos melhores momentos das mesas e o Sobremesa Flip, série de entrevistas exclusivas feitas logo após a participação de alguns dos convidados na Tenda dos Autores, este ano produzido em parceria com o canal Arte 1.

Espécie de guia de bolso digital da Flip, o aplicativo “Flip 2014” permitiu aos usuários fazer consultas rápidas a informações de programação, biografia dos autores e mapa da cidade, entre outros itens. De download gratuito, foi baixado por 717 usuários, tanto na plataforma Android quanto iOS.

Com uma média de audiência superior a dez minutos, o canal do YouTube teve acesso de mais de 30 mil pessoas na semana da Flip e na posterior, contando mais de 2.600 horas de material assistido.

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mídia espontânea

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anúncios

Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

Pós-Flip em São Paulo e no Rio de Janeiro*

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

Almeida Faria 5 de agosto, às 19h Livraria da Vila Vila Madalena SP

Elif Batuman 5 de agosto, às 14h30 Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

Juan Villoro 5 de agosto, às 16h30 Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

Andrew Solomon 5 de agosto, às 18h30 Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ 6 de agosto, às 17h Casa do Saber Ipanema RJ

Etgar Keret 4 de agosto, às 19h30 Livraria da Travessa Leblon RJ 5 de agosto, às 18h30 Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

Marcelo Gleiser 4 de agosto, às 19h Planetário da Gávea RJ

David Carr 5 de agosto, às 18h Auditório da Folha de S.Paulo SP

Graciela Mochkofsky 5 de agosto, às 20h Polo de Pensamento Contemporâneo Jd Botânico RJ

Eleanor Catton 4 de agosto, às 19h30 Livraria da Vila Vila Madalena SP 5 de agosto, às 19h30 Livraria da Travessa Leblon RJ

Preços Conferência de abertura e mesas literárias Tenda dos autores R$ 46 Tenda do telão R$ 12

30 quarta

31 quinta

1 sexta

2 sábado

3 domingo

19h | sessão de abertura Conferência Agnaldo Farias Millormaníacos Hubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

9h30 | mesa Zé Kleber a mesa será divulgada junto com a programação FlipMais

10h | mesa 5 O guru do Méier Cássio Loredano Sérgio Augusto

10h | mesa 11 Liberdade, liberdade Charles Ferguson Glenn Greenwald

10h | mesa 17 Ouvir estrelas Marcelo Gleiser Paulo Varella

12h | mesa 1 Poesia & Prosa Charles Peixoto Eliane Brum Gregorio Duvivier

12h | mesa 6 À mesa com Michael Pollan

12h | mesa 12 Memórias do cárcere: 50 anos do golpe Bernardo Kucinski Marcelo Rubens Paiva Persio Arida

12h | mesa 18 Romance em dois atos Fernanda Torres

21h30 | show de abertura Gal Costa

15h | mesa 7 Marcados Claudia Andujar Davi Kopenawa

15h | mesa 2 Os possessos Elif Batuman Vladímir Sorókin

Show de abertura R$ 46 cadeira R$ 12 pista

17h15 | mesa 3 Fabulação e mistério Eleanor Catton Joël Dicker

mais informações www.flip.org.br

Michael Pollan 4 de agosto, às 19h Livraria da Vila Shopping JK SP Mohsin Hamid 5 de agosto, às 16h30 Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

Ingressos à venda

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Como comprar ticketsforfun.com.br 4003 5588 pontos de venda conveniados

Jorge Edwards 4 de agosto, às 19h30 Instituto Cervantes SP

*Programação sujeita a alterações

30 de julho a 3 de agosto

Ingressos a partir do dia 2 de junho às 10h da manhã

Jhumpa Lahiri 4 de agosto, às 19h30 Livraria da Travessa Leblon RJ

Mathieu Lindon (a confirmar) 5 de agosto, às 19h Biblioteca-Parque do Estado do Rio RJ 6 de agosto, às 19h30 PUC-SP 7 de agosto, às 17h30 Livraria Cultura Av. Paulista SP

19h30 | mesa 4 Paraty, Veneza no Atlântico Sul Francesco Dal Co Paulo Mendes da Rocha

17h15 | mesa 8 Livre como um táxi Antonio Prata Mohsin Hamid 19h30 | mesa 9 Encontro com Andrew Solomon 21h30 | mesa 10 2x Brasil Cacá Diegues Edu Lobo

15h | mesa 13 A verdadeira história do paraíso Etgar Keret Juan Villoro

30 de julho a 3 de agosto 2014

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Todo sucesso literário sempre ganha uma nova edição Agnaldo Farias Almeida Faria Andrew Solomon Antonio Prata Bernardo Kucinski Beto Ricardo Cacá Diegues Cássio Loredano Charles Ferguson Charles Peixoto Claudia Andujar Claudius Daniel Alarcón Davi Kopenawa David Carr Edu Lobo Eduardo Viveiros de Castro Eleanor Catton Eliane Brum Elif Batuman Etgar Keret Fernanda Torres Francesco Dal Co

14h | mesa 19 Os sentidos da paixão Almeida Faria Jorge Edwards 16h | mesa 20 Livro de cabeceira

17h15 | mesa 14 Tristes trópicos Beto Ricardo Eduardo Viveiros de Castro 19h30 | mesa 15 Encontro com Jhumpa Lahiri

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12a. Festa Literária Internacional de Paraty 30 de julho a 3 de agosto 2014

O seu encontro com os grandes nomes da literatura tem data marcada. E é hoje.

21h30 | mesa 16 Narradores do poder David Carr Graciela Mochkofsky

Graciela Mochkofsky Gregorio Duvivier Hubert Jaguar Jailson de Souza e Silva Jhumpa Lahiri Joël Dicker Jorge Edwards Juan Villoro Marcelo Gleiser Marcelo Rubens Paiva Mathieu Lindon Michael Pollan Mohsin Hamid Paula Miraglia Paulo Mendes da Rocha Paulo Varella Persio Arida Reinaldo Rene Uren Sérgio Augusto Silviano Santiago Vladímir Sorókin

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Assista à transmissão ao vivo da programação principal da Flip 2014 no site flip.org.br e acompanhe em tempo real as novidades da festa nas nossas redes sociais flip.paraty flip_se flip_se flipfestaliteraria

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Agnaldo Farias Almeida Faria Andrew Solomon Antonio Prata Bernardo Kucinski Beto Ricardo Cacá Diegues Cássio Loredano Charles Ferguson Charles Peixoto Claudia Andujar Claudius Daniel Alarcón Davi Kopenawa David Carr Edu Lobo Eduardo Viveiros de Castro Eleanor Catton Eliane Brum Elif Batuman Etgar Keret Fernanda Torres Francesco Dal Co Glenn Greenwald

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Glenn Greenwald Graciela Mochkofsky Gregorio Duvivier Hubert Jaguar Jhumpa Lahiri Joël Dicker Jorge Edwards Juan Villoro Marcelo Gleiser Marcelo Rubens Paiva Mathieu Lindon Michael Pollan Mohsin Hamid Paulo Mendes da Rocha Paulo Varella Persio Arida Reinaldo Sérgio Augusto Silviano Santiago Vladímir Sorókin

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Millôr na Flip Enfim, um homenageado sem estilo

12a. Festa Literária Internacional de Paraty 30 de julho a 3 de agosto 2014

30 quarta

31 quinta

1 sexta

2 sábado

3 domingo

19h | sessão de abertura Conferência Agnaldo Farias Millormaníacos Hubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

9h30 | mesa Zé Kleber a mesa será divulgada junto com a programação FlipMais

10h | mesa 5 O guru do Méier Cássio Loredano Sérgio Augusto

10h | mesa 11 Liberdade, liberdade Charles Ferguson Glenn Greenwald

10h | mesa 17 Ouvir estrelas Marcelo Gleiser Paulo Varella

12h | mesa 1 Poesia & Prosa Charles Peixoto Eliane Brum Gregorio Duvivier

12h | mesa 6 À mesa com Michael Pollan

12h | mesa 12 Memórias do cárcere: 50 anos do golpe Bernardo Kucinski Marcelo Rubens Paiva Persio Arida

12h | mesa 18 Romance em dois atos Fernanda Torres

21h30 | show de abertura Gal Costa

15h | mesa 2 Os possessos Elif Batuman Vladímir Sorókin

Ingressos a partir de 30 de junho

17h15 | mesa 3 Fabulação e mistério Eleanor Catton Joël Dicker 19h30 | mesa 4 Paraty, Veneza no Atlântico Sul Francesco Dal Co Paulo Mendes da Rocha

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15h | mesa 7 Marcados Claudia Andujar Davi Kopenawa 17h15 | mesa 8 Livre como um táxi Antonio Prata Mohsin Hamid 19h30 | mesa 9 Encontro com Andrew Solomon 21h30 | mesa 10 2x Brasil Cacá Diegues Edu Lobo

15h | mesa 13 A verdadeira história do paraíso Etgar Keret Juan Villoro

14h | mesa 19 Os sentidos da paixão Almeida Faria Jorge Edwards 16h | mesa 20 Livro de cabeceira

17h15 | mesa 14 Tristes trópicos Beto Ricardo Eduardo Viveiros de Castro 19h30 | mesa 15 Encontro com Jhumpa Lahiri 21h30 | mesa 16 Narradores do poder David Carr Graciela Mochkofsky

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

Acompanhe a Flip de onde estiver.

30 de julho a 3 de agosto 2014

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Transmissão em Paraty e do Oiapoque ao Chuí A partir de 30/7, assista em tempo real e gratuitamente, no site da Flip, a transmissão online das mesas literárias da programação principal Conheça os convidados antes da festa Siga nossas redes sociais para ficar por dentro da #flip2014 facebook.com/flip.paraty twitter.com/flip_se Sem pressa, com pausa para pipoca Reveja os melhores trechos das Flips passadas e, a partir de 30/7, os highlights desta edição youtube.com/flipfestaliteraria

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peças gráficas

29 de julho a 3 de agosto 2014

Agnaldo Farias Almeida Faria Andrew Solomon Antonio Prata Bernardo Kucinski Beto Ricardo Cacá Diegues Cássio Loredano Charles Ferguson Charles Peixoto Claudia Andujar Claudius Daniel Alarcón Davi Kopenawa David Carr Edu Lobo Eduardo Viveiros de Castro Eleanor Catton Eliane Brum Elif Batuman Etgar Keret Fernanda Torres Francesco Dal Co Glenn Greenwald Graciela Mochkofsky Gregorio Duvivier

ão. te sorte ultrajante mar de problemas

a o feroz ar de angústias –

Hubert Jaguar Jailson de Souza e Silva Jhumpa Lahiri Joël Dicker Jorge Edwards Juan Villoro Marcelo Gleiser Marcelo Rubens Paiva Mathieu Lindon Michael Pollan Mohsin Hamid Paula Miraglia Paulo Mendes da Rocha Paulo Varella Persio Arida Reinaldo Rene Uren Sérgio Augusto Silviano Santiago Vladímir Sorókin

Praça da Matriz 30 de julho a 3 de agosto 2014

Arievaldo Viana Augusto Pessôa Bia Bedran Daniel Kondo Fábio Sombra Laura Teixeira Leo Cunha Luciana Grether Carvalho Luís Dill Marilda Castanha Mario Bag Nelson Cruz Roger Mello Roni Wasiry Guará Rosana Rios Socorro Acioli

Casa da Cultura Praça da Matriz Antonio Prata Eliane Brum Ferréz Luís Dill Mario Bag Paulo Varella Rosana Rios

flipzona.org.br facebook.com/flip.zona

flipinha.org.br

Imagem a partir do grafite produzido pelos jovens da FlipZona em oficina coordenada por Meton Joffily

Imagem a partir do material produzido pelos alunos da Escola da Trindade na Oficina Flipinha do Mar coordenada por Graça Lima

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leio me utor.”

question. d to suffer geous fortune, of troubles,

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

“O tirano pode evitar uma fotografia. Não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade.”

Handy hints

“Não existeforovisitors tempo. to Paraty Existe o passar do tempo.” Mulatas na pista, Perco a vontade De ser racista

A primeira tradução deste trecho de Shakespeare foi feita especialmente para este caderno e é direta, ou seja, literal.

manual da equipe

Já a segunda foi feita por Millôr. Você percebe a diferença? Traduzir é mais do que usar dicionários ou encontrar semelhanças, é adaptar um texto a outra cultura ou até mesmo reescrever alguns trechos. Já tentou imaginar como pode ser o trabalho de um tradutor? Sem ele seria impossível o contato com textos de autores que escreveram em línguas que não conhecemos. Para Millôr, as traduções, “quase sem exceção, têm tanto a ver com o original quanto uma filha tem a ver com o pai ou um filho a ver com uma mãe. Lembram, no todo, de onde saíram, mas, para começo de conversa, adquirem como que um outro sexo”.

PB

Imagine fazer críticas em tempos de repressão política. Nesses momentos quem dava as regras do que se publicava era a censura. Em várias ocasiões, nos periódicos que Millôr trabalhou, era questão de sobrevivência burlar a caneta dos censores. Hoje com a liberdade de imprensa fica até difícil pensar que alguém era empregado para cortar, picotar ou apagar matérias jornalísticas antes mesmo de sair da redação. Mas era assim que acontecia. O curioso é que, nem sempre atentos às tiradas inteligentes que enchiam suas páginas, os censores cortavam o conteúdo que entendiam e, muitas vezes, o que não entendiam também. Você tem ideia das consequências da censura? Procure saber mais. O que poderia ter sido diferente se não houvesse censura naquela época?

1

Com pó e mistério A mulher ao espelho Retoca o adultério

O tempo também é um dos responsáveis pelas mudanças nos significados das palavras, objetos e, principalmente, do comportamento e pensares das pessoas. É comum escutarmos pessoas mais velhas dizerem: “no meu tempo não era assim”. As experiências adquiridas na juventude do avô, por exemplo, são diferentes das experiências que vive o neto.

fliptips

Millôr Fernandes nasceu em 1924 e viveu sua adolescência por volta da década de 40 – época em que o aparelho celular nem existia. É possível pensarmos sobre as diferentes relações humanas, palavras e valores éticos e morais que faziam parte do cotidiano das pessoas. Você consegue imaginar a vida sem o aparelho celular? patrocinador oficial

Mas não é só através de objetos que identificamos as mudanças causadas ao longo do tempo. A produção de Millôr pode servir de exemplo para percebermos o que era “comum” na época de sua juventude, mas, na sociedade atual, poderia ser considerado inadequado. Sugerimos que você leia esses hai-kais criados pelo autor e reflita sobre posturas éticas e morais recorrentes no contexto em que ele viveu.

“A coisa tem que ser dita com absoluta precisão, engraçada quando se a quer engraçada, dramática, poética, política, social na justa medida do que se pretende.”

“Atenção moçada, quando eu disser no meu tempo, quero dizer daqui a dez anos.”

Millôr, além de traduzir, também escreveu diversas peças teatrais e roteiros cinematográficos. Uma de suas peças mais famosas, Liberdade, liberdade (1965), foi escrita em parceria com Flávio Rangel. Para escrevê-la, eles usaram colagens de textos de vários autores e intercalaram questionamentos sobre o regime militar, tema presente no conjunto de sua obra. Seu primeiro roteiro cinematográfico, O amanhã será melhor (1956), discute os problemas sociais e culturais sofridos pelos imigrantes no Brasil. Millôr assina esse roteiro com um de seus pseudônimos, Vão Gôgo.

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Muitos filmes são inspirados em livros, em músicas... Muitas peças surgem a partir de outras histórias... A arte é assim, cheia de referências e trocas. Experimente selecionar trechos de obras que você gosta e criar algo novo!

Pense no seu tempo! Que tal fazer um registro do seu olhar sobre o mundo atual e guardá-lo para que você perceba o que mudou com o tempo? Você pode responder as questões abaixo e lacrar este caderno e as respostas com o objetivo de reabri-lo somente daqui a um ano.

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

folder educativo

90 millôr,

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daily

O jornal oficial da exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos Paraty, quarta-feira 30 de julho de 2014

anos de nós mesmos

Se quiser compartilhar suas respostas e outros comentários, você pode registrá-los no link: estacaoeducativomlp.org.br 1. O que você acha engraçado hoje? 2. Qual o meio de comunicação que você mais utiliza? 3. Qual a principal notícia dos jornais? 4. Qual seu principal meio de transporte? Como ele é? 5. O que você pensa sobre o seu papel na transformação política? 6. Quais sãos seus amigos mais próximos? 7. Quais são os seus projetos para o futuro? 8. Qual palavra combina com você hoje? 9. Você pode aproveitar este espaço para deixar uma mensagem para você mesmo. apoio flip

Millôr Fernandes/Arquivo IMS

“Como me espanto! Já não se fazem millôres como antigamente!” Millôr

Basta!* O CARTUNISTA REINALDO, QUE FALA HOJE NA TENDA DOS AUTORES, DESTILA SUA INDIGNAÇÃO EM EXALTADO EDITORIAL A situação é grave. O espectro do millorismo ronda Paraty e o mundo. Neste exato momento, milhares de perigosos milloristas internacionais se preparam para tomar o poder, millorificando os corações e mentes das novas gerações, facilmente iludidas por insidiosas e nefandas millorificações. Nossos jovens serão facilmente conquistados por millorífluas palavras de ordem como “Livre como um táxi”, “Divagar e sempre” e outros pensamentos milloristoides, contrários à índole do nosso povo. E, como se não bastasse esse perigo, Paraty e o mundo também estão sendo vítimas de millorologistas e millorólogos radicais que

hai-kai Podes crer: O pior cego É o que quer ver

divulgam, na imprensa e nas redes sociais, notícias falsas e alarmistas sobre o aumento do buraco do millôr. Nesta conjuntura adversa, as autoridades têm que tomar uma atitude firme para impedir o atual processo de global millorification. Esperemos que o bom senso prevaleça.

FIQUE CERTO: O SEU COMPLEXO DE INFERIORIDADE NÃO É INFERIOR AO DE NINGUÉM

* Poucos instantes antes do fechamento desta edição do Daily Míllor, recebemos um email pedindo um editorial urgente e candente. Mas, como o sistema caiu e não vimos o fim da mensagem, ficamos sem saber se o editorial era contra ou a favor. Na dúvida, tiramos no cara e coroa. Deu contra. REINALDO

apoio daily míllor

Reinaldo

apoio institucional exposição

48

parceria exposição

realização


peças gráficas

30 quarta

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

tenda dos autores

31 quinta tenda da flipinha

casa da cultura

8h30

flip de bolso

9h

ciranda dos autores Da memória às histórias Laura Teixeira Luciana Grether Carvalho

Roteiros, roteiros e mais documentários… Antonio Prata Eliane Brum

programa programme Jogos e mistérios Rosana Rios

10h30

tenda dos autores

9h

9h30

de vão gôgo ao guru do méier from vão gôgo to the guru of méier

Millôr está entre os primeiros autores brasileiros influenciados pelos quadrinhos, que ele conheceu nos anos 30, na “maior emoção intelectual” de sua vida. Antes de fazer vinte anos, ele já trabalhava numa revista de quadrinhos. Millôr was one of the first Brazilian authors to be influenced by cartoon strips, which he first became acquainted with in the ‘30s, in the “greatest intellectual euphoria” of his life. Before he was twenty, he was already working for a comic book.

cada exemplar é um número every issue is a big number

millôr definitivo the definitive millôr

13h30

Em 1964, Millôr fundou o “semanário de quinze em quinze dias” Pif Paf. Foram apenas oito edições até que a censura do ainda recente golpe de 64 o fechasse. Mas a direção a seguir estava indicada.

Em A Cigarra e O Cruzeiro, Millôr fazia um pouco de tudo: editava, escrevia, ilustrava, traduzia. A seção “O Pif-Paf”, assinada com o pseudônimo Vão Gôgo, era uma explosão de criatividade e anarquia na revista mais lida pelos brasileiros.

In A Cigarra and O Cruzeiro, Millôr did a little of everything: he edited, wrote, illustrated, translated. The section “O PifPaf”, which he published under the pseudonym Vão Gôgo (a spoof on the name van Gogh), was an explosion of creativity and anarchy in Brazil’s most widely-read magazine.

mesa zé kleber Da cidade à cidadania Jailson de Souza e Silva Paula Miraglia Rene Uren

ciranda dos autores Como se conta uma história Augusto Pessôa Rosana Rios

In 1964, Millôr founded the “weekly published fortnightly” Pif Paf. After only eight issues, it was shut down by the recently installed military government censors. But the path to be taken had been revealed.

parceiros

15h

Paraty R João Ayres Martins 14 Ilha das Cobras 23970-000 Paraty RJ

mesa 2 T +24 3371-7082 Os possessos Elif Batuman Vladímir Sorókin

Millôr escreveu e traduziu peças de teatro que puseram o seu nome em destaque nas artes cênicas brasileiras. Era um mestre do diálogo, que renovou peças de Shakespeare, Molière e elaborou roteiros e falas para o cinema nacional.

Boa parte da inspiração do Pasquim veio de Millôr e seu Pif Paf. O jornal que um grupo de amigos – Ziraldo, Ivan Lessa, Paulo Francis, entre outros – fundou em 1969 tirou “o paletó e a gravata” do jornalismo brasileiro, segundo Jaguar. Sua página na Veja consolidou o nome de Millôr na cabeça do leitor brasileiro.

Millôr wrote and translated plays that brought him recognition in Brazil’s performing arts. He was a master of dialogue, who renewed plays by Shakespeare and Molière and wrote scripts and monologues for Brazilian cinema.

Much of the inspiration for O Pasquim came from Millôr patrocinador oficial and his Pif Paf. Founded in 1969 by a group of friends – Ziraldo, Ivan Lessa, Paulo Francis, among others – the newspaper removed the “coat and tie” from Brazilian patrocinador oficial journalism, according to Jaguar. Millôr’s page in the magazine 17h15 mesa 3 Veja consolidated his name in Fabulação the minds of Brazilian readers. e mistério Eleanor Catton patrocinador flipinha Joël Dicker

19h

FlipZona

sessão de abertura Conferência Agnaldo Farias Millormaníacos Hubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

mesa 4 Paraty, Veneza no Atlântico Sul Francesco Dal Co Paulo Mendes da Rocha

Tradução in translation José Luiz Passos Sam Byers Paulo Henriques Britto Daniel Hahn

Passaporte Verde

21h30

as histórias? Leo Cunha Roni Wasiry Guará

show de abertura Felipe Guaraná e banda Gal Costa

21h30

22h

mesa bônus Porque era ele, porque era eu Mathieu Lindon Silviano Santiago

22h

desenho de Millôr Fernandes/ Acervo Instituto Moreira Salles

49

A poesia e seus caminhos de fazer ler Flávio Araújo Luís Dill Ninfa Parreiras Simone Monteiro de Araújo

O R C

mesa 12 Memórias do cárcere: 50 anos do golpe Bernardo Kucinski Marcelo Rubens Paiva Persio Arida

14h

14h30

15h

Meio de campo: o papel do agente literário Lucia Riff Mariana Teixeira Soares Nicole Witt

mesa 8 Livre como um táxi Antonio Prata Mohsin Hamid

A verdadeira história do Paraíso Etgar Keret Juan Villoro

17h30

ciranda dos autores Cultura popular e literatura Arievaldo Viana Fábio Sombra

B e e P C E G

ciranda dos autores Entre fios e traços Roger Mello

16h

17h15

Centenário de um Nobel Alberto Ruy-Sánchez Horácio Costa

mesa 14 Tristes trópicos Beto Ricardo Eduardo Viveiros de Castro

mesão Homenagem a Millôr Fernandes

S a p C S

18h

Viagem ao céu Paulo Varella mesa 9 Encontro com Andrew Solomon

19h30

Em nome do pai Ivo Herzog Marcelo Rubens Paiva

20h

21h30

Noites de cinema: Jards Direção de Eryk Rocha, 90 min

mesa 11 Liberdade liberdade Charles Ferguson Glenn Greenwald

programamesa 13

mesa 7 Marcados Claudia Andujar Davi Kopenawa

18h

Hora da estrela Apresentação dos jovens talentos de Paraty

cas

Governo do Rio de Janeiro cirandaCasa dosAzul autores e Associação apresentam De onde vêm

flipmais programa

21h

tenda da flipinha

10h30

12h

16h

19h30

programa

10h

millôr,

15h

tenda dos autores

Leitura dramatizada da obra de Millôr Alunos da oficina de teatro da Biblioteca Casa Azul

A construção da imagem e do texto Luís Dill Mario Bag

14h

90

casa da cultura

mesa 6 À mesa com Michael Pollan

19h

19h30

20h

O município de Paraty foi selecionado como o destino piloto da campanha Passaporte Verde no Brasil, projeto que visa estimular o turista a adotar um comportamento de consumo responsável, dando a sua contribuição para a conservação da natureza e a valorização da cultura dos destinos visitados. Confira algumas dicas no site: passaporteverde.gov.br

mesa 5 O Guru do Méier Cássio Loredano Claudius Sérgio Augusto

13h30

Construindo de julho políticas30públicas a 3 de agosto para a leitura 2014 José Marta Suplicy, Castilho, Fabiano Piuba, Antônio Carlos Sartini, Paulo D. Farah, Cláudia Santa Rosa

Versos de risco - do hai-kai à poesia marginal Adriana Calcanhotto Charles Peixoto

Flip programação principal

Flipinha

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

17h15

18h

FlipMais

10h30

anos de nós Mano a mano mesmos Damián Tabarovsky Leopoldo Brizuela years of ourselves

16h

um elefante no caos an elephant amid the chaos

ciranda dos autores A música e a literatura Bia Bedran Marilda Castanha

9h

12h

São Paulo R Capitão Antônio Rosa 376 cj 91 01443-900 São Paulo SP T +11 3081-6331

tenda da flipinha

8h30

mesa 1 Poesia & Prosa Charles Peixoto Eliane Brum Gregorio Duvivier

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul Associação Casa Azul apresentam ciranda dos autores flip.org.br flipzona.org.br A arte de escrever facebook.com/flip.zona Luís Dill

2 sábado

tenda dos autores

ciranda dos autores A ilustração ontem e hoje Daniel Kondo Mario Bag Nelson Cruz

10h

Socorro Acioli

14h

casa da cultura

Sociedade e literatura Ferréz

10h30

12h

compozissõis imfãtis early compozishuns

1 sexta tenda da flipinha

8h30

mesa 10 2x Brasil Cacá Diegues Edu Lobo

21h30

Noites de cinema: Mr. Sganzerla os signos da luz Direção de Joel Pizzini, 90 min

mesa 15 Encontro com Jhumpa Lahiri

E Ti

20h

22h

mesa 16 Narradores do poder David Carr Graciela Mochkofsky

N c D M Im


produtos

50


sinalização

51


autores 2014

Flip Agnaldo Farias Almeida Faria Andrew Solomon Antonio Prata Bernardo Kucinski Beto Ricardo Cacá Diegues Cássio Loredano Charles Ferguson Charles Peixoto Claudia Andujar Claudius Daniel Alarcón Davi Kopenawa David Carr Edu Lobo Eduardo Viveiros de Castro Eleanor Catton Eliane Brum Elif Batuman Etgar Keret

FlipMais Fernanda Torres Francesco Dal Co Glenn Greenwald Graciela Mochkofsky Gregorio Duvivier Hubert Jaguar Jailson de Souza e Silva Jhumpa Lahiri Joël Dicker Jorge Edwards Juan Villoro Marcelo Gleiser Marcelo Rubens Paiva Mathieu Lindon Michael Pollan Mohsin Hamid Paula Miraglia Paulo Mendes da Rocha Paulo Varella Persio Arida Reinaldo Rene Uren Sérgio Augusto Silviano Santiago Vladímir Sorókin

Adriana Calcanhotto Alberto Ruy-Sánchez Antônio Carlos M. Sartini Charles Peixoto Charlie Dark Chico Caruso Cláudia Santa Rosa Cristina Maseda Damián Tabarovsky Daniel Hahn Eliane Tomé Fabiano dos Santos Piúba Flávio Araújo Graça Castro

Flipinha Horácio Costa Ivo Herzog José Castilho Neto José Luiz Passos Leopoldo Brizuela Lucia Riff Luís Dill Marcelo Rubens Paiva Mariana Teixeira Soares Nicole Witt Ninfa Parreiras Paulo Daniel Elias Farah Paulo Henriques Britto Pilar Lacerda Reinaldo Sam Byers Siba Simone Monteiro de Araújo Tim Crouch Volnei Canônica

Arievaldo Viana Augusto Pessôa Bia Bedran Daniel Kondo Fábio Sombra Laura Teixeira Leo Cunha Luciana Grether Carvalho Luís Dill Marilda Castanha Mario Bag Roger Mello Roni Wasiry Guará Rosana Rios Socorro Acioli FlipZona Antonio Prata Eliane Brum Ferréz Luís Dill Mario Bag Paulo Varella Rosana Rios

52


flip em números

Eventos

Flip Programação principal nº de eventos (mesas, show e conferência de abertura) nº de convidados nº de convidados brasileiros nº de convidados estrangeiros nº de mediadores nº de países países

25 49 28 21 14 14 África do Sul, Argentina, Brasil,Espanha, EUA, França, Israel, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suíça

FlipMais

15 34 26 8 8 4 Argentina, Brasil, México, Reino Unido

53


flip em números

Eventos

Flipinha nº de eventos mesas ciranda dos autores apresentações de escolas oficinas Arte na Praça outros eventos nº de convidados nº de mediadores nº de escolas participantes e instituições educacionais monitores (estudantes voluntários)

103 9 38 28 28 15 9 44

Biblioteca Casa Azul na Flipinha

visitas à biblioteca livros do acervo da biblioteca livros do acervo nos pés de livros livros doados na ”Operação Flipinha” nº de editoras parceiras

cerca de 2 mil

Biblioteca Casa Azul

visitas à biblioteca nº de empréstimos cadastros livros do acervo

9.077 (janeiro a agosto 2014) 3.303 (idem) 1.290 (total) mais de 12 mil

1.250 701 2.248 17

102

54


flip em números

Eventos

FlipZona nº de eventos nº de convidados nº de mediadores nº de oficinas participantes das oficinas matérias no blog vídeos acessos ao blog

10 7 3 9 150 77 9 6.144

total todas as programações nº de eventos nº de convidados* nº de convidados brasileiros* nº de convidados estrangeiros* nº de mediadores* nº de países

153 95 66 29 31 14 *autores que participaram de mais de uma programação foram contabilizados apenas uma vez

55


flip em números

Público

Impacto na cidade

Flip - Programação principal

tenda dos autores 16.806 praça do telão e telão da quadra 12.856 subtotal 29.662 FlipMais Casa da Cultura

Geração de renda para a cidade

R$ 14 milhões* *Estimativa da Associação Casa Azul com base em pesquisa Datafolha de 2011

1.731

Flipinha tenda da Flipinha

Equipe equipe total 612 equipe não remunerada (voluntários) 47

15.900

FlipZona Casa da Cultura

1.600

total 43.893 oficinas oficina literária 20

público geral estimado entre 20 e 27 mil pessoas

56


Comunicação

flip em números

Valoração mídia espontânea

mídia impresso on-line rádio tv total

inserções valor 781 R$ 100.765.443,76 1.436 R$ 6.452.593,04 158 R$ 7.577.746,96 102 R$ 106.233.303,88 2.477 R$ 221.029.087,64

Principais inserções na mídia impressa

Acessos ao site da Flip* durante mês da Flip 352.000 durante o evento 155.529 média por dia durante o evento 31.105 *fonte: google analytics

veículo inserções centimetragem inserções em reais centimetragem em % % em reais O Globo 116 9.519 20.324.968,80 8,27 9,20 Folha de S.Paulo 130 12.349 29.222.673,60 10,73 13,22 O Estado de S. Paulo 74 7.641 18.289.497,60 6,64 8,27 Revista Época 8 1.403 6.233.112,32 1,22 2,82 Correio Braziliense 13 1.529 1.156.168,64 1,33 0,52 Jornal do Commércio-PE 33 377,5 147.859,20 0,33 0,07 Zero Hora 5 332 199.571,84 0,29 0,09 Revista Veja 2 23 200.192,00 0,02 0,09 Estado de Minas 6 319 228.199,84 0,28 0,10 outros 1.830 8.1629,5 145.026.843,81 70,91 65,61

57


flip em números

Peças gráficas

Tiragem

Tiragem

adesivo parceiros 200 folder educativo 5.000 cartaz Flip 500 cartaz FlipZona 300 cartaz Flipinha 300 cartaz Jeff Fischer 500 certificado oficina literária 50 certificado Flipinha 150 clipping pós-evento 30 comunicado aos moradores 600 comunicado cancelas 2.000 fliptips 100 folder lançamento coletiva 200 manual de equipe 450 relatório pós-Flip impresso 100 voucher convidados 1.000 voucher equipe 1 6.000 voucher equipe 2 7.000

kit completo programa Flip programa Flipinha programa FlipZona programa FlipMais programa Parceiros flip de bolso folder exposição daily míllor

7.000

18.000 12.000 6.000

58


Sinalização

flip em números

Local de exposição

painel painel painel painel painel painel painel painel painel painel painel painel painel bandeiras ponte

Tenda dos Autores externo Tenda dos Autores palco Tenda dos Autores foyer Tenda da Flipinha externo Tenda da Flipinha palco Praça da Matriz Telão da Quadra Telão da Quadra transmissão Casa da Cultura externo Tenda dos Autógrafo externo Tenda dos Autógrafo foyer Praça do Telão externo Praça do Telão transmissão Ponte do Pontal

59


Associação Casa Azul

Flip

realização Associação Casa Azul

conselho diretor Liz Calder presidente Esther Hamburger Izabel Costa Cermelli (Belita) Louis Baum Mauro Munhoz

Mauro Munhoz diretor-presidente Izabel Costa Cermelli (Belita) diretora-superintendente

conselho consultivo Giorgio Della Seta presidente Carlos Augusto Calil Eduardo Giannetti Fernão Bracher João Moreira Salles Jorge Caldeira Jorge da Cunha Lima José Kalil Filho Margarida Cintra Gordinho Paulo Bilyk Roberto Teixeira da Costa Rubens Barbosa Mauro Munhoz direção-geral programação principal Izabel Costa Cermelli (Belita) direção-geral programação infantil e juvenil Pauline Hartmann assessoria executiva Joana Fernandes coordenação geral Paulo Werneck curadoria programação principal Gabriela Gibrail curadoria programação infantil e juvenil

Mauro Munhoz direção de arquitetura e design arquitetura e cenografia Juliana Antunes Penelope Casal de Rey Frederico Teixeira Mariana Tidei Augusta Albers Eduardo Ito design gráfico Alexandre Benoit Marcela Souza Marilia Ferrari Juliana Bucaretchi tratamento de imagens Motivo ilustração Jeff Fisher parcerias e comunicação institucional Martine Birnbaum Ana Melo Christopher Mathi Joanna Savaglia Luciana Benatti relacionamento institucional Bernadete Passos Elison da Silva Luana Moreira Luara Marques

comunicação Letícia Costa comunicação paraty Claudia Ferraz assistência de comunicação Marilia Kodic Thais Santos mídias sociais Alexandre Matias Claudia Ferraz redação cobertura Flip Diego Viana Gabriela Longman revisão Antonio Mello Jussara Lopes tradução Ángel Gurría-Quintana Alison Entrekin assessoria de imprensa A4 comunicação relacionamento com autores Sandrine Ghys Galileia Estrela Leão Laura T. Hauser Carmen Ogilvie Débora Assis intérpretes Christopher Peterson Alicia Asseo Anna Vianna Branca Vianna Camilla Pereira Eleanora Barros Monica Cavalcanti Vita Zoubkova planejamento exposição Tomara Educação e Cultura pesquisa de imagens Raiz Forte acervos

produção executiva Sueleni de Freitas produção local e logística Mariza Cermelli produção flipinha e flipzona e mobilização comunitária Andrea Maseda produção geral Beatriz Cyrineo Cadu Ruocco Cecilia Cabañas Kadu Rocha Rebeca Damian logística Juliana Pinheiro Paulo Kastrup assistência de produção flip Natalia Alexandrino Verônica Orquídea Raphael Capucho assistência de produção flipinha e flipzona Cássio Coelho Rafaelle Samahá Beck Raphael Moreira Síbel dos Santos Barros diretor técnico e de palco Andreas Schmidt equipe técnica AudioBizz assistência de campo Adão Balbino Ronaldo da Conceição José Roberto Wagner Malvão monitores de tenda Ana Rocha Paulo Cesar Marques Pedro Coelho Raphaela Torres Yara Ercolin serviços gerais Marli Prado

biblioteca casa azul Clélia Botelho Gabriela Roza Maia Pigot Natália Braga Zulmira Gibrail Costa arte na praça Gilcimar Lopes Correa Maria Cláudia Torres (Kachuca) central flipzona Aline Toledo Santos Beatriz Condini Branca O. F. de Freitas Gabriela M. dos Santos Leandro Leite Leocádio Maria da Graça J. Barreiros Pamela Daniele Albrecht Samara Donário estágio Bárbara S. Martins Francisco Guaraná Glícia da Silva Reis Matheus Cantídio Costa

colaboradores Ana Claudia Vasconcellos Ana Luiza Borges Izabel Franco Leandra Menezes Og Moreira Torres Rachel Sterman Renata Atilano Roberta Val Tama Savaget administrativo financeiro são paulo Felipe de Feo Adriana Lima Dutra Alves Clélia Maria R. P. dos Santos Julise Freitas Luciene da Silva administrativo financeiro paraty Andresa Prado Ana Marcela de Jesus Caio Cesar Gomes Marina Lopes assessoria administrativa e orçamentária Wellington Leal assessoria jurídica Cesnik, Quintino e Salinas Advogados

60


61


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