Voz do Florista 44

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Sou rato de banca de jornal e livraria. Me inspiro com isso o tempo todo. Tenho prateleiras e prateleiras de livros e revistas em casa, é uma loucura a quantidade! Alguns exemplares olho uma única vez, mas tem aqueles que vejo sempre. Alguns são os meus prediletos para levar para as reuniões. Faço questão de mostrar de onde estou tirando essa ou aquela ideia. Vou colocando post-it, tiro xerox de tudo e dessa miscelânea eu crio minha própria história. Minha e do anfitrião. Alguns podem pensar ser hipocrisia minha. Que seja! Tenho total segurança em buscar inspiração em outros lugares. Minha noiva ou cliente pode chegar com um calhamaço de recortes, eu gosto disso. Sei que o resultado final será uma criação minha, derivado de muita pesquisa, conversas sérias e fiadas. O que importa é conseguir alcançar o que a pessoa gosta, independentemente de ter visto em algum lugar ou tirado da própria cabeça mesmo. Sou arquiteto de formação e sempre gostei de decoração. Minha mãe é muito trabalhadora e não tinha tempo de cuidar de coisas fúteis, tinha que colocar o arroz e o feijão na mesa. Mas eu tinha uma tia decoradora que tinha uma casa linda. E daí muita inspiração. Aliás, por parte de pai, minhas tias eram tias decoradoras e os meus tios barões do café (que viviam na farra). Já do lado da minha mãe a turma era de políticos, o Presidente do Estado de São Paulo Bernardino de Campos e por aí vai... Moravam em palácios e casarões. Não esqueço da árvore de Natal da minha avó materna. Ela morava em casarão e eu a ajudava com o presépio. O cheiro de pinheiro me lembra a infância. Hoje em dia, Natal significa trabalho, é uma época que me deixa exausto, uma correria louca em torno dos projetos decorativos de grandes empresas, não tem jeito. Quando entrei na Faculdade de Arquitetura, não entrei na Belas Artes, entrei na FAO Santos e lá tive meu primeiro contato com o trabalho de um arquiteto chamado João Artacho Jurado. Só pensava nele, era meu ídolo! Fiquei fã dele e dos anos

50, em pleno anos 80. Nas férias em Santa Rita do Passa Quatro adorava colocar todo mundo dentro do jipe e sair visitando fazendas vizinhas e casarões. Numa dessas paradas, conheci o marido de uma prima, decorador, o Rubens Mario de Oliveira. Em outra visita ele perguntou se eu não gostaria de ser seu assistente. Eu fui, claro!! Fazia a finalização dos projetos na hora de entregá-los. Colocava quadros tapetes, arranjos. Arrematava. Tudo a ver com o que eu faço hoje, com a coisa da produção. Logo no início ele me mostrou o livro do Ronaldo Maia e passei a copiá-lo. Está aí mais um nome que faz parte da minha história como fonte de inspiração. Também na faculdade conheci um artista plástico chamado Paulo Von Poser. Fui fazer um curso de desenho com ele e acabamos fazendo muita coisa juntos, inclusive os meus primeiros trabalhos com produção de moda. Nessa época comecei a fazer os editoriais para a Joyce Pascowitch e para a Casa Vogue. Então, de manhã eu tinha faculdade, de tarde eu ia para o estágio no escritório do Rubens Mario de Oliveira, nesse meio tempo fazia algumas produções de moda e ainda arrumei um outro emprego, para o final do dia. A minha jornada diária terminava na floricultura de uma argentina, a Dona Leonor. Foram quase três anos nessa jornada quádrupla. Mas principalmente neste começo, a minha história com a moda é muito marcante. Trabalhei com diversas figuras importantes desse universo com propósitos diferentes para cada uma. Com a Glória Coelho, por exemplo, eu fazia os arranjos que eram enviados às clientes nos dias dos seus aniversários. Era uma delícia porque, cada uma com a sua personalidade, tinha de tudo e minha tarefa era agradar. Então criamos três estilos: um para a cliente mais careta, outro para a mediana e um terceiro, para essas eu fazia buquês punks, com rosas vermelhas e tule preto. Nossa, eu era louquinho... Bem mais maluco do que sou agora.


Nossa, eu era louquinho... Bem mais maluco do que sou agora. Precisei dar uma boa encaretada"

Precisei dar uma boa encaretada. Isso por um lado foi bom, já que começaram a surgir convites que exigiram mais serenidade da minha parte. Fiz paisagismo e decorações das festas em casas, fiz um casamento para meu amigo Paulo, sozinho e tudo em plástico colorido! Depois de tudo que já vinha fazendo, montei meu portifólio e percebi dois detalhes muito importantes que mudaram minha vida para sempre: a certeza que estava no caminho certo profissionalmente e a convicção de que precisava aprender mais. Foi aí que pensei, vou para a Inglaterra! Com dinheiro emprestado da minha mãe, embarquei com uma mão na frente outra atrás. Aluguei um lugar minúsculo, mas bem localizado. Eu tinha vizinhos milionários, mas dormia no prédio de empregados. De manhã estudava inglês e a tarde fazia pesquisas e anotações. Até que um dia vi um anúncio: precisa -se de florista. Levei meu portifólio e fui contratado – por hora. Na Inglaterra, na época da primavera, existem os festivais de flores em que vários floristas decoram as igrejas. A minha chefe era coordenadora de um desses festivais e me colocou para fazer o arco de uma igreja em Knightsbridge, um distrito muito chique de Londres. Foi meu primeiro trabalho internacional e Joyce Pascowitch, pá, publicou! Depois consegui um estágio no Robert Day, que era o Vic de Londres, e também trabalhei na Embaixada do Brasil como florista e ainda teve um período em que trabalhei numa floricultura em Mayfair. Começaram a surgir muitos clientes e, diga-se de passagem, eu também me divertia bastante. Foi uma fase boa, mas senti que era hora de voltar. Estava com saudade de casa, das pessoas no Brasil. Em 1991, quando cheguei ao Brasil, era hora de montar o meu negócio. Então, registrei a minha empresa e comprei um fax! Tinha que ter um! Nesse (re) começo, três nomes foram muito importantes, Lita Mortari, eu fazia arranjos de flores da semana por lá, Dona Renée Rehar, cliente assídua, conheceu meu trabalho e disse: quero falar com esse menino. Assim, fui trabalhar também para ela, a princípio em seu antiquário e depois na produção de festas e jantares. Podemos dizer que foi dona Renée Behar que me introduziu na Sociedade Paulistana, já que antes figurava mais na cena de moda e design. Comecei a respirar outros ares, sabe? E me sentia completamente seguro com isso! Produzi catálogos para a Daslu, com flores: saias de flores, corpete de flores, chapéu de flores - tudo natural! A partir daí fui contratado para fazer várias coisas na loja, dos cenários no hall a cada troca de coleção nos lançamentos, passando por outros catálogos e produções também. Nessa época, trabalhavam comigo a minha irmã, o Pelezinho (meu braço direito até hoje) e minhas primas, que sempre me davam uma força. Hoje em dia eu tenho dois motoristas, uma faxineira, três floristas (incluindo o Pelezinho), duas secretárias, um produtor e um desenhista.

A divulgação do meu trabalho acontece de boca a boca e sempre foi assim. Festa de um, festa de outro...até que um dia Toninho Mariutti me indicou para fazer o casamento da Mônica Radomysler. A partir daí a coisa deslanchou. Um fax, as flores no balcão de uma loja, produções de moda, uma festa bem feita...Assim foi o início da minha história. Nesse momento apareceu Bia Aydar e Fernanda Nigro, com a iniciativa de me colocar para fazer sozinho o projeto do casamento de Matias Machiline. Depois fiz a festa do príncipe Rainier de Mônaco, o jantar do WTC para a Rainha Silvia da Suécia, o do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o almoço da prefeita Marta Suplicy, o casamento de Ronaldinho e Daniela Cicarelli no castelo de Chantilly e fui que fui... Mas vamos deixar claro que continuo atuando junto a decoradores como florista e fazendo também arranjos, como para a própria Renée Behar. Minha vida é muito agitada, sempre em torno de comemorações! Só me falta trabalhar com Carnaval. Nunca fui sondado, mas morro de vontade!!!

Baseado no livro Vic Meirelles da 3R Studio Editora

11 3836-4038

@vicmeirellesoficial www.vicmeirelles.com.br


FEITO À MÃO FEITO À MÃO

VOCÊ VAI PRECISAR DE: • Ruscus • Alecrim de corte • 4 mudas de salsinha • 1 muda de alecrim • 2 mudas de hera • Musgo sfagno

RESULTADO FINAL PRODUZIDO POR:

Tânia Santos

• Lírio amarelo • Eucalipto • Urucum • Latânia • Semente de eucalipto

• Floral F-2 cod. 50310003 • Sujinho Bege cod. 708200003 • Conj de gavetas cod. 605501830 • Fitilho cod. 605200017


FEITO À MÃO FEITO À MÃO

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Revista a gaveta menor com o sujinho, plante a muda de alecrim, recorte o excesso de sujinho e faça o acabamento o musgo sfagno;

2

Na gaveta média plante as mudas de salsinha com a proteção do sujinho, apare e faça o acabamento com musgo sfagno;

3

Embale as mudas de hera com sujinho pois a necessidade de água desta planta é diferente do que o floral oferece;

4

Com o f-2 encaixado na gaveta maior e protegido pelo sujinho, recorte um concavo no canto da frente para encaixar a muda de hera;

5

Com o eucalipto determine a altura do arranjo;

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Faça um grupo com as mini latânias recortadas;

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Insira em grupos o alecrim de corte e o urucum;

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Na frente disponha os lírios e um grupo de mini girassóis próximos as latânias;

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Distribua o pinóquio amarelo próximo a base, para iluminar o arranjo;

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Use o ruscus para cobrir a toda a espuma floral;

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Com as sementes de eucalipto, crie um efeito de convergência para dar mais interesse ao arranjo;


PRODUTOS

PRODUTOS

Confira a nossa linha completa no Catálogo de Floricultura 19/20

A Floral Atlanta agora tem embalagens para Floricultura! Acompanhando as cores das tendências de 2020, conheça nossos lançamentos:

Sujinho Liso Cantaloupe 49x69cm

708200028

Poli Quadrado Mellow Yellow 68x68cm

708050011

Cachepot Cantaloupe

medida código P 615601180 G 615601181

Sujinho Cantaloupe 49x69cm

708200111

Sujinho Purist Blue 49x69cm

708200108

O HUMOR deve estar presente em todos os momentos da vida! Que tal a nossa linha de cachepots divertidos?

Delicinha medida código P 615601190 G 615601191

Caseirinha medida código P 615601184 G 615601185

Amiguinho

Doçurinha

medida código P 615601188 G 615601189

medida código P 615601194 G 615601195

Derretidinho

Cheirosinho

medida código P 615601192 G 615601193

medida código P 615601186 G 615601187


DISTRIBUIDOR

Os nossos Centros de Atendimento ao Atacadista e Distribuidor são agora Floral Atlanta CAAD! Com mais de 2 mil itens exclusivos Floral Atlanta, entre eles embalagens e acessórios para floricultura, além de peças da Linha Decor e nossos diversos formatos de espuma floral, a Floral Atlanta CAAD tem espaço exclusivo para carregamento de caminhões e um delicioso café para atendê-los.

Rod. 107 Km 29,8 – Holambra – São Paulo

19 3802.4588


PRODUTOS PRODUTOS

Árvore de Gravetos medida código 40x13x97cm 615502333

Folha Gravetos III medida código 107x46x11cm 605502332

Suporte 3 Andares medida código 28x38x64cm 605502254

Base Suspensa com Gancho medida código P 37x37x62cm 605502640 M 47x47x62cm 605502641

Cúpula Ocean

medida código P 26x18x32cm 605502361 M 26x18x36cm 605502460

FLORAL ATLANTA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Central de Atendimento: 11 4053.3233 CAAD Centro de Apoio ao Distribuidor: CAAD Holambra/SP: 19 3802.4588 CAAD Joinville/SC: 47 3432.8651 | CAAD Eldorado/RS: 51 3499.1395 www.floralatlanta.com.br /f loralatlanta

@f loralatlanta


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