EDUCAÇÃO INTEGRAL METAS DO PNE
Oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da Educação Básica.
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epois de um período de crescimento, na primeira metade da última década, a pro-
DE OLHO NA EQUIDADE
porção de escolas públicas de Educação Básica com matrículas em tempo integral (portanto, com jornada de, no mínimo, sete horas diárias) vem caindo desde 2016: passou de 44,6%, em 2015, para 29,5%, em 2020. A maior queda na oferta ocorreu no Ensino Fundamental: o número de matrículas em tempo integral nessa etapa passou de 2,4 milhões para 1,8 milhão, entre 2019 e 2020. Já no Ensino Médio, entretanto, a oferta de matrículas em tempo integral vem aumentando: nos últimos dez anos, o crescimento foi de 11 pontos percentuais, passando de 2,8%, em 2011, para 13,8%, em 2020. Entre 2019 e 2020, o crescimento foi de 2,1 pontos percentuais, o que representa um acréscimo de 151,8 mil matrículas. O Ceará é a unidade federativa com a maior proporção de matrículas em tempo integral em escolas públicas na Educação Básica. Especifi-
O sistema escolar brasileiro reproduz diversas desigualdades sociais. É importante evidenciá-las para que as políticas públicas sejam colocadas em prática de forma mais equitativa. Por isso, é essencial a análise de alguns recortes: por região, localidade, renda e raça/cor.
3,2%
das matrículas na Educação Básica do Amapá e do Pará acontecem em tempo integral; o mesmo vale para 26,3% das matrículas do Ceará.
5,1%
das matrículas na Educação Básica na região Norte acontecem em tempo integral; o mesmo vale para 14,5% das matrículas na região Nordeste.
camente no Ensino Médio, o destaque fica por conta de Pernambuco, estado em que 54,6% das matrículas nas escolas públicas são ofertadas em tempo integral.
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OS NÚMEROS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
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