1 minute read

Tabela 5 - Professores com Ensino Superior em Pedagogia, por categorias

Conforme discutido na Introdução, as creches, em sua origem, eram voltadas para uma população vulnerável e visavam predominantemente o cuidado, e não a educação (MARQUES, PEGORARO e DA SILVA, 2019). Muitas das redes, ainda hoje, têm dificuldade de integrar o olhar educativo na prática profissional e integrar os campos de experiências e a importância das brincadeiras no cotidiano das unidades educacionais.

Nesse sentido, os adultos que interagem com as crianças no contexto escolar são promotores de aprendizagens para as crianças, sendo os professores os titulares da responsabilidade de facilitar essas aprendizagens. Dito isso, a formação dos profissionais da educação, e em particular dos professores titulares e auxiliares, é de importância central. Na Tabela 3 a seguir, apresentam-se dados referentes à formação dos professores em Pedagogia.

TABELA 5 - Professores com Ensino Superior em Pedagogia, por categorias (%)

Sem Superior em Pedagogia Superior em Pedagogia Incompleto Superior em Pedagogia em Andamento Superior em Pedagogia Completo Total

25,4 3,7 5,0

Fonte: Elaboração própria. 65,9 100,0

De acordo com a LDB (2021), a formação inicial deve se dar no nível superior em pedagogia para fundamentar a prática pedagógica docente de qualidade. Pela Tabela 3, 34,1% das(os) professoras(es) não têm formação formal suficiente, configurando uma deficiência estrutural a nível de formação inicial. O percentual de professoras(es) com algum tipo de pós-graduação para complementar sua formação a nível superior, por sua vez, é de pouco menos de 55%. Para além da formação inicial, a formação continuada se faz essencial não só para aqueles que possuem lacunas na formação a nível superior, mas para todas(os) as(os) professoras(es) (BRASIL, 2019b). Esse processo deve ser estabelecido a nível de rede, mas os docentes também são responsáveis pelo próprio desenvolvimento profissional. Nesse contexto, 93% dos professores entrevistados afirma ter participado de alguma formação em serviço nos últimos 12 meses, enquanto 60,9% dizem ter realizado formações por conta própria no mesmo período. Entre estes dois dados há uma interseção de professoras(es) que não recebem formação continuada alguma, e que podem ter sua prática pedagógica desatualizada e desalinhada a princípios e parâmetros fundamentais estabelecidos pela BNCC. Em contraponto, quase a totalidade das(os) professoras(es) (99,5%) respondeu que realiza pesquisas por conta própria, sendo a internet o meio de pesquisa mais utilizado (Gráfico 9). A conversa com colegas e a consulta a livros também

This article is from: