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O compromisso para salvaguardar o dom da CRIAÇÃO DE DEUS
Com informações agência Ecclesia. O Papa Francisco disse que é preciso “reconhecer” que a crise ambiental e a crise social “não são duas crises separadas, mas uma única crise”, em encontro com Líderes inter-religiosos e polí- ticos da Grande Manchester (Inglaterra), no Vaticano. “Tornou-se cada vez mais evidente que o compromisso atual para salvaguardar o dom da criação de Deus deve ser parte de um esforço mais amplo para promover uma ecologia integral que respeite a dignidade e o valor de cada pessoa humana e reconheça os trágicos efeitos da degradação ambiental na vida dos pobres”, disse no seu discurso, publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Na audiência ocorrida em 21 de abril, ao grupo de 23 pessoas, o Papa afirmou que se deve “reconhecer que a crise ambiental e social” de hoje “não são duas crises distintas, mas uma”, o que exige a criação de “novos e visionários modelos econômicos”.
“Isto requer a cria- ção de novos modelos econômicos voltados para o futuro. Mas, também, determinação para superar a cultura do descartável, a cultura do desperdício, gerada pelo consumismo e pela indiferença globalizada, que inibe os esforços para enfrentar estes problemas humanos e sociais da perspectiva do bem-comum.”
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Francisco agradeceu a visita dos Líderes inter-religiosos e políticos da Grande Manchester, e invocou “bênçãos divinas de sabedoria, força e paz”.
Papa ALERTA para «ventos gélidos» da guerra, que persistem sobre a Europa
Com informações agência Ecclesia. O Papa alertou para os “ventos gélidos” da guerra que persistem sobre a Europa, evocando em particular a situação na Ucrânia e a crise provocada pelos refugiados.
“As movimentações de muitas pessoas colocam na ordem do dia questões humanitárias urgentes”, disse Francisco, desde a janela do apartamento pontifício, ao saudar os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para recitar a oração pascal do ‘Regina Coeli’, no domingo, 23.
A intervenção projetou a viagem do Papa à Hungria, que vai decorrer de 28 a 30 de abril.
“Será uma viagem ao centro da Europa, sobre a qual se continuam a soprar gélidos ventos de guerra”, advertiu.
“Não nos esqueçamos dos nossos irmãos e irmãs ucranianos, ainda atingidos por esta guerra”, acrescentou Francisco.
O Papa quis deixar uma mensagem de afeto à população húngara, que prepara “com muito empenho” esta visita.
“Agradeço-vos de coração, por isto, e peço a todos vós que me acompanheis com a oração, nesta viagem”, declarou.
Com o lema ‘Cristo é a nossa esperança’, a visita à Hungria será a 41ª viagem internacional do pontificado e representa um regresso a Budapeste, onde Francisco presidiu, em 2021, à Missa de encerramento do 52.º Congresso Eucarístico Internacional.
Desde o início da guerra na Ucrânia, cerca de um milhão de refugiados provocados pela invasão russa passaram pela Hungria, rumo a outros países europeus.
O programa da visita inclui encontros com migrantes e pobres, tendo sido acrescentada uma reunião com a comunidade greco-católica, particularmente representada na Ucrânia.
A comitiva do Papa vai incluir o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, D.Claudio Gugerotti.
Sud O
Na sua intervenção deste domingo, 23, Francisco aludiu ainda à “grave a situação no Sudão”, onde há uma semana rebentaram conflitos entre as Forças Armadas, que lideram o país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês).
“Renovo o meu apelo para que a violência acabe o mais rapidamente possível e se retome o caminho do diálogo. Convido todos a rezar pelos nossos irmãos e irmãs sudaneses”, pediu.
Usar as armas para resolver os conflitos é sinal de fraqueza e de fragilidade. Negociar, proceder na mediação e iniciar a conciliação requer coragem. #Paz (24 de abril)
Irmãos e irmãs húngaros, sei que vocês estão preparando a minha visita com muito empenho. Agradeço-lhes de coração por isso. Peço a todos que me acompanhem com a oração. (23 de abril)
Na próxima sexta-feira irei a Budapeste, na Hungria. Será também uma viagem ao centro da Europa, onde continuam soprando os ventos gelados da guerra, enquanto os deslocamentos de muitas pessoas colocam na ordem do dia questões humanitárias urgentes. (23 de abril)