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o Instrumentum Laboris do Sínodo 2024
para ocorrer em outubro de 2023 no Vaticano e continuar até 2024. Um ponto de partida e certamente não um ponto de chegada, o documento reúne a experiência das dioceses de todo o mundo nos últimos dois anos, a partir de 10 de outubro de 2021, quando Francisco deu início a um caminho para entender quais passos tomar “para crescer como uma Igreja sinodal”.
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Portanto, um documento para o discernimento “durante” a Assembleia Geral, mas ao mesmo tempo de preparação “em vista” do encontro para os participantes e grupos sinodais: “o objetivo do processo sinodal”, especifica, “não é produzir documentos, mas abrir horizontes de esperança”.
O Instrumentum Laboris - apresentado nesta terça-feira, 20, na Sala de Imprensa do Vaticano - é composto por um texto e quinze fichas de trabalho que trazem uma visão dinâmica do próprio conceito de “sinodalidade”. Mais detalhadamente, há duas “macro-seções”: a Seção A, na qual se destaca a experiência desses dois anos e o caminho a seguir para se tornar uma Igreja cada vez mais sinodal; a Seção Bintitulada Comunhão, Missão, Participação - que destaca as “três questões prioritárias”, no centro do trabalho em outubro de 2023, ligadas aos três temas principais: crescer em comunhão, acolhendo a todos, sem excluir ninguém; reconhecer e valorizar a contribuição de cada pessoa batizada em vista da missão; identificar estruturas e dinâmicas de governança por meio das quais articular ao longo do tempo participação e autoridade em uma Igreja sinodal missionária.
Enraizado nesse contexto está “o desejo de uma Igreja cada vez mais sinodal também em suas instituições, estruturas e procedimentos”. Uma Igreja sinodal que é, acima de tudo, uma “Igreja da escuta” e que, portanto, “deseja ser humilde e sabe que deve pedir perdão e que tem muito a aprender”.
“O rosto da Igreja hoje traz os sinais de graves crises de confiança e credibilidade”, lê-se de fato no Instrumentum laboris. “Em muitos contextos, as crises ligadas a abusos sexuais, econômicos, de poder e de consciência levaram a Igreja a um exigente exame de consciência para que, sob a ação do Espírito Santo, não deixe de se renovar, em um caminho de arrependimento e conversão que abre vias de reconciliação, cura e justiça.”
Uma Igreja sinodal também é “uma Igreja de encontro e diálogo” com os crentes de outras religiões e outras culturas e sociedades. É uma Igreja que “não tem medo da variedade”, mas “a valoriza sem forçá-la à uniformidade”. Sinodal é, então, a Igreja que se nutre incessantemente do mistério que celebra na liturgia, durante a qual “faz experiência todos os dias de radical unidade na mesma oração”, mas na “diversida- de” de línguas e ritos. Outras passagens significativas dizem respeito à questão da autoridade (“Ela se situa na linha dos parâmetros de derivação mundana ou na de serviço?”, é uma das perguntas); a necessidade de uma “formação integral, inicial e permanente” para o Povo de Deus; o “esforço” para a renovação da linguagem usada na liturgia, na pregação, na catequese, na arte sacra, bem como em todas as formas de comunicação com os fiéis e com a opinião pública, também por meio de novas e antigas mídias. “A renovação da linguagem”, afirma o texto, “deve ter como objetivo torná-la acessível e atraente para os homens e mulheres de nosso tempo, sem representar um obstáculo que os mantenham distantes”, assinala a matéria no site Vatican News.
Dom Alberto Taveira Corr A
Estamos para celebrar a Solenidade de São João Batista, o Precursor. Em sua Festa, será instalado o Santuário de São João Batista e Nossa Senhora das Graças (1), em Icoaraci, no roteiro de oito lugares especiais de peregrinação e oração, existentes ou a serem instalados em nossa Arquidiocese de Belém, a saber: na Região Santa Maria Goretti, o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré (2), existente há vários anos em nossa Igreja de Belém, que celebra o centenário de seu título basilical; a Região Santa Cruz já tem o Santuário na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Pedreira (3); para a Região Sant’Ana, já instalado o Santuário São Judas Tadeu (4); a Região Menino Deus terá seu Santuário na Paróquia de Nossa Se- nhora das Graças e da Medalha Milagrosa (5); a Paróquia Nossa Senhora do Ó, em Mosqueiro, será o Santuário (6) para a Região do mesmo título; a devoção a Santa Rita de Cássia fará sua Paróquia o Santuário da Região São Vicente de Paulo (7) e a Região Coração
Eucarístico de Jesus terá o Santuário (8) na Paróquia de Nossa Senhora do Bom Remédio. Cada Santuário será lugar de oração, pelo menos duas Celebrações Eucarísticas por dia, atendimento de Confissões e Direção Espiritual, testemunho de ações pastorais, além de atividades específicas: a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré tem seu eixo no Círio de Nazaré e devoção mariana, Visitas da Imagem Peregrina às Regiões Episcopais e outras visitas, Livro das Peregrinações que preparam o Círio e expansão da devoção a Nossa Senhora de Nazaré, com visitas a várias partes do Brasil. A Paróquia Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é o ponto de referência para a devoção a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, Comunhão com a Igreja no Brasil e a CNBB, divulgação e estudo dos Documentos da Igreja, Congressos Mariais e realização da Romaria anual da Arquidiocese a Aparecida. O Santuário de São Judas Tadeu cuida da devoção popular a São Judas e estará atento à Pastoral das Ilhas e Pastoral dos Ribeirinhos. Na Região Menino Deus, Santuário Nossa Senhora das Graças e da Medalha Milagrosa, primeira Paróquia de Ananindeua, com 80 anos em 2023, será o centro de devoção mariana e peregrinações dos Municípios de Ananindeua e Marituba, Pastoral Catequética e Pastoral Juvenil. A Região São Vicente de Paulo terá a Paróquia Santuário de Santa Rita de Cássia, Santa das Causas impossíveis, cuidando especialmente da Pastoral Familiar, devoção específica a Santa Rita e aos santos e santas. Na Paróquia Santuário de Nossa Senhora do Ó, criada no dia 10 de outubro de 1868, uma das mais antigas da
Arquidiocese, cuidaremos da Pastoral do Turismo e da Dimensão Carismática da Igreja. A Paróquia Santuário de Nossa Senhora do Bom Remédio terá a atenção voltada para as Pastorais Sociais, Pastoral da Saúde e dos Enfermos. E o Santuário de São João Batista e Nossa Senhora das Graças, instalado na Festa do Precursor, terá seu foco na Nova Evangelização e a Pastoral Litúrgica. Temos uma responsabilidade, nascida da Palavra do Senhor: “Vós sois a luz do mundo. Uma cidade construída sobre a montanha não fica escondida. Não se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma caixa, mas sim no candelabro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,14-16). A vida que dá testemunho de Nosso Senhor Jesus Cristo é nossa montanha e lugar alto. E o Evangelho proclamado neste final de semana nos provoca positivamente: “Todo aquele, pois, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus.” (Mt 10,32-33).
Com a força do exemplo de São João Batista, podemos perguntar-nos sobre o modo adequado de dar testemunho! Primeira resposta pode vir do fato de que nenhum de nós veio a este mundo por acaso, mas todos temos uma missão. Não se trata de um destino cego, mas uma disposição nascida do amor de Deus, cuja realização passa pela nossa liberdade. Zacarias, pai de João Batista, entreviu a missão do filho, vindo para preparar os caminhos do Senhor, anunciando ao seu povo a salvação (Cf. Lc 1,68-79). A nosso respeito, vale lembrar a Carta aos Efésios: “Em Cristo, segundo o propó-