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PAPA: “o medo bloqueia, paralisa e isola”
PERANTE milhares de peregrinos reunidos na Praça São Pedro, após a Missa de Pentecostes
com informações agência Ecclesia.
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O Papa alertou no Vaticano para os “medos” que fecham a Igreja e a sociedade, com muitas pessoas “barricadas nos labirintos das preocupações”.
“Irmãos e irmãs, esse encerramento acontece quando, nas situações mais difíceis, permitimos que o medo assuma o controlo e fale mais alto, dentro de nós. Quando o medo entra, fechamo-nos, por causa do medo de não conseguir, de ficar sozinho para enfrentar as batalhas quotidianas, de correr riscos e depois ter decisões, de fazer escolhas erradas”, referiu, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação da oração do ‘Regina Coeli’, no domingo, 28. Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, após a Missa de Pentecostes a que tinha presidido na Basílica do Vaticano, Francisco alertou que “o medo bloqueia, paralisa, isola também”. “Pensemos no medo do outro, de quem é estrangeiro, de quem é diferente, de quem pensa de outra forma. E pode até ser medo de Deus: que me castigue, que fique zangado comigo. Se dermos espaço a esses falsos medos, as portas fecham-se, as do coração, da sociedade e até mesmo as por- tas da Igreja! Onde há medo, há fechamento. E isso não é bom”, acrescentou.
A celebração do Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, evoca a efusão do Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade na doutrina católica.
O Papa evocou o relato do Evangelho segundo São João, segundo o qual, após a morte de Jesus, os discípulos tinham fechado as portas, “por medo”.
“A morte de Jesus tinha-os chocado, os seus sonhos tinham sido destruídos, as suas esperanças tinham desaparecido, e tinhamse fechado, por dentro”, indicou.
Segundo Francisco, é o Espírito Santo que “liberta das prisões do medo”.
“Quando recebem o Espírito, os apóstolos deixam o cenáculo e saem pelo mundo para perdoar os pecados e proclamar a boa nova.
Graças a Ele, os medos são superados e as portas abrem-se”, indicou.
Diante dos medos e dos encerramentos, então, invoquemos o Espírito Santo por nós, pela Igreja e pelo mundo inteiro, para que um novo Pentecostes afaste os medos que nos assaltam e reacenda o fogo do amor de Deus”.
Vaticano lança «GUIA» para promover presença nas redes sociais
Com informações agência Ecclesia. O Vaticano lançou na segunda-feira, 29, um documento sobre a presença dos católicos nas redes sociais, apelando à construção de novos modelos, que superem a lógica das “bolhas” e transformem um “ambiente digital tóxico”.
“Temos de reconstruir os espaços digitais, para que se tornem ambientes mais humanos e saudáveis”, refere o texto intitulado ‘Rumo à presença plena. Uma reflexão pastoral sobre a participação nas redes sociais’.
A nota do Dicastério para a Comunicação (Santa Sé) fala das “feridas” causadas nos ambientes digitais, propondo “novos modelos fundamentados na confiança, transparência e inclusão”.
O organismo da Cúria Romana assume como objetivo “promover uma reflexão comum a respeito da participação dos cristãos nas redes sociais, que se tem tornado cada vez mais parte da vida das pessoas”, propondo uma cultura de “amor ao próximo” neste campo.
“Numa época em que estamos cada vez mais divididos, em que cada pessoa se retira na sua própria bolha filtrada, as redes sociais tornam-se um caminho que leva muitos à indiferença, à polarização e ao extremismo”, adverte o Vaticano.
Atenção, com um sentido de pertença, reciprocidade e solidariedade são os pilares para edificar um sentido de comunidade que, em última análise, deveria fortalecer as comunidades locais, capazes de se tornar motores de mudança”.
O documento da Santa Sé alerta que a revolução digital criou oportunidades e desa- fios, falando em “ciladas” a evitar nas “autoestradas digitais”.
“Da redução de utilizadores individuais a consumidores e mercadorias, à criação de “espaços individualistas” para satisfazer indivíduos que têm a mesma opinião ou incentivar comportamentos extremos, o percurso através do ambiente online é uma viagem em que muitos foram marginalizados e feridos”, indica uma nota do Dicastério para a
Comunicação, enviada à Agência Ecclesia.
“PESSOAS REAIS”
O texto destaca a importância de reconhecer nos outros “pessoas reais”, que exigem “disposição para escutar”.
“Podemos começar a reconhecer nosso próximo digital, compreendendo que seus sofrimentos nos dizem respeito. O nosso objetivo é construir não só conexões, mas encontros que se tornem relacio- namentos reais, fortalecendo as comunidades locais”, pode ler-se.
A transformação antropológica promovida pelas novas formas de comunicação está no centro das preocupações do organismo da Santa Sé, aludindo a uma condição de “sempre conectados”, passando “rapidamente de um assunto para outro”.
O documento apresenta uma série de orientações para a pre- sença dos cristãos nos medias digitais, convidando-os a comunicar “informações verdadeiras criativamente, de O documento ‘Towards Full Presence’ (Rumo à presença plena), com versão original em inglês, tem 82 pontos, desenvolvidos em mais de 20 páginas, sendo acompanhado pelo lançamento de um site próprio, para partilha de boas práticas e a “nova alfabetização mediática”.
Papa alerta para mundo marcado pela GUERRA E A DIVISÃO
Com informações agência Ecclesia. O Papa Francisco assinalou durante a solenidade de Pentecostes, domingo, 29, alertando para a guerra e a divisão na humanidade contemporânea.
“Estamos todos conectados e, contudo, vivemos desligados uns dos outros, anestesiados pela indiferença e oprimidos pela solidão. Tantas guerras, pensemos nas guerras, tantos conflitos! Parece incrível o mal que o homem pode fazer”, lamentou, falando na homilia da Missa a que presidiu na Basílica de São Pedro.
No dia que encerra o Tempo Pascal no calendário católico, Francisco apresentou uma reflexão sobre a ação do Espírito Santo na “Criação”, fazendo “passar as realidades criadas da desordem à ordem, da dispersão à coesão, da confusão à harmonia”.
“Ele renova a terra, porém não o faz mudando a realidade, antes harmonizandoa. Isto está dentro do seu estilo, porque Ele é, em si mesmo, harmonia”, indicou.
Em oposição a esta harmonia, acrescentou o Papa, está o espírito da divisão,
“o diabo, cujo nome significa precisamente divisor”. Francisco convidou os católicos a rezar diariamente ao “Espírito de unidade que traz a paz”.
O Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, evoca a efusão do Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade na doutrina católica.
A celebração foi presidida, no altar, pelo cardeal D. João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, devido aos problemas que têm afetado o Papa num joelho.
OPovo de Deus, para estar cheio do Espírito, deve caminhar em conjunto, fazer sínodo. Assim se renova a harmonia na Igreja: caminhar juntos, tendo no centro o Espírito. Irmãos e irmãs, construamos harmonia na Igreja! (29 de maio)
#RezemosJuntos pelas populações que vivem na fronteira entre Mianmar e Bangladesh, duramente atingidas por um ciclone. Espero que a ajuda humanitária seja facilitada e faço um apelo à solidariedade para ajudar esses nossos irmãos e irmãs. (29 de maio)
Espírito Santo, Espírito de Jesus e do Pai, fonte inesgotável de harmonia, nós Vos confiamos o mundo, consagramo-Vos a Igreja e os nossos corações. (28 de maio)
DE 2 A 8 DE JUNHO DE 2023