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PADRE ROMEU FERREIRA
HOMILIA DOMINICAL tos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
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47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?
48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!”
B) COMENTÁRIO
“Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!”(v 41). Ou seja, não só um quilômetro forçado, mas redobrado; pois a outro quilômetro é dádiva a quem te força. É a generosidade vencendo a maldade.
Ouve-se muito por aí:
‘não gosto de fazer nada forçado!’ É verdade! Comoé amargo fazer algo que não gostamos! Ou que nos obrigam! Parece que nos tolhem a liberdade. Porém o cristão como tal, é livre de “abrir mão” de sua liberdade, quando esta é requerida pela caridade. A caridade “suporta tudo” (1Cor 13).
Aqui se destaca o tema da caridade. E na visão de Cristo, a verdadeira penitencia é a caridade. Tudo, porque a caridade é uma viagem interior em direção a Deus: de mim para Deus, e de mim para os outros. Em seguida vem o “amor ao próximo”, que deve se espelhar no amor de Deus; amor que é incondicional. É um amor que não depende da correspondência do outro; é assim o amor de Deus; um amor fiel não obstante a nossa infidelidade. Deus manda a chuva sobre justos e injustos! (v 45).
‘A carne é fraca’. A força só nos vem do espírito, da espiritualidade. É a espiritualidade que nos leva a santidade. E ser santo é ser como Deus; ser cristão é ser como Cristo.
Diz Jesus: “Vós ouvistes o que foi dito: quecível a todos.
‘Amarás o teu próximo e odiaráso teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e rezai por aquelesque vos perseguem!” (v 43-44). Senhor, como é difícil amar os inimigos e rezar por eles!
Principalmente quando não amamos suficientemente a quem nos ama,e não rezamos nem pelos nossos amigos como é devido! Senhor, queres muito mais, pois nos dás o máximo: a Vossa vida!
E nos diz o unigênito de Pai: “Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!” (v 48). Jesus conclui o seu ensinamento convocando à perfeição. E o modelo da perfeição é o Pai. Não é uma perfeição qualquer, mas aquela perfeição do Pai.
A imitação do Pai é o mais importante. Assim diz a sabedoria popular: “Filho de peixe, peixinho é”. Eis como filhos, nosso empenho contínuo: ser como Ele.
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