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Dados Geográficos Localizada no centro da Europa, a Alemanha faz fronteira com nove países: Dinamarca, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França, Suíça, Áustria, República Checa e Polónia. Desde a reunificação alemã, a capital deste país é Berlim. A sua língua oficial é o alemão e a moeda o Euro. O presidente alemão é Horst Köhler e a chanceler Angela Merkel. A Alemanha é uma federação de 16 Estados ou regiões, cada um deles com governo e parlamento próprios. É membro fundador da União Europeia, pertence à Nato, Nações Unidas e outras instituições internacionais. De acordo com o seu PIB é a quarta potência económica do mundo. O perímetro total das suas fronteiras é de 3.758 km. Graças à sua posição central, o país é um eixo de comunicação, não apenas entre Leste e Oeste, mas também entre o norte da Europa e os países do Mediterrâneo. A Alemanha tem 357 mil km² de superfície territorial, estendendo-se por 876 km de norte a sul e por 640 km de leste a oeste. Entre os países da União Europeia, somente a França e a Espanha têm maior extensão territorial que a Alemanha.


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Principais cidades Na Alemanha predominam as cidades de tamanho médio: o país possui cerca de 80 grandes cidades (com mais de 100 mil habitantes), das quais apenas 14 excedem os 500 mil habitantes. Característica é a distribuição descentralizada das metrópoles, ou seja, ao longo dos extremos geográficos da Alemanha. Os maiores complexos urbanos são formados pela região da capital e a dos rios Reno e Ruhr. As cinco maiores metrópoles alemãs são, segundo dados de 2007, Berlim (3,41 milhões de habitantes), Hamburgo (1,77 milhão), Munique (1,35 milhão), Colónia (991 mil) e Frankfurt am Main (667 mil).

População Com pouco mais de 82 milhões de habitantes, a Alemanha é o país mais populoso da Europa, superado apenas pela Rússia. A principal característica da população é o aumento do percentual de idosos em relação ao de jovens, um fenómeno causado pelo aumento da esperança de vida e pelo baixo índice de natalidade, que levou a população alemã a diminuir nos últimos anos, ou seja, passou de 82,5 milhões em 2004, para 82,2 milhões em 2007. A Alemanha é um país de grande densidade populacional com 231 pessoas por quilómetro quadrado. Um valor alto, se tomarmos em consideração que a relação média na Europa é de 112 pessoas. Actualmente, o país tem mais pessoas que já passaram dos 65 anos do que jovens com menos de 15 anos. A longevidade em ascensão, aliada ao baixo índice de natalidade (a média é de 1,3 filho por mulher) e ao número cada vez menor de casamentos, está a levar a que os lares alemães sejam ocupados por cada vez menos gente. A esperança média de vida para crianças nascidas no ano 2005 na Alemanha era de 81,7 anos para mulheres e de 76,2 anos para homens. É cada vez maior o número de pessoas que moram sozinhas, principalmente nos centros urbanos. Distribuição da população A população distribui-se de maneira muito heterogénea pelo país. A região metropolitana de Berlim, que cresce rapidamente desde a unificação do país, tem mais de 3,4 milhões de habitantes. Na região industrial entre o Reno e o Ruhr, onde as cidades quase se fundem umas com as outras, vivem mais de 11 milhões de pessoas, cerca de 1.100 por quilómetro quadrado. O oeste da Alemanha tem uma densidade demográfica bem maior que a parte oriental, onde vivem, em cerca de 30% da superfície, menos de 20% dos habitantes da Alemanha. O problema agrava-se quando se considera o esvaziamento dos "novos estados" do Leste, que perderam, entre 2001 e 2004, em média, 100 mil habitantes por ano – na sua maioria jovens, que migram de Leste para Oeste em busca de melhores oportunidades profissionais. Outras áreas de concentração populacional são a região da confluência dos rios Reno e Meno, onde ficam as cidades de Frankfurt am Main, Wiesbaden e Mainz; a região industrial na afluência do Neckar no Reno, com as cidades de Ludwigshafen e Mannheim; a região industrial ao redor de Stuttgart e as áreas metropolitanas de Bremen, Colónia, Dresden, Hamburgo, Leipzig, Munique e Nuremberga.


3 Em contraposição, entre as áreas escassamente povoadas estão as regiões de charnecas na planície setentrional da Alemanha, grandes extensões nas montanhas do Eifel, da Floresta Bávara, do Alto Palatinado e da Marca de Brandenburgo, bem como grandes superfícies de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Diferenças regionais O povo alemão foi formado essencialmente pela fusão de várias tribos germânicas, tais como os francos, os saxões e os bávaros. Estas etnias deixaram de existir individualmente, mas as suas tradições e dialectos continuam vivos em grupos regionais. A delimitação actual dos estados foi estabelecida, em grande parte, depois da Segunda Guerra Mundial. A divisão foi feita sob a influência das potências de ocupação, de modo que a sua demarcação muitas vezes não considerou a cultura regional. As antigas fronteiras dos diversos grupos populacionais também foram sendo apagadas pelos fluxos de refugiados e movimentos migratórios do pós-guerra e pela mobilidade da sociedade industrial moderna. Estrangeiros A imigração compensou as perdas humanas causadas pela Segunda Guerra Mundial, estimadas em 3,2 milhões de pessoas na Alemanha. Logo após o final do conflito, aproximadamente 13 milhões de alemães expulsos e refugiados vieram das antigas províncias da Alemanha e da Europa Oriental para o actual território alemão. Além disso, até à construção do Muro de Berlim, em 1961, houve um grande fluxo migratório em direcção ao oeste do país. Desde o início dos anos 60 chegou um grande número de trabalhadores estrangeiros aos antigos estados da República Federal da Alemanha, cuja economia em expansão precisava de mão-de-obra adicional, não disponível no país. O movimento, que foi iniciado pelos italianos, logo atraiu espanhóis, portugueses, jugoslavos e turcos. O número de estrangeiros no país que chegou a perfazer 7,3 milhões, diminuiu na segunda metade da primeira década do século 21. Em 2007, o Departamento Federal de Estatísticas registou 6,74 milhões, o que corresponde a 8,2% da população total. Considerando-se os descendentes destes estrangeiros e os filhos de casamentos binacionais, havia em 2005 na Alemanha mais de 15 milhões de pessoas com histórico migratório. Desde o fim da Segunda Guerra, mais de 4 milhões de Aussiedler, imigrantes de origem alemã provenientes do antigo Bloco do Leste, sobretudo da ex-União Soviética, vieram para a Alemanha. Esse movimento foi forte também após a reunificação alemã, em 1989, mas voltou a cair no fim dos anos 90. Minorias As quatro minorias nacionais há muito tempo fixadas no país são os sorábios, os frísios, os dinamarqueses e os grupos das etnias sintos e rom. Segundo dados do Ministério alemão do Interior, vivem actualmente no país 70 mil sintos e rom com cidadania alemã. Os sorábios (ou sórbios), da região de Lausitz, são descendentes de povos eslavos e somam cerca de 60 mil. No período das grandes invasões, no século VI, estes


4 colonizaram a região a leste dos rios Elba e Saale. A primeira menção que lhes foi feita em documento data do ano 631. Com a população a rondar os 55 mil habitantes, os frísios, que ocupam a costa do Mar do Norte (entre as regiões do Baixo Reno e Ems), descendem de um grupo germânico e conservaram – ao lado da sua própria língua – uma variedade de tradições. Uma minoria dinamarquesa (aproximadamente 50 mil pessoas) vive em Schleswig, uma parte do estado de Schleswig-Holstein, especialmente na região de Flensburg. Religião Berço do Protestantismo e de forte tradição católica, a Alemanha tem sofrido forte influência das igrejas na sua vida social e política. Em 2005, o país tinha entre os seus 82,4 milhões de habitantes, 25,3 milhões de evangélicos de confissão luterana, 25,9 milhões de católicos e 108 mil judeus.

Vias de comunicação A Alemanha possui uma boa rede de auto-estradas sem limitação de velocidade e sem portagens(excepção para veículos pesados estrangeiros). Com a construção de vários canais com centenas de quilómetros, o transporte fluvial ocupa um lugar de destaque no volume de mercadorias e passageiros transportados. Como curiosidade, já se podem passar férias a bordo de pequenos barcos e fazer o percurso do Mar do Norte até ao Mediterrâneo. Nos transportes ferroviários as principais regiões do país estão servidas por uma rede de alta velocidade (ICE). O porto de Hamburgo é desde a idade média um dos maiores da Europa e encontra-se a cerca de 80 quilómetros do Mar do Norte. O aeroporto de Frankfurt é um dos maiores da Europa e serve de base logística à companhia aérea Lufthansa, ligando o continente ao resto do mundo.


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Economia e indústria Em 2007 a Alemanha foi considerada pela quinta vez consecutiva a “campeã de exportações”. Neste contexto, é economicamente globalizada como nenhum outro país e mais fortemente dependente da economia mundial do que muitas outras nações. Mais do que um em cada quatro euros é ganho com a exportação de mercadorias ou com a prestação de serviços e mais do que um em cada cinco postos de trabalho depende do comércio exterior. Os principais centros económicos na Alemanha são o Ruhrgebiet, uma grande região industrial, as áreas metropolitanas de Munique e Stuttgart (tecnologia de ponta, automóveis), Reno-Neckar (química), Frankfurt am Main (finanças), Colónia, Hamburgo (porto, construção de aviões - Airbus, media), Berlim e Leipzig. A economia alemã registou recentemente uma expansão robusta, atingindo um crescimento de 2,5%, em 2007. Além disso, o aumento em 8,4% do volume de investimentos teve um desempenho positivo. A política económica melhorou as chamadas condições económicas e as empresas aumentaram a sua competitividade. Em consequência, diminuíram os encargos sociais, houve uma flexibilização do mercado de trabalho e uma redução da burocracia. Além disso, entrou em vigor em 2008 a reforma fiscal para as empresas, que aumentou significativamente a sua margem de manobra. Os empresários, ao mesmo tempo, optimizaram as estruturas de compra e custos e investiram em novos produtos. Os investidores internacionais consideram a Alemanha como uma das praças mais atraentes a nível mundial. Este foi o resultado de pesquisas recentes junto a empresários internacionais e estudos realizados por empresas internacionais de auditoria e consultoria. Num estudo realizado em 2007, a empresa de auditoria e consultoria Ernst & Young fez uma avaliação da atractividade da zona económica europeia. Segundo o resultado deste estudo, a Alemanha pode considerar-se a praça líder na Europa, na opinião dos empresários estrangeiros. Em comparação internacional, a Alemanha teve um bom desempenho especialmente nas


6 áreas de pesquisa e desenvolvimento, na qualificação da mão-de-obra e na logística, acrescidos da sua posição geográfica central, das infra-estruturas, da garantia do cumprimento das leis e da mão-de-obra. A Alemanha encontra-se em quinto lugar entre os países que receberam os maiores investimentos estrangeiros directos. A qualificação dos trabalhadores é considerada como essencialmente favorável. Cerca de 81% dos empregados dispõem de uma formação profissional, 20% deste total têm uma conclusão universitária ou de uma escola superior técnica. O “sistema duplo” é o sustentáculo da formação profissional, que une formação na empresa e na escola, gerando reconhecidamente uma formação qualificada. Em muitas tecnologias promissoras, com altas taxas de crescimento, a Alemanha pertence igualmente aos países líderes. Neste contexto, fazem parte a biotecnologia, a nanotecnologia, a tecnologia da informação e muitos outros sectores tecnológicos (biometria, aeroespacial, electrotécnica, logística). Os sectores alemães de tecnologia ambiental (energia eólica, fotovoltaica e biomassa) detêm posições de destaque nos mercados mundiais, nos quais os fabricantes de equipamentos de energia eólica têm uma participação de mais de 50%. Na biotecnologia e na engenharia genética, a Alemanha lidera juntamente com os EUA, e na nanotecnologia está actualmente em alguns aspectos mais avançada em termos de conhecimentos científicos. O fundamento para a competitividade da economia alemã não é gerado apenas pelas grandes empresas, como a Siemens, Volkswagen ou BASF, mas sim por dez mil empresas de pequeno e médio porte (até 500 empregados) da indústria, em especial a de construção de máquinas, da indústria de peças, bem como dos novos, crescentes e promissores sectores da nanotecnologia e da biotecnologia que se organizam, com frequência, em aglomerados ou clusters. As empresas de média dimensão, ocupando mais de 20 milhões de pessoas, são indubitavelmente as que têm mais empregados. A indústria contribuiu com 87% (em 2006) no total das exportações, sendo assim o motor do comércio exterior. Os sectores mais importantes são: a indústria automobilística, a electrotécnica, a construção de máquinas bem como a indústria química. Somente estes quatro sectores empregam 2,88 milhões de pessoas. Como em todos os países industrializados ocidentais desde alguns anos, há também uma mudança estrutural na indústria alemã. Alguns sectores industriais tradicionais, como a indústria siderúrgica ou a têxtil, registaram reduções substanciais nos últimos anos em consequência do deslocamento do mercado de consumo e da pressão exercida pelos países de baixos salários. Outros, como a indústria farmacêutica, tornaram-se propriedade de empresas estrangeiras, por meio de aquisições e fusões. Mesmo assim, a indústria continua a ser o pilar mais importante da economia alemã e tem, em relação a outros países industrializados como a Grã-Bretanha ou os Estados Unidos, uma base muito ampla – oito milhões de pessoas trabalham em empresas industriais.


7 A indústria automobilística é um dos sectores mais significativos na Alemanha. De cada sete empregados, um trabalha nesta indústria. O sector é responsável por 17% das exportações. Com as marcas VW, Audi, BMW, Daimler, Porsche e Opel (General Motors), a Alemanha é, juntamente com o Japão e os EUA, o maior produtor de automóveis do mundo. Cerca de seis milhões de automóveis são produzidos

anualmente na Alemanha; no exterior, as marcas alemãs fabricam ainda mais 5,5 milhões de unidades. Os fabricantes alemães de automóveis trabalham exaustivamente na construção de motores menos poluentes, como a nova geração de motores diesel, híbridos e eléctricos. As empresas de sistemas electrónicos estendem as suas actividades aos mais diversos sectores, desde aparelhos eléctricos e de medição, até à produção de chips. O alto grau de inovação do sector reflecte-se no volume de recursos dedicados à pesquisa. Só a marca Siemens registou quase 1.500 patentes internacionais, em 2006, ocupando mundialmente o terceiro lugar. A indústria química encontra-se também entre os sectores exemplares e fabrica principalmente produtos básicos. Na Alemanha encontra-se também o maior conglomerado químico do mundo, a BASF em Ludwigshafen.


8 Paralelamente, quase 28 milhões de pessoas trabalham na prestação de serviços, deste total, aproximadamente 12 milhões estão empregados nas empresas de serviços privados e públicos, perto de 10 milhões no comércio, na gastronomia e nos transportes, e os restantes 6 milhões no sector de financiamento, locação de imóveis e prestação de serviços a empresas. O acelerado progresso técnico torna especialmente o sector de tecnologia da informação e da comunicação mais significativo. Considerado um país de salários altos, é muito importante para os alemães estarem na vanguarda qualitativa em relação aos seus concorrentes. Por conseguinte, a Alemanha gasta actualmente cerca de 2,5% do seu PIB na pesquisa e no desenvolvimento, estando acima da média da EU de 1,8% (2006). Até 2010, o governo federal pretende elevar as despesas destinadas à pesquisa e desenvolvimento para 3% do PIB. Além disso, a Alemanha ocupa um lugar de liderança nos recursos destinados a P&D pelas empresas privadas. O espírito inventivo também é vigoroso: em 2006, investidores e empresas alemães registaram internacionalmente mais de 11,7% das patentes, o que equivale ao terceiro lugar no ranking mundial. Por ser um país voltado para a exportação, a Alemanha está interessada em mercados abertos. Os principais parceiros comerciais são a França, os EUA e a GrãBretanha. Desde a ampliação da União Europeia para o Leste (2004-2007), além do comércio com os “antigos” países da UE, observou-se uma forte expansão do volume comercial com os novos países membros. Um total de 10% de todas as exportações é destinado àqueles países. Cresce também continuadamente o significado das relações comerciais e económicas com países asiáticos no limiar do desenvolvimento, como a China e a Índia. O número de empresas alemãs na Ásia subiu, no mesmo período, de 1.800 para 3.500 e os investimentos directos mais do que quadruplicaram. A Alemanha é uma economia social de mercado, ou seja, o Estado garante transacções económicas livres, esforçando-se, no entanto, para manter um equilíbrio social. Devido a esta concepção, a Alemanha é um país com alta paz social, o que se reflecte em raras lutas laborais. Em média, nos anos de 1996 a 2005, houve por cada mil empregados apenas 2,4 dias de greve, uma média substancialmente mais baixa do que na Suíça, com 3,1 dias de greve. A parceria social dos sindicatos e empregadores é estabelecida pela regulamentação de conflitos institucionalizada no âmbito do direito do trabalho colectivo. A lei fundamental concede a autonomia tarifária que garante aos parceiros sociais o direito de regulamentar, em responsabilidade própria, as condições de trabalho por meio de contratos colectivos.


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A Guerra O segundo grande conflito do nosso século teve início no dia 1 de Setembro de 1939, quando a Alemanha nazi invadiu a Polónia, que seria conquistada em poucos dias. A primeira fase da guerra de conquista ficou assinalada por uma sucessão de vitórias das tropas alemãs e das dos seus aliados (Itália e Japão, que com a Alemanha constituíam o Eixo), que conquistaram toda a Europa Oriental, ocuparam a Bélgica, a Holanda, parte da França e grande parte do norte de África, dominaram o Mediterrâneo central e oriental e desencadearam uma eficaz guerra submarina destinada a isolar a Europa da América. A resistência à política expansionista do Eixo foi de início protagonizada unicamente pelo Reino Unido, que com sangue, suor e lágrimas (nas palavras de Winston Churchill) evitou ser invadida, depois pela União Soviética, que só conseguiu travar a avançada alemã às portas das suas grandes cidades (Leninegrado, Moscovo e Estalinegrado) e, no Extremo Oriente, pela China, que se encontrava mergulhada numa longa guerra civil mas se uniu contra o invasor nipónico. A seguir ao ataque japonês a Pearl Harbour, a América abandonou a sua política isolacionista e lançou no conflito todo o seu potencial militar e a sua grande capacidade industrial. Após largos meses de vitórias alemãs, os Aliados, coordenando as suas iniciativas com as actividades das organizações de resistência que se constituíram nos territórios ocupados, iniciaram contra-ofensivas diversas que colocaram o Eixo na defensiva e por último o levaram à derrota - a União Soviética consegue romper o cerco a Leninegrado e Moscovo e contra-atacar a partir de Estalinegrado; tropas americanas desembarcam no norte de África e daí saltam para a Europa (Sicília e depois sul de França e Itália); forças conjuntas abrem uma segunda frente na Normândia (Dia D, 6 de Junho de 1944). Ao mesmo tempo que estas acções se processavam, as forças de resistência fixavam as tropas do Eixo na retaguarda das frentes de combate e diminuíam a sua mobilidade, destruindo vias de comunicação e abastecimento, à custa de enormes sacrifícios humanos (quer de combatentes quer de reféns executados). Apesar da sua superioridade inicial, que parecia insuperável, a Alemanha não resistiu ao impacto das contra-ofensivas, perdendo centenas de milhar de homens em batalhas decisivas como El-Alamein, no norte de África, ou Estalinegrado, na URSS; simultaneamente, o emprego da aviação em ataques aéreos de grande envergadura levava, quer à destruição da indústria e das vias de comunicação, quer a volumosas perdas humanas. O mesmo sucedia aos seus parceiros do Eixo, progressivamente enfraquecidos. Em 1944, a Alemanha rendia-se, já quase completamente destruída, socialmente desorganizada e economicamente arruinada, sendo o seu território dividido entre os invasores..


10 O conflito provocou, em todo o mundo, grandes destruições materiais (cidades como Varsóvia foram totalmente arrasadas), enormes perdas humanas (calcula-se que o número de mortes tenha atingido os cinquenta milhões entre militares e civis, sem esquecer as vítimas do Holocausto) e deixou uma herança política pesada para os decénios seguintes (divisão da Alemanha em dois estados com regimes antagónicos, divisão do mundo em dois blocos político-militares), com um mundo apavorado pela perspectiva de uma guerra nuclear capaz de eliminar todas as formas de vida da face da Terra. Nos anos do imediato pós-guerra, constituiu-se um Tribunal Internacional, que funcionou em Nuremberga, julgando e condenando os responsáveis alemães pelo desencadear e pelo desenrolar do conflito. Foi terrível o balanço do julgamento dos responsáveis alemães: consideraram-se provados, por meio de provas materiais e testemunhos, crimes contra a paz (preparação consciente e deliberada para a guerra de conquista), crimes de guerra (assassinato de prisioneiros de guerra, utilização de prisioneiros como trabalhadores escravos, execução de reféns) e crimes contra a humanidade (genocídio de várias minorias). Julgamentos semelhantes foram levados a efeito no Japão e noutros países, terminando invariavelmente com a condenação e execução de altos responsáveis. O horror suscitado pelos crimes perpetrados levou a que as leis passassem a considerar que os crimes de guerra não podem prescrever e a que a comunidade internacional, reunida na Organização das Nações Unidas, aprovasse a Declaração Universal dos Direitos do Homem, destinada a evitar a repetição dos actos criminosos do passado recente.


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12 O muro de Berlim e a divisão da Alemanha marcaram o periodo do pós-guerra e simbolizaram a política de blocos. Em 1989, fruto da abertura política a leste protagonizada por Mikhail Serguéievich Gorbachev, a Alemanha começa o processo de reunificação e que culminará em 3 de Outubro de 1990 (Dia da Unidade Alemã).

Turismo As paisagens naturais da Alemanha oferecem uma diversidade de opções para se passarem férias inesquecíveis. Praias de areia à beira-mar e nas margens de lagos, encantadoras planícies verdejantes, extensas cadeias montanhosas e os elevados picos dos Alpes. O património histórico e cultural é igualmente extraordinário. Quer escolha uma viagem de lazer, uma visita cultural ou desportiva, irá ficar surpreendido com o que a Alemanha tem a oferecer. A Alemanha vai surpreendê-lo igualmente pelo profissionalismo dos actores da área turística.


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17 Fontes: Wikipédia, Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha – (http://www.bmwi.de/BMWi/Navigation/root.html), Ministério do Interior da Alemanha (http://www.bmi.bund.de/cln_192/DE/Home/startseite_node.html),


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