Fofofacos2

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Edição 2 | Ano 1 | Dezembro de 2013

Casal do ano

Saiba um pouco mais sobre o casal Gabriela Marchesan e Lucas Guasso.

Fora de casa

Conheça a argentina Lia Espinosa, que está fazendo intercambio na Facos.

FELIPE LAUD

Uma personalidade importante no jornalismo diário. E mais: Uma entrevista com o estudante paulista Welson Lima Jr., Santa Demo: Rock e diversidade de ritmos no mesmo lugar, Fotos da galera na abertura do Secom 2013.


Carta ao Leitor

Estamos muito felizes por trazer a vocês, essa segunda edição da Revista FofoFacos. Revista essa, que surgiu como um simples projeto de Produção Gráfica, e hoje, carrega a nossa devoção e aprendizado como futuros jornalistas e produtores editoriais. Manter uma revista é um trabalho árduo e de extrema responsabilidade, especialmente, para um grupo tão pequeno como o nosso. Nessa segunda edição, percebemos a boa vontade de pessoas próximas que se ofereceram para trabalhar como voluntários, na revisão das matérias e nas fotografias. Esse voluntariado provou que nosso objetivo de expor uma nova percepção da realidade dos alunos, professores e funcionários da Facos, foi apreciado pela maioria e também, por pessoas de fora da UFSM. Infelizmente, essa edição também é a última, pois percebemos que é necessária dedicação de corpo e alma para fazer algo realmente incrível e que esteja a altura de nossa faculdade. Por isso, agradecemos a todos que nos apoiaram durante essa jornada. Que acompanharam a produção de conteúdo na página do Facebook, pessoalmente, e que colaboram com ideias e dicas para melhorarmos nossa revista. Por conta disso, nos sentimos no direito de afirmar de coração aberto, que essa revista é dedicada inteiramente a vocês, que tornaram tudo isso tão verdadeiro e importante para nós. Então, novamente, obrigada a todos e apreciem a segunda edição da FofoFacos. Atenciosamente equipe fofofacos

expediente Textos Arianne Teixeira de Lima Eduardo Silva Simioni Eduardo Molinar Maria Helena Szczepaniak Revisão de texto Paola Spencer Fotografia Giácomo Giacomoni Arianne Teixeira de Lima Flavio Teixeira Quarazemin Diagramação Flavio Teixeira Quarazemin

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8 Sumário

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ARRASOU

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HORÓSCOPO Previsões para dezembro

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VOCÊ NA FACOS Abertura da 38º SECOM

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BATE-PAPO Welson, o estudante do mundo.

Semana de aprendizado e desafios para alunos da FACOS.

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FORA DE CASA Estudante argentina busca experiências na UFSM.

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CAPA O nosso lema é informar.

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CASAL 21 Entre publicidades de amor e propagandas de felicidade.

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QUAL É O SOM? Do mainstream ao underground.

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FAZ PARTE DA FACOS

Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada... Ed. 2 | Ano 1 | Dezembro de 2013

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Arrasou

Semana de aprendizado e desafios para alunos da FACOS texto eduardo simioni fotos divulgação

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ntre os dias 14 e 18 de outubro, quatro eventos movimentaram a semana da FACOS. A primeira Mostra do CCSH, o V Sipecom, o 1º Colóquio Internacional do Grupo de Pesquisa de Comunicação - Identidades e Fronteiras, e a 28ª edição da Jornada Acadêmica Integrada da UFSM. Trabalhos e projetos desenvolvidos pelos alunos e professores da Comunicação Social da UFSM estiveram presentes nos eventos, mostrando o que a FACOS produz em termos de conteúdos e estudos. Grandes nomes das ciências da Comunicação estiveram presentes no Sipecom, e também no Colóquio Internacional ‘’Mídia, Globalização e estudos fronteiriços’’. Para muitos acadêmicos, estes eventos são a oportunidade de divulgar e aprender mais sobre os estudos referentes à área da Comunicação. Segundo a acadêmica do 6º semestre do Curso de

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Jornalismo, Mariana Fontana, a experiência na área da pesquisa e a participação em eventos como o Sipecom ajudam bastante no aprendizado: "Com toda a certeza foi uma grande experiência porque eu estava em uma sala no Sipecom com pessoas já formadas e que tinham muito conhecimento e eu podia dividir com eles o que eu estava aprendendo", conta Mariana. Ainda segundo a estudante de Jornalismo, que apresentou o trabalho "A personagem e o seu leitor: marcas do leitor imaginado na revista Playboy", a experiência na Iniciação Científica contribui para o aprofundamento na produção de artigos e claro, o trabalho de conclusão de curso: "É muito importante porque faz a gente se aprofundar na produção de artigos e pesquisas e já vamos percebendo as complexidades disso, bem como para fazer o TCC depois. Eu estou aprendendo muita

coisa nova, conhecendo autores maravilhosos e que ensinam muito", comenta a estudante. Projetos que já eram desenvolvidos por acadêmicos da FACOS, como os programas radiojornalísticos Radar Esportivo e o Ecolândia também estiveram presentes nos eventos. Enquadrados dentro da categoria de Extensão, os projetos foram defendidos pelos integrantes dos programas, e muito bem recebidos pelos avaliadores. No caso do Sipecom, alunos que estão inseridos em grupos de pesquisas, e que participaram do evento, se mostraram bastante satisfeitos com as palestras e pelos convidados trazidos para integrarem ao evento. Uma semana de muito aprendizado e também de desafios, na qual Mariana Fontana e muitos alunos tiveram experiências acadêmicas importantes. E todos ganharam o carimbo Arrasou, da Fofofacos. FF


Maria Helena ‘’Nina’’ Szczepaniak

Horóscopo

nina@fofofacos.com

Previsões para Dezembro Dezembro será o mês decisivo para todos os signos. A primeira quinzena trará a vitalidade de Marte para resolver problemas. Signos do elemento fogo serão beneficiados pela presença do planeta vermelho. Família, amigos e amor devem ser o foco de todos doze signos do zodíaco. Os signos regidos pelo elemento ar estarão com a sensualidade a flor da pele a partir da segunda quinzena, aproveitem! A última volta do planeta em torno do sol trará energia e vitalidade para os signos dos elementos água e terra. Esse é o melhor período para concretizar projetos, iniciar relações e fazer alguma mudança no visual. Áries 21/03 a 20/04 O solstício de verão ofuscará a constelação de áries. Apesar das luzes de natal, será um período escuro para arianos. Isso não justifica brigas e mau humor. Lembre-se: Se a sua estrela não brilha não tente apagar a dos outros.

Câncer 21/06 a 21/07 Procure sua família e seus amigos, essa é a hora para uma reaproximação. Esqueça as datas das brigas e siga adiante. Se preciso, tome a iniciativa. O universo conspira ao seu favor, mas é preciso que você colabore.

Libra 23/09 a 22/10 A passagem de Marte por Libra iniciará seu inferno astral. Respire fundo e busque o equilíbrio. O final do semestre trará calmaria para o seu signo. Tome cuidado com os exageros. Mantenha o foco e o restante virá naturalmente.

Capricórnio 22/12 a 20/01 Seu silêncio tem magoado as pessoas ao seu redor. É hora de se abrir mais. Vênus e Plutão no seu signo aumentam seu poder de comunicação, use isso ao seu favor. Sua produtividade também estará em alta, solte sua criatividade e invista nas artes.

Touro 21/04 a 20/05 Sua preguiça estará em alta. Vênus estará alinhado com Júpiter, o que gerará muita procrastinação. Período para renovar as promessas de dieta e exercícios para o próximo ano. Não se preocupe, não irá cumprir nenhuma delas.

Leão 22/07 a 22/08 Você já foi o centro das atenções no semestre anterior, tente dar espaço aos outros. Saia de cena enquanto está no auge, uma retirada estratégica poderá evitar futuros problemas. Seja paciente leonino, o mundo não gira ao seu redor.

Escorpião 23/10 a 21/11 Saturno já está bem longe de você, escorpiano. A tendência é tudo melhorar, principalmente a sua vida financeira. Siga sua intuição e faça os seus investimentos. Aproveite essa boa fase para fazer novas amizades, serão importantes para o próximo ano.

Aquário 21/01 a 18/02 Seu espírito filantrópico estará a toda nesse fim de ano. A Lua em Aquário trará todas as boas vibrações que você precisa para realizar aquela boa ação. Não perca tempo! Só cuidado, é preciso cuidar das suas obrigações também.

Gêmeos 21/05 a 20/06 O segundo semestre será favorável ao amor. Reveja sua lista de contatos e invista naquele rolo antigo. Os astros conspiram ao seu favor. Deixe sua timidez de lado e vá a luta. Melhor época para dar aquela cutucada.

Virgem 23/08 a 22/09 Hora de relaxar e descansar. Esse é um período tranquilo para você virginiano. Saúde, amor, dinheiro e família estarão perfeitamente alinhados. Tente apenas não querer organizar tudo sistematicamente, apenas aproveite o momento.

Sagitário 22/11 a 21/12 Esqueça todas as suas certezas, o semestre promete grandes reviravoltas. A sombra de Mercúrio sobre seu signo trará grandes mudanças. Prepare-se para tudo. Evite fazer muitos planos para o futuro, os astros reservam surpresas próximas.

Peixes 19/02 a 20/03 Tire a cabeça da lua e bote os pés no chão, pisciano. O segundo semestre requer mais atitude do que sonhos, concretize o que puder ser concretizado e deixe que o ano que vem realize alguns desejos. Foco, força e fé devem ser seu lema. Ed. 2 | Ano 1 | Dezembro de 2013

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Você na Facos

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A editora ”Você na Facos” é a extensão social do tradicional “Constrangeu”. Aqui, você verá fotos dos alunos das Facos em situações cotidianas. O evento escolhido para a estreia da editoria foi a Abertura da Secom 2013, proporcionado pelo DA atual. Divirta-se e conheça um pouco mais sobre os alunos da Facos.


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Bate-Papo

Welson, O estudante do mundo

texto eduardo simioni fotos giácomo giacomoni

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verbo viajar, sem dúvida, é realidade de muitos acadêmicos que estudam aqui na Universidade Federal de Santa Maria. Esta realidade também é encontrada na FACOS. Muitos estudantes percorrem vários quilômetros, deixando sua cidade natal, a fim de buscar seu futuro nos cursos oferecidos pela UFSM. Porém, especialmente um estudante conhece muito bem a palavra viajar. É o caso de Welson Lima Jr., estudante de Publicidade e Propaganda, da UFSM. Natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, Welson percorreu numerosos quilômetros, do interior paulista, até tomar a decisão de deixar seu estado e rumar para o sul do Brasil, especificamente Santa Maria, para cursar Publicidade e Propaganda, que segundo seu professor de Ensino Médio, era a melhor opção a ser feita. O bom humor e casos curiosos deram o tom da entrevista, que você confere a seguir.

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Raio

Nome Welson Pereira Lima Jr. Idade 20 anos Cidade natal Ribeirão Preto - SP Signo Sagitário Habilitação Publicidade e Propaganda Relacionamento Solteiro Qualidade Desapego aos lugares Defeito Ser chato Uma música “The Unforgiven” - Metallica Um livro O Hobbit Fofofacos – Como foi tua caminhada até chegar em Santa Maria? Welson – Bom, eu nasci em Ribeirão Preto, mas já morei em vários lugares do interior paulista. Fui morar em Santa Rosa de Viterbo, porque meu pai trabalha em banco, então tivemos que nos mudar, em função do trabalho dele. Ficamos quatro anos na cidade e depois fomos para Taquaretinga, uma cidade um pouco maior do que Santa Rosa de Viterbo. Depois fomos para Bebedouro, seguido por Jaborandi e depois para Colombia, cidade paulista que faz fronteira com Minas Gerais. Retornei para Ribeirão Preto, fiz cursinho lá, e de lá, vim para Santa Maria. FF – Por que tu escolheste a faculdade de Publicidade e Propaganda da UFSM ? Welson – O curso de Publicidade e Propaganda da UFSM é muito conhecido no Brasil. Eu perguntei para um professor sobre minhas opções de Universidade, e ele sem pensar muito me indicou a UFSM. FF – Com a tua vivência aqui no Sul do Brasil, o que mais te chamou a atenção até o momento ? Welson - Com certeza o sotaque. Eu consegui me acostumar. Mas antes eu tinha uma certa dificuldade, principalmente quando um gaúcho falava muito rápido. Não dava para

entender direito. Agora eu consegui me habituar. E falando de Santa Maria, uma coisa que me chamou atenção é o fato de não haver vagas em apartamentos, quando tu passa na 4ª chamada (risos). FF – Mas falando agora da tua área de atuação, a Publicidade e Propaganda, por que tu escolheu esta área da Comunicação ? Welson – Para falar a verdade, eu já tinha certa afinidade com PP. Gosto dessa parte de audiovisual, tipo os comerciais de TV. E a PP também te possibilita toda uma interação e também a quebra de uma rotina, já que promove uma mudança de lugares. Você não tem um lugar fixo. Gosto disso. FF – Dentro da PP, existe algum setor que te interesse para seguir futuramente ? Welson – Como eu já tinha dito, a parte de audiovisual me interessa bastante. Gosto também de trabalhar com agências de publicidade. Tinha pensado em empresas, mas não gosto de ficar fixo em um lugar. Na real, eu quero é esperar o andamento do curso e depois quando eu estiver definitivamente no mercado de trabalho para sentir e decidir o que realmente eu quero seguir. Mas acredito que na parte artística da PP seja a que mais me interessa. Ed. 2 | Ano 1 | Dezembro de 2013

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FF – Como é tua relação com teus colegas aqui da FACOS ? Welson – É boa, é tranquila. Na verdade, não consigo definir (risos). Mas tem uma coisa que me chamou atenção. Eu estranhei muito, no início, o fato de que muitos alunos aqui da FACOS não escutavam sertanejo. Mas depois eu descobri que sim, que existem pessoas que escutam sertanejo. Mas quanto à relação com os colegas não tem como definir. FF – E para encerrar nossa entrevista, eu gostaria que tu comentasses sobre a tua terra natal. Hoje tu resides em Santa Maria, mas tu tem saudade ou até mesmo pensa em voltar para Ribeirão Preto? Welson – Ah, claro. Sentir saudades a gente sente. Mas não só de Ribeirão Preto, mas de outras cidades também, onde tenho muitos amigos por lá. Mas se me perguntassem se eu prefiro voltar para Ribeirão Preto, ou conhecer outros lugares, eu prefiro conhecer outros lugares. Voltar para Ribeirão Preto é mais para rever os amigos mesmo. FF

“E os que dançavam foram considerados loucos por aqueles que não ouviam a música”. (Friedrich Nietzsche)

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Fora de casa

Do lado de cá

Estudante argentina busca experiências em faculdade de Produção Editorial da UFSM por arianne t. lima

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á três meses atrás, a estudante de editoração da faculdade de filosofia e letras de Buenos Aires, Lia Castillo Espinosa chegava a Santa Maria. Seu objetivo: obter maiores experiências na área de Produção Editorial. Por isso, ela veio para a UFSM e está aprendendo mais com o pessoal aqui da Facos. Como diferença entre sua faculdade na Argentina e aqui, Lia destaca o fato de que as turmas, que iniciaram juntas, terminam o curso juntas. Sendo que lá, as turmas variam e por isso, não existe a integração que existe aqui. Alem do fato de que ‘‘se torna possível fazer mais amigos. ’’ complementa a estudante. Sobre as dificuldades de sua transição aqui, ela destaca a linguagem verbal e a saudade associadas a forma de ensino. Quando lhe pergunto sobre o povo

gaúcho, Lia tem a seguinte impressão: ‘‘O povo gaúcho está muito orgulhoso de ser gaúcho. Mas tambem fala sobre os povos de origem européia. ’’. Uma preocupação que ela possui é a de não ter enxergado também negros pela a universidade. Uma preocupação comum a quem se importa com a causa. Quando falamos sobre ambições e desejos, ela destacou varias vontades: ‘‘quero fazer amigos aqui, para convidá-los a visitar minha casa em Buenos Aires. Também quero trabalhar com a professora Marilia que possui alguns projetos em Produção Editorial. ’’ Com relação a isso, Lia explica que gosta mais do curso aqui na Facos, porque existe a possibilidade de desenvolver trabalhos práticos. O que não acontece lá em sua universidade. Para a Argentina, Lia quer levar as idéias que encontrou aqui na

Facos. ‘‘Eu gostaria de levar essas ideWias e compartilhá-las lá.’’ Alem disso, levar o momento que mais lhe marcou aqui em Santa Maria, que foi assistir ao show da banda Giringonsa. Ela destaca esse momento pela interação que jovens mostravam naquele dia e pelo fato de participarem de eventos culturais. Então, como foi possível notar as impressões que nossa amiga argentina possui são muito boas e ela está sendo bem acolhida pela galera de Produção Editorial. Uma das melhores coisas que o intercambio nos propicia é a possibilidade de aprender com outros, com outras culturas e pensamentos. Assim, como tambem ensinar um pouco mais do que se sabe. A Revista FofoFacos deseja uma ótima estadia a Lia e a todos os demais intercambistas aqui na UFSM. FF Ed. 2 | Ano 1 | Dezembro de 2013

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Capa

O nosso lema é informar: a trajetória de um dos melhores repórteres da TV Campus por arianne t. lima

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or trás de um bom jornalista, sempre há uma boa história. Assim começa a do estudante de Jornalismo, Felipe Laud. Natural de Bagé, Laud nutre o desejo de ser jornalista desde pequeno. Ele associa esse desejo à carcaça de televisão que seu avô tinha. ‘‘Eu lembro que meu avô tinha uma carcaça de televisão velha em casa, e a gente brincava. Eu me vestia de apresentador de programa’’, conta Laud.

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A

o ingressar no curso, ele não tinha mais dúvidas de que era o que queria fazer, e desde então, tem se esforçado para fazer um bom trabalho. Felipe passou por três universidades, e a primeira foi em 2010, como lembra ele. O que mais chama a atenção para o jornalismo para Laud, e também pode ter chamado a atenção para outros estudantes, outros jornalistas, é a questão social. A Comunicação Social como um todo. E sobre isso ele argumenta: ‘‘Eu entendi que não estou fazendo jornalismo pra mim, é para as pessoas’’. Essa motivação é essencial para quem deseja seguir uma das quatro profissões da Comunicação Social. Pensar nos outros. Pensar em fazer comunicação, um trabalho de qualidade para os outros. Afinal, não se deve escolher uma profissão apenas pelo valor do salário. Deve-se gostar do que faz, combinar seriedade e profissionalismo para colher os frutos de cada trabalho.

Para Laud, o desafio na área do jornalismo começa no driblar a lógica da produção em massa. Pois, ‘‘a gente fica naquela lógica de produzir, produzir, produzir. Por exemplo, ‘Ah, eu tenho que entregar matéria amanhã. Eu tenho que produzir’. Tu tens que parar, pensar e dizer: ‘Só um pouquinho. Por que eu tenho que produzir isso?’. E seguindo esse raciocínio, ele destaca sua preocupação com o processo de apuração artificial que acontece no jornalismo atual. Das quatro áreas que um jornalista pode se especializar, Felipe teve contato primeiro com o impresso. Ele destaca essa área como um ponto essencial para o seu começo, pois a partir dela surge seu pensamento como profissional. Já a televisão estaria mais ligada a questões cinematográficas. ‘‘É uma questão mais ligada a imagem. Mais cinematográfica. Eu sempre monto histórias na minha cabeça e prefiro contar em forma de audiovisual’’, desabafa Laud.

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E como toda a área, ele nos explica que a tos aconteceram, mas com um sorriso de televisão não é o “mar de rosas” que parece, satisfação, Felipe conta que manter contato afinal, é preciso ser criativo e não passar um com aquela cultura foi o mais importante. ar de superficialidade. Felipe entrou como Além de estar a par da vivência daqueles indígenas. voluntário há dois anos na TV Com relação ao clichê jorCampus da UFSM, e apren- “Eu não quero ser o William deu de tudo, acumulando Bonner, eu quero ser o Fe- nalístico de ser comparado experiências em programas lipe Laud. Eu quero fazer a a algum repórter famoso, Felipe argumenta que não internos e reportagens em geral. Para ele, ‘‘antes do cara minha história, fazer o meu foi diferente com ele, afinal foi comparado ao William ser jornalista, ele tem que ser jornalismo.” Bonner. Porém, deseja se um ótimo produtor. É uma coisa que tem que estar com ele. Porque é destacar por seus próprios méritos: ‘‘Eu não punk o negócio, mas é muito bom (risos)’’. quero ser o William Bonner, eu quero ser o Sobre uma das notícias mais importan- Felipe Laud. Eu quero fazer a minha histótes que já fez, Laud destaca a dos primeiros ria, fazer o meu jornalismo’’, afirma o jovem. Então, como uma reflexão para os futuros jogos indígenas do Rio Grande do Sul que aconteceram em Tenente Portela. A viagem jornalistas fica o desafio de entender que os começou às 5 da manhã e vários imprevis- repórteres de televisão não devem ser pensa-

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dos como os únicos jornalistas, assim como a TV não deve ser pensada como a única área do jornalismo. Pois, como diz Laud, ‘‘a TV é uma pequena parte do mundo gigantesco do jornalismo’’. E com todo esse profissionalismo desde cedo, é possível concluir que a responsabilidade com que Laud exerce sua atividade está ligada aos valores que lhe foram ensinados. Pois, assim como a maior parte dos jovens que estudam na UFSM, ele teve que aprender a viver longe de casa, a morar sozinho. ‘‘Pegar ônibus, pagar aluguel, pagar contas, voltar para casa. São coisas muito importantes para a sua vida. Agrega-te muito como pessoa’’, conta Laud. Sua responsabilidade também pode ser associada à preocupação com seus avós. Pois,

aos 12 anos de idade, Felipe decidiu ir morar com seus avós para cuidar deles. Essa experiência facilitou seu desprendimento com os pais, mas não o tornou totalmente independente. Ao morar em São Borja para freqüentar a universidade local, Laud afirma que só se alimentava de miojo até conhecer um restaurante local. Enfim, é provável que você passe a admirar Felipe Laud ao conversar com ele não apenas sobre sua profissão, mas também como pessoa. Frase na qual ele baseia sua vida é: só sei que nada sei. Pois, ele deseja manter a humildade de não achar que sabe tudo. É dessa forma que o garoto sorridente de óculos deseja fazer a diferença na vida das pessoas e no mundo. E sem dúvida, ele já conseguiu isso. FF

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Casal 21 Entre publicidades de amor e propagandas de felicidade texto arianne t. lima fotos giácomo giacomoni

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ra terça-feira de tarde. Eu estava atrasada e o casal já estava me esperando no prédio 74 A. Eu havia marcado a entrevista lá... Ok! Você não deve estar entendendo nada. Então, começarei contando essa história, que afinal, não é minha. Essa história é sobre dois colegas que se apaixonaram no início do curso de Publicidade e Propaganda, e resolveram namorar. Essa história é sobre os estudantes Lucas Guasso e Gabriela Marchesan. Sobre essa história, é possível constatar que o amor é igual em todos os relacionamentos. O que muda é a forma como esse amor surge. A história desses dois surgiu em sala de aula, mas ganhou ‘‘enredo’’ com a viagem para o Intercom Sul desse ano, em Santa Cruz do Sul. Foi nesse evento, que os dois perceberam que seus sentimentos eram recíprocos e resolveram ficar juntos. Há dois meses atrás, eles oficializaram esse namoro, que é marcado por momentos de diversão, alegria e companheirismo. Quem conhece o Lucas sabe o quão divertido e engraçado ele é. A partir do surgimento de seu relacionamento com Gabriela, ele passou a ser também romântico e protetor. E isso se torna perceptível quando pergunto qual foi a coisa mais bonita que ele fez para ela. E para nossa surpresa, Gabriela responde que ‘‘foi levar um violinista na aula para me pedir em namoro’’.

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Com esse exemplo está mais do que provado que o mais romântico é ele. Já os adjetivos de mais bagunceira e mais briguenta ficam para Gabriela, segundo Lucas. Pois, ‘‘qualquer coisa ela está explodindo. (risos)’’. E como nenhum relacionamento amoroso está livre de brigas, pergunto aos dois uma situação na qual tenham se desentendido. ‘‘Não teve briga. Briga séria.” argumenta Lucas. Mas uma coisa é certa sobre relacionamentos no qual realmente está presente o amor: sempre dá certo no final. E em relação às mudanças que um relacionamento pode trazer, os jovens dizem que nada mudou negativamente. ‘‘A cada dia, a gente estuda mais e parece que nos entrosamos mais’’, diz Lucas e Gabriela completa o pensamento falando da relação com a família. A harmonia e a felicidade transparecem na fala do casal, quando pergun-

to o que pensam um do outro e pelos momentos felizes. Falando sobre isso, acredito que destacar o argumento do Lucas sobre como é estar ao lado da Gabriela, é a forma mais sensata de encerrar esse texto. Pois, ele disse que: ‘‘cada momento com ela é especial e único da melhor maneira possível, mas se fosse para realmente escolher ‘um momento’, escolheria essa entrevista, porque foi a última coisa que a gente fez junto até esse momento’’. Não há melhor conclusão. FF


Qual é o som?

Do mainstream ao underground texto eduardo molinar fotos divulgação

O

Santa Demo foi, sem dúvida, um projeto ousado de duas alunas do curso de jornalismo da UFSM. Criado por Luciana Minuzzi e Gabriela Gelain em março de 2012, o Santa Demo procura sempre mostrar o lado desconhecido da música, a parte underground. Influências do punk? Quem sabe... Contando com o apoio do técnico da Rádio Universidade, Molina, o programa trás aos ouvintes todos os tipos de música. Tem punk, rockabilly, MPB, Hard Rock, Hardcore e muito mais. Além disso,o programa proporciona sorteios de ingressos para shows, de LP’s e/ou fitas demo e participações eventuais de bandas durante o programa. O programa tambem dá oportunidade a bandas desconhecidas (e algumas conhecidas, claro) de Santa Maria. Pois, a ideia é sem-

pre tentar levar nos alguma banda para tocar ao vivo. A banda Lugh e a Pé de Pano já estiveram no estúdio da rádio, fazendo a audiência aumentar a cada semana. Não é só em Santa Maria que o Santa Demo conquistou ouvintes fixos. Há pessoas em São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Bahia que acompanham a programação. Isso porque o programa procura uma interação com seus ouvintes, não só pelas redes sociais, mas por meio do quadro “Mão Direita”. Esse quadro é uma gravação feita por algum dos ouvintes sobre o tema da semana, em que ele pode falar sobre curiosidades que conheça. Agora, se você ficou interessado em saber mais sobre o programa. O Santa Demo vai ao ar todo o sábado, das 13 horas até às 15 horas, nos 800 AM ou pelo site www.ufsm.br/radio. Na página no Facebook, você pode dar suas opiniões e sugestões de pauta.

Sobre a origem do programa, Gabriela comenta: “O Santa Demo surgiu na vontade de que a Rádio Universidade de Santa Maria voltasse a tocar sons como na época do programa Atitude Rock, pois é uma rádio jovem, e precisava ter um espaço para agregar bandas novas e recebê-las no estúdio, tocar outros estilos. Nosso foco é o underground, mas para mostrar esse ‘lado B’ da música também tocamos sons do mainstream, explicamos a história da música, trazemos reportagens e entrevistas, de uma maneira bem dinâmica e que prende o ouvinte, eu acho. Por isso o nosso público não fica apenas restrito a Santa Maria“. Enfim, o Santa Demo trouxe uma nova visão da música para seus ouvintes, que não são apenas aqui do estado, mas do Brasil inteiro. Todos estão ligados nessa produção da Facos. FF Ed. 2 | Ano 1 | Dezembro de 2013

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Faz parte da Facos

Cabelo. Cabeleira. Cabeluda. Descabelada...

texto arianne t. lima fotos giácomo giacomoni

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A

editoria “Faz parte da Facos” deve trazer vários pontos que compõem o que chamamos de ‘‘diversidade facosiana’’. Pois, é preciso pensar que a Facos não é apenas composta por pessoas de todo país. É também composta por estilos, pensamentos e posicionamentos diferentes. E nessa matéria de estreia, o papo é sobre cabelos. Especificamente, os coloridos.


M

uitos ainda pensam que tudo que não segue um padrão é perigo, estranho. Isso porque esse pré-conceito surgiu a anos atrás, e seguiu com o aparecimento de novas tecnologias durante as épocas. Um exemplo mais social é o uso de piercing e tatuagens, que por mais comum que sejam hoje, ainda causam estranhezas por aqueles que mantêm o medo do novo. Para quem não está nem aí para os ‘‘olhares tortos’’ da sociedade, inovar é viver e mais do que isso, ser livre para se expressar. Sobre as complexidades que existe por trás dos cabelos azuis, vermelhos, roxos, verdes, foi necessário argumentar com quem conhece bem: Maria Helena da Silva. Conhecida como Nina, a estudante de Jornalismo conta que antes de pintar o cabelo pela primeira vez, a cor natural de seu cabelo era castanho escuro. Com o uso de uma lógica astral, perguntei se a cor atual de seu cabelo, o azul, representa alguma coisa para ela. ‘‘Na verdade, não tem uma representação. Mas coincide, porque pela primeira vez, a cor do meu cabelo está quase uniforme e pela primeira vez, em muito tempo, a minha vida está meio estável’’, argumenta Nina. Pintar o cabelo de loiro ou vermelho é considerado parte dos padrões de beleza. Entretanto, pintar de outras cores não. Por conta disso, é possível refletir sobre essa situação como uma luta pelo direito de ser quem se é versus ser externamente o que desejam que você seja. Os padrões de beleza, em muitos casos, têm uma força limitadora e destrutiva na vida das pessoas, como uma barreira prejudicial ao desenvolvimento do corpo e da alma. Sobre isso, Nina diz: ‘‘Eu acho prejudicial no momento em que as pessoas realmente se importam com isso. Se uma garota quer ser magra ou

quer ser loira, porque ela se sente bem, eu acho que tudo bem. Mas no momento em que ela faz isso por obrigação e ela se sentiria bem de outra forma, é bem prejudicial. Mas isso também vai da auto-estima de cada um’’. E essa é uma verdade. Esse texto não deve ter um posicionamento a favor ou contra algo, mas sim, falar um pouco mais das coisas que temos contatos e que temos as simples atitudes de julgar sem entender. Pois, muitas coisas estão em jogo quando se fala de padrões de beleza, diversidade e identidade. A vida das pessoas, seu desenvolvimento, seus sonhos e suas atitudes. O problema deve estar associado à discriminação ou rotulações que estão presentes em qualquer ambiente. A Nina não sofreu com isso, mas muitas outras pessoas já sofreram. Você se lembra daquela

publicidade na qual um homem aparecia de regata e dizia que você não devia discriminá-lo, porque ele podia salvar sua vida? E em seguida, aparecia ele com um jaleco de médico, o que o tornava consideradamente aceito na sociedade. Pois então, trata-se disso. De não deixar que as aparências sejam a única coisa que você utiliza para definir quem é tal pessoa. É preciso ‘‘enxergar’’ o que cada uma carrega no coração e na mente, e lembrar que o que importa é ser feliz. Enfim, perante toda a diversidade que existe em nossa faculdade, o que deve prevalecer é o estudo e acima disso, a felicidade. Novos estilos, movimentos musicais e políticos surgiram com o tempo, mas se formos capazes de respeitar os que já existem os novos serão aceitos com mais facilidade. Você não acha? FF Ed. 2 | Ano 1 | Dezembro de 2013

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