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SAÚDE Dificuldade para engolir ou engasgos podem ser sinais de disfagia
Fonoaudióloga do Hospital Novaclínica orienta sobre a enfermidade
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, aproximadamente 25% dos idosos ativos e saudáveis apresentam alguma dificuldade na deglutição. Quando o idoso é debilitado, o percentual pode chegar a 70%, conforme o caso. Engasgos com saliva, líquidos e ao engolir são algumas delas e, em casos mais graves, a pessoa pode broncoaspirar (quando o alimento vai para o pulmão) e a tendência não conseguir mastigar, sem ajuda profissional.
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Em 20 de março, é lembrado o Dia Nacional de Atenção à Disfagia – uma data que alerta para um problema que, embora atinja outras faixas etárias, costuma ser mais recorrente entre as pessoas com mais de 60 anos. Com o avanço da população idosa no Brasil, a tendência é aumentar o número de casos de disfagia.
Em 2016, o Brasil tinha a quinta maior população idosa do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com o IBGE, de 2012 para 2021, o número de pessoas com mais de 60 anos no país cresceu de 11,3% para 14,7%. Para 2030, a previsões do Instituto é termos 18,7% de idosos.
“A disfagia é a dificuldade de deglutição, da transição do bolo alimentar da boca até o estômago. E é sempre uma consequência de alguma situação: de uma doença neuromuscular, degenerativas, pulmonar e, embora seja mais comum em idosos, com o envelhecimento, pode ocorrer com pessoas em qualquer fase da vida”, explica a dra. Talita Todeschini Vieira, fonoaudióloga do Hospital Novaclínica
A função da fonoaudiologia é auxiliar no processo de recuperação do paciente. “O fonoaudiólogo vai tratar desse paciente disfágico, vai ajudá-lo na sua ressocialização. Um dos prazeres que temos, é comer, então, o profissional vai ajudar nesta recuperação.”
Dra. Talita conta que a maior parte das pessoas que tem o problema, especialmente idosos, relatam que acabam se esquivando da vida social, já que as refeições em conjunto com amigos e familiares acabam se tornando um desafio. “Muitas vezes, esses pacientes perdem o prazer em comer para não se afogar em um restaurante ou em um momento de comemoração.”
Sintomas e tratamentos
Para evitar o avanço do problema, a Dra. Talita orienta que as pessoas observem a própria deglutição e de familiares e amigos ao seu redor, pois quanto antes o problema for diagnosticado, melhores serão os resultados. Os tratamentos vão desde exercícios para fortalecimento da musculatura orofacial, passando por diferentes consistências de alimentação a até cirurgia. “O mais importante é lembrar sempre que há tratamento e que quanto antes iniciá-lo, melhores serão os resultados”, afirma.