ANO 2 . EDIÇÃO 14 @dfaguasclaras
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Conheça a administradora de Águas Claras
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5 a 20 de fevereiro de 2015
Moradores ocupam área ociosa com horta comunitária
Projeto mantém horta orgânica em área pública. Associação de moradores convoca voluntários para usufruir das hortaliças e ajudar no plantio. Uma opção de atividade ao ar livre em meio aos altos prédios do Setor Vertical (Páginas 10 e 11).
A nova administradora de Águas Claras é a típica moradora da cidade: jovem, casada e mãe dedicada. Aos 32 anos, formada em arquitetura e urbanismo, trabalha na Administração Regional há nove anos, quando entrou por concurso assim que se formou. Escolhida pelo governador Rodrigo Rollemberg para cuidar da cidade, subiu ao posto após a indicação da deputada distrital Telma Rufino, sua ex-colega de trabalho. Patrícia Fleury foi responsável pelo planejamento e ordenamento territorial da cidade nos últimos quatro anos e diversos projetos de urbanização saíram de sua prancheta, como parques e praças. Em entrevista exclusiva ao DF Águas Claras, a administradora expõe suas preocupações e projetos (páginas 7 a 9).
Carnaval só para mulheres A sambista Dhi Ribeiro lança bloco de carnaval Ladies, só para mulheres, em Águas Claras. Bloco será comandado pelos Lordes do Areal e Águas Claras (página 15).
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OPINIÃO
5 A 20 DE FEVEREIRO DE 2015
#turmadoprédio
CLÉBER BARRETO
População de mãos dadas com a nova administradora Minhas boas vindas a Patrícia Fleury. O DFÁguasClaras será uma extensão da administração e estará sempre de portas abertas.O nosso objetivo será sempre contribuir para uma cidade melhor e por isso teremos o compromisso de ajudar fiscalizando, cobrando e principalmente apresentando soluções para os nossos problemas. Creio que a cidade anseia por melhoras e creio também, que alguém maior que todos nós colocou nas suas mãos a representação de uma cidade inteira. Estaremos juntos nessa!!! Termino com as sabias palavras do professor e grande amigo Paulo Goulart Jr: OLHANDO NO RETROVISOR:
A mudança começa com a presença da população Depois de uma semana de decisões na cidade, onde ficamos conhecendo o nome (Patrícia Fleury) que dará continuidade na administração de Águas Claras, estivemos também presentes na Reunião promovida pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) juntamente com Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras (AMAAC). Tivemos o compromisso de transmitir ao vivo pela Web Rádio DFÁguasClaras o conteúdo da reunião, às pessoas que por algum motivo não puderam comparecer.
(A reprise está disponível na programação da Rádio) Confesso que pra mim foi uma surpresa ver a casa cheia, pois, há algum tempo acompanhando as reuniões e ouvindo as pessoas que estão há mais tempo nelas, pude ver que havia um desinteresse da população para as questões politicas de Águas Claras. Agora digo que esta realidade é outra, a população se fez presente e foi ouvida e nossos representantes puderam perceber a força que a união do presencial e do virtual tiveram no resultado final.
Políticos: “Ainda bem que acabou essa reunião cheia de mimimi, vamos traficar influência”. Comunidade: “Cobramos e denunciamos e, agora, vamos esperar os políticos agirem” OLHANDO ONDE O FAROL ILUMINA: Políticos: “Vamos trabalhar pois a população está atenta e participativa, está ajudando na administração, e estará vendo tudo que estamos fazendo” Comunidade: “Continuaremos a participar, política não é só eleição, e acompanharemos diariamente as ações das administrações públicas, agindo preventivamente e sugerindo soluções, e procurando fazer nossa parte”
Vamos olhar onde o farol ilumina! dfaguasclaras@gmail.com
O jornal DF Águas Claras é parceria da editora Jornal do Guará com o portal digital DF Águas Claras Editor: A lcir Alves de Souza (DRT 767/DF) Editor Regional: Rafael Souza (DRT 10260/DF) Reportagem: Luiz Kaffa (DRT 8888/DF) Lígia Moura (DRT 7858/DF) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114 71065-315 • Guará • DF
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REALIZAÇÃO:
CIDADE
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Mudanças alteram trânsito na cidade Detran implanta sistema binário em avenidas da cidade. Órgão aposta na melhora da fluidez do trânsito próximo à CAESB
“Toda mudança visando oferecer mais conforto e segurança aos motoristas e pedestres sempre é bem vinda. Sendo assim as mudanças que estão sendo empreendidas nas ruas e avenidas em Águas Claras, com certeza melhorará nossa segurança, principalmente após a complementação da sinalização nos locais afetados”. José Júlio de Oliveira presidente da ASMAV
FONTE DETRAN-DF
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esde o dia 16 de janeiro último, algumas mudanças foram feitas no transito da cidade. A intenção do Departamento de Trânsito do Distrito Federal – DETRAN – DF, é dar maior fluidez e segurança ao transito nestes locais. O órgão alterou o transito das avenidas Sibipiruna, Jacarandá, e nas ruas Açaí, Babaçu, Macaúba e Jerivá. Baseadas no projeto original da região administrativa, as mudanças aumentarão a capacidade viária das avenidas Sibipiruna e Jacarandá, que contam com grande fluxo de veículos diariamente. No período de adaptação às mudanças, os motoristas e pedestres contarão com o auxílio da Administração Regional de Águas Claras, com a presença de agentes de trânsito nos locais mais problemáticos das vias, com sinalização vertical e horizontal, além de cones e painéis eletrônicos móveis para orientar os usuários.
A mudança porém, não é unanimidade entre os moradores e usuários das vias que foram objeto das mudanças. A insatisfação pode ser notada pelo grande número de posts com reclamações anotadas em redes
“Os carros descem em alta velocidade, e a via não tem calçada para pedestres. Não adianta mudar o sentido do trânsito apenas. Mais uma vez as ações de transito beneficiam apenas os que estão dentro dos carros e esquecem que ora somos motoristas e passageiros e ora somos pedestres”. Manoel Netto, servidor público
sociais, principalmente nos grupos chamados @DFaguasclaras, parceiros dos jornal DFáguasclaras. A publicitária e produtora cultural Beatriz Schwinke Souto relata que notou no grupo muitos usuários insatisfeitos com o aumento das distancias entre os retornos, com a dificuldades aumentadas em relação ao trânsito perto das escolas naquelas vias e principalmente pela falta de consulta do DETRAN aos usuários das vias alteradas. Já o empresário Guilherme Duarte Magalhães está animado com as mudanças. . “Usava frequentemente as vias para acessar a Universidade em que eu estudava, e era uma bagunça de carros fazendo conversões irregulares o que poderia causar acidentes, com as mudanças, com certeza diminuirá significativamente o risco eminente” explica o morador da cidade.
Detran responde Quais as vantagens trazidas pelas mudanças? As mudanças visam dar mais condições de tráfego na área diretamente afetada, na medida em que aumenta a capacidade viária das duas Avenidas (Sibipiruna e Jacarandá) que já operam com grande fluxo, chegando a congestionar em determinados períodos do dia. Haverá um trabalho de educação, ou orientação durantes estes primeiros dias? Equipes de fiscalização estão atuando na área, orientando os condutores quanto ao sentido único, e há painéis eletrônicos com mensagens informativas. Há controvérsias, entre os moradores e usuários, sobre a necessidade destas mudanças em
detrimento de outras, na visão destes, mais necessárias, como o Balão da Unieuro. Há estudos ou estão previstas mais mudanças em outros locais? A implantação da sinalização dá continuidade à implantação do projeto de circulação viária originário da cidade, que está sendo implementado à medida em que estruturas viárias estão sendo realizadas, como no caso a instalação do cruzamento semafórico entre a Avenida das Araucárias e Avenida Jacarandá. No balão da Unieuro não há problema viário estrutural, e sim um problema derivado da instalação indevida do acesso à Universidade diretamente no balão. A Diretoria de Engenharia estuda medidas que possam solucionar os problemas de trânsito no local. Fonte: Ascom/Detran
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CIDADE
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Meu Lugar em Águas Claras
DENNIS RODRIGO
Áreas públicas ocupadas: prejuízo para a nossa cidade
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guas Claras é uma cidade privilegiada. É uma das poucas do Distrito Federal que pode se orgulhar de ter um comércio amplo e sofisticado. Grandes marcas estão presentes na cidade e a cada dia mais empresários se estabelecem, para a comodidade de quem escolheu morar aqui. Em especial na área gastronômica, Águas Claras conta com casas renomadas, referência culinária em todo o país. Quem investiu em Águas Claras, comprou um lote ou uma loja com intenção de alugar e trazer renda para sua família, sofre com a concorrência desleal de invasores. Daqueles que ocupam a área pública para montar pequenos negócios. A área pública, como o próprio nome diz, deveria ser de todos. Espaços abertos, com praças, jardins, estacionamentos e estruturas que servissem a todos os moradores. Servem ainda para aumentar a sensação de espaço na cidade, principalmente no Setor Vertical, composto majoritariamente por
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prédios. Mas, autorizados ou não pelo poder público, algumas pessoas se apoderam desse espaço, usufruindo-o para seu lucro pessoal e impedindo que a população e o governo dê uso melhor para as áreas verdes. O empresário, para abrir seu negócio, precisa fazer um grande investimento, logicamente esperando um bom retorno. Além do aluguel e a altíssima carga tributária, precisa investir em sua loja, pagar funcionários, e principalmente, enfrentar a burocracia brasileira. Ainda assim, está sujeito à ação, comumente abusiva, da fiscalização. Agora, imagine se fosse possível abrir uma empresa, uma lanchonete, por exemplo, sem precisar de nada disso, nem mesmo pagar aluguel e IPTU. Sem precisar enfrentar a burocracia ou a fiscalização, sem pagar impostos e ainda estar em um lugar privilegiado de Águas Claras. Isso é o que fazem quem ocupa área pública para montar quiosques ou instalar comércio ambulante, mesmo que por pouco tempo. Os quiosques, que
pela legislação deveriam ocupar de 25 a 60 metros quadrados, chegam a ocupar mais de 100 metros quadrados, o dobro de muitas lojas na cidade. E acabam por concorrer com quem paga pelo seu ponto e recolhe imposto. Nas fotos acima, um quiosque em um local nobre da cidade, que funciona sem ser incomodado pela fiscalização, bem em frente a um prédio com lojas comerciais, que foram todas autuadas e multadas pela Agefis. Como o empresário correto pode competir com esses ocupantes? Cabe agora à nova administradora de Águas Claras e ao governador Rodrigo Rollemberg dar uma resposta à população. Esse governo vai permitir que esses absurdos se perpetuem? Vai premiar o comércio informal em detrimento das pessoas que trabalham duro para manter seus negócios abertos, pagar seus impostos e gerar emprego? É dar uma solução para que as pessoas tenham a segurança de que investir em Águas Claras vai continuar sendo um excelente negócio.
ENTREVISTA
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Patrícia Fleury A jovem moradora de Águas Claras é a nova representante do governo na cidade
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nova administradora de Águas Claras é a típica moradora da cidade: jovem, casada e mãe dedicada. Aos 32 anos, formada em arquitetura e urbanismo, trabalha na Administração Regional há nove anos,
Como foi sua indicação ao cargo de Administradora de Águas Claras? Como trabalho na Administração há alguns anos, as pessoas já me conhecem, conhecem meu trabalho, houve um convite, através da Deputada Telma Rufino, que acertou com o governador a minha indicação, principalmente pelo critério técnico. Quais serão seus principais desafios? A principio, neste momento, estou me acostumando com a função. É diferente você assessorar, como eu fiz durante nove anos, e agora passar a tomar as decisões. Mas, ao mesmo tempo estou me sentindo muito confortável, por
quando entrou por concurso assim que se formou. Escolhida pelo governador Rodrigo Rollemberg para cuidar da cidade, subiu ao posto após a indicação da deputada distrital Telma Rufino, sua ex-colega de trabalho. Patrícia Fleury foi responsável pelo planejamento e
que eu estou em casa, aqui é minha casa. O meu maior desafio é organizar a cidade que está meio abandonada, assim como Brasília Águas Claras também está. Mas o que vejo como principal desafio, como um todo, é a regularização de Arniqueiras. Nós teremos que correr atrás disto. Existe um projeto pra isto, mas, considero que deve haver principalmente vontade política e aceitação, por parte da comunidade, para que este projeto seja efetivado. Já na área vertical, eu analiso como urbanista, há uma urgência na questão da acessibilidade, principalmente das calçadas da cidade. Há um projeto para o remanejamento destas calçadas, principalmente nas avenidas castanheiras
e Araucárias, onde temos um recuo, em área pública, que poderá ser melhor aproveitado. Estamos
“É diferente você assessorar, como eu fiz durante nove anos, e agora passar a tomar as decisões. Mas, ao mesmo tempo estou me sentindo muito confortável, por que eu estou em casa, aqui é minha casa” trabalhando ainda pra que a RA consiga equipamentos para a manutenção permanente da infraestrutura da cidade. Precisamos
ordenamento territorial da cidade nos últimos quatro anos e diversos projetos de urbanização saíram de sua prancheta, como parques e praças. Em entrevista exclusiva ao DF Águas Claras, a administradora expõe suas preocupações e projetos.
também de um posto de saúde, de uma delegacia, entre outras obras. E temos os problemas do trânsito na cidade. Engarrafamentos, problemas nas entradas e saídas da cidade. Quais são seus planos para solucioná-los? Esta questão do transito esbarra na própria estrutura das vias, que são muito estreitas. Mas, temos conseguido, com intervenções junto ao DETRAN, fazer pequenas alterações no transito, como aconteceu há semanas atrás, quando implantamos um sistema de trânsito binário nas avenidas Sibipiruna e Jacarandá, que acabam diminuindo um pouco os problemas que temos com
esta questão, que é bem complexa. Faltam ainda as ligações sobre as linhas do metrô que precisam ser terminadas e que, quando concluídas trarão um fluxo de carros bem melhor. Mas, ainda não temos previsão para o início destas obras. Como será a sua relação com o legislativo? Como a senhora vai trabalhar com as emendas parlamentares? Bom o interessante é trabalhar junto aos parlamentares que tem ligação com a cidade, como é o caso da Telma Rufino, que já se comprometeu com a busca de emendas de outros parlamentares para a cidade. Acho que o melhor jeito é encaminhar as emendas
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parlamentares para as respectivas Secretarias, para que elas executem seus projetos aqui dentro. Sei, por exemplo, que a Secretaria de Educação tem projetos para implantação de escolas aqui. Existe uma espécie de lenda que diz que a população da cidade não quer que sejam implantados equipamentos públicos por aqui. Mas a realidade é outra. Quando, por exemplo, a população viu que para se vacinar era necessário ir para Taguatinga, passou a entender melhor a necessidade de equipamentos públicos de saúde e de outras espécies para uso da população local. Temos que lutar para que os lotes institucionais, mesmo os que são vendidos através de licitação, permaneçam com a essência e destinação originais. E os parques da cidade? Algum projeto específico? O parque Águas Claras e o parque do Areal são parques ecológicos administrados pelo IBRAM. De nossa parte, sempre fazemos parcerias com o IBRAM para a implantação de melhorias e manutenção destes parques. O parque Águas Claras, por exemplo, está precisando de manutenção, e nós já vamos entrar em contato com o IBRAM para mais esta parceria. Há também um projeto de cercamento do parque, mas, nós não vemos como algo positivo, pois, iria cercear o movimento, a entrada e a saída das pessoas, a pé, de bicicleta, então, pretendo conversar com a parlamentar autora da emenda para ver se revertemos a dotação para outra ação dentro do parque. Quanto aos parques Central e parque Sul, que são administrados por nós, são urbanos, não têm cunho ecológico e que por isto mesmo tem modo de administração diferentes. Nestes parques nós podemos, por exemplo, implementar equipamentos de lazer com características mais urbanas e menos ecológicas. O parque Central é um parque enorme que nós temos um projeto, um plano de ocupação para ele. O que falta ainda é o projeto executivo, de engenharia, topografia, sondagem e outros complemen-
“Temos que lutar para que os lotes institucionais, mesmo os que são vendidos através de licitação, permaneçam com a essência e destinação originais” tares. Este projeto nós vamos tentar conseguir agora, ou junto à Secretaria de Obras, ou contratando diretamente pela Administração. Há estudos para parcerias com a iniciativa privada, o que poderiam trazer mais recursos para a manutenção do parque Central. O parque Sul, nós temos um projeto para ele, com possibilidade de parceria muito boa. Temos vários projetos de abertura de clínicas naquela área. Porém, temos um impedimento por conta da CIPLAN, que é uma cimenteira, uma fábrica de cimento, que tem sede naquela área. Com a nova LUOS, creio que a CIPLAN será remanejada dali, abrindo chances de parceria. O parque Sul já tem um processo adiantado de projeto executivo na Secretaria de Obras. Outra reclamação recorrente dos moradores e visitantes da cidade é em relação à falta de estacionamentos na cidade. Como vai tratar este problema? Todo ano nós fazemos levantamentos sobre o número de vagas de estacionamento na cidade. Nós temos muitas, mas, muitas vagas de estacionamento público. Agora, as pessoas querem sempre ficar o mais próximo possível dos seus destinos e, aí sim, fica realmente mais difícil se encontrar vagas em algumas áreas mais movimentadas. Quando asfaltamos as duas Boulevard – norte e sul - nós criamos ao longo das
“Fico muito incomodada quando vejo cadeirantes ou carrinhos de bebê passando pelo meio da via urbana em virtude das más condições das calçadas”
EVISTA vias nove quilômetros, de um lado e de outro, de vagas de estacionamentos. Com a melhoria da acessibilidade também vamos atenuar em quantidade considerável este problema, as pessoas reclamam, e com razão, de que quando saem de casa sem carro não têm calçadas em boas condições para seguirem seus destinos. Fico muito incomodada quando vejo cadeirantes ou carrinhos de bebê passando pelo meio da via urbana em virtude das más condições das calçadas. E a residência oficial, existe um projeto de retomada daquela área? Já existiu uma proposta feita há algum tempo pelo deputado Chico Leite, para que a área fosse anexada ao Parque Águas Claras. Isso depende muito também de vontade política e de um projeto de lei que preveja isto. Este é o caminho natural pra que isso aconteça. Não sei se a Câmara Legislativa, ou algum deputado vai comprar esta briga. Seria interessante que a fiscalização ficasse por conta da própria administração e não da AGEFIS? Seria ótimo por que teríamos o fiscal daqui. Nós temos fiscais que residem aqui. Assim, como morador, ele teria mais possibilidades de observação, de diag-
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nóstico e soluções de problemas específicos da cidade. Mas, na realidade de hoje, nós realmente necessitamos que a AGEFIS, seja mais próxima da administração, esteja mais presente junto a quem conhece a cidade e ouve a população. Como será a montagem da sua equipe na administração? Nós pretendemos trabalhar dentro da linha que o próprio governador propõe, ou seja, valorizando o servidor efetivo, usando critérios que identifiquem o perfil correto para a respectiva área de atuação deste servidor, para que todos possam se sentir bem e dar o melhor de sí. Como já estou na Administração há nove anos, tenho a vantagem de já saber as características de cada um e, na medida do possível, posso aloca-los nas posições em que ficarão satisfeitos e renderão mais para a gestão pública. Uma reclamação recorrente da população é o distanciamento dos gestores e autoridades em geral em relação à população. Como pretende solucionar esta questão? Esta é uma relação que é estabelecida de acordo com as características de cada administrador. Mas, eu acho que a Administra-
ção não é minha, não é dos servidores da Casa, a Administração é da população. A Administração está aqui para atender a comunidade, então nós temos que receber a comunidade, nós não temos mil olhos para saber o que acontece na cidade. Então eu preciso deste contato com a comunidade.
Preciso das redes sociais para diminuir esta distância. Enquanto servidora da casa, eu já participava dos grupos pra sentir este termômetro de necessidades da população. Resolvemos várias demandas desta forma. Como nova administradora,
qual a expectativa a população pode ter, em relação à sua gestão? Eu espero poder dar o máximo de mim. Águas Claras é a minha cidade, pela qual sou apaixonada. Tenho muito orgulho de morar e de trabalhar aqui. Então, no que depender de mim, vou correr atrás mesmo e vou tentar resolver.
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CIDADE
DF ÁGUAS CLARAS
Moradores aproveitam áreas ociosas para fazer horta Um oásis verde entre os prédios de Águas Claras proporciona momentos de lazer e possibilitam uma vida mais saudável
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ara quem vive entre prédios, como os moradores do Setor Vertical de Águas Claras, áreas verdes e abertas como parques e praças são muito valorizadas. Por isso, é comum que pequenas multidões se aglomerem nestes locais abertos entre prédios aos finais de semana. Para quem gosta de plantar, ainda é complicado encontrar um local adequado nos prédios de apartamento. Pensando nisto, um grupo de moradores de Águas Claras criou a horta comunitária. Um espaço para terapia ocupacional, preservação das áreas verdes e uma alternativa de alimentação saudável, com o plantio de temperos e hortalizças orgânicas. , A ideia não é nova. Em 2009, o próprio Governo do Distrito Federal criou o projeto Hortas Comunitárias, mas era tocado pelo poder público, com pouca participação popular. A maioria das hortas foi descontinuada no último governo. A consciência da utilização dos espaços públicos para fins comuns, especialmente para produção de alimentos, é uma prática que vem ganhando
número cada vez maior de simpatizantes no mundo. O modelo de núcleos urbanos, isolados do meio rural estimula o consumo de produtos industrializados, artificiais e cheios de agrotóxicos. “Estamos consumindo alimentos cada vez mais caros e de baixa qualidade para a saúde. Desaprendemos a cultivar nosso próprio alimento. Essa é a principal motivação para a criação da horta”, explica Shirley Araújo Gomes, servidora publica e Diretora de Sustentabilidade da Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras, a AMAAC. A vontade de se implantar hortas urbanas em Águas Claras tinha sido levantada por alguns membros da associação em 2014, quando o francês Gabriel Bizzoto, que residia no Brasil há mais de
15 anos, entrou em contato com a AMAAC apresentando um projeto de hortas comunitárias. Ele participa há muitos anos de um movimento internacional chamado Zeitgeinst que busca implantar iniciativas sustentáveis. O modelo econômico, segundo esse movimento, degrada o meio ambiente,
Os canteiros, as mudas e até as placas foram confeccionadas pelos voluntários. Eles convocam os demais moradores de Águas Claras para colaborar e usufruir da horta
é preciso que todos façam algo para reverter esse quadro. Gabriel Bizzotto e um grupo de mais cinco pessoas deram início ao plantio do primeiro canteiro que se transformaria na horta que hoje se conhece. “Acompanhei o plantio do canteiro do meu prédio, mas somente entrei no grupo uma semana depois” conta Shirley que participa do grupo ativamente. O projeto tem como base que as pessoas envolvidas possam (re) aprender as técnicas agrícolas e de agricultura urbana. Muito mais do que simplesmente plantar, o grupo tem diversos objetivos, dentre eles, cuidar do paisagismo do Parque Central, que está até hoje abandonado pelas autoridades, sensibilizar as crianças para a importância dos recursos naturais (terra, sol, água, animais), por meio da organização comunitária, realizar a democracia direta, sem nenhuma autoridade ou governo, e aprender como tudo isso funciona e reconstruir a vizinhança, já que Águas Claras é praticamente uma cidade de condomínios fechados e apartamentos isolados.
Por este motivo o grupo quer que a horta seja um ponto de encontro onde às pessoas do bairro possam fazer amizades. Esse experimento social permite que as pessoas tenham maior conscientização sobre o assunto. Gabriel Bizzotto, analista de sistemas, explica que tinha vontade de criar algo nesse sentido, desde abril de 2013. Mas, quem o motivou mesmo a levantar e pegar na enxada foi Ron Finley, um morador de South Central Los Angeles, um bairro pobre onde não há comida saudável. “Finley começou a plantar na rua, no modo “Guerilla Gardening” (como popularizado por Richard Reynolds em Londres), para promover a importância de uma alimentação saudável em meio a uma epidemia de falência renal e diabetes no bairro dele” conta Gabriel. Para George Luís Athayde, a horta de Águas Claras é mais uma iniciativa para alimentar o instinto gregário, tão importante e tão negligenciado pela modernidade extremamente individualista. Além disso, para ele é uma comu-
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DF ÁGUAS CLARAS nhão bastante funcional, uma vez que se aprende a mexer na terra, a entender de plantas e sua relação com o ambiente e com nossa saúde. Ou seja, recobrar algo natural em nós, mas que há muito jaz esquecido.
Os cuidados com a terra Para que a horta funcione todos trabalham em equipe. Para comprar as ferramentas, por exemplo, todos contribuem, ou seja, tudo é comunitário. Se faltar alguma coisa, as pessoas organizam mutirões e compram. As sementes, como são baratas, são compradas por alguns e outros tiram das frutas de casa. Na horta o grupo usa o adubo orgânico, incluindo esterco de animais e restos de alimentos (cascas de legumes e verduras oriundos das casas dos moradores da região). A compostagem é feita no local. São reservados “canteiros”, onde as pessoas depositam os restos de alimentos e cobrem de terra, além
de uma camada de folhas secas por cima. Com o tempo, ocorre a decomposição e transformação em adubo. Recentemente, a horta recebeu um minhocário que já vem produzindo bastante adubo. O resultado desse cuidado com a terra não poderia ser diferente: conforme o grupo vai aprendendo, plantam tomates, beterraba, cebolinha, salsa, alface, flores, manjericão, melão, pimenta, abacaxi, batata doce, cenoura, feijão, mandioca... Na mesma área onde se encontra a horta já foram plantadas mais de 10 espécies de árvores nativas do cerrado e frutíferas. Já a produção de hortaliças e aromáticas é apenas uma consequência disso tudo. Para que a horta funcione bem, existem regras. Gabriel conta que existe um escala para regar. Tem o time da manhã às 8h e o time da tarde às 16h30. Além disso, o grupo planeja uma reformulação que minimize o consumo de água, com barreiras de vento,
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trepadeiras para dar sombra, canteiros capilares e irrigação.
Os Benefícios Os benefícios de uma horta comunitária são vários: as pessoas ocupam melhor os espaços públicos, a cidade se torna mais bonita, terrenos baldios recebem atenção e deixam de ser foco de doenças como a Dengue, abre espaço para a prática de atividades de educação ambiental, promove a interação entre vizinhos e o fortalecimento da comunidade, produz alimentos livres de agrotóxico, entre outros.
Como o projeto começou O primeiro mutirão realizado aconteceu em 11 de maio de 2014 e com o passar do tempo conquistou adeptos. Hoje, por meio do Facebook, o grupo tem 900 membros, porém os voluntários frequentes não passam de 20. Todos os integrantes são livres para fazer o que quiser, já que o
espaço é público, porém o que é pedido é que seja um espaço de expressão criativa. Gabriel assumiu a liderança do projeto, no sentido de “ser o orientador”, sobre técnicas de manejo e plantio. Para ele, o contato coletivo com a natureza desperta não apenas a preocupação ambiental, mas uma nova relação entre os envolvidos.
Hoje ele afirma que a horta tem vida própria e que a maior parte dos envolvidos sabe o que fazer para mantê-la. O grupo organiza e distribui tarefas, sem depender de uma pessoa especifica e tudo o que é recebido compartilham, além de estarem de braços abertos para receber conselhos, sugestões, dicas e propostas.
CULTURA
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Rodrigo Fernandes no Stand Up do Ferreira Comediante é atração da casa de Stand Up mais popular de Brasília
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ando continuidade ao projeto Solos no Stand Up do Ferreira nesse mês de Fevereiro, o convidado será Rodrigo Fernandes, fundador do Blog Jacaré Banguela. O evento de stand up mais tradicional de Brasília agora é produzido pela Casa de Artistas. Cheio de novidades, o show sempre conta com nomes de sucesso em todo o Brasil e ainda com artistas reconhecidos em Brasília. Totalmente Desnecessário é o nome do show de standup comedy do humorista Rodrigo Fernandes, autor do blog Jacaré Banguela que completa 11 anos em 2015. O texto se baseia em fatos da vida do comediante, como sua ida pela primeira vez a uma
academia e ser zuado por uma Panicat, além de observações do dia a dia como a ligação entre roupa florida e o Alzheimer. A apresentação também conta com observações sobre o hábito das pessoas na internet, a futura geração de avós e os relacionamentos de hoje em dia. O nome do show é retirado da primeira nota que o comediante recebeu na vida em relação ao seu show. Em uma apresentação na sua terra natal (Cuiabá - MT) Rodrigo Fernandes fez uma piada em uma premiação e atualmente está sendo processado por ela. è rpeciso reservar mesas antecipadamente no telefone ao lado. O Bar do Ferreira fica no Shopping Quê!.
Serviço Totalmente Desnecessário Stand Up com Rodrigo Fernandes 9 de fevereiro - 21h Couvert: R$ 30,00 (Mesas antecipadas para 04 pessoas de R$ 120 por R$ 80) Classificação: 14 anos. Informações: 3024-8834
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CULTURA
DF ÁGUAS CLARAS
Administração
PAULO GOULART JR
Empresas de Águas Claras Escrever sobre administração para um jornal destinado a uma região específica? Quais benefícios as melhores práticas administrativas podem trazer para as empresas e organizações de Águas Claras? Nascida a partir de uma realidade industrial, a aplicação da ciência administração foi ampliada para tudo que se faz atualmente, seja no setor primário, secundário ou terciário da economia, na administração pública e privada, e até como você administra sua empresa individual. A reflexão sobre a realidade, a aplicação de boas ações administrativas melhoram o desempenho das empresas em cumprir
tal, ele define o sucesso de todo o esforço produtivo de uma empresa. A empresa dona da farmácia investiu seu capital para montar seu empreendimento, comprar um estoque de remédios, pagar as despesas de água, luz e telefone, mas esqueceu de treinar as pessoas que trabalham no contato com os clientes. As empresas não existem para produzir lucro, elas existem para atender as necessidades das pessoas, gerar satisfação inclusive quando entrega seu produto. O lucro não ó objetivo primeiro das empresas. Então, as empresas não precisam ser lucrativas? Precisam ser lucrativas, mas esse lucro somente será conquistado
As empresas não existem para produzir lucro, elas existem para atender as necessidades das pessoas, gerar satisfação inclusive quando entrega seu produto seu desígnio primordial: atender as necessidades da sociedade por produtos e serviços. Fui à farmácia com uma receita na mão comprar um remédio. A atendente não entendeu a letra do médico, e sem me consultar ou falar alguma coisa, fotografou a receita e ficou digitando no celular. Provavelmente enviou a imagem por wathsapp para alguém decifrar a letra, pelo menos foi o que deduzi. Perguntei o que estava havendo, e para meu espanto a atendente virou as costas e continuou digitando, sem responder. Nem me olhou, simplesmente me deu as costas. “Por favor! Algum problema com a receita?” e novamente fui ignorado. Peguei a receita largada em cima do balcão e fui embora, ela nem reparou. Uau... que atendimento ruim... não volto mais nessa farmácia. Veja o prejuízo para essa empresa. O atendimento é fundamen-
depois de atender uma necessidade social dos indivíduos: um remédio, um corte de cabelo, um alimento ou uma bebida. As empresas instaladas em Águas Claras e região atendem as necessidades da sociedade? Os moradores conseguem suprir suas necessidades nesta região? Há oferta de serviços médicos suficientes? Ouço reclamações e observo atendimento deficiente em nosso comércio, mas ele pode melhorar, e garanto: quem melhorar o atendimento consegue um diferencial competitivo. Sou Paulo Goulart Jr, um paulistano formado em administração de empresas, professor de ensino superior e técnico de nível médio há dez anos, e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Este professor mora atualmente em Águas Claras, e espero contribuir com os empreendedores desta cidade.
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Dhi Ribeiro monta bloco de carnaval A sambista guaraense sairá em 2015 com o bloco Ladie’s comandado apenas por mulheres
O
mais novo bloco do DF sairá em Águas Claras, acompanhando a escola de samba Lordes do Areal e Águas Claras, no dia 14 de fevereiro, a partir das 16 horas, na quadra 301. As mulheres comandarão a festa, mas os homens serão bem vindos para acompanhar o bloco. A voz de Dhi Ribeiro, sambista e intérprete da música popular brasileira reconhecida nacional e internacionalmente, acompanhará todo o trajeto do bloco com músicas tradicionais
A cantora e a diretoria da Lordes do Areal e Águas Claras durante ensaio da escola de samba
dos carnavais brasileiros, axé e MPB. "Vamos fazer um Carnaval de verdade, com a comunidade participando de todas as etapas da sua organização. É como todo bloco começa e deve ser. Com os foliões construindo com alegria uma grande celebração, que é o Carnaval", argumenta a cantora. O Concurso Rainha e Rei da Bateria, com a apresentação dos protótipos da Escola Lordes do Areal e Águas Claras aconteceu no dia 30 de janeiro no Clube da Saúde, no Guará, com Dhi Ribeiro, Samba Flores e Bateria da
Escola Furiosa. Dia 6 de fevereiro acontecerá o Concurso de Instrumentos, no Clube da Saúde, às 21 horas, uma prévia do Carnaval da Lordes com seu novo bloco Ladie`s, que em 2015 desenvolverá diversos projetos sociais com a comunidade feminina do Areal.
Serviço Bloco Ladies
com Lordes do Areal e Águas Claras Primeiro lote de camisetas a R$30 individual e R$50 o par www.lordesdoareal.com.br Telefone: (61) 84951611 (61) 86822779