folhadeaguasclaras.com.br ANO 3 - EDIÇÃO 79
Samu fecha acordo com metrô O acordo pretende dar mais agilidade e efetividade na atuação conjunta de profissionais do Metrô e SAMU, em atendimentos emergenciais que ocorrerem nas estações, arredores, pátios e vias do sistema. Página 3
Drinks na cervejaria Devassa de Águas Claras oferece uma carta inusitada de bebidas Página 7
Nany People volta à Águas Claras
Comediante vem ao Teatro da Caesb, nos dias 15 e 16 de julho, com o espetáculo Minhas Verdades. Página 9
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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Artistas sem espaço Águas Claras não tem espaços culturais onde os artistas da cidade possam mostrar seu trabalho e discutir a produção local. Oferta está limitada a bares e espaços comerciais, além do Teatro da Caesb, gerido como teatro privado (Páginas 4 e 5).
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FOLHA DE ÁGUAS CLARAS
8 A 14 DE JULHO DE 2017
FOLHA DE ÁGUAS CLARAS ISSN 2357-8823
Circulação
Editor: Rafael Souza (DRT 10260/13)
A Folha de Águas é um produto da Editora Jornal do Guará, há 32 anos no mercado de comunicação comunitária. A Folha de Águas Claras é distribuída gratuitamente por todas as bancas de jornais da cidade; em estabelecimentos comerciais, associações, entidades, faculdades; nas agências bancárias, na Administração Regional, outros órgãos públicos, nos consultórios médicos e odontológicos, portarias dos edifícios comerciais e shoppings de Águas Claras. E, ainda, por mailing, na nossa página eletrônica e nas redes sociais.
Reportagem: Alcir Alves de Souza (DRT 767/80) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114 71065-315 • Guará • DF
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Metrô e SAMU assinam acordo
Ações do Corpo de Segurança Operacional e SAMU preveem treinamentos, palestras e simulações
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Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-DF) assinaram, nesta quinta-feira, 6 de julho, acordo de cooperação técnica para estabelecer a execução de ações conjuntas no sistema metroviário. Entre elas, técnicas e procedimentos de atendimento, realização de treinamentos e palestras. Participaram da cerimônia o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, e o secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca. O acordo pretende dar mais agilidade e efetividade na atuação conjunta de profissionais do Metrô-DF e SAMU, em atendimentos emergenciais que ocorrerem nas estações, arredores, pátios e vias do sistema. “Quem ganha é o usuário do sistema metroviário, que terá atendimento de ma-
neira ainda mais eficiente e eficaz”, afirmou Marcelo Dourado. O presidente do Metrô informou que, nos próximos meses, lançará edital de licitação para a compra de três veículos de primeiros socorros para levar os usuários aos hospitais, em casos de necessidade. E quem irá dar apoio técnico para a elaboração dos Termos de Aquisição de equipamentos para esse tipo de atendimento será o SAMU. Para o secretário de Saúde, o acordo de cooperação com o Metrô mostra como os serviços do SAMU são essenciais para o atendimento à população e reforçou a necessidade de mais investimentos na área. “O serviço passou por dificuldades nos últimos anos e, agora, estamos investindo mais e reforçando a equipe. Queremos deixá-lo ainda mais forte”, destacou Humberto
PAULO BARROS
POR FABÍOLA GÓIS
O secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca e o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado
Lucena. A gerente adjunta do SAMU, Ana Paula Pinheiro, lembrou que o SAMU já fez
algumas parcerias com o Metrô-DF, como simulações no atendimento a desastres e catástrofes. “Estamos à
disposição para auxiliar o Metrô em situações que envolvam o atendimento de saúde aos usuários”, disse.
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Sem espaço para arte Águas Claras não conta com espaços públicos voltados para a cultura. Há seis meses atuando na cidade, Conselho empenha-se para criar oportunidades para os artistas e moradores da cidade vivenciarem o que é produzido localmente
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guas Claras carece de serviços públicos. A cidade é uma das mais jovens do Distrito Federal e não conta com hospitais, postos de saúde, uma delegacia própria, escolas públicas suficientes e sedes de outros serviços. Um dos setores também atingidos por esta escassez de serviços públicos é a cultura. Águas Claras não conta com espaços disponíveis para apresentações artísticas que sejam do governo e aberto à população. O único teatro é o Caesb, que mesmo sendo de uma empresa pública, funciona como um teatro privado. Não há uma Casa de Cultura, teatro de arena, coreto, escola de arte ou qualquer outro equipamento público cultural, com exceção é a pequena Biblioteca Pública, improvisada num antigo stand de vendas de imóveis. Apesar disto, os bares e restaurantes da cidade, shoppings e grandes condomínios oferecem ambiente capaz de alavancar a arte local, ainda que focados apenas na música. Encontrar espaço entre os prédios e condomínios da cidade para o desenvolvimento cultural é
uma das missões do Conselho de Cultura, empossado apenas em 2017. Águas Claras foi uma das últimas cidades do Distrito Federal a ter um conselho de cultura, que é um colegiado formado por artistas e produtores culturais com o objetivo de discutor as políticas públicas para o setor.
Sem espaço
O trabalho do Conselho de Cultura foi firmado por meio de votação popular e elegeu oito representantes para trabalhar junto ao Governo do Distrito Federal através de conselhos no âmbito cultural. A maior necessidade do grupo atualmente é encontrar um local fixo para se reunir, já foi solicitada ao administrador da cidade uma sala fixa, mas até agora nenhum local foi disponibilizado. O grupo se reveza em locais alternativos, mas pela instabilidade as reuniões ficam comprometidas e ainda não elegeram o presidente, vice-presidente e secretário, todos trabalham de forma unânime em prol dos artistas. A votação deve acontecer ainda no mês de julho. Para o conselheiro Cle-
ber Barreto, existem diversos movimentos na cidade estimulados de forma privada e sem auxílio do governo, por isso o interesse do Conselho de Cultura é cooperar e incentivar diversos eventos na cidade, que tem grande potencial. “Com uma relação franca e transparente acredito que temos muito a somar, sempre que possível contamos com a presença do administrador Manoel Valdeci presente em nossas reuniões”, conta Cleber, e afirma que “o Conselho está pronto para dialogar e verificar a melhor maneira de fazer com que a cultura seja cada vez mais forte em Águas Claras”.
Teatro da Caesb é uma das poucas opções disponíveis, mesmo funcionando como um teatro privado
Locais privados
“Dentro da realidade brasileira, acho que Águas Claras está em um nível mediano de eventos culturais, apesar de não ver tantas atividades teatrais de rua, exposições de artistas plásticos e poetas, aqui se vê muita manifestação musical”, disse Felipe Boechat, conselheiro cultural. Segundo ele, o mercado é melhor para os músicos do que para outros artistas porque a música é um atrativo para o
Mesmo tendo uma arquitetura que privilegiaria o grafite, a cidade não conta com proejtos consistentes na área como outras cidades verticais do país. A irônica arte acima fica na sede da associação de moradores, na avenida das Araucárias
Cidades da região contam com espaos culturais, ainda que subutilizados, como a Casa da Cultura do Guará, o Teatro da Praça de Taguatinga e a Casa do Cantador em Ceilândia. Terrenos públicos de Águas Claras, como o destinado à Administração Regional e onde funciona a Feira de Àguas Claras poderiam abrigar as estruturas
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Personagem da cidade Música e engajamento no trabalho de Os conselheiros de cultura Cléber Barreto, Tércio Mendes, o administrador de Águas Claras Manoel Valdeci, Stella Domenico, Luciano Prates e Guta Feitosa. Negociações para um espaço próprio não tem avançado
estabelecimento, compõe o clima de um bar ou restaurante e as pessoas não precisam prestar tanta atenção numa apresentação musical quanto em uma exposição de arte, por exemplo. “Águas Claras tem um potencial enorme, mas a gente ainda não conseguiu ativar isso”, afirma Boechat. A principal ideia do conselheiro é aproveitar os espaços dos shoppings da cidade para apresentações culturais, na opinião dele, os locais estão vazios e sem atrativos, enquanto as pessoas estão nos bares, restaurantes e food trucks. As manifestações culturais podem atrair centenas de pessoas, e seria o espaço ideal para as
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FOTO DE ESTELA JULIANA OLIVEIRA
atividades que necessitam de mais atenção da plateia. A parceira traria benefícios para os shoppings (lojas), para os artistas e para a população. Até agora o Conselho não tem conseguido colocar em prática todos os projetos pois está em “fase de adaptação e auto identificação, é uma atividade nova e pessoas estão perdendo poder”, segundo Boechat, por isso a importância dos artistas da cidade se manifestarem e procurar a equipe de conselheiros para o cadastramento da classe com nomes, telefones, área de atuação para que o Conselho comece o trabalho auxiliando esses profissionais.
Felipe
Boechat
O
músico Felipe Carlos Boechat nasceu em Manaus, mas vive em Águas Claras há três anos e meio. Escolheu a cidade porque a estrutura (lazer, facilidade e qualidade de vida) encontrada aqui foi a melhor no Distrito Federal. O professor, advogado, consultor, tributário, músico e membro do Conselho de Cultura de Águas Claras exerce tantas funções que fica difícil escolher a melhor ou mais importante entre elas, mas a que leva uma pequena vantagem por ser considerada a profissão do “fundo do coração”, segundo Boe-
chat, é a de músico. “Se eu pudesse escolher, minha primeira opção de trabalho era ser músico, mas no Brasil fica como última”, disse. Dentre as maiores dificuldades encontradas na carreira de um músico a maior, segundo Boechat, é o próprio artista. “Um músico precisa ter tempo e a cabeça focada no trabalho sem preocupações para ele poder criar. Nós não somos pessoas normais, o processo criativo lhe tira da realidade, precisamos de ajuda tanto dos mais próximos quanto apoio do governo” analisou. Existem muitos recursos
públicos parados e os músicos não tem acesso, muitas leis de apoio que poderiam dar uma estabilidade a artistas circenses, atores, artistas plásticos, poetas e outros, mas que não chegam até eles. Admirador da música francesa, italiana, MPB clássica e worl music, Boechat se apresenta com banda ou solo. Ele tem dois projetos no momento, a banda Autoplay que toca rock e faz shows, casamentos, eventos particulares em Águas Claras e Distrito Federal, e a Ouro fino que é um projeto autoral no gênero rock country.
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AMAAC.ORG@GMAIL.COM
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Apertem os cintos, as faixas sumiram! Brasília se tornou referência nacional ao implantar a “Lei da Faixa”, uma Lei pioneira e que apesar de todos os comentários em contrário foi prontamente adotada pela população e o mais importante: mantida! Tínhamos como referência as faixas de pedestres em Londres e nunca imaginaríamos que elas seriam implantadas aqui no Distrito Federal. Usávamos como argumento para decretar o fim delas o aumento no número de acidentes que ocorreriam por ter que parar
no meio de uma rua movimentada para dar passagem a um pedestre. A “Lei da Faixa” como ficou popularmente conhecida, completou em 1º de abril deste ano, o seu vigésimo aniversário. As faixas de pedestres se tornaram um patrimônio da cidade e vamos confessar: dá um certo orgulho ver um turista maravilhado com a nossa educação frente à faixa. Comentários do tipo “Nossa, os motoristas param mesmo” já se tornaram comuns aos nossos ouvidos. Ah sim, e quantas vezes
Bombou no Face da AMAAC
Dá raiva quando você deixa seu carro estacionado e ao voltar você o encontra com um amassado provocado por outro carro, não é mesmo? Mas, se você tiver sorte de ter abalroado pela Livia Max a raiva se transforma em alívio. Ela, consciente de seu ato veio até nosso grupo no facebook e deixou o aviso, claro que ela também deixou um bilhete no para brisa do carro, que deve ter sido levado pelo vento ou arrancado por terceiros. Valeu Livia Max, são pessoas como você que nos faz acreditar que nosso país irá progredir.
ao viajar para outras cidades nós xingamos os motoristas que não param quando fazemos o “sinal de vida” na faixa deles e eles não param? Nós damos valor e respeitamos as faixas, mas ultimamente ao caminharmos pela cidade notamos que há muitas faixas com a visibilidade reduzida, quase apagadas. E isso nas nossas principais vias, a Av. Araucárias e Av. Castanheiras. Em alguns pontos há a sinalização vertical que indica que ali há uma faixa de pedestres mas há
De Bate
locais em que não encontramos essa sinalização. A Associação dos Moradores e Amigos de Águas Claras – AMAAC, irá fazer um levantamento destas faixas que estão apagadas e requerer ao Departamento de Trânsito que seja feita a revitalização delas, caso você leitor tenha conhecimento de alguma faixa que não esteja completamente visível, entre em contato conosco. A cidade é nossa e temos que lutar para mantê-la sempre em ordem.
rno. Se nós dentro de nossas casas E o frio chegou com tudo neste inve uma rem imagine então quem não tem estamos sentindo o ossos congela a se aquecer. casa confortável e um cobertor par redes sociais se mobilizam para esPensando nisso várias pessoas nas abimas pessoas em situação de vulner quentar um pouco as noites de algu tempo para ajudar o próximo. lidade social e dedicam parte de seu o próximo na cara e na coragem. PaÉ o caso da Flávia que fez algo pel rabéns Flávia.
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E quem não toma cerveja? Mesmo sendo uma cervejaria, Devassa de Águas Claras oferece uma excelente carta de drinks e vinhos. Caipirinhas e Mojitos diferentes são destaques no bar
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uem não toma cerveja, ou prefere outras bebidas, principalmente no inverno, não tem desculpa pra não frequentar a maior cervejaria da cidade. Além das cervejas em várias versões, a casa oferece uma ampla carta de vinhos e drinks inusitados.
Caipirinhas e Mojitos
O mais brasileiro dos drinks encontra na Devassa opções para todos os gostos, preparadas com frutas frescas e até mesmo picolés. A Caipirésima, com versão de kiwi, e a Caipirante, com morango, saem à partir de R$ 16,90 cada. O cliente ainda pode escolher se prefere cachaçã, vodka nacional ou vodka importada. A versão mais refrescante do drink são as Caipilés, caipirinhas acompanhadas de um picolé natural de fruta, com várias
opções, como coco e abacaxi (à partir R$ 18,90 cada). Os mojitos da casa também foram recriados. A versão cubana original, de limão, ganha a companhia de mojito de morango e até mesmo de maracujá. Servido no copo longo, tradicional, são ofertados à partir de R$ 19,90, dependendo da bebida escolhida.
Chopps
Obviamente a casa oferece todas as versões do chopp Devassa: a loira, uma lager puro malte tropical que carrega a miscelânea brasileira. Tem o puro malte que traz corpo e harmonia no paladar, por outro lado, é tropical: espuma cremosa e amargor reduzido com aroma suave; a Sarará, do tipo Weiss, o chope Sarará é feito com maltes de trigo e é mais encorpado.. Tem como gran-
de diferencial o aroma de banana e cravo, acompanhado de baixo amargor; a Ruiva, com coloração avermelhada, sabor e aroma encorpados não deixam dúvidas de que é uma conquistadora natural. Fabricada com uma mistura de maltes especiais e lúpulos importados, atrai também pela levedura de alta fermentação. A Negra, uma Dark Ale, como o nome já diz, uma cerveja de coloração escura, com levedura de alta fermentação. Também é encorpada, extremamente cremosa e com sabor e aroma de malte torrado. E a Índia, inspirada na Pale Ale Britânica que era enviada de navio para Índia. Para protegê-la durante a jornada, colocava-se muito lúpulo em sua fórmula. Daí o seu forte amargor, intenso aroma do lúpulo e elevado teor alcoólico.
Caipirésima (acima), Strawberry Morrito(ao lado) e a Capilé, uma caipirinha servida com picolé de fruta
Serviço
Devassa
Av. das Araucárias, 885 Àguas Claras Seg a Qua: 16h às 00h Quin e Sex: 16h às 01h Sáb,Dom e Fer: 12h às 01h (061) 3024-0690
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Nany People abre o verbo
A humorista volta a Águas Claras nos dias 15 e 16 de julho com “Minhas Verdades”
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esbocada, irreverente e com esquetes que garantem gargalhadas por onde passa. Assim é a humorista Nany People, que volta a Brasília nos dias 15 e 16 de julho, para apresentar, após dois anos, o espetáculo intitulado Minhas Verdades. Em cartaz no Teatro da Caesb (Águas Claras), sábado, às 21h, e domingo, às 20h, a montagem faz um passeio bem-humorado pela trajetória da comediante. Os ingressos, que custam 60 reais (inteira) e 30 reais (meia-entrada), estão à venda em pontos como a bilheteria do teatro, as lojas físicas da Bilheteria Digital ou na Óticas Carol. Quem preferir, também poderá adquirir pelo site www.bilheteriadigital. com. Clientes do Banco BRB – parceiro do projeto Cerrado Riso–, pagam 25 reais. Para doadores de 2 kg de alimentos não perecíveis, o ingresso solidário sai a 35 reais. Todos os produtos arrecadados serão doados a instituições beneficentes do Distrito Federal.
Minhas Verdades
Ao chegar a "segunda puberdade", aos bem-vividos 51 anos, Nany People está
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mais abusada, provocadora e bem-humorada que nunca. Em Minhas verdades, a comediante relembra momentos marcantes de sua vida, com risos e reflexões. No palco, promove muito mais que um stand-up. Na obra, Nany solta o verbo e revela de maneira inteligente e hilária situações como o primeiro beijo, a primeira transa e a transição de gênero. Personificação da palavra "mudança", Nany revira até a casa e as normas do stand-up. Promove mais que uma piada atrás da outra, traz analogias, provocações e até canta. “A música consegue dizer coisas que a fala não diz. É mais light, show, intimista, desabafo, daí ser muito mais que stand-up", afirma a atriz.
Nany People
15 e 16 de julho de 2017. sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Teatro da Caesb Avenida Sibipiruna Não recomendado para menores de 14 anos. 60 reais (inteira) e 30 reais (meia-entrada) *Clientes BRB têm 50% de desconto
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Virei Síndico, e agora?
ROMAN DARIO CUATTRIN
Animais em condomínio
SÍNDICO DA SEMANA Um síndico recém-empossado, mas que já era subsíndico há mais de 2 anos. Hoje conversamos com Rodolfo Rodrigues, que está há 4 meses à frete do Residencial José Ricardo, na Quadra 107, aqui em Águas Claras. O que te deu mais ORGULHO nesse tempo todo? A experiência como subsíndico antes de assumir como síndico me mostrou onde podíamos agir. Em quatro meses consegui regularizar as calçadas e deixá-las no padrão de acessibilidade. Havíamos sido notificados em 2014 e multados em 2016. Aqueci a piscina, retirei um vazamento que nos obrigava a manter bombas ligadas 24 horas por dia. Nosso condomínio está em reforma geral do salão de festas e espaço gourmet, para adi-
cionar móveis, TVs e eletrodomésticos em geral. E o mais interessante, não subimos taxa de condomínio, pois fizemos diversas trocas de fornecedores que nos trouxeram economia e com isso estamos realizando os investimentos. O que faria de outra forma ou não faria novamente? Todo aprendizado é bem vindo. Eu não deixaria de ouvir as pessoas, pois a contribuição de todos, que vivem naquela comunidade e partilham do mesmo ambiente, é sempre importante. Qual o maior desafio de ser síndico na sua opinião? Lidar com pessoas. É preciso ser muito flexível, dinâmico, saber ouvir todas elas e dar uma solução aos problemas, se colocar no lugar das pessoas sempre e tomar a melhor atitude sem prejudicar ninguém. Algumas discussões calorosas são inevitáveis, mas fica claro e evidente o problema a ser resolvido. Gosto muito de uma frase: “Melhor estar ao lado de uma pessoa problemática, sincera e desafiadora, sempre ouvindo e tentando sanar o problema, do que contra ela”. Um conselho pra quem está chegando agora. Tenha um subsíndico ativo, um conselho fiscal atuante, saiba ouvir e se colocar no lugar das pessoas e lembre-se: hoje somos síndicos mas amanhã será outra pessoa e podemos precisar que ela resolva nosso problema assim como temos que resolver os deles também.
Eles passaram a fazer parte do cotidiano nosso, convivendo como novos membros da família. Segundo o IBGE, em dados de 2013, são mais de 132 milhões de pets. São cães, gatos, peixes, passarinhos e outros nem tão comuns assim. De repente, esses novos membros se viram às voltas com regramentos que impunham uma série de determinações em condomínio: pode, não pode, pode com restrições, enfim, animais em condomínio é o assunto de hoje. Lutar contra os animaizinhos nos condomínios é uma batalha perdida. Mesmo que o regimento ou convenção os proíbam, juízes de diversas instâncias já permitiram animais em condomínios, desde que eles não atrapalhem a saúde, o sossego e a segurança dos moradores e dos vizinhos. Ficou pacificado que as pessoas tem direito de possuir um bichinho de estimação. Todo condômino tem o direito de usar e fruir de sua unidade autônoma condicionado ao respeito das normas de boa vizinhança, de forma que não cause dano ou incômodo aos demais condôminos e desde que não a use de forma nociva ou perigosa ao sossego, salubridade e à segurança dos demais condôminos (Art. 10º e 19º da Lei 4591/64 e Art. 1.335 do Código Civil). Ou seja, manter animais em unidades condominiais é exercício regular do direito de propriedade (Art. 1.228 e seguintes do Código Civil), o qual não pode ser glosado ou restringido pelo condomínio. O limite ao exercício do direito de propriedade é o respeito ao direito alheio ou direito de vizinhança. O segredo então é que no condomínio haja regras bem estabelecidas para que todos sigam, explicitando o que é permitido e o que é proibido nas áreas comuns com relação aos bichos no condomínio. Alguns exemplos do que deve estar disciplinado: as áreas por
onde os animais podem circular ou permanecer, se podem usar o elevador social ou apenas o de serviço, se devem usar guia e coleira ou não, o que deve ser feito se os animais fizerem alguma necessidade fisiológica, como tratar o quesito barulho, dentro outros. Segundo o advogado Rodrigo Karpat, especialista no assunto, o regulamento não pode, ao contrário do que se pensa, pedir que os moradores transitem com seus pets no colo. Esse tipo de pedido é considerado ilegal, uma vez que impossibilita aos moradores terem cães de grande porte. Pode ser caracterizado como um ato abusivo ou constrangimento. Outra restrição que não pode constar é aquela que estabelece determinadas raças ou até mesmo o porte do animal. Um outro erro é o de tratar animais de forma diferenciada, permitindo que os de pequeno porte, por exemplo, andem sem guia. Mais uma vez, o advogado informa que o importante é que os animais não interfiram no bem-estar da comunidade. Em condomínios onde haja área disponível, pode-se fazer um local específico para os cães passearem, o chamado playdog. Muitos condomínios novos, com mais áreas comuns, já contam com esse espaço ao serem entregues. Essa é uma forma de melhorar o relacionamento entre aqueles que têm animais e os que não tem no condomínio. Um dos casos que mais incomoda é o de latidos de animais sozinhos numa unidade. Após esgotada a etapa de conversa e de aplicação de multa, se o regimento ou convenção assim o permitir, a saída do síndico é procurar uma ONG de proteção aos animais como medida extrema para restabelecer o sossego no condomínio. Isso também demonstrará ao proprietário do animal que ele não está feliz e que o bichinho precisa de mais atenção e cuidado.
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Conversa STELLA DI DOMENICO
A gente não quer só comida
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arcelo Médici, o grande e versátil ator, disse outro dia que viver de arte no Brasil é um grande desafio e ao mesmo tempo desesperador. Formada e artes cênicas que sou, entendo perfeitamente as palavras do nobre colega e acrescento uma salva de palmas aos que conseguiram vencer nesse mercado. Eu não consegui.É, viver de arte no Brasil não é nada fácil. Uma recente pequisa do Ibope (2016, fonte ) revela que o Brasil tem em média 56% de leitores (que leem em média de 4,9 livros por ano). Dos livros lidos, quase 1% é indicado pela escola, e pouco mais de 3% lido por vontade própria. Metade dos leitores que leram, leu o livro todo e a outra metade leu em partes. Ou seja, falta leitura ao povo brasileiro. Além da falta de leitura há o desinteresse por outros tipos de expressão cultural, como ir ao teatro por exemplo. Sabemos que metade da população nunca foi ao teatro ou ao cinema. Segundo pesquisas, isso se deve a falta de recursos mas também a falta de interesse do poder público em financiar eventos culturais no país. Ainda são poucos os patrocínios e leis de incentivo para viabilizar uma agenda cultural que nos atenda minimamente. Costumo dizer que os patrocinadores merecem mais do que aplausos e deveriam ter seus nomes citados inúmeras vezes durante um evento cultural. Tenho por política pessoal incentivar qualquer artista que esteja batalhando por seu espaço. Adoro os músicos de rua, os malabaristas do semáforo e os escritores independentes. Muitos podem dizer que o país tem outras prioridades. O Brasil tem inúmeras, mas uma não exclui a outra. E sabemos que quanto mais culto, mais desenvolvido e mais rico é o povo. Os 'Titãs" já cantavam que a gente não quer só comida. Consumir arte também faz muito bem para o crescimento pessoal de cada um de nós. Abre a cabeça. Nesse sentido Águas Claras é privilegiada. Temos cinema (Águas Claras Shopping), teatro (Caesb) e vários eventos nas praças organizados por moradores com o apoio da administração regional e do conselho de cultura, grupo de pessoas que foi eleita e que está super motivada para trabalhar a favor da cidade. Certa vez um amigo me disse que é bacana incentivar o comércio e a estrutura do bairro onde a gente vive. Morava em São Paulo nessa época e trouxe esse ensinamento comigo. Hoje em dia procuro, além de frequentar, trabalhar pela vida da cidade. Quero minha cidade colorida, alegre, festiva e com moradores socializando nas praças, parques e ruas. Tudo isso, além de ser saudável e muito gostoso, nos ajuda a fomentar novas amizades e, assim, amenizar as saudades de casa. Fique atento nos grupos sociais e procure saber o que está acontecendo em Águas Claras. Sugestão de filme: “O Contador de histórias”fala do Roberto, a vida real do menino que vivia na Febem e começou a mudar de vida quando leu um livro.
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Projeto de autoria do senador Hélio José reduz burocracia Extinção de registros de empresa em até cinco dias úteis é aprovado na CAE no Senado Federal
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Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 150/2016, de autoria do senador Hélio José (PMDB-DF). O PLS estabelece que o prazo de extinção do registro de empresa, em rede nacional integrada, deve ser concluído em até cinco dias úteis, após baixa na Junta Comercial em que aberto o empreendimento comercial. O projeto deve ser analisado em turno suplementar antes de seguir para a Câmara dos Deputados.
Empreendedorismo
O país figura no ranking dos países com alto índice de empreendedores, de acordo com dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015, apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e, realizado pelo Insti-
tuto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Enquanto China mantém a marca de 14 pontos percentuais, Índia e África do Sul têm, respectivamente, 11% e 9%, o porcentual de brasileiros com empresas ou envolvidos na criação de um empreendimento comercial, em 2015, foi de 21%, de acordo com os dados levantados. Índices esses que superam aos de países a exemplo dos Estados Unidos e da Alemanha. O Hélio José lembra que um dos fatores que contribuem para a prática do empreendedorismo no Brasil decorre das incertezas do cenário econômico e da alta taxa de desemprego no país, que atualmente chegou ao patamar de cerca de 14 milhões de brasileiros, de acordo com a pesquisa Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Burocracia
Porém o senador alerta que, ao mesmo tempo que essas dificuldades estimulam o empreendedorismo e consequentemente, a criação de novas empresas. Hélio José lembrou que entre 2013 e 2014, a taxa de saída do mercado passou de 14,6% para 20,7%, de acordo com dados do pesquisa Demografia das Empresas, do IBGE além do fechamento de 50%, nos primeiros quatro anos de vida. “E aí é onde começa a dor de cabeça dos cidadãos que investem em um negócio próprio. Enquanto se leva em média três dias para abrir uma empresa, o fechamento pode durar entre três meses e um ano”, afirma Hélio José ao lembrar que o empreendedor fica impedido de abrir uma nova empresa enquanto aguarda o fechamento da anterior.