Folha de Águas Claras 81

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folhadeaguasclaras.com.br ANO 3 - EDIÇÃO 81

29 de julho a 3 de agosto de 2017

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Sem espaço para posto de saúde Prefeitura comunitária ocupa dois lotes destinados a equipamentos públicos com lojinhas, bares e até igrejas. Ocupação irregular pode atrasar a regularização de Arniqueira, porque impede a instalação de um posto de saúde ou de outras estruturas obrigatórias para destravar o processo. Prefeito comunitário diz que não vai sair, mesmo com determinação do governo. Página 4 e 5

Polícia mapeia estacionamentos mais perigosos de Águas Claras Polícia Militar traça plano para combater o furto e roubo de veículos em Águas Claras. primeiro passo foi mapear os locais mais perigosos para se estacionar da cidade. Parte norte, por conta da proximidade com a EPTG, é a que oferece mais risco aos motoristas (Página 7).

Menos burocracia no Pró-DF As empresas que integram o Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal devem ter processos analisados com mais eficiência e rapidez. O governador Rodrigo Rollemberg assinou um decreto que faz com que as decisões do Conselho de Gestão do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Copep) sejam a última instância na análise de processos (Página 6).


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Por dentro de Águas Claras

ANTENOR JÚNIOR

Entorno do parque descuidado O entorno do Parque de Águas Claras precisa de mais cuidado. Faltam calçadas - as existentes estão em más condições -, faixas de pedestre, estacionamento e sinalização. A iluminação pública também é precária. O Parque de Águas Claras, orgulho da cidade, é um patrimônio do Distrito Federal. Nas vendas de imóveis é sempre anunciado como um dos grandes atrativos da cidade. Falta mais atenção do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e de demais órgãos do Distrito Federal com esta área tão nobre.

Editorial

A editora Jornal do Guará faz parte da história da comunicação do Distrito Federal. Há 34 anos publicava a primeira edição do JG e deste então tem contribuído para o debate em busca de cidades melhores. Estamos presentes também em Águas Claras desde 2014 e agora começamos a escrever a história do Recanto das Emas. Afinal, jornalismo é reportar a história no momento em que ela acontece. Acreditamos que jornalismo comunitário se faz com envolvimento e protagonismo, envolvendo-se diretamente nos assuntos importantes para as comunidades. Nossos veículos de comunicação são vetor para o debate entre a população, poder público e outros agentes interessados no desenvolvimento das cidades. Não podemos continuar publicando o sem a ajuda da comunidade. Por isso, pedimos que colaborem com este jornal. Escrevam, reclamem, sugiram e façam deste veículo mais uma voz em prol da cidade. Rafael Souza

FOLHA DE ÁGUAS CLARAS ISSN 2357-8823

Circulação

Editor: Rafael Souza (DRT 10260/13)

A Folha de Águas é um produto da Editora Jornal do Guará, há 32 anos no mercado de comunicação comunitária. A Folha de Águas Claras é distribuída gratuitamente por todas as bancas de jornais da cidade; em estabelecimentos comerciais, associações, entidades, faculdades; nas agências bancárias, na Administração Regional, outros órgãos públicos, nos consultórios médicos e odontológicos, portarias dos edifícios comerciais e shoppings de Águas Claras. E, ainda, por mailing, na nossa página eletrônica e nas redes sociais.

Reportagem: A lcir Alves de Souza (DRT 767/80) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114 71065-315 • Guará • DF Diretor Comercial: Antenor Júnior - (61) 984149654

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Lotes para equipamento público ocupados irregularmente Prefeitura Comunitária ocupa lote destinado a equipamentos públicos com lojinhas. Prefeito se nega a sair, mesmo com determinação do governo

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carência de equipamentos públicos é um dos principais problemas de Águas Claras e uma das reivindicações mais frequentes da comunidade. Faltam escolas públicas, postos de saúde, delegacia, centros comunitários, centros culturais e esportivos. Em Arniqueira, que passa pelo processo de regularização, o problema é ainda

pior. Como a ocupação da área não foi feita de forma planejada, como aconteceu no Setor Vertical, as áreas destinadas à equipamentos públicos são escassas, algumas dependendo de desocupação. Dados do Governo do Distrito Federal revelam que Arniqueira tem 8.436 domicílios e aproximadamente 30.143 moradores, mas a capacidade total de morado-

res da cidade é de cerca de 50 mil habitantes.

Ocupação irregular

Mas, bem no centro de Arniqueira, na área mais nobre da cidade, uma área destinada exclusivamente para equipamentos públicos está irregularmente ocupada por pequenos comércios, salão de beleza, quitanda, oficina de costura, lojinhas de rou-

pa, bar, igrejas e até residências ocupam a Chácara AR 1, ao lado da Escola Classe de Arniqueira e da associação de moradores autointitulada Prefeitura Comunitária de Arniqueira. Quem colocou os comerciantes ali foi a própria Prefeitura Comunitária e hoje a maioria aluga para terceiros as lojas. Até mesmo funcionários da prefeitura dizem-se proprietários de lojas e as alugam. Agora, como parte da regularização do setor, o governo precisará remover os comerciantes do local. “Tem gente que mora na Vicente Pires alugando lojas aqui, dentro de um terreno destinado a equipamento público. Se alguém tem uma

banca aqui é porque precisa, porque vive disso, e não para alugar, isso aqui não é lote”, explica a deputada Telma Rufino, presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da Câmara Legislativa, em visita ao local. Para a deputada, é preciso dar a destinação correta para a área, que consiste em três lotes públicos distintos. A intenção do governo, segundo a parlamentar, é a construção de um posto de saúde no local. Mas, para isso acontecer, é preciso desocupar a área invadida. “Mesmo sendo uma área de muito interesse de todos os cidadãos, por conta de sua localização em Arniqueira, não se pode simplesmente retirar daqui os comerciantes.

Reunião com os ocupantes e fiscais do governo orientou os comerciantes a se unirem em busca de uma saída pacífica


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Até mesmo m bar, e igrejas, funcionam nos lotes públicos

Parte dessas pessoas vive dessas bancas. O que vamos lutar é que quem tem direito seja realocado para um local adequado, seja uma feira dentro de Águas Claras ou outro espaço correto. Mas, não podemos permitir que poucas pessoas usufruam de um espaço destinado para a toda a cidade”, continua a deputada. Durante visita dos representantes da Terracap no local, no dia 27 de julho, o responsável pela Prefeitura Comunitária, Manoel do Monte Vieira, vociferou que não vai sair, nem por força da lei. “Não aceitamos sair daqui e sermos jogados no meio da rua. Não vai ser Terracap e nem ninguém. Eu não sei porque tanta briga por causa de 2 mil metros quadrados. Por que só este pedaço?”, disse o prefeito comunitário.

O prefeito comunitário Manoel Vieira desafia os órgãos públicos e diz que as lojinhas não vão sair

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Fiscais da Terracap e a deputada Telma Rufino estiveram no local para conversar com os ocupantes

Regularização

A ocupação da área pelos indicados da Prefeitura Comunitária tem atrapalhado o processo de regularização de Arniqueira e pode prejudicar todos os moradores do setor. Para concluir o processo, o governo precisa garantir que serviços públicos estejam disponíveis e para isso, precisa desocupar a área. A Secretaria de Gestão do Território e Habitação aprovou as diretrizes urbanísticas para a região em fevereiro do ano passado. A Portaria nº 9, de 10 de fevereiro de 2016, detalha, entre outras coisas, o parcelamento do solo para fins urbanos e indica possíveis intervenções que possam ser feitas para melhorar a infraestrutura. As diretrizes urbanísticas definem também o quanto da área será destinado para equipamentos públicos, como escolas e hospitais, e para imóveis comerciais e residenciais. O texto traz ainda os tipos de atividades econômicas permitidas na região e estabelece parâmetros para o uso de cada área. O projeto de regularização está na fase final. O Ibram concluiu os estudos na área e, de acordo com o presidente da Terracap, Julio César Reis, o licenciamento ambiental deverá ser emitido em 60 dias. Em reunião com a deputada Distrital Telma Rufino e representantes da comunidade, Julio Cesar Reis afirmou que a regularização será iniciada ainda esse ano, com a aprovação pelo Conselho de Planejamento do DF e registro em cartório.

Uma residência divide o espaço com a Gerência de Arniqueira, órgão da Adminsitração Regional

Àrea concentra três lotes. Um deles é ocupada pela escola pública, outro pela Prefeitura Comunitária e o terceiro por comércio irregular. Os dois últimos devem dar lugar à um posto de saúde


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Conversa STELLA DI DOMENICO

Sem Cultura Fazer parte do conselho de cultura de Aguas Claras é uma função de grande responsabilidade, função esta que aceitei quando me candidatei à vaga. Surpreendentemente algumas pessoas me procuram e tentam argumentar sobre a falta de necessidade de uma política de cultura pública quando ainda temos tantas outras prioridades, e pior, essas pessoas defendem que a cultura, sempre de esquerda (?) ajuda a transformar as mentes dos jovens e crianças via escola. Ora, essas pessoas não souberam responder qual o índice de leitura média do brasileiro muito menos o índice de evasão escolar nas escolas públicas. Isso sem falar na falta de bibliotecas públicas ativas. Portanto não são capazes de argumentar e muito menos sabem sobre o que estão falando. É claro que o país tem inúmeras prioridades. Mas é certo que uma não pode excluir a outra. Essa cadeia de necessidades básicas tem que funcionar juntas e todas são importantes para o crescimento e desenvolvimento do Brasil e dos brasileiros. Na verdade, o grande vilão que transforma a mente dos jovens e crianças nos dias de hoje se chama consumismo, que desvia o olhar para fora e não para dentro da mente. É através da publicidade que incentiva o consumismo e cria uma gama de necessidades desnecessárias que valores estão se distorcendo a cada dia ao ponto de um smart phone ter mais importância que a própria vida. O atual governo federal não tem qualquer compromisso com a cultura e a vê como um penduricalho que faz parte de um sistema cuja prioridade é a defesa de interesses próprios, ao passo que a cultura deveria ser uma chave estratégica de desenvolvimento do país. Basta relembrar e extinção do Ministério da Cultura que foi transformado em mera secretaria e só retornou devido à mobilização dos atores, produtores e tantos outros trabalhadores e artistas. Muita gente acredita que a Lei Rouanet sustenta vagabundos e cita nomes de artistas que “mamam” nas tetas do governo. Para essas pessoas eu pergunto se compreendem os mecanismos da lei e se sabem, de fato, a quem ela beneficia e quais os incentivos que favorece. Não sabem. Vou mais além. À essas pessoas eu pergunto o título do último livro inteiro que leram, sem contar os obrigatórios no currículo escolar e os com conteúdo profissional. Não lembram. Se é que já leram algum livro inteiro uma vez na vida. As poucas políticas de governos que favorecem a cultura devem e estão sendo mantidas por pessoas como eu e outros trabalhadores com alma de artista que ainda acreditam e lutam, muitas vezes sem remuneração alguma, pela cultura neste país. Soube, através de uma sessão na câmara dos deputados, que os servidores do atual Ministério da Cultura enviaram um parecer onde informam que cargos foram extintos, servidores exonerados e setores reduzidos. O órgão tem operado sem qualquer regimento interno com cargos estratégicos vagos e perseguição interna quando há divergência política. Para terminar de avacalhar com o Ministério da Cultura o que temos vistos são pessoas sem a menor afinidade com a área tomando posse em cargos importantes, vide o ex ministro citado por corrupção Roberto Freire, um vexame nacional quando ocupou a cadeira. Enquanto as pessoas não entenderem que a cultura deve ser tratada como modo integral de vida, e não somente artes e espetáculos voltados para as classes mais bem assistidas, mas também como forma de expressão dos menos favorecidos em favelas, quilombos, tribos indígenas onde a produção cultural existe, perguntas e questionamentos rasos como os que eu tenho ouvido se repetirão.

Agilidade no Pró-DF Governo fortalece conselho que analisa processos de empresas do Pró-DF. Conselho é agora última instância

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s empresas que integram o Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal (Pró-DF) devem ter processos analisados com mais eficiência e rapidez. Nesta quinta-feira, 27 de julho, o governador Rodrigo Rollemberg assinou um decreto que faz com que as decisões do Conselho de Gestão do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Copep) sejam a última instância na análise de processos. O conselho é responsável pela aprovação de financiamentos e análise de benefícios fiscais referentes a empresas inseridas no Pró-DF. Tem 35 componentes, representantes do governo de Brasília e do setor produtivo. “As mudanças nas regras do Copep são um passo importante para a melhoria do ambiente econômico do DF. Essa

FOTO ANDRÉ BORGES

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O governador Rodrigo Rollemberg assinou um decreto que faz com que as decisões do Conselho de Gestão do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Copep) sejam a última instância

parceria com o setor produtivo e com os trabalhadores é fundamental para retomarmos a rota do desenvolvimento”, disse Rollemberg, em reunião com empresários no Palácio do Buriti. Segundo a Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável, cerca de 400 empresas aguardam a análise de projetos de viabilidade.

O Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal visa ao desenvolvimento econômico e social e à geração de emprego, renda e receita tributária. Um dos benefícios do Pró-DF é a disponibilização, por meio de financiamento, de lotes para empresários em áreas de desenvolvimento econômico.


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Não deixe seu carro aqui Polícia mapeia locais onde mais se roubam e furtam carros em Águas Claras. Parte norte da cidade, considerada estratégica pelos criminosos por causa da proximidade com a EPTG POR CARLOS CARONE DO METRÓPOLES

FOTOS DE MICHAEL MELO/METRÓPOLES

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recisa estacionar na rua em Águas Claras? Então fique atento aos pontos que oferecem maior risco de roubos e furtos de veículos. A Polícia Militar identificou a rota preferida dos ladrões e traçou um “mapa do perigo” com os locais onde ocorrem, de forma mais frequente, esses crimes. De acordo com a PM, as quadras 102, 103 e 104, a Rua Manacá e as proximidades da estação Arniqueiras do metrô são as regiões que concentram boa parte dos casos. Todas as localidades têm saída rápida para a Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG), considerada estratégica pelos criminosos no momento de levar os carros para cidades como Taguatinga e Ceilândia. Responsáveis pelo policiamento da região, militares do 17º Batalhão de Polícia Militar passaram a patrulhar os chamados “pontos quentes”. A repressão já começou a render frutos e a incidência dos crimes caiu, segundo a corporação. Com o policiamento constante e a chamada “Operação Saturação”, promovida por um grupo de 50 policiais do Grupo Tático Operacional (Gtop), as ocorrências de roubos e furtos de veículos em Águas Claras despencaram

Além dos locais, os motoristas e donos de veículos devem ficar atentos a determinados dias e horários. Segundo levantamento da PM, quintas, sextas e sábados entre 23h59 e 5h59 são os períodos em que os bandidos mais atacam na cidade

57% no mês de julho. “O ideal seria que nenhum veículo fosse furtado ou roubado em Águas Claras, mas tivemos apenas três casos ao longo de 26 dias deste mês, contra sete registros no mesmo período do ano passado”, comemorou o subcomandante da unidade, capitão Wag-

ner Oliveira. Mas, no acumulado do ano, os números de 2017 são maiores. Foram 53 ocorrências de roubos e furtos, de janeiro a julho, contra 45 no mesmo período de 2016. Águas Claras passou a ser muito visada pelos criminosos nos últimos anos. Na re-

gião administrativa mais verticalizada do Distrito Federal, eles ficam de olho na quantidade carros em circulação. Do total de moradores, 44,7 mil têm automóveis, segundo pesquisa feita pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) no ano passado. Muitos deles ficam estacionados nas ruas.

Prisões

A Quadra 102 passou a ser patrulhada e os roubos e furtos tiveram redução de 58% nas ocorrências. A 104 é onde os bandidos mais agem

A PM garante que está fechando o cerco contra os criminosos. E mostra que prendeu, neste ano, centenas de acusados de crimes como roubo e furto de veículos, contra o patrimônio e de assaltos a pedestres e comércios. Ao todo, entre 1º de janeiro e 26 de julho deste ano, 657 suspeitos foram detidos, sendo 207 em flagrante. Os casos de furtos em interior de veículo também caíram na Região Administrativa, de acordo com os dados da Polícia Militar. Foram 312 registros nos primeiros sete meses deste ano, contra 472

ocorrências no mesmo período de 2016, uma queda de 34%.

Vítima de ladrões

Morador de Águas Claras, o servidor público Eduardo Bittencourt, 38 anos, teve o carro furtado no último sábado (22/7), próximo à estação Arniqueiras do metrô. Segundo ele, o Prisma sempre ficou estacionado na rua, pois seu apartamento só conta com uma vaga de garagem, ocupada pelo veículo da irmã. “Deixei o veículo estacionado na sexta-feira [21] e viajei com meu filho. Quando retornei, nesta segunda-feira [24], não estava mais lá”, lamentou. Após recuperar o veículo, o servidor gastou R$ 1,5 mil para reinstalar todos os equipamentos e acessórios levados pelos criminosos. Para evitar novos prejuízos, Eduardo irá recorrer aos equipamentos de segurança. “Vou instalar um corta-corrente e uma trava no volante para evitar outro susto”, contou.



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Desconto de 40% para pagamento de multas

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Com a adesão do Detran-DF ao Sistema de Notificação Eletrônica, valor das infrações pode ser reduzido em até 40% através de aplicativo

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pagamento de multas por infrações cometidas em todas as vias de Brasília pode ser feito com desconto de até 40% por meio do Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A ampliação do benefício — que antes existia apenas para rodovias e estradas — tornou-se possível porque o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) também aderiu à solução. O abatimento está disponível para motoristas do DF desde janeiro, quando houve a adesão do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) à ferramenta. Desde então, 90.341 pessoas físicas e 2.711 empresas inscreveram-se no SNE.

Para o diretor de Controle de Condutores e Veículos, do Detran-DF, Uelson Praseres, o órgão fiscalizador também é beneficiado, pois economiza com o processo de impressão e de envio das multas pelos Correios. Outra vantagem, segundo Praseres, é o ganho de tempo. “A multa passa por uma triagem conosco para ver se os dados do carro estão corretos, depois tem a postagem via Correios, que leva cerca de sete dias, e outros 10 a 15 dias para chegar ao motorista.” Com o SNE, ele estima que a entrega seja feita em até 48 horas. De acordo com o diretor, as despesas do Detran com postagens deverão diminuir de 40% a 50%. O índice só não é maior porque será preciso manter os gastos com condu-

tores ainda não cadastrados no Sistema de Notificação Eletrônica. No caso do DER-DF, a vantagem do tempo é ainda maior para os infratores, já que, sem o sistema, a multa pode levar até 40 dias para chegar por via postal.

O que é o Sistema de Notificação Eletrônica (SNE)

Criado pelo Denatran para acelerar o processo de entrega de notificações, o SNE unifica a emissão de multas de todos os órgãos vinculados a ele. O sistema disponibiliza a multa para os motoristas cadastrados no aplicativo do SNE para iOS ou Android. A ferramenta emite um código de barras, que possibilita o pagamento pelo celular. O SNE emite um código de

O Sistema pode ser acessado por celulares com Android ou iOS

barras, que permite pagar a infração via celular Para ter direito ao desconto de até 40%, é preciso cadastrar dados pessoais e do veículo no aplicativo ou no site do SNE. A inscrição também vale para pessoas jurídicas, o que permi-

te registrar carros de empresas. Além do DF, aderiram ao sistema até o momento os seguintes estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina.


em o e polu s i a ea s anim lar qu a am o f t a m m eza, ua. Se oria natur de ág a s e a mai t m e n e u e o c q r s t s na abe é s des u em bém a êndio ente s c m g a n i t a casa o c s o u e o c s o d i s r p l o em inta que trar os an no qu de. O cando e alas ú o o s l Todos a d o s a c m c , e e nte colo as d . pod ambie eis e o fogo ulação roblem v í n p p s e i o s v u p meio o e i q r da a imp sa sér m pe os a to s são a cau om u n a ç c a a d a m ç a m a e fu 3. caus com as ch gue 19 rime e ndios i iadas, c l ê c i , c é n n o i i o d rra dos Após entulh no ce azios. o lixo e i v d m s n e o ncê r fogo terren r um i oloca a t C . s i e t v en a: ao a facilm turez

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FOLHA DE ÁGUAS CLARAS AMAAC.ORG@GMAIL.COM

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FACEBOOK.COM/AMAAC.DF

ira e mexe nos deparamos em nosso grupo no facebook com membros perguntando se em Águas Claras há alguma biblioteca pública, todos sempre informam a que fica localizada entre as ruas 6 e 7 Norte mas que infelizmente precisa de reforma. Segundo informações de usuários o local está precário, com equipamentos quebrados e não suportando a demanda gerada. Ambiente totalmente contrário ao que se deve encontrar em uma biblioteca, diga-se de passagem. Bibliotecas públicas são instrumentos que nunca deveriam ser deixadas em segundo plano por serem peças fundamentais no desenvolvimento de uma sociedade. Local de estudo e pesquisa que deveria oferecer as condições mínimas para receber seus usuários. Bibliotecas devem ser revitalizadas sempre, independen-

A população pede e precisa de uma biblioteca, mas a administração acha que não te se há quem as frequente ou não pois são nelas que estão guardados o bem mais precioso que a humanidade tem: o conhecimento. Mas não parece ser isso que pensa a administração regional da cidade! A Deputada Telma Rufino (PROS-DF) destinou sessenta mil reais para uma pequena reforma naquele espaço e nosso administrador regional, Sr. Manoel Valdeci, simplesmente não utilizou esta verba alegando que seria “desperdício” de verba, pois há no projeto do Parque Central a criação de uma biblioteca maior e mais moderna. A verba foi devolvida! Vejam bem senhores, nosso administrador regional a seu bel prazer dispensou esta quantia porque teremos uma biblioteca maior no futuro, só que ele se esquece que este Parque Central ainda está en-

gatinhando. O projeto vencedor foi anunciado recentemente e a previsão de conclusão do Parque é para depois de 2020. Quem pode esperar até 2020? O que farão nossos estudantes até lá? Deverão esperar em casa até que a nossa biblioteca fique pronta ou deverão se deslocar até outras bibliotecas, perdendo um tempo precioso neste deslocamento, para poderem estudar? É lamentável que este pensamento ainda permeie a cabeça de muitos políticos. É lamentável o pouco caso que alguns de nossos políticos

Bombou no Face da AMAAC

De Bate A internet vem se tornado um lugar aonde se propaga todo tipo de comentário irresponsável. Viramos motivo de chacota em outro grupo porque uma pessoa, ao ver crianças e jovens aglomerados deduziu sem nenhuma prova que elas estavam “traficando”. Na verdade as pessoas nestas foto estavam simplesmente caçando Pokemons. Um comentário irresponsável na internet pode ter consequências trágicas. Por isso, antes de postar qualquer coisa certifique-se de que se você fosse, você gostaria de ter isto exposto na rede mundial de computadores.

Esta semana foi postado em nosso grupo o primeiro comercial referente a nossa cidade e que nos fez refletir sobre o tanto que crescemos em um curto espaço de tempo. De bairro de Taguatinga a uma cidade independente e próspera. Uma cidade na qual para se comprar um pão tinha que se andar quilômetros em meio a poeira ou a lama. Enfim, crescemos! E estamos crescendo mais e mais. Dá orgulho morar em Águas Claras.

têm em relação à educação. É lamentável vermos tamanho pouco caso em nossa cidade. Os moradores de Águas Claras não podem aceitar este tipo de conduta. Nossos filhos e em alguns casos, netos, não podem ficar a mercê da vontade política de alguns poucos. Nós temos uma biblioteca

pública, seja ela provisória ou não, e exigimos que o poder público dê a ela toda a manutenção necessária para que seus usuários a desfrutem. Uma sociedade que não pensa é uma comunidade vazia, manipulável e que não sabe exigir e exercer os seus direitos.


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Virei Síndico, e agora? Destituição do síndico Há mais de 100 anos presente na política norte-americana e previsto em mais de 1000 municípios, mas não no âmbito federal, o advento do recall político existe com o objetivo de cassar e revogar o mandato de um representante político, pelo seu eleitorado. Significa chamar de volta para reavaliação popular um mandatário improbo, incompetente ou negligente. E com relação ao síndico? Como proceder numa situação dessas? Hoje vamos falar das destituição do síndico. O Art. 1.349 do novo Código Civil prevê que “A Assembleia, especialmente convocada para o fim estabelecido no parágrafo 2º do artigo antecedente, poderá, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o síndico que praticar irregularidades, não prestar contas ou não administrar convenientemente o condomínio.”. Já o parágrafo 2º do Art. 1.348 esclarece que se trata de uma assembleia de transferência de poderes de um síndico para outro. Vejam que as motivações para essa destituição estão bem frisadas na lei: praticar irregularidades, não prestar contas ou não administrar convenientemente o condomínio. No entanto, a interpretação do que seria “não administrador convenientemente o condomínio” deixa muita margem a interpretações. O Art. 1.348 enumera as atividades que competem ao síndico: convocar a assembleia dos condôminos; representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns; dar imediato conhecimento à assembleia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomínio; cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembleia; diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela

prestação dos serviços que interessem aos possuidores; elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano; cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas; prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas; realizar o seguro da edificação. Desta forma, se for possível demonstrar que o síndico não fez alguns dos itens nominados no Art. 1.348, fica fácil comprovar que ele não administrou convenientemente o condomínio. A convocação para a assembleia de destituição do síndico, conforme Art. 1.355, deverá respeitar o quórum mínimo de um quarto (25%) dos condôminos ou das frações ideais, caso haja fração ideal diferente para cada condômino. No entanto, como citado anteriormente, bastará que a maioria absoluta dos presentes, ou seja maias da metade, votem pela destituição e o síndico atual terá o seu mandato interrompido e o novo assumirá até o término do mandato previsto para o destituído, também conhecido como “mandato tampão” (complementação do período do mandato por outra pessoa quando da vacância ou de algum impedimento do titular). A convocação deve respeitar uma série de pré-requisitos legais, como prazos e formatos, geralmente expressos na convenção de cada condomínio. Vejam que se num condomínio hipotético de 100 condôminos, 25 assinarem a petição convocando uma assembleia de destituição, 5 comparecerem à assembleia e 3 votarem pela saída, o síndico terá sido trocado pelo voto desses 3 condôminos. Importante frisar que a ordem do dia da convocação da assembleia deve sempre citar a destituição (não pode estar dentro de “assuntos gerais”) e TODOS os condôminos devem receber a convocação, inclusive aqueles ligados à atual administração.

ROMAN DARIO CUATTRIN

SÍNDICO DA SEMANA Pense num cara alto astral e brincalhão, mas que na hora de ser gestor leva tudo a sério. O síndico desta semana comanda o Residencial Primavera há mais de seis anos, tendo sido anteriormente subsíndico e membro do conselho fiscal, ou seja, sempre acompanha tudo o que é feito na comunidade condominial. Conheçam o Wendel Ramos de Araújo, nosso Síndico da Semana. O que te deu mais orgulho nesse tempo todo? Fazendo uma analogia, assumi meu condomínio como se fosse um congresso norteamericano, com Democratas de um lado e Republicanos do outro, porém com ânimos bem mais exaltados que os congressistas, já que até histórico de cadeiras sendo atiradas tivemos em Assembleias. Havia uma divisão clara de ideias, onde as divergências e discussões jamais conseguiam convergir para algo democrático e benéfico a todos. Nesse ambiente tumultuado, uma taxa extraordinária considerável foi recolhida. Entretanto, não conseguimos fazer a obra a que ela se destinava (guarita nova), por uma série de razões. A gestão corrente do então síndico estava se findando e eu apresentei uma série de sugestões que proporcionariam um melhor retorno sob todos os aspectos para o condomínio, pelo menos na minha visão. Passadas mais algumas AGEs e discussões desgastantes, estava eu sendo eleito síndico. Fiz tudo que me propus a fazer, venci todo ceticismo que me rondava, arrecadei mais outras taxas, realizei mais 10 obras e reformas, fui reeleito duas vezes por aclamação e unanimidade, dentre várias outras coisas. Mas o

que posso dizer que mais me orgulha nisso tudo é que consegui mostrar para TODOS os condôminos que eles não precisavam gostar um do outro, mas eles tinham que se respeitar. O condomínio, aos poucos, foi tomando uma forma bem harmônica e hoje eu tenho uma comunidade maravilhosa e cheia de amizades, onde todos se respeitam, independentemente das suas ideologias. O que faria de outra forma ou não faria novamente? Eu acho que poderia ter procurado mais condomínios que eram referências em gestão e copiado tudo que eles acertaram na sua forma de gerir. Há um ditado muito famoso, mas que considero bem retrógado, que diz: “nada melhor que aprender com nossos próprios erros”. Pois eu digo um melhor: nada melhor que aprender com o acerto dos outros. Logo, sem demagogia, espelhe-se e copie em quem tem experiência e você estará no caminho certo. Qual o maior desafio de ser síndico na sua opinião? Eu diria que está na capacidade e habilidade de lidar com as pessoas. Saber que cada cabeça é uma sentença. Como diz minha amada mãe: não é o que se fala para as pessoas, mas é a forma como se fala. Isso é ter habilidade com as pessoas. Usar as palavras e argumentos certos na hora certa.


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Umidade do ar começa a cair Umidade do ar abaixo de 30% deixa Brasília em estado de atenção. Para minimizar efeitos da seca, recomenda-se cuidados, como evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre e sob o sol das 10 às 17 horas

POR VINÍCIUS BRANDÃO

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om a umidade relativa do ar entre 20% e 30%, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Brasília está em estado de atenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os outros estados de risco — observados pela Defesa Civil no Distrito Federal — são o de alerta (abaixo de 20%) e o de emergência (inferior a 12 %). “A previsão é que entremos no estado de alerta ainda em agosto”, adianta a coordenadora de Riscos e Desastres da Defesa Civil, major do Corpo de Bombeiros Militar do DF Solange Ribeiro. No período de seca, a Secretaria de Saúde calcula

um aumento de 30% a 40% na procura de atendimentos em hospitais públicos devido a doenças respiratórias. Entre as que apresentam maior incidência estão infecções virais, gripes e pneumonia. De acordo com a pasta, há ainda o perigo de desidratação. Segundo a médica especialista em alergia e imunologia na rede pública Marta Guidacci, os sintomas são dor de cabeça, tontura, desmaio, rachaduras nos lábios, vermelhidão nos olhos e sangramentos pelo nariz. “Além disso, a pele ressecada pode criar rachaduras que fazem a pessoa sentir vontade de coçar, o que possibilita infecções bacterianas”, acrescenta Marta.

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29 DE JULHO A 3 DE AGOSTO DE 2017

FOLHA DE ÁGUAS CLARAS

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Domaine Bar a Vin chega em breve à Águas Claras O wine bar trabalha com cardápio assinado pela chef Raquel Amaral e oferece mais de 300 rótulos da bebida DO METRÓPOLES

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enos de seis meses depois da abertura na 104 Sul, o Domaine Bar a Vin inaugura loja em Águas Claras. O novo ponto será no Max Home & Mall, na Rua 7 Norte, em um espaço maior, que deve ser inaugurado entre setembro e outubro deste ano.

Ambiente da casa, aberta há menos de 1 ano na 104 Sul

Com a inauguração, estreia também cardápio inédito nas duas unidades.

Um roastbeef com crosta de ervas e dois molhos e frutos do mar servidos sobre pedra de sal do Himalaia

O Bar

O menu oferece porções de pratos de cozinha contemporânea, além de sobremesas e drinques. O cardápio foi criado pela personal chef Raquel Amaral (ex-participante do “The Taste Brasil”). Para cada item, há sugestão de dois vinhos para harmonização (de R$ 39 a R$ 199). A casa — projeto

do grupo Vitis, dono das adegas Vitis e do Inácia Bistrô — segue a tendência de outras do gênero: clima intimista e mesinhas que se estendem até a área externa da loja. O pequeno “quintal” é limitado por uma cerca de madeira e, no teto, tem uma frondosa trepadeira, reforçando a sensação de aconchego.



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